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Coleções de plantas vasculares: diagnóstico, desafios e estratégias de desenvolvimento

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Ciência, Tecnologia e Inovação

“Diretrizes e Estratégias para a Modernização

de Coleções Biológicas Brasileiras e a

Consolidação de Sistemas Integrados de

Informação sobre Biodiversidade”

Coleções de plantas vasculares: diagnóstico, desafios e

estratégias de desenvolvimento

Maria Regina de V. Barbosa (UFPB) Ana Odete Santos Vieira (UEL) Ariane Luna Peixoto (JBRJ)

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INTRODUÇÃO

As coleções biológicas prestam um serviço essencial com a manutenção de

vouchers que relacionam os resultados experimentais a uma determinada

espécie, ligando-os a uma correta identificação, um conjunto de características morfológicas, uma localidade, e a fatores ecológicos. Assim, os vouchers são a base da capacidade de reprodução dos resultados, e uma parte essencial do método científico (Funk et al., 2005).

As coleções botânicas, imprescindíveis para o estudo da diversidade vegetal, detém um inestimável acervo de plantas e de dados. Elas documentam a existência de espécies em um determinado tempo e espaço; documentam elementos da flora de áreas preservadas e de áreas hoje perturbadas ou empobrecidas; são indispensáveis em pesquisas taxonômicas e filogenéticas e essenciais na identificação precisa das espécies (Barbosa & Peixoto, 2003). No século XXI os herbários estão sendo cada vez mais forçados a demonstrar sua relevância local, nacional e regional, e a competir e gerar impacto no ambiente científico global, tornando-se tão bons quanto os seus mais recentes produtos e serviços, independentemente daquilo que produziram no passado (Steenkamp & Smith, 2003). O futuro dos herbários dependerá também da sua habilidade de absorver e adaptar novas metodologias e tecnologias; de compreender demandas já manifestas pela sociedade.

De acordo Schatz (2002), o principal conhecimento da diversidade biológica emana do estudo das coleções de história natural efetuado pelos taxonomistas. Assim, os herbários, depositários de parte dos testemunhos dessa riqueza, desempenham um papel único e crítico para os esforços globais em mitigar a perda da biodivesitade.

É compromisso do governo brasileiro, como signatário da CDB, produzir até 2010 listas que contemplem a sua diversidade biológica. Em termos práticos, para que estes compromissos possam ser cumpridos será necessário dotar as coleções brasileiras de uma estrutura eficiente e apoio continuado, de modo a garantir que estas cumpram o papel que delas se espera.

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1. CAPACIDADE NACIONAL INSTALADA

1.1. AS COLEÇÕES

Dos 150 herbários brasileiros, 125 estão ativos, 18 são considerados como didáticos, 5 estão em implantação e sobre 11 as informações não estão atualizadas. Dos 125 herbários ativos, 87 estão registrados no Index Herbariorum e 23 são credenciados junto ao CGEN como fiéis depositários da flora brasileira. O número aproximado de exemplares depositados nas coleções botânicas de instituições brasileiras (5,1 milhões), embora não represente toda diversidade da flora, sem dúvida certifica sua riqueza. Entretanto, este conjunto de materiais é inferior às coleções dos maiores herbários no mundo, P e K, que acumulam sozinhos um total maior.

Cerca de 81,6% dos herbários brasileiros (102) possuem até 50 mil espécimes, cerca de 18,4% (23) possuem mais de 50 mil espécimes, e somente 14 (cerca de 11,2%) possuem mais de 100 mil espécimes.

O Sudeste concentra o maior quantitativo de herbários e o maior acervo acumulado (tabela 1 e 2). As regiões Norte e Centro-Oeste são as que detêm os menores números de herbários e o menor conjunto de espécimes, não alcançando 1 amostra/km2. Estas regiões são grandes desafios a serem enfrentados, com os menores índices de coleta, menores números de especialistas e a menor quantidade de herbários, embora representem uma importante parcela da área territorial do país, concentrando diferentes ecossistemas “naturais”.

As regiões Sudeste e Sul concentram os maiores quantitativos de herbários e pesquisadores, e conseqüentemente apresentam índices de coleta que já poderiam ser considerados satisfatórios para a elaboração de Floras. Nestas regiões os estudos de floras já foram iniciados e atualmente servem como exemplos, para elaboração, aos outros estados (i.e. Flora de Santa Catarina e a Flora Fanerogâmica do Estado de Sâo Paulo). E o nordeste, em que situação fica ???

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5 Dentre os grandes herbários com representação nacional destacam-se os herbários do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Instituto de Botânica de São Paulo e Museu Botânico Municipal de Curitiba, tanto pelo número de espécies quanto pela amplitude de suas coleções. Os outros, embora tenham também representação nacional, concentram suas coleções predominantemente nos ecossistemas locais, por exemplo os herbários UNB, INPA, IAN, MG, SPF, PACA e ICN. Todos os herbários citados possuem mais de 100 mil espécimens cada.

A grande maioria dos herbários brasileiros possui representação regional ou local, com acervos baseados em programas de coletas exaustivas em áreas ou ecossistemas específicos. Dentre estes destacam-se os herbários IPA, IBGE, CEPEC, e CVRD como exemplos de coleções voltadas para áreas ou ecossistemas, e o GUA e HBR como herbários representativos de floras locais, Rio de Janeiro e Santa Catarina respectivamente.

Os workshops para definição de áreas prioritárias para a conservação nos diferentes biomas brasileiros, realizados pelo MMA, evidenciaram que há enormes lacunas de conhecimento em todos eles. Entretanto, a Amazônia e o Pantanal com seu cerrado associado, são aqueles que mais necessitam de levantamentos para apoiar os inventários de diversidade. Fazendo uma extrapolação da representativade regional para a representatividade por bioma, pode-se dizer que a Mata Atlântica e os biomas do sul são, provavelmente, os melhor representados nas coleções, uma vez que os herbários do sudeste e sul englobam prioritariamente estes ecossistemas. Além disso, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul são aqueles que há mais tempo e de forma continuada tem projetos de flora em desenvolvimento, baseados em programas de coleta consistentes.

1.2. INFORMATIZAÇÃO DOS ACERVOS

A informatização dos acervos não visa apenas facilitar o gerenciamento das coleções. Herbários informatizados respondem com mais agilidade às perguntas dos cientistas, dos gestores da área ambiental e de outros segmentos da

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sociedade usuários da informação final.

Em 1998, Peixoto & Barbosa (1998) definiram o processo de informatização dos herbários brasileiros como lento e desordenado. Entretanto, em 2003, Barbosa & Peixoto observavam que 52% dos herbários brasileiros apresentavam-se com mais da metade ou com o acervo totalmente informatizado, e que 37% já tinham iniciado o processo ou estavam com menos da metade do acervo informatizado (grandes herbarios). Todavia, 11% sequer tinham iniciado o processo de informatização.

Os herbários da região Norte estão mais avançados neste aspecto. Os herbários IAN, MG, INPA e HAMAB, à partir de uma experiência pioneira de informatização do herbário IAN utilizando o programa BRAHMS (Botanical Research and Herbarium Management System), se articularam para a implantação de um herbário virtual formado à partir das bases de dados de todos, de modo a oferecer respostas rápidas e eficientes sobre a diversidade vegetal da Amazônia ( Secco et al. 2003)

Os herbários informatizados a mais tempo são os herbários de médio e pequeno porte, destacando-se o herbário HUEFS, que desenvolveu um programa de gerenciamento próprio, programa Herbário, bastante difundido entre os herbários da região Nordeste, particularmente na Bahia.

Recentemente Peixoto (2005), numa análise do processo de informatização em três estudos de caso observou que 77% dos herbários brasileiros estão realizando algum tipo de informatização. Destes, 37% estão usando o BRAHMS, 11% usam o Excel, outros 11% usam o programa desenvolvido pela Rede Mineira de Herbários, 7% utilizam o Acess e mais 7% são usuários do ELCEN, desenvolvido pelo CENARGEN.

Facilitar o acesso aos dados de sua coleção não é prioridade para todos os herbários. Enquanto 59% pretendem disponibilizar informações via internet, 18% só permitirão consultas ao banco de dados a partir de visitas ao próprio herbário. Os problemas mais lembrados pelos curadores foram a falta de recursos humanos especializados (48%, 13 vezes), a falta de equipamentos (18%, 5 vezes), dificuldades para revisar e uniformizar os dados (15%, 4 vezes) e a falta

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7 de pessoal para trabalhar nas coleções (11%, 3 vezes). Também foram citados falta de planejamento prévio, falta de uma política nacional para coleções, e falta de contato entre as instituições em informatização.

De acordo com Peixoto (2005), o processo de informatização apresenta problemas semelhantes em todo o país. Dúvidas sobre o software a ser utilizado, tratamento das informações, que tipo de informação divulgar e como divulgá-la, quais recursos materiais e humanos devem ser aplicados se repetem, tornando a informatização mais lenta e, em alguns casos, interrompendo ou inviabilizando o processo. Atualmente no país, mesmo em herbários com os dados dos espécimes totalmente digitalizados, as informações resultantes do processo nem sempre estão disponíveis para a comunidade científica ou para a sociedade por motivos muito variados.

Uma das mais importantes tarefas/funções dos herbários é tornar os seus espécimes acessíveis a pesquisadores de todo o mundo. Normalmente esta tarefa é cumprida através do empréstimo de material via correio. Este remessa entretanto, não feita sem problemas. Os mais comuns são a danificação do material pela manipulação e o extravio de pacotes durante o envio. Recentemente os herbários começaram a disponibilizar fotos e informações sobre suas coleções online (vários exemplos). Esta prática reduziu o envio de material somente para aqueles casos em que é estritamente necessário (Schmull et al., 2005).

É necessário discutir a transferência dos bancos de dados existentes para a Internet e o desenvolvimento de herbários virtuais. Para disponibilizar estes dados online, é necessário desenvolver programas de acesso aos dados. A complexidade desse programa de acesso, poderia ser minimizada através da transferência desse dados para um sistema de banco de dados moderno que fornecesse ferramentas para o desenvolvimento desses aplicativos (Schmull et al., 2005)

Peixoto (2005) destaca as diferentes etapas que devem ser observadas para um processo de informatização bem sucedido: escolha do software, tratamento das informações, treinamento de pessoal para uso do programa, digitação das informações, correção de erros de digitação, erros nas bibliotecas, revisão dos

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nomes por taxonomistas e disponibilização dos dados

1.3. REDES DE HERBÁRIOS

Além das reuniões periódicas durante os congressos nacionais de botânica, o relacionamento entre herbários desenvolve-se através de diferentes estratégias: a mais antiga encontra-se no Rio Grande do Sul, onde a organização da Rede de Herbários Gaúcha começou a ser discutida em 1997. Atualmente a rede congrega 21 herbários que se reunem periodicamente. A manutenção da estrutura dos herbários já foi incrementada pela FAPERGS com o edital Pró-acervo.

Através da discussão da proposição da Flora do Brasil (SBB), outras iniciativas foram ampliadas. No estado de São Paulo, com financiamento da FAPESP, foi iniciado o projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo (1993), com conhecimento das coleções, indicação de áreas pouco exploradas pelas coletas, aumento das coleções identificadas nos herbários e a publicação de manuscritos de diferentes famílias. Através de projetos gerenciados pelo CRIA, a informatização de um grupo de coleções e a disponibilidade de dados na rede continua a ser ampliada.

Em Minas Gerais foi implementado, visando a proposição da Flora de Minas Gerais, o projeto “Rede Mineira de Herbários”, reunindo as diferentes coleções para informatização dos acervos e obtendo recursos para a instalação da estrutura de informática e rede entre os herbários. Uma primeira parte deste projeto foi apresentada durante o congresso da SBB em 2004 (Ref?).

No Paraná, a iniciativa de trabalhar na elaboração da “Flora do Paranà” reuniu taxonomistas de diferentes instituições, a partir de 200x, implementando um único grupo de pesquisa para a Flora do Paraná (CNPq) e conseguindo um primeiro financiamento (2005) para projeto de ampliação da informatização e qualidade das coleções do Estado. No Rio de Janeiro, a proposição da Rede Fluminense de Herbários (2004) congregou os 17 herbários ativos do estado, visando projetos conjuntos.

No Nordeste, o intercâmbio entre os herbários tem se dado através de projetos inter-institucionais, como o Programa Plantas do Nordeste e o Instituto do Milênio

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9 do Semi-árido. Estes projetos, em diferentes épocas apoiaram a infraestrutura, a identificação da coleção e a informatização do herbários locais.

As coleções da Amazônia e os inventários de flora foram objeto de discussão dentro da proposição de um PPBIO, quando a comunidade científica e organizações governamentais e não – governamentais indicaram diretrizes para sua implantação.

1.4. FORMAÇÃO DE TAXONOMISTAS E TÉCNICOS

A formação de taxonomistas é uma das que demanda maior tempo, entre os pesquisadores pois requer não só a experimentação mas também a análise e síntese dos dados, muitas vezes históricos.

De acordo com dados do Index Herbariorum existem no Brasil atualmente 503 pesquisadores vinculados aos Herbários de instituições brasileiras trabalhando em Taxonomia e Florística (Tabela 2). Esse número ainda é insuficiente para o desafio do conhecimento da flora brasileira, pois a relação entre coleções e pesquisadores implica que cada um deveria analisar cerca de 10.000 exsicatas (tabela 2).

Registra-se um aumento no número de pesquisadores envolvidos nas coleções, de 1998 até 2004, cerca de 126 botânicos (377/503) fruto do desenvolvimento dos cursos de pós-graduação em botânica. Entretanto, existem no país 20 cursos de mestrado e 16 de doutorado em Botânica (CAPES, 2004), além de 16 cursos de mestrado e 11 de doutorado em Ecologia que também formam pesquisadores na área. Os programas de pós-graduação em Botânica formam cerca de 180 mestres e doutores por ano, nas diferentes áreas. Assim uma parcela pequena parece estar sendo absorvida formalmente nas instituições, lembrando que destes profissionais muitos não estão vinculados aos cursos de pós-graduação nem formando novos pesquisadores.

Com relação ao pessoal de apoio, a maior parte dos herbários não possui pessoal suficiente para atender a todas as suas demandas. Em 1998, cerca de 30% dos herbários não contavam com qualquer técnico especializado (Peixoto & Barbosa, 1998). Hoje, cerca de 18,5% dos herbários não possuem técnico de apoio, e a

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grande maioria tem somente de 1 a 2 técnicos, incluindo bolsistas de apoio técnico. A tendência atual é provavelmente o agravamento da situação, uma vez que as instituições públicas estão com restrições à contratação de pessoal e o número de bolsas de apoio técnico vem diminuindo.

Os maiores herbários são aqueles melhor servidos em pessoal de apoio e, de modo geral, é junto a eles que os médios e pequenos herbários procuram capacitar seus técnicos através de estágios. Entretanto nenhum herbário possui um programa específico de estágio ou outro tipo de capacitação para pessoal de apoio. Ações neste sentido, embora reconhecidamente necessárias pela maioria dos curadores, são esporádicas.

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2. OS HERBÁRIOS E AS INICIATIVAS GLOBAIS/INTERNACIONAIS

A nível mundial os herbários repetem a situação apresentada para o Brasil; há uma enorme discrepância entre o tamanho e representatividade das coleções (ver Index Herbariorum), o grau de informatização e o apoio financeiro para a sua manutenção. Alguns herbários já contam com iniciativas bastante avançadas e em alguns casos totalmente implementadas de herbários virtuais (New York Botanical Garden, Missouri Botanical Garden), enquanto outros sequer estão com seus dados informatizados.

No bojo da implementação da Convenção de Diversidade Biológica, diversas iniciativas globais diretamente associadas ao desenvolvimento e manutenção das coleções biológicas estão em andamento, particularmente the E-Type Initiative (ETI) derivada do Projeto ALL Species. Esta iniciativa pretende digitalizar 50% de todos os tipos de taxa aceitos mundialmente, tendo sido definido que na etapa inicial iria se concentrar nas coleções de herbários (Smith, 2003). Esta é uma ótima oportunidade de reunir instituiçôes relacionadas a biodiversidade em um projeto de colaboração de modo a fortalecer os esforços para conseguir financiamento para as demandas puramente taxonômicas.

Experiências como a Iniciativa Vegetal Africana (The African Plants Initiative- API), financiada em parte pela Fundação Andrew W. Mellon, New York, U.S.A. (Smith, 2004), obtiveram resultados positivos em uma tentativa de avançar na taxonomia em bases continentais. Problemas de acesso aos tipos, recorrentes em países de dimensões continentais como o Brasil, onde não há informações precisas sobre sua localização, estado de conservação e dificuldades financeiras para custear viagens para o exterior, que representam um sério impedimento para o desenvolvimento do estudo da diversidade vegetal, foram minoradas grandemente. As primeiras iniciativas do projeto de tipos delineado pelo RBG Kew evoluiram para um projeto mais amplo, no qual as instituições participantes assinaram um compromisso no qual as imagens e informação associada se tornariam disponíveis.

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através do repatriamente de fotos de tipos e fotocópias dos protólogos de plantas do Nordeste localizadas no herbário de Kew, com financiamento da Darwin Initiative e da British American Tobacco ( Zappi et al., 2003). Este projeto já transferiu 50% dos dados e imagens de tipos da flora do Nordeste depositados no Herbário de Kew.

Entre as diversas atividades e ações vinculadas à informatização de coleções, é indispensável mencionar a Global Taxonomy Initiative (GTI), no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Os objetivos do programa de trabalho da GTI envolvem diversas ações diretamente vinculadas a coleções, tais como: 1. avaliação das necessidades e capacidades em taxonomia nos planos nacional, regional e global; 2. Estabelecimento e manutenção de sistemas e infra-estruturas necessárias para obtenção, estudo e curadoria de espécimes biológicos; 3. Facilitar o estabelecimento de infra-estrutura e sistema de acesso à informação taxonômica, priorizando países de origem dos espécimes; 4. inclusão de objetivos taxonômicos prioritários nos principais programas de trabalhos temáticos da CDB, para gerar informações necessárias ao processo de decisão sobre conservação e uso sustentável da biodiversidade (Peixoto, 2003b).

A Estratégia Global para Conservação de Plantas (Global Strategy for Plant Conservation) pretende levantar dados sobre a diversidade vegetal – estimada atualmente em cerca de 300.000 espécies – e os diferentes habitat, especialmente aqueles mais ameaçados, criando uma rede de trabalho que interligue as iniciativas conservacionistas em todo o mundo. Para tanto, prevê que sejam elaboradas até 2010 listas de espécies conhecidas, incluindo seu uso e sua distribuição. A estratégia reconhece que o uso de sistemas de informação, como bancos de dados, é uma ferramenta essencial para o levantamento e a conseqüente conservação da flora mundial (Peixoto, 2005).

Em 2003, O Workshop "Towards a Working list of known plant species: coverage, gaps and metadata" foi organizado pelo Species 2000 e o Royal Botanic Gardens Kew, contando com o apoio financeiro do BBSRC, do RBG Kew e do GBIF. Além do detalhamento das metas do Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), ao qual a reunião estava vinculada, foram expostos três objetivos específicos para o evento:

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13 1) Utilizando a base de dados do Species 2000 & ITIS e de outros recursos

examinar as listas de espécies de plantas já disponíveis, sua abrangência e cobertura geográfica e verificar quais poderiam contribuir para a constituição de uma lista mundial de espécies.

2) Identificar nas listas os principais espaços não cobertos por informações e buscar identificar especialistas e outros recursos necessários de modo a possibilitar a elaboração da lista completa de espécies do mundo.

3) Identificar barreiras que podem impossibilitar ampla participação na produção da lista mundial de espécie e tentar apontar maneiras de como estas dificuldades possam ser superadas de modo a se ter a lista completa em 2008-2010.

A participação brasileira em iniciativas como esta última ainda são bastante restritas e precisam ser ampliadas.

Atualmente três instituições detém as principais bases de dados sobre espécies da América do Sul: Kew, NYBG e Missouri. Todas têm interesse em desenvolver projetos de colaboração com o Brasil, a exemplo do projeto Flora Brasiliensis Revisitada.

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3. ESTRATÉGIA GERAL - PONTOS FORTES E FRACOS

A experiência adquirida à partir dos diversos programas internacionais em desenvolvimento apontam para a necessidade de ter como ponto focal da estratégia a consolidação de uma iniciativa nacional de levantamento da diversidade vegetal à partir das informações disponíveis nos acervos das coleções já implantandas no país.

Considerando que estas coleções entretanto estão em diferentes estágios de confiabilidade na identificação dos seus acervos e na implantação de bancos de dados digitais, o primeiro passo na iniciativa nacional deveria ser uma melhoria na qualidade e no acesso às informações geradas à paritir dessas coleções.

Até pouco tempo atrás, muitos curadores e taxonomistas relutavam em querer compartilhar os dados do seu acervo. Entretanto, uma mudança significativa de posição começou a ocorrer a partir de 2002, com os eventos em Indaiatuba (SP) e os dois direcionados ao curadores de coleções biológicas (Rio de Janeiro e João Pessoa). Desta forma, diferentes grupos começaram a planejar iniciativas de informatização e de agregação dos dados de coleções. Como, muitas das coleções pequenas já estão informatizadas ou incluem a informatização com uma meta a curto prazo, os esforços podem ser canalizados para a discussão da manutenção da informatização no patamar já alcançado, ou na ampliação do uso de programas e inserção de dados.

Outro ponto que ajudou a agregar botânicos, na preocupação com os acervos, foi a proposta de floras estaduais/regionais recomendada pela SBB. Desta forma, herbários próximos estão discutindo e trabalhando em conjunto na apresentação de projetos, cujo ponto seria o diagnóstico dos acervos dos herbários e o mapeamento de áreas pouco coletadas, visando a elaboração destas floras. Assim, iniciativas de organizar os dados dos acervos dos herbários já existem mas deveriam ser incrementadas com um aporte de recursos financeiros direcionado à elaboração de listas preliminares. Um exemplo de como estas iniciativas podem funcionar é o Checklist do Nordeste (www.cnip.org.br), fruto de um esforço de colaboração regional, nacional e internacional, que hoje

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15 disponibiliza uma lista com cerca de 10 mil espécies para o Nordeste do Brasil. Esta parece ser uma iniciativa única no país.

Recursos financeiros direcionados para esse fim, também permitiriam que fossem capturados os conjuntos de dados já digitalizados pelos herbários (em diferentes situações, programas, etc..) para uma forma de construção conjunta visando um banco de dados nacional. Estes dados, com diferentes qualidades de informação, poderiam estar sendo homogeneizados ou ampliados de forma que comecem a ficar disponíveis em conjunto e não como iniciativa isolada dos curadores.

Além disso, é necessário ampliar a participação do país em iniciativas de colaboração internacionais para fazer o resgate de imagens e informação associada dos tipos de plantas brasileiras depositados em instituições no exterior. Esta iniciativa está em andamento no herbário de Kew, com a participação de bolsistas brasileiros, financiados pelo próprio Kew, e no Jardim Botânico de Nova York, que já tem todos os tipos de plantas brasileiras disponibilizados on line e em CD distribuído para diversos herbários brasileiros.

Todavia a comunidade científica já participou na elaboração de diretrizes para diferentes programas que não chegaram a ser implementados como o programa de formação de taxonomistas, discutido e elaborado por iniciativa do CNPq em 2003, que entretanto ainda não se tornou realidade. Iniciativas frustradas pela não implantação ou a descontinuidade de programas exitosos, desanimam a todos. Herbários menores em volume de acervo e especialistas se ressentem de linhas de financiamento que lhes permitam captar recursos para a manutenção de suas coleções. Entretanto estes herbários, regionais na sua maioria, acabam incorporando em suas coleções espécimens pouco representados em coleções maiores.

Uma estratégia para a manutenção dos herbários pequenos ou localizados poderia ser a sensibilização de orgãos estaduais para o financiamento de pequenos projetos de floras locais.

As estratégias adotadas por diferentes setores de governo visando inventários de biodiversidade vêm dificultando ou até inviabilizando o desenvolvimento de pesquisas essenciais para o avanço do conhecimento sobre a biota brasileira.

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São pouquíssimas as fontes de fomentos que priorizam projetos de inventários; que reconhecem que o enriquecimento de coleções científicas com exemplares colecionados dentro de padrões pré-estabelecidos é prioritário para a conservação.

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4. METAS E AÇÕES NECESSÁRIAS (tabela 3)

5. ORÇAMENTO ESTIMATIVO (tabela 4)

5.1. RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS À INFORMATIZAÇÃO

Peixoto (2003) em dados obtidos à partir do projeto “Coleções Biológicas de Apoio ao Inventário, Uso Sustentável e Conservação da Biodiversidade”, observa que uma coleção de até 23.000 exsicatas pode ser informatizada, em um ano, com custo aproximado de R$ 28.000,00, mais gastos sociais, se já contar com dois computadores. Nesse modelo, o responsável pela informatização também trabalharia na digitação dos dados junto com outros dois estagiários. O valor calculado por etiqueta digitada é de R$ 1,20. Para herbários maiores, Peixoto (2003) chega a valor semelhante, R$ 1,11 por etiqueta, desde que a instituição tenha estrutura adequada (até 7 computadores para coleções com mais de 50.000 exsicatas).

Peixoto (2005) obteve os valores de R$ 0,69 e 0,97 por exsicata digitada no IAN (180.000 amostras) e no HB (85.000 amostras) respectivamente. Nesses valores não estão incluídos gastos sociais com o pessoal. É importante notar que esses gastos sociais (INSS, ISS) podem variar muito com o tipo de pessoal utilizado. O pagamento de bolsas isenta a instituição de contribuições, enquanto que a contratação permanente ou por prestação de serviços eleva o gasto com impostos. Para o herbário RB, o valor estimado foi bem maior, ficando em torno de R$ 3,50, considerando todos os aspectos da informatização.

Nesta proposta optamos por um custo médio de R$ 1,00/exsicata, por entender que as situações são bastante diferenciadas em todo o país.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

Tabela 1. Quantitativos dos herbários brasileiros ativos e espécimes por estado e

região geográfica. (os valores entre parêntese representam o número de herbários com mais de 50 mil exemplares e o quanto representa o seu acervo do total por estado)

Estado/Região No de Herbários No. de Espécimes

Regiâo Centro-Oeste 12 438.450

Distrito Federal 4 (2) 322.300 (261.300)

Goiás 1 30.000

Mato Grosso 2 29.533

Mato Grosso Sul 5 56.617

Região Nordeste 25 639.037 Alagoas 2 20.100 Bahia 8 (3) 261.122 (193.123) Ceará 2 33.400 Maranhão 1 20.000 Paraíba 2 43.500 Pernambuco 6 (3) 223.471 (193.471) Piauí 1 23.944

Rio Grande Norte 2 6.500

(21)

21 Região Norte 9 616.421 Acre 1 8.000 Amapá 1 25.000 Amazonas 3 (1) 224.345 (215.145) Pará 3 (2) 350.876 (347.876) Tocantins 1 8.200 Rondônia 0 Roraima 0 Região Sudeste 48 2.290.350 Espírito Santo 3 34.500 Minas Gerais 12 (2) 218.800 (135.000) Rio de Janeiro 17 (4) 1.148.000 (1.028.000) São Paulo 16 (4) 889.050 (713.000) Região Sul 31 1.083.085 Paraná 7 (1) 423.600 (320.000)

Rio Grande do Sul 21 (3) 535.985 (355.000)

Santa Catarina 3 (1) 123.500 (80.000)

(22)
(23)

Ciência, Tecnologia e Inovação

Tabela 2. Evolução do acervo dos herbários brasileiros nas diferentes regiões geográficas do país ( * dados de 1998 ...).

Região geográfica

Área total (Km2)

Espécimes herborizados Espécie/Km2

crescimento % Especialis tas Espécimes/ especialista s 1998 * 2004 1998 * 2004 Norte 3 851 560,4 548.692/ 616.421 0,14 0,16 12,5% 43 14335 Nordeste 1 556 001,1 490.603/ 639.037 0,31 0,41 24,3% 61 10476 Sudeste 924 266,3 1.913.355/ 2.290.350 2,07 2,47 16,1% 170 13472 Sul 575 898.467 1.083.085 1,56 1,89 73 14836

(24)

316,2 17,6% Centro-Oeste 1 604 852,3 336.037/ 438.450 0.21 0,27 22,2% 30 14615 BRASIL 8 511 996,3 4.187.154 5.067.343 0,49 0,60 18,33% 377/503 33,4% 10074

(25)

25 Tabela 3 – Metas e Ações

Metas Ações

3 anos

Fortalecer a Rede Brasileira de Herbários, de forma a ampliar as suas atividades e a formação continuada dos curadores

Propor um Workshop para estabelecimento de um programa de metas para a Rede Nacional e os herbários.

Estimular a composição e o fortalecimento de redes estaduais/regionais de herbários.

Estimular a captação e atualização de informações sobre os herbários Disponibilizar informações sobre herbários e seus

acervos

Atualizar a lista e os dados básicos dos herbários brasileiros online (Rede de Herbários da SBB, site www8.ufrgs.br/taxonomia)

Construir páginas atualizadas de todos os herbários brasileiros

Alimentar constantemente o Index Herbariorum de informações atualizadas.

(26)

Melhorar a qualidade das identificações e informações geradas nos herbários

Formar alunos de graduação e pós-graduação em taxonomia e florística Criar um programa de bolsas (em diferentes níveis) para formação de taxonomistas

Criar um programa para fixação de taxonomistas em regiões carentes Promover a visita de especialistas aos herbários para trabalhar com os acervos, botânicos e alunos.

Melhorar as informações dos exemplares coletados (georeferenciamento)

Estimular o estudo de floras regionais Melhorar o gerenciamento dos herbários brasileiros

para a facilitação no acesso e no repasse de informações.

Incrementar a informatização das coleções

Ampliar o número de equipamentos de informática nos herbários

Capacitar e ampliar o número de técnicos de apoio nas coleções, entre eles pessoal especializado em bioinformática

Propor “programas de interação” dos dados gerados pelos herbários

Melhorar a infra-estrutura dos herbários brasileiros Melhorar as condições de armazenamento dos espécimes, sistema

(27)

27

Incentivar armazenamento em diferentes meios (secos em estufas, em sílica, fixado em FAA, etc.)

Melhorar a representatividade da flora brasileira nas coleções

Estimular a coleta nas reservas legais, visando contribuir com seus planos de manejo.

Estabeler programas de coleta, direcionados predominantemente para áreas pouco ou não visitadas.

Estimular programas de coletas inter-institucionais

Ampliar o treinamento de estudantes em metodologias de coletas

5 anos

Criar a base do Herbário Virtual Nacional, através da interligação das informações disponibilizadas pelos herbários brasileiros

Disponibilizar na rede a lista e imagens de tipos depositados em herbários brasileiros e outras informações atualizadas dos acervos

Implementar a Iniciativa para Levantamento da Diversidade Vegetal Brasileira

Produzir uma lista preliminar da flora brasileira com base nos dados dos herbários

(28)

Implementar programas de apoio a formação de taxonomistas e fixação de pesquisadores em áreas pouco conhecidas

Incentivar a publicação de sinopses de grupos taxonômicos; Ampliação ao apoio à editoração dos períódicos nacionais

Estabelecer e/ou ampliar iniciativas estaduais ou regionais a exemplo da rede Amazônica ou Species Link para SP

Complementar o resgate de tipos da flora brasileira localizados fora do país e que em alguns casos já estão sendo disponibilizados pelos grandes herbários mundiais

Organização dos acervos dos herbários disponibilizando informações sobre suas coleções

Ampliar as melhorias na estruturação dos herbários nacionais

10 anos

Implantar o Herbário Virtual Nacional Organização de um portal nacional com a disponibilização em rede do

resultado da interligação dos acervos das coleções botânicas

(29)

29

Ampliar o número de taxonomistas em atividade Melhorar a estruturação dos herbários nacionais

(30)

Tabela 4- Orçamento Estimativo

Ações Custo estimado Total (R$)

3 anos

Workshop para fortalecimento da Rede Brasileira de Herbários

1 pessoa/herbário/1 herbário por estado

27x1.000,00=27.000,00

27.000,00

Workshops regionais 5 reuniões x R$ 10.000,00 =

50.000,00

50,000

Programa de bolsas (em diferentes níveis) para formação de taxonomistas

X bolsas IC por 3 anos X bolsas MS por 2 anos X bolsas DR por 4 anos

Programa para fixação de taxonomistas em regiões carentes

X bolsas DTI para as regiões N, NE, CO

(31)

31

de espécimes/especialistas não indicam NE (tab.2)

Melhorar as condições de armazenamento dos espécimes, sistema elétrico e prevenção de incêndios

23 herbários de referência (R$ 100.000,00/herbario)

2.300.000,00

Ampliação dos equipamentos de informática dos herbários

1 computador (2.500,00)/ por 23 herbários

Promover a visita de especialistas aos herbários para trabalhar com os acervos.

Passagens 12 especialistas por ano x 3 anos (36 x 2.000,00)

Diárias p/36 pessoas x 5 dias x 148,45

(32)

Capacitar técnicos de apoio nas coleções, entre eles pessoal especializado em bioinformática

5 cursos (1 por região) – R$ 5.000,00

Programa de coletas 6 expedições coletas/região/3 ano

(90 x 2.000,00)

5 anos

Criação de páginas de todos os herbários brasileiros

Criação das páginas – R$ 500,00 x XX herbários

Manutenção Complementar o resgate de tipos

da flora brasileira localizados fora do país e que em alguns casos já estão sendo disponibilizados pelos grandes herbários mundiais

???????????

(33)

33 herbários 10anos Organização de um portal nacional ??????????

Interligação dos bancos de dados dos diversos herbários brasileiros

Referências

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