18 DE JANEIRO DE 2021
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Análises por Thales Inada
Influências do
Mercado Tradicional
Período agitado no mercado financeiro. Apesar de algum respiro durante a semana, as bolsas pelo mundo fecharam a sexta-feira em forte queda, devolvendo toda alta da outra semana.
Devido à continuidade da impressão de dólares, tivemos uma correção no câmbio mas que se recuperou parcialmente na sexta.
Não podemos dizer que foi uma influência direta, mas temos um cenário semelhante no BTC. Iniciamos a semana em queda, nos recuperamos e fechando com leve baixa. Apesar da correção dos últimos dias, podemos considerar que o mercado segue nossas expectativas do último relatório, ou seja, continuamos congestionados e respeitando o topo do canal. A última congestão durou cerca de 4 semanas, será que chegaremos a esse ponto?
Rompimento
T E R M O D A S E M A N A
O rompimento deve ser uma das estratégias mais aplicadas em todo mercado financeiro. De forma simplificada, trata-se da superação de uma resistência e também pode ser aplicada na perda de um suporte.
Basicamente compramos após a superação da Linha de Tendência de Baixa (LTB), pois a ideia é que se conseguimos superá-la, vamos dar continuidade na alta.
Pelo outro lado, se perdermos um suporte ou Linha de Tendência de Alta (LTA), devemos vender, mesmo que com um ele prejuízo, a fim de evitar uma queda mais forte.
Conforme comentaremos hoje, nesse momento o Bitcoin está em um triângulo
simétrico no gráfico diário, esquematicamente representado pela imagem ao lado. O alvo principal desta figura fica na projeção da base do triângulo. Vamos aplicar essa estratégia hoje mesmo.
Tempo
Visão Geral
Semana de queda para o mercado de criptomoedas, certamente puxada pelo BTC.
Apesar de algumas altcoins sofrerem uma queda mais forte, de forma geral elas se desempenharam um pouco melhor, podemos resumir esse dado pela queda de aproximadamente 5% na dominância do BTC nas duas últimas semanas.
O destaque da semana certamente vai para a ETH, que conseguiu recuperar toda sua queda da semana. No momento o BTC possui cerca de 67% de todo mercado de criptomoedas, portanto ainda mantém sua autoridade. Uma altcoin que desempenhou muito bem nas últimas semanas foi a LTC, que pode estar proporcionando uma oportunidade essa semana. Falaremos sobre ela no final deste relatório.
CRIPTO
% 7 DIAS
-6,17%
-20,15%
-1,66%
-16,44%
-1,83%
Bitcoin
Bitcoin Cash
Ethereum
Litecoin
PAXG
*17/01/2021 Variação percentual dos preços em USD. Fonte: www.tradingview.com
-12,07%
XRP
Capitalização
total do mercado
Seguindo o padrão do BTC, hoje vamos analisar o gráfico diário do *Total Market Capitalization*. Essa congestão se assemelha bastante à do bitcoin, um triângulo simétrico. Outro ponto interessante, é que ele está afunilando precisamente na capitalização de 1 trilhão de dólares. Se continuarmos assim, será bem interessante acompanhar a retomada de movimento.
Com um triângulo bem definido, é possível determinarmos mais precisamente o rompimento, ou seja, se rompermos o triângulo para cima, continuamos a alta.
Por outro lado, se rompermos para baixo, podemos continuar a correção e quem sabe buscar o suporte bem importante dos 750 bilhões. Mesmo que isso venha acontecer, enquanto nos mantivermos acima dele, nos consideramos seguros e com uma ótima oportunidade, pois a expectativa de retomada da tendência de alta certamente é predominante.
Bitcoin pelo mundo
Confirmamos o fundo comentado na semana passada e o mercado segue respeitando o topo do canal de alta anterior. Então cada vez mais essa linha vem se reforçando. Após essa longa pernada de alta recente, já temos uma congestão semelhante à congestão da pernada de alta que tivemos em outubro e novembro.
Seguindo o modelo, já podemos dizer que temos um triângulo simétrico, dentro do qual podemos permanecer por mais algum tempo. Caso o rompimento para cima se confirme, a projeção da base do triângulo nos leva para perto dos USD 50.000. Mas se pararmos na resistência dos USD 42.000 formaremos um triângulo ascendente, que pode prolongar essa congestão até o final do mês.
Por outro lado, se perdermos o topo do canal temos como suportes principais os USD 30.000 e depois os USD 25.000.
No gráfico semanal essa recente correção que chegou aos 27% quase não é mais vista. Será que já podemos considerar esse movimento como uma correção ou precisamos de uma mais significativa?
Com o fechamento negativo dessa semana, finalmente marcamos um topo nítido no RSI do semanal. Além do indicador sobre-comprado, agora temos esse outro sinal negativo. Reparem como os topos do RSI semanal são bem marcantes.
Além disso, em relação às correções de 2017, aparentemente precisamos de uma correção mais duradoura.
O RSI apenas nos alerta, mas não nos fornece um timing preciso. Portanto se rompermos o triângulo do gráfico diário para cima, ainda temos espaço para mais uma pernada de alta antes de uma correção mais prolongada.
Bitcoin no Brasil
Devido ao dólar em baixa nos últimos dias, o desempenho do BTCBRL está levemente prejudicado. Aqui temos uma congestão menos ampla e possivelmente mais curta, mas como dependemos do BTCUSD, devemos seguir seu ritmo. De qualquer forma, também estamos respeitando precisamente o topo de um longo canal de alta que vem desde outubro. Nesse patamar também temos a primeira retração de 0,236 deste último movimento.
Enquanto seguirmos respeitando esse patamar, mantemos a tendência de alta. Caso venha a perdê-lo, próximo suporte em R$ 160.000 juntamente com o fundo do canal. Por outro lado, caso prolongue um afunilamento entre a máxima histórica e este topo do canal, o rompimento do BTCUSD pode levar o BTCBRL para os R$ 285.000 supondo o dólar nos R$ 5,20.
No semanal agora finalmente conseguimos confirmar um topo nítido. Nesse caso, desconsiderando o fundo intermediário do diário, temos uma retração de Fibonacci mais ampla.
Praticamente já podemos considerar a primeira retração de 0,236 cumprida e já é possível sim mais uma pernada de alta, nem que seja de pequena amplitude.
Caso o BTCUSD rompa o triângulo diário para baixo, também vamos ter uma correção mais forte no BTCBRL. Nesse caso, além do suporte dos R$ 163.000 temos o topo do canal e depois a retração de 0,382 por volta dos R$ 130.000, que pode ser atingido caso o BTCUSD busque os USD 25.000. Semana passada passamos bem rápido pelo suporte dos R$ 163.000 e portanto praticamente só pegou quem deixou as ordens de compra, essa pode ser uma ótima opção para quem não acompanha o tempo todo o mercado.
Após nossa última análise da LTC no dia 30 de novembro, consolidamos nos USD 85 e ao superá-lo, tivemos fortíssima retomada de alta, com certeza foi puxada pelo BTC.
Semana passada paramos na resistência dos USD 175, já essa semana, também tivemos uma forte queda. Por enquanto a recuperação não foi tão boa quanto no BTC. Então basicamente repousamos sobre o topo de 2019 por volta dos USD 140 e seguimos respeitando uma LTA que é melhor definida no gráfico diário.
Enquanto respeitarmos essa LTA, temos como próxima resistência os 220 e depois praticamente só no seu topo histórico por volta dos USD 350. Abaixo dos USD 140 o próximo forte suporte fica na casa dos USD 100.
Devido à influência do câmbio, as resistências no gráfico em reais ficam um pouco menos precisas. Nesse caso é possível perceber como estamos rondando os R$ 800 e testamos mais precisamente a LTA.
Caso venha a perdê-la, temos suportes importantes entre R$ 500 e R$ 600. Por outro lado, se o BTC romper sua congestão para cima, deve incentivar a retomada de alta do mercado podendo levar a LTC para seu topo histórico em R$ 1.250.
De forma geral, a LTC segue tendências bem nítidas e duradouras, devemos aproveitá-las ao máximo. Sempre tomando cuidado com a perda da linha de tendência.
A LTC é conhecida como o laboratório de testes do BTC e portanto seguiu seu ritmo precisamente desde maio, mas lembre-se de ter outro controle de risco para as altcoins devido à sua maior volatilidade.
