• Nenhum resultado encontrado

Comentário Macro mudança de cenário

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comentário Macro mudança de cenário"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Comentário Macro – mudança de cenário

Sobre os recentes movimentos: na semana passada, o Ibovespa terminou aos 64,085 mil pontos, em alta de 2,31%, recuperando ao menos parte da queda expressiva registrada na semana imediatamente anterior (-8,18%), quando veio à tona a delação-JBS. A percepção de risco-país, medida pelo CDS de 5 anos, recuou 3,38% (fechou aos 238 pontos base); o dólar terminou estável (+0,18%, a R$3,26); e os DIs recuaram mais forte, tendo tido, muito paravelmente, a melhor recuperação dentre os mercados locais. Registre-se: o DI para jan/21, por exemplo, fechou em 10,49%, em queda de 68 pontos base.

Ou seja: foi, especialmente no mercado de juros, uma semana de alguma recuperação. Mas, embora o Banco Central ainda tenha espaço para cortar juros nos próximos meses – e levar a Selic a um patamar próximo de 8,50%, em nossa opinião --, temos que as incertezas continuam elevadas.

Nas últimas horas, o noticiário vai reforçado a tese de que Temer tentará, ao máximo, continuar à frente da Presidência. O julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, marcado para começar no próximo dia 6 de junho, é importante. Mas é possível que haja um pedido de vista, e que vá a instância superior, no STF – procedimentos que postergariam uma decisão mais definitiva. Dito de outra forma: seria ingênuo esperar uma solução definitiva já na semana que vem.

Isso reforça aquilo que falamos na semana anterior: “cremos que o período de turbulência não será passageiro. Tende a ser um choque de efeitos mais duradouros. Esperamos alta volatilidade e incerteza nos próximos dias. É provável que os mercados locais continuem a operar em patamares bem distintos aos até aqui apresentados, atentos à política”.

Temos um cenário-base de um Ibovespa no curto/médio prazo em torno de 59,9-65,1 mil pontos; um dólar entre R$3,25-3,45; e um CDS de 5 anos entre 230 e 280 pontos base. Ou seja: patamares não muito diferentes dos atuais. A este cenário “intermediário” atribuímos uma probabilidade de 50%. A um “cenário mais otimista” atribuímos uma probabilidade de 30%. A um “cenário mais pessimista” uma probabilidade de 20%. Ao longo dos próximos dias/semanas atualizaremos estes números (veja mais sobre estes cenários nas páginas 3 e 4).

Enfatizamos a nossa avaliação da semana anterior: “Entre a última 4ª e 5ª feira (dias 17 e 18), o cenário doméstico mudou. É provável, inclusive, que o governo também mude. Afinal, a delação dos irmãos Batista, da J&F, acertaram em cheio ao Planalto, e grande parte dos líderes do país. Brasília parou, e a perspectiva para o avanço da Reforma da Previdência ficou congelada. Por enquanto, não há perspectivas de retomada desta agenda (certamente não com o ritmo esperado até há pouco), e é cedo para traçar cenários muito assertivos. É preciso ter cautela nestes momentos, que devem continuar a ser de elevada incerteza”.

Para os próximos dias (veja o resumo da agenda “macro” na página seguinte):

• No Brasil, temos 2 grandes destaques na agenda “macro”: (1) a reunião do Copom (4ª, dia 31) – que, em nossa opinião, deve cortar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) – e (2) a divulgação do PIB do 1º tri (6ª, dia 2), que deve mostrar crescimento de 1 p.p. frente ao tri anterior (segundo consenso apurado pela Bloomberg). Em Brasília, será importante monitorar os (1) esforços que devem ser feitos para aprovar a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado; e (2) sinalizações de que o governo já estaria trabalhando com alternativas à reforma da previdência (ao invés de uma PEC, MPs poderiam ser utilizadas);

• No Cenário Internacional, atenção aos dados dos EUA, sobre inflação (3ª, dia 20) e mercado de trabalho (5ª e 6ª, dias 1 e 2). Será importante ver sinais mais positivos sobre a economia americana, para manter alta a expectativa de elevação de juros em junho pelo Fed (dias 13 e 14), e voltar a impulsionar o dólar ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, temas como o (i) sistema de saúde (Trumpcare); (ii) Orçamento de 2018 e (iii) reforma tributária são importantes para avaliar a força do governo-Trump.

(2)

Resumo da Agenda Macro da Semana Resumo da Agenda Macro da Semana

Fonte: Bloomberg. Elaboração: Guide Investimentos. Obs.: o dólar (R$/US$) utilizado é a cotação de referência da Bloomberg.

Para mais detalhes sobre a agenda macro, veja os relatórios Visão Guide, enviados diariamente por nossa equipe, antes da abertura dos mercados.

Segunda

(29/05) (30/05)Terça (31/05)Quarta (01/06)Quinta (02/06)Sexta

• Boletim Focus; • Balança Comercial Semanal; • Feriado – Mercados Fechados (EUA). • IGP-M; • Sondagem de Serviços; • Renda e Gasto Pessoal

(EUA);

• Deflator do PCE (EUA); • Sondagem Industrial

PMI (EUA);

• Discurso de L. Brainard (Diretora do Fed) (EUA);

• PMI Serviços (EUA).

• PNAD Contínua; • Fluxo Cambial Semanal; • COPOM;

• Discurso de R. Kaplan (Fed Dallas) (EUA);

• Discurso de J. Williams (Fed S. Francisco) (EUA);

• Chicago PMI (EUA); • Livro Bege (EUA); • PMI Industrial (EUA).

• IPC-S; • PMI Industrial; • PIB do 1º tri; • Vendas de Veículos; • Balança Comercial Mensal; • Discurso de J. Powell (Diretoria do

Fed) (EUA);

• Emprego no setor privado (EUA); • Pedidos Auxílio desemprego (EUA); • PMI Industrial (EUA);

• Estoques de Petróleo Bruto (EUA).

• IPC-Fipe; • PIM; • Relatório de Emprego (EUA); • Taxa de Desemprego (EUA); • Discurso de P. Harker (Fed Filadélfia) (EUA); • Indicador de perfuração de Poços (EUA).

(3)

Cenário Pessimista: maior deterioração

1. Cenário alternativo (probabilidade1: 20%); 2. Dúvidas sobre o futuro de Temer duram por mais

tempo; equipe econômica sofre algum revés/baixa; sem capacidade de manter uma agenda

minimamente reformista (e sem força política); 3. Temer continua muito fragilizado ou transição via

eleições indiretas elege algum candidato de sem capacidade de chegar a consensos ou transição via eleições diretas – opção que deve ser uma saída ainda mais demorada e custosa, com dúvidas ainda maiores sobre “as regras do jogo”;

4. Custo alto em termos políticos e econômicos para o país, retardando e comprometendo qualquer tipo de recuperação da economia. Mais revisões de rating/perspectivas de crédito soberano; 5. BC2: pouco espaço para continuar com cortes de

juros, e possível interrupção do ciclo de flexibilização, tentando conter eventuais efeitos negativos de 2ª ordem (risco & dólar em alta); 6. Mercados: perspectiva de deterioração adicional

da percepção de risco, depreciação cambial mais significativa e queda mais acentuada da bolsa nos próximos meses.

Cenário-Base: alguma incerteza

1. Cenário central (probabilidade1: 50%);

2. Dúvidas sobre o futuro de Temer duram um pouco mais de tempo; equipe econômica é mantida, embora com certa limitação para levar as reformas adiante (por conta da política & Congresso);

Reforma Trabalhista pode caminhar nas comissões e no Senado;

Reforma da Previdência é muito menos provável (embora não deva ser descartada no médio prazo). 3. Processo de transição se dá via eleições indiretas, com algum candidato de “centro-direita”, numa

espécie de “Congresso de coalizão”;

4. Custo médio em termos políticos e econômicos para o país, retardando a recuperação da economia que já era gradual. Possibilidade de mais revisões de rating/perspectivas do crédito soberano;

5. BC2: ainda há espaço para cortar a Selic nos próximos meses, possivelmente mais conservador, mas com juros terminal3 não muito diferente do que o projetado até então;

6. Mercados: percepção de risco moderada, menor pressão de depreciação cambial, e perspectiva para a bolsa menos deteriorada para o médio prazo.

Cenário Otimista: voltando aos trilhos

1. Cenário alternativo (probabilidade1: 30%); 2. Dúvidas sobre o futuro de Temer duram pouco

tempo; equipe econômica é mantida, blindada, e sem maiores limitações para levar as reformas adiante (apesar da política & Congresso); 3. Temer renuncia e/ou processo de transição é

relativamente “rápido”, sem maiores apelações à Justiça, evitando o prolongamento excessivo das incertezas; eleições indiretas, com algum candidato de “centro-direita”, numa espécie de “Congresso de coalizão”;

4. Custo médio/baixo em termos políticos e econômicos para o país, apesar de retardar a recuperação da economia que já era gradual; 5. BC2: ainda há espaço para cortar a Selic nos

próximos meses, possivelmente mais conservador, mas com juros terminal3 não muito diferente do que o projetado até então;

6. Mercados: perspectivas de melhora gradual, embora não-linear, da percepção de risco-país; retomada do patamar mais valorizado do Real e manutenção da perspectiva mais otimista para a bolsa no médio prazo.

(4)

Estudo de Cenários da Guide Investimentos

Projeções

Cenário Pessimista: maior deterioração

Ibovespa (pontos) 54,5-59,8

R$/US$ 3,45-3,65

CDS de 5 anos (pontos base) 280-330

Cenário-Base: alguma incerteza

Ibovespa (pontos) 59,8-65,1

R$/US$ 3,25-3,45

CDS de 5 anos (pontos base) 230-280

Cenário Otimista: voltando aos trilhos

Ibovespa (pontos) 65,1-68,8

R$/US$ 3,10-3,25

CDS de 5 anos (pontos base) 195-230

Cenário Ponderado2

Ibovespa (pontos) 63,665

R$/US$ 3,267

CDS de 5 anos (pontos base) 252

(5)

Comentário Técnico

Maiores variações do Ibovespa Contribuições

1

de cada setor no Ibovespa

Ganhadores Ticker 22/05/17* 26/05/17* Variação JBSS3 R$ 5,98 R$ 7,71 28,93% ELET3 R$ 12,40 R$ 14,19 14,44% ELET6 R$ 15,75 R$ 17,57 11,56% RAIL3 R$ 7,90 R$ 8,78 11,14% NATU3 R$ 30,75 R$ 33,70 9,59% Perdedores Ticker 22/05/17* 26/05/17* Variação MRFG3 R$ 6,57 R$ 6,33 -3,65% VALE5 R$ 26,41 R$ 26,33 -0,30% VALE3 R$ 27,92 R$ 27,86 -0,21% BRAP4 R$ 18,67 R$ 18,80 0,70% CSNA3 R$ 6,92 R$ 6,97 0,72% -0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,04 0,04 0,05 0,06 0,06 0,07 0,08 0,09 0,12 0,17 0,17 0,17 0,43 0,83 1,37 Mineração Real Estate Fidelidade Holding

Sid. & Metalurgia Veiculos e peças Outros Saúde Saneamento Educação Shopping Papel e Celulose Telecom Transporte Químico Energia Elétrica Petróleo e Gás Consumo Alimentício Financeiro

O Ibovespa, está se recuperando no curto prazo, conseguindo se manter acima dos 62.900 pontos. A tendência no curto prazo não é muito definida.

• Acima, a resistência imediata está em 66.240 pontos; 68.700 pontos e 69.488 (máxima intraday de 2017).

• Os principais suportes abaixo são: 62.450 (média móvel de 200 períodos) 56.800 e 55 mil pontos.

Fonte: Bloomberg; BM&FBovespa. Elaboração: Guide Investimentos. Obs.: *fechamento nas datas citadas.

(6)

Rentabilidade da Carteira Semanal

Ticker Nome Peso 15/mai. 19/mai. Var. Contribuição

SBSP3 Sabesp 20% R$ 27,56 R$ 29,29 6,28% 1,26%

KLBN11 Klabin 20% R$ 16,46 R$ 17,10 3,89% 0,78%

TAEE11 Taesa 20% R$ 22,39 R$ 23,11 3,23% 0,65%

PETR4 Petrobras 20% R$ 13,40 R$ 13,68 2,09% 0,42%

HYPE3 Hypermarcas 20% R$ 29,18 R$ 30,00 2,81% 0,56%

Fonte: Bloomberg; BM&FBovespa. Elaboração: Guide Investimentos. Obs.: *fechamento nas datas citadas; ** início da elaboração da Carteira (03/08/15).

Rentabilidade Semana* Maio 2017 Desde o início

início 22/mai/17 28/abr/17 29/dez/16 03/ago/15

fim 26/mai/17 26/mai/17 26/mai/17 26/mai/17

Carteira Semanal 3,66% -6,29% 10,03% 36,02% Ibovespa 3,91% -2,01% 6,41% 27,82% Diferença -0,25% -4,28% 3,62% 8,21%

Dólar -0,94% 1,93% 0,03% -6,55% CDI 0,17% 0,80% 4,73% 26,02% 36,0% 27,8% -30% -25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65%

ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17

Desempenho acumulado da Carteira Semanal

Desde o inicio (03/08/15)

(7)

Alterações da Carteira

Comentários sobre a Carteira

Após evento inesperado no front político, voltamos alguns meses na nossa performance em função do forte avanço da percepção de risco local. Desta forma, iniciamos uma revisão tanto no nosso cenário base, como nos ativos que compõem o portfólio da Carteira Semanal. Os próximos eventos ainda contam com alto nível de incerteza e os cenários são tantos que estão sendo refletidos no aumento da volatilidade.

Na carteira, vamos procurar ativos mais defensivos, possivelmente blindados ao cenário incerto, e empresas com correlação positiva ao dólar. No entanto, vamos manter alguns ativos que tendem a se beneficiar de eventos específicos.

A retomada gradual do crescimento do lucro das empresas, assim como um ambiente mais propício ao aumento de eficiência das mesmas, com a esperada queda do custo do serviço da dívida e elevação da utilização da capacidade instalada ficou mais incerta, mas ainda deve fazer sentido em um eventual novo governo de “consenso”.

Portanto, nesta semana optamos por retirar da carteira a Petrobras e a Sabesp que ainda podem ser impactadas com o cenário político desfavorável. Em seu lugar, adicionamos Vale e Iguatemi. Em relação a primeira, mantemos uma perspectiva mais favorável para a empresa. No curto prazo, a companhia sofreu com a recente desvalorização do minério de ferro, mas o papel deve recuperar parte das perdas. No longo prazo, o novo acordo de acionista que transforma a mineradora em uma corporação, listada no segmento do Novo Mercado da BM&FBovespa, deve destravar valor e beneficiar ainda mais os resultados da Vale. A empresa é destaque do setor e reportou resultado sólido no 1T17, com forte geração de caixa, avanço das margens e redução da alavancagem financeira. Já a Iguatemi também reportou um resultado forte no 1T17, com melhora no desempenho operacional, e forte ganho de receita com a maturação de alguns shoppings. Destaque também para disciplina de custos, e queda nas despesas financeiras da companhia. Além disso, a queda dos juros deve beneficiar ainda mais o lucro da empresa.

Ainda sobre a carteira, mantemos os ativos da Hypermarcas e Taesa devido a resiliência dos papéis em períodos mais desafiadores. Com essa mesma característica defensiva, os ativos devem contribuir de forma positiva para a carteira em meio as incertezas locais. Em relação a Klabin, ainda vemos valor a ser destravado para a empresa, principalmente sendo beneficiada de uma alta do dólar e da recuperação do preço da celulose. Vale ressaltar que acompanhamos de perto os desdobramentos políticos locais e possíveis eventos que podem impactar os ativos da carteira.

Peso Nome Ticker

20% Hypermarcas HYPE3

20% Klabin KLBN11

20% Petrobras PETR4

20% Sabesp SBSP3

20% Taesa TAEE11

Composição Anterior Composição Nova

Peso Nome Ticker

20% Hypermarcas HYPE3 20% Iguatemi IGTA3 20% Klabin KLBN11 20% Taesa TAEE11 20% Vale VALE5 Sai Entra

Petrobras (PETR4) Vale (VALE5) Sabesp (SBSP3) Iguatemi (IGTA3)

(8)

Estratégia: Estamos adicionando a Iguatemi em nossa Carteira Recomendada Semanal, após a empresa ter reportado números

fortes e resilientes no último trimestre e com boas perspectivas para queda nas despesas financeiras da empresa. No último trimestre observamos melhora nos indicadores operacionais, com destaque para o mês de março, o qual sinalizou recuperação nas linhas operacionais da empresa. Além da melhora no desempenho operacional, houve forte ganho de receita com a maturação de alguns shoppings, estabilidade dos custos em patamares mais baixos, e, principalmente recuo nas despesas financeiras, dado a queda do indexador da dívida (cerca de 75% atreladas ao CDI). Em breve poderemos observar, caso a tendência positiva nas vendas continuem, a redução dos descontos praticados nos preços dos aluguéis, de forma gradual, melhorando assim os preços de ocupação. O foco dos empreendimentos para o público de alta renda – mais resiliente à crise – ajuda a empresa a ter um melhor desempenho em relação as outras empresas do setor de shopping/varejo. Ao analisar seus pares, a Iguatemi está sendo negociada a 2,1x preço sobre o valor patrimonial (P/BV), enquanto que Multiplan está a 2,5x, portanto, está mais atrativa em relação ao seu principal par. Além disso, a relação preço sobre lucro (P/L) da Iguatemi está atualmente em 24,7x (12 meses), abaixo da média histórica de 28,1x.

ENTRA

Análise Técnica: As ações do Iguatemi estão sem uma

tendência muito clara, após a forte queda recente. O ativo voltou para um patamar de preços entre R$ 33 e R$ 30,70. Observamos que o ativo deverá ganhar um movimento mais direcional superando uma dessas extremidades. Abaixo suporte muito forte em R$ 29,69 (MM200) e acima no último topo por volta de R$ 36.

Iguatemi (IGTA3)

SAI

Estratégia: Optamos por retirar os papéis da Sabesp, após

decisão da Arsesp de adiar o processo de revisão tarifária para o segundo semestre do ano. Além disso, o risco político também pode pressionar os papéis no curto prazo, visto que algumas agências de riscos já colocaram os ratings das empresas estatais em observação para possível rebaixamento. Ainda permanecemos com uma visão otimista no médio/longo prazo, mas optamos por rever o posicionamento no ativo no curto prazo.

As ações da Sabesp entraram em nossa Carteira no dia 23 de janeiro e registraram desempenho negativo de 7,22% no período. Em contrapartida, o Ibovespa registrou uma queda de 2,85% no mesmo período. Em suma, o ativo não está registrando o comportamento que esperávamos.

Análise Técnica: As ações da Sabesp perderam o forte

suporte em R$ 29 e a média móvel 200 períodos em R$ 29,71. Dessa forma, o ativo poderá buscar novamente o suporte próximo de R$ 26,00.

(9)

Estratégia: Estamos incluindo os ativos da Vale em nossa carteira uma vez que vislumbramos um momentum mais favorável para a empresa. Em seu último resultado operacional, embora em linha com o esperado pelo mercado, vale destacar o crescimento na geração de caixa, margens operacionais, e fluxo de caixa positivo. Além disso, a empresa mostrou avanços no perfil de endividamento, com a redução da alavancagem financeira e redução de investimentos. Os menores volumes de minério de ferro vendidos foram compensados também pela disciplina de custos da Vale. Ainda no 1T17, a Vale atingiu recordes na produção de minério de ferro. Vale destacar também a conclusão do projeto S11D, o maior complexo da sua história, que foi crucial para o forte resultado da mineradora, agregando tecnologia de ponta, baixo custo e alta produtividade. O projeto está avançando conforme o planejado. O sólido desempenho permitiu uma distribuição atrativa de dividendos (dividend yield de 4% em 12 meses). E assim, os dividendos devem continuar aumentando como consequência da desalavancagem financeira e sólida geração de caixa. Em relação aos preços do minério, a commodity deve continuar nos níveis atuais ao longo do ano (entre USD 60,00/tonelada e USD 70,00/tonelada).

Outro ponto positivo é o novo acordo de acionista que visa transformar a mineradora em uma corporação, listada no segmento do Novo Mercado da BM&FBovespa. A proposta ainda está sujeita à aprovação dos acionistas. No entanto, acreditamos que a medida deve melhorar significativamente o nível de governança, alinhando o interesse de todos os acionistas, majoritário e minoritário. Além disso, a medida pode aumentar a liquidez das ações, assim como melhorar o acesso ao mercado de capitais. Estamos vendo um momentum favorável, após uma leve desvalorização do ativo; valorização do dólar; correção do preço do minério de ferro na China; entrada do novo presidente; e alto potencial de alta (por volta de 34%), segundo o consenso do mercado.

ENTRA

Análise Técnica: As ações da Vale estão rompendo canal de

baixa (área vermelha) que estavam trabalhando. Vemos que o ativo poderá inverter a tendência de baixo de curto prazo. Estamos acompanhando o ativo que poderá testar as resistências acima (em R$ 27,50/R$ 28,72/R$ 31,16).

VALE (VALE5)

SAI

Estratégia: Estamos retirando a Petrobras dentro da nossa

carteira semanal para mitigar riscos relacionado: (i) ao cenário político e, (ii) maiores volatilidades na cotação do petróleo no mercado internacional. No entanto, ainda permanecemos com uma visão otimista para a empresa no médio/longo prazo. Olhando para frente, é destaque: (i) a melhora operacional, com ganhos de eficiência e produtividade; (ii) a desalavancagem financeira; (iii) perspectivas positivas com as vendas de ativos.

As ações da Petrobras entraram em nossa Carteira no dia 8 de maio e registraram desempenho negativo de 2,34% no período. Enquanto isso, o Ibovespa registrou uma queda de 2,55% no mesmo período.

Análise Técnica: As ações da Petrobras voltaram a trabalhar

abaixo da linha de tendência de baixa (linha vermelha), após a queda recente. Outro ponto importante foi a perda da média móvel de 200 períodos em R$ 14,71. Por enquanto, vamos esperar o rompimento da região acima de R$ 14,00

(10)

Mantemos Hypermarcas em nossa Carteira Recomendada Semanal, adotando uma posição mais defensiva para a carteira. A empresa apresentou resultados resilientes no 1T17 mesmo em momentos macroeconômicos ainda desfavoráveis. Mantemos uma visão positiva e alguns pontos sustentam nossa decisão: (i) boa execução no gerenciamento de marcas, agregando valor aos seus produtos, além de maximizar as margens operacionais; (ii) resiliência do segmento de farmácias no setor de varejo; (iii) reorganização de sua divisão farmacêutica (prescrição, genéricos, OTC), permitindo melhor gestão em cada segmento; e (iv) múltiplos históricos atrativos.

Observamos que a empresa encontra-se em patamar bastante atrativo de preços (19,7x Preço / Lucro estimado em 12 meses). A Hypermarcas segue focando no segmento Pharma, com um mix de marcas fortes no mercado, as quais proporcionam margens operacionais elevadas à empresa. Ainda recentemente, a empresa sinalizou de que a empresa não fará aquisições no curto prazo, e vai deixando de ser um conglomerado de diversas marcas em diferentes segmentos para focar no segmento Pharma.

Nos últimos dias, as recentes especulações de que a Hypermarcas poderia se unir a uma outra farmacêutica também pode destravar valor para a companhia. Vale lembrar que as ações da companhia garantem o direito de 100% de Tag Along. Sendo assim, em caso de uma oferta pelo controle, o mesmo valor deverá ser ofertado aos minoritários. O interesse de grupos estrangeiros na Hypermarcas demonstra a capacidade da empresa de ser vencedora no longo prazo.

Hypermarcas (HYPE3)

Klabin (KLBN11)

Optamos por manter com Klabin no portólio. O cenário político mais desfavorável, resultando em uma alta do dólar, deve beneficiar o papel da KLBN11. Temos uma visão positiva em relação a empresa, que deve se beneficiar da alta da moeda americana e da recuperação do preço da celulose. A empresa deve continuar apresentando boa performance no mercado interno e exportação. A estratégia de preços adotado pela companhia deve se manter e os planos de crescimento da Klabin podem impactar de forma positiva nos resultados da companhia. Em suma, a empresa apresenta: (i) performance sólida do modelo de negócio; (ii) estratégia de crescimento com a nova operação da Unidade Puma; (iii) boa execução da estratégia.

A empresa apresentou um resultado sólido no 1T17, influenciado pelo crescimento expressivo nos volumes de vendas com o inicio das operações da Unidade Puma, bom desempenho das unidades de papéis, além da disciplina de custos, que compensou os efeitos de parada de manutenção e volatilidade do câmbio. No período, a Klabin registrou crescimento do EBITDA ajustado, marcando o 23º trimestre consecutivo de crescimento. O aumento no volume de vendas com o incremento da nova operação também gerou uma diluição nos custos da companhia, beneficiando ainda mais seus resultados. Em relação a alavancagem da Klabin, o múltiplo recuou para 4,9x (vs. 5,2x no 4T16). Esperamos que a Klabin continue apresentando desalavancagem para os próximos períodos.

Para o longo prazo, acreditamos que o Ebitda deve continuar avançando, devido ao: (i) possíveis aumentos nos preços dos papéis no mercado doméstico; (ii) diluição de seus custos fixos com a unidade Puma; (iii) melhoras operacionais e maior volume com a nova unidade de operação; e (iv) depreciação do real.

Taesa (TAEE11)

A Taesa também compõe uma característica mais defensiva para nossa carteira. A empresa permanece ainda com perspectiva de crescimento, com sólida execução das novas concessões, além do atrativo dividend yield que as ações são negociadas. No resultado do 1T17, a Taesa mostrou maior disponibilidade de suas linhas no período e demonstrou disciplina e eficiência operacional. No leilão, ocorrido no final de outubro, a Taesa saiu vencedora em quatro lotes, e no leilão de abril deste ano, a empresa arrematou outro lote (Lote 1, com RAP de R$ 267,3 milhões e participação de 50%). Assim, a Taesa terá o direito de explorar os novos empreendimentos por 30 anos.

O baixo risco regulatório da Taesa, que possui contratos longos, com vencimento à partir de 2030, é outro ponto de destaque. A empresa historicamente reporta geração de caixa constantes e robustas, com margens bastante elevadas (margem EBITDA em torno de 85% - 90%). Adicionalmente, o histórico de disciplina de capital nos leilões e o alto rendimento de proventos (Payout médio acima de 90% nos últimos 10 anos) que a empresa apresenta nos deixam confortáveis com o caso de investimento. Para os próximos 12 meses projeta-se um dividend yield próximo de 9,7%.

(11)

Metodologia

A Carteira Semanal da Guide Investimentos é composta por cinco ações, com peso de 20% da carteira para cada ativo, selecionadas para o período de uma semana. Enviamos o relatório da carteira ao longo do primeiro dia útil da semana (às segundas-feiras) para os clientes conseguirem montar as posições no fechamento dessa sessão. Importante: as cotações de fechamento dos papéis selecionados é que são utilizadas para a apuração dos resultados da Carteira. Sendo assim, o relatório é valido do fechamento do primeiro dia útil da semana de referência até o fechamento do primeiro dia útil da próxima semana. Vale mencionar que não levamos em consideração na performance o custo operacional (como corretagem e emolumentos). A seleção das ações é baseada em um critério mais dinâmico, um pouco diferente das nossas demais carteiras recomendadas (que tem uma característica mais estática de posicionamento). Procuramos buscar mais oportunidades de mercado, inclusive as de curtíssimo prazo, observando tendências, movimentos técnicos, momentum dos ativos, eventos, fluxos, além dos fundamentos das empresas.

(12)

Sales ________________________

gp@guideinvestimentos.com.br Ricardo Barreiro rbarreiro@guideinvestimentos.com.br

Fundos

____________________

Gestao.fundos@guideinvestimentos.com.br

Erick Scott Hood

eshood@guideinvestimentos.com.br

Leonardo Uram

luram@guideinvestimentos.com.br

David Rocha

dsrocha@guideinvestimentos.com.br

Ignacio Crespo Rey

irey@guideinvestimentos.com.br

Equipe Econômica ___________

Renda Variável*

______________

research@guideinvestimentos.com.br

Aline Sun

Head

da área de Investimentos

Luis Gustavo – CNPI

lpereira@guideinvestimentos.com.br Rafael Passos rpassos@guideinvestimentos.com.br Lucas Stefanini lstefanini@guideinvestimentos.com.br Guilherme Vasone grocha@guideinvestimentos.com.br Cristiano Hajjar chajjar@guideinvestimentos.com.br Nathália Medeiros nmedeiros@guideinvestimentos.com.br Pedro Tortamano ptortamano@guideinvestimentos.com.br

Renda Fixa ___________________

trade@guideinvestimentos.com.br Bruno M. Carvalho bmcarvalho@guideinvestimentos.com.br Gabriel S. Santos gssantos@guideinvestimentos.com.br Alexandre Carone acarone@guideinvestimentos.com.br

Luiz Augusto Ceravolo (Guto)

lceravolo@guideinvestimentos.com.br

Trading ________________________

Thiago Teixeira

tteixeira@guideinvestimentos.com.br

Contatos

Conheça o nosso time de especialistas da área de Investimentos.

(13)

“Este relatório foi elaborado pela Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores, para uso exclusivo e intransferível de seu destinatário. Este relatório não pode ser reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores. Este relatório é baseado em informações disponíveis ao público. As informações aqui contidas não representam garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas e não devem ser consideradas como tal. Este relatório não representa uma oferta de compra ou venda ou solicitação de compra ou venda de qualquer ativo. Investir em ações envolve riscos. Este relatório não contêm todas as informações relevantes sobre a Companhias citadas. Sendo assim, o relatório não consiste e não deve ser visto como, uma representação ou garantia quanto à integridade, precisão e credibilidade da informação nele contida. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias de investimentos. Os investimentos em ações ou em estratégias de derivativos de ações guardam volatilidade intrinsecamente alta, podendo acarretar fortes prejuízos e devem ser utilizados apenas por investidores experientes e cientes de seus riscos. Os ativos e instrumentos financeiros referidos neste relatório podem não ser adequados a todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, a situação financeira ou as necessidades específicas de cada investidor. Investimentos em ações representam riscos elevados e sua rentabilidade passada não assegura rentabilidade futura. Informações sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros objeto desta análise podem ser obtidas mediante solicitações. A informação contida neste documento está sujeita a alterações sem aviso prévio, não havendo nenhuma garantia quanto à exatidão de tal informação. A Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores ou seus analistas não aceitam qualquer responsabilidade por qualquer perda decorrente do uso deste documento ou de seu conteúdo. Ao aceitar este documento, concorda-se com as presentes limitações.Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17 da Instrução CVM nº. 483/10, que: (I) Quaisquer recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores. “

Referências

Documentos relacionados

Na sequência dessa fusão e por efeito da transmissão dos direitos e deveres como arrendatário a que acima se faz referência, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários

O analfabeto político é aquele que tem a mesma opinião que a maioria das outras pessoas e não procura saber se ela está correta ou não, muito menos

todos aqueles que desejam uma sociedade livre, aberta, tolerante e responsável, e que defendem que todas as pessoas devem ter iguais direitos perante a lei e a liberdade para

 Fixar as máquinas nos pontos de engate previstos pelos fabricantes (o mais baixo e avançado possível para melhor estabilidade do conjunto trator-

A Presidente do Conselho Federal de Serviço Social, no uso de suas atribuições legais e regimentais; Considerando que o pro- fissional assistente social vem trabalhando em

Neste artigo são apresentados e comparados resultados da aplicação do método MASW (Multichannel Analysis of Surface Waves), da refracção sísmica, dos ensaios sísmicos entre

Célula fusiforme 80-90 μm compr., 15-19 μm larg., Rc/l = 4,2-4,7; pólo anterior arredondado; pólo posterior atenuado gradativamente em processo caudal cônico; película com

Os (i) recentes dados de inflação ainda fraca; e (ii) divulgação, nesta semana, do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) – que deve sinalizar um cenário de mais uma redução