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ANÁLISE DOS PRINCIPAIS FATORES DA INADIMPLÊNCIA DOS ACADEMICOS DO CENTRO UNIVERSITARIO UNIÃO DINÂMICA DAS CATARATAS UDC

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FLAVIO ROCHA DA SILVA TIAGO MEIRA

ANÁLISE DOS PRINCIPAIS FATORES DA INADIMPLÊNCIA DOS

ACADEMICOS DO CENTRO UNIVERSITARIO UNIÃO DINÂMICA DAS

CATARATAS – UDC

FOZ DO IGUAÇU - PR 2017

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FLAVIO ROCHA DA SILVA TIAGO MEIRA

ANÁLISE DOS PRINCIPAIS FATORES DA INADIMPLÊNCIA DOS

ACADEMICOS DO CENTRO UNIVERSITARIO UNIÃO DINÂMICA DAS

CATARATAS – UDC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de bacharel em Administração pelo Centro Universitário Dinâmica Cataratas.

Profº. Me. Azenir Pacheco

FOZ DO IGUAÇU – PR 2017

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Figura 1 - Os 5 C’s do crédito ... 17

Figura 2 - Qual sua ocupação atual/profissão? ... 34

Figura 3 - Renda familiar dos acadêmicos ... 35

Figura 4 - Por qual motivo de compra esteve inadimplente? ... 37

Figura 5 - Já realizou algum curso de sobre educação financeira? ... 39

Figura 6 - Faz parte de algum programa estudantil? ... 41

Figura 7 - Já esteve inadimplente em alguns desses programas? ... 43

Figura 8 - Já esteve inadimplente alguma vez? ... 44

Figura 9 - Qual o maior motivo ao não cumprimento da dívida? ... 47

Figura 10 - Quanto tempo passou até a quitação da dívida? ... 51

Figura 11 - Quais os meios mais utilizados por você para o pagamento de compras? ... 52

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1 INTRODUÇÃO ... 6 1.1 PROBLEMÁTICA DA PESQUISA ... 7 1.2 OBJETIVO GERAL ... 7 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 7 1.4 JUSTIFICATIVA ... 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 9 2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ... 9 2.1.1 Finanças corporativas ... 10 2.1.2 Finanças Pessoais ... 10 2.1.3 Taxa de Juros ... 11 2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ... 13

2.2.1 Planejamento Financeiro Pessoal ... 14

2.3 CRÉDITO ... 15 2.3.1 Política de Crédito ... 15 2.3.2 Análise De Crédito ... 16 2.4 FINANCIAMENTO ... 19 2.4.1 Financiamento Estudantil ... 19 2.5 INADIMPLÊNCIA ... 22 2.5.1 Causas da Inadimplência ... 24

2.5.2 Mecanismos de Controle da Inadimplência ... 26

2.5.3 Cenário Nacional ... 27 3 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 28 3.1 CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA ... 28 3.1.1 Quanto a natureza ... 28 3.1.2 Quanto a abordagem ... 29 3.1.3 Objetivos da pesquisa ... 29

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 30

3.1.5 Caracterização da População em Estudo ... 31

3.1.6 Análise de Dados ... 32

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4.2 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DA INADIMPLÊNCIA. ... 36 4.3 AS CONSEQUÊNCIAS DA INADIMPLÊNCIA ... 46

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. APÊNDICES ... 60

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A inadimplência é o termo usado para o ato em que uma pessoa compra um produto ou serviço e rompem com o acordo. Esse rompimento acontece por uma série de motivos que vão desde a falta de capital para quitar as dívidas até uma possível negociação. Guimarães (2002) trazem a ideia de que a inadimplência é considerada um dos maiores problemas enfrentados pelos administradores, sendo que para alguns é considerada a maior das questões do dia a dia das organizações.

O descumprimento de um contrato, a ação com efeito negativo e duradouro, causa a insegurança em todo sistema econômico da cidade. A maior causa segundo a ACIFI (2016), (associação comercial e empresarial de Foz do Iguaçu) é o desemprego, onde o cidadão não consegue arcar com o compromisso. Pode-se citar vários outros elementos, como a política de concessão de crédito, o aumento da oferta pelas empresas, caráter, altas taxas de juros, que auxiliam no aumento de inúmeros de inadimplentes.

O conhecimento sobre a administração financeira é o componente que pode reduzir a inadimplência pelos seguintes meios: planejar os recursos, prever e provisionar seu orçamento, projetar os ganhos e gastos, e a necessidade de manter a liquidez pessoal, a capacidade de distinguir os desejos de necessidades, e estabelecer um padrão de vida social que vá de acordo com suas condições financeira.

Na pesquisa de campo serão levantados dados sobre a inadimplência na cidade de Foz do Iguaçu a partir de um questionário que será aplicado aos universitários do Centro Universitário União Dinâmica das Cataratas.

A conclusão do trabalho será obtida da comparação dos dados coletados com o referencial teórico.

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1.1 PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

Este trabalho tem como tema a inadimplência, e busca coletar dados sobre os inadimplentes universitários da cidade de Foz do Iguaçu no Paraná. No referencial teórico são debatidos os conceitos, as causas, e estudos sobre administração financeira, finanças pessoais, taxa de juros, credito assim como a discussão sobre os possíveis causadores do aumento das taxas de endividamento das pessoas.

A inadimplência é um dos problemas que atinge o sistema econômico do país. Vários fatores estimulam seu crescimento, porém o desemprego é o fator mais importante nesse ciclo de pessoas inadimplentes.

Neste estudo busca-se compreender como funcionam as políticas de liberação de crédito, as taxas de juros, e apresenta a administração financeira, como um possível elemento para controle da inadimplência. Diante do exposto questiona-se quais os principais fatores que contribuem para a inadimplência dos universitários na cidade de Foz do Iguaçu?

1.2 OBJETIVO GERAL

Identificar os fatores que contribuem para a inadimplência dos universitários na cidade de Foz do Iguaçu no Estado do Paraná.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar o perfil dos universitários inadimplentes,

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1.4 JUSTIFICATIVA

A inadimplência apresenta muitas consequências à economia global, reduz a taxa de crescimento da economia, e atinge vários aspectos da sociedade, cultural, social, político, econômico e jurídico. Dentre os efeitos e reflexos da inadimplência pode-se citar a desaceleração do crescimento econômico, a estagnação da queda nas vendas dos comércios locais e o desemprego. Por sua vez, o ato de consumir bens e serviços, quando se torna compulsivo e compromete a renda a ponto do indivíduo não ter condições de quitar suas dívidas, é a característica básica para o início de endividamento. Conforme Tavares (2011), dois fatores levam as pessoas ao endividamento: crédito fácil e a ilusão de manter um padrão de vida acima de sua realidade econômica. Deste modo, vê-se a necessidade de abordar o tema, em meio à crise atual e o momento de extrema insegurança econômica.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica está dividida em sessões, onde encontrará referências sobre administração financeira, planejamento financeiro, juros, crédito e sobre o foco principal, a inadimplência.

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

O estudo das finanças é essencial não só para as pessoas que trabalham na área, mas também para aquelas que querem controlar melhor seus recursos. Segundo Gitman (2009, p. 03), o termo finanças pode ser definido como “a arte e a ciência de administrar o dinheiro”. Praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas ganham ou levantam, gastam ou investem dinheiro. E ainda diz, “finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais”.

De acordo com Groppelli e Nikbakth (2010, p. 03), “finanças são a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou valor total de um negócio”. O estudo das finanças atualmente é de muita importância devida às crises financeiras mundiais e nacionais, pois eles ajudam as pessoas a administrarem melhor os seus recursos financeiros. O autor ainda diz, “a área de finanças é em parte ciência e em parte arte”. A análise financeira fornece os meios de tomar decisões de investimento flexíveis e corretas no momento apropriado e mais vantajoso. Ou seja, o estudo das finanças ajuda as pessoas e empresas a investirem melhor os seus recursos financeiros levando em consideração não só o investimento em si, mas também o momento certo de aplicá-lo.

Segundo Ross et al (2010, p. 36), as finanças são divididas em quatro áreas básicas: “Finanças corporativas, investimentos, instituições financeiras e finanças internacionais”. Podemos citar também as finanças pessoais.

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2.1.1 Finanças corporativas

O departamento principal de uma organização é a área financeira, onde os sócios e os stakeholders buscam a maximização dos lucros em longo prazo.

Uma coisa que devemos salientar é que, aparentemente, a expressão finanças corporativas, implica que o que será coberto é relevante apenas para corporações (sociedades anônimas) mas na realidade quase todos os tópicos que consideramos são muito mais amplos que isso. O crescimento financeiro e econômico das empresas atinge diretamente toda sociedade interferindo no índice de emprego, no poder de compra das pessoas físicas entre outros.

2.1.2 Finanças Pessoais

Administração financeira pessoal é quando se tem o domínio dos seus rendimentos e gastos pessoais. Finanças deveria ser um conhecimento geral para todas as pessoas, para que todos possam gerenciar melhor os seus recursos. Gitman (2009, p. 03) confirma esse pensamento quando diz: “[...] a maioria dos adultos se beneficiará ao compreender esse termo, pois lhe dará condições de tomar melhores decisões financeiras pessoais”.

As pessoas ao saberem como as instituições financeiras funcionam, conseguem compreender os procedimentos e analisarem os produtos oferecidos que sejam melhor para elas. Ainda segundo o autor, “[...] aqueles que atuam fora dessa área também se beneficiarão ao saber interagir de forma eficaz com administradores, processos e procedimentos financeiros da empresa”. Ou seja, toda pessoa que tem um breve conhecimento sobre finanças ou procura saber sobre o assunto consegue gerir melhor seus recursos.

Gitman (2009, p. 07) diz “digamos que você não pretenda se especializar em finanças! Ainda assim, precisa entender as atividades do administrador financeiro para aumentas as suas chances de sucesso na carreira escolhida”. Todas as pessoas, independente de cargos que ocupam, interagem com a área financeira, e a

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administração financeira pessoal é o estudo que vem para diminuir os erros de compras ou investimentos cometidos por pessoas leigas no assunto.

2.1.3 Taxa de Juros

Um componente essencial de finanças, diretamente ligada à inadimplência são os juros. Segundo Gonçalves (2016, p. 405), “juros são rendimento do capital. São considerados frutos civis da coisa assim como os aluguéis. Representam o pagamento pela utilização de capital alheio. Integram a classe das coisas acessórias”.

De acordo com Gitman (2009), taxa de juros contribui para evitar ou minimizar este problema, uma maneira fácil de compreender o que é os juros, é fazendo a analogia como se ele fosse um "aluguel sobre o dinheiro". A taxa de juros é uma compensação paga pelo tomador, para que ele tenha o direiro de usar o valor emprestado até a data de devolução e para o credor, é uma compensação por não poder usar esse dinheiro até a data combinada, correndo o risco de inadimplência, ou seja, de não receber de volta o dinheiro emprestado.

Juros é qualquer remuneração do capital emprestado, podendo ser entendido, de forma mais simplificada, como sendo o aluguel pago pelo uso do dinheiro. Quem possui recursos pode utilizá-lo na compra de bens de consumo, ou de serviços, na compra de imóveis para uso próprio ou venda futura, pode também deixá-lo depositado para atender a uma eventualidade qualquer ou apenas guardá-lo na expectativa de uma oportunidade melhor para sua utilização e pode, se assim o desejar, emprestá-lo com objetivo de aumentar seu capital. Ao se dispor a emprestar, o possuidor de dinheiro, para avaliar a taxa de remuneração para seus recursos.

Em um país, a taxa básica de juros ocorre quando o tesouro nacional paga uma remuneração aos seus credores, sendo essa, uma taxa de referência para todos os contratos de crédito da economia.

No Brasil, essa taxa é chamada de taxa Selic, que é calculada como "taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais” (BANCO CENTRAL DO

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BRASIL, 2013). Como ferramenta de política monetária, o governo brasileiro interfere na taxa de juros da economia através do Comitê de Política Monetária (COPOM), que tem o papel de definir a meta da taxa Selic com o objetivo de manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A inflação pode ocorrer, quando se reduz a taxa básica de juros da economia, pois os consumidores têm mais acesso a crédito barato, fazendo com que eles consumam mais e os investidores usam o capital para financiar empresas e atividades produtivas que se mostram mais lucrativas do que a remuneração do tesouro nacional. Isso aumenta a demanda e a oferta de produtos e serviços, causando como o efeito colateral o aumento de preços, ou inflação. Em contra partida, quando se aumenta a taxa de juros, os consumidores diminuem o consumo devido ao alto preço dos empréstimos e os investidores tendem a emprestar para o governo, ao invés de financiarem empresas. Sendo assim, o efeito colateral é a queda dos preços.

Portanto, juros é uma remuneração cobrada quando há empréstimo de dinheiro, podendo ser calculado de duas formas, juros simples e compostos. Geralmente são utilizados somente os juros compostos que mantém seu valor ao longo do tempo.

2.1.3.1 Juros Composto

Branco (2010, p.29) diz que “podemos entender os juros compostos como o que popularmente chamamos de juros sobre juros”.

No cálculo dos juros compostos, os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Nesse caso, o valor da dívida é sempre mudado e a taxa de juros é calculada sobre esse novo valor.

O cálculo dos juros compostos está baseado no conceito de “capitalização”, que é a adição dos juros no fim de determinado período, ao saldo da aplicação inicial, ou ao valor da aplicação acumulada até determinada data (Equação 1).

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Fonte: Elaborada pelos autores da pesquisa (2017)

No sistema de amortização constante (SAC) a parcela de amortização da dívida é calculada tomando por base o total da dívida (saldo devedor), dividido pelo prazo do financiamento, como um percentual fixo da dívida, desta forma, é considerado um sistema linear (BAGATINI, 2010).

No Sistema de Amortização Constante, (SAC), as parcelas de amortização são sempre iguais (ou constantes). O valor da amortização é calculado através da divisão do capital emprestado pelo número de amortizações. Os juros são calculados, a cada período, multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente sobre o período anterior, assumindo valores decrescentes nos períodos. (GUERRA, 2001, p. 169)

Ao contrário do sistema SAC onde a amortização é igual, na Tabela PRICE, todas as prestações são iguais, periódicas e sucessivas. Este sistema seria ideal se não existisse no financiamento imobiliário a figura do indexador da prestação. Este sistema é o mais utilizado pelas instituições financeiras nas suas linhas de crédito (BAGATINI, 2010).

Em ambos os sistemas de amortização (Tabela Price e Tabela SAC), a parcela de juros é decrescente, sendo exatamente a taxa de juros aplicada sobre o saldo devedor.

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Para Gitman (2009, p. 43) “O planejamento financeiro é um aspecto importante das operações nas empresas e famílias, pois ele mapeia os caminhos

Juros Composto

M = C (1+i)

t

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para guiar, coordenar e controlar as ações das empresas e das famílias para atingir seus objetivos.”

Segundo Frankenberg (1999, p.31), “planejamento financeiro significa estabelecer e seguir uma estratégia que permita acumular bens e valores que formarão o patrimônio de uma pessoa ou família.”.

O mesmo autor ainda enfatiza que o planejamento financeiro tem como objetivos, tanto nas empresas, como nas famílias, a geração de riqueza para os acionistas assim como para os indivíduos, o crescimento de seus respectivos patrimônios, dentre outros.

2.2.1 Planejamento Financeiro Pessoal

Segundo Gitman (2009) Planejamento financeiro pessoal é o trabalho de organização de informações relevantes para que se obtenha saúde financeira no controle e gestão das finanças pessoais. Estabelecendo objetivos, etapas, prazos e os meios necessários para garantir a proteção e estabilidade do patrimônio pessoal.

Planejamento financeiro significa organizar a vida financeira de forma que você possa sempre ter reservas para os imprevistos da vida e, sistematicamente, construir uma independência financeira que garanta na aposentadoria, uma renda suficiente para uma vida, Gitman (2009).

O planejamento é o ato de tomar decisões por antecipação à ocorrência de eventos reais, e isto envolve de uma entre várias alternativas de ações possíveis.

Planejamento financeiro vai muito além do controle das despesas, envolve controle de gastos, definição e revisão periódica de metas, investimentos e avaliação dos progressos que estão sendo feitos, deve ser elaborado a curto, médio e longo prazo, sendo flexível e alterado de acordo com os objetivos e expectativas de cada pessoa.

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2.3 CRÉDITO

De acordo com Gonçalves (2016, p. 218):

Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional. Trata-se de um dos mais importantes instrumentos da vida econômica atual, especialmente na modalidade de desconto bancário pelo qual o comerciante transfere seus créditos a uma instituição financeira. Tem feição nitidamente contratual.

Crédito é um fator importante para o controle da inadimplência, uma análise de crédito e controles efetivos podem evitar o descontrole na inadimplência, os conceitos de crédito estão presentes há muito tempo desde antiguidade, e muito comum em nosso cotidiano.

A origem do crédito vem das sociedades antigas, na relação entre o plantio e colheita, o prazo era estipulado. No significado antigo da palavra o credito era prestar ou servir alguém em um serviço ou ação, dando ou oferecendo algo ao serviço bem prestado.

Para Wolfalg (2000P.98), o conceito moderno de crédito é:

Todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado.

Segundo Paiva (1997) a palavra crédito deriva do latim “credere” que significa acreditar, confiar. Credito concedido para compra de produto ou serviço a fim de alavancar as vendas e deixar a situação econômica de uma empresa favorável.

Segundo Lemes Junior et al (2007), crédito de certa forma é um facilitador para as vendas, concedendo a empresa possibilita vender mais do que venderia se o pagamento fosse feito avista.

2.3.1 Política de Crédito

É necessário definir um padrão nas disponibilidades de credito as empresas ou para um cidadão, esses padrões pré-definidos são o controle da linha de crédito.

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De acordo com Lemes, Junior et al, (2007), “a política de credito também chamada de padrões de crédito, sendo seu objetivo básico orientação das decisões de credito em face dos objetivos desejados e alcançados” ela orienta para um plano, e não o objetivo necessariamente.

Diante do cenário atual de concorrência acirrada, as empresas acabam limitando e “cedendo” mais crédito a demanda, a fim de forçar uma situação que seja mais favorável.

Bem, Santos e Comitre (2007), afirmam que diante das mudanças na economia de um país, nas condições de mercado, na concorrência e em outros fatores, uma empresa necessita gerir adequadamente suas finanças, para manter seu equilíbrio financeiro e aumentar a rentabilidade de seus negócios. Os autores completam dizendo que as empresas acham alterando as taxas de juros, limite e prazos, elas determinam a “política de crédito” que compreende a estratégias da companhia.

Quando a empresa opta por uma apolítica de crédito liberal, aumentam as vendas, porem o rico da inadimplência aumenta, o ponto de equilíbrio seria uma política de qualidade nas concessões de credito.

2.3.2 Análise De Crédito

A análise de crédito e muito importante para as operações financeiras, um diagnóstico com qualidade é o que pode garantir o cumprimento dos acordos. Esse diagnóstico quando feito com precisão garante para empresa a diminuição do índice de inadimplência, a empresa disponibiliza o credito com baixo risco. Essa ação é muito importante para aquecer a economia e conter a inadimplência.

Liberar um crédito a alguém é creditar que irá receber o montante em um determinado prazo, disposto de juros e correção montaria.

De acordo com Matias (2007) quando uma empresa decide conceder um crédito para seus clientes, primeiramente ela precisa definir os procedimentos que deverão ser seguidos para assim poder conceder esse crédito. Deve saber como vai monitorar e controlar as contas a receber e consequentemente como deverá ser feita a cobrança.

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Conforme com Santos (2003) A análise de crédito é um processo para analisar o valor que será disponibilizado ao cliente com a capacidade de pagamento do mesmo. Conforme o autor, o objetivo do processo de analisar o crédito é o de conhecer o cliente, ou seja, conhecer a idoneidade do cliente e a capacidade do mesmo de pagar suas dívidas. Para realizar a análise, as empresas utilizam duas técnicas: a técnica subjetiva que analisa a pessoa para qual será liberado o crédito e a técnica objetiva que utiliza os procedimentos estatísticos.

Segundo Gitman (2009) faz nos acreditar que um dos insumos básicos à decisão final de crédito é o julgamento subjetivo que o analista financeiro faz para determinar se é válido ou não assumir riscos. Segundo o autor, a experiência adquirida do analista e a disponibilidade de informações (internas e externas) sobre o caráter do cliente são requisitos fundamentais para a análise subjetiva do risco de crédito. Ainda segundo o autor, na concessão de créditos a empresa analisa fatores para liberar o crédito aos clientes, para isso a empresa normalmente utiliza os 5 Cs do crédito, são fundamentais para qualquer levantamento de consulta.

Figura 1 - Os 5 C’s do crédito

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2.3.2.1 Caráter

O caráter da pessoa revela a intenção de pagar, faz uma busca em seu histórico como consumidor, as, mas condutas.

Para Bem, Santos e Comitre (2007) é o mais importante e decisivo parâmetro na concessão de crédito, independentemente do valor da transação. O caráter refere-se à intenção de pagar. O levantamento das boas ou más qualidades de uma pessoa começa na identificação de pontos fortes e fracos detectados em experiências anteriores com bancos, com outras empresas, com fornecedores e clientes. Os pontos fracos do caráter são chamados de desabonos, sendo a impontualidade, protestos, concordata, falência e ações judiciais de busca e apreensão os pontos encontrados com mais frequência segundo avaliação dos emprestadores.

O autor Gitman (2009) relata a importância do registro histórico do cliente com o cumprimento de suas obrigações passadas, contratuais e morais, história de pagamentos passados, conhecimento se houve processos legais, julgados ou em andamento.

2.3.2.2 Capacidade

A capacidade do cliente em arcar com a dívida, se é capaz de efetuar o pagamento a diferente do caráter que não há vontade de pagar a conta,

Para Bem, Santos e Comitre (2007) o caráter e a capacidade são dois atributos que se misturam e se confundem a partir do momento em que se depara com uma situação do tipo “quero pagar, mas não posso”. No que diz respeito ao caráter, é inquestionável à vontade e disposição para pagar, porém essa vontade não se concretiza quando há incapacidade para fazê-lo.

Conforme Gitman (2009) a capacidade é ver a capacidade que o requerente terá para ressarcir o crédito solicitado, pode ser usado para isso a ênfase na liquidez e o endividamento do cliente.

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2.3.2.3 Capital

O capital e medido a situação financeira do cliente, deve-se ter em mente que a garantia não deve justificar a concessão de um empréstimo. Esse é o diferencial necessário ao gestor de crédito que uma planilha de avaliação não consegue expressar através de seus resultados. As garantias mais comuns em operações de crédito são “Garantia Fidejussória ou Pessoal” e “Garantia Real”. (BEM, SANTOS e COMITRE, 2007). E composição qualitativa e quantitativa.

Segundo Gitman (2009), o capital é a força financeira que o requerente tem, sempre é refletida sobre sua posição patrimonial. Uma análise da dívida do requerente, relativamente sua liquidez e taxa de lucratividade são levadas em conta.

Refere-se à situação econômica e financeira da empresa, no que diz respeito aos bens e recursos disponíveis para saldar débitos. (BEM, SANTOS e COMITRE, 2007).

2.3.2.4 Colateral

De acordo com Sebrae (2006 p.20) “colateral consiste no somatório de ativos que o proponente tem disponíveis a oferecer em garantia ao empréstimo”. Sendo assim quanto maior for o montante de ativos mais fácil a disponibilização do credito.

2.4 FINANCIAMENTO

2.4.1 Financiamento Estudantil

Educação e inclusão social têm polarizado nos últimos anos as discussões e preocupações sobre os estudos e políticas públicas no campo educacional. (LIMENA et al, 2011, p. 7)

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A necessidade de articular educação e inclusão social aparece de diferentes maneiras, especialmente no tocante à inserção das populações menos favorecidas em políticas que visam a potencializar a emancipação social (LIMENA et al., 2011, p. 7)

Existem duas formas de conseguir um financiamento estudantil: por meio de programas do Governo ou por meio de iniciativas de entidades da esfera privada.

O financiamento estudantil funciona de maneira semelhante a um empréstimo: o estudante interessado se cadastra no programa de financiamento e aguarda sua aprovação. Tendo uma resposta positiva, ele recebe o crédito total ou parcial para pagar a faculdade durante determinado período, junto com a obrigação de quitar essa dívida dentro de certo prazo (SÃO JUDAS, 2016).

2.4.1.1 Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)

Em 1999 surge o FIES, criado por meio de Medida Provisória nº. 1.827/99, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (OLIVEIRA e CARNIELLI, 2010) com o objetivo de financiar as mensalidades de cursos graduação para estudantes que estejam regularmente matriculados em instituições privadas de Educação Superior. A proposta é beneficiar, prioritariamente, estudantes de baixa renda (MUNDO, 2017).

O número de vagas para cada região será com base em três critérios: o Coeficiente de Demanda por Educação Superior (CDES), Coeficiente de Demanda por Financiamento Estudantil (CDFE) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (M) da microrregião. O CDES representa 70%, o CDFE 30% e o IDH-M funciona como um peso para o cálculo.

Para ser contemplado pelo Fies, é preciso fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conseguir uma pontuação mínima de 450 e não zerar a redação. A renda familiar permitida para ter acesso ao programa é de 2,5 salários-mínimos por pessoa. A solicitação pode ser feita em qualquer época do ano (SÃO JUDAS, 2016).

Em 2008 foi divulgada a Portaria Normativa nº 02, de 31 de março, que resolve articular distribuição dos recursos do FIES com a concessão das bolsas parciais do Programa Universidade para Todos (PROUNI).

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2.4.1.2 Programa Universidade para todos (PROUNI)

O Programa Universidade para Todos - PROUNI tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de ensino superior privadas. Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005 oferece, em contrapartida, isenção de tributos àquelas instituições que aderem ao Programa (PROUNI, 2017).

Apenas quem cursou o ensino médio em escolas públicas ou foi bolsista em colégio particular pode pleitear uma bolsa do ProUni. Além disso, é preciso comprovar renda bruta familiar de até 1,5 salário-mínimo por pessoa no caso de das bolsas integrais e até 3 salários-mínimos por pessoa no caso das bolsas parciais (SÃO JUDAS, 2016).

Prouni já atendeu, desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2016, mais de 1,9 milhão de estudantes, sendo 70% com bolsas integrais. (PROUNI, 2017).

2.4.1.3 Outros

Outro tipo de financiamento estudantil é o Programa Bolsa-Universidade, um convênio estabelecido pelo Governo do Estado de São Paulo e as Instituições de Ensino Superior, por meio da Secretaria de Estado da Educação, onde o estudante contemplado receberá bolsa integral de seu curso – a Secretaria de Estado da Educação arca com 50% do valor da mensalidade, com teto de R$ 500,00, e a instituição de ensino completa o restante do valor da mensalidade. Em contrapartida, irá atuar como educador universitário em uma escola participante do Programa Escola da Família, que abre unidades escolares aos sábados e domingos para a comunidade (FDE, 2017).

O Educa Mais Brasil trabalha há mais de 14 anos oferecendo bolsas de estudo para estudantes impossibilitados de arcar com os valores integrais de um curso em instituições de ensino privado. O programa tem mais de 18 mil instituições

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parceiras, que disponibilizam até 70% de desconto em bolsas de estudo para a educação básica, bolsas de estudo para graduação, pós-graduação, cursos técnicos, idiomas, profissionalizantes, preparatórios para concursos, pré-vestibular/Enem e EJA-Educação para Jovens e Adultos. Mais de 450 mil alunos já foram beneficiados em quase 5 mil cidades brasileiras, com programas de ensino presencial, semipresencial e a distância (EDUCA, 2017).

O PraValer Crédito Universitário é um dos programas de crédito estudantil privado mais tradicionais do Brasil. O financiamento oferecido pode ser usado para cursos a distância e presenciais, nos níveis técnico, superior (licenciatura, bacharelado ou tecnólogo) e nos cursos de pós-graduação. O programa financia 50% das mensalidades e os juros cobrados variam de 0% a 2,19% ao mês. Porém, algumas universidades parceiras podem ainda subsidiar uma parte desses custos, tornando o financiamento ainda mais barato. (SÃO JUDAS, 2016).

2.5 INADIMPLÊNCIA

A inadimplência em termos gerais é um credito que foi utilizado e encontra-se em atraso por mais de 90 dias no seu pagamento, este padrão também se dá a transações internacionais, que considera totalmente vencida uma operação que tenha em atraso, operação financeira em todos os estágios, global (entre países) até o indivíduo pessoa física.

De acordo com o Serasa (2012), “a palavra entrou na língua portuguesa em 1958, e significa “aquele que falta ao cumprimento de suas obrigações no prazo estipulado” termo feminino que constitui em não comprimento de algo. O código cível brasileiro usa o nome de “inadimplemento”. Aparece no artigo 960, o texto refere o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo constitui de pleno direito em mora ao devedor.

Há muitas definições de inadimplência, porém todas são muito similares e objetivas na definição da palavra e da ação. Segundo Bessis (1998, p. 82) define “deixar de pagar uma obrigação, quebrar um acordo, entrar em um procedimento legal ou default econômico”. Não existe um consenso sobre a definição de

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inadimplência, no entanto o comitê da Basiléia de supervisão bancaria tem a melhor definição.

O tratado de Basiléia assinado em 1988 é um conjunto de acordos bancários firmados entre vários bancos centrais de países de todo o mundo para prevenir o risco de credito, criando assim um padrão de exigências mínimas de reserva de capital, o acordo adotado pelo BCBS (Basel committe on banking supervision- comitê da Basiléia sobre supervisão bancaria).

Teixeira e Silva (2001) salientam que inadimplência é um termo jurídico que indica o não cumprimento de um contrato ou a perda das possibilidades financeiras no momento de quitar uma dívida. Especificamente no Brasil, a inadimplência, na visão de estudiosos na área financeira, tem ligação com a disparidade do salário mínimo juntamente com os níveis de inflação medidos pelos órgãos competentes.

Nota-se que os reajustes salariais não acompanham os números inflacionários, o que, de certa forma, reflete no poder de compra do consumidor. Ou seja, ele não consegue realizar suas compras à vista, sendo o parcelamento o recurso mais fácil para obter determinado produto ou serviço, o que pode contribuir com a inadimplência. Somado a isso existe ainda aquele fascínio gerado pelo consumismo, que move uma fatia considerável da economia e movimenta o comércio. Ou seja, compras não planejadas, fatores emocionais, entre outros motivos auxiliam no aumento da inadimplência. (PORTAL, 2013)

O acordo repassa que para existir a inadimplência é preciso ter os seguintes eventos, o grupo bancário considera que é improvável que o credor pague sua obrigação integralmente e não tem como recorrer a ações como a liquidação de ativos (se houverem).

O credor está em atraso superior a 90 dias em qualquer obrigação de crédito ao grupo bancário. Saques sem disponibilidade de fundos serão considerados em atraso quando o cliente tiver superado um limite aconselhado ou se for avisado de um limite inferior à sua disponibilidade corrente (BCBS, 2006, p.100).

De acordo com Anníbal (2009):

A inadimplência se divide em três indicadores em abordagens distintas: provisões, exposição e quantidade, a abordagem por exposição é mais comum, no qual a inadimplência é medida como razão entre o montante de operações no atraso no pagamento, superior a um determinado número de dias e o total da carteira de crédito, e relata também que para haver a inadimplência é necessária uma linha de crédito, quanto maior recursos disponíveis maiores a probabilidade de aumento de inadimplentes.

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Os índices são utilizados para medir a qualidade de ativos de uma determinada instituição a operação financeira consolidada, é utilizada pelo FMI (fundo monetário internacional) e também pelo BCB (banco central do Brasil) que divulgam a situação econômica, tanto o FMI e BCB definem inadimplência o atraso de no pagamento da linha de crédito acima de 90 dias, de acordo com o acordo da Basiléia.

2.5.1 Causas da Inadimplência

A inadimplência elevada é prejudicial a todo sistema econômico do país e região, e de fundamental importância estudar suas causas, para que haja maior entendimento e analise para prevenir o aumento dos índices.

O instituto SEBRAE (2006) indicou as principais causas relacionadas à inadimplência: 

 Dificuldades financeiras pessoais, que impossibilitam o cumprimento de obrigações;

 Desemprego;

 Falta de controle nos gastos;

 Compras para terceiros;

 Atraso de salário; 

 Comprometimento de renda com outras despesas; 

 Redução de renda; 

 Doenças;

 Uso do dinheiro com outras compras;

 Má fé.

As causas da inadimplência segundo Santos (2003, p.14) [...] pode ser determinado por fatores internos e externos. “O risco total de crédito é função direta desses dois fatores”. Entre os fatores internos podem destacar a baixa qualidade profissional, inexistência de controle de estáticos de risco da inadimplência,

(25)

liberação de credito a clientes com capacidade financeira comprometida, os fatores externos são determinantes da macroeconomia.

2.5.1.1 Desemprego

O desemprego é medido pelo nível de produção, que por sua vez é determinado pelas demandas efetiva, a renda é o resultado da de gastos em consumo e pelos gastos de investimentos.

O desemprego gera insegurança no cenário econômico, segundo Matosso (1998, p. 42) o principal é:

• Insegurança no trabalho: visualizada no desemprego que cresce e permanece. Este desemprego, no entanto, é distinto do existente em fases anteriores, em suas formas (estrutural, de longa duração, afetando mais intensamente os trabalhadores mais jovens e mais velhos, os de menor instrução, inicialmente.

• Insegurança do emprego: identificada através da redução do emprego industrial, de empregos estáveis ou permanentes nas empresas e da maior subcontratação de trabalhadores temporários, em tempo determinado, eventuais, em tempo parcial, a domicilio ou independentes, como aprendizes, estagiários etc.;

• Insegurança da renda: resultante, por um lado, do distanciamento da relação salário/produtividade, que favoreceu o movimento crescentemente variável, instável ou sem garantia dos rendimentos do trabalho. Por outro lado, a reestruturação setorial do emprego, as maiores disparidades salariais e desigualdades entre trabalhadores permanentes e periféricos, a redução das provisões da seguridade social e o menosprezo da tributação como mecanismo distributivo, favoreceram a deterioração da distribuição da renda e o crescimento da pobreza;

• Insegurança da contratação: cresceu a contratação descentralizada, especialmente em nível de empresa, e ampliaram-se as formas de contrato por tempo determinado, tempo parcial, e até mesmo relações de trabalho sem contrato, o que terminou por favorecer a maior segmentação do mercado de trabalho; e

• Insegurança da representação do trabalho: medida através da acentuada redução dos níveis de sindicalização ocorrida na década de 80 e representando a diminuição da participação das organizações de trabalhadores nos eventos sociais e o enfraquecimento de suas práticas de conflito e negociação.

O desemprego continua sendo a principal causa de inadimplência entre os brasileiros, segundo levantamento da SPC Brasil em parceria com a CNDL. O motivo é o mais apontado pelos entrevistados pelo terceiro ano consecutivo.

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Segundo levantamento, 26% dos brasileiros culpam a perda de emprego como a principal causa para o atraso no pagamento de contas (LIMA, 2017)

2.5.2 Mecanismos de Controle da Inadimplência

2.5.2.1 Banco Central do Brasil

Em dezembro de 1964, a Lei nº 4.595 cria o Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN) (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2014).

O banco central emite notas e controla o sistema de crédito nacional, também mede os índices de inadimplentes, o banco central é responsável por todo o sistema financeiro do país.

2.5.2.2 SERASA/SPC

A Serasa foi criada em 1963, pela iniciativa de federação brasileira dos bancos, uma ação de cooperação, segundo o diário oficial da união (1968). Proporcionar decisões bancárias rápidas e eficientes. “Concepção, organização e execução de um sistema central cadastro, de um sistema central de computação eletrônica de serviços, de um sistema central de entrega de correspondência, coleta de aceites, elaboração de estudos e planos econômico-financeiros e de organização administrativa”.

A Serasa Experian é responsável pela maior base de dados da América Latina e oferece os relatórios mais precisos e eficazes do mercado, onde desde 2007 faz parte do Grupo Experian, a maior referência mundial em serviços de informação. Divulgou em seu site oficial um cenário da inadimplência do Brasil, a figura a seguir demonstram o índice de inadimplência do país em 2014 (SERASA, 2012).

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2.5.3 Cenário Nacional

O número de pessoas físicas inadimplentes teve crescimento no primeiro trimestre do ano. No final de março o número era de 59,2 milhões de consumidores brasileiros nas listas de inadimplência. Frente à estimativa de dezembro de 2016, que mostrou cerca de 58,3 milhões, houve um saldo de 900 mil novos nomes nas listas de inadimplência neste ano (G1, 2017).

Os dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que, em termos percentuais, 39,36% da população adulta, entre 18 e 95 anos, está com o nome sujo (G1, 2017).

De acordo com levantamento da Serasa, total de dívidas em janeiro de 2016 é de R$ 255 milhões; desemprego é a principal causa, cerca de 59 milhões de brasileiros terminaram o ano passado e abriram 2016 na lista de inadimplentes. O número de janeiro é o maior já registrado desde que o levantamento passou a ser feito pela Serasa, em 2012. O total de dívidas chega a R$ 255 bilhões.

Houve aumento em relação a janeiro de 2015, quando 54,1 milhões de consumidores haviam começado o ano no vermelho. Neste cenário de recessão prolongada, a principal causa da inadimplência registrada foi o desemprego. A taxa de desemprego no Brasil subiu a 9% no trimestre encerrado em outubro, e renovou o maior patamar da série iniciada em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada no último dia 15 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em julho, a taxa foi 8,6% e, no período entre agosto e outubro de 2014, chegou a 6,6%.

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3 METODOLOGIA DE PESQUISA

O presente capítulo tem a finalidade de apresentar os métodos que serão utilizados para realizar a pesquisa, abordando sua tipologia, abordagem e estratégia de aplicação. Também são descritos os instrumentos a serem utilizados para a coleta de dados, o âmbito no qual será aplicado o estudo, e o cronograma previsto para o desenvolvimento e conclusão das etapas da pesquisa. Todos os métodos citados a seguir são fundamentados na bibliografia, de modo a validar a pesquisa no meio acadêmico.

3.1 CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA

Este item tem como objetivo explicar como a pesquisa será realizada. Com relação as classificações da pesquisa, serão descritos quanto a natureza, a abordagem, os objetivos da pesquisa e os procedimentos técnicos.

3.1.1 quanto a natureza

Se classifica como uma pesquisa básica, onde objetiva-se gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista.

Pesquisa básica consiste na realização de trabalhos teóricos ou experimentais, cuja finalidade principal seja a aquisição de novos conhecimentos sobre os fundamentos de fenômenos e fatos observáveis, sem objetivo particular de aplicação ou utilização (FRASCATI, 2013)

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3.1.2 Quanto a abordagem

Esta pesquisa se classifica como quantitativa que segundo Malhotra (2001, p.155) procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística.

Esclarece Fonseca (2002, p. 20):

“Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros.”

3.1.3 Objetivos da pesquisa

A metodologia de pesquisa utilizada para este trabalho foi a descritiva. Segundo Gil (1999), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis.

Vergara (2000, p. 47) argumenta que a pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza.

O processo descritivo visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser entendida como um estudo de caso onde, após a coleta de dados, é realizada uma análise das relações entre as variáveis para uma posterior determinação do efeitos resultantes em uma empresa, sistema de produção ou produto (PEROVANO, 2014).

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“As pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência. Ao final de uma pesquisa descritiva, você terá reunido e analisado muitas informações sobre o assunto pesquisado. A diferença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto pesquisa já é conhecido. A grande contribuição das pesquisas descritivas é proporcionar novas visões sobre uma realidade já conhecida.”

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos

A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário aplicado aos universitários do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, na cidade de Foz do Iguaçu. Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 48), o questionário “[...] refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”.

Este questionário foi impresso, composto por 11 questões fechadas e de múltipla escolha, sendo estruturadas em consonância com o referencial teórico e os objetivos traçados. O questionário foi aplicado durante o mês de Outubro de 2017 com universitários de vários cursos.

Fonseca (2002) aponta que este tipo de pesquisa é utilizado em estudos exploratórios e descritivos, o levantamento pode ser de dois tipos: levantamento de uma amostra ou levantamento de uma população.

Segundo Malhotra (2001), para populações infinitas, ou em contextos de constante mudança, o estudo estatístico pode ser realizado com a coleta de parte de uma população (amostragem), denominada amostra.

Amostra é um subgrupo de uma população, constituído de n unidades de observação e que deve ter as mesmas características da população, selecionadas para participação no estudo. O tamanho da amostra a ser retirada da população é aquele que minimiza os custos de amostragem e pode ser com ou sem reposição. (OLIVEIRA, 2011)

Para este trabalho, foram coletadas 337 amostras, cálculo este feito a partir de uma calculadora online (SANTOS, 2017) que segue a fórmula descrita na Figura 08.

(31)

Equação 2 - Cálculo amostral

Fonte: (SANTOS, 2017)

3.1.5 Caracterização da População e amostra

O município de Foz do Iguaçu está localizado no extremo oeste do Paraná, em seu 3º planalto, na região Sul do Brasil, fazendo divisa com as cidades de Itaipulândia ao norte, a cidade de São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu à leste em território brasileiro, sendo limítrofe do país com a cidade argentina de Puerto Iguazu ao sul e, à oeste e de Tríplice Fronteira ao município (MARTINS e RUSCHMANN, 2010).

A população alvo desta pesquisa são universitários do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, localizado em Foz do Iguaçu – PR.

Segundo o Site da UDC, a Faculdade conta com serviços desde o Colegial até o Ensino Superior, o Grupo Dinâmica, com cerca de 6000 alunos entre os períodos, coletados 337 em amostragem, pauta-se pelo ensino que valoriza a formação humana de seus alunos, com visão holística do mundo, contextualizando teoria e prática, ética e moral. Esta diretriz norteia as ações educacionais de todo o Grupo, até os cursos de pós-graduação.

Em 19/02/2000 a então Faculdade Dinâmica das Cataratas, realizou seu primeiro Processo Seletivo para os dois primeiros cursos autorizados pelo MEC: Arquitetura e Urbanismo e Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda (UDC, 2013).

O empenho constante, investimentos, avaliações das comissões do MEC, reconhecimentos, ENADE e resultados do IGC possibilitaram que em 15 de Abril de 2013, através da Portaria 314, o Ministério da Educação transformou a Faculdade

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Dinâmica das Cataratas em CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS, ficando assim constituído. Hoje a Faculdade conta com mais de 25 cursos (UDC, 2013).

3.1.6 Disposição dos analises de dados

A análise de dados foi feita a partir da leitura dos questionários, realizada tabulação no Excel, onde com gráficos e tabelas, a representação dos resultados obtidos e discussões afim de esclarecer os objetivos desse trabalho.

Para cada questão do questionário será gerado um gráfico em uma planilha de Excel, do tipo Pizza.

O gráfico de pizza, também conhecido como gráfico de setores ou gráfico circular é um diagrama circular onde os valores de cada categoria estatística representada são proporcionais às respectivas frequências. Este gráfico pode vir acompanhado de porcentagens (PORTAL, 2016).

3.1.7 Cronograma

Neste quadro constam as atividades que serão realizadas para que esta pesquisa seja desenvolvida.

Mês (2017) Jun Jul Ago Set Out Nov

1- Definição do projeto de pesquisa X

2- Aplicação do Questionário X

3- Transcrição dos dados e

informações x

4- Análise dos dados obtidos x

5- Conclusão da pesquisa bibliográfica x

6- Montagem final e revisão do trabalho x

7- Entrega final e apresentação na

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4 ANALISE DE DADOS

A análise de resultado visa separar e identificar as características relevantes do questionário, afim de responderem as questões e gerar dados, para a conclusões do trabalho de conclusão de curso. As apresentações serão em gráficos do tipo Pizza, para a obtenção dos números estatísticos, sendo aplicado o questionário na instituição Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, entre os dias 04 a 07 de Outubro aos acadêmicos.

Esta análise foi estruturada em três tópicos principais. O primeiro é a descrição do perfil dos acadêmicos entrevistados, o segundo é a identificação das causas da inadimplência e, o terceiro, as consequências da inadimplência.

4.1 DESCRIÇÕES DE PERFIL DOS ACADÊMICOS

O gênero predominante da pesquisa foi o feminino com 67%. Em relação ao grupo etário, acadêmicos entre 21 a 25 anos apresentaram maior participação com 64%, sendo 21% abaixo dos 20 anos, 11% de 26 a 30 anos. O curso que mais obteve maior número de respostas foi de administração com 24% do total seguido por ciências contábeis 20% e direito 19%.

No que tange à faixa etária, Ponchio (2006) e Vieira, Flores e Campara (2015) observaram em seus estudos a existência de uma relação negativa entre idade e endividamento, ou seja, os indivíduos mais velhos tendem a possuir menores níveis de endividamento.

Ratificando essas evidências, Worthy, Jonkman e Blinn-Pike (2010) destacam que jovens de 18 a 25 anos são mais predispostos a assumir riscos maiores e apresentar menor estabilidade financeira o que pode explicar a maior vulnerabilidade à dívida.

(34)

Figura 2 - Qual sua ocupação atual/profissão?

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa, baseado nos dados do questionário aplicado.

O gráfico 1 apresenta a ocupação dos acadêmicos do centro universitário, sendo que as profissões de estagiários e secretária representam os maiores índices com 15%, estudante com 11%, em seguida 10% são auxiliar administrativo e vendedor, seguindo outras ocupações presente hoteleiro (9%), desenhista (7%) auxiliar contábil.

O perfil dos acadêmicos nota-se que eles atuam em áreas ligadas ao seu curso, administração, ciências contábeis, direito, são estagiários e secretários.

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Figura 3 - Renda familiar dos acadêmicos

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa, baseado nos dados do questionário aplicado.

A renda familiar no Centro Universitário predominante é de R$ 938,00 a R$ 2811,00 total de 35%, seguido por R$ 2811,00 a R$ 4685,00 com 28%, 25% possui uma renda de R$ 4686,00 a R$ 9370,00, 9% ganham acima de 9371,00 e 3% menos de R$ 937,00.

Em relação aos ganhos mensais, não é sobre quanto mais ganha menores são as chances de cair em inadimplência, e sim o controle e planejamento de suas receitas, saber o quanto ganha e quais as necessidades para ter e manter uma vida financeira saudável.

Zerrenner (2007), Vieira, Flores e Campara (2015) e Bricker et al (2012) ao avaliar o endividamento, verificaram que indivíduos de baixa renda (até 3 salários mínimos) apresentavam níveis significativos de endividamento.

Neri (2001) salienta que no início da maturidade e vida profissional, o desejo de consumo é normalmente maior do que a renda obtida, o que resulta em uma demanda muito maior por empréstimos nessa fase da vida.

Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) feita somente com consumidores inadimplentes, em todas as capitais, revela que muitos deles têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o seu orçamento.

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Segundo o Banco Central do Brasil (2013), em seu caderno de cidadania financeira:

“Orçamento pode ser visto como uma ferramenta de planejamento financeiro pessoal que contribui para a realização de sonhos e projetos. Para que se tenha um bom planejamento, é necessário saber aonde se quer chegar; é necessário internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva de realização do projeto e estabelecer metas claras e objetivas, as quais geralmente precisam de recursos financeiros para que sejam alcançadas ou para que ajudem a atingir objetivos maiores. Por isso, é importante que toda movimentação de recursos financeiros, incluindo todas as receitas (rendas), todas as despesas (gastos) e todos os investimento s, esteja anotada e organizada.”

Um orçamento financeiro doméstico ou familiar é um método simples utilizado para obter um controle dos gastos da família, entrada e saída de dinheiro no mês. Para assim descobrir quanto se gasta, quanto se tem de dinheiro e se podem gastar mais ou se devem poupar. (COLELLA, 2015)

“Para a elaboração de um orçamento, é necessário passar por três etapas: a primeira consiste na avaliação das despesas da família, o que se chama de orçado; a segunda é o acompanhamento das receitas e despesas do mês seguinte; e por fim a avaliação do orçamento, os possíveis cortes e previsões para o próximo mês. É fundamental, detalhar com a máxima honestidade os gastos e a renda para iniciar o preenchimento da planilha.” (BITTENCOUT e NEVES, 2012)

4.2 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DA INADIMPLÊNCIA.

A figura 4 mostra os principais fatores de compra que levaram os entrevistados a inadimplência.

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Figura 4 - Por qual motivo de compra esteve inadimplente?

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa, baseado nos dados do questionário aplicado.

A Figura 4 mostra que o maior motivo de compra que os acadêmicos ficaram inadimplentes é o vestuário total de 20%, seguido por telefonia (18%) aquisição de bens ou serviços (14%), aquisição de móveis e eletrônicos (13%), empréstimos (10%), pagamentos de contas (8%), contas e concessionários (5%).

Os aumentos de consumo de vestuários e itens da moda segue a nova tendência consumista que vivemos, o acesso as compras através de internet, alinhado também com as melhoras de ferramentas de marketing, e a busca continua de aumento de vendas pela crise, baixa qualidade na linha de credito fazem parte dos índices presentes em inadimplência.

Aquisições de imóveis presente na pesquisa retrata o aumento da linha de credito para concessões vendas, programas como minha casa minha vida.

O índice de telefonia (18%) com o atual estágio da globalização as pessoas têm interesses em planos e prazos de internet, as operadoras buscam toda forma de se chegar até os consumidores, alinhando a baixa qualidade de créditos e planos de financiamento

A promoção, como adesão e aparelhos grátis, os aparelhos também entram forte nesse dado, cada vez mais caro e modernos os preços vem aumentando continuamente.

A área mercadológica cada vez mais atuante no mercado, explica através de conceitos essa busca pela venda e seus objetivos, a área cada vez mais explorada

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pelas empresas atuam como geradores de venda, e assim causando também o aumento nos índices de inadimplência.

Segundo Ferreira (2002, p.448) marketing é como o "conjunto de estudos e medidas que provêm estrategicamente o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor, garantindo o bom êxito comercial da iniciativa".

Dessa forma, pode-se dizer que ao ceder uma determinada quantia a uma empresa ou pessoa aquele que o faz tem a expectativa, do retorno integral dessa quantia, num determinado espaço de tempo. (BEM, SANTOS e COMITRE, 2007).

As pessoas compram com base em um consenso de mercado que apresenta um produto que elas podem pagar e entendem que um preço abaixo desse mercado significa que aquele produto tem qualidade inferior (SIQUEIRA,2005).

“O consumo é um ato social e cultural, e independente do seu objetivo está presente em toda sociedade humana, seja para satisfazer uma necessidade básica ou supérflua. Todavia, devido à busca incessante para satisfazer essas necessidades e desejos, além da facilidade de acesso ao crédito, os indivíduos acabam gastando além dos seus recursos, surgindo a partir daí situações de endividamento, sobre-endividamento e inadimplência.” (GATHERGOOD, 2012).

Conforme lembra Borsato (2009), o consumo está cada vez mais incentivado por publicidades agressivas, geradoras de falsas necessidades.

Na Sociedade nos dias atuais o consumo é caracterizado pelo individualismo, onde as pessoas valem mais pelo o que tem e não pelo o que são. (COSTA, 2004).

Em estudo do Banco Central do Brasil (2014) observa-se a importância de estratégias para sair do endividamento, as quais são: controlar o orçamento por meio de planilha financeira; utilizar no máximo um cartão de crédito, cancelando os demais; economizar, poupar dinheiro e ter reserva financeira. Tem ainda a não utilização de muitas linhas de crédito e nem limites elevados; aceitar propostas de renegociação de dívida apenas se o credor reduzir juros e não parcelar as compras em muitas vezes.

A Figura 5 mostra a porcentagem de pessoas entrevistadas que fizeram cursos sobre educação financeira.

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Figura 5 - Já realizou algum curso de sobre educação financeira?

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa, baseado nos dados do questionário aplicado. Na Figura 5, a maioria dos acadêmicos já tiveram acesso a cursos de educação financeira total de 67% já realizou enquanto 33% não fizeram esse curso.

A educação financeira, portanto, um instrumento que auxilia na qualidade das decisões financeiras e que está diretamente ligada aos níveis de endividamento, inadimplência, nos Estados Unidos a criança tem acesso a finanças no colégio primário, o acesso ao curso desde cedo é fundamental para manter uma vida financeira saudável e também geral.

A realidade no Brasil que pessoas não criaram o hábito de se planejar financeiramente, pois as escolas não ensinaram, assim como as famílias também não ensinaram e muito menos o governo, com isso eles são e continuam muitas vezes sendo analfabetos financeiros, se endividando constantemente e não sabendo como sair das dívidas que adquiriram.

Para Gitman (2009, p. 43) “O planejamento financeiro é um aspecto importante das operações nas empresas e famílias, pois ele mapeia os caminhos para guiar, coordenar e controlar as ações das empresas e das famílias para atingir seus objetivos

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A ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2014)

“Finanças pessoais é a ciência que estuda a aplicação de conceitos

financeiros nas decisões financeiras de uma pessoa ou família. (CHEROBIM, 2010, p.01).

Há uma preocupação geral relacionada à falta de alfabetização financeira, de conhecimento financeiro e de educação financeira da população, pois o fato de a população brasileira de baixa renda estar tendo acesso fácil a várias formas de crédito, torna a ausência destas habilidades financeiras cada vez mais preocupantes, uma vez que o crédito tende a induzir o consumidor a maiores gastos, dado que muitos o veem como algo mais abstrato do que o dinheiro, dificultando o entendimento de suas consequências na deterioração das finanças pessoais e no grau de endividamento mundial (DONADIO, CAMPANARIO E RANGEL, 2012).

Uma das tarefas mais importantes das finanças pessoais é

o acompanhamento de gastos, pois os acompanhando poderá se

planejar financeiramente para poder conquistar um sonho.

Em geral não tem a cultura de organizar suas finanças e tampouco de poupar recursos. É comum perceber o quanto a população está cercada em financiamentos e prestações de empréstimos que não cabem em seu orçamento. O desequilíbrio financeiro e a falta de disciplina são os principais fatores negativos para a atual situação

Administrar suas próprias finanças é uma habilidade essencial na vida de qualquer pessoa e constitui um fator-chave para evitar estresse e dificuldades causados por questões monetárias. É preciso adquirir conhecimento e habilidade, para elaborar um orçamento bem-sucedido, de modo que os gastos planejados não excedam a receita, e que o excedente possa ser investido.

“Finanças pessoais é a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros nas decisões financeiras de uma pessoa ou família‖ (CHEROBIM, 2010, p.01).

O gráfico 5 expõe os entrevistados que fazem parte dos programas sociais estudantis.

(41)

Figura 6 - Faz parte de algum programa estudantil?

Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa, baseado nos dados do questionário aplicado. Ao observar os dados na Figura 6, a grande maioria dos acadêmicos não estão participando de programas de financiamento estudantil FIESP, o PROUNI, programa Universidade para Todos, já explicados no referencial teórico.

Podem solicitar o financiamento os estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratuitos que tenham obtido avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

Segundo a Portaria Normativa n° 10, que dispõe sobre procedimentos para inscrição e contratação de financiamento estudantil a ser concedido pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, deixa claro que o estudante poderá solicitar o financiamento para um único curso de graduação. Os estudantes que concluíram o ensino médio a partir do ano letivo de 2010 e queiram solicitar o FIES, deverão ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Estarão isentos da exigência do ENEM os professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes do quadro permanente de instituição pública e os regularmente matriculados em cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia.

O FIES não financia todos os cursos, somente poderão ser financiados os cursos de graduação que obtiveram conceito maior ou igual a 3 (três) no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), das instituições de ensino superior participantes do FIES. Os cursos que ainda não obtiveram avaliação do

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SINAES e que estejam autorizados para funcionamento pelo MEC, poderão participar do programa.

Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

Diante do desejo de concluir o ensino superior e alcançarem seus objetivos, a melhor solução é poupar e fazer render seu dinheiro, financiamento é uma excelente opção para se chegar ao bem comum, no caso o sonho de concluir o ensino superior, financiar também é uma forma de investir.

Hoji (2007, p. 93 - 94) atesta que o termo investimento: Pode ser definido de forma abrangente como aplicação de dinheiro em títulos, ações, imóveis, maquinários etc., com o propósito de obter ganho (lucro). Quanto à natureza, os investimentos podem ser classificado em:  Investimento Financeiro: é a aplicação em dinheiro em ativos de realização rápida, de natureza financeira.  Investimento Operacional: é a aplicação em dinheiro em ativos que geram receitas.

Investir é aplicar os excedentes, com a expectativa de que serão gerados rendimentos positivos, preservando-se ou aumentando-se o valor. Os investidores individuais gerenciam recursos individuais, para atingir seus objetivos financeiros.

Financiar é uma excelente opção para que possa projetar seu futuro, conseguir um melhor emprego, assim conseguir arcar e cumprir com seus deveres de cidadão, esse é o principal objetivo do FIES, dar esse suporte aos alunos, uma ferramenta que possibilita essa abordagem.

Tendo em vista que esse recurso e aplicado no presente e seu retorno a longo prazo, as chances de ocorrer a inadimplência existe, o aluno não consegue o emprego desejado, desiste do curso ou ficar desempregado, são situações que possibilitam o aparecimento da inadimplência.

A Figura 7 mostra os entrevistados que já estiveram inadimplente nos programas sociais estudantis.

Referências

Outline

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