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INTERACÇÕES DAS RADIAÇÕES COM A MATÉRIA

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M Filomena Botelho

INTERACÇÕES DAS

RADIAÇÕES COM A

MATÉRIA

A radiação interage com a matéria, resultando consequências específicas, consoante o local da interacção

Esta interacção resulta da:

£cedência de energia ao meio que percorrem

Energia capaz de extrair electrões a átomos provocando alterações

químicas das moléculas

Radiação ionizante

(2)

RADIAÇÃO IONIZANTE

A radiação pode ser sob a forma de: - partículas

- radiação electromagnética

e ambas as formas se podem propagar através da matéria

Partículas Radiação electromagética

• Carregadas • Não carregads Possuem energia cinética

(vai desde alguns eV a muitos milhões de eV)

• Pequena quantidade de energia por fótão Rx de pequena energia Fótões de luz • Relativamente grande quantidade de energia Raios gama ++ + + Partículas β Neutrões Núcleos pesados Deuterões Protões Partículas α

A radiação interage com a matéria, através de:

£Transferência de energia ao meio envolvente

A energia das partículas carregadas Ê energia cinética

A energia dos fótões Ê energia electromagnética

Embora marcadamente diferentes nas suas características físicas, os diferentes tipos de radiação, exercem:

£algumas acções análogas quando atravessam a matéria

(3)

A radiação pode interagir com a matéria de maneiras diferentes: £pode atravessar os átomos sem ceder energia

£não há interacção £pode interagir com o núcleo

£pode interagir com os electrões orbitais

Tipos de interacções

• Partículas carregadas

– Electrões

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

– Protões e partículas a

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

– Neutrões

• Radiação electromagnética

• Com o núcleo

(4)

Tipos de interacções

• Partículas carregadas

– Electrões

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

– Protões e partículas a

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

– Neutrões

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

As partículas carregadas podem ser classificadas como: £pesadas - protões - deuterões - tritões - partículas a - átomos ionizados £leves - electrões - positrões

Partículas carregadas

(5)

Partículas carregadas

Quando as partículas carregadas e com elevada energia cinética se deslocam no meio material, podem exercer forças

coulombianascom os: - electrões

- núcleos dos átomos do meio

Ocorre uma colisãosempre que a partícula passa suficientemente próximo de um:

- electrão, ou - núcleo

de modo a que haja interacção

Partículas carregadas

Quando as partículas carregadas e com elevada energia cinética se deslocam no meio material, podem exercer forças

coulombianascom os: - electrões

- núcleos dos átomos do meio

A transferência da energia cinética, pode produzir:

- ionização - excitação

(6)

Tipos de interacções

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Partículas carregadas

– Electrões

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

Protões e partículas

Protões e partículas

Protões e partículas

α

α

α

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Neutrões

Neutrões

Neutrões

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

A maioria das transferências de energia no interior da matéria, é feita à custa dos electrões.

1. Interacção dos electrões com a matéria

Estes podem interagir com:

-electrões orbitais dos átomos do meio atravessado £ionização ou excitação

-núcleos dos átomos do meio atravessado £radiação de frenação (= bremsstrahlung)

(7)

Quando ocorre uma colisão de um electrão com um electrão orbital, verifica-se uma:

- repulsão coulombiana

que origina uma distribuição entre os 2 electrões, da energia cinética do primeiro

A. Interacção dos electrões com electrões orbitais dos

átomos do meio atravessado

A transferência de energia cinética, pode produzir:

- ionização - excitação

conforme a quantidade de energia transferida

Ionização

electrão secundário

-electrão incidente O átomo neutro

fica com carga +

ião

(8)

-Ionização específica ou poder ionizante

Número de pares de iões formados por unidade de comprimento de percurso, quando um feixe de electrões percorre uma distância xno

interior de um dado meio

Ionização

Quando ocorre a formação de iões, há transferência de energia por unidade de comprimento, e a perda energética é igual a:

E

I

v

Z

n

q

k

∆x

∆E

2 2

=

=

q–carga do electrão

n– número de átomos da sunstância atravessados por unidade de volume

Z– nº atómico do elemento atravessado

v– velocidade

E– energia que é necessário ceder para produzir 1 par de iões I– ionização específica

E

I

v

Z

n

q

k

∆x

∆E

2 2

=

=

A ionização específica das partículas a é alta porque:

• têm pequena velocidade quando comparada com a da luz • têm carga dupla

O produto nZrepresenta o número de electrões por unidade de volume da matéria atravessada

Quando maior nZ£

(9)

A curva rosamostra a variação qunado aplicada a fórmula completa,

Enquanto que a curva verderepresenta a aplicação da fórmula simplificada

E

I

v

Z

n

q

k

∆x

∆E

2 2

=

=

∆x ∆E v

Esta curva mostra a variação da: - perda energética por unidade de

comprimento em função da velocidade da partícula

A diferença entre estas duas tem a ver com que um efeito relativístico que o factor B(v) tem em conta

estabelece-se entre os dois electrões uma:

-força repulsiva coulombiana com transferência de uma certa quantidade Q de energia cinéticado electrão inicidente para o electrão ligado

-electrão inicidente, com energia cinética Ec

l

colide com um electrão periférico do material atravessado com energia de ligação E

(10)

A energia transferida ao electrão ligado, é função da:

- distância que o separa da trajectória do electrão incidente sendo tanto maior quanto menor for a distância

- O electrão ligadoé arrancado (formando um ião positivo) sendo-lhe transmitida uma energia cinética igual a:

Q - E

l Q > E

l

- O electrão incidenteé desviado da sua trajectória inicial, ficando com uma energia cinéticaapós a colisão de:

Ec- Q

Porém, as interacções deste tipo, são mais frequentes com os: -electrões mais afastados da trajectória do electrão inicidente

pois são os que existem em maior número £

£ o número de reacções com baixa transferência de

energia é superior ao número de reacções com grande transferência de energia

Devido à pequena massa do electrão : → 1800 vezes mais leve do que o protão → 7200 vezes mais leves do que a partícula α

a colisão sofrida é em geral suficiente para produzir desvios consideráveis do seu trajecto, o que lhe confere: £

(11)

Os electrões (partículas β) à medida que vão percorrendo o meio e produzindo ionizações vão:

-perdendo energia

- diminuir a sua velocidade

o que significa £aumento do poder ionizante

O poder ionizante das partículas βé sempre muito pequeno quando comparado com o dos protões e o das partículas α, pois possuem:

→ menor carga

→ velocidade muito maior

E I v Z n q k ∆x ∆E 2 2 = =

Alguns dos electrões arrancados aos átomos da matéria atravessada, podem adquirir energia cinética

suficiente, para por sua vez, produzirem ionizações secundárias

Alguns dos electrões arrancados aos átomos da matéria atravessada, podem adquirir energia cinética

suficiente, para por sua vez, produzirem ionizações secundárias

Os átomos ionizados apresentam um excesso energético e têm que perder a energia em excesso para

retornar ao estado de maior estabilidade

Os átomos ionizados apresentam um excesso energético e têm que perder a energia em excesso para

retornar ao estado de maior estabilidade

Após a colisão, o átomo ionizado emite

radiação electromagnética, ao reajustar as suas camadas electrónicas para se estabelecer a estabilidade

emissão de fótão de fluorescência emissão de raios X característicos emissão de electrão auger

(12)

emissão de fótão de fluorescência emissão de raios X característicos

As interacções que ocorrem entre os electrões acelerados e os electrões dos átomos do alvo atravessado, levam à:

→ emissão de radiação característica por parte dos átomos do meio atravessado

A orbital deixada livre pelo electrão expulso, é ocupada: →por um electrão de uma das orbitais mais periféricas

Por sua vez, o lugar deixado vago pelo electrão que mudou de orbital, é ocupado por:

→um electrão ainda mais periférico

emissão de fótão de fluorescência emissão de raios X característicos

Este tipo de mobilização de electrões continua a verificar-se até que a orbital livre pertença à camada mais externa

Cada salto de um electrão de uma camada periférica para outra mais interna, é acompanhado pela:

- libertação de uma energia igual à diferença entre as energias de ligação de cada electrão, sob a forma de:

→um fótão de fluorescência

O lugar vago pode ser ocupado por um →electrão estranho ao átomo

(13)

emissão de fótão de fluorescência emissão de raios X característicos

O conjunto dos fótões de fluorescêncialibertados constitui a: -radiação característica

da amostra, e possui um espectro de riscas

Os fótões libertados, podem ser:

→ fótões X →se os átomos do meio forem pesados

→ fótões UV → se os átomos do meio forem leves

Vazio K

K L

Raios X

Os raios Xcom interesse em radiodiagnóstico, só podem ser produzidos pelas ionizações com:

- expulsão de um electrão da camada K

- e quando os átomos da substância atravessada possuirem número atómico > 30(30Zn – zinco) - em alguns casos especiais quando o electrão libertado

pertencer à camada I com Z > 70 (70Yb – ytérbium)

No caso da produção de Raios-X, este espectro caracteístico

corresponde a uma energia total emitida muito menor do ue o espectro contínuo da radiação de frenação →

→ só é utilizado em medicina nas ampolas de mamografia

Vazio K

K L

(14)

emissão de electrão auger

K L

O excesso energético do átomo, pode ser comunicado directamente a um electrão periférico, o qual vai ser expulso, originando uma:

→ segunda ionização

Este tipo de emissão é predominante quando os meios atravessados têm:

→pequeno número atómico

K L A energia cinética do electrão expulso é rapidamente absorvida pelo meio

Mecanismo de transferência de energia semelhante à ionização mas em que a quantidade de energia transferida é:

- menor do que a energia de ligação do electrão ficando o átomo apenas excitado

Excitação

O electrão passa para uma orbital mais exterior

(15)

E

I

v

Z

n

q

k

∆x

∆E

2 2

=

=

Esta equação aplica-se também a outras partículas carregadas, para além dos electrões, como:

-partículas α

-protões

Curvas de Bragg

Traduzem a variação da ionização em função da distância percorrida

x

I

Curvas de Bragg

Traduzem a variação da ionização em função da distância percorrida

x

I À medida que a partícula abranda o seu

movimento, por perda de energia cinética, a: - ionização específica aumenta primeiro

entamente e, depois, mais rapidamente Quando a energia cinética já baixou tanto que não é possível produzir mais

ionizações, a curva diminui bruscamente, até que atinge o eixo dos x num ponto Ri que traduz a distânca a partir da qual já não há ionização específica

Ri

(16)

Curvas de Bragg

Traduzem a variação da ionização em

função da distância percorrida

As diferenças entre os electrões, os protões e as partículas α resultam de que para a:

- a mesma energia

o módulo da velocidade ser muito superior para os elctrões do que para as partículas pesadas, as quais:

-não sofrem alterações da trajectória após colisão (por terem massa maior)

x

I

Ri

Devido à pequena velocidade das partículas pesadas, a ionização específica é maior do que a dos electrões

No caso dos:

-protões£pode provocar um máximo de 30 000 ionizações por cm -partículas α£pode atingir as 70 000 ionizações por cm

Quando um electrão incidente, passa próximo de um núcleo pertencente a um átomo da matéria atravessada, sofre uma:

- força de atracção coulombiana

pela qual o electrão é desviado na sua trajectória

B. Interacção dos electrões com o núcleo dos átomos

do meio atravessado – Radiação de frenação

Como a massa do núcleo é muito superior à do electrão, a energia que é comunicada ao núcleo é muito pequena, e o electrão é desviado, não sofrendo redução considerável na sua energia £

(17)

A energia é perdida pela passagem perto de um núcleo Quando o electrão é desviado da sua trajectória inicial, fica sujeito a uma:

- aceleração centrípeta

Teoria electromagnética clássica £

£ Toda a aceleração do electrão deve provocar emissão de radiação electromagnética

Electrão

Partícula beta Radiação de Bremsstrahlung

-+ -+

Núcleo hν Ec e -Ec- hν Teoria quântica £

£ A aceleração cria uma certa probabilidade de emissão de um fótão, e a energia irradiada pode variar de zero até à energia total do electrão

Quando uma partícula carregada e de elevada energia cinética sofre aceleração, cria-se a probabilidade de:

• emissão de energia electromagnética na forma de 1 fótãocuja energia pode variar de zero à energia cinética total da partícula A importância deste tipo de emissão é:

- inversamente proporcional ao quadrado da massa da partícula incidente

Pouca importância quando se trata de partículas pesadas A interacção entre o electrão incidente e o núcleo traduz-se por uma:

• diminuição da velocidade do electrão, e consequentemente diminuição da energia cinética

Irradiada sob a forma de fótões Radiação de bremsstrahlung ou radiação de frenação

(18)

A importância deste tipo de emissão é:

- inversamente proporcional ao quadrado da massa da partícula incidente

Pouca importância quando se trata de partículas pesadas A interacção entre o electrão incidente e o núcleo traduz-se por uma:

• diminuição da velocidade do electrão, e consequentemente diminuição da energia cinética

Irradiada sob a forma de fótões

Radiação de bremsstrahlung ou radiação de frenação (Radiação de espectro contínuo) A probabilidade do electrão perder energia é tanto maior

quanto mais próximo do núcleo passar

Radiação de Bremstrahlung

Se o electrão perde toda a sua energia: £

∆E = E

c

Se:

-Ec– energia cinética inicial do electrão -∆E– perda de energia do electrão -ν– frequência -ħ– constante de Planck

ν

h

E =

(19)

Para valores de

energia cinética ≈ 150 keV

:

E)

(E

Z

F

K

dE

d

c

=

Φ

dE dΦ E (ħν) 0 (ħν) max= Ec dE dΦ

- Energia total cedida pelo efeito de bremstrahlung por unidade de energia dos fótões

F– Fluxo de electrões incidentes por unidade de tempo

Z– Número atómico dos átomos do alvo

K- Constante

Esta equação corresponde ao espectro teórico, e nunca se obtém à saída de um ampola de Raios-X, porque o proprio vidro da ampola, absorve as baixas energias

A potência necessária para comunicar a energia cinética Ec(eV)a um feixe de electrões:

£P = F . Ec

O rendimento aumenta:

• com o número atómico do material do alvo e • com a energia dos fótões incidentes

Rendimento (ρ) na produção de Raios-X através da radiação de frenação: £ c c 2 c

K

Z

E

2

1

E

F

E

Z

F

K

2

1

P

Φ

=

=

=

ρ

(20)

Tipos de interacções

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Electrões

Electrões

Electrões

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

– Protões e partículas α

• Com o núcleo

• Com os electrões orbitais

Neutrões

Neutrões

Neutrões

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Quer os protõesquer as partículas α

• têm massa muito superior à dos electrões

2. Interacção dos protões e das partículas α com

a matéria

Para igual energia cinética a:

£velocidade é consideravelmente inferior à dos electrões

Ê

As transferência energéticas entre protões ou partículas α e os átomos do meio, são muito menoresdo que as que ocorrem quando a partícula incidente é o electrão

(21)

Os protõese as partículas αsão totalmente frenados por obstáculos bastante finos, como:

- uma folha de papel

não representando grande perigo quando se trata de irradiação externa

Folha de papel

Absorvida por papel

α

p

Só provoca lesões quando dentro do organismo

Irradiação interna

Irradiação interna

lesão interna

Por outro lado:

-quando introduzidos no organismo, as partículas podem provocar efeitos nocivos consideráveis, pois toda a energia é dissipada num percurso muito curto

Ionização

Processo pelo qual um átomo neutro adquire carga positiva ou negativa

electrão é retirado do átomo

-O átomo neutro Partículaα

+

+

(22)

Tipos de interacções

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Electrões

Electrões

Electrões

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Protões e partículas

Protões e partículas

Protões e partículas

α

α

α

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

– Neutrões

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Radiação electromagnética

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

3. Interacção dos neutrões com a matéria

Neutrão

Grande poder de penetração

Interacção com os núcleos do meio Perda progressiva de energia cinética Perda progressiva de energia cinética Não têm carga

(23)

As consequências são diferentes consoante a energia cinética do neutrão incidente:

1º £Ec> 1000 eV

toda a energia cinética é transferida para os núcleos da matéria atravessada

2º £Ec < 1000 eV

o próprio neutrão é absorvido pelos núcleos do meio envolvente

A energia absorvida pelos núcleos £

£ leva-os a entrar em reacção com os outros átomos

do mesmo meio, originando:

→ionização →excitação Não têm carga Podem penetrar profundamente no organismo

Tipos de interacções

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Partículas carregadas

Electrões

Electrões

Electrões

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Protões e partículas a

Protões e partículas a

Protões e partículas a

Com o núcleo

Com o núcleo

Com o núcleo

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Com os electrões orbitais

Neutrões

Neutrões

Neutrões

• Radiação electromagnética

• Com o núcleo

(24)

Quando as radiações electromagnéticas, de origem nuclear (raios gama – γ) ou de origem extranuclear (Raios-X) interagem com a matéria, a colisão pode ocorrer com o:

- núcleo

- elecrões orbitais

4. Interacção das radiações electromagnéticas

com a matéria

Quando consideramos um feixe de fótões a incidir sobre um objecto, a energia do feixe emergente é inferior à do feixe incidente, pois existem interacções com a matéria

Quando o fótão incidente interage com a matéria, diferentes situações podem ocorrer:

- Absorção total

- Transmissão sem desvio da trajectória

- Difusão Absorção total Transmissão sem desvio Difusão Fe ixe incide n te

Toda a energia do fótão incidente é absorvida pelos átomos do meio atravessado

Não ocorre qualquer reacção entre o fótão e o meio

O fótão é desviado da sua trajectória inicial, podendo haver ou não perda de energia

Por outro lado, as colisões podem ser: Por outro lado, as colisões podem ser:

(25)

Tipos de interacções

• Radiação electromagnética

– Com os electrões orbitais

• Efeito fotoeléctrico

• Efeito de Compton

• Efeito de Rayleigh Thonson

– Com o núcleo

• Materialização ou produção de pares

• Reacções fotonucleares

• Processo de absorção atómico no qual o átomo absorve totalmente a energia do fótão incidente (Ec)

• O fótão incidente desaparece e a energia abdorvida é usada para ejectar o electrão orbital para fora do átomo

• O electrão ejectado chama-se: -fotoelectrão

Efeito fotoeléctrico

Fotoelectrão ejectado Fótão incidente

A energia cinética do electrão (Ece) ou fotoelectrão é igual à diferença entre a energia do fótão incidente e a energia de ligação do electrão do átomo do material

Ece= Ec- El

(26)

Apesar de teoricamente este processo pder ocorrer com qualquer electrão do meio, desde que Ec(energia cinética do fótão incidente) seja superior a El (energia de ligação do electrão orbital), ocorre sobretudo:

£electrões mais fortemente ligados ao núcleo, isto é, camadas mais internas−K, L

E

ce

= E

c

- E

l

O fótão incidente tem que ter uma energia pelo menos igual à energia de ligação do electrão orbital

O átomo atingido pelo fótão, após libertar o fotoelectrão fica ionizado e num estado excitado, sofrendo um rearranjo dos electrões periféricos, com emissão de:

- raios-X característicos - fótões de fluorescência - electrões de Auger +++ Irradiação secundária fotoelectrão ionização excitação Raios-X característico Fótões de fluorescência Electrões Auger

A probabilidade de ocorrência do efeito fotoeléctrico:

−aumenta rapidamentecom o número atómico do absorvente −decresce muito rápidoquando aumenta a energia do fótão

3

Z

(27)

• É a colisão entre um fótão e um electrão orbital das camadas mais externas do átomo

• Só parte da energia do fótão incidente é cedida ao electrão orbital • Ocorre nos electrões mais frouxamente ligados, os electrões

periféricos

Efeito Compton

Electrão Compton Fótão incidente θ ϕ Fótão difundido Electrão Compton Fótão incidente

O fótão incidente em energia cinética (Ec) ao colidir com um electrão orbital com baixa energia de ligação (El), cede parte da sua energia ao electrão orbital, que é expulso do átomo com uma energia cinética (Ece), enquanto que o fótão incidente sofre uma alteração na sua trajectória

O fótão difundido passa a ter uma energia cinética (Ed)

E

c

= E

ce

+ E

d

+ E

l

θ ϕ

Fótão difundido

(28)

+++ e e e φ λ’ λ θ λ’ – λ= (1 – cos mh θ) ec Irradiação secundária ionização excitação Raios-X característico Fótões de fluorescência Electrões Auger

A probabilidade de ocorrência do efeito Compton:

E

Z

Z – número átomo E – energia do fótão ++ + Fótão aborvido pelo átomo Posteriormente re-emitido

O fótão é absorvido pelo átomo, sendo posteriormente reemitido, sem qualquer alteração do seu estado energético, mas com uma ligeira mudança de direcção

• Quando a interacção entre o fótão e o electrão periférico é insuficiente para produzir excitação ou ionização, a colisão é:

£Elástica £esta difusão só se manifesta para pequenas energias

Efeito Rayleigh-Thonson

(29)

Materialização ou produção de pares

• Fótões incidentes com energias cinéticas elevadas (> 1,022 MeV) quando passam nas proximidades do núcleo dos átomos do material que atravessam, ficam sujeitos ao intenso capo eléctrico nuclear

• Nestas circunstâncias pode ocorrer £materialização da energia produzindo-se 1 electrão 1 positrão e+ e -e-do meio E = 511 keV E = 511 keV Energia do fótão 1,022 MeV Positrão (+) 511 keV 511 keV Electrão (-)

O fótão incidente é aniquilado e o excesso de energia que o fótão possuia em relação a 1,022 MeV (energia equivalente a 2 vezes a massa do electrão, no repouso) aparece na forma de:

£energia cinética do par de electrões

E

= ħ ν = 2 m c

2

+E

+ E

(30)

Energia do fótão 1,022 MeV

Positrão (+) 511 keV

511 keV Electrão (-)

Qualquer dos electrões produzidos, tem a capacidade de ionizar átomos (partículas ionizantes secundárias)

A energia cinética que possuem vai

gradualmente ser utilizada a produzir ionizações

511 keV

511 keV

E = mc

2

2 fótões

emitidos em direcções opostas

Positrão

Electrão

Quando o electrãotiver perdido a sua energia cinética £ £combina-se com um átomo ionizado do meio

Quando o positrãotiver perdido quase toda a sua energia cinética

£combina-se com um electrão negativo do meio

desaparecendo as duas massas e produzindo-se 2 fótões divergentes com 511 keV cada

(31)

Quando o electrãotiver perdido a sua energia cinética £ £combina-se com um átomo ionizado do meio

Quando o positrãotiver perdido quase toda a sua energia cinética

£combina-se com um electrão negativo do meio

desaparecendo as duas massas e produzindo-se 2 fótões divergentes com 511 keV cada

A probabilidade de ocorrência de materialização ou produção de pares é aproximadamente proporcional a:

1,022)

(E

Z

2

Aumenta com o:

• quadrado do número atómico do material atravessado • energia do fótão

Reacções fotonucleares

radionuclideos deficitários em neutrões

emissores de β+ reacções γ,n

12

C

11

C

16

N

15

O

• Quando os fótões inicdentes têm energias cinéticas muito intensas (≈ 10 MeV) ao incidirem no núcleo há:

£emissão de partículas nucleares £reacções γ,n

£reacções γ,p

ou seja, os fótões com alta energia ejectam do núcleo

- um neutrão ou

Referências

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