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Ganhar 363 euros por negociar a taxa

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Academic year: 2021

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ote ste In ve ste Poupan ça – B ole tim Quin ze n al – A n o 17 – D ir e tor e E ditor : Pe dr o M or e ir a DE CO PR OT E S T E ,E ditor e s, Lda. A v. E n g .º Arantes e Oliveira, n .º 13, 1. º B, Ola ia s – 1900-221 Lisboa – € 6, 40

www.deco.proteste.pt/investe

26 de julho 2011 – N.

o

408

• Em foco

p. 2

Europa à volta da crise

• Economia e mercados

p. 3

• Rendimento garantido

p. 4

Fuga aos Certificados: cofres do Estado perde-ram 2326 milhões

Super Poupança Protecção

• Teste prático

p. 5-7

Negociar a taxa de juro compensa

• Ações

p. 8-9

EDP, EDP Renováveis, Galp Energia, Portucel

• Entre nós

p. 10-12

Saber mais: Crise em 10 palavras

Questões leitores: Segurança dos investimen-tos, Tributação dos fundos

Simulador dos depósitos tem novas ferramentas. Consulte no portal financeiro.

362,5 250 75 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Montepio Banco BPI Banif Ganho adicional com a taxa negociada Juros à taxa do preçário

JUROS DE UM DEPÓSITO DE 25 MIL EUROS A SEIS MESES (em euros)

Três bancos ofereceram as melhores taxas negociadas para um depósito de 25 mil euros a seis meses (3,7% líquida). A negociação, permitiu acrescentar até 363 euros de juros.

Boas férias

A PROTESTE INVESTE regressa na segunda quinzena de agosto. Até lá, mantenha-se atuali-zado consultando o portal financeiro.

Ganhar 363 euros por

negociar a taxa

Em tempos de crise, cada euro vale muito mais. Tirar o máximo de poupanças deve ser o objetivo prioritário de todos os portugue-ses. Deixar o dinheiro a "dormir" no banco pode implicar perder umas centenas de euros por ano.

Se a crise económica afeta as famílias, também atinge os bancos que precisam de captar capitais para se poderem financiar. É este cenário que o investidor deve aproveitar e ter um papel mais ativo do que o habitual.

Vá ao seu banco e tente negociar um juro mais elevado para a sua conta a prazo. Não ficou satisfeito? Veja o que oferece a concor-rência, nomeadamente os bancos especializados na Internet. A PROTESTE INVESTE foi para o terrenoe o nosso "cliente misté-rio" conseguiu um acréscimo até 2,9% na taxa do preçário, o que representa 363 euros num depósito de 25 mil euros a seis meses. É claro que quanto maior for a quantia que dispuser, mais hipóteses têm de levar a negociação a bom porto. Mas deve sempre tentar. Além disso, para o ajudar a escolher colocamos à disposição uma ótima "arma" negocial. Através da ferramenta interativa para os depósitos no nosso portal (Poupar > Depósitos) pode saber quais as taxas que os vários bancos estão a oferecer para prazos até um ano.

Com essa informação, terá mais um argumento para levar o seu banco a remunerar mais as suas poupanças. E com o nosso teste comprovámos a eficácia de um investidor ativo e bem informado. As férias serão sempre mais descansadas, se souber que o seu di-nheiro está a ser rentabilizado da melhor forma possível.

Depósitos a seis meses

Taxa anual nominal líquida

Banco Best (Depósito 6% Já) 4,7% Banco Big (Super Depósito) 4,3% Popular (Ouro Crescente 6 Meses) 3,5% Banif (DP Não Mobilizável) 3,3%

(2)

Europa: fumo branco

Os líderes da zona euro deram finalmente um passo determinante para travar o alastramento da crise da

dívida a mais países europeus. Uma boa notícia para o euro, para os mercados e para Portugal. Contudo, os

problemas resultantes dos elevados endividamentos, sobretudo na Grécia, continuam por resolver.

Finalmente

O primeiro pedido de auxílio da Grécia ocorreu há mais de um ano. Depois sucederam-lhe Irlanda e Portugal.

Pelo meio, a Europa ficou-se por medidas avulsas que em nada convenceram os mercados. A situação ficou perto do

descontroloquando a Itália, no seguimento de tensões

políticas internas, passou a estar na mira dos mercados. E a adoção de um novo plano italiano de austeridade de nada serviu. Os juros pagos pelo Estado italiano para se financiar nos mercados atingiram valores máximos para as

obrigações a 10 anos. Ao mesmo tempo, os testes de stress à banca europeia revelaram problemas em Espanha, tendo os juros dos nossos vizinhos atingido valores recorde.

Esta sucessão de acontecimentos conduziu a uma cimeira europeia extraordinária para finalizar o segundo plano de auxílio à Grécia e acima de tudo evitar que a crise da

dívida atingisse um grande país europeu.

Melhores condições

Do acordo europeu resultou que o défice grego será financiado integralmente pela Europa e o Fundo Monetário Internacional. As taxas de juro dos empréstimos serão de

3,5%, ou seja, inferior ao custo de muitos países da zona euro. O prazo para re-embolso do empréstimo foi

alargadopara 15 a 30 anos, contra 7 anos e meio

anteriormente. Este tratamento mais favorável também irá beneficiar Irlanda e Portugal. O setor financeiro foi pressionado pelos Governos para dar condições mais favoráveis ao tratamento da dívida grega. Por fim, os poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) foram reforçados. Pode agir preventivamente, recapitalizar o setor financeiro e intervir nos mercados obrigacionistas. Com o novo plano de ajuda e a implicação do setor privado, o financiamento da Grécia a curto prazo foi assegurado. Os ataques especulativos deverão diminuir e regressar a serenidade ao mercado da dívida europeu.

Janela de oportunidade

Este período terá de ser aproveitado pelas instituições financeiras mais fragilizadas e pelos Estados para

re-equilibrar as contas. Ao nível dos bancos, a proposta para sustentar a Grécia permite limitar e diluir no tempo as perdas registadas com as obrigações helénicas. E com a possibilidade de financiamento público para recapitalização,

o espectro de uma crise financeira foi afastado. Ao nível

dos países, ao dar mais tempo, a ação europeia facilita o ajustamento orçamental. A Espanha e a Itália, que objetivamente não têm problemas de solvabilidade, estão em boa posição para re-equilibrar as contas. Ao invés, a

situação da Grécia não se alterou muito. O plano europeu

não resolve o principal problema da impossibilidade de gerir uma dívida demasiado elevada. Mesmo que os empréstimos fossem com taxas nulas, a Grécia estaria em défice e a dívida a aumentar. De facto não está prevista nenhuma redução massiva do endividamento.

TAXAS DE JURO DE LONGO PRAZO DE PORTUGAL (a carregado), ITÁLIA (a fino) E ALEMANHA (em %)

A subida dos juros da Itália soou o alarme. A dimensão da economia e o seu elevado endividamento não deram margem mais para hesitações na Europa.

JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL

2 4 6 8 10 12 14 16

Em foco

DÍVIDA PÚBLICA EM 2010 (em % do PIB)

Os Governos vão ter mais tempo para re-equilibrar as contas públicas, mas a dimensão da dívida grega é incomportável. Itália, Bélgica, Irlanda e Portugal também possuem maior endividamento que a média da zona euro.

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% 160%

Grécia Itália Bélgica Irlanda Portugal Zona euro Alemanha Espanha

CONSELHO

Desta vez, a resposta europeia não dececionou os

mercados. Os dirigentes políticos da zona euro deram

mais tempo para os países resolverem os problemas or-çamentais e meios para enfrentar as turbulências dos mercados. A união monetária sai reforçada e o cenário de desmembramento do euro é muito mais improvável. O cenário de incumprimento nos países periféricos é ago-ra mais remoto, mas deve continuar a manter uma carte-ira diversificada e com exposição limitada à dívida

nacional. Nas carteiras de longo prazo (mais de cinco

anos), aconselhamos no máximo 40% em Certificados do Tesouro.

(3)

Portugal

Em junho, a inflação homóloga foi de 3,4%. Excluindo a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de foi 2,3%. A inflação mensal foi de -0,2% e a média dos últimos doze meses situou-se em 2,9%.

De acordo com as últimas previsões do Banco de Portugal (ver quadro), a economia nacional vai registar um forte

recuo em 2011-2012. Este ano, a riqueza produzida será

-2% do que em 2010. O consumo e o investimento vão sofrer fortes quedas e a inflação continuará a ser elevada (3,4% em 2011). Pela positiva surgem as exportações, apesar de se antever também uma diminuição do ritmo de

crescimento. Também o novo acordo europeu constitui

uma boa notíciapois Portugal irá pagar menos juros e ter

mais tempo para re-embolsar os empréstimos externos.

PROJEÇÕES DO BANCO DE PORTUGAL

2010 2011 2012 Consumo privado 2,3 -3,8 -2,9 Consumo público 1,2 -6,3 -4,4 Investimento -4,9 -10,8 -10,0 Exportações 8,8 7,7 6,6 Importações 5,1 -4,0 -1,2 PIB 1,3 -2,0 -1,8 Inflação 1,4 3,4 2,2 Variações em percentagem.

Zona euro

Em maio, a produção industrial subiu apenas 0,1%, confirmando o menor dinamismo da economia. Em termos anuais, a variação foi de 4%, o que contrasta com 9% verificado no final de 2010. A Alemanha é grande exceção, obtendo, em maio, uma progressão anual de 7,5%.

A inflação foi de 2,7% em junho. Acima da fasquia de 2% do Banco Central Europeu, o crescimento dos preços deverá levar a novas subidas da taxa de juro diretora.

Estados Unidos

O limite máximo de endividamento autorizado terá de

ser aumentadopara que os Estados Unidos possam

cumprir as suas obrigações financeiras. Por enquanto, Republicanos e Democratas ainda não chegaram a acordo sobre como re-equilibrar as finanças públicas. Os primeiros defendem um corte das despesas, enquanto os segundos

preconizam um aumento de impostos. Perante o impasse, as agências de notação avisaram que poderão reduzir o rating AAA dos Estados Unidos. Por seu turno, a Reserva Federal avisou que um corte demasiado brusco da despesa pode colocar em causa a retoma e que, pela sua parte, irá manter uma política de suporte à economia, ou seja, a taxa diretora deverá continuar próxima de zero.

Brasil

A taxa de inflação atingiu 6,7% em junho. Para combater a subida dos preços, as autoridades monetárias voltaram a subir a taxa diretora, agora em 12,5%. As autoridades de Brasil querem travar o crédito, cuja progressão anual superou 46% em abril. Contudo, a este nível, a taxa diretora é uma das mais elevadas do mundo, pelo que não se antecipam novas subidas. As autoridades esperam que os elevados juros pagos pelos consumidores e o abrandamento mundial comecem a produzir efeito na redução da inflação.

China

As políticas restritivas não estão a surtir efeito. No segundo trimestre, a economia cresceu 9,5%.

O investimento continua insensível à subida dos juros e aos limites sobre a concessão de crédito, disparando 25,6% no primeiro semestre. Este excessivo dinamismo terá de ser travado ou a economia poderá enfrentar graves

desequilíbrios já em 2013.

Economia e mercados

OS MERCADOS E OS SEUS INVESTIMENTOS

A crise na Europa parece ter sido finalmente contida (ver página anterior), embora para a agência de rating Fitch a Grécia passe a estar em incumprimento parcial. Ago-ra, as atenções estão viradas para Washington e para a possibilidade dos Estados Unidos estarem legalmente impedidos de cumprir com os seus compromissos finan-ceiros em agosto. O dólar norte-americano mantém po-tencial de apreciação a longo prazo face ao euro, mas o baixo nível dos juros e a incerteza no âmbito do endivi-damento público continuam a ser desfavoráveis no curto prazo.

CRESCIMENTO ECONÓMICO EM PORTUGAL (variação em % do PIB)

Depois da estagnação de 2008 e da queda de 2009, a economia portuguesa vai enfrentar, pelo menos, mais dois anos de contração.

-3% -2% -1% 0% 1% 2% 3% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 p 2012 p

TAXA DE JURO DIRETORA (a carregado) E INFLAÇÃO NO BRASIL (em %)

A subida dos juros visa conter a expansão do crédito e da inflação, mas apesar de ter atingido um patamar extremamente elevado não está ainda a produzir os resultados desejados. 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

(4)

Os cofres do Estado viram sair 2326 milhões de euros, no primeiro semestre deste ano, em Certificados de

Aforro. Este tem sido o ano mais negativo para esta aplicação. O Santander tem em comercialização o

depósito "Super Poupança Protecção". Há melhores opções.

CERTIFICADOS PERDEM 2326 MILHÕES

O primeiro semestre deste ano foi desastroso para os cofres do Estado. As famílias continuam a retirar as poupanças, especialmente as que estão aplicadas em Certificados de Aforro. Os resgates (2521 milhões de euros) superam largamente as novas subscrições (apenas 195 milhões de euros) e o saldo traduz uma fuga de 2326 milhões de euros neste produto de aforro do Estado, superando os saldos negativos dos anos anteriores (1400 milhões de euros em 2010, 327 milhões em 2009 e 852 milhões de euros em 2008). No gráfico em baixo apresentamos os resgates e subscrições mensais de Certificados de Aforro desde janeiro deste ano.

SUPER POUPANÇA PROTECÇÃO (1 ANO)

Os juros são pagos mensalmente à taxa bruta de 4%. Em termos efetivos, rende 3,2% se mantiver durante 12 meses. Há melhores opções.

Características

É uma conta de poupança na modalidade de depósito à ordem pelo prazo de 12 meses, com pagamento mensal de juros à taxa líquida de 3,1%. Os juros incorporados no capital, ou seja, capitalizados, exceto se o cliente não o pretender. Pode mobilizar o capital a qualquer momento.

Não tem mínimo de constituição e o máximo permitido para aplicar é de 25 mil euros. Pode fazer entregas mensais com um mínimo de 50 euros e máximo de 500 euros. Disponível no Santander.

O nosso conselho

Comparativamente aos melhores depósitos a 12 meses, esta aplicação proporciona um rendimento inferior. No quadro em baixo apresentamos, como habitualmente, os depósitos até 12 meses mais rentáveis: na banca on-line as taxas vão até 3,9% líquidas e ao balcão consegue até 3,5%. Por isso, o depósito de poupança do Santander não é a melhor opção do mercado. Além disso, fica um pouco abaixo da inflação prevista para este ano pela OCDE (3,3%). Mas, se não pretende abrir conta noutro banco e já é cliente do Santander, este produto pode ser uma opção para as suas poupanças de curto prazo.

Rendimento garantido

AS MELHORES TAXAS PARA DEPÓSITOS ATÉ 1 ANO

BANCA TRADICIONAL BANCA ON-LINE Instituição Montante mínimo (euros) TANB (%) TANL (%) Instituição Montante mínimo (euros) TANB (%) TANL (%) 1 mês

BPN 5000 0,9 0,7 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 25 000 2,5 2,0 Banco Popular (Depósito Ouro) 1000 0,8 0,6 ActivoBank (DP Escolha o Prazo) Não tem 2,3 1,8

Banif 250 0,6 0,4 Banco Big 500 2,0 1,6

3 meses

Santander (DP 5) (1) 250 5,0 4,0 Banco Big (Super Depósito) (1) 500 4,5 3,5 Popular (Dep. Aniversário) (2) (4) 1000 3,3 2,6 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 25 000 3,4 2,7 Popular (Dep.Ouro Cresc.3 M.) (1) 300 2,7 2,1 Banco Big (DP Top II) 50 000 3,3 2,6

6 meses

Popular (Dep.Ouro Cresc. 6M) (1) 300 4,5 3,5 Best (Depósito 6% Já) (1) 2500 6,0 4,7 Banif (DP Não Mobilizável) (5) 10 000 4,3 3,3 Banco Big (Super Depósito) (1) 500 5,5 4,3 BBVA (Depósito Super 4) (2) (3) 1000 4,0 3,1 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 25 000 3,9 3,0

12 meses

Popular (Depósito Ouro Plus) (1) 300 4,5 3,5 Banco Invest (Novos Dep.) (1) (2) 2000 5,0 3,9 Banif (DP Não Mobilizável) (5) 10 000 4,5 3,5 Banco Big (Dep. Top 12 Meses) 50 000 4,8 3,7 N.Caixagalicia (DP Alta R. VIP) (2) 18 000 4,3 (3) 3,4 ActivoBank (Dep. Poup. Extra) (6) 3000 4,5 3,5

TANB: taxa anual nominal bruta. TANL: taxa anual nominal líquida. Taxas atualizadas a 22 de julho de 2011.

O capital aplicado em depósitos está garantido até 100 mil euros. O excedente não está ao abrigo do Fundo de Garantia dos Depósitos.

(1) Para os novos clientes. (2) Para novos capitais. (3) Taxa média. (4) Apenas para aniversariantes neste mês. (5) Entre 5000 e 25 mil euros a taxa é, ainda assim, uma das melhores neste prazo (4,2% bruta). (6) Exige o cumprimento de algumas condições, caso contrário a taxa desce para 2%.

CERTIFICADOS DE AFORRO:

SUBSCRIÇÕES E RESGATES EM 2011 (milhões de euros)

O primeiro semestre deste ano foi desastroso para os cofres do Estado. Os res-gates (2521 milhões de euros) superam largamente as novas subscrições (ape-nas 195 milhões de euros) e o saldo traduz uma fuga de 2326 milhões de euros, canalizada sobretudo para depósitos que apresentam taxas mais interessan-tes. -800 -700 -600 -500 -400 -300 -200 -100 0 100

janeiro fevereiro março abril maio junho subscrições

resgates saldo

(5)

Negociar a taxa de juro

O nosso "cliente mistério" visitou 20 bancos em busca das melhores propostas de taxas para aplicar 5 mil ou

25 mil euros num depósito a 6 meses. Poucos bancos se mostraram disponíveis para negociar, especialmente

pequenas quantias. Para um montante de 25 mil euros conseguimos subir em quase 3 pontos percentuais a

taxa do preçário. Ainda assim, as ofertas negociadas não superaram a melhor taxa do mercado.

QUAL A TAXA QUE ME OFERECEM?

O nosso "cliente mistério" visitou 20 bancos em busca das melhores propostas de taxas de juro para aplicar 5 mil ou 25 mil euros. A pergunta era simples:

«Tenho 5 mil euros para aplicar num depósito a 6 meses, qual

é a melhor taxa que me oferecem? E se o montante for de 25 mil euros?»

Pretende-se averiguar se os bancos estão disponíveis para negociar a taxa de juro para estes montantes, até onde estão dispostos a ir para captar novos clientes e que exigências fazem. O teste foi realizado nos dias 4 e 5 de julho com a visita a um balcão por cada instituição, em Lisboa.

CONSEGUIMOS SUBIR MAIS 3%

Abaixo dos 25 mil euros, não houve margem para grande negócio. Apenas o Banif, Banco BPI e Crédito Agrícola aceitaram propor uma taxa negociada ao nosso "cliente mistério" para um depósito de 5000 euros: 2,7%, 2,5% e 0,3%, respetivamente. As restantes instituições bancárias remeteram para as taxas que constam no preçário e produtos em comercialização.

Para montantes de 25 mil euros vários bancos aceitaram propor uma taxa negociada: Montepio, Banif e Banco BPI (3,7%), Banco Big (3,5%), Crédito Agrícola (2,5%),

Millennium bcp (2,4%), CajaDuero (2%). Veja no gráfico os ganhos conseguidos face às taxas que constam no preçário. Conseguimos subir em 2,9% a remuneração do Montepio, face à taxa apresentada no preçário.

Os restantes bancos (CGD, Barclays, Popular, BES, BBVA, Deutsche Bank, Santander, Best, Banco Invest,

NovaCaixaGalicia, Activobank, Banco Português de Negócios, PrivatBank) não revelaram interesse em negociar taxas para montantes até 25 mil euros.

Ainda assim, a melhor taxa conseguida através da negociação não superou a melhor oferta do mercado : 6% brutos no Banco Best (4,7% líquidos). Este banco nem sequer se mostrou interessado em negociar.

Também é de referir que a agressividade comercial

mostrada por alguns bancos faz com que os seus funcionários não ouçam sequer o que os clientes

pretendem: foi o caso do Banco Espírito Santo e mesmo do

Montepio, que apresentaram muitos produtos para o montante de cinco mil euros, mas completamente desadequados do que havia sido solicitado pelo cliente (obrigações com emitente desconhecido, obrigações de risco, planos mutualistas para 5 anos e fundos imobiliários foram alguns exemplos). Outros tentam cativar o cliente com brindes (BBVA e Santander), oferecendo desde iPad, televisores, máquinas de café, fotográficas, computadores portáteis ou vales desconto para usar em turismo. Não que

isso tenha algo de errado, mas há o perigo de desconcentrar a poupança do seu objetivo principal: a rentabilidade. Na maioria dos bancos, o nosso "cliente mistério" foi informado da documentação necessária para abrir conta (BI, NIF ou Cartão do Cidadão, documento comprovativo de morada e documento da entidade patronal).

Activobank

Neste banco, o funcionário orientou o nosso "cliente mistério" para o Depósito Poupança Start, que oferece uma taxa bruta de 4% (3,1% líquidos) e destina-se apenas a novos clientes. Em alternativa, existe um depósito cm a mesma denominação mas para um prazo de 12 meses e que oferece uma taxa ligeiramente superior de 3,5%. Mostraram-se

disponíveis para negociação da taxa, mas apenas para montantes acima de 45 mil euros.

Barclays

Não foi possível negociar ao balcão. O funcionário apenas apresentou as taxas que constam no preçário, argumentando que a negociação é pedida ao diretor, mas apenas para casos de venda cruzada de produtos, nomeadamente domiciliação de ordenado, débitos diretos ou contratação de outros produtos. Tentou ainda vender produtos estruturados e

revelou pouca disponibilidade para a negociação de taxas.

Banif

Para 5 mil euros o funcionário propõe o DP Não

Mobilizável, mas depois repara que as condições tinham

sido alteradas e o montante mínimo era agora de 10 mil euros. Mostrou-se mais disponível para negociar a taxa para montantes mais elevados. Ainda assim, propôs umas taxas entre 3,25 e 3,5% brutas para o montante de 5000 euros, ou

Teste prático

TAXA NEGOCIADA:

ACRESCENTÁMOS QUASE 3% À TAXA

7 Bancos aceitaram negociar a taxa para um depósito de 25 mil euros a 6 me-ses. No Montepio, conseguimos acrescentar 2,9% à taxa do preçário. Ainda as-sim, a remuneração negociada máxima (3,7%) ficou abaixo da melhor pro-posta do mercado: 4,7% líquidos no Best para novos clientes.

0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00% 3,50% 4,00%

Montepio Banco BPI Banif Banco BIG Crédito Agrícola Millennium bcp CajaDuero Taxa negociada Taxa do preçário

(6)

seja, 2,7% líquida, no máximo. Para o depósito de 25 mil

euros a taxa negociada proposta pelo banco foi de 4,75%, ou seja, 3,7% líquida.

BBVA

Depois de tentar "oferecer" um iPad ou um televisor LED em troca da subscrição Conta Ordenado BBVA, passou então a falar das propostas específicas para o caso em concreto. Para o montante de 5000 euros foi proposto o

Depósito Super 4 BBVA, exclusivo para novos montantes e

que rende 4% brutos a 6 meses. O funcionário ficou com o contacto do cliente para, após contacto com o diretor, apresentar uma proposta de taxa de juro para o depósito dos 25 mil euros. O funcionário fez uma contraproposta: 4,1%, mas se o depósito fosse de 9 meses. Ou seja, aceitou

negociar, mas não nas condições pedidas pelo cliente.

Além disso, a diferença face ao que já existe no preçário para 6 meses era apenas de 0,1% bruto. Insignificante.

Banco Espírito Santo

Apesar do nosso "cliente mistério" ter sido bastante claro no que pretendia, a funcionária tentou promover todo o tipo de produtos: a Conta Rendimento CR (a 3 anos com pagamento de juros semestrais), as Obrigações Sporting SAD (a 3 anos e pagam 9,25% brutos ao ano), o fundo imobiliário ES Logística e até seguros de capitalização unit linked. Não

mostrou qualquer disponibilidade para negociação de

taxa para quantias inferiores a 50 mil euros, até porque o

banco tinha em campanha um depósito a 3 meses que rende 5% brutos para novos clientes e montantes até 50 mil euros. Para o prazo específico dos 6 meses ou fazia esse depósito e final nos 3 meses aplicava noutro produto ou então nas obrigações a 6 meses garantidas pelo BES (emitente não revelado) que rendem 4,25% brutos.

Banco BPI

O funcionário aceitou negociar as taxas para ambos os

depósitos.Para 5000 euros propôs uma taxa de 3% bruta e

3,2% se o depósito pudesse ser a 7 meses, ou seja, 2,5% líquida. Para um montante de 25 mil euros, propôs 4,25% ou 4,75% brutas, consoante fosse a 6 ou 7 meses.

Assim, conseguiria, no máximo, 3,7% líquida.

Banco Best

O Banco Best foi o que nos ofereceu a taxa mais atrativa com o Deposito 6% Já, disponível apenas para novos clientes. O prazo desta aplicação é de 6 meses e não permite a mobilização antecipada dos fundos, embora o cliente receba de imediato os juros correspondentes na sua conta à ordem (4,7% líquidos). Tendo em conta que é a melhor oferta do mercado nesta altura, o funcionário não mostrou

qualquer disponibilidade para negociar a taxa.

Banco BIG

O Banco BIG propôs o Super Depósito, que se destina a novos clientes e que oferece uma remuneração de 4,5% bruta (3,5% líquida). Quanto falámos no montante

superior, o funcionário informou que poderia tentar

negociar uma taxa mais atrativa com a sala de mercados

do banco. Mais tarde, telefonou ao "cliente" a dizer que,

mesmo para o montante de 25 mil euros, a taxa máxima que era possível contratar para um depósito a 6 meses era a mesma 3,5% líquida.

Banco Invest

O Banco Invest ofereceu uma taxa de 3,9% líquida, que é a taxa de tabela do banco. O funcionário informou que poderia ser um pouco mais elevada dependendo do grau de envolvimento com o banco, tendo questionado o nosso "cliente mistério" sobre os bancos com que trabalhava. Assim, ficou de verificar, junto da administração, se era possível obter uma taxa mais atrativa. Pouco tempo depois ligou a dizer que não era possível e que só conseguia uma

taxa superior para valores acima de 75 mil euros.

Banco Português de Negócios

Quer para o montante de 5000 euros quer para 25 mil euros, o funcionário propôs uma taxa de juro líquida de 2,9% do

DP Nova Oportunidade. Este produto destina-se apenas a

novos recursos que reforcem o envolvimento do cliente com o banco. O funcionário informou o nosso "cliente mistério" de que a negociação apenas é possível para montantes

superiores a 50 mil euros.

Caixa Geral de Depósitos

Depois de uma longa espera por um telefonema para verificar que taxas poderiam ser atribuídas, foi dito que não

era possível negociar para estes montantes. A única opção

era o produto Caixa Aforro Poupe Mais, que paga juros semestrais à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 1,4% no primeiro semestre (depois essa margem vai aumentando até 2,5% no décimo semestre). Trata-se de um depósito pelo prazo máximo de 5 anos.

Crédito Agrícola

Este foi o banco que propôs a taxa mais baixa: 0,31% para o montante de 5000 euros a 6 meses. Para conseguir uma taxa mais atrativa, o funcionário sugeriu o alargamento do prazo do depósito. O funcionário disse ainda que só negociavam taxas a três meses, tendo sido combinado que telefonaria ao "cliente mistério" no próprio dia a dizer qual a melhor taxa a 3 meses e, eventualmente, a 6 meses, para os montantes de 5000 e 25 000 euros. O nosso "cliente mistério" foi

posteriormente contactado e foi proposto 2,5% líquidos

para ambos os montantes a 6 meses.

CajaDuero

Para um depósito a 6 meses de 5000 euros, o funcionário do banco propôs o Depósito a Prazo Taxa Crescente 36 meses, que efetua um pagamento trimestral de juros e que permite a mobilização antecipada dos fundos com penalização total de juros apenas do período em curso. Embora, no terceiro ano, a taxa de juro deste produto atinja os 2,2%, para os 6 meses da nossa aplicação, a taxa proposta nesta aplicação é de 1,26%. Para um montante de 25 mil euros foi possível

(7)

negociar com a administração do banco uma taxa de 2%, ainda assim bastante inferior às melhores taxas do mercado.

Deutsche Bank

Foi proposto o DB Top 3, um depósito a 6 meses para novos montantes e que rende 3% brutos, ou seja, 2,4% líquidos. O funcionário adiantou que a negociação da taxa de juro

era apenas consentida se houvesse venda de outros

produtos. Por exemplo, poderia subscrever produtos de

médio e longo prazo com ou sem capital garantido, para obter uma taxa de 4% bruta no depósito a 6 meses.

Millennium bcp

O funcionário sugeriu ao nosso "cliente mistério" a aplicação no Depósito Special One, tanto para a conta de cinco mil como a de 25 mil euros. Contudo, fez a ressalva de que o pagamento de juros era anual e crescente (2 anos), permitindo taxas brutas de 3% e 3,5% (2,4 e 2,7%) em cada um dos montantes e aplicando ao ano, mas se resgatasse ao fim dos seis meses perderia os juros. Para o produto que o "cliente" pretendia, aceitou negociar mas adiantou logo

que para esses montantes a taxa não seria melhor do que

as do produto referido. Alguns minutos depois de

consultar os serviços internos apresentou 3% bruto para ambos os montantes a 6 meses, ou seja, 2,4% líquida.

Montepio

Para o montante de 5000 euros, a funcionária apresentou 4 propostas (Montepio Poupança Agora, Montepio Aforro

Prémio, Montepio Super Poupança e o plano mutualista Montepio Capital Certo 2011/2016). Nenhum desses

produtos era a 6 meses e em três deles, como o pagamento dos juros era anual, se resgatasse antes, perderia os juros desses meses. Para 25 mil euros o funcionário aceitou

negociar a taxa e propôs 4,7% bruta, ou seja, 3,7% líquida.

NovaCaixaGalicia

Para um prazo de 6 meses e independentemente do montante do depósito, o funcionário propôs o Depósito a

Prazo Especial ON, que oferece uma taxa de 2,9% líquida,

válida apenas para novos recursos. A possibilidade de

negociação desta taxa foi imediatamente negada, tendo o

funcionário proposto como alternativa o Depósito Alta

Remuneração, que é um depósito a 12 meses com uma taxa

de juro crescente de três em três meses, que oferece um valor médio de 3,3% líquido.

PrivatBank

Tal como noutros bancos, também aqui o funcionário não

mostrou qualquer abertura para negociar a taxa, pois a

que existe para novos montantes e novos clientes já é bastante atrativa, segundo a opinião do funcionário (4% líquida).

Popular

Para 5 mil euros o funcionário não se mostrou disponível para a negociação de taxa e sugeriu o Depósito Ouro

Crescente que paga juros mensais a taxa crescente e, para

novos capitais, rende 3,5% líquidos. Para os 25 mil euros ficou de contactar o diretor, mas perguntou ao nosso cliente se podia ser um depósito a 7 meses, pois havia interesse em manter o capital no banco na transição do ano. Duas horas depois entrou em contacto com o cliente, mas a taxa era a mesma: 3,5% também para os 25 mil euros, alegando que a

quantia não era suficiente para negociar a taxa.

Santander Totta

À semelhança do que já havia acontecido no BBVA, também aqui a conversa do funcionário orientou o cliente para a adesão da conta ordenado, aliciando com os brindes oferecidos (máquina de café, GPS, Máquina fotográfica, DVD portátil, computador portátil, televisor LCD ou vales para usar nos serviços Pestana). Quanto à poupança que tinha levado lá o nosso "cliente mistério", não mostrou

qualquer disponibilidade em negociar a taxaaté porque

tinham em campanha a partir daquele dia o produto Super

Poupança Proteção (analisado na pág. 4), cujo montante

máximo permitia a aplicação dos 25 mil euros e reforços até 500 euros. Paga juros mensais durante um ano à taxa bruta de 4%. Ou seja, o rendimento proposto para ambas as situações era de 3,1% líquido.

Teste prático

Negociar permite amealhar mais algumas

centenas de euros

Aproveite um dia das férias, levante-se do sofá e faça uma romaria por meia dúzia de bancos com a pergunta «Quanto me oferecem se deixar aqui as minhas

pou-panças?». Vai ver que, afinal, não é um dia perdido.

Esta é uma mudança necessária no aforrador portu-guês: um pouco mais de dinamismo ajudaria a fomen-tar a concorrência entre os bancos. Não nos espantamos com o resultado deste teste, em que os grandes bancos como a Caixa Geral de Depósitos ou o BES, com um elevado número de clientes, não mostra-ram qualquer disponibilidade para negociar a taxa, en-quanto bancos mais pequenos aceitaram de imediato.

Num período em que os bancos precisam de liqui-dez, deveria haver mais disponibilidade para nego-ciar as taxas com os clientes.

Não precisa de se vestir a rigor para causar boa impres-são, mas há perguntas que lhe poderão fazer, como a sua profissão e a empresa onde trabalha.

Se tem um montante pequeno (até 5000 euros), prova-velmente o banco não estará disponível para adicionar uns pozinhos à taxa do preçário, até porque a maioria dos bancos já tem contas promocionais para captar no-vos clientes e nono-vos capitais. Mas se o montante for mais elevado, não perde nada em fazer uma pequena sondagem pelos bancos com que tem relação e especi-almente nestes que se revelaram mais dispostos à nego-ciação e que nos fizeram as melhores propostas de taxas (Banif, Banco BPI, Montepio e Banco Big). O nosso "clien-te mistério" conseguiu acrescentar até 363 euros em ju-ros pelo simples fato de ter negociado.

(8)

Incerteza domina os mercados

As bolsas viveram mais uma quinzena muito agitada face aos receios de contágio da crise da dívida pública e

aos testes de resistência da banca europeia. Apesar da forte recuperação nos últimos dias, após o novo

pacote de ajuda financeira à Grécia, o saldo foi negativo. Em Lisboa, o PSI-20 recuou 1,1%.

Crise da dívida pública penaliza bolsas

As principais bolsas mundiais terminaram a última quinzena com perdas ligeiras devido aos receios de contágio da crise da dívida pública na Europa. Contudo, os mercados recuperaram bastante terreno nos últimos dias, após a União Europeia ter acordado um novo pacote de ajuda financeira à Grécia no valor de 109 mil milhões de euros. Além disso, foi decidido um corte dos juros nos empréstimos europeus à Grécia, Portugal e Irlanda e o prolongamento da maturidade dos mesmos de 7,5 anos para 15 anos. Ficou também previsto que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira poderá adquirir títulos de dívida no mercado secundário, em situações reconhecidas pelo Banco Central Europeu como "excecionais", e após aprovação unânime por todos os Estados-membros.

Em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,1%, com a Brisa a perder 6,4% e a Portugal Telecom a recuar 5,6%. A 26 de julho realiza-se uma assembleia geral para votar o fim da golden share na operadora de telecomunicações. Pelo contrário, o BPI (+11,3%) e o BES (+9,9%) estiveram em destaque graças ao pacote de medidas aprovadas pela União Europeia para resolver a crise da dívida pública e pelos resultados positivos dos testes de resistência financeira (ver caixa).

EDP: Brasil, resultados e privatização

A EDP diminuiu a sua participação na EDP Brasil de 64,8% para 51%. A operação, que já era esperada, originará um encaixe de 362 milhões de euros (ME). Desta forma, a elétrica nacional mantém o controlo das suas operações no Brasil e fica perto de atingir a meta fixada pela empresa de 500 ME com a venda de ativos em 2011. O objetivo principal é reduzir o endividamento do grupo, que é relativamente alto. Entretanto, a empresa divulgou os dados preliminares sobre a sua atividade que foram positivos e que saíram em linha com o que prevíamos. A capacidade instalada aumentou 8%, graças ao crescimento no segmento eólico. Já a energia distribuída pelo grupo subiu 1% suportada pelo segmento do gás natural (+3,9%) e pelas operações no Brasil (+3,4%). Na Península Ibérica, a distribuição de eletricidade caiu 0,5% devido à retração do mercado nacional. Realce ainda para o facto de 68% da produção do grupo vir de energias não poluentes (hídrica e eólica). A EDP divulgará os resultados semestrais a 28 de julho. Por agora, mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,31 euros em 2011 e 0,33 em 2012.

De resto, o Governo vai avançar em breve com a nova fase de privatização da elétrica nacional, da qual ainda detém 25,69% do capital, e eliminar os direitos especiais que possui na empresa. Para isso, já foi convocada uma assembleia geral (25 de agosto), na qual deverá ser também aprovado o aumento de 5 para 20% do limite dos direitos de voto. Estas alterações são positivas, pois podem despertar o interesse de outros grupos. Ao invés, no âmbito do acordo com a troika, o risco de mudanças na regulação do setor em Portugal pode penalizar a empresa. Apesar da crise da dívida pública nacional e subsequente descida do rating agravar o custo do financiamento, a EDP tem tido bons resultados e as perspetivas são positivas. A ação está barata, pode comprar.

Ações

EURONEXT LISBOA (índice PSI-20)

A bolsa nacional beneficiou da aprovação do plano de ajuda europeu à Grécia. Todavia, em 2011, o saldo ainda é negativo em 6,8%.

JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL

6400 6600 6800 7000 7200 7400 7600 7800 8000 8200

EDP (a carregado) vs. STOXX UTILITIES (base 100)

A EDP tem evoluído abaixo do setor europeu de utilities penalizada, em parte, pelo agravamento do risco que pesa no endividamento. Contudo, os resultados e as perspetivas são favoráveis. Pode comprar.

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J 70 75 80 85 90 95 100 105

STRESS TESTS

Apenas oito de entre os 90 bancos que foram incluídos no teste realizado a nível europeu para aferir a resistên-cia da sua solvabilidade não passaram no teste. Quatro bancos nacionais foram testados (BCP, BPI, BES e CGD) e passaram, com o BPI a apresentar a melhor classifica-ção. Mas, a incerteza continua a ensombrar o setor ban-cário europeu. Não recomendamos a compra, mas se já tiver pode manter BCP, BPI, BES.

(9)

EDP Renováveis: dados preliminares do semestre

A EDP Renováveis (EDPR), que anunciará resultados semestrais a 27 de julho, divulgou alguns dados

preliminares relativos ao primeiro semestre que ficaram em linha com o esperado. A produção de energia eólica subiu 27% no semestre graças sobretudo ao bom crescimento nos EUA (+39%), principal mercado do grupo. Por sua vez, a capacidade instalada aumentou 486 MW, um pouco mais de metade do objetivo fixado para 2011 (800/900 MW), o que é positivo. A ação está correta, pode manter.

Galp Energia: indicadores no segundo trimestre

A Galp Energia anunciou diversos dados preliminares referentes ao segundo trimestre. As vendas de produtos refinados voltaram a cair face ao período homólogo (-2,3%), devido à fraca conjuntura económica na Península Ibérica, mas recuperaram em relação ao primeiro trimestre. Em contrapartida, a produção de crude avançou 10,4% e as vendas de gás natural cresceram 7,4%. A empresa divulgará os resultados semestrais no dia 29 de julho. Apesar da má conjuntura da bolsa nacional, a cotação tem beneficiado da subida do preço do petróleo e sobretudo das boas

perspetivas de crescimento no Brasil. A ação está correta, pode manter.

Portucel: bons resultados no semestre

No primeiro semestre, os lucros líquidos da Portucel cresceram 8% face a igual período do ano anterior, para os 0,13 euros por ação. O volume de negócios avançou 12,6%, com as vendas do negócio de papel a subirem 16% devido ao aumento de 10,8% do preço internacional do papel e à conquista de quota de mercado. Ao invés, na pasta, a descida dos preços penalizou as receitas (-3,5%). Na geração de energia, as vendas cresceram 15% devido à entrada em funcionamento de alguns dos investimentos efetuados em 2010. Contudo, a subida dos custos de produção (produtos químicos e madeira), penalizou a rentabilidade.

De resto, a empresa procura novas oportunidades para reforçar a sua internacionalização (Uruguai, Brasil e Moçambique), na vertente da pasta e da energia.

Apesar dos bons resultados divulgados, dada a subida dos custos e à diminuição da procura na Europa, reduzimos ligeiramente as previsões de lucros para 2011 de 0,27 para 0,26 euros. O mesmo para 2012, em que aguardamos 0,26 euros (antes 0,27). A ação está correta. Mantenha.

Ações

PORTUCEL (em euros)

A Portucel anunciou bons resultados, mas a cotação tem sido penalizada, so-bretudo, pelo aumento do risco. A ação está correta. Pode manter.

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J 1.80 1.90 2.00 2.10 2.20 2.30 2.40 2.50 2.60

AÇÕES PORTUGUESAS

Empresa Setor Cotação(1) Dividend yield(2) Variação em2011 (3) Avaliação Conselho Risco(4)

BCP Banca 0,34 4,4 -37,6 Correta Manter

x

BES Banca 2,68 2,9 -6,9 Correta Manter

x

BPI Banca 1,04 5,8 -17,6 Barata Manter

x

Brisa Autoestradas 3,54 6,9 -32,1 Barata Comprar

v

Cimpor Cimento 5,24 3,2 +3,4 Cara Vender

w

EDP Energia 2,47 5,7 -1,0 Barata Comprar

v

EDP Renováveis Energia 4,57 0,9 +5,4 Correta Manter

w

Galp Energia Petrolífera 15,80 1,5 +10,1 Correta Manter

w

Jerónimo Martins Distribuição 14,0 1,4 +22,8 Cara Vender

w

Portucel Papel 2,21 4,2 -2,9 Correta Manter

w

Portugal Telecom Telecomunicações 6,25 8,2 -25,4 Barata Comprar

w

REN Energia 2,33 5,9 -9,7 Barata Comprar

v

Semapa Cimento e papel 7,42 3,8 -10,4 Correta Manter

w

Sonae Conglomerado 0,69 4,1 -11,7 Barata Comprar

w

Sonae Indústria Derivados de Madeira 1,24 – -34,9 Correta Manter

x

Sonaecom Telecomunicações 1,48 2,9 +9,6 Correta Manter

x

ZON Multimédia Cabo 3,06 4,4 -9,9 Correta Manter

w

(1) Cotações de fecho de 22/07/2011, em euros. (2) Dividendo/cotação de 2011, em %. Até 22/07/2011, em %; (4) Quanto maior o valor (varia entre

u

e

y

), mai-or é o risco associado à ação.

EDP RENOVÁVEIS (em euros)

A cotação da EDP Renováveis permanece longe do valor a que entrou em bol-sa. Ainda assim, em 2011, é dos poucos títulos que está positivo (+5,4%). Pode manter em carteira. 2008 2009 2010 2011 0 1 2 3 4 5 6 7 8

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SABER MAIS

Crise em 10 palavras

A crise trouxe para o debate quotidiano novos

conceitos para muitos portugueses. Compreender e

enfrentar a crise, implica descodificar a gíria

económica.

BCE – Banco Central Europeu

Instituição europeia que agrega os 17 bancos centrais dos países membros do euro. É independente do poder político. Tem como objetivo principal manter a estabilidade de

preçosno conjunto da zona euro, ou seja, a inflação anual

deve ficar consistentemente abaixo de 2%. Para fazê-lo manipula as taxas dos depósitos que recebe e dos empréstimos que faz aos bancos da zona euro, o que se repercute na economia em geral. Como objetivos

complementares, o BCE deve contribuir para o crescimento económico e para a estabilidade do sistema financeiro e do valor cambial do euro.

Défice orçamental

Quando num determinado ano, as receitas conseguidas pelo Estado não chegam para cobrir as despesas diz-se que existe um défice orçamental. Em 2010, o Governo gastou mais 15 mil milhões de euros do que obteve em receitas. Esse valor equivaleu a cerca 9,1% do PIB. Assim, foi preciso contrair mais empréstimos junto dos mercados, isto é, aumentou-se o nível da dívida. Os membros da zona euro devem manter um défice inferior a 3% do PIB.

Dívida pública

Valor acumulado dos empréstimos pedidos pelo Estado ao longo do tempo e que ainda não foram pagos. Em 2010, o Estado devia 160 mil milhões de euros. Para tornar o valor mais intuitivo, a dívida é apresentada em percentagem do PIB, isto é, 93% do PIB. Este ano deverá superar 100%. – Incumprimento: situação em que o país deixa de pagar os juros ou os re-embolsos aos seus credores ou não o faz nas datas inicialmente definidas. Diz-se que o país entrou em falência.

– Re-estruturação: o país decide alterar as condições para pagamento das dívidas. Pode pagar menos juros ou alargar os prazos. Mesmo que os credores aceitem as alterações, é também considerada uma forma de incumprimento.

FMI – Fundo Monetário Internacional

Organismo fundado em 1944 e que atualmente é composto por 187 países. Entre outras funções, disponibiliza recursos técnicos e financeiros aos seus membros para que estes possam equilibrar as suas contas. Em troca dos empréstimos, o FMI exige o cumprimento de rigorosos planos de austeridade (cortes na despesa pública e aumento de impostos). O dinheiro emprestado pelo FMI provém da contribuição de todos os seus membros e que é

proporcional ao seu peso económico.

Obrigações do tesouro

São os títulos de dívida mais utilizados pelo Estado para contrair empréstimos por períodos de vários anos. Representam 66% de toda a dívida pública nacional. Há também os Bilhetes do Tesouro cujo prazo vai até 12 meses. Mais vocacionados para os particulares, estão os

certificados de aforro e do tesouro.

PIB – Produto interno bruto

É o valor de toda a riqueza gerada por um país durante um determinado período de tempo. Em 2010, estima-se que Portugal terá gerado 172 mil milhões de euros. No mesmo ano, a zona euro produziu 9200 mil milhões de euros, sendo 2500 mil milhões apenas da Alemanha.

'Rating' – ou notação

Classificação atribuída por uma empresa especializada (agência de rating) à qualidade da dívida emitida por uma empresa ou pelo Estado. Quanto maior a probabilidade de incumprimento, pior o rating e mais elevada a taxa de juro que é preciso oferecer aos investidores para que estes aceitem comprar a dívida.

Recessão

Todos os anos, os países geram riqueza representada pelo PIB. Quando de um ano para outro, o valor da riqueza produzida cai, está-se perante uma recessão económica. Estima-se que em 2011, Portugal produza -2% do que em 2010. Menos riqueza significa que, em média, cada português terá menos dinheiro. Fala-se de recessão técnica quando há diminuição do PIB dois trimestres consecutivos.

'Yields' – Taxas de juro de mercado

Quando um país emite dívida esta é comprada de imediato por grandes investidores, como os bancos, no chamado

mercado primário. Em troca do empréstimo, o Estado

compromete-se a pagar uma dada taxa de juro (yield). Uma vez emitida, a dívida é transacionada pelos

investidores no mercado secundário (as bolsas). Quando a dívida é arriscada, há menos procura, pelo que os

investidores têm de vender as obrigações a baixo preço para dar juros mais altos e o comprador querer ficar com a dívida. As taxas de juro (yields) que atingiram recordes consecutivos (acima de 15% para muitos prazos) proveem das transações entre investidores. Se o Estado quisesse vender mais dívida no mercado teria de pagar juros próximos desses valores astronómicos, por isso pediu ajuda e, neste momento, e será financiado a médio e longo prazo pela União Europeia e o FMI a taxas inferiores a 4%.

Zona euro

Região económica europeia composta por 17 países que utilizam a mesma moeda, o euro. A política monetária (nível das taxas Euribor) e a política cambial (valor do euro) estão nas mãos do BCE. Ao invés, no Reino Unido, que faz parte da União Europeia, mas não do euro, essas políticas são definidas pelo Banco de Inglaterra.

(11)

INVESTIDOR PRÁTICO

Magia dos juros

Nos últimos anos, o baixo nível das taxas dos de juro

provocou indiferença e imobilidade nos investidores.

É um erro, porque poucos euros no curto prazo

significam enormes diferenças ao fim de vários anos.

De pequenino…

Tenha sempre em mente que quanto mais cedo começar a poupar melhor. Assumindo que irá reformar-se aos 60 anos, a diferença no pé-de-meia acumulado pode ser substancial. Como pode ver no quadro, se começar a poupar 100 euros por mês aos 35 anos, para uma aplicação que rende 4% ao ano, consegue acumular 51 051 euros quando atingir a reforma. Se iniciar a poupança apenas aos 45 anos junta somente 24 546 euros (menos de metade).

QUANTO CONSIGO ACUMULAR ATÉ AOS 60 ANOS

SE POUPAR 100 EUROS POR MÊS?

Idade atual Rendimento anual

2% 4% 6% 25 60 641 90 286 138 029 30 49 207 68 751 97 926 35 38 851 51 051 67 958 40 29 472 36 503 45 565 45 20 976 24 546 28 831 50 13 282 14 718 16 326 55 6 312 6 640 6 982

Estratégia correta

O quadro também demonstra a importância da

rentabilidade conseguida para as poupanças. Uma pequena diferença percentual pode parecer pouco significativa, mas quando se fala de aplicações destinadas ao longo prazo as diferenças de rendimento são substanciais. É imprescindível, pelo menos, superar de forma consistente a inflação. Este ano, o Banco de Portugal estima que atinja 3,4%, o que supera os juros oferecidos por quase todos os depósitos a prazo. Um rendimento de 5 a 6% para um prazo de 10 anos pode ser conseguido através de uma carteira diversificada de ações e obrigações desde que aceite correr um pouco de risco. E quanto maior for o horizonte de investimento, maior poderá ser a proporção de ações e,

consequentemente, mais elevado o rendimento potencial.

QUESTÕES DOS LEITORES

Poupanças em risco?

A vaga de notícias sobre a crise tem-me deixado

preocupado. Se o meu banco falir o que acontece às

minhas poupanças? Os certificados de aforro e

tesouro, produtos do Estado, estão totalmente

garantidos?

Banca

Antes de mais, apesar da crise, os principais grupos financeiros nacionais passaram nos testes de stress à banca europeia. Ainda assim, na hipótese de falência de um banco há o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) que se destina a limitar as perdas dos investidores.

Se o seu banco falir e não puder levantar o seu dinheiro é acionado o FGD. Garante atualmente o re-embolso até 100 mil euros por titular. Numa conta coletiva, se um casal for titular de um depósito de 5000 euros, cada um recebe 2500 euros. Os depósitos em bancos de outros países comunitários beneficiam de um sistema semelhante nos países de origem que até pode ser mais vantajoso.

Estado

Os produtos do Estado não são abrangidos pelo FGD. Os certificados de aforro e do tesouro não são totalmente isentos de risco, mas a probabilidade de um Estado falir é normalmente inferior ao de um banco ou seguradora. Além disso, Portugal já pediu ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional e à União Europeia.

Entre nós

DEPÓSITOS A PRAZO: MONTANTE (milhões de euros) E VARIAÇÃO ANUAL (em %; escala da direita)

Em meados de 2007, o crescimento dos depósitos acentuou-se.

Em seguida, perdeu o fôlego e, em 2010, registaram-se mesmo variações anuais negativas. 50000 55000 60000 65000 70000 75000 80000 85000 90000 95000 01/06 04/06 07/06 10/06 01/07 04/07 07/07 10/07 01/08 04/08 07/08 10/08 01/09 04/09 07/09 10/09 01/10 04/10 07/10 10/10 01/11 04/11 -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% Valor dos depósitos

Variação anual

CONSELHO

Comece a poupar o mais cedo possível. Poupe com re-gularidade. Tenha uma postura de longo prazo, acei-tando um pouco de risco para poder obter um ganho maior e 'bater' a inflação. Use o simulador do portal fi-nanceiro Ferramentas > Poupança mensal.

CONSELHO

Não coloque todas as suas poupanças nas mãos de um só banco, sobretudo, montantes superiores a 100 mil eu-ros, ou apenas nas do Estado. Diversifique por depósitos, certificados do tesouro, seguros de capitalização e fun-dos de investimento.

(12)

Fundos: brutos e líquidos

No quadro mensal de fundos de investimento, o que

significam as letras "L" e "B" que surgem na

informação de todos os fundos de investimento?

Depois de impostos

A letra "B" e "L" significam que as rentabilidades apresentadas são brutas (B) ou líquidas (L) de imposto.

No caso dos fundos assinalados com "L", o IRS é retido aos próprios fundos. Quando a sociedade gestora recebe os juros ou as mais-valias dos títulos em que investe, o imposto é refletido diariamente no valor do fundo e consequentemente no valor da unidade de participação. As rentabilidades "L"

correspondem exatamente ao ganho do investidor.

Muitas exceções

A fiscalidade de inúmeros fundos é, no entanto, diferente. Por exemplo, nos fundos vendidos em Portugal mas geridos por entidades estrangeiras (no Luxemburgo, Irlanda, Alemanha, etc.) a tributação só acontece no momento do resgate. As rentabilidades dos fundos assinalados com "B"

não correspondem ao ganho do investidor.O rendimento

obtido é igual à variação do valor do fundo entre a compra e

a venda, menos o imposto cuja taxa é 21,5%. O imposto será retido pela instituição que comercializa os fundos.

Declaração não obrigatória

Os subscritores de fundos de investimento não têm de se preocupar com a declaração anual de IRS. Não é necessário inscrever os ganhos obtidos com fundos.

PORTAL FINANCEIRO

Fiabilidade dos 'ratings'

Sem surpresa, os visitantes do portal depreciam as

avaliações das agências de notação.

Desconfiança predomina

A crise económico-financeira veio realçar o papel das agências de rating. Após terem subestimado durante anos o risco assumido por bancos e corretoras abriram caminho para o quase colapso do sistema financeiro mundial. Agora, as agências são acusadas de excesso de zelo relativamente ao endividamento público, sobretudo da zona euro. Entre os visitantes do portal financeiro, reina o descrédito: 43% não confia nada nos ratings e 40% afirma que são válidos apenas muito parcialmente. Apenas 15% considera-os fiáveis e 2% tem total confiança nos ratings anunciados.

Em nossa opinião, é indiscutível a necessidade de maior transparência, regulação e concorrência na atividade das agências de notação.

Serviço telefónico

de informação financeira

Enquanto assinante da Proteste Investe Poupança poderá consultar o serviço telefónico de informação financeira. A nossa equipa irá responder às suas dúvidas e questões sobre investimento e outros temas.

Horário de atendimento: das 9h às 13h e das 14h às 18h (à 6.ª feira, encerra às 17h).

¢ Aplicações financeiras e investimento

Telefone: 808 200 147 (rede fixa) e 218 418 789 (para telemóveis).

¢ Fiscalidade

Telefone: 808 200 148 (rede fixa) e 218 418 783 (para telemóveis).

¢ Crédito

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Propriedade/Redação: DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira,

n.º 13, 1.º B; 1900-221 Lisboa. Editora registada sob o número 215 705. NIPC: 502 611 529.

A nossa equipa de analistas financeiros para o mercado nacional – ações nacionais: João Sousa: Banca; Luís Pinto: Construção, Cimento, Bens de consumo, Papel; Pedro

Catarino: Distribuição, Media, Autoestradas, Serviços informáticos; Rui Ribeiro: Telecomunicações, Papel, Energia; – outros valores mobiliários e instrumentos financeiros: António Ribeiro, João Sousa, Jorge Duarte. Na análise do mercado externo aPROTESTE INVESTE colabora com um grupo de organizações de consumidores europeias com as

quais definiu metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteúdos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg. Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina, 22 – 20159 Milano. Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/Albarracín, 21-28037 Madrid. Editions scientifiques et techniques consommateurs France SA 44 Rue Lafayette – 75009 Paris.

As análises publicadas na PROTESTE INVESTE são independentes e elaboradas de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereço

http://www.deco.proteste.pt/investe/quem-somos-p194718.htm.

As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financeiros objeto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido destas. A DECO PROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm interesses suscetíveis de prejudicar a objetividade da mesma. Os nossos conselhos baseiam-se em análises internas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente exactas ou garantir o sucesso total dos conselhos apresentados. Todavia, esperamos que as informações apresentadas neste boletim ajudem os leitores a realizar bons investimentos.

Conselho de Gerência: Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Regueira em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin, Armand de Wasch,

Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que detém 75% do capital.

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