Universidade Federal de Alfenas
Curso de Forma
Curso de Forma
ç
ç
ão em Avalia
ão em Avalia
ç
ç
ão
ão
da Extensão Universit
da Extensão Universit
á
á
ria
ria
Comissão Permanente de Avaliação da
Extensão/CPAE
Disciplina: A extensão
universitária brasileira
Professora:
Maria das Dores Pimentel Nogueira
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria Brasileira
ria Brasileira
Influência de duas vertentes
CursosOrigem na Inglaterra
Prestação de Serviços
Origem nos EUA
Início das atividades de Extensão Universitária no Brasil
Universidade de São Paulo 1911 -cursos e conferências -(influência do modelo inglês Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa 1926 -prestação de serviços -(influência do modelo americano)
Criação das primeiras universidades brasileiras •Universidade do Rio de Janeiro - 1922
•Universidade de Minas Gerais – 1927
Reforma do Ensino Superior da República encaminhada pelo Ministro da Educação e Saúde Pública ao chefe do Governo Provisório
•Decreto 19850 – cria o Conselho Nacional de Educação •Decreto 19851 – estabelece o Estatuto das Universidades Brasileiras
•Decreto 19852 – dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro
Concepção de Extensão na Exposição de
Motivos do Ministro Francisco Campos,
em 1931
A extensão universitária se destina a dilatar os
benefícios da atmosfera universitária àqueles que
não se encontram diretamente associados à vida da
Universidade, dando assim maior amplitude e mais
larga ressonância às atividades universitárias, que
concorrerão, de modo eficaz, para elevar o nível de
cultura geral do povo, integrando assim a
universidade na grande função educativa que lhe
compete no panorama da vida contemporânea.
A extensão é objeto de alguns artigos no
Decreto 19.851, dentre eles:
Art. 42: - A extensão universitária será efetivada por
meio de cursos e conferências de caráter educacional
ou utilitário, uns e outras organizados pelos diversos
institutos da Universidade com prévia autorização do
Conselho Universitário.
O parágrafo 1°deste artigo estabelece que tais cursos e
conferências destinam-se à
difusão de conhecimentos
úteis à vida individual ou coletiva, solução de
problemas sociais e propagação de idéias e
princípios que salvaguardem os altos interesses
nacionais.
Criação de Universidades
•
Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo
– 1933
•
Universidade de São Paulo – 1934
•
Universidade do Distrito Federal – 1935
•
Universidade do Brasil – 1937 (reorganização da
Universidade do Rio de Janeiro)
A UDF coloca a extensão como um dos seus fins com a
função de difundir o conhecimento da mesma forma que o
ensino regular.
Decreto nº 5.513, Art. 2 – são seus fins:
• propagar as aquisições da ciência e das artes, pelo ensino
regular de suas escolas e pelos cursos de extensão popular
Distância entre o texto legal e a prática
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n° 4024 de 1961, Art. 69:
nos estabelecimentos de ensino superior podem ser ministrados
cursos de especialização, aperfeiçoamento e extensão, ou quaisquer outros, a juízo do respectivo instituto de ensino, abertos a candidatos com preparo e os requisitos que vierem a ser exigidos.
A Prática
Os estudantes universitários realizaram intensa atividade extensionista, mas desvinculada da instituição universitária.
A UNE atuava em alguns programas no sentido de levar o estudante a participar da vida social das comunidades, propiciando a troca de experiências entre estudantes de áreas profissionais afins e realizava ações de atendimento a comunidades carentes. Sua maior contribuição foi a metodologia de trabalho utilizada que possibilitava a reflexão sobre as ações realizadas.
Atuação da União Nacional de Estudantes
-UNE
Caracterizava-se pela intenção de conscientização das
camadas populares visando sua integração efetiva no
processo de auto-construção e construção da
nacionalidade para se libertar das condições adversas
impostas pelo sistema capitalista em vigor
• Centro Popular de Cultura (CPC)
• Serviço de Extensão Cultural (SEC)
• Universidade Volante
• Centro de Estudos Cinematográficos
Acena para a integração entre extensão e ensino, com
propostas de estágios curriculares em período de
Papel da Extensão Universitária nas propostas dos estudantes nos documentos da UNE sobre Reforma Universitária
Na Declaração da Bahia, no item que define as diretrizes para a Reforma no Compromisso com as Classes Trabalhadoras e com o Povo, recomenda: abrir a
Universidade para o povo, através da criação de cursos acessíveis a todos; utilizar os Diretórios Acadêmicos ou as próprias Faculdades para realização de
cursos de alfabetização de adultos, de mestre de obras nas Escolas de Engenharia, para líderes sindicais nas Faculdades de Direito. Promovê-los não
só nos prédios das Escolas, como em favelas, circunvizinhanças de fábricas e bairros operários. Colocar a Universidade a serviço dos órgãos governamentais no interior dos Estados e das classes desvalidas com a criação de escritórios de assistência judiciária, médica, odontológica, técnica (habitações, saneamento de
vilas ou favelas), etc. Que isto não seja realizado paternalisticamente, é necessário sobretudo despertar a consciência popular para seus direitos.
Fonte: Declaração da Bahia, documento do I Seminário de Reforma Universitária, realizado em Salvador, em maio de 1961
Atuação da UNE com vistas à Reforma Universitária
• Repercussão nacional no movimento estudantil
• Influência na legislação da reforma do ensino superior
• Nas ações do governo quanto às universidades
I Seminário de Reforma Universitária, Salvador – 1961
II Seminário de Reforma Universitária, Curitiba – 1962
III Seminário de Reforma Universitária, Belo Horizonte - 1963
Golpe Militar de 1964
Várias propostas estudantis no campo da extensão
universitária são incorporadas pelo governo em sua ação
de institucionalização da extensão a serviço da ideologia
de desenvolvimento e segurança.
Reforma Universit
Reforma Universit
á
á
ria
ria
Antecedentes:
Decreto Lei nº 53, de 18 de novembro de 1966 Decreto Lei nº 252, de 28 de fevereiro de 1967
Lei Básica da Reforma Universitária nº 5540, 28 de novembro de 1968 Mantém a indissociabilidade entre ensino e pesquisa.
Art. 20 – “... as universidades e as instituições de ensino superior
estenderão à comunidade, sob forma de cursos e serviços especiais, as atividades de ensino e os resultados da pesquisa que lhes são inerentes.”
Art. 40 – “as instituições de ensino superior, por meio de suas atividades de
extensão, proporcionarão aos corpos discentes oportunidades de participação em programas de melhoria das condições de vida da comunidade e no processo geral de desenvolvimento.”
Caráter de opcionalidade e excepcionalidade desvinculada do ensino e da pesquisa
Programas vinculados aos ministérios que
envolveram estudantes:
•
CRUTAC / Centro Rural Universitário de
Treinamento e Ação Comunitária – MEC
•
Projeto RONDON / Campus Avançado –
Ministério do Interior
•
Operação Osvaldo Cruz – Ministério da Saúde
CRUTAC
CRUTAC
O CRUTAC foi criado com o objetivo de proporcionar ao estudante universitário, especialmente da área da saúde, atuar junto às comunidades rurais, dentro de um “espírito humanitarista que dominava os administradores da universidade
nesse período, engajados nos propósitos de novo governo brasileiro de combate à pobreza e ao potencial subversivo que a acompanharia” (Paiva: 1986). Ampliando para outras áreas do conhecimento, o treinamento converteu-se em estágio obrigatório para todos os estudantes da Universidade.
1º CRUTAC – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – 1966
PROJETO RONDON
PROJETO RONDON
As idéias básicas sobre o desenvolvimento do projeto são apresentadas pela primeira vez pelo Prof. Wilson Choeri, no I Seminário sobre Educação e Segurança Nacional, com participação de militares e professores da Universidade do Estado da Guanabara, em 1966. A educação era considerada assunto de segurança nacional, especialmente o ensino superior, onde interessava ao governo manter os estudantes universitários sob tutela, incutindo-lhes a ideologia da segurança nacional. Assim, foi decidido que só ao abrigo das Forças Armadas o projeto alcançaria a dimensão desejável.
CRUTAC
Projeto RONDON
Comissão Mista
MEC / MINTER
Relatório da Comissão Mista MEC / MINTER
•Marcado pela ideologia do desenvolvimento e segurança nacional;
•Influência do CRUB/Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e Rudolf Atcon;
•Possibilidade da extensão vir a constituir-se em ponto de partida para a
atualização e reformulação de currículos dos cursos de graduação e dar novas perspectivas aos trabalhos de pesquisa;
•Retroalimentação das universidades e inserção nas realidades regional e nacional;
•Recomenda a existência na estrutura da universidade de um órgão responsável pela extensão, medidas de institucionalização acadêmica da extensão e
vinculação ao estágio curricular
Pol
Pol
í
í
ticas de Extensão Universit
ticas de Extensão Universit
á
á
ria
ria
1.
O Plano de
Trabalho
de Extensão Universitária –
1975
A. O Processo de elaboração
Comissão Mista
MEC / MINTER
Relatório:
•
função dos programas CRUTAC e RONDON enquanto instrumento de extensão universitária para odesenvolvimento.
•
“política de extensão universitária deve estar vinculada às diretrizes desenvolvimentistas nacionais.”Criação do CODAE – Coordenação de Atividades de
Extensão DAU/MEC - 1974
CODAE: influência de Rudolph Atcon e do Conselho de
Reitores das Universidades Brasileiras/ CRUB
- A universidade deve ter suas funções de ensino, pesquisa e
extensão interligadas.
- A extensão deve ter estrutura administrativa própria com
autoridade para solicitar colaboração de outras estruturas.
•O plano de trabalho é influenciado pelas idéias de Paulo Freire, expressas especialmente no livro Extensão ou Comunicação, em que as camadas populares não são vistas como objeto que sofre a ação extensionista, mas são sujeitos da ação. Na comunicação entre os sujeitos da ação – universidade e sociedade – há a troca dos saberes acadêmico e popular.
O Plano de Trabalho de Extensão Universit
O Plano de Trabalho de Extensão Universit
á
á
ria / 1975
ria / 1975
B. Base conceitual
B. Base conceitual
Sentidos equivocados da palavra extensão universitária •poder messianismo e assistencialismo
•idéia de movimento unilateral •idéia de invasão cultural
• define a extensão como a forma através da qual a instituição de ensino superior estende sua área de
atendimento às organizações e populações de um modo
geral, delas recebendo influxo no sentido de retroalimentação dos demais componentes, ou seja, o ensino e a pesquisa.
• o conceito traz dois novos elementos:
• A idéia de relação entre extensão, ensino e pesquisa
•A idéia de comunicação entre universidade e sociedade não mais como transmissão de conhecimento, mas como
O Plano de Trabalho de Extensão Universit
O Plano de Trabalho de Extensão Universit
á
á
ria
ria
amplia as formas de extensão
amplia as formas de extensão
“cursos, serviços, difusão de resultados de pesquisas, projetos de ação comunitária, de difusão cultural e outras formas de atuação exigidas pela realidade da área onde a instituição se encontra inserida, ou exigências de ordem estratégica.”
Linhas de Ação:
•Coordenação, supervisão e avaliação das experiências de extensão
•Articulação das experiências de extensão nas
instituições / criação de órgão central na estrutura das universidades
An
An
á
á
lise e desdobramentos
lise e desdobramentos
•O MEC resgata sua função de formulador de política educacional no ensino superior
•Avanço conceitual
•Envolvimento de docentes nas ações de extensão
•Institucionalização da extensão nas universidades e no MEC
•Integração extensão e estágio curricular / criação do programa bolsa extensão
•Contradição: recomenda o planejamento da extensão nos departamentos das IES, mas mantém no MEC todo o controle e poder de decisão
Questões Consensuais:
•
Função social da universidade, entendida como compromisso da instituição pública na busca de soluções para os graves problemas sociais que afligem a grande maioria da população. A extensão é vista como instrumento básico para realizar a função social da universidade;•
Institucionalização da extensão, seja ao nível interno das próprias universidades, seja ao nível do MEC;Cria
Criaç
ção do F
ão do Fó
órum Nacional de Pr
rum Nacional de Pró
ó-
-Reitores de
Reitores de
Extensão das Universidades P
Extensão das Universidades P
ú
ú
blicas Brasileira
blicas Brasileira
–
–
nov
•
Indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa
e extensão como componentes do processo acadêmico;
•
O caráter interdisciplinar da atividade extensionista a ser
incentivado;
•
Financiamento da ação extensionista nas IES públicas
como responsabilidade governamental, garantida a
autonomia das instituições;
•
Importância do processo de troca entre os saberes
acadêmico e popular na produção do conhecimento.
•
Seminários dos Pró-Reitores de Extensão da Região
Norte – dezembro / 1985
•
Criação do Fórum de Pró-Reitores de Extensão da
Região Nordeste – abril / 1987
•
Criação do Fórum de Pró-Reitores de Extensão da
Região Sudeste – setembro /1987
Antecedentes
Antecedentes
•
Criação do Fórum Nacional de Pró-Reitores de
Extensão das Universidades Públicas Brasileiras –
novembro / 1987
•
SEURS – Seminários de Extensão Universitária da
Conceito de Extensão
Conceito de Extensão
A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade.
A extensão é uma via de mão-dupla , com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade da elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento
.
Conceito de Extensão
Conceito de Extensão
Este fluxo que estabelece a troca de saberes
sistematizados/acadêmico e popular, terá como
consequência: a produção de conhecimento resultante
do confronto com a realidade brasileira e regional; e a
democratização do conhecimento acadêmico e a
participação efetiva da comunidade na atuação da
universidade.
Além de instrumentalizadora deste processo dialético
de teoria/prática, a extensão é
um trabalho
interdisciplinar que favorece a visão integrada do
social.
1988 – ao MEC – através do CRUB
1. A criação na estrutura organizacional do MEC, de um órgão de caráter representativo, responsável pela extensão;
2. A criação, no MEC, de um fundo especial para financiamento de programas/projetos de extensão;
3. O restabelecimento do sistema de bolsas de extensão do MEC nos mesmos níveis das bolsas de iniciação científica e de monitoria.
Reivindicações
Missão do F
Missão do F
ó
ó
rum
rum
•
Elaborar e coordenar a política de extensão a ser desenvolvida pelas IES públicas brasileirasCria-se no MEC em 1993:
•
Comissão de Extensão Universitária•
Programa de Fomento à Extensão Universitária•
Comitê de Extensão2. Programa de Fomento
2. Programa de Fomento
à
à
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
-
-PROEXTE
PROEXTE
Objetivos da Extensão Universitária
•
Articular o ensino e a pesquisa com demandas da sociedade•
Estabelecer mecanismos de integração entre o saber acadêmico e o saber popular•
Participar criticamente de propostas que visem o desenvolvimento regional econômico, social e culturalDiretrizes
•
Programas institucionais devem ser submetidos
à aprovação de órgãos de deliberação acadêmica
Programa de Fomento
Programa de Fomento à
à
Extensão Universitá
Extensão Universit
ária
ria
Linhas de ação
•
Linha I: Articulação da universidade com a sociedade.Financiada com recursos da SESU/MEC
•
Linha II: Integração da universidade com o ensino fundamental(crianças de 1ª a 8ª séries, jovens e adultos, educação indígena, educação especial)
Financiada com recursos oriundos do FNDE/SESU
•
Financiado via edital público nos anos de 1993
a 1995
•
Elaboração do Perfil da Extensão Universitária
3. Plano Nacional de Extensão Universit
3. Plano Nacional de Extensão Universit
á
á
ria (1999)
ria (1999)
Objetivos
1. Reafirmar a extensão universitária como processo acadêmico definido e efetivado através do ensino e da pesquisa em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade.
2. Assegurar a relação dialógica entre a universidade e a sociedade, de tal modo que os problemas urgentes da sociedade recebam atenção produtiva por parte da universidade.
3. Criar as condições para a participação da universidade na elaboração das políticas públicas voltadas para a maioria da população, bem como se constituir em organismo legítimo para acompanhar e avaliar a implantação das mesmas.
Metas
Metas
Da Organização da Extensão Universitária
1. Consolidação do Sistema de Informações sobre extensão universitária, através da implantação de Banco de Dados.
2. Inclusão das instituições de ensino superior públicas à Rede Nacional de Extensão (RENEX).
3. Elaboração e Implementação de uma proposta de Programa Nacional de Avaliação da Extensão Universitária das universidades brasileiras.
4. Pol
4. Pol
í
í
tica Nacional de Extensão Universit
tica Nacional de Extensão Universit
á
á
ria
ria
1. reafirmar a Extensão Universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, além de indispensável na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade;*
2. conquistar o reconhecimento, por parte do Poder Público e da sociedade brasileira, da Extensão Universitária como dimensão relevante da atuação universitária, integrada a uma nova concepção de Universidade Pública e de seu projeto político-institucional;
3. contribuir para que a Extensão Universitária seja parte da solução dos grandes problemas sociais do País;
4. conferir maior unidade aos programas temáticos que se desenvolvem no âmbito das Universidades Públicas brasileiras;
5. estimular atividades de Extensão cujo desenvolvimento implique relações multi, inter e ou transdisciplinares e interprofissionais de setores da Universidade e da sociedade;*
6. criar condições para a participação da Universidade na elaboração das políticas públicas voltadas para a maioria da população, bem como para que ela se constitua como organismo legítimo para acompanhar e avaliar a implantação das mesmas;*
7. possibilitar novos meios e processos de produção, inovação e disponibilização de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do País;*
8. defender um financiamento público, transparente e unificado, destinado à execução das ações extensionistas em todo território nacional, viabilizando a continuidade dos programas e projetos;
3. Pol
3. Pol
í
í
tica Nacional de Extensão Universit
tica Nacional de Extensão Universit
á
á
ria
ria
9. priorizar práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais (por exemplo, habitação, produção de alimentos, geração de emprego, redistribuição da renda), relacionadas com as áreas de Comunicação, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Produção, Trabalho;
10. estimular a utilização das tecnologias disponíveis para ampliar a oferta de oportunidades e melhorar a qualidade da educação em todos os níveis;
11. considerar as atividades voltadas para o desenvolvimento, produção e preservação cultural e artística como relevantes para a afirmação do caráter nacional e de suas manifestações regionais;*
4. Pol
4. Pol
í
í
tica Nacional de Extensão Universit
tica Nacional de Extensão Universit
á
á
ria
ria
4. Pol
4. Pol
í
í
tica Nacional de Extensão Universit
tica Nacional de Extensão Universit
á
á
ria
ria
Objetivos
12. estimular a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável como componentes da atividade extensionista;*
13. tornar permanente a avaliação institucional das atividades de extensão universitária como um dos parâmetros de avaliação da própria Universidade;*
14. valorizar os programas de extensão interinstitucionais, sob a forma de consórcios, redes ou parcerias, e as atividades voltadas para o intercâmbio e a solidariedade;*
15. atuar, de forma solidária, para a cooperação internacional, especialmente a latinoamericana.
Normatização e implementação da Extensão Universitária.
Articulação da Extensão Universitária da Extensão Universitária com as políticas públicas
Articulação da Extensão Universitária com os movimentos sociais Articulação da Extensão Universitária com os setores produtivos Apoio à ampliação e democratização do ensino superior
Desafios para a Extensão Universitária
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
O trabalho acadêmico é concebido
como um processo orgânico e contínuo,
produzido coletivamente, que se estende
desde a produção e a sistematização do
conhecimento até
a transmissão dos
resultados.
A extensão é concebida como uma
dimensão da atividade acadêmica. É um
processo que articula o ensino e a pesquisa
de forma indissociável e viabiliza a relação
transformadora
entre
universidade
e
sociedade.
Através da extensão ocorre a troca
entre os saberes sistematizado-acadêmico
e o popular, que possibilitará a produção
de conhecimento resultante do confronto
com a realidade regional e nacional,
propiciando a efetiva participação da
comunidade na atuação da universidade.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
Defende-se,
como
um
princípio, o compromisso social da
universidade,
que
deve
estar
empenhada na busca de soluções para
os
problemas
da
maioria
da
população. A extensão universitária é
o instrumento que vai possibilitar a
Instituição de Ensino Superior cumprir
sua função social.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
A ação extensionista deve ser
desenvolvida de modo a tornar as
comunidades
autônomas,
evitando
qualquer forma de dependência ou
assistencialismo.
Da
mesma
forma,
recomenda-se que a extensão seja realizada
em articulação com as administrações
públicas, nas esferas federal, estadual e
municipal, alertando-se, no entanto, que a
universidade não pode substituir o poder
público em suas funções constitucionais.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
O estágio curricular é o momento
da prática profissional, da consciência
social e do compromisso político, sendo um
instrumento adequado para viabilizar a
extensão universitária. O estágio deve
responder
às
questões
sociais
dimensionadas
nos
debates
entre
universidade e comunidade, fortalecendo a
relação entre ambas. Recomenda-se ainda
que a participação dos discentes em
projetos e atividades de extensão deve ser
computada para integralização curricular.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
A interdisciplinaridade é meta a
ser buscada em todo o trabalho acadêmico.
A extensão é um dos espaços que propiciam
a realização de atividades acadêmicas de
caráter interdisciplinar, possibilitando a
integração
de
áreas
distintas
do
conhecimento, contribuindo para uma nova
forma de fazer ciência, de maneira
integrada, revertendo a tendência comum
nas universidades de compartimentação do
conhecimento da realidade.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
O princípio da indissociabilidade das
atividades de ensino, pesquisa e extensão é
fundamental no fazer acadêmico. A relação
entre o ensino e a extensão conduz a
mudanças no processo pedagógico, pois
alunos e professores constituem-se em
sujeitos do ato de aprender. Ao mesmo
tempo que a extensão possibilita a
democratização do saber acadêmico,
através dela, este saber retorna à
universidade testado e reelaborado.
A relação entre pesquisa e extensão
ocorre
quando
a
produção
do
conhecimento é capaz de contribuir para a
transformação da sociedade. A extensão
como via de interação entre universidade
e sociedade constitui-se em elemento
capaz de operacionalizar a relação entre
teoria e prática.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
A institucionalização da extensão:
No nível das IES, com a recomendação da
existência de um órgão na estrutura da instituição,
responsável pela extensão, no mesmo patamar
hierárquico do ensino e da pesquisa; com o
estabelecimento de legislação interna que
regulamente as atividades próprias, além de
recursos orçamentários.
No nível do MEC, com a criação de um órgão
que seja o interlocutor para as universidades, nas
questões da extensão.
•
Necessidade de registro e formalização das
ações de extensão (Programas, Projetos,
Cursos, Eventos, Prestação de Serviços).
•
Elaboração da Proposta;
•
Aprovação no Departamento;
•
Aprovação na Unidade Acadêmica;
•
Registro na Pró-Reitoria de Extensão;
•
Disponibilização em Nível Nacional.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Extensão Universit
á
á
ria
ria
Aspectos metodológicos:
Ação extensionista deve ser realizada,
prioritariamente, sob a forma de programas
articulados, que subordinam projetos de
maneira integrada e interdisciplinar.
Os
programas
podem
ser
articulados
considerando um eixo temático ou regional.
Além de projetos podem compor um programa:
cursos, publicações, eventos, etc;
- Metodologias participativas / pesquisa-ação
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Amplia-se a visão de sala de aula, de
espaço de produção teórico-abstrata, numa
dimensão tradicional, para se considerar
sala de aula todo espaço, dentro ou fora da
universidade, onde se realiza o processo
histórico social. Professores e alunos são
sujeitos do ato de aprender e de produzir
conhecimentos, no confronto com a
realidade.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
A prestação de serviços deve
ser inserida na proposta da instituição,
integrada em um processo educativo.
Deve ser de cunho emancipatório e
não assistencialista, seja remunerada
ou não. Alerta-se para o risco da
prestação de serviços vir a
constituir-se um fim em si mesma, constituir-servindo
apenas como instrumento para
captação de recursos.
Diretrizes conceituais e pol
Diretrizes conceituais e pol
í
í
ticas da
ticas da
Extensão Universit
Avalia
Avalia
ç
ç
ão da Extensão Universit
ão da Extensão Universit
á
á
ria
ria
A avaliação deve abordar três níveis interrelacionados:
•Compromisso institucional para estruturação e
efetivação das atividades de extensão ;
•Impacto da atividades de extensão junto aos
segmentos sociais “alvos” ou parceiros;
•Processos, métodos e instrumentos de avaliação.
Criação do GT Avaliação/ Comissão Permanente de Avaliação
da Extensão Universitária - 1999
•
Avaliação institucional deve ser parte da rotina acadêmica
(nortear políticas, identificar distorções para corrigí-las e
democratizar informações);
•
O modelo a ser implementado deve considerar a realidade
de cada universidade;
•
A avaliação da extensão deve estar inserida na avaliação
institucional das IES, tendo como pressupostos:
a)
demonstrar a qualidade do que se produz na
extensão;
Avalia
b)
abranger
todas
as
ações
de
extensão:
programas,projetos,
eventos,
cursos,
produções
acadêmicas e prestações de serviços;
c)
ser contínua, processando-se no decorrer das
atividades;
d)
ser qualitativa e quantitativa, realizada pela
comunidade universitária e pela sociedade;
e)
ter seus resultados considerados no planejamento e
tomada de decisões das IES nas áres de ensino,
extensão e pesquisa.
Avalia
O currículo, como instrumento viabilizador da
articulação ensino, pesquisa e extensão,
precisa considerar como uma de suas
principais
características
básicas
a
FLEXIBILIZAÇÃO.
Tudo o que se faz ou se vivencia em uma
instituição de ensino é Currículo e, como
tal, não é algo definido e definitivo, mas
um projeto que se forja no cotidiano pelo
professor e pelo aluno.
Currículo
Criação do GT
Indissociabilidade Ensino
Indissociabilidade Ensino
-
-
Pesquisa
Pesquisa
-
-
Extensão
Extensão
e Flexibiliza
•
A Lei de Diretrizes e Bases (1996): determina o
fim dos antigos currículos mínimos, obrigatórios
na construção dos currículos dos cursos de
graduação.
•
Acena com as novas Diretrizes Curriculares que
abrem caminhos para eliminação do excesso de
pré e co-requisitos entre as disciplinas.
•
Inclusão
de
atividades
denominadas
complementares, no projeto pedagógico de tais
cursos, abrindo possibilidades, no Currículo, da
introdução de ações de Extensão, ao lado de
outras atividades, como as de Pesquisa
Indissociabilidade Ensino
Indissociabilidade Ensino
-
-
Pesquisa
Pesquisa
-
-
Extensão
Extensão
e Flexibiliza
O Novo Currículo
•
Processo não linear e rotineiro onde as disciplinas
deixam de ser verdades acabadas a serem repassadas e
transmitidas. Os conteúdos das disciplinas deixam de
ser a essência principal.
•