DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, !!!, p."#$%.
!!!, p."#$%.
DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, !!!, p."#$%.
!!!, p."#$%.
Estrutura: . &ntrodu'ão. ". (oti)a'ão partid*ria e a +un'ão do o)erno na Estrutura: . &ntrodu'ão. ". (oti)a'ão partid*ria e a +un'ão do o)erno na sociedade. -. A lica /*sica do )oto. 0. A lica /*sica da tomada de sociedade. -. A lica /*sica do )oto. 0. A lica /*sica da tomada de decisão o)ernamental. #. O sini1cado da incerte2a. %. 3omo a incerte2a decisão o)ernamental. #. O sini1cado da incerte2a. %. 3omo a incerte2a a+eta a tomada de decisão o)ernamental.
a+eta a tomada de decisão o)ernamental. 4esumo:
4esumo:
Em/ora os o)ernos se5am de crucial import6ncia em todas as economias, a Em/ora os o)ernos se5am de crucial import6ncia em todas as economias, a teoria econômica não produ2iu uma rera satis+atria de comportamento teoria econômica não produ2iu uma rera satis+atria de comportamento para eles, compar*)el 7s reras 8ue sua para pronosticar as a'9es de para eles, compar*)el 7s reras 8ue sua para pronosticar as a'9es de
consumidores e de 1rmas. Nossa tese tenta +ornecer essa rera, postulando consumidores e de 1rmas. Nossa tese tenta +ornecer essa rera, postulando 8ue os o)ernos democr*ticos aem para maimi2ar o apoio pol;tico.
8ue os o)ernos democr*ticos aem para maimi2ar o apoio pol;tico.
Por a'ão racional, entendemos a a'ão 8ue < e1cientemente plane5ada para Por a'ão racional, entendemos a a'ão 8ue < e1cientemente plane5ada para alcan'ar os 1ns
alcan'ar os 1ns econômicos ou pol;ticos conscientemente selecionados doeconômicos ou pol;ticos conscientemente selecionados do ator. No nosso modelo, o o)erno perseue seu o/5eti)o so/ tr=s condi'9es: ator. No nosso modelo, o o)erno perseue seu o/5eti)o so/ tr=s condi'9es: uma estrutura pol;tica democr*tica 8ue permite a eist=ncia de partidos de uma estrutura pol;tica democr*tica 8ue permite a eist=ncia de partidos de oposi'ão, uma atmos+era de raus )ari*)eis de incerte2a e um eleitorado de oposi'ão, uma atmos+era de raus )ari*)eis de incerte2a e um eleitorado de eleitores racionais.
eleitores racionais. >
>entamos eentamos essas tarssas tare+as por me+as por meio de um meio de um modelo 8ue < odelo 8ue < realista realista e contudo,e contudo, não preenche os detalhes das rela'9es no interior dele. Em suma, 8ueremos não preenche os detalhes das rela'9es no interior dele. Em suma, 8ueremos desco/rir 8ual +orma de comportamento pol;tico < racional tanto para o desco/rir 8ual +orma de comportamento pol;tico < racional tanto para o o)erno 8uanto para cidadãos de uma democracia.
o)erno 8uanto para cidadãos de uma democracia.
Neste estudo, o)erno < de1nido como a8uele aente especiali2ado na Neste estudo, o)erno < de1nido como a8uele aente especiali2ado na di)isão do tra/alho 8ue pode impor sua decisão so/re todos os outros di)isão do tra/alho 8ue pode impor sua decisão so/re todos os outros
aentes ou indi);duos da *rea. Um o)erno democr*tico < a8uele escolhido aentes ou indi);duos da *rea. Um o)erno democr*tico < a8uele escolhido periodicamente por meio de elei'9es populares nas 8uais dois ou mais
periodicamente por meio de elei'9es populares nas 8uais dois ou mais partidos competem pelos )otos de todos os adultos.
partidos competem pelos )otos de todos os adultos.
Um partido < uma e8uipe de indi);duos 8ue procuram controlar o aparelho Um partido < uma e8uipe de indi);duos 8ue procuram controlar o aparelho de o)erno atra)<s da o/ten'ão de caro numa elei'ão. Sua +un'ão na de o)erno atra)<s da o/ten'ão de caro numa elei'ão. Sua +un'ão na di)isão do tra/alho, +ormular e eecutar pol;ticas o)ernamentais sempre di)isão do tra/alho, +ormular e eecutar pol;ticas o)ernamentais sempre 8ue conseuiu chear ao poder. Entretanto, seus mem/ros são moti)ados 8ue conseuiu chear ao poder. Entretanto, seus mem/ros são moti)ados por seu dese5o pela renda, prest;io e poder de ad)=m da ocupa'ão do por seu dese5o pela renda, prest;io e poder de ad)=m da ocupa'ão do caro. Desta maneira, desempenhar sua +un'ão social <, um meio de caro. Desta maneira, desempenhar sua +un'ão social <, um meio de alcan'ar suas am/i'9es pri)adas. Em/ora esse arran5o possa parecer alcan'ar suas am/i'9es pri)adas. Em/ora esse arran5o possa parecer
estranho, < encontrado do princ;pio ao 1m da di)isão do tra/alho por causa estranho, < encontrado do princ;pio ao 1m da di)isão do tra/alho por causa da pre)al=ncia do interesse pessoal na a'ão humana.
?* 8ue nenhum dos complementos do caro pode ser o/tido sem 8ue se5a eleito, a principal meta de todo partido < anhar as elei'9es. Assim, todas as suas a'9es )isam 7 maimi2a'ão dos )otos e ele trata as pol;ticas
simplesmente como meio para alcan'ar esse 1m.
Num mundo em 8ue lhe são +ornecidas in+orma'9es completas e sem custo, o cidadão racional toma sua decisão em rela'ão ao )oto da seuinte
maneira:
. Atra)<s da compara'ão do @uo de renda de utilidade pro)eniente da ati)idade o)ernamental rece/ida so/ o presente o)erno com
a5ustamento de tend=nciasB e a8ueles @uos 8ue cr= 8ue teria rece/ido. Se )ariados partidos de oposi'9es ti)essem estado no o)erno, o eleitor
encontra seus di+erenciais partid*rios atuais. Eles esta/elecem a pre+er=ncia do eleitor entre os partidos concorrentes.
". Num sistema /ipartid*rio, o eleitor então )ota no partido 8ue pre+ere. Num sistema multipartid*rio, estima o 8ue cr= serem as pre+er=ncias de outros eleitores, da; ae do seuinte modo:
a. Se seu partido +a)orito parece ter uma ra2o*)el chance de )encer, )ota nele.
/. Se seu partido +a)orito parece não ter 8uase nenhuma chance de )encer, )ota em alum outro partido 8ue tenha uma chance ra2o*)el, a 1m de
impedir 8ue )en'a o partido 8ue menos apia.
c. Se < um eleitor orientado para o +uturo, pode )otar em seu partido
+a)orito mesmo se parecer 8ue ele 8uase não tem chance de )encer, a 1m de melhorar as alternati)as a/ertas a ele em +uturas elei'9es.
-. Se os eleitores não conseuem esta/elecer uma pre+er=ncia entre os partidos por8ue pelo menos um partido de oposi'ão est* empatado com os ocupantes do caro na disputa do primeiro luar em sua ordem de
pre+er=ncia, ele então ae da seuinte maneiraC
a. Se os partidos estão empatados, ainda 8ue tenham plata+ormas ou pol;ticas atuais di+erentes, ou am/as, ele se a/st<m.
/. Se os partidos estão empatados por8ue t=m plata+ormas e pol;ticas atuais id=nticas, ele compara a a)alia'ão de desempenho do partido no poder
78uelas de seus predecessores no caro. Se os ocupantes do caro 12eram um /om tra/alho, )ota nelesC se 12eram um mau tra/alho, )ota contra elesC e se seu desempenho não < /om nem mau, se a/st<m.
De acordo com nossa hiptese, os o)ernos continuam a astar at< 8ue o anho marinal de )oto pro)eniente dos astos se iuala 7 perda marinal de )oto pro)eniente do 1nanciamento. Os determinantes de perda de )oto e anho de )oto são as rendas de utilidade de todos os eleitores e as
estrat<ias de partidos de oposi'ão. Assim, os o)ernos se en)ol)em em uerra pol;tica assim como em pro/lemas de maimi2a'ão.
Em condi'9es de certe2a, a melhor estrat<ia de um o)erno < adotar escolhas 8ue são apoiadas pela maioria dos eleitores. Antes de +a2er 8ual8uer asto, +a2 uma )ota'ão hipot<tica para )er como as rendas de utilidade dos eleitores são a+etadas pelos astos e pelo 1nanciamento necess*rio. Se deiar de adotar a opinião da maioria, seus oponentes o +arão e /riarão na decisão com /ase apenas nesta 8uestão, conseuindo desse modo a derrota dos ocupantes do caro.
Entretanto, con+ormar$se ao dese5o da maioria não arante a reelei'ão para os ocupantes do caro. Alumas )e2es a oposi'ão pode +ormar uma coali2ão de dissidentes e )encer, assumindo a )isão minorit*ria em rela'ão a
8uest9es$cha)e, e outras )e2es não eiste uma posi'ão ma5orit*ria clara. Em am/os os casos, a derrota dos ocupantes do caro < causada pela +alta de +orte consenso no eleitorado, com/inada com a ha/ilidade da oposi'ão em a/ster$se de se comprometer at< 8ue o o)erno a5a.
Desse modo, o dom;nio da maioria nem sempre pre)alece em rela'ão a 8uest9es espec;1cas, mas eralmente isso ocorre num sistema /ipartid*rio sempre 8ue a maioria apoiar )iorosamente uma certa pol;tica. Essas
minorias apaionadas eistem 8uando os cidadãos t=m sentimentos mais +ortes 8uanto 7s opini9es so/re pol;ticas, 8ue a maior parte dos outros
compartilha com eles, do 8ue 8uando 78uelas em rela'ão 7s 8uais estão na minoria. Ao estimular a especiali2a'ão de ponto de )ista, a di)isão tende a a+uentar maiorias apaionadas e a +omentar o)ernos de coali2ão de minorias.
uando o o)erno est* seuindo o princ;pio da maioria, plane5a seu or'amento +a2endo uma )ota'ão hipot<tica em rela'ão a cada decisão. uando est* usando aluma outra estrat<ia, 5ula toda a'ão como parte de seu plano total de astos para o per;odo eleitoral. E)entos não pre)istos +or'am$no a recalcular todo o plano do 8ue 5* +e2.
3omo os o)ernos plane5am suas a'9es o)ernamentais para aradar
eleitores e os eleitores decidem )otar com /ase nas a'9es o)ernamentais, uma rela'ão circular de mtua interdepend=ncia su/5a2 no +uncionamento do o)erno numa democracia.
A incerte2a < 8ual8uer +alta de conhecimento seuro so/re o curso dos acontecimentos. Pode estar presente em 8ual8uer parte do processo de tomada de decisão pol;tica e eralmente a+eta tanto os partidos pol;ticos 8uanto os eleitores, atra)<s do controle do n;)el de con1an'a com o 8ual eles tomam decis9es.
A incerte2a di)ide os eleitores em rupos com raus )ariados de con1an'a em suas decis9es de )oto. 3omo a8ueles 8ue t=m menos certe2a podem ser
in@uenciados por in+orma'9es adicionais, a incerte2a le)a a tentati)as de persuasão por parte de homens 8ue +ornecem in+orma'ão correta mas tendenciosa.
A possi/ilidade de persuasão d* oriem 7 competi'ão pela lideran'a entre partidos pol;ticos, rupos de interesse e compradores de +a)or. Ao +ormular pol;ticas, os partidos tendem a seuir os dese5os dos eleitores, mas uma )e2 +ormulada sua pol;tica, se es+or'am para le)ar todos os eleitores a aceit*$la como dese5*)el. Os rupos de interesse 8uerem 8ue o o)erno adote
pol;ticas +a)or*)eis a eles, assim eles posam de representantes da )ontade popular. >entam simultaneamente criar uma opinião p/lica real, 8ue
sustente seus pontos de )ista, e con)encer o o)erno de 8ue essa opinião p/lica eiste. Os compradores de +a)or representam apenas a si prprios, mas estão dispostos a apoiar partidos pol;ticos em troca de +a)ores
espec;1cos.
3omo o rão de plane5amento central do o)erno não tem certe2a so/re o 8ue o po)o 8uer, tem de con1ar em intermedi*rios entre si mesmo e os cidadãos a 1m de desco/ri$lo. Os rupos de interesse descritos acima são um tipo de intermedi*rioC os aentes descentrali2ados do prprio o)erno constituem outro. Os compradores de +a)or +uncionam como intermedi*rios de um modo oposto, a5udando o o)erno a criar opini9es simp*ticas a
pol;ticas so/re as 8uais esse 5* decidiu. Por<m, todos esses intermedi*rios eiem um pre'o F conseuem uma in@u=ncia so/re a +ormula'ão de pol;ticas maior do 8ue sua propor'ão num<rica na popula'ão.
Desse modo, a incerte2a +or'a os o)ernos racionais a considerar aluns eleitores como mais importantes 8ue outros. Ao +a2=$lo, modi1ca a