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Excelentísimo Senhor Rodrigo Agostinho, (Prefeito de Bauru), Excelentísima Senhora Profª. Drª. Susana de Jesus Fadel,

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Academic year: 2021

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Grußwort von Generalkonsul Friedrich Däuble am 9. Mai 2014 in Bauru Palestra do Cônsul-Geral em Bauru

Excelentísimo Senhor Rodrigo Agostinho, (Prefeito de Bauru),

Excelentísima Senhora Profª. Drª. Susana de Jesus Fadel,

(Reitora da Universidade de Sagrada Coração),

Prezado Senhor Prof. Dr. Daniel Freire e Almeida,

(Diretor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Sagrada Coração),

Prezados Senhores y senhoras,

Sustentabilidade: esta é uma das palavras mais usadas no discurso político da Alemanha. Praticamente nenhum discurso de um político ignora este termo.

Como acontece sem querer ou intencionalmente com muitos termos que ficaram na moda, o sentido, o significado da palavra se torna vago pelo uso frequente.

Certamente isto vale também para o termo sustentabilidade. Todo mundo na Alemanha quer ser sustentável, se não quisesse, seria importante apenas momentaneamente, ou seja, insignificante.

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Vamos atrás deste termo: na Internet há uma “enciclopédia da sustentabilidade” alemã. É, nós alemães gostamos de catalogar.

Olhando o termo Sustentabilidade, abrem-se quase 50 subcategorias nesta enciclopédia:

O leque vai de „Investimentos sustentáveis” – ganhar dinheiro também enobrece com o termo sustentabilidade, „maquiagem sustentável” (eu presumo que isto quer dizer: aplicar só uma vez por semana?).

„consumo sustentável“ – um assunto favorito dos alemães - Até o „funil de sustentabilidade“: o que quer que seja.

Voltemos ao significado político, na forma no qual é importante também para o Brasil.

Falando de sustentabilidade, primeiramente se pensa no desenvolvimento sustentável, mirando um processo que se originou no Brasil: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecido como Rio-92. Há dois anos, foram comemorados 20 anos do início deste processo com a Conferência Rio+20.

Mais de 100 líderes de governo e chefes de estado reconheceram o conceito „Green Economy“ como um dos mais importantes instrumentos da governança sustentável.

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Tomou-se a decisão de dar uma nova organização às estruturas das Nações Unidas que tratam da sustentabilidade. Por fim, também ficou acordado desenvolver objetivos sustentáveis, „Sustainable Development Goals“.

Todos estes avanços são importantes. E ao anfitrião desta grande Conferência, o Brasil, pode se creditar uma grande parte deste sucesso.

Mesmo assim a Alemanha não está feliz com o resultado. Queremos avançar muito mais.

Nossos objetivos na conferência não foram atingidos.

Porém, não se trata somente de objetivos alemães, mas de visões que antes foram desenvolvidas dentro da Comunidade Europeia e que têm o apoio de todos os 28 estados-membros. A União Europeia tem responsabilidades na área da sustentabilidade: Primeiramente, trata-se da economia global e o comércio global: nesta área, os estados-membros juntaram as suas responsabilidades e as entregaram por completo à União Europeia.

Os membros da UE também unificaram questões do meio-ambiente em grande abrangência.

O que nós alemães, juntamente com os nossos parceiros europeus gostaríamos ter visto?

- Um itinerário concreto de como implementar uma economia sustentável , „green economy“ , em escala mundial.

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Queríamos uma „Green Economy Roadmap“ efetiva. Não conseguimos isto.

- As Nações Unidas estão ativas no setor de sustentabilidade com o programa ambiental UNEP. É uma forma organizacional relativamente fraca das Nações Unidas. Queremos que a UNEP receba um upgrade para uma organização especial, no mesmo nível do FMI, UNESCO, e OMS. Também não foi alcançado.

A Chanceler alemã Angela Merkel comentou o resultado da Rio+20, da qual ela participou:

„Acredito que se possa dizer: Os resultados de Rio ficaram aquém daquilo que seria necessário, tendo em vista a situação inicial.

A União Europeia e a Alemanha pleitearam declarações com compromissos efetivos. Mas mais uma vez vimos que não estamos sozinhos no mundo e que é difícil conseguir realizar certas coisas … Mas toda comunidade dos países reconhece agora que o conceito de Green-Economy, ou economia verde, adaptado à situação particular de cada país tem grandes chances. Significa que economia e ecologia não estão mais vistos como contradição, mas como unidade.“.

Também é muito importante, do nosso ponto de vista, que a comunidade dos países tenha concordado que não é possível

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ter um desenvolvimento sustentável sem respeitar alguns princípios fundamentais.

Isto vale para os direitos humanos (inclusive questões de gênero) e, por exemplo, o princípio da “good governance”.

Como deve ser daqui pra frente na visão alemã?

Primeiro: levamos o assunto muito a sério. Vamos perseguir-lo. Não é só a política que leva o assunto a sério, a economia também. Só um exemplo: Siemens chama o seu recém-publicado relatório anual „Relatório Anual e de Sustentabilidade 2013“

Sabemos que precisamos conseguir parceiros para este nosso objetivo e precisamos construir alianças. Devemos convencer países emergentes e em desenvolvimento de que assuntos ecológicos não são interesses de luxo de países industrializados. Mas precisamos também convencer alguns países industrializados, como os EUA, que formaram no Rio de Janeiro uma „aliança dos relutantes“ com alguns países emergentes, dentro destes também o Brasil, da relevância da sustentabilidade.

Queremos formar parcerias modelo com países, mas também com organizações regionais, para avançar neste processo. Pois estamos absolutamente convencidos da sua importância.

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Permitam-me a fornecer mais algumas informações acerca das relações bilaterais entre o Brasil e a Alemanha:

Uma longa e tradicional história liga o Brasil e a Alemanha, cujo primeiro ápice se deu na segunda metade do século XIX com a imigração de colonos alemães. Particularmente até hoje o Sul do Brasil é muito caracterizado por essa imigração. Esses colonos, que estabeleceram no Brasil sua existência com empenho e conhecimentos artesanais, criaram o fundamento para características positivas que até hoje são associadas à Alemanha e aos alemães.

Uma segunda fase das intensas relações começou nos anos 60 do século passado, quando empresas alemãs se estabeleceram no Brasil e contribuíram significativamente para o desenvolvimento econômico deste grande pais. Atualmente há cerca de 1400 empresas alemãs no Brasil, empregando 250.000 pessoas e contribuindo em cerca de 10% para o PIB industrial no Brasil. Uma das maiores câmaras de comércio e indústria alemã do mundo está sediada em São Paulo. Com um volume comercial de 22 bilhões de euros, a Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil. Por outro lado, o Brasil é o maior parceiro comercial e econômico da Alemanha na América Latina.

O interesse da economia alemã no Brasil continua sendo muito forte, mesmo quando nos parece que o desenvolvimento econômico do Brasil tenha passado por um arrefecimento

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recentemente. Nos últimos 12 meses, a BMW, Mercedes e Audi decidiram começar a produção de automóveis, e a VW amplia sua produção. Para a economia alemã, o Brasil foi e é um parceiro tradicionalmente importante com seu grande mercado interno. Isso permanecerá assim, tal como demonstram as mais recentes decisões de investimentos.

Por outro lado, o Brasil é para a Alemanha um importante fornecedor de matéria-prima e produtos agroindustriais. Felizmente, cada vez mais empresas brasileiras descobrem a Alemanha como local de investimentos. Hoje são cerca de 50 empresas que já investiram na Alemanha, sendo a Braskem o maior investidor atualmente. Esperamos que essa tendência prossiga e que nós também possamos falar de uma verdadeira via de mão dupla também na área de investimentos. O Brasil, como a sétima maior economia, continuará sendo certamente um importante parceiro para a economia alemã, voltada para o Mercado internacional. Minhas visões ou talvez por assim dizer meus desejos nessa área são de que o Brasil encontre a coragem para voltar a se abrir, mais fortemente e consiga se envolver na divisão de trabalho internacional de forma vantajosa para todos os lados. A longo prazo, isso trará às inovações desejadas e elevará a competitividade da indústria brasileira.

Em 2009, o Presidente Lula e a Chanceler Federal Angela Merkel ajustaram uma parceira estratégica. Desde então é um

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objetivo alemão preencher esse imperativo politico com substância. As consultações governamentais ajustadas no ano passado na presença da Presidente Dilma Rousseff e da Chanceler Merkel darão a oportunidade de avaliar o que já foi alcançado e dar novos impulsos para a futura cooperação Brasil-Alemanha

Gostaria de abordar brevemente a área cultural. Quanto mais voltarmos o olhar para a história, também para a história Brasil-Alemanha, tanto mais se torna evidente, em função do tempo já decorrido, a duradora e fundamental importância da cultura, da filosofia e literatura, da ciência e também da música. Poder-se-ia cair na tentação de formular a seguinte tese: os desempenhos culturais são mais duradouros do que alguns

desenvolvimentos econômicos e políticos que

comparativamente, perdem visibilidade na consciência pública. Como exemplo, gostaria de citar o autor alemão Stefan Zweig, que hoje é mais conhecido através de sua declaração de amor ao Brasil com o livro “Brasil, das Land der Zukunft (Brasil, o Pais do Futuro)” do que alguns políticos e algumas decisões políticas tomadas no início de 1940 quando Stefan Zweig escreveu esse famoso livro. Em 2013, o Brasil foi o país convidado da Feira do Livro de Frankfurt. O grande interesse que a literatura brasileira contemporânea despertou nos motiva um prognóstico positivo com relação ao potencial das relações culturais Brasil-Alemanha. Gostaria de comprovar essa tese

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também com a cultura popular e o esporte. Carnaval e futebol, samba e Bossa Nova continuarão a assumir importantes posições na lista de preferências na Alemanha, cuja importância não deveria ser desconsiderada no contexto geral. Ainda mais se o Brasil conseguir ganhar a Copa do Mundo.

Referências

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