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IX - Carga Térmica

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IX - Carga Térmica

IX - Carga Térmica

Vimos anteriormente que o condicionamento completo do ar compreende aquecimento, Vimos anteriormente que o condicionamento completo do ar compreende aquecimento, refrigeração, umidificação e desumidificação, circulação e filtragem do ar.

refrigeração, umidificação e desumidificação, circulação e filtragem do ar.

A carga de condicionamento de ar é afetada por uma série de fatores complexos, tais A carga de condicionamento de ar é afetada por uma série de fatores complexos, tais como:

como:

• transmissão transmissão de de calor;calor; •

• irradiação irradiação solar;solar; •

•  pessoas;  pessoas; •

• iluminação iluminação e e equipamentos equipamentos elétricos;elétricos; •

• ventilação ventilação e e infiltração infiltração do do ar;ar; • •  mercadorias;  mercadorias; • •  diversos.  diversos. Carga térmica Carga térmica

Dá-se o nome de carga térmica de uma instalação de ar condicionado a quantidade de Dá-se o nome de carga térmica de uma instalação de ar condicionado a quantidade de calor que, por unidade de

calor que, por unidade de tempo, deverá ser fornecida (inverno) ou retirada (verão) dotempo, deverá ser fornecida (inverno) ou retirada (verão) do ar a ser introduzido nos ambientes beneficiados, a fim de que mantenha-se as

ar a ser introduzido nos ambientes beneficiados, a fim de que mantenha-se as

condições pré fixadas de projeto, segundo as diferentes necessidades já estudadas de condições pré fixadas de projeto, segundo as diferentes necessidades já estudadas de antemão. Para que o projeto e instalação do sistema de ar condicionado seja

antemão. Para que o projeto e instalação do sistema de ar condicionado seja realmente condizente com as necessidades do mesmo, é primordial que sejam realmente condizente com as necessidades do mesmo, é primordial que sejam caracterizados inicialmen

caracterizados inicialmente te os seguintes elementos:os seguintes elementos:

1.

1. carga carga térmica térmica de de aquecimenaquecimento (ito (inverno);nverno); 2.

(2)

Dividimos a carga térmica em duas partes: a primeira como sendo do ambiente,

Dividimos a carga térmica em duas partes: a primeira como sendo do ambiente,

abrangendo todas as cargas que ocorrem dentro do mesmo e a segundo como sendo

abrangendo todas as cargas que ocorrem dentro do mesmo e a segundo como sendo

total, abrangendo a carga térmica do

total, abrangendo a carga térmica do ambiente mais aquela gerado pelo ar externo.

ambiente mais aquela gerado pelo ar externo.

Calor sensível Calor sensível

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que pode ser

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que pode ser

medido por mudança de temperatura.

medido por mudança de temperatura.

Calor latente Calor latente

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que causa sua

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que causa sua

mudança de estado.

mudança de estado.

Fontes de calor externo Fontes de calor externo

As fontes de calor mais consideráveis originam-se no meio exterior e atingem o

As fontes de calor mais consideráveis originam-se no meio exterior e atingem o

ambiente condicionado devido aos seguintes fatores:

ambiente condicionado devido aos seguintes fatores:

ganho

ganho de

de calor

calor devido

devido ao

ao ar

ar externo;

externo;

ganho

ganho de

de calor

calor devido

devido a

a penetração por

penetração por condução através

condução através de

de janelas, paredes,

janelas, paredes,

divisões, tetos, telhados;

divisões, tetos, telhados;

insolação

insolação (radiação

(radiação solar)

solar) através

através de ja

de janelas,

nelas, clarabóias

clarabóias, pared

, paredes, por

es, portas ex

tas externas

ternas

e telhados.

e telhados.

Fontes de calor interno Fontes de calor interno

As fontes de calor interno a ambientes condicionados são principalmente:

As fontes de calor interno a ambientes condicionados são principalmente:

  pessoas;

  pessoas;

  iluminação;

  iluminação;

motores

motores elétricos;

elétricos;

dissipação

dissipação de

de calor

calor por

por equipamentos

equipamentos;;

cargas

cargas especiais.

especiais.

O calor proveniente de pessoas em

O calor proveniente de pessoas em atividade ou não constitui-se em fontes de

atividade ou não constitui-se em fontes de calor

calor

sensível e latente.

sensível e latente.

Cálculo de carga térmica – verão Cálculo de carga térmica – verão

As partes integrantes que serão analisadas, sob o ponto de vista de carga térmica são:

As partes integrantes que serão analisadas, sob o ponto de vista de carga térmica são:

(3)

Dividimos a carga térmica em duas partes: a primeira como sendo do ambiente,

Dividimos a carga térmica em duas partes: a primeira como sendo do ambiente,

abrangendo todas as cargas que ocorrem dentro do mesmo e a segundo como sendo

abrangendo todas as cargas que ocorrem dentro do mesmo e a segundo como sendo

total, abrangendo a carga térmica do

total, abrangendo a carga térmica do ambiente mais aquela gerado pelo ar externo.

ambiente mais aquela gerado pelo ar externo.

Calor sensível Calor sensível

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que pode ser

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que pode ser

medido por mudança de temperatura.

medido por mudança de temperatura.

Calor latente Calor latente

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que causa sua

É a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que causa sua

mudança de estado.

mudança de estado.

Fontes de calor externo Fontes de calor externo

As fontes de calor mais consideráveis originam-se no meio exterior e atingem o

As fontes de calor mais consideráveis originam-se no meio exterior e atingem o

ambiente condicionado devido aos seguintes fatores:

ambiente condicionado devido aos seguintes fatores:

ganho

ganho de

de calor

calor devido

devido ao

ao ar

ar externo;

externo;

ganho

ganho de

de calor

calor devido

devido a

a penetração por

penetração por condução através

condução através de

de janelas, paredes,

janelas, paredes,

divisões, tetos, telhados;

divisões, tetos, telhados;

insolação

insolação (radiação

(radiação solar)

solar) através

através de ja

de janelas,

nelas, clarabóias

clarabóias, pared

, paredes, por

es, portas ex

tas externas

ternas

e telhados.

e telhados.

Fontes de calor interno Fontes de calor interno

As fontes de calor interno a ambientes condicionados são principalmente:

As fontes de calor interno a ambientes condicionados são principalmente:

  pessoas;

  pessoas;

  iluminação;

  iluminação;

motores

motores elétricos;

elétricos;

dissipação

dissipação de

de calor

calor por

por equipamentos

equipamentos;;

cargas

cargas especiais.

especiais.

O calor proveniente de pessoas em

O calor proveniente de pessoas em atividade ou não constitui-se em fontes de

atividade ou não constitui-se em fontes de calor

calor

sensível e latente.

sensível e latente.

Cálculo de carga térmica – verão Cálculo de carga térmica – verão

As partes integrantes que serão analisadas, sob o ponto de vista de carga térmica são:

As partes integrantes que serão analisadas, sob o ponto de vista de carga térmica são:

(4)

1.

1. carga devcarga devido a ido a transmissão transmissão de paredde paredes, pisos es, pisos e tetos;e tetos; 2.

2. carga carga devido devido a a insolação;insolação; 3.

3. carga carga devido devido a a pessoas;pessoas; 4.

4. carga carga devido devido a a luzes, luzes, iluminação;iluminação; 5.

5. carga carga devido devido a a motores motores elétricos;elétricos; 6.

6. carga devido carga devido a a aparelhos e aparelhos e equipamentoequipamentos s diversos;diversos; 7.

7. carga carga devido devido a a ventilação;ventilação; 8.

8. carga carga devido devido a a infiltração.infiltração.

Carga Térmica Exterior Carga Térmica Exterior

Transmissão de Calor - ao conjunto de fenômenos que caracterizam a tendência do Transmissão de Calor - ao conjunto de fenômenos que caracterizam a tendência do desaparecimen

desaparecimento diferencial de to diferencial de temperatura existente entre duas regiões do temperatura existente entre duas regiões do espaço,espaço, com temperaturas diferentes, denominamos transmissão de calor.

com temperaturas diferentes, denominamos transmissão de calor.

Figura 9.1 - Exemplo do fenômeno transferência de calor  Figura 9.1 - Exemplo do fenômeno transferência de calor 

A transmissão efetua-se de maneira distinta entre 3

A transmissão efetua-se de maneira distinta entre 3 formas designadas por condução,formas designadas por condução, convecção e radiação, cada uma delas obedecendo à leis próprias, embora admitam convecção e radiação, cada uma delas obedecendo à leis próprias, embora admitam em comum, as

em comum, as duas características seguintesduas características seguintes::

1.

1. Necessidade de Necessidade de um um diferencial de diferencial de temperaturtemperatura a entre duas entre duas regiões;regiões; 2.

2. O fluxo térmiO fluxo térmico verifica-se co verifica-se sempre no sempre no sentido de sentido de temperaturas temperaturas decrescentes.decrescentes.

Fluxo de Calor Fluxo de Calor

A quantidade de calor trocada na unidade de tempo Q [Kcal/h], em qualquer um dos A quantidade de calor trocada na unidade de tempo Q [Kcal/h], em qualquer um dos processos de transmissão de calor citados, recebe o nome de fluxo de calor. O fluxo de processos de transmissão de calor citados, recebe o nome de fluxo de calor. O fluxo de

T1 T1 TT22 TT11 TT22 T T11>>TT22 TT11==TT22 E E11 EE22 EE11 EE22 Fluxo Térmico Fluxo Térmico

(5)

calor através de

calor através de uma parede

uma parede que separa dois

que separa dois espaços

espaços a temperaturas diferentes

a temperaturas diferentes

depende de 3 fatores:

depende de 3 fatores:

1.

1. a

a área

área da

da parede;

parede;

2.

2. a

a diferença de

diferença de temperatu

temperatura

ra de

de dois

dois espaços;

espaços;

3.

3. as

as propriedades de

propriedades de condutividade de

condutividade de calor

calor da

da parede.

parede.

Quanto maior for a área da parede, maior será

Quanto maior for a área da parede, maior será a quantidade de calor que ela

a quantidade de calor que ela produz.

produz.

Uma parede de 200m

Uma parede de 200m

22

 de área, conduzirá o dobro do calor de uma parede de 100m

 de área, conduzirá o dobro do calor de uma parede de 100m

22

..

No que diz respeito ao segundo fator, suponhamos que a diferença nas temperaturas

No que diz respeito ao segundo fator, suponhamos que a diferença nas temperaturas

dos dois espaços seja 25ºC. Uma certa quantidade de calor sensível passará através

dos dois espaços seja 25ºC. Uma certa quantidade de calor sensível passará através

da parede. Se a diferença das temperaturas aumentar para 50ºC, o fluxo de calor será

da parede. Se a diferença das temperaturas aumentar para 50ºC, o fluxo de calor será

o dobro.

o dobro.

Os princípios que se acabam de discutir não são válidos só para as paredes, mas

Os princípios que se acabam de discutir não são válidos só para as paredes, mas

também para janelas, telhados, e outras superfícies de edifícios. Estes

também para janelas, telhados, e outras superfícies de edifícios. Estes princípios são

princípios são

resumidos do seguinte modo:

resumidos do seguinte modo:

O fluxo de

O fluxo de calor através de qualquer superfície é diretamente proporcional a sua área.

calor através de qualquer superfície é diretamente proporcional a sua área.

E ainda diretamente proporcional a diferença das temperaturas os espaços separados

E ainda diretamente proporcional a diferença das temperaturas os espaços separados

pela superfície.

pela superfície.

O terceiro fator

O terceiro fator é função do

é função do material da parede e

material da parede e da espessura. Serão usados os

da espessura. Serão usados os

termos condução, convecção e coeficiente global

termos condução, convecção e coeficiente global de transferência de calor, ao

de transferência de calor, ao discutir

discutir

o fluxo de

o fluxo de calor através de materiais de construção.

calor através de materiais de construção.

Condução Condução

É do

É do conheciment

conhecimento geral que

o geral que a capacidade dos vários

a capacidade dos vários materiais para conduzir calor ,

materiais para conduzir calor ,

difere consideravel

difere consideravelmente. Os melhores condutores de calor

mente. Os melhores condutores de calor são os metais, os

são os metais, os piores

piores

condutores (madeira, asbesto, gases, cortiça e feltro) são

condutores (madeira, asbesto, gases, cortiça e feltro) são chamados de isolantes. A

chamados de isolantes. A

capacidade de uma substância para transmitir calor por condução é uma propriedade

capacidade de uma substância para transmitir calor por condução é uma propriedade

física do material

física do material específico. É chamada condutividade térmica (normalmente

específico. É chamada condutividade térmica (normalmente

abreviado apenas por condutividade), o símbolo comum é K, a condutividade é a

abreviado apenas por condutividade), o símbolo comum é K, a condutividade é a

quantidade de calor em Kcal/h que flui através de uma peça de material homogêneo de

quantidade de calor em Kcal/h que flui através de uma peça de material homogêneo de

um milímetro de espessura, com a área de um metro quadrado e quando a diferença

um milímetro de espessura, com a área de um metro quadrado e quando a diferença

de temperatura entre as faces é de um grau.

de temperatura entre as faces é de um grau.

Valores do K (condutibilidade térmica) para diversos materiais de construção podem

Valores do K (condutibilidade térmica) para diversos materiais de construção podem

ser vistos na tabela 9.1.

(6)

O calor transferido por

O calor transferido por condução através de um material homogêneo pode-se calcular

condução através de um material homogêneo pode-se calcular

pela seguinte equação.

pela seguinte equação.

Onde: Onde:

Q = Fluxo de

Q = Fluxo de calor [Kcal/h];

calor [Kcal/h];

A = Área [m

A = Área [m

22

];];

K = Condutividade térmica [ Kcal mm/h m

K = Condutividade térmica [ Kcal mm/h m

22

 º

 º C

C];

];

e = espessura [mm];

e = espessura [mm];

(t

(t

22

-t

-t

11

) = Gradien

) = Gradiente de tempe

te de temperatura entre du

ratura entre duas super

as superfícies

fícies à distância

à distância [º

[º C].

C].

Convecção Convecção

Neste mecanismo envolvendo movimento de partículas macroscópicas que não ocorria

Neste mecanismo envolvendo movimento de partículas macroscópicas que não ocorria

no fenômeno da condução, prevalecem as forças da

no fenômeno da condução, prevalecem as forças da corrente fluida estando a

corrente fluida estando a

convecção intimamente ligada à mecânica dos

convecção intimamente ligada à mecânica dos fluidos.

fluidos.

De acordo com as forças que originam as correntes fluidas a convecção pode ser de

De acordo com as forças que originam as correntes fluidas a convecção pode ser de

dois tipos:

dois tipos:

1.

1. Convecção natural: quando a

Convecção natural: quando a velocidade do

velocidade do fluido é

fluido é devida às

devida às forças de

forças de empuxo

empuxo

(criada pela diferença de densidade, originada por diferença de temperatura na

(criada pela diferença de densidade, originada por diferença de temperatura na

massa fluida). Este empuxo é normalmente denominado de empuxo térmico.

massa fluida). Este empuxo é normalmente denominado de empuxo térmico.

2.

2. Convecção forçada: Quando

Convecção forçada: Quando o

o movimento da

movimento da corrente fluida é

corrente fluida é devido a

devido a dispositivo

dispositivoss

mecânicos como bombas, ventiladores, exautores, agitadores mecânicos, etc.

mecânicos como bombas, ventiladores, exautores, agitadores mecânicos, etc.

estes

estes forçam o d

forçam o deslocamento

eslocamento do fluido

do fluido..

Q = K A (

(7)

Tabela 9.1 - Condutibilidade Térmica de Materiais de Construção: 

Material W/ m2°C Kcal / h m °C Kcal mm / h m2 °C Painéis para Construção

Asbesto Cimento 0,574 0,495 495

Gesso de Paris 0,165 0,143 143

Forro 0,054 0,0471 47,1

TerraSeca 0,52 0,45 450

Materiais isolantes: Placas de Manta

Fibras de lã Mineral 0,038 0,03344 33,44 Borracha Macia 0,012 0,010 10,00 Borracha Dura 0,013 0,011 11,00 Asfalto 0,062 0,053 53,00 Amianto 0,139 0,12 120,00 Feltro 0,070 0,0602 60,20 Fibra de Madeira 0,035 0,031 30,96 Cortiça 0,042 0,037 33,45 Fibra de Vidro 0,038 0,033 30,96 Lã de Rocha 0,048 0,042 42,00 Telhado 0,051 0,044 44,00 Lã Mineral 0,039 0,034 34,00 Lã de Vidro 0,039 0,034 34,00 Vermiculite 0,064 0,056 56,97

Materiais Isolantes: Materiais em Placa

Gesso agregado de Areia 0,22 0,1892 189,20

Gesso agregado de Vermiculite 0,25 0,215 215,00

Placa de Cimento agregado de Areia

0,718 0,619 619,00

Agregado leve em ripas de madeira

0,28 0,240 240,00

Agregado leve em ripas metálicas 0,47 0,410 410,00

Concreto Geral 1,42 1,220 1220,00

Argamassa Cal 1,16 0,990 990,00

Argamassa de Cimento 0,72 0,620 619,00

Agregados leves: Cascalho expandido: Barro, Ardósia, Escória cinza, Pedra Pomes, Perlite, Vemiculite

(8)

Material W / m2°C Kcal / h m °C Kcal mm / h m2 °C Agregado de areia e cascalho ou

Pedra 1,723 1,486 1486

Estuque 0,72 0,62 620

Cimento Portland 0,29 0,25 250

Concreto com Escória 0,76 0,65 650

Concreto com Brita 1,37 1,18 1180

Agregado de Areia e Cascalho 0,905 0,780 780

Agregado de Cinza 0,582 0,502 502

Pedra Cal ou Areia 1,795 1,548 1548

Tijolos: Tijolo de Barro Tijolo de Argila 1 furo (10 cm de

espessura) 0,52 0,4472 447,2

Tijolo de Argila 3 furos (30cm de

espessura) 0,69 0,5934 593,4

TijoloComum 0,72 0,62 619

Tijolo de Fase (liso) 1,29 1,11 1115

Tijolos: Tijolo de Bloco de Concreto Com 3 furos Ovais (20 cm de

espessura) 1,0 0,86 860

Com 2 furos retangulares (20cm

de espessura) 1,1 0,946 946

Com 2 furos preenchidos (20 cm

de espessura) 0,6 0,516 516

Agregado com cinzas 3 furos (20

cm de espessura) 0,57 0,576 576

Tijolos: Tijolo Cerâmico (Baiano)

Com 6 furos (10cm de espessura) 1,392 1,2 1200

Com 6 furos (15cm de espessura) 1,1368 0,98 980 Com 8 furos (15cm de espessura) 1,0788 0,93 930

Telhas

Telhado Fibrocimento 0,406 0,35 350

Telhade Barro 0,72 0,62 620

Telha Oca de Barro, elemento de

fundo 0,509 0,439 439

(9)

Material W/ m2°C Kcal / h m °C Kcal mm / h m2 °C Material para Laterais

Asbesto – cimento dobrado 0,16182 0,1395 139,5

Isolamento de Asfalto 0,0508 0,04381 43,81

Madeiras

Madeira dura em geral 0,16 0,14 140

Madeira mole em geral 0,12 0,10 100

Madeira picotada / colada

(Aglomerado) 0,087 0,075 75

Madeira Compensada 0,115 0,0999 99,97

Fibra de madeira (tipo mole) 0,172 0,149 149

Fibra de madeira (tipo dura) 0,2006 0,173 173,36

Serragem 0,06 0,05 50 Eucatex 0,03944 0,034 34 Janela / vidro Vidro comum 0,78 0,68 680 Pires 1,4 1,2 1200 Vidro celular 0,0560 0,0483 48,3

Material de Acabamento Civil

Mármore 2,80 2,41 2410

Granito 2,79 2,40 2400

Ladrilho Cerâmico (valor médio) 1,5 1,29 1290

Porcelana 1,03 0,89 890 Arenito 1,83 1,57 1570 Metais Alumínio 206 179 179000 Ferro Fundido 33 28 28000 Aço 53 46 46000 Cobre 398 342 342000 Chumbo 16 14 1400 Zinco 114 97 9700 Níquel 92 79 79000 Estanho 64 55 55000 Coeficientes de Película Ar interior 7Kcal/h m2 º C Ar Exterior (v = 6,7 m/s) 45 Kcal/h m2º C

(10)

Lei de Newton

Durante investigações de calor em trânsito entre um fluido e uma superfície sólida,

Peclet notou o aparecimento de uma resistência térmica superficial na película de

fluido. Existindo a resistência aparecerá uma diferença de temperatura entre a massa

de fluido em movimento e a superfície sólida. Este mecanismo é de grande importância

tendo em vista a sua aplicação prática em trocadores de calor em geral.

Figura 9.2 -Transferência através de fluído e superfície sólida 

Película

É a tendência que as superfícies tem de reter por adsorção uma camada parada de

moléculas de fluido em contato com ela. A adsorção é a fixação de moléculas de uma

substância (o adsorvato) na superfície de outra substância (o adsorvente).

Haverá, portanto transmissão de calor do fluido1 (maior temperatura) para o fluido 2

(menor temperatura) através da superfície de separação.

O equacionamento do fenômeno foi feito por Newton através de estudos experimentais

e o seu princípio hoje é aceito como lei tendo em vista sua verificação prática.

Segundo Newton o calor trocado entre um fluido e uma superfície sólida é proporcional

a área de troca de calor ao tempo, a diferença de temperatura na película de fluido e

um coeficiente, que é a função das características físicas, é de movimento do fluido.

(Coeficiente de Película).

Lei de Newton para transmissão de calor por convecção

(11)

  Kcal

 h. m

2

. º C

BTU

 h. ft

2

. º F

W

 m

Onde:

Q = Razão de transferência de Calor;

h = Coeficiente de Convecção ou de Película;

A = Área de troca de Calor;

t = Queda de temperatura na película do fluido;

t = t

1

 - t

2

 (para o fluido 1);

t = t

3

 - t

4

 (para o fluido 2).

Coeficiente Global de Transmissão de Calor (U)

Como foi demonstrado a transmissão de calor entre fluidos separados por uma

superfície plana simples, pode ser calculada duas seguintes equações:

Onde:

Representa a soma de Resistências Térmicas por unidade de área.

O inverso da Resistência Térmica por unidade de área é o Coeficiente Global de

Transmissão de calor (U), para uma parede plana simples entre fluidos.

Ou seja:

Coeficiente Global de transmissão de Calor (U), para fluidos separados por uma

superfície plana simples. (Parede).

Desta forma a equação da transmissão de calor fica representada da seguinte forma:

Q =

t

1

+

e

+

1

h

1

. A k . A h

2

 . A

Q

= A .∆t 1 + e + 1 h1 k h2 1 + e + 1 h1 k h2 U = 1 1 + e + 1 h1 k h2

(12)

Onde:

Q = Quantidade de Calor;

t = Diferencial de temperatura entre os fluidos (t

1

 -t

2

);

A = Área total de transmissão de calor;

U = Coeficiente Global de transmissão de Calor;

Exemplo

Uma parede de alvenaria é feita de blocos ocos de concretos de 200mm e de tijolos de

100mm. Os blocos são feitos de agregado de areia e cascalho. Entre os blocos e os

tijolos existe argamassa de cimento com 13 mm de espessura. O acabamento interior

da parede é de gesso (16mm de espessura) com agregado de vermiculite. Presuma-se

que o vento é de 6,7 m/s. Qual é o valor de "U" para a parede?

Solução

Ver na figura a seguir para o esboço desta parede. Prepare um quadro para resolver

este problema e escreva nele cada item que ofereça resistência ao fluxo de calor. Os

números dos itens no quadro eqüivalem aos indicados na parte inferior da figura 11.

Quadro 9.1 – Cálculo da resistência total 

Item Descrição Resistência

01

Película do ar interior, 1/f, 1/7

0,142857

02

Gesso,

x/K

16/210

0,076190

03

Bloco,

1/C,

1/4.39

0,227790

04

Argamassa x/K 13/619

0,021002

05

Tijolo, x/K 100/1115

0,089686

06

Película do ar exterior, 1/f 1/45.24

0,022104

Resistência

Total

0,579629

Q = U. A. ∆t

(13)

Figura 9.3 - Parede de alvenaria do exemplo 

Quadro 9.2 – Itens da Figura  Item Descrição A Argamassa de cimento de 13 mm B Bloco de concreto de 200 mm C Gesso 16 mm D Tijolos de 100 mm E Fluxo de calor

O coeficiente total de transferência de calor é o inverso da resistência total. Assim, U = 1/R

U = 1/ 0,579629

U = 1,725241 Kcal/h. m^2 º C que pode ser arredondado para 1,73 Kcal/h m^2 º C

Ganho de calor por transmissão

No presente apenas se discutirão os ganhos de calor devido a condução através das diferentes superfícies de um edifício. O efeito dos raios do sol nestas superfícies será discutido posteriormente. Assim, por hora, os ganhos de calor através das paredes serão considerados como se elas se encontrassem sempre na sombra.

Só a área líquida de uma parede é usada no cálculo do ganho de calor. As áreas de todas as janelas deverão ser subtraídas da área bruta, isto dará a área líquida. O ganho de calor através de janelas são indicado separadamente. As portas, quando poucas, são normalmente consideradas como parte da parede, erro normalmente

(14)

desprezível. Suponhamos, no entanto, que temos um grande número de portas nestas paredes, neste caso o ganho de calor através das portas deverá ser calculado

separadamente, neste caso ainda, só se deve usar a área líquida das paredes, janelas e portas.

Exemplo

Calcular a carga térmica (verão) que penetra por condução em um ambiente com as seguintes características:

Figura 9.4 - Exemplo de ambiente 

Pé direito de forro a piso = 2,60m Pé direito de laje a piso = 2,80m Vidro comum com persianas Paredes comum média

Temperatura interna = t1 = 24º C

Temperatura externa = t2 = 32º C

Forro Isolado com 1"de lã de vidro Piso não condicionado

(15)

Tabela 9.2 – Coeficientes globais de transmissão de calor  Coeficiente Valor

U piso 1,71 Kcal / h m2º C

U forro isolado 1,02 Kcal / h m2º C

U parede externa 1,61 Kcal / h m2º C

U parede divisória 1,95 Kcal / h m2º C

U vidro comum 5,37 Kcal / h m2º C

Ganhos de calor por condução através das paredes externas.

1. Diferença de temperaturas, para o caso de estruturas que separam o meio condicionado do meio externo.

∆t = t2 - t1

∆t = 32 - 24

∆t = 8º C

2. Cálculo da área líquida das paredes externas Atotal (paredes e vidros) = (10 + 7). 2,80

Atotal = 47,60 m2

Avidros (área só das janelas) = (2 . 1) + (3 . 2)

Avidros= 8 m2

Aliquida (At - Av) = (47,60 - 8)

Aliquida= 39,60 m2

3. U da parede externa = 1,61 Kcal / h m2º C 4. Usando a equação

Q = U . A . ∆t

Qpe = 39,60 . 1,61 . 8

(16)

Ganho de calor por condução através dos vidros externos 1. Diferença de temperaturas ∆t = t2 - t1 ∆t = 32 - 24 ∆t = 8º C 2. Avidros= 8 m2

3. Uvidro comum = 5,37 Kcal / h m2º C

4. Usando a equação Q = U . A . ∆t

Qve = 8 . 5,37 . 8

Qve  = 343,68 Kcal/h

Parede em divisória com ambiente vizinho não condicionado:

1. Diferença de temperaturas para estruturas em divisórias com ambientes não condicionados. ∆t' = t'2 - t1 t'2 = t2 - 3º C t'2 = 32 - 3 t'2 = 29º C ∆t = 29 - 24 ∆t = 5º C

2. cálculo de área líquida da parede, quando não existem janelas: Aliquida= 10 . 2,6

Aliquida = 26m2

3. Uparede divisória = Uporta = 1,95 Kcal / h m2º C

4. d) Usando a equação Q = U . A . ∆t

Qpd' = 26 . 1.95 . 5

(17)

Parede em divisória com ambiente vizinho condicionado

1. Diferença de temperaturas para estruturas em divisórias com ambientes condicionados.

∆t" = t"2 - t1

t"2 = Temperatura interna do ambiente vizinho

∆t = 21 - 24

∆t = -3º C

2. Cálculo de área líquida da parede, quando não existem janelas:

Aliquida= 7 . 2,6

Aliquida = 18,2 m2

3. Uparede divisória = 1,95 Kcal / h m2º C

d) Usando a equação 5 Q = U . A . ∆t

Qpd" = 18,2 . 1.95 . (-3)

Qpd" = (-106,47) Kcal / h

Observação

1. Note que o fluxo de calor Qpd" se dá no sentido do ambiente condicionado em

questão, ao ambiente vizinho que também é condicionado, porém a uma temperatura menor, Justificando portanto o sinal negativo do resultado.

2. Note também que se o ambiente vizinho fosse condicionado a mesma temperatura que o ambiente em questão, não haveria troca de calor, pois ∆t = 0, logo Q = 0.

Ganho de calor total através das paredes em divisórias Qpd = Qpd' +Qpd"

Qpd = 253,5 + (-106,47)

(18)

Ganho de calor por condução através do piso

1. Diferença de temperaturas para estruturas em divisórias com ambientes não condicionados. ∆t' = t'2 - t1 t'2 = t2 - 3º C t'2 = 32 - 3 t'2 = 29º C ∆t = 29 - 24 ∆t = 5º C

2. Cálculo de área do piso Apiso= 7 . 10 Apiso = 70m2 3. Upiso = 1,71 Kcal / h m2º C 4. Usando a equação Q = U . A . ∆t Qpiso = 70 . 1,71 . 5 Qpiso = 598,5 Kcal / h Observação

Neste caso se o pavimento fosse o pavimento térreo o ∆t = 0 (piso sobre a terra), e portanto o fluxo de calor Q = 0.

Ganho de calor por condução através do teto

1. Diferença de temperaturas para estruturas que separam o ambiente condicionado do meio externo.

∆t = t2 - t1

t'2 = 32 - 24

t'2 = 8º C

(19)

Ateto= 7 . 10 Ateto = 70m2 3. Uteto = 1,02 Kcal / h m2º C 4. d) Usando a equação 5 Q = U . A . ∆t Qteto = 70 . 1,02 . 8 Qteto = 571,2 Kcal / h

Quadro 9.3 - Ganho total de calor por transmissão 

Fonte Valor Qpe 210,04 Kcal / h Qve 343,68 Kcal / h Qpd 147,03 Kcal / h Qpiso 598,50 Kcal / h Qteto 571,20 Kcal / h Qtotal 2170,45 Kcal / h

Tabela 9.4 - Condições externas para verão (°C)

Cidades TBS TBU Temperatura máxima

| - Região Norte

Macapá (AP) 34 28,5 34,7

Manaus (AM) 35 29,0 36,9

Santarém (PA) 35 28,5 37,3

(20)

Cidades TBS TBU Temperatura máxima || - Região Nordeste

João Pessoa(PB) 32 26

-São Luis (MA) 33 28 33,9

Parnaíba (PI) 34 28 35,2 Teresina(PI) 38 28 40,3 Fortaleza(CE) 32 26 32,4 Natal(RN) 32 27 32,7 Recife (PE) 32 26 32,6 Petrolina (PE) 36 25,5 38,4 Maceió(AL) 33 27 35,0 Salvador(BA) 32 26 33,6 Aracaju(SE) 32 26

-|V – Região Centro – Oeste

Brasília (DF) 32 23,5 34,8 Goiânia (GO) 33 26 37,3 Cuiabá(MT) 36 27 39,0 Campo Grande (MT) 34 25 37,0 Ponta–Porã (MT) 32 26 35,8 V – Região Sul Curitiba(PR) 30 23,5 33,3 Londrina(PR) 31 23,5 34,0 Foz do Iguaçu (PR) 34 27 38,0 Florianópolis (SC) 32 26 36,0 Joinville(SC) 32 26 36,0 Blumenau(SC) 32 26 36,0 Porto Alegre(RS) 34 26 39,0 Santa Maria (RS) 35 25,5 40,0 Rio grande(RS) 30 24,5 -Pelotas(RS) 32 25,5 -Caxias do Sul (RS) 29 22,0 -Uruguaiana(RS) 34 25,5

(21)

-Tabela 9.5 - Condições externas para inverno (6)

Cidades TBS (°C) Umidade relativa (%)

Aracaju(SE) 20 78 Belém (PA) 20 80 Belo Horizonte(MG) 10 75 Blumenau (SC) 10 80 Boa Vista (RR) 21 80 Brasília (DF) 13 65 Caxias do Sul (RS) 0 90 Cuiabá (MT) 15 75 Curitiba (PR) 5 80 Florianópolis (SC) 10 80 Fortaleza (CE) 21 80 Goiânia (GO) 10 65 João Pessoa(PB) 20 77 Joinville (SC) 10 80 Macapá (AP) 21 80 Maceió (AL) 20 78 Manaus (AM) 22 80 Natal (RN) 19 80 Pelotas (RS) 5 80 Porto Alegre (RS) 8 80

Porto Velho (RO) 15 80

Recife (PE) 20 78

Rio Branco (AC) 15 80

Rio Grande(RS) 7 90

Rio de Janeiro (RJ) 16 78

Salvador (BA) 20 80

Santa Maria (RS) 3 80

São Luiz (MA) 20 80

São Paulo (SP) 10 70

Teresina (PI) 20 75

Uruguaiana (RS) 7 80

(22)

78-Tabela 9.6 - Condições Internas para verão  Recomendável Máxima Finalidade Local TBS (°C) UR (%) TBS (°C) UR (%) Conforto Residências Hotéis Escritórios Escolas 23 a 25 40 a 60 26,5 65 Lojas de Curto tempo de ocupação Bancos Barbearias Cabeleireiros Lojas Magazines Supermercados 24 a 26 40 a 60 27 65 Ambientes com grandes cargas de calor latente e/ou sensível Teatros Auditórios Templos Cinemas Bares Lanchonetes Restaurantes Bibliotecas Estúdios de TV 24 a 26 40 a 65 27 65 Locais de reuniões com movimento Boates

Salões de Baile 24 a26 40 a 65 27 65

Depósitos de livros, manuscritos, obras raras 21 a 23(c) 40 a 50(c)  – –  Ambientes de Arte Museus e galerias de artes 21 a 23(c) 50 a 55(c)  – –  Acesso Halls de elevadores  – – 28 70

Tabela 9.6 - Condições Internas para verão 

TBS (ºC) UR (%)

20 – 22 35 – 65

Ganho de Calor por Insolação

Até aqui, nós discutimos transferência de calor sendo conduzida através de uma estrutura, onde tínhamos a estrutura separando um ambiente condicionado do meio exterior, de ambientes não condicionados; ou de ambientes vizinhos condicionados não condicionados. Neste estudo vimos que o calor flui para o ambiente em estudo

(23)

através do fenômeno da condução, onde precisamos de um elemento intermediário

ligando os dois elementos a diferentes temperaturas, ou seja, se propagando através

das moléculas das substâncias envolvidas. Agora estudaremos qual a influência que o

calor radiante solar produz em um ambiente condicionado.

Em primeiro lugar o que seria a carga térmica total devido a insolação de um dado

ambiente? A carga térmica total devido a insolação seria o fluxo de calor radiante solar

ganho pelo ambiente através de sua estrutura (paredes, vidros e teto).

Calor Solar

Os raios do sol passam através do espaço exterior e da atmosfera no seu caminho

para a terra. Qualquer superfície em que toquem (solo, telhados, paredes) aquece. O

calor radiante solar que atinge a superfície da Terra varia consideravelmente de hora

para hora que dependendo do instante em que o sol nasce até ao instante que se põe,

naturalmente dependendo portanto, do sentido de rotação da terra em relação ao sol.

As nuvens, nebulosidade da atmosfera, o grau de pureza da atmosfera, sua

transparência, e outros mil fatores originam grandes variações na quantidade de calor

que atingem a face da Terra.

Quanto as influências da atmosfera, define-se radiação direta e radiação difusa:

A radiação direta é a parte da radiação inicial que incide diretamente na superfície da

terra. É o feixe real de luz solar.

Radiação difusa é a radiação devido a reflexão que se produz nas partículas de vapor

de água, ozona, ou de poluição atmosférica. Ë a energia solar refletida pelas nuvens e

poeira do ar.

Reflexão Solar

Quando a luz bate num espelho, superfície branca, ou qualquer outra superfície

brilhante, uma grande porcentagem dela é refletida. De modo idêntico, se o calor

radiante solar, atingir uma superfície de cor clara, uma grande porcentagem dela será

refletida; só o restante será absolvido pela superfície. Quanto mais escura for a

superfície maior será o calor radiante solar absorvido pela superfície. Assim as

superfícies escuras terão sempre temperaturas superiores às superfícies brancas

expostas a mesma luz solar. A cor da superfície exterior de uma parede e assim de

grande importância na quantidade de calor radiante solar que será absorvido. As

superfícies com cores claras refletem mais radiação solar do que as superfícies de

(24)

cores escuras. Ao calcular os ganhos de calor solar através de estrutura, deve-se ter

em conta a cor da superfície exterior.

Outra consideração a fazer quanto a reflexão do calor radiante é de que as superfícies

lisas refletem mais calor radiante solar do que as ásperas.

Temperaturas superficiais

A energia radiante que atinge qualquer superfície eleva sua temperatura. Um telhado

escuro pode atingir, por exemplo, a temperatura de 70º C durante o dia de verão.

Contudo, a temperatura imediatamente acima do telhado pode ser apenas 32º C. A

temperatura superficial de uma estrutura depende da limpeza da atmosfera, como já

vimos, assim como, do ângulo com que os raios solares, recebe a intensidade total do

sol. Por outro lado, quando estes raios incidem na superfície segundo um ângulo, a

intensidade é muito menor.

A Terra dá uma rotação a cada 24h, isto causa o dia e a noite. A Terra dá uma volta ao

redor do Sol, isto causa as estações. Por causa destes movimentos, o ângulo segundo

o qual os raios solares incidem numa superfície está sempre mudando. Isto significa

que a temperatura superficial de uma estrutura ao Sol, varia ao longo do dia.

A direção para qual está voltada uma estrutura vertical é importante na determinação

do ângulo com que os raios solares incidem. A direção também determina as horas

durante as quais a estrutura ficará exposta ao Sol. Uma parede com a direção Este à

latitude de 30º sul, estará ao Sol a partir de 8 horas. A partir daí, a temperatura

superficial da face exterior da estrutura aumentará regularmente até o meio dia. A

partir do meio dia , a temperatura superficial diminuirá até um ponto próximo das 14

horas. À tarde estará na sombra. À mesma latitude , a luz solar só incidirá em uma

superfície vertical orientada para o Oeste após o meio dia. A temperatura da superfície

exterior de uma estrutura vertical Oeste, atingirá o máximo valor cerca das 16 horas. A

partir desta hora resfriará de um modo regular.

A temperatura de superfície exposta ao Sol é normalmente superior à temperatura do

ar exterior. Assim, o calor circula da superfície para o ar através da película superficial

exterior. Só uma parte do calor radiante que atinge a superfície passa para o interior da

estrutura. Da porção de calor que começa a circular no interior da estrutura, só uma

parte atingirá o ambiente condicionado. É necessário tempo para o calor penetrar

numa estrutura vindo do Exterior e atingir a face interior.

A maioria do calor radiante solar que primeiro incide numa estrutura apenas leva a

temperatura da porção exterior da parede. Antes que o calor possa penetrar

profundamente na parede a temperatura da superfície exterior desce novamente,

devido ao Sol mudar de posição. A estrutura quente começa a fornecer calor ao ar

(25)

exterior. Apesar de tudo, há sempre certa porcentagem de calor que atinge a superfície

interior e eleva sua temperatura. Esta parcela de calor obedece ao fenômeno de

condução.

Orientação Geográfica

A orientação geográfica consiste em estabelecer-se o posicionamento correto das

estruturas consideradas em função dos pontos cardeais. Portanto, para que possamos

adotar um horário de cálculo é necessário orientar as paredes do recinto a condicionar.

É muito importante que a posição Norte seja fornecida, pois em função dela

orientaremos as paredes. A figura abaixo, representa a Rosa dos ventos e é um

auxiliar importante ao processo da orientação das estruturas. A estrutura

perpendicular, a determinada orientação, recebe o nome respectivo da mesma.

Figura 9.5 - Rosa dos ventos 

Horizonte Visual

Quando olhamos em redor, para nos orientarmos, vemos uma extensão enorme de

terreno, se a nossa visão não for interceptada por quaisquer obstáculos. O círculo

abrangido pelo nosso olhar e que é limitado pela linha em que a Terra parece acabar e

tocar o céu designa-se por Horizonte Visual.

O movimento aparente do Sol, permitiu aos homens a determinação de referências:

pontos cuja posição é invariável em qualquer lugar da Terra.

Com efeito, o Sol descreve todos os dias, aparentemente, um arco, cujas extremidades

cortam a linha do Horizonte Visual em dois pontos. Esses pontos correspondem ao seu

nascimento e ao seu ocaso. Se os imaginarmos unidos, obtemos uma linha que passa

(26)

pelo lugar onde nos encontramos. Se imaginarmos, novamente, uma linha

perpendicular a estas, com as mesmas características (cortando a Linha do Horizonte

e passando pelo lugar onde estamos), obtemos quatro direções. A estes quatro pontos

dá-se o nome de pontos cardeais.

Pontos Cardeais

O Norte é o ponto fundamental, na Rosa dos ventos das cartas marítimas antigas, o

Norte era representado por uma flor-de-liz. Os quatro pontos cardeais são:

• Norte

, Setentrional, Boreal ou Ártico (N)

• Sul

, Meridional, Austral, Antártico (S)

• Este

, Leste, Oriente, Nascente ou Levante (E)

• Oeste

, Ocidente, Poente, Ocaso (O ou W)

Os pontos da Rosa dos ventos costumam ser referidos em termos do ângulo que

fazem com o Norte. O Este são 90 graus, o Sul 180 e o Oeste 270.

O conhecimento dos pontos cardeais é a base elementar da orientação, mas como as

direções que permitem definir ficam, por vezes, bastante afastadas das que desejamos

determinar, criam-se outros pontos que representam direções intermédias daquelas.

Estes pontos designam-se por Pontos Colaterais.

Pontos Colaterais

Os pontos colaterais situam-se na bissetriz dos ângulos formados pelos pontos

cardeais. São eles:

NE

Nordeste

(45º )

  SE

Sudeste

(135º )

SO

Sudoeste

(225º )

(27)

Hora de Cálculo

A escolha da Hora de Cálculo deverá ser feita de tal modo, possibilitando o cálculo para a pior condição, ou seja, para hora de insolação máxima ao local que está sendo calculado. Terão grandes influências as áreas de vidros existentes nas diversas

paredes.

Roteiro para cálculo de ganho de calor por insolação

Para a determinação do percentual do ganho de calor por insolação deverá o mesmo ser procedido da seguinte forma:

1. Determinar as orientações das estruturas;

2. Verificar o tipo de estrutura e o coeficiente de transmissão total relativos às mesmas;

3. Verificar se existem estruturas vizinhas que impeçam a insolação parcial ou total alguma estrutura dos ambientes considerados;

4. Calcular as áreas de paredes externas e vidros externos das estruturas consideradas;

5. Verificar áreas de teto sujeita a insolação;

6. Verificar se existe insolação devido a reflexão dos raios solares em vidros de prédios próximos, etc.

7. Verificar os valores de ∆t em função das variáveis relativas aos mesmos. (Tabelas);

8. Montagem da tabela básica;

(28)

Tabela 9.7 - Valores de∆t para Superfícies Opacas Cores: Preto, Cinza-escuro  Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO Telhado 8 3.3 3.9 9 14.5 19.5 8.3 5 10 19.5 8.3 14.5 16.1 11 14.7 22.1 15.6 25.5 12 6.7 15 13.4 0.5 32.7 13 6.1 7.8 2.8 36.8 14 1.1 3.3 1.1 38.2 15 2.8 7.8 6.1 36.8 16 0.5 13.8 15 32.7 17 15.6 22.1 13.4 25.5 18 14.5 24.5 19.5 16.1 19 8.3 19.5 14.5 5 20 3.9 3.3

Tabela 9.8 - Valores de∆t para Superfícies Opacas Cores: Cinza-Claro, Vermelho e  Marrom  Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO Telhado 8 0.5 1.1 9 7.8 9.4 3.9 1.7 10 10 14.5 8.3 9.4 11 7.6 12.8 8.9 15 12 2.8 8.9 7.4 20 13 2.9 3.9 22.1 14 0.5 23.5 15 3.9 2.8 22.1 16 7.4 8.9 2.8 20 17 8.9 12.8 7.4 15 18 8.3 14.5 10 9.4 19 3.9 9.4 7.8 1.7 20 1.1 0.5

(29)

Tabela 9.9 - Valores de ∆t para Superfícies Opacas Cores: Alumínio e Branco  Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO Telhado 8 9 3.3 4.4 10 4.4 7.4 3.3 3.9 11 2.8 6.1 3.9 7.8 12 3.9 2.8 10.5 13 0.5 12.2 14   12.8 15 0.5 12.2 16 2.8 3.9 10.5 17 3.9 6.1 2.8 7.8 18 3.3 7.2 4.4 3.9 19 1.1 4.4 3.3 20

Tabela 9.10 - Valores de ∆t para Superfícies Transparentes - Condição: Sem Proteção  contra o sol / Sem Cortinas escuras 

Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO Telhado 6 24.2 26 11 2.2 7 62 74 39 25 8 70 96 58 65 9 50 86 60 98 10 22 58 48 3.9 124 11 1.1 20 16.8 8.9 136 12 5 10.6 5 143 13 8.9 26.8 20 1.1 136 14 3.9 48 58 22 124 15 60 86 50 98 16 58 96 70 65 17 39 74 62 25 18 11 26 24.2 2.2

(30)

Tabela 9.11 - Valores de ∆t para Superfícies Transparentes - Com cortinas claras / com  persianas internas  Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO Telhado 6 12.2 13.3 0.55 1.1 7 31 37 19.5 12.8 8 35 48.5 29.4 33 9 25.6 43 30 49 10 10.5 29.4 24 1.6 62 11 0.55 10 13.5 4.5 68 12 5 71 13 4.5 13.5 10 0.55 68 14 1.6 24 29.4 10.5 62 15 30 43 25.6 49 16 29.4 48.5 35 33 17 19.5 37 31 12.8 18 0.55 13.3 12.2 2

Tabela 9.12 - Valores de ∆t para Superfícies Transparentes - Condição: com Persianas  Externas  Direção da Face Hora SE E NE N NO O SO 6 7.3 7.8 3.3 7 18.3 22 11.7 8 21 29 17.8 9 15 25.6 17.8 10 6.7 17.8 14.4 1.1 11 6.1 7.8 2.8 12 1.6 3.3 1.6 13 2.8 7.8 6.1 14 1.1 14.4 17.8 6.7 15 17.8 25.6 17 16 17.8 29 21 17 11.7 22 18.3 18 3.3 7.8 7.3

(31)

Exemplo

Calcular para o exemplo anterior o ganho de calor por insolação. Conforme item anterior temos o seguinte roteiro:

1. Determinar as direções das faces com o auxílio de uma Rosa dos ventos. Temos:

Figura 9.6 - Exemplo de cálculo 

2. Verificar o tipo de estrutura e os respectivos coeficientes de transmissão total

estruturas: paredes com média

vidros comuns com proteção de persianas telhado com isolamento de 1"de lã de vidro

Uparede externa = 1,61 Kcal / h m2º C

Uvidro comum = 5,37 Kcal / h m2º C

Utelhado = 1,02 Kcal / h m2º C

3. Verificar se existem estruturas vizinhas que impeçam a insolação parcial ou total de alguma estrutura dos ambientes considerados:

não existem

-4. Calcular as áreas das paredes externas, vidros externos:

(32)

Estrutura SO - Vidro =2 x 1 = 2 m2 Estrutura SO – Paredes =19,6 - 2 = 17,6 m2 Estrutura SE - Parede + Vidro =10 x (2,80) = 28 m2 Estrutura SE - Vidro =3 x 2 = 6 m2 Estrutura SE - Paredes = 19,6 - 2 = 22 m2 5. Verificar áreas de teto sujeitas a insolação:

Ateto = 10 . 7 = 70 m2

6. Verificar se existe insolação devido a reflexão dos raios solares em vidros de prédios próximos, etc. :

não existem

-7. Verificar os valores de∆t em função de suas respectivas variáveis:

Na tabela 9.8 encontramos os valores de∆t para superfícies opacas de cor média Na tabela 9.11 encontramos os valores de ∆t para superfícies transparentes com proteção de persianas.

(33)

Tabela 9.13 - Tabela Básica 

Superfície Parede Vidros Parede Vidros Telhado

Direção das faces SE SE SO SO (-)

A [m2] 22 6 17.6 2 70 U [Kcal / h m2ºC] 1.61 5.37 1.61 5.37 1.02 A .U [Kcal / h ºC] 35.42 32.22 28.33 10.74 71.4 ∆t ∆t ∆t ∆t ∆t Horas Solares Q Q Q Q Q T O T A I S 7.8 25.6 1.7 9 276.28 824.83 121.38 1222.49 10.00 10.5 9.4 10 354.20 338.31 671.16 1363.67 7.60 0.55 15 11 269.19 17.72 1071.00 1357.91 2.80 20 12 99.18 1428.00 1527.18 0.55 22.1 13 5.91 1577.94 1583.85 10.5 23.5 14 112.77 1677.90 1790.67 25.6 22.1 15 274.94 1577.94 1852.88 2.8 35 20 16 79.32 375.90 1428.00 1883.22 7.4 31 15.5 17 209.64 332.94 1106.70 1649.22 10 12.2 9.4 18 283.30 31.03 671.16 1085.49

Determinação dos ganhos de calor por insolação

Ganho total de calor por insolação Q = 1883,22 Kcal/h , sendo que às 16:00 se dará o ganho de calor máximo para o ambiente em estudo.

(34)

Ganhos de calor devido a pessoas

As perdas de calor do corpo humano variam de indivíduo para indivíduo, variam

também com o grau de atividade. O corpo libera calor sensível e calor latente; devem ambos ser considerados no projeto do sistema de ar condicionado. Na tabela 9.15 selecionam-se valores de calor sensível e calor latente, para vários tipos de atividade física, note que ao descer a primeira coluna da tabela 9.15, o grau de atividade

aumenta. Observe agora as colunas de calor sensível e calor latente. O calor sensível aumenta uma pequena quantidade, mas o calor latente sobe sensivelmente.

Desconhecendo-se o número exato de pessoas que eventualmente possam ocupar o recinto condicionado deve-se utilizar da tabela abaixo:

Tabela 10.14 - Valores para ocupação de recintos 

Local M2 / Pessoa Dormitórios 10 Salasresidênciais 8 Salões de Hotel 6 EscritóriosPrivados 8 Escritóriosemgeral 8

Bancos - Recintos privados 7

Bancos-recintos públicos 4

Lojas de pouco público 5

Lojas de muito público 3

Restaurantes 2

Boites 1

Auditórios - Conferências 1.5

(35)

Tabela 9.15 - Calor liberado por pessoas  TBS 28º 27º 26º 24º 21º Local (1) (2) S L S L S L S L S L Teatro, escola primária 98 88 44 44 49 39 53 35 58 30 65 23 Escola secundária 113 100 45 55 48 52 54 46 60 40 68 32 Escrit. Hotéis, aptos, universidades 120 Supermercados, varejistas, lojas 139 113 45 68 50 63 54 59 61 52 71 42 Farmácias drogarias 139 Bancos 139 126 45 81 50 76 55 71 64 62 73 53 Restaurante (b) 126 139 48 91 55 84 61 78 71 68 81 58 Fábrica, trabalho leve 202 189 48 141 55 134 62 127 74 115 92 97 Salão de baile 227 214 55 159 62 152 69 145 82 132 101 113 Fábrica, trabalho moderadamente pesado 252 252 68 184 75 176 83 169 96 156 116 136 Boliches, Fábricas, Ginásios (c) 378 365 113 252 117 248 122 243 132 233 152 213

(1) Metabolismo Homem Adulto (2) Metabolismo médio (a) S = Calor Sensível L = Calor Latente

1. O Metabolismo Médio corresponde a um grupo composto de adultos e crianças de ambos o sexos, nas proporções normais. Estes valores foram obtidos com base nas seguintes hipóteses:

• Metabolismo da Mulher Adulta = Metabolismo do Homem Adulto . 0,85 • Metabolismo da Criança = Metabolismo do Homem Adulto . 0,75

(36)

2. estes valores compreendem 4 Kcal/h (50% de calor sensível e 50% de calor latente) por ocupante, para levar em conta o calor desprendido pelos pratos.

3. Boliche: admitindo uma pessoa jogando por pista e os outros sentados (100 Kcal) ou de pé (139 kcal/h).

O ganho de calor Sensível devido a pessoas pode ser obtido pela equação:

Onde :

Qs = ganho de calor Sensível [Kcal/h] n = número de pessoas

CS = calor sensível liberado por pessoa [Kcal/h]

O ganho de calor latente devido a pessoas pode ser obtido pela equação:

Onde :

QL = ganho de calor Latente [Kcal/h] n = número de pessoas

CL = calor Latente liberado por pessoa [Kcal/h]

Exemplo

Um salão de baile, tem uma assistência total de 1200 pessoas. Destas, 900 estão na pista de dança e 300 estão sentadas. Calcular os calores sensível e latente total adicionados a sala.

1. Das condições internas recomendadas para o verão obtém-se que a temperatura ideal para o salão de festas está na faixa 24º C a 26º C. Tome 24º C.

2. da tabela 9.15 de calor sensível e latente, obtém-se a temperatura: QS = n . CS

(37)

Sentada com atividade moderada CS = 71 Kcal / h

(restaurante) CL = 68 Kcal / h

Dançando com moderação CS = 82 Kcal / h

(salão de baile) CL = 132 Kcal/h

300 pessoas estão sentadas, portanto: Qs = 300 . 71 Qs = 21300 Kcal / h Ql = 300 . 44 Ql = 13200 Kcal / h

900 pessoas estão dançando, portanto: Qs = 900 . 82 Qs = 73800 Kcal / h Ql = 900 . 132 Ql = 118800 Kcal / h

Totais

Qs total = 21300 + 7380 Qstotal = 95100 Kcal / h

Ql total = 13200 + 118800 Ql total = 132000 Kcal / h

Ganho de calor devido a Iluminação

A dissipação de calor liberado pelos aparelhos de iluminação elétrica é uma carga sensível considerável e que deve ser computada. Nos casos em que não se tenham os valores corretos de iluminação elétrica, deve-se assumir valores, segundo o

(38)

Tabela 9.16 - Iluminação  Local W/m2 Dormitório 10 SalasResidenciais 20 Salões de Hotel 30 Escritórios 40 Bancos 40 Lojas 60 Salasde desenhos 60 Restaurantes 20 Boates 10 Auditórios - Conferências 20 TeatrosAuditórios 10

Para iluminações indiretas, com lâmpadas incandescentes, os números da tabela devem ser multiplicados por 2. Para iluminação com lâmpadas fluorescentes os números relativos à lâmpadas fluorescentes devem ser divididos por 3, segundo os valores da tabela.

O ganho de calor devido a iluminação do ambiente é dada pela equação:

Onde: (para lâmpadas incandescentes) Qil = carga de iluminação [Kcal/h]

0,860 = fator de conversão Wt = Potência Total [W]

Para lâmpadas fluorescentes deverá ser acrescido 25% a mais, devido a carga de reatores, à saber:

Qil = 0,860 . Wt

(39)

Exemplo

Determinar a carga térmica total à iluminação de uma recepção de hotel com as seguintes luminárias:

• 5 candelabros com 108 lâmpadas incandescentes de 10W cada;

• iluminação incandescente para uma área de 20 m2, iluminação indireta para

pinturas a óleo;

• iluminação fluorescente para uma área de 30m2, para escritório da gerência.

Solução

1. 5 candelabros com 108 lâmpadas incandescentes de 10W cada; Qil = 5. 108. 10. 0.86

Qil = 4644 Kcal /h

2. iluminação incandescente indireta para uma área de 20 m2; a) da tabela de iluminação ideal, obtém-se

Salões de hotel - 30W/m2

b) Correção para iluminação indireta - dobro 30. 2 = 60W/m2

c) Total de potência de iluminação a ser gerada: 60. 2 = 120W

d) Qil = 1200. 0,86 Qil = 1032 Kcal/h

3. iluminação fluorescente para escritório com 30 m2:

• da tabela de iluminação ideal, obtém-se:

- Escritório - 40W/m2

• Correção para iluminação indireta - 1/3

- 1/3 = 13,33 W/m2

• Total de potência de iluminação a ser gerada:

(40)

- Qil = 400. 0,86. 1,25 - Qil = 430 Kcal/h

Calor total transmitido.

•  Qil total = 4644 + 1032 + 430

•  Qil total = 6106 Kcal/h

Ganho de calor devido à motores elétricos

Os motores elétricos fornecem calor sensível quando estão em funcionamento e esse calor deve ser removido pelo equipamento de resfriamento, quer o motor esteja na sala condicionada, quer na corrente de ar. Tomaremos como exemplo, um motor acoplado ao ventilador de insuflamento. Assuma-se que o motor é de 5 Kw e se encontra fora da câmara do ventilador. A potência fornecida ao ventilador constitui energia adicionada à corrente de ar. O calor equivalente é 5Kw. Ao equipamento de resfriamento não

interessa de onde venha os 5 Kw, ele terá que efetuar o mesmo trabalho de resfriamento que o ganho de calor seja da sala ou do ventilador de insuflamento.

Certamente que os motores não tem uma eficiência de 100%. Assim, para que o motor forneça 5Kw a sua alimentação terá que ser superior a 5 Kw. Assume-se que a

eficiência de um motor de 5Kw é de 80%. Assim a alimentação do motor é 6.25 Kw (5,0 / 6,25). Evidentemente que esta energia chega ao motor na forma de eletricidade. Será contudo, eventualmente toda convertida em calor. Geralmente o equivalente em calor da energia elétrica de alimentação é considerado como parte da carga da sala. Quando o motor faz parte do ambiente condicionado sabe-se previamente sua

potência, porém, quando faz parte do equipamento torna-se difícil computar sua potência , uma vez que os ganhos de calor do ambiente e que vão determinar as potências do equipamento frigorífico e dos motores dos mesmos. Dessa forma, a alternativa que resta é estimar sua potência e posteriormente, quando a potência frigorífica estiver definida, verificar os valores estipulados e corrigi-los se necessário. Como estimativa assume-se que cada 100m2 condicionados exigem 1 HP para

potência frigorífica. O ganho de calor devido a motores elétricos pode ser obtido pela equação:

(41)

Onde:

Qm = ganho do Motor [kcal / h];

P = potência do motor elétrico[W],[HP],[CV]; E = eficiência do motor elétrico;

Fc = fator de Conversão de unidades.

1Watt = 0,86 Kcal/h 1HP = 1,044 CV 1HP = 641,2 Kcal /h

Ganho de calor devido a equipamentos e aparelhos diversos

Esse ganho de calor depende da função e aplicação típica do recinto a ser condicionado, pois, estas determinarão o tipo, quantidade e potência dos

equipamentos existentes. Sua composição pode ser obtida através da somatória de calor de equipamento relacionados na tabela 15. O ganho de calor de equipamentos não indicados na tabela, pode ser estimado a partir das características indicadas em sua chapa de identificação e através da equação. Deve-se ressaltar no entanto, que em alguns casos o calor liberado compõe-se de percentual latente. Suponhamos, por exemplo, que um aquecedor elétrico aqueça um líquido no recipiente aberto ou num recipiente ventilado para sala. Neste caso, uma parte do ganho de calor é convertida em calor latente. Isto pode ser estimado como cerca de 50% de calor sensível e 50% de calor latente.

O ganho de calor devido a equipamentos e aparelhos diversos, pode ser obtido pela equação:

Qm = P . Fc E

(42)

Onde:

Qe = ganho de calor [ Kcal / h]

Pe = potência dos equipamentos em watts 0,86 = fator de conversão de watts para Kcal /h

Tabela 9.17 - Calor liberado por fontes diversas 

Kcal/h Equipamentos Diversos

Sensível Latente Total Equipamentos elétricos

Aparelhos elétricos - por Kw 860 0 860

Forno elétrico - serviço de cozinha por Kw 690 170 860 Torradeiras e aparelhos de grelhar por Kw 770 90 860

Mesa Quente - por Kw 690 170 860

Cafeteiras – por litro 100 50 150

Equipamentos a Gás

GLP 50% butano + 50% propano por m3 /h 5540 700 6240

GLP (50%/50%) por Kg 9800 1200 11000

Bico de Bunsen - tamanho grande 835 215 1050

Fogão a gás-serviço de rest. por m2 de superfície de mesa

10500 10500 21000

Banho Maria

Por m2 de superfície Superior 2130 1120 3250

Cafeteira– por litro 150 50 200

Equipamentos a Vapor

Banho Maria por m2 de boca 1125 2625 3750

Alimentos

Por pessoa (restaurante) 7 7 14

Motores Elétricos Potência Placa Eficiência aproximada

Até1/4 CV Por CV 60 1050 0 1050

1/2 a1 CV Por CV 70 900 0 900

1 1/2 CV a 5 CV Por CV 80 800 0 800

7 1/2 CV a 20 CV Por CV 85 150 0 750

(43)

Carga térmica do ambiente a ser condicionado (Verão)

Deve-se somar as cargas térmicas sensíveis geradas no ambiente e depois as latentes para a fim de determinar o fator de calor sensível, a temperatura de insuflamento e a vazão de insuflamento. Abaixo o resumo:

Tabela 9.18 – Resumo do Cálculo de Carga Térmica do Ambiente 

Descrição Sensível Latente

Transmissão X Insolação X Pessoas X X Iluminação X Motores X Equipamentos Diversos X X* Soma Parcial CS CL

* Alguns equipamentos geram carga latente através da vaporização de água, tais como: banho-maria, cafeteiras, etc.

Fator de Calor Sensível (FCS)

O fator de calor sensível representa a relação entre as cargas sensíveis e latentes. Será utilizado no diagrama psicrométrico para determinar a temperatura de

insuflamento.

Ambientes com carga latente baixa trabalham com o FCS de 1,0 até 0,7 .

Em alguns casos os diagramas psicrométricos trabalham com o multiplicador de calor sensível:

FCS = CS___ CS + CL

MCS = CS + CL CL

(44)

Condições do Ar da saída do equipamento

Teoricamente o projetista de um sistema de ar condicionado, pode selecionar a

condição do fornecimento de ar, para qualquer combinação de temperaturas de bulbo seco e úmido, que se interceptam na linha de porcentagem de calor sensível. Na prática, contudo, a combinação das temperaturas de bulbo seco e úmido selecionada para o fornecimento de ar deve ser possível de obter com o equipamento usado para resfriar o ar. O ar é normalmente fornecido à sala condicionada, nas mesmas

condições que deixa o equipamento de resfriamento. O equipamento de

condicionamento selecionado deve ser assim, capaz de reduzir as temperaturas de bulbo seco e úmido do ar fornecido até um ponto que se situe na linha de

porcentagem do calor sensível para a sala em questão.

O ar pode ser resfriado através de muitas combinações diferentes de temperatura de bulbo seco e úmido, dependendo da combinação exata do projeto do equipamento de resfriamento. Contudo os pontos que representam as temperaturas de bulbo seco e úmido finais do ar ao deixar o equipamento de resfriamento deverá ser na linha de calor sensível ou debaixo dela. Os equipamentos dos tipos normalmente usados tem tendência a fornecer ar com altas umidades. Assim, por conveniência de cálculo, o ar ao deixar o equipamento de resfriamento é normalmente considerado como tendo uma porcentagem de saturação 90% apesar de se obterem umidades relativas superiores e inferiores.

Determinação da temperatura de saída do equipamento

Ao projetar qualquer sistema de ar condicionado as temperaturas de bulbo seco e úmido requeridas ao ar insuflado devem ser sempre selecionadas primeiro e a partir delas calculado o volume de ar necessário para absorver a carga sensível e latente existente no ambiente e deixá-lo nas condições ideais de estudo. A temperatura de saída do equipamento de ar condicionado é conseguida através do seguinte processo, ilustrado na figura a seguir:

(45)

Figura 9.7 - Temperatura de saída do equipamento 

Determinação da vazão de ar a ser insuflado

1. Localiza-se no diagrama psicrométrico o ponto que determina as condições internas do ambiente em estudo (ponto A);

2. Calcula-se o fator de calor sensível e localiza-se este ponto na escala correspondente (ponto B);

3. Une-se ponto B ao ponto de referência (PR) para utilização da escala do fator de calor sensível (reta PRB);

4. Traça-se uma paralela unindo o ponto a (condições Internas) ao ponto C

determinado pela intersecção desta reta com a curva de saturação (90% UR) -normalmente considerada como a porcentagem de umidade oferecida pelo equipamento de resfriamento (reta AC);

5. Através do ponto C obtém-se o valor de TBS2 na escala de temperatura de bulbo seco;

(46)

Determinação da vazão de ar a ser insuflado

Onde:

Vai = vazão de ar insuflado [m3 /h];

CS = calor sensível a ser absorvido [Kcal/h]; 0,24 = constante prática;

TBS1 = temperatura de bulbo seco interna do ambiente [º C];

TBS2 = temperatura de bulbo seco na saída do equipamento frigorífico [º C].

Determinação da vazão de ar externo

Origina-se esta parcela de carga térmica pelo fato do ar exterior em determinadas condições de temperatura e umidade passar para as condições do recinto

condicionado. Este ar exterior e que vai substituir o ar que por infiltração escapa do recinto condicionado por frestas existentes nas janelas, portas, portas giratórias ou vai e vem e exaustores. O valor do volume de ar que escapa do recinto através de portas normalmente fechadas eqüivale a uma troca, por hora do volume total do recinto

condicionado. O valor do volume para portas de vai e vem depende da medida e tipo dessas portas como também da freqüência de abertura das mesmas como pode-se ver na tabela a seguir extraída da NB-10 da ABNT.

Vai = CS 1

0,24 . (TBS1 - TBS2)

(47)

Tabela 9.19 - Fluxo de Ar externo pelas portas 

Pelas Portas (Normalmente Fechadas) m3 / h . pessoa Local

Porta Giratória (1.80m) Porta de vai-e-vem (0.90m)

Bancos 11 14 Barbearias (-) 9 Drogarias e farmácias 10 12 Escritórios de Corretagem 9 9 Escritórios Privados (-) 4 Escritórios em Geral (-) 7 Lojas em Geral 12 14 Restaurantes 3 4 Lanchonetes 7 9

Pelas Portas (Normalmente Abertas)

Porta de 90cm 1350 m3 /h

Porta de 180cm 2000 m3 /h

Tabela 9.20 - valores para perdas de ar por frestas de janelas e portas 

Pelas Frestas

Tipo de Abertura Observação m3/h (por metro de frestas) (*) Janelas

 - Comum 3

 - Basculante 3

 - Guilhotina com caixilho de madeira Mal ajustada 6.5

Bem ajustada 2

 - Guilhotina com caixilho metálico Sem vedação 4.5

Com vedação 1.8

Portas Mal ajustada 13

Bem ajustada 6.5

(48)

Tabela 9.21 - Ar exterior para renovação  m3 / h por pessoa Local Recomendável Mínimo Concentração de Fumantes Bancos 17 13 Ocasional Barbearias 25 17 Considerável

Salões de beleza 17 13 Ocasional

Bares 68 42 (-) Cassinos-Grill-Room 45 35 (-) Escritórios Públicos 25 17 Alguns Privados 42 25 Nenhum Privados 51 42 Considerável Outros Ambientes Estúdios 35 25 Nenhum Lojas 17 13 Ocasional

Salas de hotéis 51 42 Grande

Residências 35 17 Alguns

Restaurantes 25 20 Considerável

Salas de diretores 85 50 Muito Grande

Teatros-Cinemas-Auditórios 13 8 Nenhum

Teatros-Cinemas-Auditórios 25 17 Alguns

Salasde aula 50 40 Nenhum

Salas de reuniões 85 50 Muito grande

Aplicações Gerais

Por pessoa (Não fumando) 13 8 (-)

Por pessoa (fumando) 68 42 (-)

Para o cálculo de vazão correspondente do ar exterior deve-se proceder a avaliação dos seguintes valores:

1. determinar a quantidade de ar que, por motivo de ventilação deve ser introduzida no recinto condicionado;

2. determinar a quantidade de ar que escapa por portas normalmente fechadas; 3. determinar ao ar que escapa por eventuais portas de vai e vem;

(49)

Uma vez obtidos estes valores, adotaremos para quantidade de ar exterior o maior valor obtido entre a necessidade de ar para renovação do ambiente com a

necessidade de ar para a reposição devido as perdas.

O ar exterior é admitido pelo climatizador de ar o qual deverá remover seu calor total (sensível + latente) antes de enviá-lo para o ambiente. Na tabela 11 mostramos os valores para perdas de ar por frestas de janelas e portas. Na tabela 12 mostramos os valores de quantidades de ar exterior para renovação extraídos da NB-10 da ABNT.

Condições de entrada do ar na serpentina

Devemos determinar a temperatura de entrada do ar na serpentina do condicionador considerando as proporções entre as massas de ar de retorno e de ar externo.

Figura 9.8 - Esquema da caixa de mistura de ar 

Chama-se caixa de mistura de ar o local onde encontram-se as massas de ar de retorno e de ar externo. Esta caixa de mistura pode ser uma junção entre ramais de dutos ou mesmo a própria casa de máquinas do equipamento condicionador de ar. Através do esquema podemos perceber que:

Onde:

VAI = Vazão de insuflamento VAE = Vazão de ar externo VR = Vazão de retorno

Referências

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