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MAPEAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS FITOFISIONOMIAS NO LARGO DE SANTA RITA SANTOS/SP POR MEIO DAS BANDAS DO SATÉLITE WORLDVIEW-2

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MAPEAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS FITOFISIONOMIAS NO

LARGO DE SANTA RITA – SANTOS/SP POR MEIO DAS BANDAS DO

SATÉLITE WORLDVIEW-2

SOUZA, Daniela Miranda dani.msouza@ymail.com

Centro de Pós-Graduação Oswaldo Cruz

Resumo: O objetivo desse estudo é analisar a eficácia do uso das bandas do satélite WorldView2 no mapeamento temático das classes de Floresta, Restinga, Vegetação de Transição Manguezal Restinga e Manguezal, através do uso de diferentes algoritmos da classificação automática supervisionada existentes no software Spring 5.2.7. A área de estudo localiza-se no estado de São Paulo, município de Santos, e apresenta uma grande diversidade de tipologias de vegetação. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os diversos usos das imagens WV2, bem como dos classificadores utilizados. Assim, optou-se por adotar o classificador pixel-a-pixel MaxVer e por regiões Bhattacharyya. Para verificar o resultado da classificação foi utilizado como verdade de campo um mapa temático previamente editado. A partir da matriz de erros foram calculados o índice de Kappa, a acurácia do produtor e do usuário permitindo a comparação entre os resultados. O classificador Bhattacharyya obteve o melhor desempenho (“Bom”), entretanto, houve alta confusão entre as classes de Restinga e Vegetação de Transição, tal fato sendo explicado pela proximidade espectral das classes.

Palavras-chave: WorldVie. MaxVer. Bhattacharyya. Kappa

Abstract: The aim of this study is to analyze the efficacy of WorldView2 satellite bands in thematic classification of Forest, Restinga, Transition vegetation Mangrove-Restinga and Mangrove, through the use of different algorithms of automatic supervised classification existing in Spring 5.2.7. The study area is located in the state of São Paulo, city of Santos, in a regiona that shows a wide variety of vegetation types. Initially was performed a literature review on the various uses of WV2 images as well as the classifiers. Thus, we chose to adopt the pixel-by-pixel classifier MaxVer and region classifier Bhattacharyya. To check the result of the classification it was used as ground truth a thematic map previously edited. From the error matrix were calculated Kappa index, the accuracy of the producer and the user allowing the comparison of the results. The Bhattacharyya classifier had the best performance ("Good"), but there was high confusion between the class of Restinga and Transition vegetation, this fact being explained by the proximity of spectral classes.

Keywords: WorldView2. MaxVer. Bhattacharyya. Kappa

1 INTRODUÇÃO

As imagens de satélite são amplamente utilizadas para licenciamentos e monitoramentos ambientais, planejamentos regionais, entre outros, isto porque, o seu uso proporciona uma visão sinóptica (de conjunto) e multitemporal (em diferentes datas) (FLORENZANO, 2002) de um determinado lugar.

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Atualmente, há no mercado uma grande variedade de satélites e sensores remotos para diversos propósitos, como: estudo da circulação de energia e água na Terra, previsão do tempo, monitoramento de recursos naturais, topografia, agricultura de precisão, geologia, uso da terra, monitoramento da zona costeira, entre outros (EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE, 2013).

O satélite WorldView-2 (WV2) dispõe de dois tipos de sensores: o Pancromático (PAN) e o Multiespectral (MULTI). O primeiro capta, em uma única banda, com alta resolução (0,46m) boa parte do espectro do visível da radiação eletromagnética (REM), já o segundo contém 8 sensores espectrais, também de alta resolução (1,85m), iniciando no Visível terminando no Infra-Vermelho Próximo II. A composição desses dois sensores permite que este satélite “enxergue” melhor as variações da REM dos objetos imageados.

A região do Largo de Santa Rita, localizada em Santos-SP, possui um histórico de ocupação anterior à década de 60, sendo inicialmente utilizado para a agricultura. Tal prática fora abandonada na década de 80, proporcionando a recolonização dessa área por espécies vegetais nativas, características de ecossistemas como a restinga e manguezal (CPEA, 2009).

O objetivo principal desse artigo é analisar a eficácia do uso das bandas do satélite WV2 no mapeamento temático das classes de Floresta, Restinga, Vegetação de Transição Manguezal Restinga e Manguezal, através do uso de diferentes algoritmos da classificação automática existentes no software livre Spring 5.2.7.

2 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo encontra-se no estado de São Paulo, na margem esquerda do Estuário de Santos, na porção continental do município de Santos (Figura 1). É delimitada ao Norte pela Serra do Quilombo, e à Oeste pelo Morro das Neves e Ilha dos Bagres. A linha férrea da MRS e o rio Jurubatuba perpassam a área de interesse. O Largo de Santa Rita localiza-se na foz do rio Jurubatuba. O limite sul é marcado pelo Canal do Porto de Santos.

Figura 1 Localização da área de estudo

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Devido à localização estratégica de Santos, próximo à produção industrial que importa e exporta diversas mercadorias, ocorreu a solidificação de uma importante área portuária e logística da região Sudeste e Centro-Oeste (CPEA, 2009). Essa consolidação ocorreu, principalmente, na porção insular do município, sendo que grande parte do território continental santista manteve suas características vegetais originais ou sofreram poucas alterações no transcorrer do século passado.

Segundo CPEA (2009 apud Silva et al., 1993) as características particulares da região, como proximidade à Serra do Mar, clima permanentemente úmido, terrenos com sedimento marinhos associados a sedimentos continentais, favoreceram o surgimento de diferentes fitofisionomias como a “Mata Atlântica de Encosta, ocupando as encostas da serra do Mar e os morros litorâneos; as florestas de restinga, se estendendo pelas planícies arenosas; e os manguezais, que ocupam as planícies flúvio-marinhas dos estuários” (CPEA, 2009, p.312

apud SILVA et al., 1993).

3 DESCRIÇÃO DO SENSOR

O satélite WorldView-2 foi lançado em outubro de 2009 carregando dois sensores, o pancromático (PAN) e o multiespectral (Multi). O PAN possui resolução espacial de 0,46 m, já o Multi apresenta resolução espacial de 1,85 m, ou seja, a menor área que o sensor consegue “enxergar” é de 0,21 m² (PAN) ou 3,39 m² (Multi). Ambos os sensores possuem resolução radiométrica de 11 bits, essa é a capacidade do sensor de detectar as variações de radiância espectral recebida, nesse caso, são 2.048 variações (tons de cinza) (CEPSRM, 2015).

Além das tradicionais bandas do azul, verde, vermelho e infravermelho próximo, o satélite WV2 apresenta mais 4 novas bandas coloridas, a saber: Coastal Blue, Yellow,

Red-Edge e Near Infrared 2. Essas novas bandas localizam-se em um determinado intervalo do

espectro eletromagnético, sendo mais sensíveis as características particulares do ambiente a ser imageado. A Figura 2 apresenta a resposta espectral das bandas do satélite WorldView-2.

Figura 2 Resposta espectral das bandas do satélite WorldView-2.

Fonte: DigitalGlobe (2011) R es p o sta Espe ctra l R ela ti v a Comprimento de Onda (nm)

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Essas bandas adicionais podem ter diferentes aplicações, por exemplo, a banda Coastal

Blue é utilizada em estudos batimétricos, a banda Yellow é importante na detecção do

envelhecimento da vegetação, a banda Red-Edge está focada na porção do espectro eletromagnético que a vegetação mais reflete, facilitando a descriminação entre formações vegetais arbóreas e rasteiras (SOUZA; ALFAYA; KUX, 2011), por fim a banda Near

Infrared 2 (NIR2) permite estudos mais amplos de biomassa e análise da cobertura vegetal.

(DIGITALGLOBE, 2010).

Para a execução desse trabalho foram adquiridas imagens pancromática e multiespectral do satélite WorldView-2, as quais foram coletadas em 13/08/2012, com ângulo de incidência

off-nadir 19,46º e resolução radiométrica de 8 bits.

4 METODOLOGIA DE TRABALHO

Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram adotados os procedimentos metodológicos descritos abaixo, cujas principais etapas são apresentadas na Figura 3.

Figura 3 Fluxograma metodológico da presente pesquisa

Fonte: A autora (2015)

As imagens de satélite WV-2, desde o seu lançamento, são utilizadas para aprimorar o mapeamento da cobertura vegetal, temos como exemplo os trabalhos de Chen, 2011, Heumann, 2011, Kux, 2012, Ribeiro, 2012, Teixeira, 2013, entre outros. É possível realizar

Classificação da imagem Por regiões Bhattacharyya Pixel-a-pixel MaxVer Resultados Imagens classificadas

Aquisição da imagem WorldView 2

Geração da composição Red-Edge, Near Infrared 2 e Green (RE_NIR2_G)

Fusão da composição RE_NIR2_G com a banda pancromática

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diversas composições de banda, sendo que a escolha da melhor composição depende do que se pretende mapear. Assim, para esse trabalho, foi utilizada a composição de banda Red-Edge,

Near Infrared 2 e Green (RE_NIR2_G), pois segundo Souza, Alfaya e Kux (2011), a banda

possui um alto desempenho na descriminação das classes de floresta e manguezal, além de ser computacionalmente mais rápida. Para obter uma imagem com alta resolução espacial, a composição acima foi fusionada com a banda PAN utilizando o método Gram-Schmidt, esse método gera valores de pixels próximos aos valores originais da imagem pancromática (KAMAL; PHINN; JOHANSEN, 2014).

O software Spring possui diversos classificadores pixel-a-pixel (MaxVer, MaxVer-ICM, Distância Euclidiana e KMedias) e por região (Isoseg, Distância Bhattacharyya, ClaTex, Histograma). Foram utilizados os classificadores pixel-a-pixel (Máxima Verossimilhança (MaxVer)) e o por região (Distância Bhattacharyya), pois os estudos expostos por Teixeira, Silva e Kux (2013) e por Góes, Mello Filho e Carvalho (2006) apontam que os melhores resultados na classificação de imagens de alta resolução foram obtidos com o classificador MaxVer e Distância Bhattacharyya.

O classificador pixel-a-pixel MaxVer é proveniente do método estatístico de Máxima Verossimilhança, no qual considera a ponderação das distâncias entre as médias dos níveis digitais das classes usando parâmetros estatísticos, isto é, a partir da média dos tons de cinza de uma determinada classe é analisado qual é a probabilidade daquele pixel pertencer a classe “floresta” ou pertencer às demais classes. Há momentos que o pixel tem igual probabilidade de pertencer às duas classes, o desempate é realizado através da determinação do “limiar de aceitação”, o qual indica a % de pixels, de acordo com a sua probabilidade, que serão classificados como pertencentes à outra classe. Um limiar de aceitação de 100% não apresentará nenhuma rejeição, todos os pixels serão classificados (SANTO, 2009).

Já o classificador por regiões Bhattacharyya utiliza a distância de Bhattacharyya para medir a separabilidade estatística entre um par de classes amostrais, ou seja, a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais (SANTO, 2009). É necessário indicar o limiar de aceitação para esse classificador também.

Para utilizar o classificador Bhattacharyya deve-se, primeiramente, segmentar a imagem, este processo divide, e agrupa os pixels com características similares, formando as regiões. O classificar MaxVer não necessita dessa etapa.

Ambos os classificadores são considerados supervisionados por dependerem da interação do usuário na fase de treinamento, isto é, quando se faz o reconhecimento espectral das classes coletando amostras das classes na imagem de satélite. Caso as amostras apresentem alta confusão entre si, faz-se necessário retornar a fase de treinamento para melhorar a qualidade das amostras.

Essa é uma etapa importante da classificação, pois a qualidade do mapeamento final dependerá da qualidade das amostras adquiridas durante o treinamento, sendo a mais onerosa em demanda de tempo. Nos dois processos de classificação foram utilizadas as mesmas amostras.

Para coletar as amostras e validar as classificações foi utilizado como verdade de campo o mapa de uso e cobertura do solo, produzido por CPEA (2009a), como esse mapa contém uma quantidade maior de classes do que as definidas para esse estudo, foi necessário realizar um remapeamento das classes para que a comparação se tornasse viável.

A partir dessa verdade de campo remapeada foram coletadas amostras com a finalidade de verificar a eficácia do mapeamento apresentado pelos classificadores. Existem diversos padrões de amostragem, nesse caso fora adotado o padrão de amostragem aleatório, cuja unidade de amostragem é o pixel. Assim, foram distribuídos aleatoriamente, por todas as oito classes a serem mapeadas, 100 pixels de amostras, totalizando 800 pixels testes.

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Em seguida foi construída a matriz de erros, apresentando nas colunas as amostras de referência (extraídas da verdade de campo) e nas linhas as classes obtidas dos classificadores MaxVer e Bhattacharyya. Na matriz de erros são apresentados os erros de omissão, amostras que não foram classificadas de acordo com a verdade de campo (ex. classificador identificou que o pixel representa Floresta, mas na verdade de campo é Restinga), e comissão, amostras extraídas da verdade de campo classificadas erroneamente como pertencentes a outras classes (ex. a verdade de campo identificou um pixel como Manguezal, mas na classificação é Sedimento).

Com a matriz de erros é possível extrair as seguintes informações: a) Kappa – demonstra a concordância entre os dados da classificação e a verdade de campo, indica a probabilidade de um pixel estar corretamente classificado, em relação à probabilidade de estar incorretamente classificado, utilizando todas as informações da matriz; b) exatidão do produtor – relativa ao erro de omissão, calculado a partir da verdade de campo, indica a probabilidade de um dado de referência (verdade de campo) estar corretamente classificado e c) exatidão do usuário – relativa ao erro de comissão, calculado a partir dos dados da classificação, indica a probabilidade de um pixel classificado representar efetivamente a categoria no campo (LUIZ, 2011; GÓES, 2006, PASSO, 2013; FURTADO, 2013). Com essas informações é possível avaliar se a classificação foi eficaz.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O fusionamento da composição Red-Edge, Near Infrared 2 e Green (RE_NIR2_G) com a banda PAN permitiu uma melhoria da resolução espacial da mesma, originalmente de 2m, e após o fusionamento com resolução espacial de 0,5m. Essa técnica melhorou a distinção dos objetos de interesse na imagem (Floresta, Restinga, Transição Manguezal-Restinga, Manguezal, Gramado, Sedimento, Corpos d’água e Demais Áreas) facilitando a coleta de amostras. A Figura 3 ilustra essa melhora da resolução espacial. Para fusionar a composição falsa-cor com a banda PAN foi utilizado o software ArcGIS 10, tendo em vista que o Spring não dispõe dessa equação Gram-Schmidt para o fusionamento (Figura 4).

Figura 4 A) Composição colorida falsa-cor (RE_NIR2_G); B) Banda pancromática; C) Resultado da fusão entre a composição RE_NIR2_G e a banda pancromática.

Fonte: A autora (2015)

Após a etapa acima, a composição fusionada (PAN_RE_NIR2_G) foi importada para o

software Spring dando início ao processo de classificação das imagens.

A segmentação da imagem de satélite é uma etapa essencial para se utilizar o classificador Bhattacharyya. A definição dos parâmetros de “similaridade” e “área” para essa ferramenta é empírica, sendo necessária a realização de diversos testes para encontrar a

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melhor segmentação. Para o presente estudo foi adotado os seguintes parâmetros: Similaridade: 5 e Área 75.

Para o treinamento da classificação foram coletadas, inicialmente 182 amostras (1.253.566 pixels), entretanto, houve alta confusão entre as classes e o treinamento foi refeito, finalizando com 101 amostras (793.747 pixels). A Figura 5 ilustra o processo de segmentação e as amostras coletadas inicialmente.

Figura 5 A) Imagem segmentada (Similaridade: 5; Área: 75); B) Primeiras amostras coletadas, (Floresta, Restinga, Transição Manguezal-Restinga, Manguezal, Gramado, Sedimento, Corpos d’água e Demais Áreas).

Fonte: A autora (2015)

Para ambos os classificadores foram adotadas as mesmas amostras de treinamento, bem como o mesmo “limiar de aceitação” de 99,9%. A Figura 6 apresenta os resultados dos classificadores.

Figura 6 A) Resultado da classificação Bhattacharyya; B) Detalhe da classificação

Bhattacharya; C) Resultado da classificação MaxVer; D) Detalhe da classificação Maxver.

A B

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Fonte: A autora (2015)

Visualmente é possível notar que o resultado exibido para classificar Bhatthacharrya apresentou maior distinção entre as classes, ao se comparar com o resultado do classificador MaxVer. Quando são confrontados os dados obtidos nas matrizes de erros (Tabela 1 e 2) essa percepção visual é confirmada.

Tabela 1 Matriz de erros do classificador Bhattacharyya.

Fonte: A autora (2015)

O índice de Kappa apresentado pelo classificador Bhattacharyya foi de 0,44. Essa é uma concordância com a verdade de campo considerada como “Bom”, já o índice apresentado pelo Maxver foi de 0,35, sendo essa concordância considerada como “Razoável” (CAIXETA et al, 2012 apud Galparsoro e Fernández, 2001).

Ao analisar os dados da Exatidão do Produtor (probabilidade do dado de referência estar corretamente classificado) do Bhattacharya, nota-se que entre as classes de interesse (Floresta, Restinga, Transição, Manguezal) a classe Floresta foi a melhor classificada (70%), logo após o Manguezal (55%). Por sua vez as fitofisionomias de Restinga e Transição apresentaram baixos valores de Exatidão do Usuário, 32% e 26%, respectivamente, ou seja, apenas 32% dos pixels amostrados representam efetivamente a Restinga, resultando em alta confusão no mapeamento dessas classes.

1 - Floresta 2 - Restinga 3 - Transição 4 - Manguezal 5 - Sedimento 6 - Gramado 7 - Demais áreas 8 - Corpos d'água Total de amostras classificadas (pixels ) 1 - Floresta 70 12 8 15 3 13 1 1 123 2 - Restinga 5 24 8 7 1 23 5 1 74 3 - Transição 14 17 18 8 2 9 0 1 69 4 - Manguezal 10 41 54 55 31 26 2 0 219 5 - Sedimento 0 0 3 1 49 0 10 0 63 6 - Gramado 1 5 8 10 5 23 3 0 55 7 - Demais áreas 0 0 1 3 6 6 76 1 93 8 - Corpos d'água 0 0 0 1 3 0 2 96 102 Total de amostras coletadas (pixels ) 100 100 100 100 100 100 100 100

Exatidão do Produtor (% ) 70 24 18 55 49 23 76 96 Índice Kappa Exatidão do Usuário (% ) 56,91 32,43 26,09 25,11 77,78 41,82 81,72 94,12 0,44 C la ss if ic a çã o Amostras de Referência C D

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Tabela 2 Matriz de erros do classificador MaxVer.

Fonte: A autora, 2015

Na classificação realizada pelo MaxVer a Floresta foi a fitofisionomia com melhor Exatidão do Produtor, seguida, pelo Manguezal (58% e 34%, respectivamente). Novamente as classes Restinga e Transição apresentam menor Exatidão do Usuário (8% e 20%, respectivamente).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentre os classificadores utilizados, o resultado apresentado pelo classificador

Bhattacharyya é o que demonstrou maior exatidão com a realidade de campo. Isto ocorreu

pelo fato desse método de classificação prescindir da delimitação das regiões similares (segmentação). Uma dificuldade encontrada foi à fase de obtenção da imagem segmentada, pois se devem realizar diversos testes para encontrar o limiar de segmentação adequado, cada teste pode demorar entre minutos até horas de processamento.

Apesar do índice Kappa indicar que o mapeamento foi considerado como “Bom”, após a análise dos Erros do Produtor e Usuário, percebe-se que foi possível identificar, uma alta concordância, entre as classes de Floresta e Manguezal, ao passo que, as classes de Restinga e Transição tiveram alto nível de confusão, a despeito do grande esforço realizado na etapa de treinamento/coleta de amostras.

Isso se explica devido a proximidade da resposta espectral de ambas as fitofisionomias, dificultando a sua separação, resultando em uma classificação de baixa precisão. Esse baixo índice Kappa pode ser atribuído, também, ao padrão de amostragem adotado (padrão aleatório e área pixel), pois pode afetar a construção da matriz de erros e, consequentemente, mascarar o resultado final.

O classificador Bhattacharyya aplicado na imagem de satélite WordView 2 foi hábil na identificação grosseira das classes de interesse, entretanto, apresentou alta confusão entre as classes de Transição e Manguezal, ambos focos desse estudo. Recomenda-se para futuros estudos a utilização de métodos de classificação supervisionada orientada ao objeto.

Agradecimentos

Agradeço a todos que acompanharem o desenvolvimento desse TCC, sejam pelas conversas, dicas, ou ainda, pela paciência. Um especial agradecimento àquelas pessoas que disponibilizam artigos, teses, tutoriais, vídeos gratuitos na internet, certamente esse artigo teria outro rumo se não houvesse esse suporte.

1 - Floresta 2 - Restinga 3 - Transição 4 - Manguezal 5 - Sedimento 6 - Gramado 7 - Demais áreas 8 - Corpos d'água Total de amostras classificadas (pixels ) 1 - Floresta 58 16 10 19 3 13 0 1 120 2 - Restinga 10 8 7 9 5 16 4 1 60 3 - Transição 19 24 20 15 1 16 2 1 98 4 - Manguezal 13 29 39 34 17 24 1 0 157 5 - Sedimento 0 0 3 2 49 2 17 1 74 6 - Gramado 0 21 19 17 18 25 7 0 107 7 - Demais áreas 0 1 2 3 5 3 63 2 79 8 - Corpos d'água 0 0 0 1 2 0 4 94 101 Total de amostras coletadas (pixels ) 100 100 100 100 100 100 100 100

Exatidão do Produtor (%) 58 8 20 34 49 25 63 94 Índice Kappa

Exatidão do Usuário (%) 48,33 13,33 20,41 21,66 66,22 23,36 79,75 93,07 0,35 Amostras de Referência C la ss if ic a çã o

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