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AMANDA FERREIRA DOS SANTOS CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL E PARAGUAI: PROCEDIMENTOS, FACILIDADES E DIFICULDADES

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“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

AMANDA FERREIRA DOS SANTOS

CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL E PARAGUAI: PROCEDIMENTOS, FACILIDADES E DIFICULDADES

FOZ DO IGUAÇU 2017

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“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL E PARAGUAI: PROCEDIMENTOS, FACILIDADES E DIFICULDADES

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito para obtenção do grau de Bacharel Ciências Contábeis do

Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC. Profs. Fernanda Marcia Kumm.

FOZ DO IGUAÇU 2017

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TERMO DE APROVAÇÃO

AMANDA FERREIRA DOS SANTOS

CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL E PARAGUAI: PROCEDIMENTOS, FACILIDADES E DIFICULDADES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, curso de Ciências Contábeis, para obtenção de grau de Bacharel em Ciências Contábeis, aprovado pela banca examinadora formada por:

___________________________________ Orientadora: Prof. Kelly Renata Mariani Kozievitch

BANCA EXAMINADORA: ___________________________________ Prof.: xxx ___________________________________ Prof.: xxx ___________________________________ Prof.: xxx FOZ DO IGUAÇU 2017

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado forças nos momentos de fraqueza e vencer os obstáculos que todo acadêmico enfrenta no período de graduação.

Agradeço aos meus pais, por sempre terem me incentivado a seguir os meus objetivos, e principalmente ter me motivado a não desistir nos momentos difíceis, e ao meu noivo, que esteve presente comigo em todos os momentos. À minha família, que de alguma forma sempre compreenderam todas as minhas ausências.

Aos meus amigos de perto e longe, que de alguma forma sempre se fizeram presentes por meio de mensagens e ligações.

Em particular, a minha professora orientadora Kelly Renata Mariani Kozievitch, pela dedicação e orientação durante a realização deste trabalho, e por sempre estar disponível nas horas em que precisei. A professora Fernanda Marcia Kumm, pelos ensinamentos, cobranças e dedicação em sala.

E por fim, agradeço a todos os meus professores, que não estão aqui mencionados, que tive a honra de conhecê-los e ser acadêmica, sendo que alguns de forma direta e indireta colaboraram para a concretização de deste Trabalho de Conclusão de Curso e realização de meu objetivo.

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RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de curso tem por objetivo principal comparar os procedimentos utilizados no processo de legalização empresarial no Brasil (Foz do Iguaçu) e Paraguai (Ciudad del Este) para evidenciar os problemas e as boas práticas nos dois países. Assim, a pesquisa, de abordagem qualitativa, identificou-se como descritiva, bibliográfica e exploratória. Para a realização da pesquisa, utilizou-se também a aplicação de um questionário aos escritórios de contabilidade de ambos os países, no qual foi possível explorar as informações sobre os processos de legalização empresarial nos últimos tempos. Através do questionário aplicado, possibilitou-se apurar quais são as maiores dificuldades que o comerciante enfrenta para abrir uma empresa e constituí-la. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, se fez à descrição das leis vigentes nos dois países para abertura e constituição empresarial. Os problemas apresentados indicaram que no Brasil o procedimento de abertura de empresa é rápida, porém a sua legalização depende de vários órgãos, ao contrário do Paraguai, que o procedimento de abertura é mais moroso, mas depende apenas de um órgão, e na legalização é de forma rápida e que depende também apenas de um órgão. Conclui-se que, para haver melhorias em ambos os países deverá conter um sistema único que integre todos os órgãos competentes, inclusive os órgãos privados, que de alguma forma contribuem para o processo de abertura e legalização empresarial, e muitas vezes, não realizam as atualizações de dados necessários, sendo que a integração de todos os envolvidos resolveria grande parte dos problemas que afligem o processo de legalização empresarial.

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ABSTRACT

The purpose of this Course Completion Work is to compare the procedures used in the process of business legalization in Brazil (Foz do Iguaçu) and Paraguay (Ciudad del Este) to highlight problems and good practices in both countries. Thus, the qualitative research was identified as descriptive, bibliographic and exploratory. In order to carry out the research, a questionnaire was also applied to the accounting offices of both countries, in which it was possible to explore the information about the processes of corporate legalization in recent times. Through the questionnaire applied, it was possible to determine which are the major difficulties that the merchant faces to open a company and to constitute it. In order to achieve the objectives of this research, it was made a description of the laws in force in the two countries for opening and corporate constitution. The problems presented indicated that in Brazil the procedure for opening a company is fast, but its legalization depends on several organs, unlike Paraguay, that the opening procedure is more time-consuming, but depends only on one organ, and in legalization it is quickly and depends also on one organ. It is concluded that, in order to have improvements in both countries, it should contain a single system that integrates all the competent bodies, including private bodies, that in some way contribute to the process of opening and legalizing business, and often do not carry out the necessary data updates, and the integration of all involved would solve most of the problems that afflict the process of corporate legalization.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 – Consulta prévia... 42

Quadro 02 – Documentos obrigatórios para o quadro societário... 42

Quadro 03 – Constituição empresarial... 43

Quadro 04 – Documentos de constituição empresarial... 44

Quadro 05 – Legalização empresarial... 44

Quadro 06 – Taxas obrigatórias após a concessão do alvará... 45

Quadro 07 – Endereço comercial... 46

Quadro 08 – Problemas decorrentes com a localização... 46

Gráfico 01 – Tempo para constituição empresarial no Brasil e Paraguai... 47

Gráfico 02 – Tempo para legalização empresarial no Brasil e Paraguai... 47

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AR Usuário Credenciado do Receita/Pr

ART. Artigo

BR Brasil

CEP Código de enderenço postal

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

CPF Cadastro Pessoa Física

CTU Comissão Técnica de Urbanismo

CVE Certificado de Vistoria em Estabelecimento DARF Documento de Arrecadação da Receita Federal DUC Documento Único de Cadastro

FCN Ficha de Cadastro Nacional

MIC Ministério de Indústria e Comércio

Nº Número

NIRE Número de Identificação de Registro de Empresa NPF Normas de Procedimento Fiscal

NPT Norma de Procedimento Técnico

P. Página

PR Paraná

PY Paraguai

RFB Receita Federal do Brasil RG Registro Geral

RUC Registro Único do Contribuinte

SAC Serviço de Atendimento ao Consumidor

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 11 1.1PROBLEMA DE PESQUISA ... 13 1.1.1 Questão de Pesquisa ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Objetivo Geral ... 14 1.2.2 Objetivos Específicos ... 15 1.3 JUSTIFICATIVA ... 15

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL (FOZ DO IGUAÇU) ... 17

2.1.1 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL ... 17

2.1.1.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL ... 20

2.1.1.2 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA .... 23

2.1.2 LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL ... 24

2.1.2.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL ... 24

2.1.2.1.1 PREFEITURA MUNICIPAL (ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO) ... 25

2.1.2.1.1.1 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA REQUERER ALVARÁ ... 28

2.1.2.1.2 CORPO DE BOMBEIROS (CERTIFICADO DE VISTORIA EM ESTABELECIMENTO - CVE) ... 28

2.1.2.1.3 SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL (INSCRIÇÃO ESTADUAL) ... 29

2.1.2.1.3.1 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA REQUERER INSCRIÇÃO ESTADUAL ... 30

2.2 CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO PARAGUAI (CIUDAD DEL ESTE) ... 31

2.2.1 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL ... 31

2.2.1.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL ... 36

2.2.2 LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL ... 36

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 38

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ... 38

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3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ... 40

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS ... 40

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 42

4.1 COMPARAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL E PARAGUAI ... 42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 50

6 REFERÊNCIAS ... 52

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1 INTRODUÇÃO

A partir do momento em que se decide começar um negócio várias normas e passos deverão ser seguidos, tanto para a abertura da empresa quanto para sua legalização.

Na atualidade, o processo de abertura de empresa está sendo de forma rápida e prática, porém os procedimentos de legalização ainda apresentam dificuldades na estrutura que envolve o Sistema Público, somando pontos negativos para o setor.

Em razão do problema junto aos órgãos públicos, buscou-se aprofundar conhecimentos sobre este problema, pesquisar e comparar o processo de constituição e legalização de empresa na cidade de Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY, por serem dois países vizinhos.

Para Valdir Pietrobon, vice-presidente da Junta Comercial do Paraná, em cerimônia realizada no Horto Municipal de Foz do Iguaçu, com a demora da liberação em todos os órgãos, muitas vezes os empresários desistem de abrir seus negócios e acabam trabalhando de forma informal, no entanto com a inclusão do Sistema Rede Sim os processos serão de forma rápida (PMFI, 2017).

Durante os procedimentos de legalização de uma empresa, vários fatores de extrema importância deverão ser considerados, todavia alguns critérios poderiam ser exigidos com o mínimo de obrigatoriedade conforme a situação e natureza de cada empresa, como por exemplo, alguns documentos desnecessários para determinadas atividades que são exigidas pela legislação.

A pesquisa de informações nas duas cidades de países vizinhos vai proporcionar a análise dos pontos críticos que as cidades têm em comum e estabelecer um comparativo nos problemas encontrados, visando identificar novos métodos de avaliação de processos e sugestões de melhorias.

Buscando aprimorar ainda mais os conhecimentos envolvidos deste setor, a pesquisa foi avançada na área do processo de abertura de empresa, buscando explorar informações quanto à agilidade e dificuldades comuns nos processos de legalização empresarial nas duas cidades.

Diante disso, a justificativa do presente estudo buscou esclarecer os processos de abertura e legalização empresarial no Brasil e Paraguai. Fundamentando o contexto, este estudo então propôs a responder o seguinte problema de pesquisa: Quais são as dificuldades e

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facilidades no processo de legalização empresarial na cidade de Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY?.

Desta forma, o objetivo da pesquisa se focou em comparar os procedimentos utilizados no processo de constituição e legalização empresarial no Brasil (Foz do Iguaçu) e Paraguai (Ciudad del Este) para evidenciar os problemas e as boas práticas nos dois países. Buscou-se identificar dificuldades, facilidades, comparação dos problemas e das exigências em comum nos procedimentos e apresentar sugestões para melhorias nos procedimentos de constituição e legalização de empresas.

A pesquisa foi estruturada em três seções, inicialmente exposto à introdução, base teórica que orienta esta pesquisa especificando os tópicos referentes à legislação e procedimentos vigentes em ambos os países, em seguida expõe-se a coleta de dados e enquadramento da pesquisa e as considerações finais.

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1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

No Brasil, nos dias de hoje há dificuldades no processo de legalização de empresas, exclusivamente na liberação do alvará, porém vários fatores contribuem para essa demora, mas isso depende de cada cidade, sendo que cada uma têm situações diferentes.

De acordo com Brugnolo (2017), os processos burocráticos da cidade de Curitiba se tornaram lentos e estão dificultando a liberação de novos negócios, destaca ainda que uma consulta comercial que deve levar em torno de 4 (quatro) dias, no momento está levando até 40 (quarenta) dias.

Há várias tentativas para desburocratizar os processos de constituição e legalização, sendo que no Brasil, foi implantado o sistema Rede Sim (Empresa Fácil), que tem por objetivo a abertura de empresa na Junta Comercial e Receita Federal do Brasil, trazendo agilidade e rapidez no processo de abertura de empresa.

Com a integração da Receita Federal e Junta Comercial, houve a criação do Cadastro Sincronizado Nacional, que permite integrar os procedimentos das empresas nos órgãos tributários da União, Distrito Federal, estados e municípios.

Por questão da cidade de Foz do Iguaçu/BR ser integrada pela Itaipu Binacional, na qual surgiu para unir os dois países para desenvolvimento local, buscou-se pesquisar sobre o atual comércio constante nos dois países, inclusive aprofundar conhecimento na parte burocrática entre ambos.

Com a grande demanda de brasileiros constituírem empresas no Paraguai, é importante também para o país por compartilharem uma fronteira vasta e apontar novos rumos para o futuro.

Assim complementa os jornalistas Fernando Scheller e Daniel Teixeira, em visita ao Paraguai para reportagem ao Jornal Estadão. (Jornal Estadão, 2017):

Enquanto o desemprego no Brasil se aproxima de 12% em meio a dois anos seguidos de encolhimento da economia, há indústrias brasileiras abrindo novas fábricas e criando milhares de novos empregos diretos. Esses investimentos, no entanto, são realizados no Paraguai, país que quer aproveitar a proximidade com o Brasil para ser uma plataforma de produção barata e livre de burocracia para o abastecimento do mercado de consumo brasileiro.

O objetivo de efetuar a pesquisa nos dois países é de saber como que funciona o processo de constituição e legalização de empresas, se a burocracia é de forma semelhante, se

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existe procedimentos diferentes, se ambos possuem sistema integrador, entre outros fatores que serão apontados no decorrer da pesquisa.

Para elaborar a pesquisa foram abordados os seguintes critérios: identificação, filtração e evidenciação das dificuldades nos procedimentos de constituição e legalização de empresas.

Em harmonia com GOMIDES (2002), problema consiste em dizer de maneira clara, a dificuldade com a qual comparamos e que pretendemos resolver.

1.1.1 Questão de Pesquisa

Diante das considerações mencionadas em relação aos problemas que foram encontrados na pesquisa nas duas cidades, pretendeu-se a partir desta perspectiva, responder a seguinte questão de pesquisa: Quais são as dificuldades e facilidades nos procedimentos de constituição e legalização empresarial na cidade de Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY?.

1.2 OBJETIVOS

Para CRUZ e JUNIOR (2013), o objetivo geral precisa dar conta da totalidade do problema da pesquisa, devendo ser elaborado com um verbo de precisão, evitando ao máximo uma possível distorção na interpretação do que se pretende pesquisar.

Neste componente será apresentado os objetivos, comparando o objetivo geral com os específicos ilustrados para este estudo.

1.2.1 Objetivo Geral

Comparar os procedimentos utilizados no processo abertura e legalização empresarial no Brasil (Foz do Iguaçu) e Paraguai (Ciudad del Este) para evidenciar os problemas e as boas práticas nos dois países.

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1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

De acordo com Lakatos e Marconi (2001), os objetivos específicos têm a função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.

Para a execução do presente estudo, assim como, para determinar o problema da pesquisa retrata-se na continuidade, os objetivos específicos com a finalidade de aprofundar conhecimentos no objetivo geral delimitando-se em:

a) Identificar dificuldades e facilidades na constituição e legalização de empresas, realizando pesquisas em escritórios de contabilidade nos dois países.

b) Verificar e comparar os problemas e as exigências em comum nos procedimentos relativos aos atos de legalização de empresa em Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY.

c) Apresentar sugestões com melhorias para agilizar os procedimentos de abertura e legalização de empresas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Para Gil (2002), justificativa dedica-se de uma apresentação inicial do projeto, que pode incluir fatores que define a escolha do tema, argumentos relativos à importância da pesquisa e a referência da sua possível contribuição para o entendimento de uma questão teórica ou prática.

A abertura de empresa é um assunto bem discutido no momento pelos profissionais de contabilidade e também pelos comerciantes, pois sem legalizar as empresas não poderão funcionar corretamente, e com isso, muitas vezes têm que fechar as portas do estabelecimento até conseguir as licenças cabíveis.

O ato de legalização de empresa varia de acordo do ramo de atividade que a empresa exerce e da cidade sede da empresa, e apesar de ter o mesmo objetivo, cada cidade avalia o processo de forma específica, sendo que algumas exigências são similares e outras são diferentes.

As análises dos procedimentos de pedido de alvará das empresas são feitos de forma semelhantes, porém cada cidade possui um sistema diversificado para concessão de alvará de forma ágil e rápida sem que o cliente fique esperando meses para exercer suas atividades comerciais.

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Através da pesquisa a ser realizada, será possível enumerar quais os maiores problemas, divergências e facilidades que ocorrem nos processos de abertura e legalização de empresas em ambos os países, visando aprofundar conhecimentos na área em diversas situações e buscar melhorias sobre o que foi encontrado.

Em harmonia com Carlos Barcellos Damasceno (2014), presidente do CRC/ES, entrevista ao Conselho Federal de Contabilidade, a demora para conclusão de abertura de uma empresa, só existe por causa das exigências impostas pelos órgãos competentes após as vistorias, cujos prazos são absolutamente indefinidos, o que prejudica qualquer tipo de previsão no que se refere à finalização da abertura de uma empresa.

Foi escolhido a Ciudad del Este/PY para comparar os procedimentos com a cidade de Foz do Iguaçu/BR, por ser uma cidade integrante da Tríplice Fronteira e em razão da peculiaridade do comércio local.

Nesse contexto, Polon (2014), acrescenta que:

Para desempenhar os atos de comércio e consumo, algumas pessoas migram cotidianamente ao “outro lado” da fronteira. São trabalhadores brasileiros que exercem suas funções na cidade paraguaia, empresários que possuem comércios em Ciudad del Este, bem como as relações que estabelecem, que constituem o aspecto flexível da fronteira, pois a delimitação formal não as impossibilita o deslocamento. A pesquisa pretende avaliar os dados coletados e propor sugestões para melhorar e desburocratizar os processos de legalização junto aos órgãos de classe profissionais contábeis.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Este Trabalho de Conclusão de Curso está ordenado em três seções. A primeira seção descreve a introdução, onde contextualiza a apresentação do tema, problema de pesquisa com os conflitos relacionados à problemática, delimitação dos objetivos e apresentação da justificativa.

Na segunda seção, contém a base teórica que orienta esta pesquisa especificando os tópicos referentes à legislação e procedimentos vigentes em Foz do Iguaçu/BR e Ciudad del Este/PY relativos aos processos de constituição e legalização empresarial.

Na terceira seção demonstra-se a delimitação dos sujeitos da pesquisa, processo da coleta de dados e por fim apresenta os enquadramentos da pesquisa.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO BRASIL (FOZ DO IGUAÇU)

A constituição de empresa ocorre quando uma ou mais pessoas pretendem abrir seu próprio negócio para obter lucros, sendo que a forma de constituição depende da quantidade de pessoas que irão integrar a sociedade.

Conforme Canotilho (1997), a constituição é a organização sistemática e racional da comunidade política, por meio de um documento escrito, em que se declaram as liberdades e os direitos e se ajustam aos limites do poder político.

2.1.1 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL

Para dar início a constituição de empresas, é necessária a escolha da atividade que a empresa irá exercer, mas para isso deve-se buscar o CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) para cada grupo de atividades exercidas.

De acordo com a Submissão Técnica a definição do CNAE é da seguinte forma:

A CNAE é uma classificação usada com o objetivo de padronizar os códigos de identificação das unidades produtivas do país nos cadastros e registros da administração pública nas três esferas de governo, em especial na área tributária, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do Estado, possibilitando, ainda, a maior articulação inter sistemas.

Após a escolha da atividade o ideal é escolher o local onde a empresa terá suas instalações para que em seguida seja possível realizar a consulta prévia de atividade econômica (guia azul) para constatar se o lugar escolhido está apto para exercer as determinadas atividades.

Ao constituir uma empresa em Foz do Iguaçu, deve estar atento com sua localização, sendo que há vários locais na cidade inadequados para exercer nenhum tipo de atividades. Exemplo, uma fábrica de carvão localizado em um bairro que não seja área industrial. Por isso

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é necessário estar ciente sobre esses casos, e realizar o pedido da consulta prévia antes mesmo de constituir a empresa.

A consulta prévia de atividade é denominada consulta de atividade econômica, onde informa a Inscrição Imobiliária, atividades e a localização da empresa, sendo que ficará sujeita a análise.

Este pedido serve para verificar se o local da empresa está liberada para as atividades que irá exercer podendo a solicitação ser deferida ou indeferida. Os pedidos deferidos podem, muitas vezes, ocorrer no ato da solicitação, mas isso depende se a localização está apropriada para as atividades informadas.

O indeferimento de guia azul depende do zoneamento e departamento, pois a consulta é dividida pelo Departamento de Fiscalização, Urbanismo e Comissão Técnica de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo (CTU), e se por ventura, o local esteja proibido, a consulta será indeferida. Deste modo a CTU não tem liberdade para expor opinião quanto ao requerido (Lei Complementar n° 162/2010, Art. 10, §1°).

Conforme o artigo 10, §2º da Lei Complementar nº 162/2010:

Fica criada a Comissão Técnica de Zoneamento e Uso do Solo - CTU, com as seguintes atribuições:

I - sugerir medidas adequadas nos casos em que esta lei complementar for omissa, preservando os princípios e objetivos que norteiam a lei; II - dirimir os conflitos verificados nos casos de interpretação divergente da lei pelos diversos órgãos encarregados de sua aplicação, utilizando-se da analogia, dos princípios e dos objetivos que norteiam esta lei complementar; III - contribuir quando da regulamentação das Zonas de Interesse Estratégico e dos Instrumentos do Estatuto das Cidades;

IV - propor medidas mitigadoras do impacto ao meio ambiente, à paisagem e ao patrimônio, que seja ou possa ser causado por edificações ou usos.

Um ponto que também deve ser analisado com importância é o bairro e CEP, onde deverá estar igual ao da Inscrição Imobiliária, caso contrário, haverá divergência no contrato social no momento em que estiver sendo analisado. Em casos que não ocorrem a igualdade do bairro, poderá utilizar o CEP encontrado, e acrescentar no complemento do endereço da empresa o bairro correto. Portanto, deverá anexar uma Declaração de Divisão de Numeração Predial fornecida pelo Planejamento da Prefeitura de Foz do Iguaçu, constando o endereço, número predial, bairro e Inscrição Imobiliária para juntar com os demais documentos necessários, visando não haver nenhum transtorno nos atos de abertura e legalização.

Seguidamente da escolha da atividade e local liberado, deve-se escolher a natureza jurídica que irá se constituir, podendo ser:

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a) Empresário Individual: constituído apenas por uma pessoa que exerça atividade econômica profissional de circularização e produtos de mercadorias e serviços. Não será considerado empresário individual o profissional que exerce função intelectual, literária, científica e artística (Código Civil n° 10.406/2002 Art. 966 e Parágrafo Único).

b) Sociedade Empresária Limitada: constituída por mais de uma pessoa, onde a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, porém todos os sócios componentes da empresa respondem pela integralização do capital social, somente limita-se pela sociedade simples (Código Civil n° 10.406/2002 Art. 1052 e 1053).

c) Sociedade Anônima: constituída por duas ou mais pessoas, no qual o capital social divide-se em ações e cada sócio acionista possui a obrigatoriedade somente do valor das ações que adquirir ou concordar. Este tipo de sociedade possui sua lei própria, a Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/1976 (Código Civil n° 10.406/2002 Art. 1088 e 1089).

d) Sociedade Comandita por Ações: constituída por duas ou mais pessoas, onde o capital social divide-se em ações, sendo que somente o acionista possui atributo para gerenciar a sociedade, e o direito responde ilimitadamente pelas atribuições da sociedade, ficando o diretor responsável nomeado no ato constitutivo da sociedade, podendo ser mais de um diretor (Código Civil n° 10.406/2002 Art. 1090 e1091 §1°).

e) Sociedade Coligada: é a sociedade que possui uma controladora em seu capital social. A controladora possui direito a voto na controlada, ou que possuía menos de 10% (dez por cento) do capital social da controlada, exceto as empresas que sejam sócias de si próprias (Código Civil n° 10.406/2002, Art. 1097, 1098 e 1099).

f) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI: constituída por apenas uma pessoa que integra totalmente o valor do capital social, sendo que para ser EIRELI o valor mínimo de capital deverá ser 100 (cem) vezes o valor do salário mínimo vigente do país (Código Civil n° 10.406/2002, Art. 980-A).

Logo após a escolha da atividade, local e tipo de natureza jurídica é necessário escolher a razão social e/ou denominação social da empresa.

A razão social é similar ao nome empresarial, sendo compostos pelo nome de apenas um dos sócios, sobrenomes de todos os sócios componentes ou até mesmo abreviação dos nomes dos sócios (Resolução Plenária n° 001/2017).

A denominação social é composta através da atividade exercida, por exemplo, a empresa exerce atividade de comércio alimentício, porém quer colocar os sobrenomes dos sócios seguido de comércio, sendo que poderá compor o nome da empresa da seguinte forma:

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FULANO & SICRANO COMÉRCIO ALIMENTÍCIO LTDA (Resolução Plenária n° 001/2017).

Em contextualidade ao artigo 8º da Instrução Normativa DREI nº 015/2013, define denominação e razão social da seguinte forma:

Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a análise de identidade e semelhança dos nomes EMPRESARIAIS, pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM:

I. Entre firmas, consideram-se os nomes por inteiro, havendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos;

- Homógrafos são os nomes que possuem a mesma escrita e homófonos são aqueles que possuem o mesmo som.

II. Entre denominações,

a) Consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por expressões comuns, de fantasia, de uso generalizado ou vulgar, ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos;

b) Quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas analisadas isoladamente, ocorrendo identidade se homógrafas e semelhança se homófonas.

A escolha do nome empresarial fica a cargo dos sócios/empresário da empresa, sendo que deverá fazer a solicitação através do Consulta Prévia de Nome Empresarial no portal Rede Sim, sendo aceito a sugestão de 3 (três) opções de nome empresarial, sendo que após o envio das informações o nome empresarial será liberado em até 3 (três) dias úteis, tendo validade de 30 (trinta) dias o nome que for liberado, e nos casos que houver indeferimento de nome, por motivos de nome empresarial ser semelhantes, inadequados com atividades, entre outros, o usuário deverá fazer uma nova solicitação com novos nomes empresariais (Resolução Plenária nº 001/2017).

Após a escolha da atividade, local, natureza jurídica e nome empresarial, será verificada a localização da empresa, onde o local deverá ser consultado antes mesmo da constituição.

Após identificar todas as informações necessárias para constituir uma empresa, o usuário já está preparado para poder seguir adiante com sua constituição, deste modo, será abordado a seguir, a forma que será constituída uma empresa.

2.1.1.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL

A Junta Comercial e a Receita Federal são órgãos responsáveis pela abertura de empresa, onde cada um tem sua função, porém são órgãos vinculados para melhor atendimento aos usuários e agilidade nos processos.

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A Junta Comercial é um órgão da esfera do Governo do Estado, sendo responsável pela análise e arquivamento dos documentos iniciais para o procedimento de constituição de empresa, sendo que cada agência possui um responsável legal pela análise dos processos, no qual se chama de relator, sendo que o mesmo analisa o Contrato Social, Ficha de Cadastro Nacional (FCN) e os demais documentos obrigatórios que devem ser anexados juntamente para registro (Lei nº 8.934/1994, Art. 32).

Após a primeira análise dos documentos, o relator registra o contrato social na Junta Comercial do estado competente. Para Almeida (2005, p. 13) o contrato social é o ato jurídico no qual duas ou mais pessoas determinam o que são obrigadas a fazer ou não na sociedade em que for constituir. Ao contrário de Hentz (1998, p. 129), o contrato é a constituição da sociedade formada através do Código Comercial para forma de constituição.

O registro do contrato social ocorre através da inscrição da empresa no NIRE, sendo usado este número no corpo do contrato social para qualquer alteração e informação da empresa, lembrando que somente será alterado este número de NIRE se a empresa efetuar alteração de natureza jurídica.

O NIRE é o Número de Identificação do Registro da Empresa, independente do estado sede da empresa, onde este número é necessário ter no corpo do contrato social em todos os atos de alteração que forem efetuar perante o órgão de registro competente, e no ato de constituição é cedido o NIRE juntamente com a data de registro (Resolução Plenária 001/2017).

Já a Receita Federal é o órgão da esfera do Governo Federal, sendo responsável pela inscrição do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), onde consta o nome empresarial, endereço, atividades, telefone, e-mail, data de abertura e número da inscrição, natureza jurídica e porte de enquadramento. A empresa somente será constituída a partir do momento que a empresa possuir inscrição no CNPJ.

Conforme a Instrução Normativa RFB n° 1.634/2016, art. 2°, o CNPJ compreende as informações cadastrais das entidades de interesse da administração tributárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Governo Federal, a Receita Federal é um órgão exclusivo e único submisso ao Ministério da Fazenda, executando atividades fundamentais para que o Estado consiga efetuar seus propósitos. Também é ponderado pela gerência dos tributos de competência da União, além do mais, os previdenciários e aqueles previstos sobre o comércio exterior, incluindo relevante parte das contribuições sociais do país.

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Com a criação do Rede Sim (Empresa Fácil) que é um portal online integrado entre a Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria da Fazenda da Prefeitura Municipal e Secretaria da Fazenda do Estado, tem por objetivo a facilidade na abertura e legalização de empresas.

Em conformidade com o artigo 9º da Lei nº 11.598/2007, os usuários do Rede Sim farão uma única entrada de documentos e dados cadastrais, ficando constatada a necessidade das informações por segmentos dos órgãos que os integram.

O sistema Rede Sim foi criado para unificar os processos de abertura de empresa, trazendo maior agilidade nos processos no ato da liberação dos contratos sociais e CNPJ:

Fica criada a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - REDESIM, com a finalidade de propor ações e normas aos seus integrantes, cuja participação na sua composição será obrigatória para os órgãos federais e voluntária, por adesão mediante consórcio, para os órgãos, autoridades e entidades não federais com competências e atribuições vinculadas aos assuntos de interesse da Redesim (Lei nº 11.598/2007, Art. 2º).

O acesso ao sistema não é restrito, qualquer pessoa poderá acessar, porém sua finalidade é apenas para uso específico dos usuários da área da contabilidade.

No sistema, é possível fazer aberturas, alterações e baixa de empresas, sendo que os atos devem ser realizados somente em horário comercial. Nas sedes das agências regionais da Junta, o sistema atua como ponte entre os usuários e os relatores.

Conforme Ardisson Naim Akel, presidente do Conselho de Vogais da Junta Comercial do Paraná, em esclarecimento ao Empresa Fácil (2015), o Rede Sim é uma ferramenta que forma a integração entre os dados cadastrais da Receita Federal do Brasil e os diversos órgãos Estaduais e Municipais que participam do processo de abertura, alteração e baixa de empresas.

O usuário ao possuir todos os documentos necessários para abertura de empresa deverá dar entrada ao processo juntamente com a agência da Junta Comercial da cidade sede da empresa, anteriormente após a entrada dos documentos a análise demorava em torno de 15 (quinze) dias para o deferimento dos processos. Hoje em dia, ao protocolar os documentos com as secretárias das agências da Junta Comercial, no ato do protocolo, elas digitalizam os documentos entregues e anexam juntamente ao sistema Empresa Fácil, sendo que para o usuário é devolvido apenas às segundas vias para ter controle dos documentos entregues. As secretárias ao anexarem os documentos da empresa no sistema, enviam para qualquer relator da Empresa Fácil que estiver na fila do sistema, sendo que processos do Paraná podem ser analisados em São Paulo, por exemplo, e vice e versa.

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Em 2015, os processos de abertura, alteração e baixa de empresas levavam em torno de 15 (quinze) dias úteis para serem deferidos e era realizado em duas etapas, a primeira sendo a autenticação do contrato social, e a segunda a inscrição no CNPJ. Atualmente, através do sistema Empresa Fácil, o deferimento leva em torno de até 5 (cinco) dias úteis, sendo unificada a autenticação do contrato social e inscrição do CNPJ, porém esse prazo é contado a partir da baixa do pagamento das taxas referentes aos atos arquivados, e para agrado dos usuários, muitos processos estão sendo analisados e deferidos em menos de 24 (vinte e quatro) horas (AKEL, 2015).

A análise dos documentos é feita de forma digital, onde através dos documentos que foram anexados no sistema, o relator verifica se possui consistências ou não, e faz o deferimento, sendo que o contrato social da empresa é autenticado via digital, mas para que isso ocorra, os usuários devem seguir a Resolução Plenária n° 001/2017, conforme consta que o contrato social, deve constar um espaço de cinco cm na parte inferior, para que seja autenticado pela Junta Comercial. A autenticação é através da assinatura digital da Secretária Geral da Junta Comercial do Paraná (Libertad Bogus), contendo número de protocolo e código para verificação de autenticidade, onde este protocolo e o código de verificação são modificados em cada ato de alteração que for efetuar na referida empresa.

Através desse sistema houve facilidade em todas as cidades que possuem o Empresa Fácil, pois em anos anteriores, ao ser deferido os processos, o usuário tinha que ir até a agência da Junta Comercial retirar os documentos, hoje em dia, isso se tornou de forma digital, e o melhor ainda, a abertura e alterações de empresa podem ocorrer com até 5 (cinco) dias, sendo que antes isso seria impossível, levavam dias e dias para obter somente o contrato social registrado na Junta e logo após, entrava de novo com o processo na Receita Federal para obter a inscrição ou alteração do CNPJ.

2.1.1.2 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA

Os documentos obrigatórios para constituição de empresa são: a) Capa do processo;

b) FCN;

c) 1 (uma) via do Contrato Social/Requerimento de Empresário com assinatura dos sócio/empresário reconhecida como verdadeira em cartório;

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d) 1 (uma) via da DBE, com assinatura do sócio/responsável reconhecida como verdadeira em cartório;

e) Taxa: Documento de Arrecadação de Registro de Comércio, com comprovante de pagamento;

f) Taxa: DARF, com comprovante de pagamento;

g) Cópia autenticada dos documentos pessoais dos sócios (RG e CPF ou somente a CNH);

h) Cópia autenticada da certidão de casamento (se sócios forem casados entre si, e empresário individual casado);

i) Resultado da Consulta Prévia.

2.1.2 LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Após constituir uma empresa, o primeiro passo é legalizá-la, tendo como objetivo as licenças obrigatórias para as atividades que pretende exercer. No decorrer dos processos há vários fatores que deve ser seguidos conforme os órgãos responsáveis pedem, sendo que é obrigatório seguir os procedimentos exigidos.

Para legalizar uma empresa, é necessário o alvará de funcionamento da Prefeitura Municipal e, dependendo das atividades que forem exercidas, o certificado de vistoria em estabelecimento emitido pelo Corpo de Bombeiros.

2.1.2.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Seguidamente à liberação do contrato social registrado na Junta Comercial do Estado do Paraná e inscrição no CNPJ na Receita Federal, é obrigatória a solicitação do alvará de licença na prefeitura.

De acordo com o artigo 16 do Decreto Municipal n° 24.594/2016, ficam obrigadas a obter as licenças, todas as pessoas físicas ou jurídicas, que exercerem, individualmente ou em sociedade, qualquer atividade econômica, financeira, social, desportiva, religiosa e demais atividades afins, urbanas ou rurais, que tenham ou não finalidade lucrativa, que se utilizam habitual ou temporariamente de estabelecimentos fixos ou não.

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2.1.2.1.1 PREFEITURA MUNICIPAL (ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO)

A Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu é o órgão de esfera Municipal, no qual é responsável pela liberação de alvará de funcionamento independente de seu ramo de atividade, podendo ser o alvará comercial, onde é exercida a atividade no local, e o alvará de domicílio tributário, onde a atividade não é exercida no local.

O alvará de funcionamento é concedido para todas as empresas, porém a sua liberação é feita através de vistoria realizada por fiscais credenciados do setor. A vistoria ocorre através do pedido da consulta prévia de atividades (guia azul).

A Consulta Prévia de Atividade Econômica (Guia Azul) é utilizada para as empresas que exercem atividade no local e fica dispensada a apresentação da consulta para as empresas de domicílio tributário, ou seja, as empresas que não exercem atividades no local. Para as empresas que funcionam no local, somente poderá ter um alvará por vez, e para as empresas de domicílio tributário, poderá ter mais de um alvará no mesmo local (Decreto Municipal n° 24.594/2016).

O usuário ao fazer pedido da consulta prévia (guia azul), o próprio sistema gera um protocolo de controle, e encaminha diretamente para o setor responsável de fiscalização, sendo que a liberação desta consulta irá depender das atividades que estiver exercendo no local e se empresa se encontra com as devidas informações inseridas na consulta.

Descreve o Decreto Municipal nº 24.594/2016, a importância da consulta prévia:

Esta consulta tem por finalidade informar oficialmente e antecipadamente, se uma determinada atividade é permitida, em um determinado local pretendido pelo contribuinte, e também informar as condições e documentos necessários para a concessão do Alvará de Licença de localização e funcionamento de estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços e etc.

No início, foi informado que antes mesmo de constituir uma empresa é importante fazer a consulta prévia de atividade econômica, tendo como objetivo a liberação do local para determinadas atividades.

Em conformidade ao artigo 16 do Decreto Municipal nº 24.594/2016 esclarece que:

[...] As licenças deverão ser requeridas pelo contribuinte ou responsável legal, mediante formalização do Documento Único de Cadastro - DUC - devidamente preenchido, assinado pelo sócio ou contribuinte, tendo sua firma reconhecida, acompanhado dos documentos exigidos conforme cada licença solicitada, para cada estabelecimento, área de exploração ou canteiro de obras, individualmente. [...]

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Para algumas atividades a consulta prévia é autorizada no ato do pedido, porém para atividades que são consideradas de risco e que necessitam de local apropriado, o pedido da consulta é encaminhado automaticamente para o setor de fiscalização, sendo que o fiscal responsável irá fazer a vistoria para verificar se as atividades e o local estão de acordo, se podem exercer atividade em determinada área, caso contrário, a consulta é indeferida, e constará qual o motivo do indeferimento para que o usuário esteja ciente.

Há o setor de fiscalização externa da prefeitura, no qual é efetuada vistoria nas edificações da empresa para verificar se as informações inseridas na consulta prévia estão de acordo e se o local está apropriado para determinadas atividades, e se por ventura, seja preciso fazer algumas modificações, o fiscal irá informar no ato da vistoria, um prazo para o proprietário do imóvel regularizar as pendências de acordo com o que o fiscal determina com base na legislação.

Além da consulta prévia de atividade econômica, é de extrema importância verificar a Inscrição Imobiliária com o CEP dos Correios, pois uma das dificuldades em Foz do Iguaçu/BR é a diferença dos bairros constantes no CEP com a da Inscrição Imobiliária. Ao encaminhar os documentos para Prefeitura Municipal e os dados do endereço e bairro estiverem diferentes, será indeferida e deverá refazer o processo novamente.

Nos casos em que ocorre divergência entre Inscrição Imobiliária e CEP, o usuário deverá procurar a Divisão de Numeração Predial da Prefeitura para obter uma Declaração de Divisão de Numeração Predial, onde nesta declaração, deverá constar corretamente os dados do endereço, e nos casos em que a Inscrição consta o bairro incorreto, deverá constar o bairro correto para que o usuário possa anexar em seu processo.

A licença fornecida pela Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu é válida anualmente, porém poderá ser cancelada e excluída por ofício a qualquer momento. Situações assim ocorrem quando as empresas deixam de apresentar algum documento, ou não estão de acordo com os decretos vigentes no ano da liberação da licença inicial.

As empresas que não exercem atividade no local são consideradas domicílio tributário, onde deverá pedir o recadastramento da empresa anualmente conforme edital que é publicado na Prefeitura Municipal, caso não seja feito o recadastramento a inscrição municipal é cancelada por ofício até fazer um pedido de recadastramento (Decreto Municipal nº 24.594/2016, Art. 12).

Para empresas que exercem atividades de comércio, o alvará tem validade para o ano de exercício, sendo que é renovado de forma automática no dia 2 de janeiro do ano

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subsequente, em face da vistoria de localização realizada pelos agentes fiscais durante o exercício da validade da licença (Decreto Municipal nº 24.594/2016, Art. 38).

As empresas que foram canceladas devem providenciar a reativação do alvará através do DUC com firma reconhecida em cartório pelo responsável da empresa (Decreto Municipal nº 24.594/2016, Art. 13).

O cancelamento de alvará por ofício ocorre quando o contribuinte deixa de declarar o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), cessação de atividade no endereço cadastrado, contribuinte que encerrar suas atividades e não comunicar à Prefeitura e o contribuinte que não efetuar o recadastramento solicitado pela Fazenda Pública (Decreto Municipal nº 24.594/2016, Art. 25).

Além dos alvarás de licença de funcionamento, as empresas que exercem atividades no ramo alimentício, saúde ou semelhantes, deverão ter o alvará da vigilância sanitária, onde a higiene e conservação é um fator essencial neste ramo de atividade. A validade deste alvará é de forma anual, porém não é no dia 2 de janeiro de cada ano subsequente, por exemplo, o pedido inicial ocorreu no mês de Julho de 2015 e o término em Julho de 2016, sendo que a empresa deverá fazer o pedido de recadastramento um mês antes do vencimento do alvará que estiver vigente, ou seja, deverá fazer o pedido de recadastramento em Maio de 2016.

O artigo 16, Inciso II do Decreto nº 24.594/2016, determina que para pedir alvará inicial, o usuário deverá preencher os seguintes documentos: DUC (documento único de cadastro), termo de responsabilidade (libera juntamente com o DUC), termo de compromisso (anexo IX – Lei Complementar nº 082 que não emprega menor de idade) e Consulta Prévia de Atividade Econômica (Guia Azul).

Após protocolar os documentos exigidos pela prefeitura, os fiscais do setor retornam ao local da primeira vistoria (consulta prévia de atividade econômica) e realizam uma nova vistoria para constatarem se o que foi informado nos documentos está de acordo com a realidade da empresa, caso haja alguma pendência na edificação ou tenha que fazer alguma modificação, os fiscais tem autonomia de comunicar a empresa a realizar as devidas modificações para retornarem a posterior vistoria para liberação do alvará inicial.

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2.1.2.1.1.1 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA REQUERER ALVARÁ

Os documentos obrigatórios para requerer alvará junto ao município são:

a) Guia Azul (fica dispensada a apresentação do mesmo para empresas que não exercem atividade no local – domicílio tributário);

b) CNPJ;

c) Cópia do Contrato Social/Requerimento de Empresário; d) Duc;

e) Termo de Responsabilidade nº (de acordo com o número do DUC);

f) Termo de Compromisso (anexo IX – Lei Complementar nº 082, não emprega menor de idade);

g) Termo de Domicílio Tributário (se empresa não exercer atividade no local); h) Laudo do Corpo de Bombeiros (dependendo da atividade que irá exercer); i) Licença Ambiental (dependendo da atividade que irá exercer)

j) Certificado de Regularidade do Contador.

2.1.2.1.2 CORPO DE BOMBEIROS (CERTIFICADO DE VISTORIA EM ESTABELECIMENTO - CVE)

O Corpo de Bombeiros é um órgão da esfera do Governo do Estado, que é responsável pela liberação do Certificado de Vistoria no Estabelecimento contra incêndio e pânico, no qual possui vínculo com a Prefeitura Municipal. O Corpo de Bombeiros previne as atividades de risco e incêndio constadas na NPT 001 e NPT 002.

Através do vínculo com a Prefeitura Municipal, o Corpo de Bombeiros emite certificado e projeto para determinadas atividades de acordo com a estrutura em que a empresa estiver instalada, sendo que para a liberação do alvará dependendo das atividades deverá obrigatoriamente ter autorização do Corpo de Bombeiros.

Em relação ao vínculo para liberação do alvará, todas as atividades que são consideradas de risco de incêndio e pânico e que estiverem descritas no Decreto Municipal nº 24.594/2016 devem apresentar o certificado aprovado pelo Corpo de Bombeiros e muitas vezes projetos de acordo com as atividades.

Conforme a NPT 001 Parte 01, a vistoria do Corpo de Bombeiros ocorre a partir do momento em que realiza o cadastro no portal do Prevfogo, deste modo após o preenchimento

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de todas as informações da empresa, principalmente atividade e total de metros de área utilizada, é gerada uma taxa de acordo com as informações inseridas. Após efetuar o pagamento e o sistema reconhecer a baixa do mesmo, o processo é encaminhado automaticamente aos soldados do Corpo de Bombeiros para realizar a vistoria, sabendo que o Corpo de Bombeiros possui um prazo de até 30 (trinta) dias para realizar a vistoria após o reconhecimento da taxa paga.

Os estabelecimentos que possuem pendências devem regularizar o mais rápido possível, e ao efetuar as modificações deverá fazer uma reentrada de vistoria, uma vez que a taxa paga é composta por apenas 3 (três) vistorias, após isso, deverá requerer uma nova vistoria e pagar uma nova taxa.

Aos estabelecimentos que têm a solicitação liberada no ato da vistoria são aqueles que possuem todas as medidas de segurança que o local precisa ter, e os estabelecimentos que tem sua solicitação negada são aqueles que possuem pendências e que são obrigados a regularizar o local (Cartilha do Corpo de Bombeiros – orientações gerais vistoria 2015).

As NPT são normas vigentes no Corpo de Bombeiros, que ao constituir uma empresa e as atividades econômicas estabelecer algum grau de risco, os comerciantes devem seguir as seguintes NPT:

a) NPT 001 Parte 01: preceito que específica como ocorrem às vistorias e que constam no anexo as atividades econômicas de alto risco para processo de certificação;

b) NPT 001 Parte 02: regulamento vigente que determina os planos de segurança contra incêndio e pânico;

c) NPT 002: regra determinada para as edificações existentes e antigas para adaptação às normas de segurança contra incêndio;

d) NPT 014: norma estabelecida para edificações e áreas que exerce atividades de risco conforme os anexos A, B e C.

2.1.2.1.3 SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL (INSCRIÇÃO ESTADUAL)

A Secretaria da Fazenda Estadual é o órgão da esfera do Governo do Estado, sendo responsável pela concessão da Inscrição Estadual e notas fiscais ao consumidor.

A Inscrição Estadual e a nota fiscal ao consumidor são fornecidas apenas para empresas do ramo do comércio, comunicação e transporte, sendo que a nota fiscal somente é concedida para empresas que possuem cadastro no Receita/PR e Certificado Digital.

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Ressaltando que o credenciamento deverá ser feito obrigatoriamente para emissão de notas, pois é necessário o usuário e senha de acesso no portal da Secretaria da Fazenda, podendo também os Microempreendedor Individual se cadastrar.

De acordo com o artigo 33 da Lei nº 11.580/1996, e artigo 125 do RICMS/2012, a Inscrição Estadual é o cadastro de contribuinte no ICMS, para as empresa que planejam operar com atividades de circularização de mercadorias, serviços de comunicação e serviços de transporte intermunicipal e interestadual.

O cadastro no Receita/PR é feito através do registro do AR, que deverá ser assinado e credenciado pelo responsável legal da empresa, conforme consta o Anexo II da NPF n° 046/2016, no qual o responsável legal deverá ter cadastro no CPF na Receita Federal do Brasil, caso contrário, não poderá ser usuário. A partir da adesão do AR, o usuário deverá encaminhar para a agência regional da Secretaria da Fazenda, o termo de adesão para que seja homologada. Do mesmo modo que se faz a aquisição do cadastro, poderá fazer a extinção do mesmo, sendo que o pedido poderá ser feito a qualquer momento através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), porém o usuário deve se certificar que não irá mais utilizar o cadastro (NPF n° 077/2010 alterada para NPF n° 044/2014).

2.1.2.1.3.1 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA REQUERER INSCRIÇÃO ESTADUAL

Os documentos obrigatórios para requerer Inscrição Estadual são:

a) 2 (duas) vias do Termo de Responsabilidade (assinatura registrada em cartório do contador e sócio/responsável apenas de uma via);

b) Cópia autenticada do Contrato Social/Requerimento de Empresário (se for registrado há mais de 3 (três) meses deverá apresentar a Certidão Simplificada na Junta Comercial);

c) Cópia autenticada do Contrato de Prestação de Serviço com assinatura reconhecida em cartório do contador e sócio/responsável;

d) Instrumento público de mandato do procurador da empresa outorgado pelo(s) sócio(s) responsável(eis) se for o caso.

O Termo de Responsabilidade terá um prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do pedido, para dar entrada na documentação, caso não seja protocolado, o número do CICAD será cancelado, e para reativar terá que fazer um novo processo de reativação para a empresa.

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2.2 CONSTITUIÇÃO E LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL NO PARAGUAI (CIUDAD DEL ESTE)

A constituição empresarial no Paraguai ocorre de forma específica em cada órgão constituinte, no qual cada um tem sua função regulamentada, onde há participação do Ministério da Fazenda (Receita Federal) e da Municipalidade (Prefeitura Municipal).

E para se constituir uma empresa o comerciante deverá procurar uma Escrivania Pública (Cartório de Registro de Documentos) para dar entrada na Escritura Pública de registro para constituição, efetuar o registro no Ministério da Fazenda, e após, a solicitação da Patente (Licença de Localização e Funcionamento) na Municipalidade, cujos procedimentos serão tratados a seguir.

2.2.1 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL

Para dar início à constituição de empresas, o comerciante deverá ir até um Cartório de Registro mais próximo para dar entrada nos documentos para abertura da empresa, através de lavratura de escritura pública de constituição empresarial, juntamente com os seguintes documentos:

a) Cédula de Identidade;

b) Comprovante de endereço do empresário/sócio;

c) Carnê de IPTU do local, com comprovante de pagamento (não pode estar atrasado);

d) Atividades que pretende exercer;

e) Antecedentes criminais (emitido pelo próprio Cartório de Registro).

O comerciante ao solicitar Escritura Empresarial, deve estar ciente de que o Cartório de Registro irá consultar os órgãos competentes que comprovem que não exista nenhum antecedente em seu nome.

Os brasileiros que queiram abrir empresa no Paraguai devem possuir cédula de Identidade Paraguaia e visto permanente do país, e nos casos em que não possuem visto permanente, o mesmo não poderá ser diretor, e deverá nomear um diretor que tenha nacionalidade paraguaia ou que possua o visto permanente.

Após solicitar a abertura de empresa no Cartório de Registro, o comerciante terá sua escritura da empresa após 45 (quarenta e cinco) dias à 60 (sessenta) dias, sendo que após a

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conclusão da escritura, o comerciante é comunicado a retirar os documentos no Cartório e ir até um escritório de contabilidade para solicitar o Registro Único do Contribuinte (RUC).

A partir da escritura da empresa, é que o Contador Responsável começa a trabalhar na empresa, sendo o primeiro passo solicitar o RUC.

O RUC é solicitado através do portal online de acesso exclusivo aos contadores, denominado Marangatu, no qual deverão anexar os seguintes documentos:

a) Escritura da empresa registrada no Cartório; b) Cédula de Identidade;

c) Comprovante de endereço do empresário/sócio;

d) Carnê de IPTU do local, com comprovante de pagamento.

O sistema Marangatu esta vigente desde 01/03/2016 juntamente com o SUACE com integração direta com o Ministério da Fazenda Estadual, no qual é responsável pela inscrição do RUC e declarações de empresas que são exigíveis para cada tipo de atividade.

Após a pré-inscrição online do RUC, o contador receberá uma resposta do sistema Marangatu por meio de correio eletrônico, no qual comunicará o comerciante para comparecer ao Ministério da Fazenda Estadual, para participar de uma reunião e retirar seu RUC, que é requisito obrigatório para o término da constituição da empresa.

O Ministério da Fazenda Estadual solicita o comerciante para essa reunião, para expor as obrigações que o novo contribuinte terá os impostos que serão incidentes sobre suas atividades e como funcionará sua empresa, e após o término da reunião, o Ministério da Fazenda Estadual colhe as digitais dos responsáveis da empresa juntamente com foto digital para prosseguir a liberação do RUC.

Aos estrangeiros que queiram constituir uma empresa no Paraguai, devem seguir o mesmo procedimento, porém devem retirar algumas liberações nos devidos órgãos que serão citados a seguir.

Os processos de abertura de empresa para pessoas estrangeiras ocorrem em um Sistema Unificado, chamado SUACE (Sistema Unificado para Abertura e Fechamento de Empresa), onde surgiu em 2006.

O SUACE é um sistema integrado entre 7 (sete) órgãos de registro de empresas em todas as competências, sendo eles:

a) Ministério de Indústria e Comércio (MIC), como órgão coordenador; b) Ministério da Fazenda;

c) Corte Suprema de Justiça,

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e) Ministério do Trabalho, do Emprego e da Seguridade Social; f) Instituto de Previdência Social;

g) Prefeitura Municipal.

Por ser um sistema unificado, foram divididas as agências de registro em várias cidades, sendo ao usuário, necessário o deslocamento até a agência mais próxima do SUACE para obter registro da empresa. As cidades autorizadas para registro das empresas são: Caacupé, Ciudad del Este, Concepción, Coronel Oviedo, Encarnación (Fronteira com a Argentina), Pedro Juan Caballero (Fronteira com o Brasil), Pilar (Fronteira com a Argentina), Villa Rica.

O comerciante que possui interesse em abrir uma empresa no Paraguai deve procurar o Ministério de Indústria e Comércio para obter a licença “Constância de Investidor”, na qual pode ser retirada no mesmo dia, e em alguns casos específicos na mesma semana ou até mesmo no dia seguinte (SUACE).

A Constância de Investidor é o cadastro realizado no MIC juntamente pelas agências regionais de registro do SUACE, para a concessão de identidade paraguaia, porém o registro é encaminhado e realizado no Red de Inversiones Y Exportaciones (REDIEX), pois anteriormente o prazo para a liberação da identidade era de 45 (quarenta e cinco) a 60 (sessenta) dias, e modernamente, isso ocorre em apenas 5 (cinco) dias (SUACE).

Após a obtenção da Constância de Investidor, pode-se constituir a empresa no Paraguai, utilizando apenas a agência do SUACE, onde através deste sistema é liberado os documentos da procuradoria da fazenda, do Registro Público do Comércio (registro de pessoas físicas e jurídicas e registro público do comércio), Registro Único do Contribuinte (RUC), da patente comercial, cartão de residência permanente ou temporária no Paraguai, inscrição dos trabalhadores das empresas e do próprio empresário perante o Instituto de Previdência Social (IPS) e inscrição de empregados e empresários no Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (SUACE).

Para abertura de empresas no Paraguai, os usuários deverão seguir as seguintes etapas conforme consta no SUACE:

a) Mesa de Entrada: início dos procedimentos; b) Estrangeiros: 5 (cinco) dias;

c) Advocacia do Tesouro: 2 (dois) dias; d) Fiscalização de taxas: 15 (quinze) minutos; e) Registros Públicos: 1 (uma) hora;

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f) Subsecretária do Estado de Tributação (SSET): composto pelo Instituto de Previdência Social – 1 (uma) horas e Prefeitura – 8 (oito) dias;

g) Ministério do Trabalho: 1 (uma) hora;

h) Micro, Pequena e Média Empresa (MIPYMES): 2 (dois) dias; i) Mesa de Saída: finalização dos procedimentos.

Os procedimentos para abertura de empresa estão divididos em etapas, conforme descrito a seguir.

ETAPA 1 – MESA DE ENTRADA

a) Orientar os empresários nos trâmites e direitos aduaneiros que dependerá do ramo de atividade que a empresa irá exercer;

b) Informar aos empresários nacionais e estrangeiros a obtenção das licenças e autorizações atribuídas ao SUACE;

c) Contribuir aos interessados o formulário único do SUACE e as exigências de cada órgão integrado ao SUACE;

d) Recepcionar, investigar e despachar os processos ao SUACE;

e) Após os seguimentos dos passos e a verificação, os documentos são digitalizados para o sistema e no ato, é concedida ao empresário uma senha de acesso ao sistema para consultar o andamento de seu processo e após, é notificado com a informação de que a empresa já esta constituída;

f) As empresas que possui constituição no Brasil deverão apresentar juntamente com os documentos da empresa que será constituída no Paraguai, o contrato social da empresa brasileira.

ETAPA 2 – DIREÇÃO GERAL DE MIGRAÇÕES

a) Aos empresários de origem estrangeira, devem realizar as exigências constadas nos anexos exigidos pela Lei das Migrações para conseguirem a constituição de empresas no Paraguai.

ETAPA 3 – DIREÇÃO GERAL DOS REGISTROS PÚBLICOS a) Inscrição da empresa no órgão público;

b) Esclarecimento do expediente eletrônico da empresa;

c) Conduzir os documentos da empresa para a mesa de entrada e saída do SUACE; d) Despacho para o ajuizado da primeira estância;

e) Complemento do expediente eletrônico. ETAPA 4 – MINISTÉRIO DA FAZENDA

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b) Emissão do RUC;

c) Entrega dos documentos da mesa de entrada aos empresários; d) Conclusão do expediente eletrônico da empresa.

ETAPA 5 – PREFEITURA MUNICIPAL

a) Apuração e envio do expediente eletrônico da empresa;

b) Transmissão de Patente Comercial, Resolução e Certificado de Licença de Habilitação de Estabelecimento e remessa à mesa de entrada e saída de autorização do SUACE;

c) Complemento do expediente eletrônico. ETAPA 6 – INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

a) Inscrição do empregado e empregador;

b) Envio dos documentos para mesa de entrada e saída do SUACE; c) Complemento do expediente eletrônico.

ETAPA 7 – MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL a) Inscrição empregatícia;

b) Encaminhamento dos documentos para mesa de entrada e saída do SUACE; c) Complemente do expediente eletrônico.

O processo de abertura de empresa ocorre de forma unificada pelo SUACE, porém há uma demora na análise do processo em cada órgão.

O registro do contrato social ocorre em Cartório como se fosse uma escritura de imóvel, sendo analisadas as seguintes informações: nome empresarial, capital, localização, sócios e quotas. Este procedimento demora entre 30 (trinta) e 45 (quarenta e cinco) dias.

Após a entrega do contrato social a próxima etapa a ser seguida é o cadastro do RUC, no qual deverá encaminhar o contrato social junto com demais documentos para a Secretaria da Fazendo, tendo como prazo de demora 5 (cinco) dias.

O empresário deverá entender quais as inscrições que deve possuir para as determinadas atividades sem que seja prejudicado em qualquer estância por falta de alguma inscrição que não foi realizada (SUACE).

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2.2.1.1 ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL

A constituição empresarial ocorre no Cartório de Registro, no qual se constitui a Escritura Empresarial, onde deve constar nome empresarial, qualificação do empresário/sócios, endereço residencial e comercial, atividades, capital social e tipo empresarial. Sendo que o endereço comercial na escritura, não precisará constar de forma complexa, mas sim de forma direta e específica, onde existe a possibilidade de alterar o endereço no ato de legalização.

A Escritura Empresarial é elaborada pelo Cartório de Registro por ser um órgão competente que registra todo que é tipo de escritura, inclusive, por ser o órgão responsável de consultar se o comerciante está autorizado para constituir uma empresa.

Após a inscrição da Escritura Empresarial, a empresa já estará pronta para solicitar o RUC, sendo necessária a utilização do sistema Marangatu para vincular o processo ao Ministério da Fazenda Estadual.

O Marangatu é a intermediação do contador juntamente ao Ministério da Fazenda, no qual o contador digitaliza os documentos e encaminha para o sistema para posterior liberação do RUC, sendo eles:

a) Escritura Empresarial registrada no Cartório de Registro; b) Cédula de Identidade;

c) Comprovante de endereço do empresário/sócio;

d) Carnê de IPTU do local, com comprovante de pagamento.

2.2.2 LEGALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Após a constituição de uma empresa, o contribuinte deverá solicitar a patente comercial concedida pela Prefeitura Municipal.

Para solicitar a patente comercial, o contador deve encaminhar-se até a Prefeitura Municipal portando os seguintes documentos:

a) RUC;

b) Escritura Empresarial; c) Cédula de Identidade;

d) Comprovante de endereço do empresário/sócio;

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É de extrema importância levar o comprovante de pagamento do IPTU, pois caso tenha alguma dívida a patente não é liberada enquanto não baixar pagamento da mesma, sendo um critério obrigatório para solicitar a patente comercial.

Após a entrada dos documentos, a patente é liberada em torno de 8 (oito) dias úteis, porém a documentação deve ter sido protocolado de forma completa e que o comerciante já tenha efetuado o pagamento da taxa inicial de patente. Esta taxa é 1% (um por cento) sobre o Capital Social da empresa, e para sua renovação, deve ser solicitada uma nova taxa em Outubro de cada ano, possuindo os seguintes documentos:

a) RUC;

b) Escritura Empresarial; c) Cédula de Identidade;

d) Comprovante de endereço do empresário/sócio;

e) Carnê de IPTU do local, com comprovante de pagamento; f) Balanço Patrimonial.

A exigibilidade dos documentos citados acima é para comprovar o Ativo da empresa, para que a taxa de renovação seja cobrada sobre 1% (um por cento) do valor total do ativo, e caso o pagamento não seja efetuado, a renovação da patente não é renovada.

Para as atividades de comércio, de forma geral, o único documento exigido é a patente comercial, e nos casos de Importação e Exportação, Farmácia, Laboratórios, é necessário solicitar a licença ao qual se enquadra cada atividade, sendo que somente em atividade que envolva saúde e alimentação direta é que deve solicitar licenças cabíveis.

Referências

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