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Apostila Para TRE SP

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(1)

CONCURSO PARA ANALISTA

JUDICIÁRIO – ÁREA

ADMINISTRATIVA

2006

TRE/SP

(2)

Conteúdo:

1.

Direito constitucional

2.

Justiça Eleitoral

3.

Direito Eleitoral

4.

Servidores públicos

5.

Administração Pública

6.

Direito Administrativo

7.

Direito Civil

8.

Direito Processual Civil

9.

Direito Penal

10.

Direito Processual Penal

(3)

DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO Conceito e objeto

Constituição é a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém

normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes

públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.

Classificação das Constituições (6 critérios classificáveis)

1. Quanto ao conteúdo:

- material – conjunto de regras materialmente constitucionais, codificadas

ou não em um único documento (matérias constitucionais: estrutura do Estado, direitos e garantias individuais etc.).

- formal – é a consubstanciada em um único documento solene estabelecido pelo poder constituinte originário.

2. Quanto à forma:

- escrita – conjunto de regras sistematizado em um único documento; - não escrita – conjunto de regras não reunidas em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções (ex.: Constituição inglesa).

3. Quanto ao modo de elaboração:

- dogmática – produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e idéias fundamentais da teoria política e do direito dominante.

- histórica – fruto de lenta e contínua síntese da História e tradições de um determinado povo (ex.: Constituição inglesa).

4. Quanto à origem:

- promulgada (também chamada democrática ou popular) – deriva do

trabalho de uma Assembléia Nacional Constituinte, de poder constituinte

originário, composta de representantes do povo, eleitos com a finalidade de

sua elaboração.

- outorgada – elaborada sem a participação popular (é dessa modalidade

a constituição cesarista, cuja outorga depende de referendo popular). 5. Quanto à estabilidade:

- imutável – que não admite alteração alguma;

- rígida – pode ser alterada, mas por processo legislativo mais solene e

dificultoso do que o usado para outras normas.

- flexível – pode ser alterada pelo processo legislativo ordinário;

- semiflexível (ou semi-rígida) – na qual algumas regras podem ser alteradas por processo legislativo mais solene e dificultoso, enquanto outras regras podem ser alteradas pelo processo legislativo ordinário.

(4)

6. Quanto à extensão e finalidade:

- sintética – prevê somente os princípios e as normas gerais de

regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais;

- analítica – regulamenta todos os assuntos que entende importantes à

formação, destinação e funcionamento do Estado. Constituição Federal do Brasil de 1988 – Classificação

É ela:

- formal - escrita - dogmática - promulgada

- rígida (não só porque para emendá-la é necessário quorum de 3/5 em 2

turnos de votação em cada uma das 2 Casas do Congresso Nacional, como também pelo fato de ter matérias que não podem ser alteradas, as chamadas cláusulas pétreas).

- analítica

Aplicabilidade das normas constitucionais

As normas constitucionais apresentam 3 formas de aplicabilidade:

1. Normas constitucionais de eficácia plena – aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem imediatamente todos os efeitos

jurídicos dos quais são elas portadoras (ex.: as normas que tratam do

Habeas Corpus, Mandado de Segurança e Habeas Data).

2. Normas constitucionais de eficácia contida - produzem efeitos jurídicos

suficientes sobre determinada matéria, mas sob condições

estabelecidas por outra lei (ex.: a Constituição Federal, por ex., garante

o livre exercício de qualquer trabalho, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer).

3. Normas constitucionais de eficácia limitada, de aplicabilidade indireta e reduzida, totalmente dependentes de lei posterior que desenvolva a aplicabilidade.

Ex.: norma constitucional que estipula como taxa de juros reais até 12% ao ano, coloca que a cobrança acima deste limite será tida como crime de usura nos termos que a lei determinar (e essa lei ainda não existe, embora haja quem defenda a aplicação de um velho decreto de Getúlio Vargas, de 1933).

Interpretação das normas constitucionais

• O conflito entre direitos e bens constitucionalmente protegidos resulta do fato de a Constituição proteger certos bens jurídicos (saúde pública, segurança, liberdade de imprensa, integridade territorial,

(5)

defesa nacional, família, idosos, índios etc.), que podem vir a envolver-se numa relação de conflito ou colisão.

• Para solucionar esse conflito, devem-se compatibilizar as normas constitucionais, a fim de que todas tenham aplicabilidade; por outras palavras, a aplicação das regras de interpretação deverá buscar a

harmonia do texto constitucional com suas finalidades essenciais, adequando-as à realidade e pleiteando a maior aplicabilidade dos direitos, garantias e liberdades públicas.

Em resumo: toda norma constitucional deve ser interpretada tendo-se

em vista os direitos, garantias e liberdades públicas. Supremacia da Constituição

• A supremacia das normas constitucionais no ordenamento jurídico exige que, na interpretação do ordenamento jurídico, seja sempre

concedida preferência ao sentido da norma que seja adequado à Constituição Federal.

• Assim sendo, no caso de normas com várias significações

possíveis, deverá ser encontrada a simplificação que apresente

conformidade com a Constituição Federal.

Princípios fundamentais

• A República Federativa do Brasil (formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do DF) constitui-se em estado democrático de

Direito e tem como fundamentos:

1. a soberania; 2. a cidadania;

3. a dignidade humana;

4. os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 5. o pluralismo político.

(Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente).

Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil

1. construir uma sociedade livre, justa e solidária; 2. garantir o desenvolvimento nacional;

3. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

4. promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais

1. independência nacional;

(6)

4. não-intervenção;

5. igualdade entre os Estados; 6. defesa da paz;

7. solução pacífica dos conflitos; 8. repúdio ao terrorismo e ao racismo;

9. cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 10. concessão de asilo político.

NOTA: a República Federativa do Brasil buscará a integração

econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de

(7)

DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Direitos - são bens e vantagens concedidas pela norma jurídica, ou seja, pela

lei.

Garantias – são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são os instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e gozo daqueles bens e

vantagens.

Assim, pode-se dizer que, para cada direito, corresponde uma garantia, ou seja, um instrumento suficientemente eficaz para fazer valer aquele direito.

Feitos esses esclarecimentos conceituais, já pode ser estudado o art. 5°

da Constituição Federal, norma importantíssima, porque traz um extenso rol

de direitos individuais e coletivos e os instrumentos para assegurá-los (garantias).

Alguns direitos são chamados de individuais porque se referem ao

indivíduo, ao ser humano voltado para si mesmo e que deve ser respeitado

dentro do grupo social em que vive. Dessa forma, como exemplos desses direitos, podem ser citados aqueles que estão no “caput” (isto é, na “cabeça”) do art. 5°: - direito à vida; - direito à liberdade; - direito à igualdade; - direito à segurança; - direito à propriedade.

Já os direitos coletivos são aqueles que cabem a uma coletividade, a um

grupo social, representado por uma entidade ou não (exemplos dessas

entidades: sindicatos, partidos políticos, associações profissionais). O indivíduo é aqui também considerado, mas não de modo isolado e sim como membros integrantes de um grupo social e, muitas vezes, é a entidade representante do grupo social que ingressa na Justiça em nome de seus membros, para fazer valer os direitos que lhes assistem.

Porém, além dos direitos e suas garantias, há também deveres. O que são deveres? Se se afirmar que ao direito de uma pessoa corresponde o

dever de outra em respeitá-lo, ficará fácil conceituar dever como sendo um

encargo que se deve suportar para que um direito seja exercido.

Desta forma, indivíduos e grupos sociais têm direitos e os demais indivíduos, outros grupos sociais e o próprio Estado têm o dever de respeitá-los, ou tolerando o seu exercício ou até, algumas vezes, dando condições para que sejam exercitados (a propósito, quando se fala em Estado, seu conceito é genérico, como Administração Pública, ente governamental em qualquer

das três esferas administrativas – Federal, Estadual e Municipal - e não

apenas como referência a governos estaduais – ex.: Estado de São Paulo – como é popularmente empregado.

A seguir você terá um “raio-x” simplificado do rol de direitos e garantias

individuais e coletivos do art. 5° da Constituição, colocado da maneira mais

(8)

DIREITOS GARANTIAS

- todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza

- a lei punirá qualquer

discriminação atentatória dos direitos e liberdades

fundamentais;

- a prática do racismo constitui crime de reclusão, nos termos da lei.

- liberdade de ação geral (princípio da legalidade)

- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

- direito a vida e à integridade física e

moral

ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

- é livre a manifestação do

pensamento sendo vedado o

anonimato.

- é assegurado o direito de

resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.

é inviolável a liberdade de crença, sendo assegurado o livre

exercício dos cultos religiosos. ( liberdade de religião)

- garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

- por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política

- ninguém será privado de direitos, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

- é livre a expressão da atividade intelectual artística, científica e de comunicação

- independente de censura ou

licença.

- direito à privacidade – são

invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem

- assegurado o direito a

indenização pelo dano material ou moral decorrente de usa violação

- direito à intimidade - a casa é o asilo inviolável do

(9)

- direito à intimidade, ao recesso do lar – a casa é o asilo inviolável do indivíduo.

- ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito

ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.

- direito `a intimidade das comunicações pessoais.

- é inviolável o sigilo da correspondência e das

comunicações telegráficas e das comunicações telefônicas, salvo no último caso, por ordem

judicial nas hipóteses e na forma

que a lei estabelecer para fins de

investigação criminal ou

instrução processual penal. - é livre a locomoção no território

nacional em tempo de paz.

- conceder-se-a Habeas Corpus sempre que alguém sofrer ou se

achar ameaçado de sofrer

violência ou coação em sua

liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. - todos podem reunir-se

pacificamente, sem armas em locais abertos.

- Independente de autorização , desde que não frustem outra reunião anteriormente

convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. - é plena a liberdade de associação. - Sua criação independe de

autorização – sendo vedada a interferência estatal – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

suspensas por decisão judicial. - Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.

- é garantido o direito de propriedade ;

- a propriedade garantirá sua

função social.

- a lei estabelecerá o

procedimento de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia

indenização em dinheiro,

(10)

Constituição Federal. - direito geral à legalidade da

Administração – direito a uma atuação democrática dos Poderes Públicos.

- são a todos assegurados , independentemente do

pagamento de taxas: a) o direito

de petição aos Poderes Públicos

em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. b)

a obtenção de certidões em

repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. - direito subjetivo à jurisdição ( ou

seja, direito de levar questões

litigiosas para que o Poder Judiciário as decida)

- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

- direito subjetivo à estabilidade dos negócios jurídicos

- a lei não prejudicará: o direito adquirido

- o ato jurídico perfeito e a - coisa julgada.

- direito ao juízo natural - não haverá juízo ou tribunal de

exceção. - direitos públicos subjetivos, líquidos

e certos. - conceder-se-á Mandado deSegurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por

Habeas Corpus ou Habeas Data,

quando o responsável pela

ilegalidade, ou abuso de poder for

autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

- direito à intimidade e a proteção

dos dados pessoais.

- direito de acesso às

informações registradas em

bancos de dados. Direito de

retificação de dados.

(11)

- direito à probidade e moralidade da

Administração. - Qualquer cidadão é partelegítima para propor ação popular que vise a anular ato

lesivo ao patrimônio público ou

de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor , salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Ë As garantias constitucionais são também direitos, não como outorga de um bem e vantagem por si, mas direitos

instrumentais, porque destinados a proteger um direito principal.

Ë As normas que definem direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Ë Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal não excluem outros previstos no sistema jurídico.

Direitos e Garantias Individuais – Notas Importantes:

(1) Ninguém será privado de direitos por motivo de religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

Ex: rapaz testemunha de Jeová que se nega a cumprir obrigação militar ou alternativa poderá ser privado de seus direitos políticos.

(2) A casa é asilo inviolável, ninguém nela podendo penetrar sem

consentimento do morador, salvo:

I – em caso de flagrante delito ou desastre,; ou II – para prestar socorro; ou

III– durante o dia, por determinação judicial.

Nota :- Situação de flagrante delito: quando o criminoso é surpreendido cometendo o ato ilícito ou logo após cometê-lo.

(3) É inviolável o sigilo postal, telegráfico e telefônico, salvo, no caso das

comunicações telefônicas, por ordem judicial para fins de investigação

criminal ou instrução processual penal nas hipóteses da lei (portanto, só o sigilo telefônico pode ser violado mediante ordem judicial; os sigilos postal e telegráfico em hipótese alguma).

(12)
(13)

- o direito adquirido (direito que integra definitivamente o patrimônio da pessoa);

- o ato jurídico perfeito (ato totalmente concluído – ex: contrato assinado);

- a coisa julgada (sentença irrecorrível, isto é, da qual não caiba mais nenhum recurso para tentar alterá-la).

(5) Júri – (conselho de julgamento presidido por um juiz de direito e 7 cidadãos comuns):

- a plenitude de defesa - o sigilo das votações - a soberania dos veredictos

- a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (exemplos de tais crimes: homicídio, aborto).

(6) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia

cominação (imposição) legal.

Um ato só pode ser considerado crime se a lei já o descreve como tal e fixa

pena para quem o praticar; essa previsão legal do ato como crime e sua pena

já deve existir no momento em que for praticado (essa lei jamais poderá ser

posterior à tal prática).

(7) São crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia: a- prática de tortura

b- tráfico de entorpecentes c- terrorismo

d- crimes hediondos (crimes hediondos são os que causam grande repulsão á sociedade e é a lei que os enumera. Ex. seqüestro seguido de morte).

Crime inafiançável: fiança é, em termos simples, uma garantia em dinheiro que uma pessoa presa em flagrante delito (ou seja, presa enquanto estava cometendo ou acabara de cometer o crime) presta ao Poder Público para ser solta e responder o processo em liberdade; a Constituição e a lei dizem quais crimes são afiançáveis (isto é, nos quais cabe fiança) e os inafiançáveis (nos quais não cabe fiança).

Graça e Anistia são benefícios que um réu preso recebe desde que

atendidas certas condições, colocando-o em liberdade. (8) São crimes inafiançáveis e imprescritíveis:

- a prática do racismo (crime sujeito à reclusão, pena que é mais severa que a detenção; ambas são penas privativas de liberdade). - A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem

(14)

Obs: crime imprescritível – prescrição é a perda do direito; em termos penais, prescrição seria a perda, pelo Estado, do direito de punir o criminoso, ou do direito de executar a pena imposta, perda que ocorre após um prazo que é estabelecido na lei; crime

imprescritível é aquele não sujeito a tal limitação, isto é, pode ser

apurado a qualquer tempo e seu autor, condenado.

(9) Não haverá penas:

I - de morte, salvo em caso de guerra declarada entre Brasil e outro país (único caso de aplicação da pena de morte);

II - de caráter perpétuo ( ninguém pode ficar preso “ para sempre” ); III – de trabalhos forçado;

IV – de banimento (expulsão do país) V – cruéis.

(10) A pessoa civilmente identificada (isto é, que tem R.G) não será submetida a identificação criminal (perante a polícia), salvo nas hipóteses previstas em lei;

(11) Princípio da irretroatividade da lei penal

- a lei penal não retroagirá (isto é, não voltará no tempo), salvo para

beneficiar o réu.

Ex: pessoa comete um crime, em setembro /01, punido com 3 anos de prisão; é ela acusada e, enquanto está sendo processada, uma nova lei é promulgada, aumentando a pena de 3 para 5 anos; esta lei que aumenta a pena não retroagirá para atingir a situação daquele réu; porém, se a lei diminuísse a pena e, portanto, beneficiasse o réu, ela

retroagiria.

(12) Nos processos judicial e administrativo são assegurados:

- o contraditório (é o direito de acompanhar e praticar todos os atos processuais);

- a ampla defesa.

(13) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos (Ex: uma gravação de conversa telefônica não autorizada pela Justiça é um

meio ilícito).

(14) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

(15) Os atos processuais são públicos salvo quando houver: - defesa da intimidade

(15)

(16) Não haverá prisão civil, por dívida; salvo: por descumprimento (inadimplência):

I – prestador de obrigação alimentícia, (ex: pai que não paga pensão a filho).

II – depositário infiel (pessoa nomeada pelo juiz para guardar uma coisa e descumpre tal obrigação).

(17) São gratuitos para os reconhecidamente pobres: I – o registro civil de nascimento;

II – a certidão de óbito;

III – a assistência jurídica (auxilio de advogados). (18) Direito ao sigilo da fonte de informação:

- tal direito é protegido quando necessário ao exercício profissional.

Exs: um jornalista tem o direito de não revelar sua fonte de informação; um sacerdote (padre, pastor) também.

(19) Direito de propriedade

- a propriedade é garantida a todos, mas deverá atender a sua função

social (função social pode ser entendida de maneiras diferentes,

mas sempre em benefício da sociedade: defesa do meio ambiente, aumento da produção de alimentos, para fins de reforma agrária etc.);

- quando o perigo público for iminente (próximo), a autoridade competente poderá usar de propriedade particular e, se esse uso causar dano , seu proprietário deverá ser indenizado. Ex. polícia ocupa residência ao lado de presídio onde está ocorrendo uma rebelião a fim de facilitar a ação de seus agentes ( se a casa, durante a ocupação, sofrer dano, deverá seu proprietário ser indenizado).

- A pequena propriedade rural , desde que trabalhada pela

família, não será objeto de penhora para pagamentos de

débitos(dívidas), decorrendo de sua atividade produtiva (penhora é ato judicial para garantir um bem como pagamento de dívida; o bem

penhorado é levado à leilão – venda efetuada pela justiça - , e o

dinheiro decorrente dessa venda é utilizado para pagar a dívida). (20) Direito de herança

- A sucessão de bens, situados no Brasil, de pessoas estrangeiras será regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge brasileiro ou filhos brasileiros, só sendo aplicável a lei do país do estrangeiro

(16)

Remédios Constitucionais

Há certas garantias constitucionais que podem ser chamadas de

“remédios” constitucionais, que são ações (processos) movidas perante a

Justiça para fazer valer aqueles direitos:

(1) “habeas corpus” (2) “habeas data”

(3) mandado de segurança

(4) mandado de segurança coletivo (5) mandado de injunção

(6) direito de petição (7) ação popular

(1) “Habeas Corpus” (HC)

☺ É uma garantia individual ao direito de locomoção consubstanciado em uma

ordem, dada pelo Juiz, ou Tribunal, ao coator (isto é, aquele que está

ameaçando ou limitando o direito de locomoção de outrem) para que ele cesse a ameaça ou a coação à liberdade de ir, vir e ficar do indivíduo.

☺ “Habeas corpus” é uma expressão latina que quer dizer “tomai o corpo”; e, obviamente, tal remédio só pode ser destinado em favor de pessoas físicas (e nunca pessoas jurídicas, que são, na verdade, uma ficção da lei).

☺ Assim, conceder-se-á “habeas corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Exemplos: diretor de penitenciária mantém presa pessoa condenada que já cumpriu toda a pena (tal diretor comete uma ilegalidade contra o direito de locomoção do condenado, pois a lei determina que se solte quem já cumpriu toda a pena privativa de liberdade a que foi condenado); um pai, muito severo, para castigar seu filho, o mantém detido na casa onde mora, por vários dias, formando um verdadeiro cárcere privado (é inegável que um pai ou uma mãe tenha o poder de castigar seu filho, mas quando esse castigo passa do limite moderado, torna-se um

abuso de poder).

☺ Só não cabe HC em relação a punições disciplinares militares, que causem privação de liberdade (esse exceção à aplicação do HC está prevista na própria Constituição Federal).

(2) “Habeas Data”

☺ Conceder-se-á “habeas data”, a favor de pessoa física ou jurídica:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (aquele que solicita o “habeas data”),

(17)

constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para retificação (isto é, correção) de dados, quando não ser prefirível fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

Exemplo: pessoa não consegue financiamento em bancos ou instituições financeiras e desconfia que o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) não passe boas informações sobre sua situação econômica quando alguma daquelas entidades solicita; vai, então, ao SPC para saber quais os dados que constam de sua ficha cadastral e aquele Serviço se nega a fornecer tais informações; a pessoa, assim, vê-se obrigada a ingressar na justiça para obter uma ordem judicial (“habeas data”) contra o SPC para que lhe sejam fornecidos os dados que deseja e eventualmente corrigir (retificar) aqueles que estiverem inexatos ou imprecisos.

(3) Mandado de Segurança (MS)

(e não mandato; mandato é a procuração que alguém passa para outrem a fim de representar seus direitos e interesses)

☺ Será concedido mandado de segurança (MS) para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data”quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for:

- autoridade pública ou

- agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder

Público.

☺ Assim, tanto a pessoa física como a jurídica podem se utilizar do

mandado de segurança, quando incabíveis o HC e o “habeas data”

quando um direito seu, líquido e certo, for lesado ou estiver sob ameaça

de sê-lo, por ato de autoridade pública ou de quem a represente.

☺ Conceito de direito líquido e certo: é aquele capaz de ser comprovado, de maneira indiscutível por documentação; é um direito incontroverso, sobre o qual não há dúvida alguma.

Exemplos:

- Pessoa aprovada no concurso para técnico aguardando sua nomeação de acordo com sua ordem de classificação; quando é chegada a sua vez, porém, o Presidente do Tribunal nomeia o candidato classificado logo após; aquela pessoa, tendo o seu direito, líquido e certo, de ser nomeada conforme sua classificação, impetra um MS contra ato do Presidente do Tribunal para garantir sua nomeação.

- Diretor de uma faculdade particular, contrariando normas de uma Portaria do Ministério da Educação, dificulta a expedição de diploma para aluno que concluiu todo o curso com média de aprovação; esse aluno pode impetrar MS contra o ato do Diretor para assegurar a expedição de seu diploma (o Diretor da Faculdade é típico exemplo de

agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, pois o ensino fundamental, médio ou superior, é sempre

(18)

☺ Prazo para requerer MS: 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

(4) Mandado de segurança coletivo (MS coletivo)

☺ São legitimados para propor mandado de segurança coletivo:

i. partido político com representação no Congresso

Nacional (ou seja, partido que tenha, pelo menos, um

deputado ou um senador);

ii. organização sindical, entidade de classe ou associação,

desde que preenchidos 3 requisitos:

1. sejam organismos legalmente constituídos (ou seja, formados de acordo com a lei);

2. em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano; e 3. atuem em defesa dos interesses de seus membros ou

filiados.

☺ O MS coletivo terá por objeto a defesa dos mesmos direitos que podem ser objeto do MS individual, porém direcionado à defesa dos interesses

coletivos em sentido amplo (dos membros ou filiados à entidade), desde que

presentes os atributos da liquidez e certeza do direito.

Exemplos de interesses coletivos em sentido amplo: de uma categoria profissional, de moradores de um bairro ou região, de consumidores.

(5) Mandado de Injunção

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma

regulamentadora torne inviável o exercício de:

a. direitos e liberdades constitucionais; e

b. prerrogativas relativas à nacionalidade, à soberania e à

cidadania.

☺ Desta forma, um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa prevista na

Constituição, tem seu exercício inviabilizado (ou seja, tornado impraticável)

porque o Poder Público se omitiu na regulamentação da matéria (ou seja, não baixou normas para tornar possível aquele exercício). Evidentemente, não caberá, então, mandado de injunção se o direito, liberdade ou prerrogativa estiver prevista em norma constitucional auto aplicável (isto é, que não depende de norma que regulamente o seu exercício).

☺ Objeto do mandado de injunção: segundo o grande constitucionalista José Afonso da Silva, professor titular da FADUSP, o objeto do mandado de injunção é a busca direta do direito constitucional em favor do impetrante (aquele que move o mandado de injunção), ante a ausência de norma regulamentadora. Ex.: a Constituição Federal prevê, em seu art. 7°, inc. XI (no capítulo dos direitos sociais), a participação dos trabalhadores nos lucros da empresa, “conforme definido em lei”, porém, não sendo promulgada essa lei e, portando, faltando norma regulamentadora da participação dos trabalhadores nos lucros da empresa, eles poderão impetrar mandado de

(19)

injunção a fim de requerer ao juiz que determine aquela participação, independentemente do fato de ainda não existir a mencionada norma (lei).

(6) Direito de petição

É o direito que tem uma pessoa de solicitar a atenção de poderes públicos sobre uma questão ou uma situação, em defesa de direitos ou contra

ilegalidade ou abuso de poder.

Tal direito é exercido independentemente do pagamento de taxas.

(7) Ação popular

Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que visa a anular ato lesivo:

i. ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe;

ii. à moralidade administrativa; iii. ao meio ambiente: e

iv. ao patrimônio histórico e cultural.

☺ Quem pode mover a ação? Qualquer cidadão, ou seja, aquele que está no

gozo dos direitos políticos (portanto, as pessoas jurídicas – qualquer uma,

incluindo os partidos políticos – e os estrangeiros não podem movê-la).

☺ A ação é movida contra as autoridades e agentes públicos que tenham praticado o ato lesivo e contra quem eventualmente se beneficiou deles.

Exemplo: empresa polui rio com autorização da autoridade pública responsável pelo meio ambiente. Com o objetivo de anular essa autorização que permite a poluição do rio, um cidadão move ação popular contra a autoridade que conceder a autorização para poluir e a empresa poluente, que é beneficiária dessa autorização.

☺ Para o cidadão mover a ação popular não é preciso pagar custa judicial

alguma, mesmo que venha a perdê-la, salvo se estiver agindo com comprovada má-fé (e, aí sim, terá de pagar aquelas custas).

(20)

Da Nacionalidade

Brasileiro:

Nato: adjetivo próprio ao nascido no país ou nativo;

Naturalizado: estrangeiro que se torna cidadão do país cuja nacionalidade

adotou.

Obs: A lei não pode estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo os casos previstos na Constituição Federal.

Brasileiros natos – 3 casos:

a) os nascidos no Brasil, ainda que de país estrangeiros que não estejam

a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de mãe ou pai brasileiro, que esteja a

serviço do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro, de mãe ou pai brasileiro, que porém, não esteja a serviço do Brasil, desde que venham a residir no Brasil e

optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.

Brasileiros naturalizados – 2 casos:

a) estrangeiros que atendam os requisitos da lei (estatuto do estrangeiro) para adquirir a nacionalidade brasileira (se tais estrangeiros forem originários de países de língua portuguesa, apenas 2 requisitos serão exigidos deles; residência no Brasil, por 1 ano ininterrupto e

idoneidade moral);

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade desde que:

• residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos; • sem condenação penal; e

• solicitem a nacionalidade brasileira (afinal, nenhum estrangeiro pode ser obrigado a assumir a condição de brasileiro naturalizado a não ser que solicite).

- Portugueses com residência permanente no Brasil: terão os mesmos direitos inerentes ao brasileiro, desde que os brasileiros residentes em Portugal tenham os mesmos direitos que têm os cidadãos portugueses

(reciprocidade), salvo nos casos previstos na

Constituição.

- Cargos públicos privativos de brasileiro nato, estabelecidos na Constituição Federal (os quais, portanto, não poderão ser ocupados por brasileiros

naturalizados, por portugueses permanentemente residentes no Brasil e muito menos por estrangeiros):

(21)

1 – Presidente e Vice da República;

2 – Presidente da Câmara dos Deputados (note-se que um naturalizado não pode ser Presidente da Câmara, mas pode ser deputado federal);

3 – Presidente do Senado Federal; 4 – Ministro do STF;

5 – Carreira diplomática;

6 – Oficial das Forças Armadas;

7 – Ministro de Estado da Defesa (limitação que não existe para os demais Ministros de Estado).

Perda da nacionalidade brasileira – casos:

1 – cancelamento de naturalização, por sentença judicial, em virtude de

atividade nociva ao interesse nacional;

2 – aquisição de outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira (ex: a lei italiana considera italiano filho ou neto de italiano nascido na Itália);

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência

(22)

Dos Direitos Políticos

• Soberania popular (o poder exercido pelo povo) será exercida.

• Pelo voto (sufrágio) universal, direito e secreto. • E, nos termos da lei, mediante:

- plebiscito (o povo manifesta-se sobre tema que lhe é submetido para ser aprovado, ter força de norma jurídica);

- referendo (norma jurídica sobre determinado tema antes de entrar em vigor, é a apreciação do povo, e só passa a vigorar se o povo aprovar);

- iniciativa popular (o povo encaminha à Casa Legislativa projeto de lei).

Obs: diferença entre plebiscito e referendo: - no plebiscito, a

manifestação do povo é anterior à formação da norma jurídica que dispõe sobre determinado assunto.

Referendo – tal manifestação é posterior à formação da norma jurídica, que só entra em vigor se o povo a aprovar.

• Alistamento eleitoral (inscrição do cidadão como eleitor) e o

voto são:

- obrigatórios: para os maiores de 18 anos;

• facultativos: para a) os analfabetos (mas não podem ser candidatos);

b) os maiores de 70 anos; e

c) os maiores de 16 e menores de

18 anos.

- proibidos: para a) os estrangeiros;

b) os conscritos (isto é, aqueles que

prestam serviço militar obrigatório) – neste caso, a

proibição de alistamento e voto perdura enquanto durar o serviço militar obrigatório.

Nota: O alistamento eleitoral é ato anterior ao exercício do voto: este não é possível sem que tenha ocorrido aquele.

• Condições de elegibilidade (isto é, para ser candidato a

cargo público eletivo):

1 – nacionalidade brasileira;

2 – pleno exercício dos direitos políticos; 3 – alistamento eleitoral;

4 – domicílio eleitoral na circunscrição (ou seja, o candidato tem de residir na cidade ou no Estado pelo qual quer se eleger);

(23)

5 – filiação partidária: atualmente, (o eleitor tem de estar filiado a partido político até 1 ano antes da eleição para ser candidato); 6 – idade mínima de: a) 35 anos para Presidente e Vice da

República e Senador;

b) 30 anos para Governador e Vice;

c) 21 anos para Prefeito e Vice, Deputados Federal, Estadual ou Distrital, e juiz de paz; d) 18 anos para Vereador.

• São inelegíveis (ou seja, não podem se candidatar):

- os inalistáveis (proibidos de se alistar como eleitores); - os analfabetos (não podem ser candidatos, mas podem

ser eleitores).

• Reeleição para Presidente, Governador e Prefeito:

- possível para os titulares desses cargos e para quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos. - Permitida para um único período subseqüente ou seja,

o limite é de 2 mandatos sucessivos (já para o Poder Legislativo – Senador, Deputado Federal, Estadual e Distrital e Vereador – não há limite para a reeleição: ela pode ocorrer tantas vezes quanto for possível e o parlamentar não precisa se afastar para concorrer à reeleição).

• Presidente, Governador e Prefeito candidato a outro cargo (por não à reeleição): devem renunciar até 6 meses antes

do pleito (para concorrer à reeleição, ao contrário, não há

necessidade de se renunciar ao mandato). Exs: governador candidato ao Senado, Prefeito candidato a Deputado.

• São inelegíveis (isto é, não podem ser candidatos), no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes

consangüíneos ou afins até o 2º grau ou por adoção, do

Presidente, do Governador, do Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito salvo se

já a titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

- parente até 2º grau: - consangüíneo: pais, avós, irmãos, filhos, netos.

- Afins: - sogros, cunhados, genro/nora.

Exemplos de situações que a regra constitucional acima proíbe: - filho de prefeito candidato a vereador no mesmo

Município (se porém, for candidato em outro Município, tal situação será possível, pois a candidatura se verificará fora do território de jurisdição do titular, no caso do

(24)

- irmão de governador candidato a Deputado Federal ou Estadual no mesmo Estado (tal candidatura, contudo será possível se ocorrer por outro Estado).

Nota: Em qualquer situação, o cônjuge ou parente até 2º grau candidato na mesma base territorial do titular do Poder Executivo estará legitimado se já for detentor do mandato eletivo e for candidato à reeleição.

Ex:vereador candidato à reeleição no município onde seu pai é prefeito.

• Militar alistável (apenas os conscritos, isto é, aqueles que estão prestando serviço militar obrigatório são inalistáveis) – é elegível, atendido as seguintes condições:

a) se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

b) se contar mais de 10 anos de serviço:

- será agregado pela autoridade superior (agregação – forma especial de afastamento da função militar).

- Se eleito, passará automaticamente para a inatividade no ato da diplomação.

• Outros casos de inelegibilidade, além dos previstos na

Constituição Federal:

- deverão ser previstos em lei complementar federal (recordando que a lei complementar é aquela aprovada pela metade, mais um dos membros do Poder Legislativo);

- tais casos deverão levar em consideração:

a) a vida pregressa do candidato/ ou seja, seus antecedentes);

b) a influência do poder econômico; ou

c) o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

• Impugnação do mandato eletivo ante a Justiça Eleitoral: - deverá ocorrer no prazo de 15 dias a conta da

diplomação do eleito (o candidato eleito recebe um diploma dessa condição, expedido pela própria Justiça Eleitoral);

- a ação de impugnação (ou seja, de contestação ao candidato eleito), deverá estar instruída com provas de

abuso do poder econômico, corrupção ou fraude (tal

(25)

estiver de evidente má fé, responderá ele por isto na forma da lei).

• Cassação de direitos políticos: é proibida (vedada).

Contudo, a perda ou suspensão dos direitos políticos se dará nos seguintes casos previstos na Constituição Federal:

1 – cancelamento da naturalização por sentença transitada e julgada;

2 – incapacidade civil absoluta (ex: loucos, menores de 16 anos); 3 – condenação criminal transitada em julgado (ou seja,

irrecorrível), enquanto durarem seus efeitos;

4 – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação que lhe seja alternativa. Ex: rapaz testemunha de Jeová que se recusa a prestar o serviço militar e a prestação de outra obrigação que lhe é alternativa, por motivo de convicção religiosa;

5 – improbidade administrativa (prática de atos imorais contra a Administração Pública).

• Lei que alterar as regras do processo eleitoral: - entrará em vigor já na data de sua publicação;

- não se aplicará à eleição que ocorra até 1 ano da data

de sua vigência. Ex: para a eleição de 6 de outubro de 2002, uma lei para altera-la deveria ter sido publicada até 5 de outubro de 2001, ou seja, publicada até 1 ano

(26)

PODER EXECUTIVO

• Mandato do Presidente: 4 anos (permitida uma só reeleição), com início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.

• Salvo motivo de força maior, o Presidente ou o Vice, se decorridos

10 dias da data fixada para a posse, não tiver assumido o cargo, este

será declarado vago.

Presidente da República (Vice-Presidente) Ministros (sempre maiores de 21 anos e no exercício dos direitos políticos) Conselho da República Conselho de defesa Nacional

(27)

• Impedimento (ou vacância do cargo) do Presidente e do Vice:

Serão chamados para assumir o exercício da Presidência,

sucessivamente:

1° o Presidente da Câmara; 2° o Presidente do Senado; 3° o Presidente do STF.

NOTA IMPORTANTE: Diferentemente do Vice que, sucedendo o titular,

completará o período do mandato que restar, qualquer outro sucessor (Presidente da Câmara, do Senado ou do STF), assumirá o cargo até que se faça nova eleição.

• Vacância dos cargos de Presidente e Vice

Vagando esses dois cargos, realizar-se-á nova eleição para ambos:

- se a vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato, ocorrerá nova eleição direta, no prazo de 90 dias depois de aberta a última

(28)

- se a vacância ocorrer nos dois últimos anos do mandato, ocorrerá eleição pelo Congresso Nacional, no prazo de 30 dias depois de

aberta a última vaga.

NOTA: em qualquer das duas situações acima, os eleitos não terão novo mandato; apenas completarão o mandato de seus antecessores. • Ausência, do Presidente e Vice, do país

Se, por mais de 15 dias, haverá necessidade de licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

Atribuições privativas do Presidente da República (algumas delas):

1. Dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal,

quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos (pois, se implicar numa dessas

situações, o instrumento normativo deverá ser a lei, e não o decreto).

b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (se não estiverem vagos, não será possível tal extinção por decreto).

2. Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a

referendo do Congresso Nacional;

3. Celebrar a paz, autorizado ou com referendo do Congresso

Nacional;

4. Convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de

Defesa Nacional;

5. Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 60 dias

após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao

exercício anterior;

6. Nomear, após aprovação do Senado Federal, os Ministros do STF e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores quando determinado em lei;

7. Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção

federal.

Estado de defesa e Estado de Sítio são duas medidas

excepcionais, previstas na Constituição, para restauração da

ordem em momentos de anormalidade; tanto uma medida como

outra possibilitam a suspensão ou restrição de determinadas

garantias constitucionais (por ex., direito de reunião, sigilo de

correspondência e de comunicações), em lugar específico e por certo tempo, possibilitando ampliação do poder repressivo do Estado, justificado pela gravidade da perturbação da ordem pública.

O estado de defesa é uma modalidade mais branda de estado

de sítio.

Intervenção federal – medida excepcional de supressão temporária de autonomia de determinado ente federativo,

(29)

fundada em hipóteses taxativamente previstas na Constituição, e que visa à unidade e preservação da autonomia da União, dos

Estados, do DF e dos Municípios.

Em regra, a União somente poderá intervir nos Estados

membros e D.F., enquanto os Estados somente poderão intervir nos

Municípios integrantes de seu território.

Conselho da República – órgão superior de consulta do

Presidente, cabendo-lhe pronunciar-se sobre os estados de defesa

e de sítio, e a intervenção federal.

Conselho de Defesa Nacional – órgão de consulta do Presidente

em assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do

Estado democrático; cabe-lhe opinar nos casos de declaração de guerra e de celebração da paz.

Responsabilidade do Presidente da República:

São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem

contra:

1. a Constituição Federal; e especialmente contra a existência da União;

2. o livre exercício dos demais Poderes Federais e dos poderes constitucionais da Federação, e do MP;

3. o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 4. a segurança interna do país;

5. a probidade na administração; 6. a lei orçamentária;

7. o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Julgamento do Presidente por crimes comuns e de responsabilidade: Admissão da acusação por 2/3 da Câmara dos Deputados Julgamento

por crime comum (perante o STF) por crime de responsabilidade (perante o Senado Federal, nessa ocasião, presidido pelo Presidente do STF)

(30)

Suspensão do Presidente de suas funções:

- nos crimes comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;

- nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

(obs.: a suspensão cessará se o julgamento, após 180 dias, não tiver sido concluído, sem prejuízo, porém, do prosseguimento do processo)

(31)

PODER LEGISLATIVO

- Exercido pelo Congresso Nacional, composto:

a) pela Câmara dos Deputados;

b) pelo Senado Federal.

- Duração de cada legislatura: 4 anos

- Câmara dos Deputados: composta por representantes do

povo, eleitos pelo sistema proporcional (ou seja, o número de

deputados por Estado varia de acordo com sua população);

- Senado Federal: composto por representantes dos Estados e

do Distrito Federal, eleitos pelo sistema majoritário (os

Territórios não tem Senadores).

• Quorum para deliberações da Câmara e do Senado (e suas

comissões).

Regra Geral: deliberações tomadas por maioria dos votos,

presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposição

constitucional em contrário.

A Câmara tem 513 deputados – maioria absoluta (metade + 1):

257 deputados.

O Senado tem 81 senadores – maioria absoluta (metade + 1): 41

senadores.

CONGRESSO NACIONAL

1

I – Competência subordinada à sanção do Presidente da

República (isto é, à sua aprovação).

O Congresso Nacional é competente para dispor sobre várias

matérias da União, entre as quais:

1) sistema tributário;

2) assuntos orçamentários, financeiros, monetários e cambiais;

3) criação, transformação e extinção de cargos, empregos e

funções públicas;

4) organização administrativa do Judiciário, MP e Defensoria

Pública da União, dos Territórios e do Distrito Federal;

5) fixação do subsídio dos Ministros do STF (teto salarial de todas

as carreiras públicas).

II – Competência exclusiva (isto é, independentemente de

sanção presidencial).

(32)

Algumas matérias:

1) autorizar o Presidente da República a declarar guerra e a

celebrar a paz;

2) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal (nos

Estados), autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer

dessas medidas;

3) autorizar o Presidente e o Vice a se ausentarem do País,

quando a ausência exceder a 15 dias;

4) fixar os subsídios do Presidente, do Vice e dos Ministros;

5) sustar (suspender) os atos normativos do Poder Executivo

exorbitantes do poder regulamentar ou dos limites de delegação

legislativa que foram conferidos a esse Poder;

6) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da

República;

7) fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo (tanto da

administração direta como indireta);

8) escolher 2/3 dos membros do Tribunal de Contas da União

(TCU) (a escolha do 1/3 restante cabe ao Presidente da

República, subordinada à aprovação prévia do Senado

Federal);

9) autorizar referendo e convocar plebiscito;

Poderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

a) convocar Ministro de Estado ou titular de órgão diretamente

subordinado a Presidência da República para prestarem,

pessoalmente, informações sobre assunto previamente

determinado (a ausência sem justificação adequada é

considerada crime de responsabilidade);

b) encaminhar, a eles, pedidos escritos de informações (recusa,

não-atendimento em 30 dias ou prestação de informações

falsas: crime de responsabilidade).

Câmara dos Deputados

Composição

• Total de deputados: 513

• Bancada mínima por Estado ou do DF: 8 deputados (por ex.:

Acre)

(33)

• Bancada máxima por Estado ou do DF: 70 deputados (por ex.:

São Paulo)

2

• Bancada invariável por Território: 4 deputados (atualmente não

existem Territórios na Federação)

• Duração do mandato: 4 anos

Competência privativa (isto é, independentemente de sanção

presidencial)

1) autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo

contra, o Presidente, o Vice e os Ministros;

2) proceder à tomada de contas do Presidente da República,

quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60

dias após a abertura de sessão legislativa;

3) dispor sobre todos os assuntos referentes aos cargos, empregos

e funções de sua estrutura;

4) eleger 2 membros do Conselho da República (ao Senado

também cabe eleger 2 membros desse Conselho).

Senado Federal

Composição

• Total de senadores: 81 (cada senador é eleito com 2 suplentes)

• Bancada invariável por Estado e DF: 3 senadores

• Duração do mandato: 8 anos

• Renovação do Senado: de 4 em 4 anos, alternadamente, por 1/3

e 2/3

3

.

Competência privativa (isto é, independentemente de sanção

presidencial).

Algumas matérias:

1) processar e julgar, por crimes de responsabilidade (e não por

crime comum):

- o Presidente e o Vice (e os Ministros e Comandantes da

Marinha, do Exército e da Aeronáutica, se cúmplices);

- os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF);

- o Procurador-Geral da República;

- o Advogado-Geral da União;

- os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho

Nacional do Ministério Público.

2

(34)

NOTAS IMPORTANTES:

• para a situação acima, o Presidente do STF presidirá o

Senado, que só imporá condenação por voto de 2/3 de seus

membros;

• pena: perda do cargo + inabilitação, por 8 anos, para o

exercício de função pública, sem prejuízo de outras sanções

judiciais cabíveis);

2) aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública,

a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), indicados

pelo Presidente da República;

c) Presidente e diretores do banco central;

d) Procurador-Geral da República;

e) Governador de Território;

f) Chefes de missão diplomática permanente (mas, neste

caso, a argüição será secreta);

g) Titulares de outros cargos que a lei determinar.

3) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a

exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República (isto

é, o seu desligamento sem que o tivesse pedido, mas

determinado por quem o nomeou, o Presidente da República),

antes do término de seu mandato;

4) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei decretada

inconstitucional por decisão definitiva (isto é, contra a qual

não cabe mais recurso) do STF (por outras palavras , o STF

tem o poder de declarar inconstitucional uma lei, mas é só o

Senado que pode tirá-la do mundo jurídico);

5) dispor sobre todos os assuntos referentes aos cargos, empregos

e funções de sua estrutura;

Matérias financeiras de competência privativa do Senado Federal

1) autorizar operações externas, de interesse da União, dos

Estados, do DF, dos Municípios e dos Territórios;

2) dispor sobre: limites globais e condições para :

- o montante da dívida mobiliária das referidos entes da

Federação;

- as operações de crédito externo e interno daqueles entes, de

suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder

Público Federal;

(35)

3) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais

para o montante da dívida consolidada da União, dos Estado,

do DF e dos Municípios.

Deputados e Senadores

Imunidade: inviolabilidade, civil e penal, por qualquer de suas

opiniões, palavras e votos.

Desde a expedição do diploma:

a) serão submetidos a julgamento perante o STF; recebida a

denúncia, por crime ocorrido após a diplomação, o STF

dará ciência à Casa respectiva, que poderá, até a decisão

final, sustar o andamento da ação desde que por

iniciativa de partido nela representado e pelo voto da

maioria de seus membros (a sustação do processo

suspende a prescrição do crime, enquanto durar o

mandato; prescrição é o prazo durante o qual o crime

poderá ser apurado e o seu agente condenado e punido).

b) Não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime

inafiançável (os autos da prisão em flagrante serão

remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para

que pelo voto da maioria de seus membros, mantenha ou

não a prisão).

Não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas

ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre

seus informantes.

Possibilidade de suspensão das imunidades

parlamentares

- Elas subsistem mesmo durante o estado de sítio, só

podendo ser suspensas mediante o voto de 2/3 dos

membros da Casa respectiva e desde que se trate de

atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional

e incompatíveis com a execução de medida referente

ao estado de sítio.

Proibições impostas a deputados e senadores

I- desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito

público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia

mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo

(36)

b) aceitar ou exercer, nas entidades acima, cargo, função ou

emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis

“ad nutum” (isto é, demissíveis a qualquer momento).

II- desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que

goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica

de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das

entidades mencionadas no item I, a, acima, ou nelas ocupam

cargo ou função demissíveis “ad nutum”;

c) ser titulares de mais de um cargo público ou mandato público

eletivo.

Perda do mandato

Casos:

1) ocorrência de uma das proibições mencionadas;

2) procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar;

3) não comparecimento, em cada sessão legislativa, a terça parte

das sessões ordinárias da casa, salvo licença ou missão por esta

autorizada;

Nos 3 casos acima a perda do mandato será decidida pela Casa

respectiva, por voto secreto e maioria absoluta, mediante

provocação da Mesa Diretora ou de partido representado no

Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

4) perda ou suspensão dos direitos políticos;

5) decretação, pela Justiça Eleitoral, da perda do mandato;

6) condenação criminal em sentença transitada em julgado.

Nos 3 casos acima a perda será decretada pela Mesa da Casa,

de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus

membros, ou de partido político representado no Congresso

Nacional, assegurada ampla defesa.

• Renúncia de parlamentar submetido a processo relativo à perda

do mandato: efeitos suspensos até decisão final no referido

processo.

• O deputado ou senador não perderá o mandato:

a) investido no cargo de Ministro, Secretário Estadual, do DF ou

de Prefeitura de Capital (não de qualquer Município) ou chefe

de missão diplomática temporária ( nessas situações o

(37)

b) licenciado por motivo de doença, ou para tratar, sem

remuneração, de interesse particular (desde que, neste último

caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão

legislativa).

• Convocação de suplente: no caso de o titular ser investido nas

funções mencionadas no item a ou a licença for superior a 120

dias.

REUNIÕES

• Sessão legislativa reunião anual do Congresso Nacional: de 2/2

a 17/7 e de 1º/8 a 22/12.

A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação

do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO).

• Sessão conjunta da Câmara e Senado (presidida pelo

Presidente do Senado Federal)

Algumas situações:

- para conhecer do veto do Presidente da República e sobre ele

deliberar;

- para elaborar o regimento comum (do Congresso Nacional);

- para receber o compromisso de posse do Presidente e Vice da

República.

• Eleição dos componentes das Mesas Diretoras da Câmara e

do Senado

- a ocorrer no 1º ano da legislatura;

- mandato: de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo

na eleição imediatamente subseqüente;

- composição das mesas(e das Comissões) – deverá, sempre que

possível, respeitar a representação proporcional, ou dos

blocos parlamentares em cada caso.

Convocação extraordinária do Congresso Nacional

4

a) pelo Presidente do Senado Federal, em caso de:

4

Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria

(38)

- decretação de estado de defesa ou de intervenção federal;

- pedido de autorização para decretação de estado de sítio;

- compromisso e a posse do Presidente e Vice da República.

b) pelo Presidente da República,

pelo Presidente da Câmara e do Senado ou

a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas

+ aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas, no

caso de:

- emergência ou interesse público relevante.

COMISSÕES (permanentes e temporárias)

Competência

1) discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do

regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso

de um décimo (1/10) dos membros da Casa;

2) convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre

assuntos inerentes a suas atribuições.

Comissôes Parlamentares de Inquérito (CPIs)

- têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais

- criadas pela Câmara e pelo Senado, separadamente ou em

conjunto ( e, neste último caso, são chamadas comissões

mistas);

- criadas mediante requerimento de 1/3 dos membros da

respectiva Casa;

- objetivo das CPI’s: apuração de fato determinado (suas

conclusões, se for o caso, são encaminhadas ao Ministério

Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal

dos infratores);

- sempre terão prazo certo para funcionamento.

PROCESSO LEGISLATIVO

• Compreende a elaboração de:

1) emendas à Constituição (EC);

2) leis complementares (LC);

3) leis ordinárias;

(39)

6) decretos legislativos;

7) resoluções.

Emenda à Constituição (EC)

• A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

1) de 1/3, no mínimo, dos membros de uma das Casas;

2) do Presidente da República;

3) de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades

da Federação, cada qual se manifestando pela maioria relativa

de seus membros;

• Quorum para aprovação de EC’s: 3/5 dos membros de cada

Casa, em 2 turnos (isto é, a proposta de EC passa por 2 votações

em cada Casa).

• A Constituição não poderá ser emendada na vigência de:

a) intervenção federal;

b) estado de defesa;

c) estado de sítio;

• Não será objeto de deliberação a proposta de EC tendente a

abolir:

1) a forma federativa de Estado;

2) o voto secreto, universal e periódico;

3) a separação dos Poderes;

4) os direitos e garantias individuais.

• Proposta de EC rejeitada ou prejudicada: não pode ser objeto de

nova proposta na mesma sessão legislativa.

LEIS

• Iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe

5

:

1) a qualquer membro ou Comissão de uma das Casas ou do

Congresso Nacional;

2) ao Presidente da República;

3) ao STF e aos Tribunais Superiores;

4) ao Procurador-Geral da República;

5) aos cidadãos (a chamada iniciativa popular).

• Leis de iniciativa privativa do Presidente da República

6

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