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Chico Bento: Uma análise das práticas educativas rurais e dos valores do campo difundidos pelo personagem de Maurício de Sousa 1

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Chico Bento: Uma análise das práticas educativas rurais e dos valores do campo difundidos pelo personagem de Maurício de Sousa1

Mariana Ramalho Procópio2 Universidade Federal de Viçosa

Resumo

O objetivo deste trabalho é contribuir para a identificação das representações sociais referentes ao homem, valores e práticas rurais do Brasil. Através de uma análise de conteúdo da revista infanto-juvenil Chico Bento, de Maurício de Sousa, espera-se encontrar qual o modelo e referências do campo que são difundidos pela mídia, especificamente pelas histórias em quadrinhos. Além disso, a pesquisa procura analisar as ideologias subjacentes às representações sociais observadas.

Palavras-chave

Representações Sociais; História em quadrinhos, Comunicação Rural.

1. Introdução

Surgidas a pouco mais de 100 anos, as histórias em quadrinhos (HQ`s), conforme são conhecidas atualmente, representam uma forma típica de expressão da indústria cultural. Embora tenham sido rotuladas muitas vezes de subliteratura devido a preconceit os academicistas, elas permitem que seus autores expressem questões científicas, filosóficas e artísticas. E por serem ainda uma forma de entretenimento e lazer e apresentarem uma linguagem de fácil compreensão, as HQ`s seduzem os leitores, proporcionando-lhes uma leitura prazerosa e espontânea.

As histórias em quadrinhos são uma parte essencial do arcabouço cultural de cada nação. Os assuntos abordados refletem os valores, crenças, expectativas e assuntos relevantes a uma determinada cultura em um tempo específico. O artista que produz os quadrinhos recebe uma influência da sociedade na qual vive e onde seu processo de criação artística pode concretizar-se.

No entanto, pelo fato de serem criadas e disseminadas dentro de um contexto industrial de produção em série, a padronização do produto tende a diluir as características específicas

1 Trabalho apresentado aos Eventos Especiais – Intercom Júnior do XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

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da sociedade e da cultura na qual foram produzidas.³ Neste sentido, pode-se falar que as HQ`s são instrumentos veiculadores das representações construídas historicamente por uma dada sociedade. Para Moscovici4 “as representações são modelos pessoais de organização dos conhecimentos, valores e concepções sobre um objeto ligado à prática e à expressão social de cada indivíduo”.

No Brasil, a produção dos quadrinhos refletiu e reflete ainda a predominância do quadrinho importado, que busca pasteurizar conteúdos, esconder individualidades locais e regionais, buscando atingir o máximo de pessoas possíveis.5 Maurício de Sousa é o mais bem sucedido artista brasileiro na área. O autor criou personagens com características universais – A Turma da Mônica -, mas que se distinguem e se firmam por apresentarem certas particularidades.

As HQ`s de Maurício podem ser analisados em função do estereótipo infantil que expressam. Apesar de ter criado um grupo de crianças que tivessem características universais para competir com as revistas estrangeiras, o autor não pode ser acusado de ter deixado totalmente de lado a realidade de seu país. O personagem Chico Bento, uma de suas primeiras criações busca representar a realidade do povo brasileiro que vive no ambiente rural, caracterizando a comunidade ligada aos valores da terra e da agricultura. Ele, juntamente com sua turma (amigos, pais, professora, vizinhos e animais) divulga o cotidiano da população rural brasileira e enfocam questões específicas desse segmento social.

Uma análise das HQ`s de Chico Bento faz emergir diversos questionamentos. Qual é a imagem do homem do campo veiculada pelas historinhas? Quais os valores que a ele estão relacionados? Como são expressas as práticas educacionais nos quadrinhos?

O objetivo principal desta pesquisa é analisar as HQ`s de Chico Bento, de maneira a entender o perfil de homem do campo, seus valores e as práticas educativas nelas transmitidas. Especificamente, busco identificar as representações sociais sobre o rural e analisar as ideologias subjacentes às representações.

E ainda num momento em que a inclusão social permeia as discussões sobre educação em nossa sociedade, é oportuno analisar nas historinhas, como se manifesta a educação no

3 Vergueiro: 1998. 4 Moscovici: 1998. 5 Vergueiro: 1998.

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ambiente rural e de que maneira é demonstrada a relação de influência da família e do professor no processo educativo.

2. Referencial Teórico

Histórias em quadrinhos são narrativas feitas com desenhos seqüenciais, em geral no sentido horizontal, e normalmente acompanhadas de diálogos curtos e alguma descrição da situação. Esses pequenos textos costumam estar situados nos interior das figuras denominadas balões.6 A fim de buscar as origens das HQ`s, retrocede-se até a pré-história,

com os desenhos nas cavernas. As imagens eram utilizadas para atender as necessidades de comunicação do homem primitivo, ou seja, a sucessão de figuras gravada nas cavernas registrava o mundo e as relações dos indivíduos.

No entanto, devido à característica nômade dos homens, a memória coletiva se perdia quando uma geração sucedia a outra. O ser humano então, transformou as peles de animais e cascas de árvores no artefato necessário para a locomoção e transmissão de idéias. Segundo Gaiarsa7 é nesse momento foram criados os primeiros alfabetos humanos, constituindo-se por uma mistura de letras e desenhos e conhecidos por hieróglifos.

A partir do alfabeto fonético, aquele que busca representar os sons através dos símbolos gráficos, e da imprensa, as id éias da humanidade puderam ser mais facilmente disseminadas. Pode-se dizer que a indústria tipográfica alimentou duas necessidades humanas básicas: a de transmissão e fixação de idéias e acontecimentos (o caráter jornalístico) e a de entretenimento (o caráter ficcional). A representação gráfica por imagens teve papel destacado em ambas.

É preciso reconhecer que a partir da segunda metade do século XIX, constituíram-se em várias regiões do mundo, circunstâncias favoráveis para o aparecimento do meio de comunicação hoje conhecido como histórias em quadrinhos.

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Anselmo: 1975.

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As HQ`s se desenvolveram no contexto da Indústria Cultural. Para Cohen e Klawa8 “é necessário que as histórias em quadrinhos sejam entendidas como um produto típico da cultura de massas”. Elas seguem a tendência geral de camuflar individualidades locais e regionais e homogeneizar conteúdos, buscando atingir o máximo de pessoas possíveis.

Os franceses costumam se auto intitularem como criadores das histórias em quadrinhos, baseando-se na figura do grande artista, Georges Colomb, conhecido artisticamente como Christophe. A “Famillie Fenouillard” é a sua obra mais conhecida, apontada por muitos como a primeira história em quadrinhos, apesar de não apresentar os famosos balões com textos.9

No entanto, são nos jornais norte-americanos, que se encontram as HQ`s com os seus elementos essenciais e característicos: narrações em seqüências de imagens, continuidade dos personagens de uma seqüência a outra e o diálogo incluso na imagem.

Segundo Moya10, a primeira história em quadrinhos surgiu em 1985 com a criação de

“The yellow Kid” por Richard Fenton Outcalt, no jornal World de Nova York. Um dos

personagens de Outcalt era um garoto calvo, orelhudo, de feições simiescas e vestido com um camisolão amarelo que chegava aos calcanhares.

Os quadrinhos começavam, então, a se tornar um elemento indispensável nos jornais diários. Em 1911, George Herriman lançou “Crazy Cat”, a história de um mundo poético e cômico, composto por um triângulo amoroso – uma gata, um camundongo e um cão. Essa foi a primeira tirinha para o público adulto e também inaugurou as histórias com animais, que culminaria com o aparecimento do famoso “Felix The Cat” de Pat Sullivan em 1924 e de “Mickey Mouse” de Walt Disney no ano seguinte.

A partir de 1929 inicia-se a Era do Ouro dos quadrinhos, com a invasão do gênero aventura e tendo sido marcado por heróis como “Tarzan” criado por Edgard Rice Burroughs nesse mesmo ano e “Super Homem” de Jerry Siegel e Joel Schuster em 1938.

No Brasil, as primeiras histórias ilustradas foram produzidas por Ângelo Agostini com

“As aventuras de Nhô Quim” ou “Impressões de uma viagem à Corte”. Este italiano

8 Moya:1977. 9 Vergueiro: 1998 10 Moya: 1977.

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radicado em terras brasileiras, foi um dos responsáveis pela construção da cultura visual do país. Seu trabalho era destinado ao público adulto, e retratava artisticamente a vida social e política da época.

Em 1905, surgiu a revista “O Tico – Tico”, uma revista infantil cujas histórias visavam a educação das crianças e a construção de sólidas convicções morais. Os quadrinhos nela publicados eram na maioria, reprodução de jornais norte-americanos e europeus. O maior sucesso da revista foi o personagem Chiquinho, um garoto que pregava peças nos adultos e acabava sendo punido no final da história.

Em 1934, Adolfo Aizen lançou o “Suplemento Juvenil” , apêndice semanal do Jornal A

Nação, baseado no modelo norte-americano de produção e veiculação das HQ`s. Devido ao

grande sucesso, Aizen fundou em sua própria casa a Editora Brasil América Ltda (EBAL). A predominância dos quadrinhos estrangeiros tornou-se ainda mais definitiva a partir de 1950, quando a Editora Abril de Victor Civita, começou a publicar as histórias em quadrinhos Disney no país.

No entanto, a partir da década de 60, multiplicaram as publicações e os personagens brasileiros. O personagem “Pererê”, criação de Ziraldo Alves Pinto, apareceu exatamente nesse momento. O Pererê era uma espécie de diabo travesso do folclore brasileiro, apresentado como um menino, que foi capaz de refletir fielmente a sua sociedade.11

É no início da década de 60, que surge no cenário nacional o então desconhecido Maurício de Sousa. O desenhista que começara como repórter policial no Jornal Folha da

Manhã (SP), lançou neste mesmo veículo as tiras de suas primeiras criações: o cãozinho Bidu e seu dono Franjinha. Posteriormente, em 1970, foi lançada a Revista da Mônica já

com tiragem de quase 200 mil exemplares. Em seguida vieram as publicações de

Cebolinha, Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outros. Os personagens da Maurício

de Sousa Produções (MSP), maior em presa de quadrinhos do Brasil, foram criados com características universais para que as revistas pudessem competir com as HQ`s estrangeiras.12

Nos anos 80 houve a invasão dos desenhos animados e mangás (quadrinhos) japoneses. O fato obrigou a MSP a investir em produções cinematográficas, desenhos animados,

11 Vergueiro: 1999.

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brinquedos e principalmente no seu merchandising para assegurar seu lugar na preferência dos leitores infantis. Mas indubitavelmente, as HQ`s de Maurício de Sousa dominam o mercado nacional. Segundo Santos13 em janeiro de 1998, a circulação total de revistas Disney no Brasil era de apenas 15% dos títulos de Maurício. A revista Meio&Mensagem (24/09/2001) publicou que mensalmente são vendidos 400 mil exemplares dos gibis da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento. Esse número chega a um milhão se forem incluídos todos os produtos de Maurício de Sousa como as revistas de passatempos e de atividades.

Apesar dos personagens da Turma da Mônica apresentarem pouca diferença dos de Walt Disney, o autor de nossas HQ`s procurou incluir nelas o meio ambiente brasileiro. Trata-se do personagem Chico Bento, criado em 1961 e lançado em revista própria em agosto de 1982. É um caipira do interior de São Paulo, inicialmente caracterizado em idade adulta e que aos poucos foi tomando sua forma infantil definitiva.Chico fora inspirado no tio-avô de Maurício, sobre quem ele ouvia muitas histórias por sua avó.14

Para Calazans15, “as revistas em quadrinhos são uma forma de comunicação global, enquadradas dentro da categoria mídia impressa”. Neste sentido elas também veiculam as representações sociais de uma determinada sociedade em um momento histórico específico.

As representações sociais (RS) são fenômenos específicos que estão relacionados com um modo particular de compreender e de se comunicar. São teorias sobre o senso comum e saberes populares, elaboradas e partilhadas socialmente, com a finalidade de construírem e interpretarem o real. Seu objetivo maior é familiarizar o não familiar. As RS são criadas a partir de dois processos: a ancoragem e a objetivação. No primeiro tende-se a classificar o estranho dentro de uma categoria, que historicamente comporta uma dimensão valorativa. Já na objetivação procura-se aliar um conceito a uma imagem imputando-lhe sua qualidade icônica.16 13 Santos: 1998. 14 Sousa: 2004. 15 Calazans: 2004. 16 Moscovici: 2003.

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3. Metodologia

Na sua perspectiva geral, a pesquisa envolve a análise das representações sociais veiculadas pelas HQ`s do Chico Bento, levando em conta a sociedade e o momento histórico nos quais elas são produzidas. O estudo dos quadrinhos, artefatos culturais aparentemente simples é, todavia, um exercício completo de análise semiótica, na medida em que é uma das formas de expressão que conseguem entrelaçar palavras, imagens e sentido.

O estudo, de natureza descritiva e com forma de estruturação qualitativa, tende a descrever de que maneira são apresentadas as concepções, os valores e as expectativas do homem do campo nas revistas em quadrinhos do Chico Bento. Conforme indica Triviños17 a pesquisa qualitativa descritiva busca captar não só a aparência do fenômeno, como também sua essência.

3.1.Estudo Exploratório

Foi realizada uma observação inicial de 155 exemplares da revista Chico Bento compreendidas entre os anos de 1995 a 2004. As HQ’s de Chico eram publicadas quinzenalmente e possuíam 34 páginas. A partir de março de 2003, elas passaram a ser mensais e são constituídas por 64 páginas.

A revista geralmente é composta por 4 a 6 histórias de Chico e sua turma, uma história do personagem indígena “Papa Capim”, além de uma tira de Chico com características mais humorísticas na última página da publicação.

O personagem vive com seus pais em uma pequena propriedade rural, através da agricultura de subsistência. Entre seus amigos estão a galinha Giselda, o porco Torresmo, seu primo Zé Lelé, sua namorada Rosinha, a professora Dona Marocas e seus amigos Hiro (filho de imigrantes japoneses) e Zé da Roça. Em algumas tirinhas aparece também seu primo que vive na cidade. Outro personagem è o Nhô Lau, dona da goiabeira mais bonita da roça e de quem Chico rouba as frutas.

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A Turma de Chico Bento vivencia o cotidiano rural: o trabalho com a terra, o cuidado com os animais, a valorização das lendas e costumes do campo. No entanto, em uma verificação mais superficial, verificou-se que as temáticas mais recorrentes são o confronto entre o rural e o urbano e a vida escolar do personagem.

3.2. Coleta de dados e descrição analítica

Esta fase encontrava-se em realização até o envio do presente artigo. Trata-se de uma análise sistemática de cada história dos 155 exemplares selecionados, objetivando por classificá-las quanto à temática abordada. As histórias são enquadradas em alguma das sete categorias: 1)vida escolar e familiar, 2)confronto entre rural e urbano, 3)práticas, hábitos e costumes do campo, 4) relacionamento amoroso, 5)humor e/ou ironia, 6)lendas e folclore, 7) estripulias e brincadeiras infantis.

Em virtude da delimitação do objeto de estudo, estão sendo analisadas somente as histórias pertencentes às categorias 1) vida escolar e familiar e 3) práticas, hábitos e costumes do campo. A partir desta categorização, inicia-se o processo de identificação das representações sociais (RS) encontradas nas histórias selecionadas.

Durante esta fase, será realizado um estudo aprofundado da teoria das representações sociais para a promoção de análises significativas. Neste momento também se faz necessário um levantamento acerca de informações sobre vida escolar no campo, agricultura familiar e práticas e hábitos rurais através de uma visita para a observação dirigida de uma Escola do campo de um distrito rural de Cataguases, município da Zona da Mata mineira. Esses dados irão auxiliar a análise das representações sociais na fase de interpretação referencial.

3.3. Interpretação referencial

Apoiada na Teoria das Representações Sociais começa-se a interpretação das mesmas. O que ocorrerá é um processo de análise de transformação dos atributos de uma coletividade, em atributos compartilhados por indivíduos sociais.

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A pesquisa não deverá se atentar exclusivamente para o conteúdo manifesto nas historinhas, pois nesse sentido as conclusões serão apoiadas em dados quantitativos, numa visão estática e no nível de simples denúncia. O estudo deve aprofundar sua análise tratando de desvendar o conteúdo latente que as representações das HQ’s possuem, abrindo assim perspectivas para descobrir ideologias, tendências, etc. das características dos fenômenos sociais analisados de uma maneira dinâmica, estrutural e histórica.

Segundo Guareschi18 “a ideologia é um conjunto de modos e estratégias criados para manipular, iludir, tirar proveito dos outros”. Thompson19 vê a ideologia como sendo o emprego de formas simbólicas para criar e reproduzir relações de dominação.

Nesta análise de conteúdo será considerado não apenas o contexto lingüístico – imagético, mas também o recorte histórico das expressões, conceitos e imagens. A interpretação será apoiada pelas concepções de agricultura familiar, escola do campo, práticas rurais e relação família-escola no ambiente rural coletadas na fase de descrição analítica.

Através da interpretação referencial, será possível levantar o modelo de homem do campo difundido pela revista de Maurício de Sousa, juntamente com seus valores, costumes e práticas educacionais, bem como poderá ser id entificada a ideologia presente em tais representações.

4. Considerações Finais

A comunicação é responsável pela construção e reprodução da sociedade contemporânea. Ela promove a formação da identidade, por meio da qual o homem adquire a consciência de si e interioriza comportamentos, na troca de mensagens significativas. A mídia reproduz e reforça as ideologias, reflete os interesses do sistema no qual está inserida e veicula os valores e normas de conduta da classe dominante.20 Neste sentido, as histórias em quadrinhos pertencentes à categoria de mídia impressa, transmitem um mundo simbólico e imaterial, mas baseado na realidade.

18 Guareschi: 2004. 19 Idem. 20 Ibidem.

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No entanto, os estudos existentes no Brasil sobre as HQ`s tendem a abordar a história desse meio de comunicação e analisar a influência dos quadrinhos norte-americanos nas produções nacionais. Surge daí a necessidade de se debruçar sobre as nossas historias em quadrinhos de maneira a identificar e analisar seu conteúdo.

Especificamente, em relação ao estudo proposto, considerando que a temática da inclusão social está presente nas mais variadas discussões, a análise das histórias de Chico Bento busca contribuir para se identificar o modelo de homem e de educação, bem como os valores e práticas sociais educativas referentes ao meio transmitidas pelas HQ`s.

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MOSCOVICI, Serge. Re presentações Sociais: investigações em psicologia social. Tradução por Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes, 2003.

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