Máscaras
Um projeto desenvolvido no início do primeiro confinamento imposto pela
pandemia
Expressão Artística
Mestrado em Ensino das Artes Visuais
Professora Inês Andrade Marques e alunos da UC Expressão Artística 2019/2020
Este projeto foi realizado no início do primeiro confinamento imposto pela
pandemia, explorando os sentimentos individuais e coletivos associados à nova
realidade então vivida.
O projeto foi pensado de modo a permitir uma abordagem dos alunos a várias
dimensões do desenho – do desenho subjetivo e expressivo de sentimentos, ao
desenho projetual e de observação – bem como uma incursão à escultura – a
construção de um objeto tridimensional.
A máscara, desde então integrante do nosso quotidiano, foi entendida não apenas
como proteção física, a última barreira entre nós e o mundo, mas também como
artefacto simbólico que materializa os nossos medos e os nossos desejos.
… forcei-me a ficar, para examinar essas máscaras, todos esses objetos que as pessoas tinham criado com um propósito sagrado e mágico para servir como intermediários entre eles e o desconhecido, as forças hostis que os cercam, tentando dessa forma superar os seus medos dando-lhes cor e forma. E então eu entendi o que a pintura realmente significava. Não é um processo estético, é uma forma de magia que se interpõe entre nós e o universo hostil, um meio de tomar o poder através da imposição de uma forma sobre os nossos medos e sobre os nossos desejos. Nesse dia eu entendi que tinha encontrado o meu caminho.
Testemunho de Picasso sobre a ida ao Museu Trocadero em 1907, com o pintor fauvista Andre Derain [tradução livre]
O CoVid-19 deslocou as políticas da fronteira que tinham lugar no território nacional ou no superterritório europeu em direção ao nível do corpo individual. O corpo, o teu corpo individual, como espaço vivo e como trama de poder, como centro de produção e consumo de energia, converteu-se no novo território sobre o qual as agressivas políticas de fronteira que temos vindo a desenhar e a testar há vários anos se expressam agora sob a forma de barreira e de guerra contra o vírus. A nova fronteira necropolítica passou das costas marítimas da Grécia para a porta do domicílio privado. Lesbos começa agora na porta de tua casa. E a fronteira não para de te cercar, de se aproximar cada vez mais do teu corpo. Calais explode agora na tua cara. A nova fronteira é a máscara facial. O ar que respiras deve ser só teu. A nova fronteira é a tua epiderme. A nova Lampedusa é a tua pele.
Preciado, P.B. (2020) Aprendendo com o vírus, in
Desenhos Exploratórios
A pandemia e o confinamento
O que sentimos
A n a Ba ro sa
A n a Ba ro sa
Mar ia Cri sti n a O liv ei ra
Mar ia L u ís F ig u ei re d o
Mar ia L u ís F ig u ei re d o
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Bea tr iz B o te lh o
Mar
ia R
amo
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Máscaras
Objetos escultóricos
A n a Ba ro sa
A n a Ba ro sa
Cari n a Mo n iz
Cari n a Mo n iz
Cari n a Mo n iz
Cari n a Mo n iz
Jo
an
a Co
st
Jo
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Di an a Si mõ es
Di an a Si mõ es
Di an a Si mõ es
Di an a Si mõ es
Di an a Si mõ es
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Mar ia L u ís F ig u ei re d o
Mar ia Ca st an h o
Mar
ia R
amo
Mar
ia R
amo
Mag d a San to s
Mag d a San to s
Jo an a R aimu n d o
Jo an a R aimu n d o
Mar gari d a G eo rg e
Mar gari d a G eo rg e
Mar gari d a G eo rg e
 n ge la Cru z
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Bea tr iz R o ch a
V
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