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A UTILIZAÇÃO DA PSE COMO INDICADORA DE INTENSIDADE DE UM TESTE PROGRESSIVO DE CORRIDA INTERMITENTE EM JOGADORES DE FUTEBOL

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Recebido em: 11/7/2011 Emitido parece em: 15/7/2011 Artigo original

A UTILIZAÇÃO DA PSE COMO INDICADORA DE INTENSIDADE DE UM TESTE

PROGRESSIVO DE CORRIDA INTERMITENTE EM JOGADORES DE FUTEBOL

Osvaldo Donizete Siqueira1, Luiz Antônio Crescente1, Tiago Cetolin3 Valdeci Foza3,Marcelo Cardoso2

RESUMO

O propósito do estudo foi verificar a correlação entre a percepção subjetiva de esforço (PSE) com a frequência cardíaca (FC) e a concentração de lactato [La] de um teste progressivo intermitente em jovens jogadores de futebol. Fizeram parte do estudo 56 jogadores de um clube profissional de futebol do Rio Grande do Sul, com média de idade de 15,11 ± 1,1 anos, massa corporal total de 60 ± 4.0 kg e estatura 1,68 ± de 0,04m. Os atletas foram submetidos ao teste TCAR, com o objetivo de identificar o pico de velocidade corrigido (PVcor). A FC foi monitorada no final de cada estágio. Ao final de dois estágios os jogadores eram avaliados quanto à PSE (escala de Borg) e concentrações de Lactato, através de coletas de sangue. Para análise dos dados, utilizamos a estatística inferencial adotando o teste de correlação Produto Momento de Pearson. Resultados: valores médios e desvios padrão encontrados para a FC 183±16,9, PSE1 11,68±3,60, lactato 3,80±2,8 e PSE2 11,54±3,62. Em relação às correlações, a PSE apresentou uma associação com a FC significativa, crescente e de magnitude moderada (p = 0,000; r = 0,60). Encontramos uma correlação significativa, positiva e de magnitude forte entre o Lactato e a PSE (p = 0,000; r = 0,80). Conclusões: com base nos resultados podemos dizer que a PSE é um instrumento válido para avaliar e monitorar a intensidade de esforço, em conjunto com a resposta metabólica [La] e cardiovascular (FC). Fica evidenciado com as correlações que a PSE é dependente de processos neurais e cognitivos e que, o estresse físico produziu sinais sensoriais aferentes que promoveram alterações na PSE.

Palavras-chave: Percepção subjetiva de esforço, frequência cardíaca, futebol.

THE USING THE RPE AS INDICATOR OF INTENSITY OF A TEST RUN FOR

PROGRESSIVE INTERMITTENT IN SOCCER PLAYERS

ABSTRACT

There the intention of the study was to verify the correlation between rate perceived exertion (RPE) with heart rate (HR) and lactate concentration [La] a progressive test in intermittent young soccer players. Study participants were 56 players from a professional football club from Rio Grande do Sul, with a mean age of 15.11 ± 1.1 years, total body mass of 60 ± 4.0 kg and height 1.68 ± 0.04 m. The athletes were tested using TCAR, with the aim of identifying the peak velocity corrected (PVcor). The HR was monitored at the end of each stage. After two stages the players were evaluated for RPE (Borg scale) and concentrations of lactate through blood collection. For data analysis we used inferential statistics, adopting the correlation test of Pearson Product Moment. Results: Mean values and standard deviations found for the FC 183 ± 16.9, RPE1 11.68 ± 3.60, lactate 3.80 ± 2.8 and 11.54 ± 3.62 RPE2. Regarding the correlations, the PSE showed a significant association with the HR increased and a moderate (p = 0.000; r = 0.60). We found a significant correlation, positive and strong magnitude between lactate and RPE (p = 0.000, r = 0.80). Conclusions: Based on the results presented in this study we can say that RPE is a valid tool to assess and monitor the intensity of effort, together with the metabolic response [La] and cardiovascular (HR). It was evident that the correlations with RPE is dependent on neural processes and cognitive and physical stress produced afferent sensory signals that promoted changes in the RPE.

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INTRODUÇÃO

O treinamento bem planejado, consiste na utilização de métodos, controle e acompanhamento do volume, intensidade das cargas de treinamento, intervalo e um trabalho progressivo, adequados as capacidades individuais dos atletas para que atendam aos objetivos da modalidade esportiva. Um dos problemas encontrados no planejamento do treinamento físico com jovens jogadores de futebol diz respeito a encontrar e controlar a intensidade de esforço individual tanto na avaliação, quanto no treino. Na literatura científica encontramos diferentes metodologias e instrumentos para monitorar a intensidade. No entanto, no futebol devido ao número de atletas e fatores associados à adaptação e validade ecológica no processo de avaliação, é importante a utilização de métodos simples, de fácil aplicação e que tenham baixos custos. Borg e Noble (1974), desenvolveram uma escala para avaliar o esforço percebido durante uma atividade física, índice de Percepção Subjetiva do Esforço (PSE), que apresentou uma forte correlação com a frequência cardíaca (FC). Dessa forma, a PSE foi aplicada em avaliações com atletas de diferentes modalidades esportivas apresentando resultados satisfatórios. Por isso, é considerado um instrumento fidedigno para controlar a intensidade dos treinos já que fornece dados necessários para prescrição do treinamento (DENADAI, 2000 e POLLOCK et al., 1998) tendo utilidade tanto para atletas como para indivíduos de várias populações (SHEPHARD et al.,1996; COLBERG et al.,2003).

Dentro dessa perspectiva, a PSE utilizada juntamente com a resposta metabólica [La] e cardiovascular (FC), pode servir também como indicadora de intensidade durante teste incremental. Tal informação parece ser bem documentada e difundida na literatura, quando estudada tanto em cicloergômetros (NAKAMURA et al.,2005b) como em testes de campo (BERTUZZI et al.,2006) e recentemente no meio aquático (NAKAMURA et al.,2005a, LIMA et al.,2006).

A resposta da PSE através da escala de Borg de 15 pontos (6-20) parece aumentar de forma linear durante testes retangulares, a uma taxa proporcional à intensidade de corrida (NAKAMURA et al.,2005b). Tais identificações parecem responder a inúmeras variáveis, como as descritas por Bertuzzi et al., (2006) que indicam que a resposta de PSE seja oriunda de uma interação de múltiplos sinais aferentes oriundos dos sistemas cardiorrespiratório e neuromuscular, sugerindo assim que tais sinais segundo Cefarelli (1982) sejam oriundas de uma “cópia” dos impulsos motores transmitidas ao córtex sensorial, informando sobre o grau de ativação muscular e que os estímulos aferentes seriam comparados aos motores eferentes e que essa comparação de informações provocaria compensações imediatas no sentido de contrabalançar a fadiga e que desta forma uma tarefa mental como a PSE pode mascarar uma tarefa física (GREIG et al.,2007).

As investigações têm apresentado inúmeras técnicas e métodos na avaliação das respostas fisiológicas em exercício intermitente de alta intensidade. Entretanto, durante o exercício intermitente de alta intensidade, essas respostas têm apresentado uma variabilidade grande influenciada por variáveis, tempo e período do treinamento, o modelo de exercício, a dieta e principalmente a intensidade e duração do exercício realizado de forma intermitente (SILVEIRA e DENADAI, 2002). Outro fator relevante nesse processo é referente ao intervalo de atividade e de recuperação, há um importante aumento da contribuição do metabolismo oxidativo no fornecimento de energia, aumentando o tempo de exaustão (GAITANOS et al., 1993).

De encontro a essas preocupações, Gallahue e Osmun (2003) salientam que a capacidade de interpretação de ações fisiológicas por adolescentes ainda encontra-se em desenvolvimento, e com isso algumas distorções quanto á capacidade de descrever o que esta ocorrendo em seu corpo durante as ações motoras. Com isso, pouco se sabe quanto da aplicabilidade deste instrumento junto a público jovem, portanto o presente estudo tem por objetivo investigar a correlação entre a percepção subjetiva de esforço com a frequência cardíaca e concentração de lactato de um teste progressivo intermitente aplicado em jovens jogadores de futebol.

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MATERIAL E MÉTODOS SUJEITOS DO ESTUDO

Fizeram parte do estudo 56 sujeitos integrantes do projeto Genoma ligado a um clube profissional de futebol do Rio Grande do Sul, com média de idade de 15,11 ± 1,1 anos, massa corporal total de 60 ± 4.0 kg e estatura 1,68 ± de 0,04m, com atividades sistemáticas de 3 a 5 sessões semanais. Os sujeitos apresentavam um período de prática na modalidade maior de 2 anos. Todos os sujeitos tiveram participação voluntária com autorização prévia de seus representantes legais através de um termo de consentimento informado.

CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA

Para calcular o tamanho da amostra tomamos como referência o estudo de Rafo et al., (2008). Recorremos a esses estudos por serem realizados com metodologias e variáveis semelhantes a que adotamos em nosso estudo. Para a realização do calculo amostral utilizamos os valores do estudo de referencia: coeficiente de correlação r = 0,60, poder do teste de 90% e um alfa de 5%. O software utilizado foi o BioEstat 5.0 adotando o teste de correlação linear para determinar e o “n” mínimo. O n amostral para o presente estudo ficou definido em 55 sujeitos.

PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS

Para alcançar o objetivo proposto pelo estudo, os atletas foram submetidos a uma avaliação, onde foi aplicado o teste TCAR, com o objetivo de identificar o pico de velocidade corrigido (PVcor)(CARMINATTI et al., 2004). O teste TCAR caracteriza–se por ser do tipo intermitente escalonado, com multi-estágios de 90 segundos de duração (5 x 12 segundos de corrida; intercalados por pausas de 6 segundos de caminhada, marcados por um sinal sonoro (bip), em intervalos regulares de 6 segundos que determinam o ritmo de corrida do sujeito avaliado nos deslocamentos entre as linhas dos cones. O teste inicia com 9,0 km/h (2x15m) e incrementa 0,6 km/h a cada estágio de 90 segundos, mediante aumento de 1m na distância (figura 1).

Figura 1. Visualização do esquema do teste intermitente TCAR.

A FC foi monitorada no final de cada estágio sendo que no final de 02 estágios, tinha–se uma pausa de 1 minuto para análise da percepção subjetiva de esforço através da escala de Borg (2000) e para as coletas de sangue. Nos procedimentos para coletada dos dados, cabe destacar que todos os atletas foram familiarizados com o uso e correspondência da escala de percepção subjetiva ao esforço.

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para o teste progressivo máximo foi utilizado aparelho de som com potência adequada para o local do teste, CD player com o protocolo do teste gravado cedido pelo autor do teste, cones, fita métrica. A frequência cardíaca foi registrada através de cardiofrequencímetros da marca Polar Electro®-modelo FS1. Já para as amostras de sangue após assepsia local foi realizada uma pequena incisão no lóbulo da orelha com lancetas descartáveis e 25µL de sangue capilarizado foram coletados utilizando-se capilares de vidro heparinizados e calibrados. As coletas foram armazenadas em tubos Eppendorfs, contendo

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posteriormente analisadas no período máximo de 72 horas. Durante os procedimentos de coletas foram utilizadas lancetas e luvas cirúrgicas descartáveis para evitar qualquer tipo de contaminação.

TRATAMENTO DOS DADOS

Para descrição dos dados foi utilizada estatística descritiva de média, desvio-padrão. Na análise inferencial recorremos ao teste de correlação linear bivariada Produto Momento de Pearson. Procedemos da análise de aderência a normalidade da distribuição dos dados através do teste de Shapiro Wilk e da simetria da curva pelo razão da skewness/Std Error. O software utilizado foi o SPSS V. 18 e o nível de significância foi mantido em 0,05.

PROCEDIMENTOS ÉTICOS

Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, no qual estava descrito os objetivos da investigação, dos riscos na participação e do sigilo dos nomes na divulgação dos resultados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Luterana (ULBRA) sobre o protocolo nº 105H-2009.

RESULTADOS

Na tabela abaixo estão apresentados os valores de média, desvio padrão e valores mínimos e máximos para as variáveis FC, Lactato e a PSE.

Tabela 1. Valores de média, desvios padrão, valores mínimos e máximos para as variáveis FC, Lactato

e a PSE.

FC

bt/min. mmol.lLactato

PSE N 56 56 56 Média 183,2 3,80 11,5 Desvio Padrão 16,97 2,84 3,62 Mínimo 142,0 ,73 7,0 Máximo 213,0 11,58 19,0

Em relação as correlação entre PSE com a FC e o [La] encontramos os seguintes resultados: a análise estatística dos dados de PSE e FC revelou uma associação significativa de sentido positivo crescente, porém de magnitude moderada (p= 0,000; r = 0,60). Podemos observar o comportamento dos dados através da figura 2 abaixo.

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Figura 2. Correlação entre concentração de FC e PSE.

O coeficiente de determinação encontrado R2 = 0,36, revela que apenas 36% da variância da FC

(bt/min) são explicadas pela variabilidade da percepção subjetiva de esforço. Pelo fato de apresentar um baixo poder explicativo a escala PSE não apresenta uma correspondência boa com a FC na avaliação da intensidade de esforço. Encontramos uma correlação significativa e positiva, de magnitude forte entre o Lactato e a PSE (p = 0,000; r = 0,80). O comportamento dos dados pode ser observado na figura 3 abaixo.

Figura 3. Correlação entre concentração de lactato e PSE.

O coeficiente de determinação encontrado R2 = 0,63, revela que apenas 63% da variância do

Lactato são explicadas pela variabilidade da percepção subjetiva de esforço. Diferentemente do que encontramos com a relação entre a FC e a PSE, apresenta uma correspondência boa com a medida de lactacidemia, podendo ser utilizada na avaliação da intensidade de esforço.

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DISCUSSÃO

Valores superiores de correlação foram encontrados por Galante (2006) com sujeitos universitários sedentários (r=0,89) e por Mendonça e Pereira (2007) em atletas de remo (r= 0,829). Semelhante a estes resultados, Nakamura et al., (2005a) investigando a correlação da FC com a PSE em corrida aquática, obtiveram um valor de r=0,85. Já Kolkhorst et al., (1996) quando na comparação em atividades na velocidade de limiares de lactato preditos por concentrações fixas de lactato obteve correlação moderada tanto a 2 mmol.l-¹ (r=0,73) quanto à 4 mmol.l¹ (r=0,48). Resultados mais expressivos são apresentados por Demura e Nagasawa (2033) onde avaliando em cicloergômetro estudantes saudáveis encontrou correlações significativas (r=0,99) e por Lima et al., (2006) na avaliação de nadadores (r=0,94-1,0).

Já no que se concerne, a relação da PSE com as [La], o valor de correlação foi mais elevada quando em comparação com a FC, apresentando um valor médio alto e significativo de r = 0,80. Valores elevados de correlação entre estas duas variáveis também foram observados por Lima et al., (2006) em teste aquático e Perandini et al., (2007) em esforços intermitentes em cicloergômetro (r=0,78). Na literatura investigada, grande parte dos estudos os sujeitos encontravam-se na faixa etária adulta, enquanto no presente estudo estão na faixa de adolescentes, levantando a hipótese que talvez a baixa correlação encontrada entre a FC e a PSE tenha como fator a falta de capacidade dos mesmos em interpretarem o nível de intensidade da atividade proposta, já que Gallahue e Osmun (2003) salientam que a capacidade de interpretação de ações fisiológicas por adolescentes ainda encontra-se em desenvolvimento apresentando dificuldades quanto á capacidade de descrever o que esta ocorrendo em seu corpo durante as ações motoras, podendo indicar que em adolescentes existe uma maior capacidade de interpretação do funcionamento do sistema metabólico que do sistema cardíaco. Esta observação parece assemelhar-se ao descrito no estudo de LeMura et al., (1997) onde na avaliação de crianças treinadas encontrou valores de PSE centrais (sistema cardíaco), mais altos do que o encontrado em valores periféricos (sistema metabólico), em todas as fases de um teste incremental em cicloergômetro, indicando que crianças podem tolerar altos níveis de fadiga local, mas quando há aumento da fadiga central a tolerância ao desempenho está reduzida. Dentro dessa perspectiva, Garcin et al., (1998) sugeriram que a PSE muscular poderia ser mais útil que PSE global. Isto parece ser explicado de certa forma, já que a taxa de relação de PSE e FC durante a adolescência, parece menos pronunciado que em adultos (GROSLAMBERT e MAHON, 2006). Corroborando com isso, Doimo (2007) salienta que a PSE é menor quanto mais jovem for o indivíduo, mesmo em presença de reações cardíacas e circulatórias elevadas, sugerindo uma contribuição mínima do fator metabólico para a fadiga, fato decorrente principalmente a aspectos maturacionais, já que em idades posteriores à puberdade existe um aumento do potencial glicolítico e da capacidade do organismo de reagir ao acúmulo de lactato (FRAINER et al., 2004).

Somando-se a tais fatores, a PSE parece ser uma variável psicofísica dependente de processos neurais e cognitivos (PERANDINI et al., 2007). Assim, sustenta que PSE deriva de uma “cópia” dos impulsos motores transmitidas ao córtex sensorial, informando sobre o grau de ativação muscular e que propõe que os estímulos aferentes seriam comparados aos motores eferentes e que essa comparação de informações provocaria compensações imediatas no sentido de contrabalançar a fadiga (CEFARELLI, 1982). Em adição os ajustes fisiológicos promovidos pelo estresse físico produzem sinais sensoriais aferentes que são capazes de alterar a percepção subjetiva do esforço (BERTUZZI et al., 2006), podendo esses sinais serem oriundos de parâmetros centrais (consumo de oxigênio, ventilação e FC) e locais (concentração de lactato)(LIMA et al., 2006).

Em adição, é importante destacar como limitação do presente estudo quanto à familiarização do PSE com os atletas, já que Lima et al., (2006) este parece ser um dos principais pontos na correlação positiva encontrada em seus estudos.

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados encontrados no estudo podemos dizer que a PSE apresenta uma maior relação com a resposta metabólica [La] do que com a cardiovascular (FC).

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Podemos utilizar a PSE como um instrumento para avaliar e monitorar a intensidade de esforço, em conjunto com a resposta metabólica [La] e cardiovascular (FC).

Pode ser bem utilizado como parâmetro para prescrição e monitorização de exercícios de treino intensos e intermitentes. Principalmente pelo baixo custo e ser operacional, não exigindo um conhecimento especifico, se mostrou eficiente para os objetivos de avaliação da intensidade de esforço.

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Rua Gonçalves Dias, 904 Centro Esteio/RS 93250350

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