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2. Política Monetária

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2. Política Monetária

2.1 Metas e Instrumentos de Política

Monetária

Bibliografia

Cardim, F. (2007), cap. 12, 13

Feijó, C. et al. (2011), cap. 7

BCB (2014a), BCB (2014b), BCB (2014c)

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27/04/2015 • Política Monetária

Os instrumentos clássicos utilizados pelo banco central (recolhimento compulsório, redesconto e operações de mercado aberto), não têm impacto direto, mas apenas indireto e defasado sobre os objetivos finais.

Estes instrumentos impactam diretamente as taxa de juros de curto prazo e as reservas bancárias, para as quais o banco central estabelece as chamadas metas operacionais.

Estas variáveis operacionais têm relação estimada com as taxa de juros de longo prazo e agregados monetários, para as quais o banco central estabelece as chamadas metas intermediárias.

As variáveis intermediárias, por sua vez, têm relação estimada com os objetivos finais da política monetária.

Assim, tendo em vista a influência indireta e defasada da política monetária sobre os objetivos finais, como forma de gerenciar os resultados das políticas adotadas, o banco central estabelece metas operacionais, influenciadas diretamente por seus instrumentos, e metas intermediárias, relacionadas tanto às metas operacionais

quanto aos objetivos finais. 3

27/04/2015

Metas de Política Monetária

• Política Monetária

A política monetária pode ser definida como o uso de instrumentos por parte do Banco Central para o controle da oferta de moeda, das taxas de juros e das condições de crédito de forma a atingir objetivos de política econômica.

Controvérsia sobre a definição e a compatibilidade dos objetivos finais que podem ser influenciados pela política monetária (ex. elevado nível de atividade x estabilidade de preços) no âmbito da discussão teórica sobre a capacidade da política monetária de afetar variáveis reais (produto e emprego) a longo prazo ou apenas variáveis nominais (inflação)

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27/04/2015

Metas de Política Monetária

• Política Monetária

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27/04/2015

Metas de Política Monetária

Objetivos finais de política monetária Metas Intermediárias Metas Operacionais Instrumentos de Política Monetária • Inflação • Nível de atividade econômica • Taxa de desemprego • Estabilidade do sistema financeiro • Taxa de juros de longo prazo • Agregados monetários • Taxa de juros de curto prazo • Reservas Bancárias • Recolhimentos compulsórios • Redesconto de liquidez • Operações de mercado aberto

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• Metas de Política Monetária

Incompatibilidade entre as metas de taxa de juros e de agregados monetários

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27/04/2015

Metas de Política Monetária

M r Md 1 r1 r0 Excesso inicial de demanda de moeda Md 0 M r Ms 0 r1 Ms 1 r0 Ms 0 Md 0 Md 1 Meta de taxa de juros

Excesso inicial de demanda de moeda

Meta de agregados monetários

• Mercado de reservas bancárias

“No gerenciamento diário de liquidez, geralmente, alguns bancos encontram-se em situação superavitária enquanto outros em situação deficitária. Desse modo, durante o dia eles trocam reservas entre si de forma a suprir necessidades opostas. Contudo, raramente o valor desse saldo é zero, ou seja, o sistema está sempre com sobras ou falta de reservas”. (BCB, Relatório de Inflação, jun.1999, p.88)

“O mercado de reservas bancárias é o espaço institucional onde o banco central executa a política monetária (...)

O mercado primário é aquele em que ocorre uma transação entre o Banco Central e os bancos, que ocasiona a criação ou destruição de reservas. O mercado secundário é aquele em que ocorre uma transação interbancária,

que resulta numa permuta de reservas entre bancos”.Cardim, F. (2007), p.164

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

• Mercado de reservas bancárias

Os bancos com carteira comercial mantêm recursos junto ao Banco Central em uma espécie de conta corrente denominada conta Reservas Bancárias. É por meios destas contas que são realizadas as transações entre os bancos e entres estes e o Banco Central.

Demanda por reservas: “os bancos são obrigados a manter no Banco Central um percentual sobre os depósitos à vista, o chamado depósito compulsório; segundo, eles precisam de reservas para realizar transações rotineiras.” Oferta de reservas: “(a)penas o Banco Central pode afetar a liquidez do sistema como um todo, dado que operações entre bancos apenas representam troca de titularidade de reservas bancárias e não criação ou destruição das mesmas”.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: BCB, Reltório de Inflação, jun.1999, p.87-8

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

“A conta Reservas Bancárias representa as disponibilidades em moeda nacional mantidas no BCB, obrigatoriamente, pelos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e caixas econômicas. Com a nova regulamentação, no contexto do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), foi facultada a titularidade dessas contas para bancos de investimento e bancos múltiplos sem carteira comercial, estendida em março de 2009 aos bancos

de desenvolvimento”.(BCB, 2014a, p.8)

“Essa conta passou a funcionar como uma “conta corrente” de seus titulares junto ao BCB, onde ocorre a liquidação financeira das operações realizadas com a autoridade monetária ou com outras instituições do SFN”.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

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• Mercado de reservas bancárias – Brasil

“O Sistema de Transferência de Reservas (STR) constitui-se no coração do Sistema Financeiro Nacional, pois é por seu intermédio que ocorrem as liquidações das operações realizadas nos mercados monetário, cambial e de capitais, entre as instituições financeiras titulares de contas no BCB, com destaque para as operações de política monetária e cambial do Banco Central, a arrecadação de tributos e as colocações primárias, resgates e pagamentos de juros dos títulos da dívida pública federal pelo Tesouro Nacional”.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?STRGERAL

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

Se as trocas de reservas forem feitas com lastro em títulos privados, deverão ser efetuadas e registradas na CETIP (“Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados”, atualmente “Mercados Organizados”), sendo então remuneradas por uma taxa DI-Cetip.

A taxa DI é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos interfinanceiros com prazo de um dia útil e que não envolvam instituições financeiras do mesmo grupo.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: BCB, 2014c, p.20

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

Para ajustar suas necessidades de reservas, em geral, os bancos realizam operações compromissadas, que são operações de compra ou venda de títulos com compromisso de revenda ou recompra dos mesmos títulos em data futura, anterior ou igual à do vencimento dos títulos.

A diferença entre o preço de compra ou venda e o preço de revenda ou recompra representa a taxa de juros da operação. As operações compromissadas com prazo de um dia útil são conhecidas como operações

overnight.

As trocas de reservas entre os bancos por meio de operações compromissadas podem ser feitas com lastro em títulos públicos ou privados, enquanto as negociações de reservas entre os bancos e o banco central são realizadas com lastro em títulos públicos.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

Se as trocas forem feitas com lastro em títulos públicos*, as mesmas serão negociadas e registradas na Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), sendo remunerado por uma taxa Selic.

“A administração do Selic e de seus módulos complementares é de competência exclusiva do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab).

No escopo do novo SPB, o Selic encontra-se interligado ao STR, observando o modelo de entrega contra pagamento. Por ser um sistema de liquidação bruta em tempo real, a liquidação de operações está condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor, registrada no Selic, e à disponibilidade de recursos pelo comprador na conta Reservas Bancárias no STR”.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: BCB, 2014c, p.14

* Alguns títulos públicos também são transacionados na Cetip, como títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA)

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• Mercado de reservas bancárias – Brasil

A taxa Selic é a média das taxas de juros praticadas nas operações compromissadas de prazo de um dia útil com títulos públicos federais registrados no Selic. (BCB, 2014c, p.19)

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: CIRCULAR No 3.671, DE 18 DE OUTUBRO DE 2013

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

Sistema de Transferência de Reservas

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?STRGERAL

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

“Atualmente, o Selic possui aproximadamente 500 participantes e 12.000 clientes individualizados e, se considerados os diversos vencimentos registrados, é depositário de cerca de 370 tipos de título, que equivalem a 99% da carteira de títulos federais.

A média diária de operações de compra e venda de títulos entre instituições do mercado ultrapassa R$780 bilhões, sendo de mais de R$19 bilhões em operações definitivas e de R$761 bilhões em operações com compromisso de revenda e recompra.

Quando computados todos os tipos de operações cursadas no Selic — inclusive o retorno das compromissadas, as operações de redesconto, as emissões primárias de títulos, as vinculações/desvinculações e os pagamentos referentes a resgate, juros e amortizações — as médias diárias oscilam em torno de R$2,0 trilhões e de 16 mil operações”.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SELICINTRO

• Mercado de reservas bancárias – Brasil

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

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• Instrumentos de Política Monetária

Instrumentos clássicos Depósito Compulsório

Redesconto ou assistência financeira de liquidez Operações de Mercado Aberto

Outros instrumentos

Controle e seleção do crédito

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária

• Depósito compulsório

influenciar a disponibilidade e custo do crédito

Disponibilidade: ao impactar o multiplicador monetário e, portanto, a expansão dos agregados monetários, uma vez que elevações nas exigências de recolhimento compulsório têm impacto direto sobre a disponibilidade de recursos dos bancos para empréstimos, por isso provocam redução do multiplicador monetário e da oferta de meios de pagamentos na economia.

Custo: visto que a elevação do compulsório reduz os recursos disponíveis para empréstimo captados sem custo (ou a baixo custo), acarretando elevação do custo de captação dos bancos para manutenção de suas atividades, o que leva ao aumento dos spreads bancários (diferença entre taxa cobrada do tomador final e o custo de captação do banco) como forma de evitar a queda das taxas de lucro. A elevação da taxa de juros ao tomador final ainda pode ser acentuada se combinada à redução da disponibilidade de crédito na

economia. 19

27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório

Os depósitos compulsórios são recolhimentos obrigatórios de recursos mantidos junto ao banco central, sob a forma de reserva bancária, e calculados como percentual dos depósitos recebidos pelas instituições financeiras.

Os banco centrais, em geral, concedem um prazo de ajuste aos bancos frente a alterações nas exigências do recolhimento compulsório.

Os depósitos compulsórios têm sido usados com as seguintes funções: assegurar liquidez mínima para evitar corridas bancárias, garantindo, portanto, a preservação da estabilidade financeira do sistema.

criar uma demanda previsível por reservas bancárias, facilitando a gestão da liquidez pelos bancos e assegurando margem para atuação do banco central no mercado de reservas.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

Balancete do Banco Comercial (compulsório 25%)

Ativo Passivo

Encaixe Total – ET

Encaixe técnico (caixa) Reserva Voluntária Reserva Compulsória Empréstimo 100 0 0 100 300 Depósitos à vista 400

Total do Ativo 400 Total do Passivo 400

Balancete do Banco Comercial (compulsório 20%)

Ativo Passivo

Encaixe Total – ET

Encaixe técnico (caixa) Reserva Voluntária Reserva Compulsória Empréstimo 100 0 0 100 400 Depósitos à vista 500

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• Depósito compulsório

O banco central apura a quantidade a ser recolhida a partir do saldo da base de incidência do recolhimento compulsório ao longo do período de cálculo e apura o cumprimento da obrigação de depósito do recolhimento compulsório no banco central ao longo do período de movimentação.

No recolhimento contemporâneo há sobreposição entre o período de cálculo e de movimentação, enquanto no recolhimento defasado o período de movimentação inicia-se após o término do período de cálculo.

As obrigações de recolhimento compulsório podem ser cumpridas de dois modos, alternativamente:

Do primeiro modo, o banco deve encerrar seu movimento diariamente, durante todo o período de movimentação, com saldo positivo na conta de reservas bancárias no mínimo igual ao exigível, sob risco de sofrer penalidades.

Do segundo modo, o banco cumpre o recolhimento compulsório pela média das posições diárias de depósitos durante o período de movimentação, respeitando um percentual mínimo diário do exigível.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório – Brasil

O valor do depósito compulsório é determinado com base em uma alíquota aplicada sobre uma base de cálculo definida a partir da média aritmética dos saldos de valores sujeitos a recolhimento (VSR), subtraídas as deduções autorizadas:

Base de cálculo = (∑ VSR diário ÷ Período de cálculo) – Deduções Exigibilidade = Base de cálculo X Alíquota

O período de cálculo, que é o conjunto de dias úteis no qual se dá a formação da exigibilidade, tem início numa segunda-feira e término na sexta-feira da semana seguinte.

A verificação do cumprimento da exigibilidade é feita com base nas posições apuradas em cada dia útil do período de movimentação, que tem início na quarta-feira da primeira semana seguinte ao fim do período de cálculo e término na terça-feira da segunda semana subsequente

(recolhimento defasado). 23

27/04/2015

(Fonte: Circular BCB no 3.632/13, BCB (2014b)

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório - Brasil

“O BCB está autorizado pela Lei 4.595, com a redação dada pela Lei 7.730, de 31/1/1989, a instituir recolhimento compulsório de até 100% sobre os depósitos à vista e até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras.

Dentro desses limites, o BCB pode adotar percentagens diferenciadas em função das regiões geoeconômicas, das prioridades que atribuir às

aplicações e da natureza das instituições financeiras.”BCB (2014a), p.21

Estão sujeitos a recolhimento compulsório sobre recursos à vista os bancos múltiplos e de investimento titulares de conta Reservas Bancárias, bancos

comerciais e caixas econômicas.(Circular BCB no 3.632/13)

“Desde de abril de 2010, os compulsórios são cumpridos exclusivamente em espécie, não havendo mais a possibilidade de vincular títulos públicos

federais registrados no Selic”.BCB (2014b), p.8-9

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório – Brasil

As instituições financeiras são divididas em dois grupos, “A” e “B”, que têm defasagem de uma semana entre os respectivos períodos de cálculo e movimentação.

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27/04/2015

Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter QuaQui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter

A

Período de Cálculo Período de Cálculo Período de Movimentação Período de Movimentação

B

Período de Cálculo Período de Cálculo Período de Movimentação Período de Movimentação

Fonte: Circular BCB no 3.632/13

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• Depósito compulsório – Brasil

“Admite-se o cumprimento de, no mínimo, 80% da exigibilidade em um ou mais dias, desde que a média final do período de movimentação corresponda a 100% da exigibilidade.

Essa prerrogativa reduz, na prática, a ocorrência de grandes oscilações na liquidez bancária diária, provocadas pela necessidade de manutenção em reservas bancárias, diariamente, dos valores integrais das exigibilidades.” (BCB, 2014b, p.5-6)

A divisão das instituições em dois grupos, “A” e “B”, com períodos de movimentação defasados em uma semana também contribui para facilitar soluções de mercado para eventuais necessidades de reservas para cumprimento das exigibilidades.

O descumprimento desses condicionantes, implica em custos financeiros para os bancos, equivalentes à Taxa Selic mais 4% a.a., calculados sobre a

insuficiência. 25

27/04/2015

Fonte: BCB (2014b)

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Depósito compulsório – Brasil

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

Fonte: BCB (2014b)

• Depósito compulsório – Brasil

Exemplo de compulsório sobre recursos à vista:

Supondo saldo diário de 150 ao longo do período de cálculo: Base de cálculo: 10x150/10 – 44 = 106

Exigibilidade: 106 x 0,45 = 47,7

Mínimo Diário (80%): 47,7 x 0,8 = 38,16

Supondo que o banco mantenha apenas o mínimo diário ao longo dos 9 primeiros dias do período de movimentação, no 10º dia o banco terá que ajustar suas reservas para assegurar a média no período de 100% do exigível:

Média Período de Movimento (100%): (38,16.9 + X)/10=47,7 X (reserva no 10º dia) = 133,56

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter Qua Qui Sex Seg Ter

A

150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 Período de Cálculo

Período de Movimentação 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16 38,16133,56

• Depósito compulsório – Brasil

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27/04/2015

Fonte: BCB (2014b)

Compulsório Alíquota Deduções Remuneração

Recursos à Vista 45%

Há dedução inicial de R$44 milhões que beneficia todas as insZtuições igualmente.

Não há.

Recursos a Prazo 20%

Há dedução inicial de R$30 milhões que beneficia todas as insZtuições igualmente. (Além de reduções em função do PR) Taxa Selic. Depósitos de Poupança 20% Não há.

Se a meta da taxa Selic for maior ou igual a 8,5% a.a.:TR acrescida de 6,17% a.a.

Se a meta da taxa Selic for menor que 8,5% a.a.:TR acrescida de 70% da meta Selic a.a. Exigibilidade

Adicional

Rec. Prazo – 11%

Poupança – 10% Reduções em função do PR Taxa Selic. Garantias

Realizadas 45%

R$ 2 milhões, deduzidos da média dos valores sujeitos a recolhimento.

Não há.

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27/04/2015

Recolhimentos compulsórios – alíquotas

Período Recursos Depósitos Posição DI das Soc. De Exigibilidade adicional

à vista a prazo Habitacional Rural vendida Arrendamento Recursos Depósitos Poupança de câmbio Mercantil à vista a prazo

Anterior ao "Plano Real" 50% - 15% 15% - - - -

-1994 Jul 100%1/ 20% 20% 20% - - - - -Ago "1/ 30% 30% 30% - - - - -Out "1/ " " " - - - - -Dez 90%1/ 27% " " - - - - -1995 Abr "1/ 30% " " - - - - -Mai "1/ " " " - - - - -Jul 83% " " " - - - - -Ago " 20% 15% 15% - - - - -1996 Ago 82% " " " - - - - -Set 81% " " " - - - - -Out 80% " " " - - - - -Nov 79% " " " - - - - -Dez 78% " " " - - - - -1997 Jan 75% " " " - - - - -1999 Mar " 30% " " - - - - -Mai " 25% " " - - - - -Jul " 20% " " - - - - -Set " 10% " " - - - - -Out 65% 0% " " - - - - -2000 Mar 55% " " " - - - - -Jun 45% " " " - - - - -2001 Set " 10% " " - - - - -2002 Jun " 15% " " - - - - -Jul " " 20% 20% - - - - -Ago " " " " - - 3% 3% 5% Out " " " " - - 8% 8% 10% Poupança

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SERIEALCOMP)

• Depósito compulsório – Brasil

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

Fonte: BCB (2014b)

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27/04/2015

Recolhimentos compulsórios – alíquotas

Período Recursos Depósitos Posição DI das Soc. De Exigibilidade adicional à vista a prazo Habitacional Rural vendida Arrendamento Recursos Depósitos Poupança

de câmbio Mercantil à vista a prazo Poupança 2003 Fev 60% " " " - - " " " Ago 45% " " " - - " " " 2008 Mai " " " " - 5%2/ " " " Jul " " " " - 10%2/ " " " Set " " " " - 15%2/ " " " Out 42% " " " - " 5% 5% " Nov " " " 15% - " " " " 2009 Jan " " " " - 0%3/ " 4% " Set " 13,5% " " - " " " " 2010 Mar " 15% " " - " 8% 8% " Jun 43% " " 16% - " " " " Dez " 20% " " - " 12% 12% " 2011 Abr " " " " 60%4/ " " " " Jun " " " 17% " " " " " Jul " " " " 60%5/ " " " " 2012 Jul 44% " " " "5/ " 6% " " Set " " " " "5/ " 0% " " Out " " " " "5/ " " 11% " Dez " " " " "6/ " " " " 2013 Jul " " " 18% 0%6/ " " " " 2014 Jul 45% " " 19% 0%6/ " " " " 1/ O recolhimento baseava-se na soma das seguintes parcelas:

I - exigibilidade apurada consoante as normas vigentes em 30 de junho de 1994 (50%) para os seguintes períodos de cálculo: a - instituições do grupo "A": de 23 a 29 de junho de 1994, chamado de "período base";

b - instituições do grupo "B": de 27 a 30 de junho de 1994, chamado de "período base".

II - 100% do acréscimo entre a média do valor apurado no período de cálculo em relação à média apurada no "período base".

2/ Inclui, também, 100% da variação, se positiva, da base de cálculo definida em 31 de janeiro de 2008.

3/ Os Depósitos Interfinanceiros captados de sociedades de arrendamento mercantil foram incluídos na base de cálculo da exigibilidade do recolhimento compulsório sobre

depósitos a prazo.

4/ Sobre a soma das posições vendidas (saldo diário) menos as posições compradas deduzidas do menor valor entre US$3 bilhões e o Patrimônio de Referência Nível I. 5/ Sobre a soma das posições vendidas (média móvel de cinco dias úteis consecutivos) menos as posições compradas deduzidas do menor valor entre US$1 bilhão e o

Patrimônio de Referência Nível I.

6/ Sobre a soma das posições vendidas (média móvel de cinco dias úteis consecutivos) menos as posições compradas deduzidas do valor de US$3bilhões.

Fonte: http://www.bcb.gov.br/?SERIEALCOMP)

Instrumentos de Política Monetária - Compulsório

• Redesconto

“As operações de redesconto ou de assistência financeira de liquidez são empréstimos, na forma de crédito em reservas bancárias concedidos pelo Banco Central aos bancos, voltado normalmente para atender necessidades episódicas de reservas por parte das instituições bancárias”. Cardim, F. (2007), p.172

As operações de Redesconto do Banco Central são concedidas, a exclusivo critério do Banco Central do Brasil, por solicitação da instituição financeira interessada.

Duas formas de assistência financeira de liquidez:

i. Empréstimos com garantias: Banco Central concede crédito rotativo

contra garantias até o limite de saque do tomador fixado pelo Banco Central

ii. Redesconto de títulos elegíveis: Banco Central desconta títulos

elegíveis, por ele definidos, à taxa de juros previamente definida para

essas operações (Cardim, F. (2007), p.172) 32

27/04/2015

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• Redesconto

O Banco Central influencia a demanda por operações de assistência à liquidez alterando a taxa de redesconto dos títulos, os limites quantitativos das operações, prazos ou criando restrições quanto aos títulos elegíveis. As taxas de juros das operações de assistência à liquidez podem ser fixas, tornando-se mais ou menos favoráveis em função do comportamento da taxa de juros do mercado de reservas, ou podem ser variáveis, ancoradas na taxa de juros do próprio mercado de reservas bancárias (ex. Brasil - taxa Selic), com a adição de uma taxa de juros fixa, que mantém o diferencial constante.(Cardim, F. (2007), p.172)

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto

sinalização da política monetária, uma vez que as operações de prazos maiores são realizadas sob condições “punitivas” e, quão mais restritivas as condições de redesconto, menos os bancos recorrerão a esta fonte de recursos, diminuindo a liquidez do mercado de reservas e aumentando a taxa de juros. Ainda, para evitar a necessidade de recorrer ao redesconto, os bancos tenderão a manter níveis de reservas maiores, o que reduz o multiplicador monetário.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto

O redesconto tem sido utilizado pelos bancos centrais com as seguintes funções:

“válvula de segurança” à disposição das instituições financeiras para evitar a quebra de bancos com problemas transitórios de liquidez e a contaminação do sistema por problemas de instituições individuais, assegurando, portanto, a preservação da estabilidade financeira do sistema. Neste caso, o banco central cumpre sua função de emprestador de última instância.

“colchão de reservas” à disposição das instituições financeiras associado a operações de curtíssimo prazo (ex. intradia) em condições não restritivas, para evitar, por exemplo, volatilidade da taxa de juros do mercado de reservas, funcionando como instrumento de apoio ao controle da liquidez do sistema pelo banco central.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto - Brasil

“O acesso ao redesconto é restrito às instituições financeiras titulares de conta Reservas Bancárias, sendo concedido a exclusivo critério do BCB, por

solicitação da instituição financeira interessada”.(BCB,2014a, p.10)

O redesconto pode ser realizado na modalidade de compra com compromisso de revenda, mais comum nas operações intradia e de um dia, e na modalidade chamada propriamente de redesconto, geralmente associada às operações de prazo mais longo.

No Brasil, as operações de redesconto intradia não têm custo para as instituições financeiras, podendo ser acessadas para regular a necessidade de reservas ao longo do dia, enquanto as demais operações têm aspecto punitivo em função da cobrança da taxa Selic acrescida de uma taxa determinada pelo banco central.

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27/04/2015

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• Redesconto - Brasil

“De acordo com a finalidade e os prazos, as operações podem ser:

a) intradia:

São operações compromissadas com títulos públicos federais destinadas a atender necessidades de liquidez ao longo do dia. Trata-se de operação sem custo financeiro para a instituição contratante, de curso automático. Qualquer instituição detentora de conta Reservas Bancárias pode utilizar o redesconto intradia, desde que tenha títulos suficientes em sua conta de custódia, não havendo outro limite para esse tipo de operação que não o total de títulos disponíveis na carteira da instituição contratante. (...)

O regulamento do redesconto permite que as operações intradia pendentes de liquidação ao término do horário de funcionamento do STR sejam convertidas automaticamente em operações de um dia útil à taxa punitiva (taxa Selic + 6% a.a.), tendo por objeto os mesmos títulos da concessão intradia;”(BCB,2014a, p.10)

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto - Brasil

“d) de até noventa dias corridos:

podendo ser recontratadas desde que o prazo total não superior a 180 dias corridos, para viabilizar ajuste patrimonial de instituição financeira com desequilíbrio estrutural.

Essas operações dependem de assinatura prévia de contrato e de aprovação pela Diretoria Colegiada do BCB tanto da contratação quanto da recontratação. A instituição financeira deve apresentar pleito fundamentado ao Deban, acompanhado de demonstrativo das necessidades de caixa projetadas para o período da operação e programa de reestruturação visando a sua capitalização ou venda do controle acionário, firmado pelo acionista controlador, a ser implementado no período da operação.” (BCB,2014a, p.11)

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto - Brasil

“b) de um dia útil:

para satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de descasamento de curtíssimo prazo no fluxo de caixa da instituição financeira.

c) de até quinze dias úteis:

podendo ser recontratadas até 45 dias úteis, na hipótese de descasamento de curto prazo no fluxo de caixa, não caracterizado como problema de desequilíbrio estrutural.

Essas operações são discricionárias no sentido de que dependem de prévia anuência do BCB – autorizadas a contratação e a recontratação no âmbito de competência do titular da diretoria de Política Monetária – e da apresentação, pela instituição interessada, de projeção detalhada de seu fluxo de caixa diário, demonstrando as necessidades de fundos previstas para o período da operação. Dependem também de assinatura prévia de contrato; e” (BCB,2014a, p.10-1)

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto - Brasil

“Existe distinção entre a atuação do BCB como executor da política monetária e a função de prestamista de última instância.

Quando faz política monetária, o foco de sua atuação é o controle da liquidez do sistema bancário (agregados monetários) com o objetivo de atuar sobre a taxa de juros.

Quando atua na função de prestamista de última instância, seu foco é resolver problemas de liquidez de instituições específicas. Nesse último caso, o mercado pode estar líquido e a instituição estar ilíquida ou insolvente, não conseguindo financiamento no interbancário e recorrendo ao redesconto do BCB que, nesse caso, atua como prestamista de última instância”. (BCB,2014a, p.11)

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• Redesconto - Brasil

“A função de prestamista de última instância é exercida pelo BCB por meio das operações de Redesconto do Banco Central nas modalidades c e d (...) As modalidades do crédito intradia e de um dia útil não têm relação com o empréstimo de última instância sendo, antes, uma funcionalidade do sistema de pagamentos brasileiro, concebida para garantir a fluidez dos pagamentos no novo contexto inaugurado pela reforma de 2002, quando foi proibido às instituições financeiras apresentar saldos negativos na conta Reservas Bancárias, o que significava saques “a descoberto” contra o BCB”. (BCB,2014a, p.10)

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

• Redesconto – Brasil

Percentuais de acréscimo à Taxa Selic, para as operações de Redesconto I - 1% (um por cento) ao ano, para as operações de um dia útil;

II - 2% (dois por cento) ao ano, para as operações de até quinze dias úteis; e III - 2% (dois por cento) ao ano, para as operações de até noventa dias corridos.

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

Condições II – Modalidade Redesconto

Envolve Títulos e valores mobiliários e direitos creditórios descontados integrantes

do Ativo da instituição bancária.

Prazos - até 15 dias úteis

- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse 180 dias corridos

Taxa de Redesconto

Variável em função dos ativos e estabelecida, segundo critérios definidos pelo BACEN, levando-se em conta o valor presente, o valor de mercado, o risco de crédito, o prazo de vencimento, a liquidez e a volatilidade do preço de cada ativo.

Preço de venda de Ativos Redescontados

Preço do redesconto adicionado de valor correspondente à aplicação, sobre o preço do redesconto e pelo prazo da operação, da taxa obtida pela composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil do período da operação, com a taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN e válida na data da realização da operação.

Fonte: CIRCULAR No 3.631, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2013

Fonte: Circular no 3.105, de 5 de abril de 2002

• Redesconto – Brasil

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

Condições I – Compra com compromisso de revenda

Lastro - Títulos públicos federais registrados no SELIC, que integrem a posição de

custódia própria da instituição bancária;

- Outros títulos e valores mobiliários, crédito e direitos creditórios, preferencialmente com garantia real, e outros ativos, a critério exclusivo do BACEN

Prazos - intradia;

- 1 dia útil; - até 15 dias;

- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse 180 dias.

Valor Limitado ao valor de avaliação, pelo BACEN, dos ativos objeto de compra.

Preço de compra Preço unitário divulgado diariamente pelo BACEN.

Preço de revenda

- operação intradia: igual ao respectivo preço de compra

- operação de um dia útil ou mais: preço de compra adicionado de valor correspondente à aplicação, sobre o preço de compra e prazo da operação, da taxa obtida pela composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil de operação, com taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN válida na data da realização da operação.

Obs: as operações intradia e de um dia útil contemplam exclusivamente os títulos públicos federais

Fonte: Circular no 3.105, de 5 de abril de 2002

• Redesconto – Brasil

Estatísticas de Operações Diárias

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

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• Redesconto – Brasil

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Instrumentos de Política Monetária - Redesconto

Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/download.asp?idpai=SELICESTATOP

• Operações de mercado aberto

“(A)s decisões quanto à oferta de fundos vão estar sempre sujeitas aos propósitos de política por parte da autoridade, que pode se decidir por um determinado ajuste na liquidez a fim de atender suas metas de mais médio prazo com relação à evolução dos agregados monetários e/ou da taxa de juros”. Cardim, F. (2007), p.185

Se o banco central estiver usando metas intermediárias de agregados monetários, realizará a compra e a venda de títulos de acordo com sua meta operacional para as reservas bancárias, enquanto a taxa de juros básica funcionará como variável de ajuste para igualar a demanda à oferta de reservas.

Se o banco central estiver usando metas de taxa de juros para guiar a política monetária, se valerá de sua posição monopolista sobre a emissão/destruição de reservas por meio da compra e venda de títulos para evitar pressões indesejadas na taxa de juros básica da economia.

Se a previsão for de excesso (escassez) de liquidez em relação às suas metas operacionais, o banco central negocia a venda (compra) de títulos no mercado aberto, com objetivo de reduzir (ampliar) as reservas bancárias ou elevar (abaixar) a

taxa de juros básica. 47

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Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto

Os bancos centrais realizam compra e venda de títulos públicos e privados de baixo risco e alta liquidez, em geral, prefixados (exceção do Brasil), com o objetivo de ajustar/alterar a disponibilidade de reservas bancárias e, portanto, a oferta de moeda e a taxa de juros.

As operações de mercado aberto conferem elevada flexibilidade e agilidade ao banco central para modificar diariamente a liquidez do mercado de reservas bancárias, comparativamente aos instrumentos de compulsório e redesconto. A previsão diária da necessidade de liquidez do mercado interbancário é feita em função das variações autônomas de reservas (que independem da atuação do Banco Central), decorrentes, principalmente, de variações positivas (negativas) nos ativos externos líquidos e nos empréstimos ao governo, com impacto expansionista (contracionista) sobre as reservas bancarias, ao passo que variações positivas (negativas) do papel-moeda em circulação (preferência do público em reter papel-moeda) e dos depósitos do Tesouro Nacional no Banco Central afetam negativamente (positivamente) o total de reservas das

instituições financeiras.(Cardim, F. (2007), p.182-3) 46

27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto

Leilões formais e informais de compra e venda de títulos

Leilões formais: divulgados por meio de comunicado formal e abertos à participação de todas as instituições financeiras.

Leilões informais (go around): divulgado por meio de aviso eletrônico e realizados apenas com os dealers (instituições financeiras credenciadas a atuar no mercado em nome do banco central), que, posteriormente, negociam com as demais instituições financeiras.

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• Operações de mercado aberto

Critérios para apuração da proposta vencedora das ofertas públicas de títulos

“Preços múltiplos (preços discricionários) – são aceitas todas as propostas com preço igual ou superior (inferior) ao preço mínimo (máximo) aceito na oferta de venda (compra), denominado de “preço de corte”. Os títulos são vendidos (comprados) ao próprio preço constante das propostas vencedoras

em função da quantidade ofertada de títulos (moeda);

Preço único (preço uniforme) - são aceitas todas as propostas com preço igual ou superior (inferior) ao preço mínimo (máximo) aceito na oferta pública (“preço de corte”), o qual será aplicado a todas as propostas vencedoras; ou seja, os títulos são vendidos (comprados) ao “preço de corte” para todas as propostas vencedoras.” (Bacen, 2014c, p.10)

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto – Brasil

No Brasil, as operações de mercado aberto são realizadas pelo banco central por meio da compra e venda de títulos públicos, em grande parte pós-fixados (indexados à Selic)

Essas operações são realizadas pelo Departamento de Mercado Aberto (Demab) do Banco Central.

O Banco Central utiliza as operações de mercado aberto prioritariamente para controlar a taxa de juros do mercado, mantendo-a próxima das metas operacionais estabelecidas.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto

Operações compromissadas e definitivas

Operações compromissadas: “são operações de compra ou venda de títulos com compromisso de revenda ou recompra dos mesmos títulos em data futura, anterior ou igual à data de vencimento dos títulos. Quando o BCB realiza essas operações, afeta temporariamente a liquidez bancária, vale dizer, do período compreendido desde a data da operação até a data de revenda ou recompra”. As operações compromissadas são realizadas por meio de leilões informais.

Operações definitivas: “são operações de compra ou venda final de títulos, sem compromisso de revenda ou recompra”. As operações definitivas podem ser realizadas por meio de leilões formais ou informais e estão associadas a ajustes de caráter mais permanentes na liquidez do mercado.

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Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

(Bacen, 2014c, p.5)

• Operações de mercado aberto – Brasil

Operações compromissadas

Diariamente, o BCB, a partir da consulta a diversas fontes sobre as operações previstas que afetam as reservas bancárias (ex. emissão ou recolhimento de moeda, operações de câmbio, recolhimento de tributos, gastos do Tesouro Nacional, resgates e colocações de títulos públicos, recolhimentos ou liberações de depósito compulsório), procura estimar se há excesso de oferta ou demanda no mercado de reservas bancárias, para definir a sua atuação.

Se houver previsão de excesso temporário de oferta de reservas, o banco central pode realizar operações compromissadas de venda de títulos públicos. No caso de previsão de escassez de reservas, o banco central realiza operações compromissadas de compra de títulos públicos. Essas operações são realizadas por meio de leilões informais.

Assim, o ajuste diário da liquidez é feito por meio de operações compromissadas, buscando manter baixa volatilidade da taxa de juros em relação às metas anunciadas.

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• Operações de mercado aberto - Brasil

Operações compromissadas: redesconto e mercado aberto

A principal diferença entre as operações compromissadas realizadas no âmbito do redesconto e as operações de mercado aberto se deve ao fato de que, no primeiro caso, a iniciativa é tomada por parte da instituição financeira, enquanto, no segundo caso, são decisões do banco central. Adicionalmente, no caso do redesconto, a taxa utilizada nas operações compromissadas inclui algum grau de penalidade (exceto para operações intradia).

Operações definitivas

As operações definitivas são voltadas para alterações mais permanentes na liquidez do mercado (modificação de tendência).

Assim, quando o banco central decide alterar a orientação da política monetária de mais longo prazo, tornando-a mais expansionista ou mais restritiva, realiza operações definitivas de compra ou venda no mercado aberto, por meio de leilões formais ou informais, alterando a disponibilidade de reservas e a taxa de juros básica da economia.

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Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto – Brasil

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto – Brasil

ex. Operação Definitiva Prazo: um ano (252 dias úteis) Valor de Face: 1000

Valor de Compra: 900 PV = Valor de Face / (1 + i)^n 900 = 1000 / (1 + i) => i = 11,1%

ex. Operação Compromissada Valor de Compra/Venda: 900 Valor de Recompra/Revenda: 900,38 Taxa de juros da negociação: (V.Recompra/V.Venda)^252 = (1+i) (900,38/900)^252 = 11,2% 54 27/04/2015 i: BCB Valor de Compra: 910 910 = 1000 / (1 + i) => i = 9,9% i: BCB Valor de Venda: 890 890 = 1000 / (1 + i) => i = 12,35%

Liquidez do mercado de reservas bancárias Valor de Recompra/Revenda: 900,34 (900,34/900)^252 = 9,9%

BCB vendendo: valor de recompra: 900,38 Liquidez do mercado de reservas bancárias Valor de Recompra/Revenda: 900,42 900,42 = 1000 / (1 + i) => i = 12,35% BCB compra: valor de revenda: 900,38

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

• Operações de mercado aberto – Brasil

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Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

Fonte dados: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/opermes.asp?idpai=SELICESTATOP

Valores financeiros expressos em milhões de reais.

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27/04/2015

Instrumentos de Política Monetária – Op.M.Aberto

Fonte: http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/observacao.asp?idpai=SELICESTATOP

• Controle e seleção do Crédito

O controle e seleção de crédito envolve o uso de medidas direcionadas para influenciar o volume, a taxa de juros, os prazos e a destinação dos empréstimos bancários.

Uma política monetária restritiva, por exemplo, poderia se utilizar do encurtamento dos prazos máximos de crédito ao consumidor e do limite máximo de empréstimos pelos bancos.

Ao mesmo tempo, por exemplo, este instrumento pode ser usado para direcionar o crédito para setores e regiões prioritárias para o governo, em função de regras de destinação dos empréstimos.

Este instrumento é criticado por gerar distorções sobre o livre funcionamento das forças de mercado para decidir sobre a alocação dos recursos disponíveis.

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Instrumentos de Política Monetária – Controle Crédito

• Instrumentos Clássicos de Política Monetária

Recolhimento compulsório: nível seguro de reservas, demanda previsível de reservas, disponibilidade e custo do crédito (multiplicador monetário e spread bancário)

Redesconto: “válvula de segurança” para instituições individuais, “colchão de reservas” para gestão da liquidez do sistema e sinalização da política monetária (taxa de juros e multiplicador monetário)

Operações de mercado aberto: alterações transitórias ou permanentes na disponibilidade de reservas bancárias e taxa de juros

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Instrumentos de Política Monetária

Balancete Estilizado do Banco Central

Ativo Passivo Reservas Internacionais Títulos Púbicos Redescontos e Empréstimos Outras aplicações Passivo Monetário Base Monetária PMPP Encaixe Total

Passivo Não Monetário Depósitos TN Empréstimos do Exterior Outras fontes

Total do Ativo Total do Passivo

Balancete Estilizado do Sistema Monetário

Ativo Passivo Empréstimos Títulos Públicos e Privados Reservas Internacionais Imobilizado Outras aplicações Meios de Pagamento PMPP Depósitos à vista Passivo Não Monetário Depósitos a prazo Empréstimos do internos e do exterior Depósitos TN Outras fontes Patrimônio Líquido

Total do Ativo Total do Passivo

• Controle e seleção do Crédito – Brasil

Também podem ser usados como exemplos de crédito direcionado as operações de crédito para investimento de empresas do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os financiamentos

habitacionais, com destaque para a Caixa Econômica Federal (CEF), e o crédito rural, com destaque para o Banco do Brasil (BB) como principal agente financiador.

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Instrumentos de Política Monetária – Controle Crédito

No Brasil, uma das formas de controle do crédito é feita por

meio do direcionamento

obrigatório de parte dos recursos

captados pelos bancos para

destinações específicas. No caso

dos depósitos à vista, seu

direcionamento está representado no gráfico ao lado:

(16)

• Controle e seleção do Crédito – Brasil

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Referências

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