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¦i ¦¦m ¦¦ " ¦ ¦--¦¦««PELA PÁTRIA
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PELO DEVER
- ANO XV N. 736 -sGerência e Oficinas: Rua Sinimbú, n. 1907
SEMANÁRIO VESPERTINO PÚBLICA-SE AOS SÁBADOS
Direção: A. C. D. C.
Rua Marechal Floriano, 72 (térreo) P. Alegre
REDAÇÃO: S6.le do Circulo Operário Caxiense
Gerente-proprietário: Emílio Fonini
Ti
ij.
Reg. no DNI sob N. 1542
NÚMERO AVULSO
CAXIAS
DO
SUL
-
RIO GRANDE DO SUL
BRASIL
- 17 DE MAIO DE 1947
-
Or$ 0,50
~
EÍ1TRE PARA ORAR !
e
a a a
A vida cristã da população de Caxias do Sul
- üm domingo de muito sol e de muito fervor - A magestade da Igreja
Ma-mil Praça Rui Barbosa - Muitas missas, muitas preces e bastante
pedidos
- Estudantes, moças devotas de Santo
Anto-nio e vel os carregados pela bengala, subindo as escadarias do templo de Deus
- Mendigos implorando a caridade
púbica-O tocaTde um sino e o tocar dei™ órgão - Dois padres expansivos o dois templos
magestoses.j- Cercando.^ perjgr ida.
des e conversando a sublime palestra das orações...
- Ave Mana - Casas augustas e santificadas - Continuai assim
ho-níns, Ser^e crianças de Caxias do Snl - Orai e orai taüifò !
- Rezai bastante para qne, o, po^r-»!»«»!**
guerra - Rezai pela felicidade do mundo
- Glorias aqueles que continuarão o fecundo trabalho do Rabi da Gahleia...
Reportagem de GUILHEBffiE DQ YALLE TOEflHIGES
O meu Eterna marcava
oito horas. Era domingo e o hálito fresco de uma manhã bonita, ainda bailava no ar. A bola de fogo expandia seus raios doirudos que refletiam sobre as águas de um
chaía-riz centralizado na praça
Rui Barbosa de Caxias do Sul. Ura meu amigo, sujeito muito
pessimista, disse-me que há
muito não funcionava aquele chafariz. Chegou a dizer que perigava a saude da
popula-ção. Eu concordei porque a
água desta terra, o líquido
que abastece a cidade é muito intragável e já ouvi mulheres dizerem que não serve uem para lavar as panela».
Ao meu lado ura menino,
ura pobre menino, um jorna-leiro desses que o coração idealista do padre Pedron re-colheu ao Patronato em Santa Maria, anunciava a venda de um jornal.
Parecia mentira. Estávamos era Caxias do-Sul. Estávamos agora sentados num banco tos-co de uma praça que é um explendor. Antig».mente cha mava-se Dante Alighieri- Hoje levou o nome do imortal Rui Barbosa. Corre no Rio Grande do Sul, uma lenda interessam* te, de que era Caxias do Sul
a vida é tão barata que os
preços dos produtos ainda não atingiram as escalas estratos-féricas. A emissora local diz que Caxias é a metrópole do Vinho. Dizem, e os caxienses sentem-se orgulhosos, de que esta é a população mais cato
lica do Estado. Queríamos
saber a verdaae e ali estava-vamos para observar. O mo vimento já era intenso e ago-ra subiam as escadarias da
bonita matriz Santa Tereza
de Jesus, estudantes, devida-mente uniformizados, em co-luna por dois, do Ginásio N. S. do Carmo.
Bimbalhou o sino e o órgão tocou • •¦ Não sabíamos de onde vinha tanta gente. Moças, elegantes,
sorridentes, bam vestidas e
aprets idas.Na mão conduziam
0 rosário e o livrinho das
orações. Velhinhos, apoiados
t.Ht". <<iJ:r '¦*¦'*• '' ¦'• !i'i' :
era bengalas, com o sinal alvo dos anos eôbre a cabeça, de grau por degrau, lentamente, penetravam na Casa de Deus. No refúgio puro e santo dos homens fiéis. Mas que mila gre é êsse? Que mistério que encerra aquela casa com
tor-res ésgüíásj apontando ás
alturas? E' a palavra de Deus que os homens vão escutar. E' a comunhão, é o corpo de
Deus que os homens, as
crianças e as mulheres vão
receber; E' o cumprimento
solene das obrigações para
com o guin- da humanidade. Toda aquela gente fervorosa
vai assistir o sacrifício da
missa. Vai agradecer a Deus pelas graças alcançadas*
Entramos. De ura lado e de
outro, altares ricamente or
namentadose um perlume de
incenso embebeda o ar.
Si-lêncio sepulcral. Homens de cabeça baixa, debulhando ro
sários e moças e mulheres
com lindos véus sobre a ca-beca acompanhando pelo li«
vrinho a santa missa, que
num altar maravilhoso, um
padre celebrava. Todos pe
dem alguma coisa Várias
promessas estão sendo
cum-pridas rigorosamente. São
centenas de pecadores que
imploram o supremo perdão daquele que é toda sabedoria e toda a inteligência. Que é toda bondade e todo o amor. Eis que o sagrado silêncio è quebrado cora uraa música suave que larga notas subiu raes e sentimentais. E'o coro da matriz, que sob a sabia
direção de Monsenhor
Meneguzzi. saúda o Todo
Poderoso. Preces e música
sacra em homenagem a Deus. E ante a sonoridade daqueles instrumentos, ante a quietude
dos fiéis nosso pensamento
voou para longe. Esteve
jun-to aos incrédulos e aos
so-fredores. Esteve nos campos
de batalha e dentro dos Ia
res. Junto aos ricos e pobres.
Aos humildes e egoístas.
Podem ainda os homens es-bravejar contra Deus? Padre Giordani, um
ho-mem enérgico e ativo Mas náo era só o
queria-mos ver. Meu cicerone con
duviu me ãté o bairro de São Pilegrj.no. Achamos parecido com a Avenida Eduardo de Porto Alegre. A rua Feijó
Ju-liiòr, principal artéria do
bairro, vai de encontro ao
angulo onde está a velha i
greja que leva o nome do
bairro, E' uma construção de madeira, pouco e?paçosa, on-de se lê á entrada os seguin-tes dizeres: Eutre para orar! Aqui é a casa de Deus !¦
Procuramos o Padre Euge nio Giordani, vigário do baiií-ro. E' um homem não muito
alto e também, com») o
Pa-dre Tronca, usa óculos. Aiivo, enérgico e inteligente. Fala pouco e raramente sorri. A's
vezes diverte a gente cora
piadas que uos faz rir dopois...
Padre Giordani nos levou a
visitar as novas obras da i-greja de São Pelegrino,
pro-xiraa ao antigo templo. Um
verdadeiro monumento. Uraa obra de enormes proporções e quo representa, nos
mini-mos carateristifjos, a moder
na arquitetura cristã.
Atual-mente estão se realizando as
festas de N. S. do
Caravag-gio em beneficio daquela
magestòsa e esplendida cons-trução, orgulho dos
habitan-tes daquela zona. As obras
da nova matriz ja estão bas-tante adiantadas e creio que
não durará muito estarão
concluídas. Será mais um
templo onde os cristãos man terão contato com Deus. Mais
uma casa santificada, onde
os homens deixarão na
por-ta de entrada os egoismos,
orgulhos, perversidades e
conversarão a palestra
extra-ordinária das orações, com
Aquele que é toda
humilda-de, toda sinceridahumilda-de, toda
virtude e todo perdão.
Ave Maria, a Igreja N. S. de Lourdes
Quem vem pela estrada
fe-deral, ao entrar em Caxias,
alem de divisar maravilhosa vista, lê cm letras garrafais, em belíssimo templo — Ave Maria. — Ali é a Igreja N. S. de Lourdes. que, tem como vigário o Padre Maximlliano
Franzoi. Estatura normal, não padres e fieis, que» deram o
usa óculos, extremamente
expansivo, disposto e fala o vernaculo^com invejável ma-estria. Mostrou uos o templo
e contou a historia de sua
construção. Precisaríamos
muito espaço para, tim-tira por tim-tira. falar mos da vi da destes homens abnegados.
Para falar-mos dó
nasci-mento dessus casas
au-gustas e santificadus;
Dei-xarmós nas entre linhas,
pa-ra os bons entendedores,
a-imortalizará,
melhor de sua existência na
continuação das obras do
Rabí da Galiléia. Glorias a to-dos aqueles que hoje descan-sam o sono dos justos na paz do Senhor e que, em vida, lutaram cora forças de gigau-tes para perpetuar o reino do Criador.
Muito bem. Continuai assim,
liomens, velhos, mulheres e
crianças de Caxias do Sul.
Continuai a orar pelos sofre-dores e pelos incrédulos.
Con-quilo i.que imortalizará, na
conciência dos católicos, o tinuai solidificando b Império
invejável e soberbo trabalho fjo profeta de Jerusalém, Prós-feito pelos padres, dos quais
nas ocupamos nesta humilde reportagem.
Entre o trabalho e a refeição
Esta reportagem sobre a
vida católica da população de Caxias dó Sul, escrita entre um trabalho diferente, inter-rompendo as refeições, abati-donando passeios e
alinhava-pi
segui inabaláveis e confiantes no combate tremendo ás
fôr-ças do mal, da ambição, do
egoísmo, da perversidade: Re-zai muito e muito. ReRe-zai para que os poderosos não façam outra guerra. Rezai para que os homens não lutem mais co-ino bestas feras. Orai para que o sangue não seja esperdiçado nos campos de batalhas.
Homens de Caxias do Sul
da, sobretudo, nas horas'Implorai a Deus para que
mortas da noite, não poderá>vos dê forças para vencer o
contar o que é
verdadeira-mente o movimento religioso destas gentes. Ao correr de cada dia, ao nascer do sol,
ao apitar de cada fábrica,
ao bimbalhar de cada sino,
páginas e páginas que
atra-vessarão os séculos, estão
sendo minuciosamente
redi-gidas sobre a fé cristã da família caxieuse.
Nos anais de cada templo,'que os vossos pais sigam o
está um livro de ouro, um'caminho do bem, da verdade
arquivo muito antigo, que traz e do direito, sob as bênçãos o nome daqueles incansáveis, celestiais!
espírito diabólico do desen
tendimento e das inimizades! Mulheres de Caxk«6 do Sul!
Rezai e rezai com fervor,
para que vossos filhos não sejam convocados para outra hecatombe que parece surgir! Crianças de Caxias do Sul! Jevantai preces a Deus para
DESPEDIDA
Transferindo residência para a Capital do
Estado e não dispondo de tempo suficiente
para despedir-me pessoalmente
dos amigos,
faço-o por este moio, deixando a todos um
cordial abraço e oferecendo meus prôstimoa
no edifício da Oaixa Econômica Federal,
Pra-ça Senador Florencio, em Porto Alegre.
Euzebio Queiroz.
noi ,*)"8%íA '»'ii4«H !.»<) ''•*•¦
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Caxias do Sul, 17/5/1947 «O MOMENTO» N. 736
¦ '¦'*:' I
Por. LICITO
JUVENTUDE 3 - ESPORTIVO 3, EM BENTO GON ÇALVES - O TORNEIO ESTUDANTIL DO GINA'SIO N. S. DO CARMO, DE QUARTA FEIRA - NO PRIMEIRO ENCONTRO DO TRADICIONAL FLUxJÍJ, OS CAMPEÕES DE 1946 VENCERAM OS «PAPOS» EM SEU PRÓPRIO RE DUTO POR 3 a 2. - O JUIZ, etc. - TEM NOVA DIRE-TORIA O G. E. GIANELLA.
Excursionou domingo último de D'Eu 1 e Palito 1 para os á cidade de Bento Gonçalves, vencedores. Para os derrota-o quadrderrota-o principal e derrota-o dderrota-os dderrota-os : Padeirderrota-o 1.
aspirantes do Esporte Clube1 O segundo e último jogo dn Juventude, que, em retribui tarde, reuniu o vencedor do' ção á visita do Esportivo, !l. jogo eo onze da 2. Série. enfrentou o menino quadro
O placani acusou no final, do jogo, Ò seguinte resultado: 3 a 3, sendo o mesmo escore da partida disputada aqui.
Os quadros tiveram a mes ma constituição ou seja
No primeiro tempo, Leiteiro, (Bonito Soldatellí), marcou 3 lentos, que deram uma vitó ria merecida aos pupilos de Alceu, sendo que, sò no final Palito marcou o único tento da 4. Série, O quadro dos JUVENTUDE: Júlio; Longhi vencidos, atuou com a mesma e Tonietto; Wilson, Maroon e ;constituição, A equipe da 2. Santa Cruz; Canelinlia, Rena-ísèrie, que sagrou-se campeã to, Tito, Odilo e Lucchesi. |do torneio inter-séries, jogou
ESPORTIVO: Picolé; Tre jooma seguinte forma : meia e Felizardo; Tomedi,
Zeca e Pedrola; Heitor,
Do-Pluto; Pimentão e Açou-gueira; Bola de Neve.Chancho minguinhos, Gouzales, Iturral je Papagaio; Bomba Atômica, be e Garganta. Goals de: Novidade, Leiteiro, Apaixona Caneliuba 1, Odilo 1 e Mar do e Borboleta.
con 1 para o Juventude. Para o Esportivo : Zeca 1, Heitor 1, e Pedrola 1.
O único incidente foi pro-vocario por Pedrola que teu-tou agredir o bandeirinha ou juiz de linha Dotorin.
CARMO
Realizou-se quarta - feira última, no gramado do E. C. Juventude, o torneio entre as séries do Ginásio do Carmo. No primeiro embate, de-froiitaram se as equipes da 4. Série e da 3. Série. Com uma exibição apagada por parte de ambos os quadros, os quartanislas levaram a melhor por:) a 1
Os quadros : 4. Série : — Russo; Galópolis e Monténe-gro; Carlota, Dentinho, e Cabeleira; Viuvinha, Canoas, Conde D'Eu, Palito e São Gotarilo.
3. Série: — Terra do Galo; Ouro e Prata; Terezinha, Construtor e Dragão Negro; Padeiro, Mularia, Caixu-Prego, Peludo e Ferro Velho.
Goals de: Dentinho l,
Con-N. B. — Os nomes dos jo-gadores acima são «apelidos.» Esta notícia, foi redigida por uma turma de ginasianos.
FLU 3 x JU 2
A Liga Caxiense de Futebol concedeu licença aos dois fer renhos clubes, JU e FLU, pa ra disputarem um choque amistoso, o qual realizou se ante-ontem, Dia Santo de
Faça boa digestão, usando, antes das refeições, um
um calix de
DBitter .^.g-uia
Guarda, no tradicional tapete verde da «Quinta dos Pinhei ros». Regular assistência, pre senciou o embate que teve duas fases indistintas: a pri meira num transcorrer mo-notono, empregaiído-so mais o jogo «pesado», por parte de Neuê, Ruy e Sujeira, e um segundo tempo bastante ani mado, com 20 homens em campo, praticando um jogo limpo e dois, jogando pessi mamente è bem que, Nenê merecia a expulsão mas ... o juiz não via ou fingia não ver. Aos 9' Homero abriu o es-core da tarde.
Dois minutos depois, isto é aos 11 minutos, Recato em-pata a contenda — 1 ai.
Decorriam 34' quando Ma-cedo, numa jogada clássica, assinala o 2. tento do Juven tude, findando então, a pri-meira fase do encontro, veu-cendo o JU por 2 a 1.
Aos 30' Açougueiro bate um escanteio a esfera vai ter aos pés de Homero que devolve a Açougueiro que óhufaagoál. Santa Cruz, com o intuito de desviar o balão, executou uma püchéta mal, aninhando a pelota em suas próprias redes: 2x2.
Entusiasmados com o feito de Santa Cruz, os rapazes do Euclides, coordenam se melhor, obrigando a defesa «verde» a recuar devido a a forte pressão que começa rara a execor sobre a meta de Julio. Com o onze do clu be do sr. Tarcísio Toholli, aconteceu o contrário, pois ó quadro todo desnorteou se por
Homenageado por Auxiliares e Sócios
o sr. Eduardo Mosele, titular dos
gran-des Estabelecimentos Mosele
.
Transcorrendo a 13 deste' No Cartão de Prata, ex-mez o aniversário natalicio pressando sua estima e ad-do sr. Eduarad-do Mosele. titu- .miração, leu-se: «A Eduarad-do Mosele, Exemplo de Traba-lho e Honradês, Fundador, Guieiro e Alma desta Fábri-ca, que honra Caxias e o Brasil, Homenagem de seus Auxiliares e Sócios.»Cercado por seus Amigos, cujo numero foi elevado, te-vd lugttr um animado baile. As danças, ritmadas por um ótimo conjunto musical, se prolongaram até altas horas da noite.
ar dos estabelecimentos li. MOSELE & CIA. LTDA., des-ta praça, seus auxiliares e sócios lhe prestaram signifi-cativa homenagem, ofereceu do lhe um belo retrato, que foi descerrado pelo seu ir-mão e sócio, sr. Forturiato Mosele.
Pronunciou aplaudido im proviso o dr. D'Arrigo, dd. Promotor Publico da cornar ca.
to petardo, consegue burlar a vigilância de Júlio : 8 a 2. Em vão, a intermediária
sim parece, o juiz é fluminen-sista até morrer . . . mesmo assim o FLU mereceu a
vitó-BitterAguIa
é a vida do seu estômago
completo _ decaindo sua pr riução. até o ultimo grau. ha-vendo apenas Júlio e Marcou e Santa Cruz na defesa e Canelinlia, Tito o Lucchesi, sendo-que o jovem insider Macedo, depois dos «coices» e tombos que Ruy lhe deu, nada mais pode fazer . ..
Aos 38' Nílton, num viòlen
comandada por Marcon, ria porque jogou melhor obrigava os companheiros de
ataque a mexerem se pois o
«prego» havia chegado desde ZYF-3, Rádio Caxias do Su
.«xascxxxKsxxxxxyxxxsxx^
otores a
I 8 FH i"l l?Í-'''J/\hfOde 45 e 48 cavalos. Pistão horizontal. Motores alta classe. Dispõe para pronta entrega:
COESETTI SZ qXS&Lj Rua 18 do Forto, 2124 — Caxias do Sul
ue
o goal de Santa Cruz ... Os minutos foram escoan-do se até que o cronometris ta deu por terminada a pele ja com a justificável vitória rio G. E. Fluminense, cam-peão ciiadino de 1946, pela contagem de 3 tentos a 2.
Os quadros formaram da seguinte maneira :
JUVENTUDE.;: - Júlio; Longhi e Tonietto; Brandalise Marcon e Santa Cruz; Cane linha, Renato, (Macedo), Tito, Macedo (Dindo) (Borges) e Lucchesi (Borges) (Lucchesi). FLUMINENSE: - Avany; Ruy e Walter; Nilton, Sérgio [Saturno] e Nenê; Ataíde, (Homero) [Ataíde], Adão [Griso], Homero, [Ataíde], (Homero), Wilson [Adão] e Piereto [Açougueiro].
Franca mente, presado lei tor. No jogo Fluminense x Guarani disputado aqui em Caxias, apresentou se como juiz, um senhor desconhecido. Inda ganrio, apuramos que o nome dele era sr. Ampilio Chiaradia. 8'Stia atuação agradou-nos em 8 cheio. Agora, não sabemos 3 porque motivo, é que ò sr. 5:Ampilio Chiaradia, teve uma 81atuação tão péssima, ao nosso Sjvér. Somente isso: Deixou g jNenè abusar com o jogo bruto 8 com Canelinlia e Ruy com 81Macedo. Pelo menos Nenê
na palavra de Nestor José e na parte comercial pelo nosso colega de redação, Guilherme do Valle Toenniges e comen-tários de Wladmir Sosa.
««&v«wss(3ckiíxs£v^%*w»^^^ ser expulso, mas as
raiiiiiiininúiiiniiiiiniiiiiiinira
Paccar,
-i ¦¦-.
j^xpresso j^ressan
,iM»piiimiiii.4inwiimiiLJiH;:iiiiuiuui|l:miiiuiilliil VJmm.illllullillíitllllljmininilUJll
ransportes fjjtda.
Ct&jJX:lE3b& CÜO SUl — "VizhCSLTltEL — GSbXlEliS «3.0 Stll
Caxias - Antônio Prado — Vacaria Diariamente, excepto aos domingos
Estas linhas mantém eficiente combinação com os ônibus de Porto Alegre e Aparados da Serra
EloclovieL _ElS.t.Bb*3LXJLE-T
Saídas: de VACARIA, via Antônio
Pra-do, ás 7 horas da manhã;
de CAXIAS, ás 13,15 horas.
Rodovia Federal
Saidas: de VACARIA, ás 8 horas;
de CAXIAS, às 13,15 horas.
LINHA IPÉ - ANTÔNIO PRADO - FLORES DA CUNHA - CAXIAS
Saidas de IPÉ: ás 7,30 horas de segundas, quartas e sábados. ,.„.
Regrossando de CAXIAS ás 15,30 horas.
.--¦_.
COMODIO-A-DE, CONFORTO DE RAPIDEZ !
Mais informações na Estação Rodoviária de Porto Alegre, fone 8468 e em Caxias do Sul, fone 789. ^gaiufflansiflsiiMniui&Kiuiwra^
G. E. GIANELLA
Recebemos do Grêmio Es-portivo Gianella o seguinte oficio:
«Caxias do Sul, 10 de Maio de 1947.
A'Direção do «O MOMEN-TO» — Nesta Cidade.
Prezados senhores:
Tem o presente oficio, a fi-nalidade especial de levar ao conhecimento dessa Direção que em sessão realizada no dia 9 de Março passado, o Conselho Deliberativo elegeu e empossou a nova Diretoria que regerá os destinos do nosso Grêmio no ano em curso, a qual ficou assim constituída :
Presidente, snr. José Luc-chesi; Vice-Presidente, snr. José Bahí; Secretario, snr. Olyntho M. Lucchesi; 2.Secretario, snr. Raymun-do Mondim; Tesoureiro, snr. Romolo Oassina: 2. Tesoureiro, snr. Olivio Cassína;
COMISSÃO FISCAL: Com-posta pelos mvs. Alberto Hrunetta, João Neves Tho-maz e Rodomlro Nicolini.
Outroosim, solicitamos ' á dinâmica Direção do brilhan-te semanário «O MOMENTO» o obséquio, quando possivel, mandar publicar o presente oficio, cujo favor, antecipa-damente, em nome do Grêmio Esportivo Gianella, muito a-gradecemos.
José Lucchesi Presidente
Olyntho M. LnccheBÍ Secretario»
Gratos pela participação, i apresentamos nossos melho-res votos de um feliz manda* to e que a causa esportiva encontre nesse Grêmio seu fiei e legitimo defensor.
\
L
RENDA : Cr$ 3.250,00. O prelio foi irradiado pela
r
f:
Caxias dov.Sul, 17/5/1947 «O» MOMENTO^ -mmaimielmttPtmiu..
.00:
•se seguinfa-íe
Com.!acentuado;.brilhantismo, .reato
ilma, a transmissão do cargo ao novo Chefe ío Governo
.;
dêsie Município, Dr. Demetrio Niederauer %
O discurso Ho dp.-Dante IV_-.rG_.osi:. Â aa.an.dadé'foi j«atra._s.i_.__da siela t.aa.o> caxias oü. *s>u'i » üs autoridades que oomí-areceram -'¦. Representa-coes_d_e entidades gm.___is-ais e desportivas . Funcionalismo público mu'.
nicipa., e^taduaa efedera! - A brilhante peça oratória do novo edi. ,.-« , caxiense
Conforme estava anuncia tio,, realizou-se .pgiinâà-fèirà últjma, uo Salão «Nobre da Prefeitura Municipal de Ca-xias do Sul, a tomada de posse do,novo.governador do município, dr. , Demetrio Nie-rieràuer,, reeentementt. no-meado por a'.o do, cíiefe do executivo riograndense, dr. Walter Jobim.
Ao ato de posse do novo prefeito caxiense, verificou-se a- preverificou-sença iie"todas auto-ridade. do município, como sejam, civis, militares e ceie-siásticas, além de represen-*
, íanles do comercio, da indus-teias entidades culturais e desportivas, funcionalismo pu-blico. imprensa e rádio.
A solenidade dá tomada do governo pelo dr. Demetrio Niederauer. fo. retráhsmitida era seus mínimos detalhes pe-Rádio Caxias do Sul.
O DISCURSO DO PREFEITO DEMISSIONÁRIO Iniciando o ato festivo, ü sou da palavra o dr. Dante Marcucci, prefeito demissio C nário, que proferiu vibrante
J oração, arrancando enorme salva de palmas dos .prosen-tes.- Afirmando que ocupara aquele cargo publico, mais de um decênio, o dr. Dante Marcucci disse não ser pre ciso. fazer um esboço ou u ma .descrição detalhada de sua administração; pois as o-bras por ele realizadas aí estavam aos.olhos de iodou.
Mais adiante o prefeito de-missionário disse que por vã-rias vezes havia solicitado e xoueração do cargo, sendo que entretanto não fôra, nun-ca aceita, em virtude de ter cumprido sempre fielmente seu mandato, obedecendo a risco as determinações do e-xecutivo gaúcho. Agradeceu a colaboração da população de Caxias do Sul. que lhe foi prestada .em seu longo periodo de governo e prestou ainda uma singela saudação ao seu legitimo substituto, dr. Demetrio Niederauer que as-sumia, no momento, aquelas altas funções.
FALA O NOVO PREFEITO DE CAXIAS DO SUL
Após a oração do dr. Dan-te Marcucci, que como dis-Remos, foi muito aclamada, falou o novo titular da admi-nistração municipal, dr. De-rnétrio Niederauer, que disse não opre.entar uma platafor-ma de governo, pois seu platafor- man-dato durará poucos me. es, is-to ò até outubro próximo, é poça das eleições municipais, mas pretendia, aproveitando a gentileza da direção da Rádio Caxias do Sul e dos presentes, alertar o bom povo desta terra, sobre os impor-tantes problemas que reque rem imediata solução. Disser-tou, em seguida, com invul-gar descortinio, sobre as
rei-vindicações mais sentidas da ções e sé^parlidarismòs! Seu população, como sejam, água discurso foi bastante ovacio-e ovacio-enovacio-ergia ovacio-elétrica, bovacio-em como, nado.
calçamento e reflorestamento. Sobre a água potável, afir mou o dr. Demetrio Niede rauer.qüe já eritftbblnrá con-versações com o dr, Walter Jobim para a vinda a esta cidade de ura técnico espe-cializado afim de providen-ciar com a máxima urgência no assunto.
Depois de saudar os pre sentes e o povo de Caxias do Sul, o dr. Demetrio Niedereu-er concluiu süa brilhante pe-ça oratória dizendo que ali estava, naquele gabinete, pa rã servir a todos, sem distin
ALMOÇO
Ao que fomos informados, ao meio-dia, um grupo de amigos e admiradores do dr. Demé trio Nie.erau.r. juntamente com «_ dr. Dante Marcucci, em regozijo pela momeação ão cargo de prefeito muni-cipal, ofereceram-lhe um fino almoço rogado a líquidos. Ao ágape falaram vários oradores. .«O Momento» envia cum primeütos ao novo edil ca xiense e ao roésróó témpb _è-licita o dr. Dante MarcuÓci pe-la sua fecunda administração
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-. Eternas- Promessas
|J íCada dia que nasce,"uma nova 'promessa, cada dia que morre, urna nova esperança. Sim, de'p.omessas e es-.peranca^também vivemos. Diariamente nossos homens de govêrn refazem ípr.oaíes-.u.s e nós nos debruçamos a esperar. -As
promessas nos consolam e a esperança nos conforta. A vida assim seria um paraiso, mas não tem a elasticida de dos anos, dos tempos e das cousas belas, que se imór-talizam no espaço dos séculos. Tudo tem seu fim. Os dias •transcorrem e as promessas fen.cem ,*io som do bronze
quando anunciam ú cair da tarde. Junto ao sol, que se põe no borizoute, vai também o término daquele diftycorá suas promessas, com seus planos e com suas realizações para se concretizar. E assim, um após outro, vão se a-adicionando os dias, os meses, os anose tudo fica para se fazer !
Embora no mundo-nada seja estacionário, os homens querem que as promessas permaneçam no barco da vida humana. U.m homem ao' «trono», uma nova esperança uma nova plataforma; um demissionário, mais uma pro-messa morta, E a vida continua eom sua marcha incerta e doloroso, Muitas promessas, muitas esperanças e nada de concreto. Todavia temos promessas e esperanças que sao éteruas: A promessa da vida espiritual e a esperança da recompensa àqueles que dela fizer jús aqui na terra. E as outras são transitórias, hoje uma, amanhã outra di-terente. Quando, porém, tivermos que partir para o mundo que desconhecemos, ficarão abandonadas e iriéxprés.ívas todas as esperanças de dias melhores neste mundo. Então estaremos certos de que o homem não vive suh vida real, e sim a existência ingrata que êle criou para si, pa-ra sua infelicidade, a existência do mal, dos perversos e dos sistemas desumanos. E o princípio fundamental de todos esses males é o espírito de domínio, a volúpia do mando, da superioridade e da grandeza. E com isso tor*-na.rao-._Os desacreditados das-palavras do. homens, porque âlée mesmos condenaram e' desm•iriliziin.m suas afirma-ções; Ninguém mais acredita naquilo que fica para ser feito amanhã, pois antes mesmo do sol deaaoarecer. uma nova idéia pode estar em êStüHo; a qual ficaria para se executar e, ao amanhecer, uma nova promessa, cujo des-tino soriu igual aos anteriores.
Não,'o mundo necessita.de pas. ar por uma reforma e somente homens melhores, mais sinceros e menos ambiciosos a poderão dar.
Este dia não virá tão logo. Há muitos anos, muitos séculos que a humanidade espera o raiar dessa primava-ra, entretanto até hoje «só vimos indícios contrários. Não temos siquer qualquer razão para supor que tal aconteça. Quando do término da guerra, da última guerra que tão horrivelmente ensangüentou os povos, tudo fazia crer que um novo mundo estaria para vir,.Não. todo o sangue der-ramado, todas as vidas preciosas perdidas foram insi.fi-cientes para compenetrar 03 homens de suas verdadeiras obrigações. Antes parece que serviram para engrandecer a discórdia, aumentar as promessas e desfalecer as espe-ranças. Talvez ainda ura dia apareça entre nós o messias ; capaz de redimir essa humanidade, ms. esse dia estará lão distante, que mesmo os mais avançados calendários não poderão definir. Sua vinda, porém, dependerá de nós mesmos, dos homens de hoje, de amanhã . de todos os homens que habitam este planeta, porque de nós depen-dem o bem e o mal deste mundo.
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ltalino Peruffo
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Caxiis do Sul, 17/5/1947 tO MOMENTOi N. 736
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A
INTRODUÇÃO
AO
RELATÓRIO
REFERENTE
AO
EXERCÍCIO
DE
1946
Foram muito árduas as tarefas com que teve de arcar, em 1946. o Banco do Brasil para, exe-cutando a política economico-fiuanceira do. Go-vêrno, corrigir os malefícios da inflação e evitar
que as providências postas em prática viessem
a causar qualquer depressão.
Corao conseqüêucia da utilização de
recur-sos de origem inflàcionista noa financiamentos
dos programas da política de realizações que, iniciada em 1931, perdurou até outubro de 1945, nosso potencial monetário ascendera de 5.958 milhões de cruzeiros, era 1931, a 41.490 milhões, em 31 de dezembro de 1945, e o indice do custo da vida, na base de 1930 —100, elevara se a 267. O indice do potencial monetário, tomando se 1930 - 100 chegara a 798.
Tais números retratam bem a situação que ti-vemos de enfrentar e as deficiências que se nos depararam para conter o surto inflacionista.
Com a inflação formou-se, era nosso país, uma
mentalidade estranha, de idolatria ao crédito,
que precisa ser combatida. Todos apelam para os financiamentos de origem inflacionista e nin-guem mais se esforça por economizar. Atribui-se ao crédito o privilégio da geração espontânea e
garante-se que ele pode surgir do nada. Seus
adoradores julgam-no o «deus ex machina» das
situações desesperadas. Com o espírito
contur-bado por estas idéias, os novos idolatrados tentam ganhar em um instante aquilo que só pode ser
adquirido em anos de trabalho; todos os seus
planos assentara apenas no crédito e convencidos de estar vivendo a era de realizações, pretendem abater a golpes de crédito as depressões econo-raicus e fazer a humanidade progredir numa li-nha ;eta ascendente.
Tudo, porém, é pura fantasia.
Os fatos econômicos estão submetidos a uma
lei oscilatoria que os condena a descrever no tempo, uma curva que se caracteriza pela su-cessão alternada de altas e baixas.
Os movimentos da conjuntura econômica são de natureza ciclica.
O credito repousa sobre um fundamento: a
economia. Ela pode ser imediata ou futura.
Credito é a locação de um capital ou de um
poder de compra. A operação de crédito consis-te na transferência de capital das mãos daquele que não pode ou não o quer conservar, para as de nutrem que consuma esta riqueza ou a utili-ze em fins reprodutivos. Mas, em qualquer dos casos, quem empresta conta com o reembolso
ulterior. O credito repousa sobre a confiança e
comj.orta riscos: o devedor deve não só reem-bolsar o empréstimo mas também fazer frutificar o capital emprestado. E'delicado o funcionamen-to do crédifuncionamen-to. A economia pertence a funcionamen-todas as classes da sociedade, mas, pela massa, os obrei-ros tornam-se fonte de importantes capitais, a-través dos depósitos nas Caixas Econômicas. O crédito não cria riqueza mas auxilia a criá-!a, fí-uanciando a produção; porém esta riqueza au-raenta pela atividade produtiva e não diretamen-te pelo crédito. O credito estimula o trabalho e permite a melhor utilização do capital disponível,
que é criado pelas economias da Nação. Mas
nem todos são capazes de fazer frutificar essas economias. Graças ao credito elas são reunidas em grandes organizações, em vez de permanecer estéreis, e são utilizadas em proveito da coletivi-dado.
O credito facilita a concentração de capitais e constitui, para a produção, um estimulante eficaz; assegurando a remuneração na economia, contri-bui para a sua raais copiosa formação. O
cre-dito desloca o capital e contribui para
criar riqueza corao qualquer outro
instru-mento de produção. O tomador do empréstimo
só dispõe por tempo limitado da riqueza que lhe foi emprestada e deve restitui-la. A entrega do bem. efetuada pelo prestamista ao tomador do empréstimo Dão faz aparecer espontaneamente qualquer riqueza nova. O credito permite que o
trabalho seja fecundo e é um catalizador. Um
empréstimo náo representa crescimento de rique za. Os iriflacionistas teimam em estabelecer con-fusão entre capital e credito. Aquele é riqueza,
porém este é apenas o título que a representa e mobiliza. O empréstimo, por si só, não é criador de riqueza; para que o seja é necessária a cola-boração do trabalho e do tempo.
A produção de bens requer trabalho o capital, sob a forma de fabricas, maquinas, transportes e equipamentos. A moeda é necessária, não só para manter estes elementos fixos de produção mas também para aumentar a produção dos bens
de consumo, reclamados pelo crescimento da
população e pela progressiva melhoria do padrão de vida. Por isso, uma parte do dinheiro ganho pela população deve constantemente e.er poupada, para que assim ae crie o capital necessário á
produção. E! pelo credito que o capitai acumu
lado entra nos canais da produção; o credito que não cria moeda para os investimentos, mas
só-mente dirige a corrente de capital já criado
pela economia das rendas.
O credito pode antecipar a criação de capitais, mas, nesse caso, é imprescindivel que as econo-mias antecipadas realmente se objetivem no
futu-ro. A renovação do equipamento da produção,
cuja maquinaria tem uma media de duração entre 5 e 10 anos, demanda por constituírem essas no-vas maquinas capitais fixos o continuo acumulo de economias provenientes da renda.
Os créditos bancários constituem atualmente,
em todas as nações, o principal instrumento
roo-netário. A circulação é constituída,
principal-mente, de créditos bancários e acessoriamepte
de moedas de curso legal. São os bancos que
criam o credito e lhe regulam o volume
O financiamento dos capitais fixos não deve
provir de crédito bancário, mas sim do mercado de investimentos, que é aquele em que as eco* nomias oriundas da renda procuram colocação. O capital que aparece nesse mercado provém, algumas vezes, diretamente de quem o acumulou, outras vezes.de grupos de pequenos ecomizado-res, atravez, principalmente, das Caixas Econo-micas e Institutos de Previdência Social.
Os bancos de depósitos e descontos devem so-mente financiar a produção d« matérias primas e bens de consumo, que é compatível com os
prazos curtos e o mercado de envestiraentos a
de bens de produção, porque demanda prazos longos. O financiamento de qualquer construção é operação imprópria a bancos de depósitos, pois os empréstimos feitos com esse fim sò poderão ser reembolsados com os futuros lucros da cons-trução que são longínquas. O financiamento de uma mercadoria que vai ser consumida ou ma
nufaturada liquida-se com a venda do produto.
Quando os bancos de deposito passam a financiar operações de investimento, toda a estrutura ban caria é afetada porque surge a orgia das espe-culações. A expansão desmedida do credito pro-voca o desejo de tirar alguma coisa do nada e desperta a ambição e a voracidade dos especu-ladores. Quando os banqueiros perdem o senso de produção, a mania especulativa do publico
transforma o mercado de investimentos em
au-tentico cassino de jogo.
Todo credito representa um adiantamento que deverá ser reembolsado e por isso, os bancos não podem concede los indefinidamente. Haverá um momento em que v expansão progressiva do credito "terá de parar limitando os novos adian-tamentos a substituir os que forem liquidados. Isoladamente, um banco não tem o poder de pro vocar, por si só uma expansão de credito, ape-nas o conjunto do sistema bancário poderá fa-zê Io. A ilusória fase ascendente do ciclo eco-nomico è provocada pela expansão de credito e
mantém se enquanto esta prossegue ou não é
seguida de um movimento contrário. E'que essa expansão provém das facilidades estabelecidas
para os empréstimos bancários. Os bancos
tor-nr.m-se menos exigentes em matéria do garan-tias; dilatam os prazos dos vencimentos; faciii-tam reformas e nada indagam sobre a aplicação dos empréstimos. A produção, porém, não se pode desenvolver de modo limitado.
Quando *< expansão persiste, os industriais, uns
após outros, passam a trabalhai* até o limite de sua capacidade de produção e começam a pedir preços mais altos para os produtos. Aceleração do processo de expansão não è determinada
apenas pelo aumento do volume
dos instrumentos monetários.
A expansão constitue processo de caráter con-tinuo que, uma vez iniciado, adquire impulso.
Todavia, clièga, o instante em que os
ban-cos precisam intervir para refreá-lo; mas a con-tração de credito é providencia muito arriscada, em virtude das conseqüências que pode ocasionar. Temos em vista só uma medida radical pode deter o movimento de expansão quando ele adqui-rir certa velocidade, devemos temer que a tervenção, além de detê io, ppEfa pio\ceai a in-versão da tendência, gerando-se, assim, nmmo-vimento de contração, que tanbèm seiá processo de caráter continuo. Haverá enlâo ma ieplica ao movimento ascendente: todos os fatores que u-ndiam a reforçá-lo se suarão egora paraacen-tuar cada vez mais a contração. A queda em es-piral provocada pela contração é, sob ledos os pontos de vista, a repetição, em sentido contrário do movimento ascendente.
Por serem os agentes do credito, os bancos pre-cisam ser dirigidos com elevação moral. O ban-queiro deve ser dotado de varias qualidades ra-ramente reunidas em uma só pessoa. Deve ser cauteloso, aceitando correr riscos para não dei-xar dc operar; deve ser capaz de julgar os ho-raens que o procuram; deve saber resistir aos en-íusiasmos coletivos; prever a restauração quan-do a crise desencoraja toquan-dos. Os bancos são ins-truraentos poderosos e sua ação econômica é enor-me; constituem as alavaucas de comando da eco-nomia nacional. Por isso precisam ser controlados Não se pode.medir a influência dos bancos pelo valor dos seus capitais próprios mas sim pelo volume dos depósitos deve atingir um grande objetivo: fornecer credito suficiente, pois este fecunda os negócios, permite aumentar a produ-ção, facilita o acesso à prosperidade e constitui um dos meios pelos quais se eleva o padrão de vida. Para realizar tal finalidade, os bancos drenara os capitais mal utilizados e os emprestam asati-vidades econômicas. A6sim, o banqueiro gere os recursos de outrem mas deles dispõe por prazo limitado; por isso deve ter sempre diante dos olhos o caráter transitório dos depósitos que guarda e deve estar preparado para restitui los.
* *
*
Durante todo o ano de 1946 foi muito forte a pressão dos fatores inflacionistas. mas também foi tenaz a ação do Bauco do Brasil para vence Ia Imensas dificuldades tivemos de superar para chegar a obter os resultados favoráveis que agora
já se evidenciam. 6 i
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Considerando o ritmo em que se vinha fazen-do a inflação monetária e as suas conseqüências econômicas, sociais e financeiras, só por um mila gre poderia ser subitamente transmudada a si-tuação. Tendo se emitido em 1945, 3073 milhões de cruzeiros, dos quais 630 milhões em dezembro não seria possível o estnncamento súbito das emissões, em 1946, sem á eclosão de ocorrên-cias econômicas e financeiras catastróficas
fa-ceis de depreender. '
A orientação do Banco do Brasil, no combate á inflação, revestiu-se sempre de muita prudência para não causar depressões submeteu o todavia a controle técnico, que permitiu sustar as esne-'
culações. v
O volume total dos empréstimos manteve se no mesmo nivel, porque, extinguindo-se os feitos aos setores de especulação, as quantias dai pro-venientes foram aplicadas nos setores de produ-ção de bens de consumo.
Os algarismos abaixo mencionados, referentes!'! ao valor dos depósitos e empréstimos e respec-tivas percentagens, durante o ano de 1946 são muito expressivos a este respeito:
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Caxias dò Sul. 17/5/1947 «O MOMENTO» N. ?S6
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! |INTRODUÇÃO
AO
RELATÓRIO
ílllKlii EXERCÍCIO
DE
SALDOS EM FIM DE MÊS (milhões de cruzeiros) Empréstimos
Mí*.qfio Total dos Tota, dos 0/ .
Meses Depósitos e_p>« n/o s/.?8
timos Depósitos Janeiro 14.497 12.613 87 Fevereiro 15.233 12840 84 Março 15.720 12.931 82 l Abril 16.109 13.302 83 Maio 16.470 13.355 81 Junho 16.376 13.782 84 I Julho 17.041 14.157 83 Agosto. 17.057 14.178 83 Setembro... 16.354 14.310 88 Outubro 15.645 13 679 87 Novembro .... 15.421 13.773 89 Dezembro .... 15.405 14.388 93 Média 15.944 13.609 85
Verifica se, assim, que a média da percenta-gem dos empréstimos, em relação aos depósitos, foi de 85% e Que a percentagem, de janeiro e dezembro correspondeu, respectivamente, a 87 e 93 %.
Os dois gráficos aqui estampados permitem que se forme idéia exata sobre o assunto em apreço:
BANCO DO BRASIL S. A. " Depósitos — Empréstimos
EXERCÍCIO DE 1946 Valores em fim de mêi
num ti wuLLWdL. \a [~^~~ ~A~~ - ' fl 'mimam »«¦•¦»»« ..aJdfT»__A»»_i»«*»""***V^""""*********"'*^v*"" >!v tvt*\:t,-~> < ' J.J-U g, ' » _l VÍD —• *¦• «_•«_•«»•• ffi.-» «ci» «V
Perccutogoii dos empréstimos sôbrc os dcpósií"s wt ,«|, —¦¦"• ¦ —¦ 7 * **4U ****** ,.,„.../,. ... " M J .'«-;. ..- •;"« jy, IM W_ «P «» u« . i Si
Todas as solicitações legitimas de crédito nuo-ca deixaram de ser atendidas, mas não tiveram
deferimento as de natureza especulativa. £
A Carteira de Redesconto satisfaz, com
pres-teza, a todos os Bancos que a ela recorreram
apresentando bons titulos.
Relativamente ao credito pessoal, que havia chegado a proporções demasiadas, tomando va-rias providencias que estão produzindo bons re-sultados. Não estava sendo bem compreendido o
alcance do credito pessoal, que é de
emergen-cia e por isso, de liquidação rápida. Com pro-duto desses empréstimos, financiavam se muitas operações de investimento e de especulação pre judiciais á economia do país. Procuramos sempre aplicar os capitais liberados pelas liquidações dos empréstimos de credito pessoal em empres-timos á produção de bens de consumo.
Em 1946 emitiram-se 2:959 milhões de cruzeiros, menos somente 114 milhões do que em 1945. Os (atores que mais concorreram para forçar as emissões foram SKCQmpra de letras de nossa ex-portação ea impossibilidade de contrabalançar esta compra com a venda de divisas para o
pa-gamento de importações. Deste desajuBtamento
têm provindo os saldos positivos do nosso balanço
de comercio exterior, cujo montante, era 1946
atingiu 5 214 milhões de cruzeiros, representando mais 1.633 milhões do que o saldo de 1945, que foi de 3.581 milhões.
*
Durante o ano de 1946 foram intensas as ati-.. vidades da Caixa de Mobilização Bincaria, que desempenhou papel altamente construtivo, em fase difícil oriunda das facilidades de credito ha-vidas nos anos anteriores.Para reprimir a infla-ção de credito tivemos de enfrentar problemas
de delicada complexidade; promover o
aanea-mento das transações bancarias, eliminando gra-dativamente as aplicações duvidosas e
assegu-rando, por outro lado, os meios adequados á
proteção dos depósitos de particulares.
A Caixa tem objetivo de promover a raobili-zação de recursos aplicados, pelos bancos em operações seguras mas de demorada liquidação. Os adiantamentos só poderão ser utilizados pe-los institutos bancários como cobertura de reti-radas de depositantes e somente quando o en-caixe baixar do limite leeral.
A Caixa de Mobilização atua, sobretudo, nos
momentos de crise de confiança quando as re-tiradas de depósitos se acentuam e os bancos se vêem em dificuldades para as satisfazer. Mobili-za para esse fim, o ativo congelado em titulos a prazo longo, imóveis, hipotecas etc, sendo, por
isso, complemento da Carteira de Redescontos
a qual somente opera com titulos a prazo curto. A assistência prestada pela Caixa por ocasião da crise bancaria que se manifestou, principal-mente na praça do Rio de Janeiro, foi relevante e evitou repercussões danosas á nossa economia.
* -
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* *
O Banco do Brasil representou um eficiente instrumento para a realização da politica finan-ceira do Governo, de evidente interesse coletivo,
executando através das Carteiras de Cambio,
Redescontos, Exportações e Importação e da
Caixa de Moblilização Bancaria, inúmeras
pro-videncias visando corrigir os males da inflação. A Superintendência da Moeda e do Credito, or-gão que também funciona no Banco do Brasil mas sob a alçada do ministro du Fazenda, cons tituiu elemento dominante á execução de todas
as medidas de caráter financeiro tomadas pelo
Governo. Muitas delas, por propenderem a dimi-nuir a aceleração do processo inflacionista, atra-vés de impostos, absorção de disponibilidades e congelamento de lucros provocaram exprobações dos adeptos da inflação. Em tempo de inflação muita gente admite que todos os meios são bons
para vencer e ter sucesso menos o
esforço paciente e construtivo. Ninguém se con-vence de que os aumentos de salários e as me-didas sociais sâo pagos pela economia forçada a que são constrangidos os setores desafortuna-dos da população. Os inflacionistas pretendem que as emissões ininterruptas de papel moeda e • o abuso de crediio são capazes de corrigir os e-feitos do desajustaraento dos fatores de produção. Afirmam, mesmo, que a depreciação da moeda, provocada pela inflação, estimula a atividade e-conoraica e ocasiona a prosperidade do país, em virtude do aumento das exportações. Esquecem-se, entretanto, de que, com a moeda depreciada, ganham os devedores mas perdem os credores, especialmente os que recebem salários e venci-mentos fixos. A depreciação da moeda estimula, dp fato, certas exportações, porém cria o dese-quilibrio dos orçamentos publicos e arruina par-te considerável da Nação. Asseguram, ainda, os inflacioni^tas que as emissões de papel moeda,
feitas com o fim de aumentar a produção não
são prejudiciais, mas não refletem que a prensa litografica entra a produzir era cheio, instanta-neamente, e a produção de bens demanda longo tempo.
As condições fundamentais para o aumento do volume dos negócios são a confiaça na moeda e no crédito do pais e uma razoável expectativa de lucro para as atividades da indústria, comércio e agricultura.
A inflação monetária, desorganizando a produ-ção industrial e agricola, acarreta o empobreci' mento da grande maioria, isto é daqueles que vivem de saláfios e rendimentos fixos.
>-¦'¦'¦: «
REFERENTE
A moeda escriturai originada do abuso de
credito é um fator de inflação eo cheque, então, torna-se mais perigoso do que o pupel moeda porque age livre de qualquer controle. Uma brus ca expansão da circulação monetária desperta a atenção.e constitui sinal dé alarma, porém, uma ampliação da moeda escriturai.passa quase des percebida. E' pela moeda escriturai que se chega ás situações irremediáveis do abuso de credito, nas quais os interessados procuram remover as dificuldades presentes, criaudo outras futuras
muito mais amplifica dns. , :
* * *
, Em 10 de abril de 1946 foi baixado o Decreto-lei n. 9.159 que regulou a distribuição de lucros, instituiu o «Imposto Adicional de Rendas» ede-terminou a obrigatoriedade de depósitos bloquea-dos na Superintendência da Moeda e do Crédito. O art. 14 dispõe que «aos lucros cuja impor,-tancia fôr superior aos limites fixados seja qual
fôr o critério adotado dentre os estabelecidos
pelo art. 5., será dada a seguinte aplicação: a) 20 % como «Imposto Adicional de
Ren-das», que serão recolhidos ás reparti-ções arrecadadoras federais;
b) 30 % retidos em poder da própria em-presa, nos termos do art. 3. eseu § 1.; c) 50 % como «Deposito Compulsório» no
Banco do Brasil, como agente
finan-ceiro da Superintendência da Moeda e do Crédito, á ordem do qual ficarão». Em 31 do corrente mês entregamos á Superin-tendência da Moeda e do Crédito a quantia de
335 milhões de cruzeiros, correspondentes ás
importâncias que havíamos recebido como «De-posito Compulsório.» Na mesma data, entregamos-lhe também 279 milhões de cruzeiros, relativos ás porcentagens que incidem sobre os nossos depósitos á vista e a prazo. Além disso,
depo-sitamos, em conformidade com as disposições
legais, mais 139 milhões de cruzeiros em títulos da Divida Pública Federal. Todos os valores em dinheiro passaram a ser guardados em cofre
próprio da Superintendência da Moeda e do
Crédito.
De acordo com a Lei, as importâncias prove nientes dos depósitos compulsórios poderão ser utilizadas pela Superintendência, juntamente com os recursos previstos no art. 10 do Decreto lei n. 8.495, de 28 de dezembro de 1945, em supri-mentos à Carteira de Redescontos, para opera-ções de sua atribuição, especialmente as desti nadas ao desenvolvimento e amparo da produção.
Ainda de acordo com o mesmo artigo 10, a
Suparintendencla poderá empregar até 30% dos depósitos á sua ordem em suprimentos á Cartei-ra de Redescontos, ou á Caixa de Mobilização Bancaria, para operações com os estabeleeimen-tos bancários.
Resgatamos, também, na mesma data na Car-teira de Redescontos, títulos nossos no valor de 100 milhões de cruzeiros e a Carteira, por sua vez, restituiu à Caixa de Amortização esses 100 milhões que deverão ser incinerados.
Temos o propósito de entregar á Superinten-dencia da Moeda e do Credito todos os depósitos
que á sua ordem de acordo com o Decreto-lei
n. 7.393, de 2 de fevereiro de 1945. os Bancos são obrigados a conservar no Banco do Brasil, cujo total atinge, presentemente, 631 milhões de cruzeiros.
Os fatos que acabamos de mencu nar 6ão mui
to exprersivos; demonstram decidido empenho
em restaurar a ordem financeira e permitem que, confiantes, enfrentemos o futuro.
Estando o Governo firmemente resolvido a rea-lizar o equilíbrio orçamentário — por meio de u-ma perseverante politica de compressão de des-pesas de prudente recurso às fontes de renda e de increirento du arrecadação — e a seguir u-ma diretriz econômica que desperte as forças vi-vas da Nação, podemos vaticinar a proxima
su-pressão de grande numero daí presentes
difi-cuidados e, era conseqüência, o aparecimento de uma época mais prospera para o país.
Manoel Guilherme da Silveira Filho
Presidente. Março de 1947.
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Caxus tiV/ £ÚÍ. 17/5/1947 tO MOMENTO» N. 736
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DE CARLI & CECCONELLO |Artigos liuos para homens. 8c- s uliuras e Crianças - Miudezas, |
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Eud.Tel. LUAK - Caixa Tostai, 18 |
-Fone: 404- =
0 CAXIASPOlPIT- AV.JPIilO DE CASTILHOS, 1899 -K.G.Snl f
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Italino !Peru.£fo
Em nossos-últimos anos de'de que havia estado em foco vida temos visto alguma obra .idéias para essa iniciativa, de grande mérito dos nossos! Era o SENAR — (Serviço Na governantes. Têm se feito
cousas em beneficiadas cias l ses sociais Resultando que, umas, bem amparadas, outras relativamente pouco, e- uma xercêira ainda não foi vista coma devida simpatia. E' a classe agrícola que ainda não constituiu matéria de le • gislação em nóssO país. En tretanto não. está-db um todo perdida. Talve/.- estejamos em tempo de conseguir gran-des resultados senão nos'de-morarmos. E' umu I questão
cional de Aprendizagem Ru ral) —que estava sendo idea-•lizado, mas não vi nada de concreto. Uma idéia tão útil, tão justa: e tão digna que morreu no mesmo instante em que nascia, porque não tivemos uma voz que bradas-se pela sua sobrevivência! E tudo porque os nossos colo nos não estão unidos e não possuem força suficiente pa-ra se imporem junto ao go-verno. ;:
¦ -Se o colônia tivesse um or que só os- próprios -agriculto-- gão de classe forte, onde pu-res podem torná-la solucio-.j desse congregar todos os a-nada!• Deles--dependerá o su- IgMcultores, seria o suficien ' cesso, a sobrevivência, ou ajte para coordenar os assun-triste realidade- de continuar i-tos entre a categoria repre-noabandono. • .-¦!';¦• sentada e os poderes admi y. Sem querermos historiar, .nistrativOs. Mas, não, os pró por uma neeesuidade impe» prios colonos não querem se riosa, em-1942 foi: criado o convencer dé que a união faz SENAI, para os -'trabalhado-ja força; preferem vivera vi-res nas indústrias, e/o SENAC da de cada um per-si ao en-para os que. labutam nasíi-i-vès'de cultivar Um espirito leiras do comércio; Duas en-^'coletivo. Ao contrário, os tra-tidades destinadas a>elevar o balhadores nas indústrias emo conceito, a cristalizar os ín- comércio, estão associados dices ' eufadonhos daquelas
camadas sociais. Mais tarde, em 1946, dois novos órgãos nasciam por. iniciativa do nosso governo, também bro-tados da conseqüência lógi-ca das necessidades da situa-ção. Eram o SESI- e o SFSC. O primeiro destinado a exe
cutar o serviço social aos .frutos que os trabalhadores' ua indústria e|
o segundo no-coraéroio. Perguntamos agora, porque não se cria um órgão igual para a classe agrária? Tenho lido alguma cousa a respeito
em seus sindicatos, por meio dos quais podem se impor e gozar dos direitos que fazem jfis. O resultado desta doutri-na coletiva esta aí, bem claro magoando os colonos que, dia adia despovoam as terras1 e correm para os centros.urba jrtos, a fim de usufruírem os
operários com E'. fácil fazer boa digestão,
quando se usa o
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tanto sacrifício conseguiram.; Não, este nãó é o caminho. Os j colonos devem pensar dife-, rente. Devem lutar para tam- j bèra gozarem dos direitos que a lei humana lhes autorga.
Entretanto li, numa revista que o SENAI pretende exten-der suas atividades sociais na colônia. Apesar de ser uma organização da indústria, se-gundo resultados no Congresso de Assistência Social, elabora do pelo diretor sr. João Lude ritz, ficou constatado de que é pensamento dar assistência aos pequenos filhos de colonos criando internatos no interior dos municípios, porque as indústrias não poderão acele rar seu progresso se a colo nia ficar abandonada.
Eis uma grande oportunida-de para os nossos colonos. Ne-cessita-se agora que os pni-prios agricultores se impu-nham e que animem-êsse be-lo pensamento do SENAI. De-vem começar por>s elaborar memoriais e dirigi los á dire-ção central do SENAI, enen-recendo a urgência de tais medida?.
¦ Sábado novamente aqui.
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