ROTINAS DE ENCAMINHAMENTO DE EXAMES -SALA DE NECROPSIAS DO SVOI
1) ROTINA DE EXAMES DE LABORATÓRIOS PARA HCFMRP - colher o sangue
- após colocado em tubo próprio
- identificar: no esparadrapo (máximo 1 cm largura) com lápis preto- -SVOI- nº necro- nome paciente
Obs : na falta do auxiliar, o técnico executará as entregas.
2)ROTINA DE EXAMES PARA O LABORATÓRIO DE MICROSCOPIA Durante o exame necroscópico, o médico ao retirar os órgãos principais, recorta as vísceras (pequenos cortes do tecido) para encaminhado ao Laboratório de Histologia
Os recortes são colocados em cassetes, separados e enumerados com o nº da necropsia e separados em vidro contendo formol tamponado para conservação. São separados os tecidos em duplicata, para que um deles será guardado para reserva até que feche o diagnóstico.
Os cassetes nos vidros serão retirados pela técnica de histologia e levados para o laboratório para processamento.
No laboratório a técnica verificará se os cassetes irão para microscopia ou não. Os casos que não irão para microscopia, somente serão emblocados em parafina após passar por processo no aparelho histotécnico.
3) ROTINADE ENCAMINHAMENTO DE MATERIAL PARA ADOLFHO LUTZ E OUTROS
- Os Fragmentos sempre deverão ser cortados em triplo. Os cortes para histologia do serviço - procedimento a habitual (emblocamento e reserva) e as cassetes que irão para o I.A.L deverão ser identificadas com o nº da necropsia e nome do fragmento individualmente.
PARA LEPTOSPIROSE, FEBRE AMARELA, HANTAVIROSE E DENGUE -
encaminhar soro em vacutainer em gelo comum no mesmo dia ou dia seguinte ao exame para exame histopatológico, encaminhar vísceras ao Lab. histologia para emblocar (cérebro e pulmão, de preferência) e outros fragmentos identificados, que serão encaminhado para o instituto Adolpho Lutz –Ribeirão Preto (o material que for para IAL de São Paulo, será encaminhado pelo IAL de Rib. Preto).
OBS: nos casos de encaminhamento de exame histológico ao Adolpho Lutz, marcar no cassete, o material e o nº da necropsia, embora esteja marcado no vidro que contém as vísceras.
PARA RAIVA –
Colher líquor, conforme orientação encaminhar ao Instituto Pasteur de São Paulo através do IAL de Rib. Preto.
PARA MALÁRIA-
-o laboratório do HC novo fará o exame no soro (sem condições para exame gota espessa)
- encaminhar vísceras e soro no gelo para IMT (Instituto da Malária) prédio da SUCEN São Paulo.
PARA GRIPE SUINA - Para isolamento do vírus : SORO
-colocar em tubo falco branco de polipropileno, com tampa rosqueável - colocar em gelo e encaminhar imediatamente
- identificado com nome do paciente FRAGMENTO
- colocar em tubo falco branco de polipropileno, com tampa rosqueável - seco ou em solução salina
- fragmento de 01 a 02 cm
- identificado com nome do paciente e qual a víscera - colocar em gelo e encaminhar imediatamente EXAME HISTOPATOLÓGICO
-vísceras de pulmão, fígado ( obrigatório), baço, meninge , cérebro - temperatura - normal
- fragmento de 01 a 02 cm coberto de líquido
- identificação no tubo : com nome do paciente e nome da víscera. PARA DOENÇA DA VACA LOUCA :
Deve-se seguir todos os procedimentos cujas instruções se encontram no Site do Ministérios da Saúde www.anvisa.gov.br, e após colheita do cérebro do paciente, deverá ser encaminhado à Fac. de Medicina de São Paulo/USP , após telefonar e combinar com o setor que fará o exame, o momento do encaminhamento.
3) ROTINA DE EXAMES PARA O LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
material para análise quantidade tipo
acetaminofen 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
álcool 5 ml sangue heparinizado (tampa verde)
Obs : fechar o frasco e guardar imediatamente no freezer
anfetaminas 5 ml urina
antidepressivos tricíclicos 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha)
benzodiazepínicos 5 ml urina benzoilecgonina (metabólito da
cocaina)
5 ml urina
carbamazepina 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
colinesterase 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
difenilhidantoina 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
digoxina 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
fenobarbital 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
litemia 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
paraquat/diquat 15 a 20 ml urina
salicilemia 5 ml sangue heparinizado (tampa verde)
sulfanilamida 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
teofilina 5 ml sangue sem anticoagulante (tampa vermelha
testes imediatos (fenotiazínicos, imipramínicos e salicilatos
10 ml urina thc (cannabinóides) 5 ml urina
tiocianato 5 ml sangue heparinizado ( tampa verde)
OBS : a metodologia do serviço de toxicologia do HC UE não permite análise de soro e/ou plasma hemolizado, portanto, o sangue deverá ser centrifugado antes de congelar. Levar ao laboratório do CEMEL de Toxicologia onde tem centrífuga, o mais rápido que puder..
4)NORMAS PARA DESPREZAR MATERIAL DE RESERVA DE NECROPSIAS :
- Esperar 5 meses após entrega de laudo ( toda necropsia se recorta material para emblocar e também para esta reserva).
- Quando forem necropsias:
-infecto contagiosas, principalmente com solicitação de material para-Instituto Adolpho Lutz, HC ou outros.
casos cirúrgicos
casos solicitados pela polícia ou juizes ( inquérito) casos solicitados pela família (queixa)
omissão de socorro
suspeita de intoxicação por drogas ( remédios , álcool, drogas etc) solicitados por hospitais ou outros da saúde
TÉCNICA DE EMBALSAMAMENTO PARA ADULTOS : 10 LITROS PREPARADOS DA SEGUINTE FORMA
OBS para crianças-50% da fórmula (dependendo do peso) 1000ml de formoldeido (37-40%)
9000ml de água destilada
40 g de fosfato de sódio monohidratado 65g de difosfato de sódio
OBS O PH da solução deve ser de aproximadamente 6,8
Para o prepare de 5 litros, a metade de todos os ítens ao lado
As técnicas abaixo podem ser efetuadas :
a) ligando-se a artéria femural e/ou abdominal, cânula de metal no formato “T”, acoplada a um garrote de látex e/ ou mangueira e a injeção das drogas será feita por uma “bomba” de infusão, como por exemplo a de respiração extra corpórea, e / ou hemodiálise (pode ser também a bomba do tipo de máquina de lavar roupa adaptada com inox para não enferrujar).
b) por gravidade com processo instrumental descrito acima, porém sem a necessidade de “bomba”, usando apenas um reservatório de aproximadamente 15 litros de volume (preferencialmente de plástico com torneira adaptada) a uma altura de no mínimo 2 metros.
TÉCNICA 1 – PARA CADÁVERES NÃO NECROPSIADOS– VIA ARTÉRIA FEMURAL
1- entrada Dissecssiona-se a artéria femural direita ou esquerda para introdução da cânula modelo “T“, devidamente acoplada à mangueira do reservatório para injeção do líquido amarrando as duas pontas da extremidade
da artéria. Na ponta superior amarra-se a mangueira do reservatório para injeção da solução fixadora.
2- saída – dissecssiona-se a veia femural e introduz-se 2 mangueiras de látex ou plástico nas 2 extremidades das veias (inferior e superior) até o esgotamento total do sangue.
TÉCNICA 2- PARA CADÁVERES NECROPSIADOS VIA FEMURAL, BRAQUIAL E CARÓTIDAS
passar cânula nas carótidas, deixar correr em média 2 litros da solução, o mesmo processo nas braquiais, mais menos 2 litros cada membro. o mesmo processo na femural mais ou menos 2 litros em cada lado. sutura-se os vasos.
Obs : este processo tanto poderá ser executado com a máquina ou reservatório como também com seringa de 60 ml ( nos casos mais difíceis ( muscular). TÉCNICA 3- PARA CADÁVER NÃO NECROPSIADO -
VIA AORTA ABDOMINAL
disseca-se o abdomen, introduz-se a cânula “T” na aorta abdominal, amarra-se as extremidades da aorta, uma de cada vez;
após o líquido liberado, secciona-se a artéria abdominal para liberação do sangue, até o esgotamento total do sangue.
neste processo, dependendo do estado de conservação do corpo, não é necessário a evisceração, porém se for necessário, as artérias e veias deverão ser campladas após o termino.