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Formação continuada para mediadores tecnológicos do município de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso

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Academic year: 2020

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Universidade do Minho

Instituto de Educação

outubro de 2017

Formação Continuada para Mediadores

Tecnológicos do Município de Nova Iguaçu

(Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso

Tatiana Eliza Gomes de Carvalho da Silva

F

ormação Continuada para Mediadores T

ecnológicos do Município de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso

UMinho|2017

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Tatiana Eliza Gomes de Carvalho da Silva

outubro de 2017

Formação Continuada para Mediadores

Tecnológicos do Município de Nova Iguaçu

(Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso

Universidade do Minho

Instituto de Educação

Trabalho realizado sob a orientação do

Doutor José Alberto Lencastre

Dissertação de Mestrado

Mestrado em Ciências da Educação

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II

DECLARAÇÃO

Nome: Tatiana Eliza Gomes de Carvalho da Silva Endereço electrónico: tatianaelizagc@gmail.com Telefone: +55 21 98711 1406

Número do Bilhete de Identidade: 202.275.59-0

Título da dissertação:

Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos do Município de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso

Orientador: Doutor José Alberto Lencastre Ano de conclusão: 2017

Designação do Mestrado: Mestrado em Ciências da Educação Área de Especialização: Tecnologia Educativa

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA TESE/TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

Universidade do Minho, ____/____/_____

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III

Dedicatória

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do meu destino, meu guia e socorro presente na hora da angústia.

Aos meus pais, Manuel Joaquim de Carvalho e Eloiza Gomes de Carvalho, pelo carinho e compreensão permanecendo ao meu lado em todos os momentos da minha vida.

Ao meu esposo, Luiz Carlos da Silva Filho, pelo incentivo, parceria, paciência, força e amor, que de uma forma especial е carinhosa me deu coragem, me apoiando nos momentos dе dificuldades e em todos os dias de nossas vidas desde a nossa união.

A minha irmã, Suzana Beta Bittar, que é tão importante na minha vida e está sempre próxima a mim, me dando coragem e força para seguir nos momentos difícieis.

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V

Agradecimentos

Ao professor Doutor José Alberto Lencastre, que foi um ótimo professor e um ótimo orientador. Não me deixou sofrer em nenhum momento da dissertação, esteve sempre disponível a me ajudar, me concedendo atenção e muitos ensinanentos, sendo grande incentivador na superação dos meus limites.

Ao professor Doutor Bento Duarte da Silva por toda atenção, auxílio e dedicação enquanto professor e em todo o caminho até a conclusão deste trabalho.

A minhas queridas amigas e companheiras de trabalho, Ana Valéria de Figueiredo da Costa e Vanessa Monteiro Ramos Gnisci, pelo incentivo para iniciar o curso e no decorrer dele me fazendo acreditar que tudo daria certo.

A equipe de trabalho e os professores Mediadores Tecnológicos que participaram pesquisa e colobararam com as informações presentes no trabalho.

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VII

Título: Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos do Município de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro, Brasil): um estudo de caso.

Resumo: Aproveitando a criação dos Laboratórios de Informática Educativa nas escolas da Rede Pública Municipal de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro, Brasil), o presente estudo visa apresentar o programa de formação continuada facultada aos Mediadores Tecnológicos das escolas abrangidas. O estudo pretende compreender como esses profissionais colocaram em prática a formação recebida, que tipos de tecnologias eles têm acesso na escola e no seu cotidiano, e como são realizadas as atividades práticas com os alunos usando as Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs).

O estudo conta uma metodologia qualitativa e interpretativa, com um design de estudo de caso, já que segue o objetivo de compreender os significados que os intervenientes no estudo (os Mediadores Tecnológicos) dão às ações em que se envolvem. A recolha de dados recorreu a inquérito por entrevista coletiva do tipo focus group, com o objetivo de compreender e analisar a formação que foi oferecida a estes profissionais, como compreenderam o processo de formação continuada e o quanto esta contribuiu para sua(s) prática(s) educativa(s). A entrevista coletiva é altamente valorizada como ferramenta de pesquisa qualitativa, principalmente pela sua capacidade de gerar conhecimentos aprofundados sobre um tópico de uma forma eficiente e atempada.

Ambicionamos com este estudo apreciar o processo formativo ocorrido entre 2008-2016, em que estivemos envolvidos, contribuindo para a formação continuada de professores para que a educação aperfeiçoe esse profissional e seja baseada em experiência dos docentes e dos alunos.

Considerando o processo formativo da data compreendida, concluimos que a formação dos professores possibilitou o acesso de informações as TDICs e iniciou uma discussão sobre Mediação Teconológica que possibilitou uma nova postura aos professores. Acrescenta-se a Mediação Pedagógica realizada pelo professor em orientar e direcionar os alunos no uso das tecnologias existentes nas escolas, assim como estabeleceu uma interação entre professor e aluno.

Concluímos que a formação dos professores, no que tange às TDICs e as concepções dos docentes participantes da pesquisa influencia diretamente nas práticas pedagógicas em curso nas unidades escolares, bem como proporciona relevante aspecto no desenvolvimento da aprendizagem dos envolvidos. Desta forma, apresenta variante primordial para a qualidade do trabalho do educador.

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IX

Title: Continued Education for Technological Mediators of Nova Iguaçu city (Rio de Janeiro, Brazil): a case study.

Abstract: Making use of the Educational Informatics Laboratories’ creation in the schools of Nova Iguaçu Municipal Public Network (Rio de Janeiro, Brazil), this study aims to present the continu ed education program offered to the Technological Mediators of the schools covered. The study intends to understand how these professionals have put the training received into practice, to what types of technologies they have access in school and on their daily lives, and how the practical activities are performed with the students by the use of Digital Technologies of Information and Communication (TDICs) .

The study has a qualitative and interpretative methodology, with a case study design, since it follows the objective of understanding the meanings that the stakeholders in the study (the Technological Mediators) give to the actions in which they are involved. Data collection was based on an inquiry done by a focus group collective interview, with the objective of understanding and analyzing the training that was offered to these professionals, how they understood the ongoing training process and how much it contributed to their Educational practice(s). The collective interview is highly valued as a qualitative research tool, mainly for its ability to generate in-depth knowledge about a topic in an efficient and timely manner.

It was aimed with this study to evaluate the training process that took place between 2008-2016, in which we were involved, contributing to the teachers’ continued education so that education would improve this professional and be based on the experience of teachers and students.

Considering the formative process of the realized period, we conclude that the training of teachers enabled the access of information about TDCIs and initiated a discussion on Technological Mediation that made a new posture for teachers possible. The teacher’s Pedagogical Mediation in guiding and directing the students in the use of existing technologies in schools is added, as well as, an established interaction between teacher and student.

We conclude that the training of teachers, concerning the TDIC and the participating teachers’ conceptions in the research directly influence the pedagogical practices in progress in the school units, along with providing a relevant aspect in the learning development of the involved ones. In this way, it presents a primordial variant for the quality of the educator's work.

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XI

Índice

Lista de Figuras ... XIII Lista de Quadros ... XV Lista de Tabelas ... XVII

INTRODUÇÃO ... 19

1.1. Contextualização do estudo... 19

1.2. Identificação do Problema ... 20

1.3. Objetivo geral do estudo ... 21

1.4. Objetivos específicos ... 21

1.5. Relevância do estudo ... 21

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 23

2.1. Formação Continuada de Professores no Brasil ... 23

2.2. Processo Formativo de Mediadores Tecnológicos de 2008 a 2016 ... 32

3. METODOLOGIA ... 47

3.1. Descrição do Estudo ... 49

3.2. Calendário de atividades ... 53

3.3. Participantes ... 53

3.4. Método e técnicas de recolha de dados ... 55

3.5. Método e técnicas de análise dos dados ... 55

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ... 57

4.1. Branstorming... 57

4.2. Focus Group I e II ... 66

5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E RECOMENDAÇÕES... 73

5.1. Conclusão ... 73

5.2. Limitações do estudo ... 77

5.3. Recomendações ... 78

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 79

ANEXOS... 83

Anexo 1: Transcrição do Branstorming de 13 de dezembro de 2016... 83

Anexo 2: Transcrição Focus Grupo 29 de março de 2017. ... 94

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XIII

Lista de Figuras

Figura 1 - Gráfico de Distribuição do ProInfo Urbano. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC) ... 33 Figura 2 - Gráfico de distribuição do Programa Banda Larga nas Escolas. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC) ... 33 Figura 3 - Gráfico de distribuição do Projetor ProInfo. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC) ... 34 Figura 4 - Gráfico de distribuição da Lousa Digital. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC) ... 35 Figura 5 - Gráfico de distribuição do Proinfo Rural. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC) ... 35 Figura 6 - Convite criado no WhatsApp para a sessão de Brainstorming ... 49 Figura 7 - Slides utilizados no brainstorming ocorrido no dia 13 de dezembro de 2016. ... 58

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XV

Lista de Quadros

Quadro 1 - Curso Tecnologias da Informação ... 43

Quadro 2 - Curso Elaboração de Projetos ... 43

Quadro 3 - Curso Introdução à Educação Digital ... 43

Quadro 4 - Curso Redes de Aprendizagem ... 44

Quadro 5 - Questões para objetivo 1 ... 58

Quadro 6 - Questões para objetivo 2 ... 59

Quadro 7 -Questões para objetivo 3 ... 61

Quadro 8 - Questões para objetivo 4 ... 62

Quadro 9 - Discussão referente ao primeiro objetivo da pesquisa ... 67

Quadro 10 - Discussão referente ao segundo objetivo da pesquisa ... 69

Quadro 11 - Discussão referente ao terceiro objetivo da pesquisa ... 70

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XVII

Lista de Tabelas

Tabela 1- Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos 2013 a 2016 ... 41 Tabela 2 - Número de participantes por cada sessão de focus group ... 54

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INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização do estudo

Em novembro de 2008 a Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro – Brasil) passou por uma troca de gestão política. Nessa altura, surgiu o convite para assumir o ProInfo1 – Programa Nacional de Informática Educacional do Ministério da Educação. Na ocasião não existia nenhum Laboratório de Informática na Rede Municipal de Ensino, e o desafio era implementar dezessete laboratórios num prazo curto de tempo. Quatro anos depois, em 2012, 90% das escolas municipais de Nova Iguaçu já tinham suas escolas equipadas com o ProInfo e com eles mais tecnologias como Internet, Projetor e Lousa Digital. A tecnologia por si só não traz melhorias para a educação, é preciso que os professores façam a mediação do trabalho para oportunizar as crianças um ensino de qualidade com acesso as diferentes tecnologias da educação e as diversas oportunidades que elas podem oferecer para a qualidade de um ensino melhor.

O programa equipava as escolas com computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais, mas o município não disponibilizava um profissional para trabalhar com essas tecnologias. Os professores regentes de turma não tinham iniciativa de utilizar o laboratório e a direção da escola tinha medo de algum professor utilizar o material. O maior desafio foi provar para os gestores da Secretaria de Educação que era preciso um professor para atuar nos Laboratórios de Informática Educativa do ProInfo e que esses professores estivessem capacitados para tal função. A dificuldade para conseguir realizar esse projeto justifica-se pelo ônus que geraria ao município.

De alguma maneira esse trabalho pedagógico precisava acontecer e, então, a proposta foi iniciar um projeto piloto com duas professoras que receberam formação e tiveram acompanhamento do trabalho que vinha sendo desenvolvido. As aulas de Informática Educativa ministradas por elas tiveram acompanhamento e esse acompanhamento provou a diferença que faz um professor de Informática Educativa na escola. A partir deste início, o

1 Programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação

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projeto foi a capitação de um Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM)2 para oferecer formação na área tecnológica e pedagógica para todos os professores da rede de ensino.

Com o projeto piloto das professoras e com a implementação do NTM, foi possível aumentar progressivamente o número de professores formados, que chegou a 72 (setenta e dois) no final do ano de 2015. Esses professores foram designados a atuar como Mediadores Tecnológicos e ministrar aulas de Informática Educativa nas suas respetivas escolas.

Os Mediadores Tecnológicos faziam encontros mensais de Formação Continuada em Tecnologia Educacional, cursos com encontros semanais de Introdução à Educação Digital, Elaboração de Projetos, Tecnologias da Educação e Redes de Aprendizagem, além de oficinas práticas para aprender Cloud, Jogos, Leitura e escrita no contexto digital, entre outras.

1.2. Identificação do Problema

Com o crescente surgimento das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) nas unidades escolares que compõe a Rede Pública Municipal de Nova Iguaçu, foi necessário designar um professor para trabalhar com essas tecnologias na escola. Esse professor, denominado Mediador Tecnológico, atua no Laboratório de Informática Educativa do ProInfo ministrando aulas que lancem desafios, viabilizados por meio de criação de projetos de aprendizagem, priorizando a interdisciplinaridade, numa perspetiva pedagógica, fundamentando o trabalho em sala de aula. O objetivo é atender aos alunos no horário complementar – que é o contra turno do horário regular. Para exercer tal função, passou por processo seletivo com a Coordenação Técnico-Pedagógica do NTM da Cidade de Nova Iguaçu. De acordo com esta proposta, o Mediador levaria o aluno a compreender e buscar soluções digitais para as questões apresentadas, além disso, participar de reuniões pedagógicas, formações continuadas oferecidas pela Secretaria de Educação e cursos do NTM. Nesta visão, a aprendizagem é provocada e se traduz em movimento, a partir da ação do sujeito em interação com os objetos de conhecimento.

O Mediador Tecnológico deveria cursar os quatro módulos obrigatórios do ProInfo, via NTM, para atuar nos Laboratórios de Informática Educativa das Unidades Escolares que são: (1)

2 Núcleo de Tecnologia Municipal – NTM é um espaço criado, em parceria com o Ministério da Educação (MEC),

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Introdução a Educação Digital, (2) Elaboração de Projetos, (3) Tecnologias da educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC’s e (4) Redes de Aprendizagem.

1.3. Objetivo geral do estudo

Saber como os Mediadores Tecnológicos percepcionaram o processo de formação continuada oferecido no âmbito do ProInfo no período entre 2008-2016 e o quanto esta contribui para a sua prática educativa.

1.4. Objetivos específicos

 Estimar o impacto nos formandos do Programa de Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos do Município de Nova Iguaçu, no período compreendido entre novembro de 2008 e março de 2016.

 Analisar como é que os Mediadores Tecnológicos compreendem o processo de formação continuada e o quanto esta contribui para sua prática educativa.

 Determinar que tipos de tecnologias tem atualmente os Mediadores Tecnológicos na escola e no seu cotidiano e como são realizadas as atividades práticas com os alunos usando as TDICs.

 Avaliar criticamente a(s) estratégia(s) didática(s)-pedagógica(s) que os Mediadores Tecnológicos usam para ensinar os alunos.

1.5. Relevância do estudo

Numa abordagem de Mediação Tecnológica o estudo proposto converge numa visão ampla da importância do papel do professor nos Laboratórios de Informática Educativa das escolas do Município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro – Brasil.

Revisitamos o processo formativo dos Professores Mediadores Tecnológicos no período de novembro de 2008 a março de 2016 e exporemos como a formação contribuiu para uma aprendizagem mais participativa, integrada e transformadora com os alunos.

Com a visão que a tecnologia pode ser utilizada como uma ferramenta para oferecer recursos inovadores aos alunos e ajudar os professores a criarem novos projetos de ensino com as TDICs permitindo a educação incorporar novas possibilidades de aprendizagem.

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Contudo entendemos que a relevância do estudo é contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas e também planejar estratégias de ensino e aprendizagem integrando recursos tecnológicos disponíveis e criando situações de aprendizagem que levem os alunos à construção de conhecimento, à criatividade, ao trabalho colaborativo e resultem efetivamente na construção dos conhecimentos e habilidades esperados.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Formação Continuada de Professores no Brasil

A educação surgiu no Brasil em 1549, com a chegada dos sacerdotes jesuítas, com o intuito de “salvar os índios”, nesse momento era distante o compromisso para a construção do conhecimento e desenvolvimento das faculdades humanas. Por ser uma educação doutrinária, voltada para moral cristã, a preocupação com a formação de professores não surge neste momento, tal período o educador estava a serviço da Igreja com a missão de “civilizar”, “pacificar” e “converter” os índios e tratar da condução da educação para a elite.

Não havia recursos financeiros e materiais para o ensino, que tornava-o precário. O professor assumia o papel de catequizador e contribuia com controle das massas, seu espaço de ensinamento caracterizado por sala de aula produzia um ensino mecanicista que os preparava para ler, escrever e contar para ser mão-de-obra. Naquele momento não pensavam em ensino de qualidade ou simplesmente não sabiam como fazê-lo.

A preocupação com a formação continuada dos professores no ensino básico aconteceu posterior a esse período, até o século XIX nada se fez em relação a formação inicial do professor.

A formação inicial de professores primários surgiu na velha república. A primeira escola normal no Brasil foi criada na cidade de Niterói, pertencente ao Estado do Rio de Janeiro, no ano de 1835 e, a partir desta, várias outras foram sendo instituídas. No ano de 1880 foi criada a Escola Normal da corte, que sugeria uma maneira audaciosa de formar os professores na prática, com uma grade de disciplinas que tinham como objetivo um caráter científico para formação deste profissional.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1971 faz a substituição das Escolas Normais pela habilitação específica de Magistério, com a LDB de 1996, a formação de educadores passa a ocorrer em nível superior, em cursos de graduação plena: surgem os Institutos Superiores de Educação e as Escolas Normais Superiores.

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A relevância dada à educação popular nesse período propiciou a constituição de representações sobre a profissão docente, o professor passou a ser responsabilizado pela formação do povo, sendo portador de uma nobre missão cívica e patriótica.

Falar no período histórico da formação no Brasil perpassa por uma inovação ao exigir uma atualização dos professores. Um bom professor primário era provido de experiência ao ter alcançado um modo de ensinar e mantido essa metodologia com base em modelos de aula criados por ele próprio e utilizado por inúmeras vezes, conhecido como saberes da experiência ou saberes do professor que garante essa qualidade de ensino.

Para Pimenta (2002, p. 20) os saberes da experiência são aqueles advindos da história de vida, das relações que os docentes, ou estão em formação para exercer este ofício, obtiveram ao longo de suas vidas no contato com a escola.

A história dos professores de primeiro e segundo segmentos no ensino público brasileiro é conhecida como: ““[…]um grupo tão diverso em seu interior e submetido a condições tão distintas por todo o país […]” (Vicentini & Lugli, 2009, p. 24).

Na década de 50 começa a se questionar essa qualidade de ensino a partir de uma ação Internacional de Combate ao Analfabetismo, no contexto da Guerra Fria, com políticas internacionais de modernização da educação. No Brasil começam a se efetivar acordos internacionais entre a Organização dos Estados Americanos, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Ministério da Educação (MEC) e o INEP que mobilizaram especialistas para produção de conhecimentos cientificamente fundamentados sobre o ensino no Brasil, isso acendeu uma base de conhecimento cientifico sobre o ensino no país.

No ano de 1955 é celebrado um acordo internacional para instalar no país um conjunto de Centros Regionais de Pesquisas Educacionais em cinco estados e um Centro Brasileiro de Pesquisas Internacionais no Rio de Janeiro. Esses centros de pesquisas produzirão informações cientificas, pesquisas sobre o ensino brasileiro e formação especializada com base nessas pesquisas para gestores e professores por todo o Brasil e pela América Latina. A função desses centros é fazer pesquisa e oferecer formação, vão permitir que os técnicos em educação (formandos em pedagógica) pudessem ter um espaço maior em recomendações

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educacionais e produção de conhecimento maior sobre educação. [...] As lutas dos professores motivaram a construção de discursos em favor da autonomia do trabalho pedagógico, cada vez mais proclamada pelas associações docentes, pelos estudiosos na área da educação por parte da administração do ensino (p. 223).

Os cursos disseminam a ideia de que um bom professor é aquele que se atualiza e mobilizam conhecimentos científicos para o ensino, descontruindo a imagem do professor que tinha como valor a repetição de uma formula que teoricamente dava certo. Esse professor perde espaço e começa a ser desvalorizado, para que emerja a figura do professor que se atualiza, do professor moderno, que usa novos métodos de ensino, referentes a época, como cartazes e lousas, não se amedrontando de mobilizar recursos didáticos pedagógicos.

O professor que utilizava o método da repetição, que teoricamente dava certo, passa a perder espaço e ser desvalorizado, para que emerja a figura do professor modernizado, que não teme a utilização de recursos que não sejam da sala de aula tradicional. Isso ocasiona uma mudança social na imagem do professor e no tipo de conhecimento no qual o bom professor se embasa.

É importante dizer que no Brasil, a política educacional, no que tange a universalização da educação básica nunca recebeu devida prioridade. Foi a partir da Constituição de 1988 - Lei fundamental e suprema do país que pode ser considerada o auge de todo o processo de redemocratização brasileira – que grandes transformações começaram a ocorrer e a educação se tornou, finalmente, um direito dos cidadãos brasileiros.

Pós-Constituição, aconteceram várias reformas e propostas de aperfeiçoamento da Educação. Durante 35 anos, o que resulta em mais de três décadas, a estrutura e o funcionamento do curso de formação docente tiveram a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) como fundamento legal. Com a nova LDB 9.394/96, os cursos passaram a ser objetos de reflexão e questionamento, a lei falava sobre as finalidades e fundamentos da educação, a formação e a experiência docente e a valorização do magistério.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, bem como legislações posteriores, fortaleceram, por sua vez, o papel dos cursos de pedagogia e das licenciaturas,

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apostando na suposição de que o aumento do grau de escolaridade traria automaticamente mais qualidade ao corpo docente da Educação Básica. A LDB 9.394/96 no Art. 62 diz que:

“A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.

É preciso, antes de tudo, entender que a formação do docente, independentemente de sua área de atuação, não se encerra com a graduação ou outra formação inicial que o habilita para ingresso ao magistério. Ao se deparar com situações, estruturas e desafios tão diversos, com novos paradigmas que emergem da perspectiva do saber como conhecimento integrado e multifacetado, a formação continuada para o docente ganha importante dimensão tanto em sua formação pessoal, profissional, quanto para sua prática pedagógica efetiva. Segundo Libâneo (2004, p. 227):

“A formação continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. De fato, não basta saber sobre as dificuldades da profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações coletivas.” (Libâneo, 2004, p. 227).

A formação continuada de professores que se encontram na prática da sala de aula certamente representa um dos grandes desafios na educação. Muitas das inovações tecnológicas e novas concepções educacionais que poderiam ser inseridas no cotidiano escolar não partem das experiências e reflexões com o próprio professor, que conhece as necessidades e contextos em que está inserido.

A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar estatuto ao saber da experiência (Nóvoa, 1995, p.25).

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No que se refere à formação continuada neste estudo, far-se-á indispensável à compreensão de como a teoria e metodologias de programas do sistema educacional podem se relacionar na prática de professores através dos processos formativos implementados no contexto em recorte. Pensar em tecnologia e todos os saberes envolvidos através de seus diversos instrumentos e possibilidades na escola pressupõem refletir sobre o saber docente e a epistemologia de sua prática. É preciso considerar as estratégias de formação no domínio das TIC devem ser variadas, quer ao nível dos conhecimentos, quer ao nível das metodologias. (Silva, 1998)

Nóvoa (1995) alerta para o fato da formação docente como importante contribuição para a prática educativa que não requer apenas o domínio de conteúdos disciplinares ou técnicas de transmissão de conhecimentos, mas uma relação efetiva e dialógica entre teoria e prática. O primeiro passo de caminhada na área tecnológica teve início na década de 1970, através do projeto Educação com Computador – Educom. Tal projeto é responsável que começa a ser criada uma ioneiro na cultura nacional no uso das TIC para educação, implementado entre 1984 e 1989 nas universidades UFPE UFMG UFRJ UFRGS e UNICAMP, conforme documentado por Andrade e Lima (1993).

O projeto contribuiu para implementar centros de informática conforme afirma Bielschowsky: “...o Educom, que fomentou o uso do computador como ferramenta para provocar mudanças pedagógicas orientadas por estratégias que sejam facilitadoras do processo de aprendizagem, dentre as quais a estratégia de desenvolvimento de projetos, que contribuiu para a implementação de Centros de Informática de Educação de 1º e 2º graus – CIEd, em parceria com secretarias estaduais de educação. (Bielschowsky, 2009, p.15).

Esses espaços oportunizam aos professores inovarem nas estratégias de aprendizagem que favoreçam o aprendizado.

Um dos conceitos fundamentais que embasam a dissertação é como as tecnologias atuais podem contribuir no espaço da escola. Na formulação desse conceito entendemos como importante a análise de Moran: “com as tecnologias atuais a escola pode transformar-se em

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um conjunto de espaços ricos de aprendizagem significativas, presenciais e digitais, que motivem os alunos a aprender ativamente, a pesquisar o tempo todo, a serem proativos, a saber tomar iniciativas e interagir.” (Moran, 2013, p. 31). O professor torna-se protagonista para integrar as tecnologias conforme afirma (Silva, 2001, p.17): “a chave para essa integração que em muitos casos representa uma proposta de mudança num bom número de concepções educativas e em muitos aspectos organizativos, funcionais, metodológicos e relacionais do nosso sistema escolar, está na formação dos professores.”

Durante um período no Brasil o Governo Federal realizou um trabalho de implementação da inclusão digital nas escolas públicas através do Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo. Tal projeto contemplava as escolas com Internet Banda Larga, Laboratório de Informática, Projetor e Lousa interativa. Investiram uma verba grandiosa em equipamentos e infraestrura, cada Município que aderisse o programa assinava um termo de responsabilidade e se responsabilizaria pela contrapartida que era a adequação da escola para receber os equipamentos e a formação dos professores. As tecnologias começaram a chegar na escola e teoricamente a escola já estaria informatizada.

“Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto.” (Almeida, 2011, p.71).

As tecnologias chegaram à escola, elas se concentram basicamente em uma única sala, denominado Laboratório de Informática Educativa. Os professores viam o espaço como mais trabalho a fazer ou algo a cumprir e não como um material de apoio a favor do conhecimento, eles não se sentiam pertencentes, não estavam preparados ara recebê-lo.

Nesse contexto, foi preciso pensar num grupo de professores que pudessem fazer uso das Tecnologias. Fez-se necessário repensar o ensino, parar e fazer um novo projeto para essas tecnologias, sobretudo preparar os professores para fazer um bom uso do material.

“A pedagogia de projetos, hoje largamente utilizada especialmente em países europeus, foi pioneiramente introduzida no Brasil no Proinfo é pedra fundamental

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deste programa. Trata-se, por exemplo, de permitir aos alunos a realização de trabalhos de pesquisa nos laboratórios de informática, alcançando o mundo através da internet em um contexto pedagógico no qual a participação dos professores é fundamental, pois são os orientadores no percurso. A possibilidade de utilizar objetos educacionais interativos no desenvolvimento de processos cognitivos também merece destaque, especialmente para crianças mais novas.” (Bielschowsky, 2009, p.16) Trabalhar com projetos no âmbito da tecnologia significa repensar o sistema educacional para não correr o risco de alocar as tecnologias sem a responsabilidade de formar os profissionais. Talvez o maior problema tenha sido a dinâmica de organização das escolas hoje desde os currículos até a falta de autonomia dos professores. Silva afirma que:

“A contribuição para a gestão da flexibilização do tempo e do espaço escolares e para a adaptação curricular passa pela possibilidade de se estabelecer uma comunicação permanente entre os conteúdos a aprender e os alunos, a qualquer hora e desde qualquer ponto da rede, permitindo também que o professor faça alterações necessárias ao seu programa, ajuste conteúdos e o seu modo de apresentação às características e necessidades dos alunos.“ (Silva, 2002, p. 13).

As TDICs estão cada dia mais presentes na escola e permitem que a educação incorpore novas possibilidades de colaboração de aprendizagem, permitindo múltiplas formas de ensinar caminhando para uma realidade cada vez mais ligada à flexibilidade que permite ao professor ensinar de muitas maneiras. Sobre as reflexãos acerca das TIC (Silva, 2001):

“TIC permitem pensar as escolas como comunidades de aprendizagem construídas com base na partilha de motivações comuns, de afinidades de interesses, de conhecimentos, de actividades, de projectos, num processo de cooperação e interacções sociais entre escolas e outras instituições comunitárias, entre autores e leitores, independentemente das proximidades geográficas e domínios institucionais.” (Silva, 2001, p. 13).

São diversas as reestruturações, novas propostas pedagógicas, tudo para fazer com que a educação acompanhe o ritmo da evolução e atenda melhor os alunos. Para que isso aconteça, é importante que a educação forme esse profissional e que essa formação seja baseada em

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experiência dos professores e dos alunos. A formação do professor deve ser em prol da construção do conhecimento pelo aluno. Silva (2000) fala sobre a relevância da formação no domínio das TIC e que elas devem estruturar-se sobre três domínios científicos, considerenado que as mesmas dever ser variadas quanto ao nível do conhecimento e das metodologias.

i) saberes de carácter instrumental e utilitário, domínio que designam por alfabetização informática;

ii) saberes e competências ao nível da pesquisa, selecção e integração da informação, com vista à transformação da informação em conhecimento;

iii) saberes no desenvolvimento de formas de expressão e comunicação em ambientes virtuais. (Silva, 2001, p. 17).

A chegada dos computadores na escola requer um repensar à prática docente e à formação do professor, assim como a mudança no currículo. É necessário inserir o computador e as demais tecnologias existentes hoje no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares na educação. Valente:

“[...] o computador como ferramenta, pode ser adaptado aos diferentes estilos de aprendizado, aos diferentes níveis de capacidade e interesse intelectual, às diferentes situações de ensino-aprendizagem. Além disso, o uso do computador como ferramenta é a que provoca maiores e mais profundas mudanças no processo de ensino vigente como a flexibilidade dos pré-requisitos e do currículo e a transferência do controle do processo de ensino do professor para o aprendiz (o aluno)” (Valente, 1999, p. 26).

Deste modo, entendemos que as TIC’s tornam-se cada vez mais relevante no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social aumentam de forma acelerada no meio em que vivemos. “Em 1989, o MEC instituiu o Programa Nacional de Informática Educativa – Proninfe –, com destaque para a capacitação de professores, técnicos e pesquisadores para o uso e gestão da tecnologia educacional mediante cursos de especialização lato sensu em informática na educação, em nível de pós-graduação. Nessa etapa, ocorreu o início da consolidação dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), com a migração dos CIEd e a criação de outros NTEs.” (Bielschowsky, 2009, p.15)

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Os Núcleos de Tecnologia Educacional propõe Formação continuada para professores no âmbito das tecnologias educacionais através do ProInfo Integrado, um programa de formação voltado para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. Outra plataforma que o MEC propõe é o e-Proinfo, um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem, administrado pelo Núcleo de Tecnologia Municipal de Nova Iguaçu, que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.

Quem educa e trabalha em escolas sente o impacto das mídias sobre o comportamento de seus educandos e de sua ação pedagógica. Passa a ser uma prioridade planejar e incluir as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) nos ambientes escolares e nas práticas curriculares como meio de garantir a formações necessárias para adquirir instrumentos fundamentais para o processo de construção do conhecimento, usadas e adaptadas para atender a fins educacionais.

Freire (1996, p. 39) afirma que “o momento fundamental é o da reflexão sobre a prática”. Diante desta situação, é importante que o professor aprenda a refletir sobre essa nova realidade e repensar sua prática, construindo novas formas de ação que permitam lidar com essa nova realidade assumindo o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno.

“Quanto melhor faça esta operação tanto mais inteligência ganha da prática em análise e maior comunicabilidade exerce em torno da superação da ingenuidade pela rigorosidade. Por outro lado, quanto mais me assumo como estou sendo e percebo outras razões de ser de porque estou sendo assim, mais me torno capaz de mudar, de promover-me no caso, do estado de curiosidade ingênua para curiosidade epistemológica.” (Freire, 1996, p. 39).

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Contudo, propor aos educadores uma reflexão sobre a sua prática, poderá auxiliá-los a atuar de maneira favorável ao aprendizado dos alunos. A formação continuada torna-se então um aspecto crucial na análise deste estudo, pois não basta a compreensão sobre o uso das tecnologias na escola, mas importa o questionamento de que forma é garantido ao professor oportunidades de desenvolvimento profissional nas temáticas referentes às novas tecnologias, além de sua formação pessoal e acadêmica, que efetivamente promovam práticas de qualidade no cotidiano escolar.

2.2. Processo Formativo de Mediadores Tecnológicos de 2008 a 2016

A Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro Brasil, assinou o termo de adesão do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, criado pela Portaria n.º 522, de 9 de abril de 1997 pelo Ministério da Educação – MEC.

Esse programa teve o objetivo de promover o uso pedagógico da informática nas escolas públicas de ensino fundamental e médio. Desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio da Diretoria de Infra-Estrutura em Tecnologias Educacionais (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais o programa visa introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação além de articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia. O ProInfo Municipal se ramifica em três segmentos: urbano, rural e upgarde.

O Sistema de Gestão Tecnológica – SIGETEC dá acesso para a captação de tecnologias para as Unidades Escolares, de acordo com o Art. 2 da Portaria 522 do Ministério da Educação: Os dados estatísticos necessários para planejamento e alocação de recursos do ProInfo, inclusive as estimativas de matrículas, terão como base o censo escolar realizado anualmente pelo Ministério da Educação e do Desporto e publicado no Diário Oficial da União.

A captação de computadores iniciou em novembro de 2008, os computadores começaram a ser instalados nas salas preparadas para recebê-los em janeiro de 2009.

Os gráficos abaixo demonstram quais tecnologias foram captadas pelo município de Nova Iguaçu e em qual período isso se deu. O primeiro gráfico mostra o Programa Nacional de Informática Educacional – ProInfo Urbano.

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Figura 1 - Gráfico de Distribuição do ProInfo Urbano. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)

Este Gráfico apresenta que o ProInfo Urbano teve sua implementação nas escolas municipais de Nova Iguaçu no ano de 2008. Essa distribuição foi referente aos computadores distribuidos as Unidades Escolares da Cidade de Nova Iguaçu. A linha do gráfico apresenta que a sua maior distribuição para a cidade foi no ano de 2010, quando capitou 68 kits de computadores. Cada kit distribuido no ano de 2008 era composto por 10 (dez) computadores, a partir da segunda distribuição no ano de 2009 cada kit possuia 18 (dezoito) computadores. Quando teve sua última distribuição em 2015, a cidade alcançou um total de 1672 (mil seiscentos e setenta e dois) computadores.

Figura 2 - Gráfico de distribuição do Programa Banda Larga nas Escolas. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)

A segunda distribuição foi o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), a gestão do Programa é feita em conjunto pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCOM), o

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Ministério do Planejamento (MPOG) e com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O Programa tem como objetivo conectar as escolas públicas à internet, rede mundial de computadores, por meio de tecnologias que propiciem qualidade, velocidade e serviços para incrementar o ensino público no País. Esse programa foi lançado no dia 04 de abril de 2008 pelo Governo Federal, por meio do Decreto nº 6.424 que altera o Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público – PGMU (Decreto nº 4.769). Em menos de um ano, após o lançamanto, a cidade de Nova Iguaçu já estava recebendo a conectivade. A proposta é que todas as escolas públicas tenham manutenção dos serviços sem ônus até o ano de 2025. Até março de 2016 o programa levou acesso à internet para 96 (noventa e seis) escolas do Município de Nova Iguaçu.

Figura 3 - Gráfico de distribuição do Projetor ProInfo. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)

A terceira distribuição foi o Projetor ProInfo, também é uma iniciativa do Ministério da Educação. Além de projetar imagens, ele é um computador com CD/DVD, acesso a Internet com WI-FI, áudio, microfone, USB, dentre outros serviços que o sistema operacional livre, Linux Educacional proporciona para o usuário. Ele contém uma série de recursos de interface e aplicativos livres, tudo em um só aparelho. O início dessa distribuição foi no ano de 2011, que teve maior volume com 47 (quarenta e sete) projetores, a distribuição continuou por 2012 e 2013, respectivamente 9 (nove) e 6 (seis) projetores. O total desses equipamentos foi de 62 (sessenta e dois) projetores distribuidos para as escolas da Rede Municipal.

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Figura 4 - Gráfico de distribuição da Lousa Digital. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)

A quarta distribuição foi a Lousa Digital, talvez a mais esperada pelos professores por ser de uma realidade mais próxima dos alunos. A lousa Digital funciona acoplada ao Projetor Proinfo acima citado. Eles são ligados por uma antena via wi-fi que permite uma excelente conecção, com isso ela reproduz o sistema operacional Linux Educacional do Projetor ProInfo mais opções de jogos e softwares que são utilizados por uma caneta específica para a lousa. Os gráficos acima trataram das questões referentes ao ProInfo Urbano, abaixo iremos apresentar um gráfico que trata do ProInfo Rural.

Figura 5 - Gráfico de distribuição do Proinfo Rural. Fonte de dados: Secretaria Municipal de Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)

O ProInfo Rural é destinado às escolas que ficam localizadas em áreas rurais ou de campo. A distribuição de computadores é feita numa quantidade menor do que o ProInfo Urbano. Nesse

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caso cada Kit é composto de 5 computadores, o que totatiliza uma distribuição de 65 (sessenta e cinco) computadores para essas escolas. Algumas dessas escolas receberam mobiliário, compostos por mesas e cadeiras para organização dos computadores. As escolas rurais também receberam conexão - a internet, viabilizada através do Governo Federal com a operadora telefônica TIM, via antena de rádio. Todas as escolas rurais da cidade de Nova Iguaçu receberam o computador interativo, concebido e desenvolvido pelas universidades federais de Santa Catarina e de Pernambuco, o seu diferencial é facilitar a interatividade. Ele foi desenvolvido ainda como um dispositivo leve e portátil, podendo ser levado pelos professores para qualquer sala da escola. O equipamento é interligado aos laboratórios ProInfo e contém teclado, mouse, portas USB, porta para rede wireless e rede PLC (Power Line

Communication - traduzindo para o Português do Brasil Comunicação via rede elétrica),

unidade leitora de DVD e um projetor multimídia. Ele opera como uma Lousa Digital, transformando a superfície de projeção em um quadro interativo.

É importante ressaltar que tudo isso foi possível porque o Censo Escolar era corretamente preenchido, pois a Equipe responsável pelo Censo Escolar e Estatística do Município sempre realizaram o trabalho com competência e seriedade.

De acordo com o Ministério da Educação “O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e o mais importante levantamento estatístico educacional brasileiro nessa área. É coordenado pelo Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação, e realizado em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.”3

Enquanto era feita essa estruturação de equipamentos tecnológicos no Município a equipe nunca deixou de pensar num profissional que atuasse com as diferentes tecnologias nas escolas.

Em 2008 existia uma equipe de Informática Educativa que atuava sob a coordenação da Subsecretaria de Gestão Pedagógica. Essa equipe apresentou as necessidades de ter professores da rede municipal para atuar com aulas de Informática Educativa.

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No determinado período não foi autorizado a liberação de professores para iniciar o trabalho, foi disponibilizado estagiários de nível superior, que estivesse cursando Pedagogia a partir do 3.º período. A proposta foi uma formação continuada para esse grupo, mas seguir com o trabalho era muito difícil, pois a remuneração era muito baixa, apenas 300 (trezentos) reais, isso ocasionava um grande fluxo de rotatividade fazendo com que eles não permanecessem por períodos longos. O trabalho não tinha continuidade.

Para o trabalho se fortalecer, foi criado o projeto de um Núcleo de Tecnologia Municipal, que oferta formação continuada aos professores da rede e assessoria as escolas da rede pública no uso pedagógico e na área técnica (hardware e software). Então se fosse autorizado, o projeto criado para receber o Núcleo de Tecnologia Muncipal, teríamos os professores concursados para receber formação continuada e atuar com aulas de Informática Educativa de acordo com o projeto incial.

Era preciso provar que o professor faria a diferença em atuar no Laboratório de Informática Educativa e ir além, ele iria trabalhar com as tecnolpogias existentes nas escolas.

Então, foram realizadas visitas na Escola Municipal Paul Harris, que em 2006 recebeu doação de computadores e tinham duas professoras que atuavam no espaço há algum tempo. O trabalho desenvolvido pelas professoras foi apresentado a Subsecretária Pedagógica e solicitada a liberação de uma professora para atuar em uma escola que havia recebido o kit do ProInfo e já tinha seu Laboratório de Informática Educativa montado. Enfim essa solicitação foi autorizada.

Em campo nas escolas e foi encontrada uma professora, que tinha pós-graduação em Informática Educativa e atuava na Escola Municipal Professora Dulce de Moura Raunhetti onde tinha o Laboratório de Informática Educativa do ProInfo montado. Essa professora passou por entrevista com a Equipe de Informática Educativa, na Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a equipe foi construído um projeto inicial para aulas de Informática Educativa para aquela comunidade escolar. Somando essas duas escolas, haviam três professoras atuando. O trabalho foi acompanhado e elas receberam suporte técnico e pedagógico. Pode-se dizer que a formação continuada iniciou com esse trabalho de busca de profissionais, entrevista, acompanhamento, reunião e construção de projetos.

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Enquanto era acompanhado o trabalho pedagógico desenvolvido com as três professoras nas duas Unidades Escolares, a equipe continuava a captação de equipamentos tecnológicos, como demostraram os gráficos acima.

No ano de 2012 a Secretaria Municipal de Educação recebeu uma nova secretária, que oportunizou a equipe de Informática Educativa apresentar o trabalho que vinha sendo realizado, colocar suas ideias e apresentar seus projetos. Com o projeto em mãos a equipe apresentou as propostas e deu as diretrizes para captação do tão esperado Núcleo de Tecnologia Municipal.

Sobre o Núcleo, foi desenvolvido um projeto Político Pedagógico de uso das TIC na educação e organizado junto a Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu a estrutura do Núcleo de Tecnologia Municipal - NTM. Na coordenação precisava de uma profissional que tivesse feito a Pós-Graduação ofertada pelo MEC em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Estado do Rio de Janeiro – PUC-RJ, o que tornou-se critério preponderante para a escolha da profissional. O projeto foi analisado e aprovado pelo Governo Federal, sendo criado o Núcleo de Tecnologia Municipal de Nova Iguaçu, com data de criação de 02 de julho de 2012, com Inep 01076689, localizado na Rua Luiz de Lima, S/N - Centro - Nova Iguaçu - Rio de Janeiro - Brasil.

Ainda em 2012, os computadores do NTM chegaram e logo após foi realizada a instalação do material. Não bastasse a luta, em 2013 um novo prefeito assumiu a pasta e designou uma nova gestão e tudo precisou ser reapresentado. O fato de existir um Núcleo de Tecnologia favoreceu a continuidade do trabalho. Pois o NTM pertencia ao Programa Nacional de Tecnologia Educacional e de acordo com o Art. 1.º do Decreto 6.300 de 12 de dezembro de 2007, ficam estabelecidos os seguintes objetivos:

I - promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas de educação básica das redes públicas de ensino: urbanas e rurais;

II - fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das tecnologias de informação e comunicação;

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IV - contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas;

V - contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e

VI - fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais

Foi com base nesse decreto que a equipe do NTM coordenada pela professora Tatiana Carvalho, juntamente com a equipe interdisciplinar de professores e técnicos qualificados para oferecer formação continuada aos professores da Rede Municipal de Ensino de Nova Iguaçu em Tecnologia Educativa, assim como a assessoria as escolas quanto ao uso pedagógico e na área técnica (hardware e software) de Tecnologias Educativas, sendo responsável pela integração tecnológica nas escolas públicas de Educação Básica da Cidade, foi autorizado pela nova gestão o processo seletivo de professores para atuarem como Mediadores Tecnológicos. O ano de 2013 iniciou com processo seletivo desses profissionais. Para exercer a função o professor precisava passar pelo processo seletivo junto à equipe do NTM. As segundas-feiras eram os dias de agendamento para as entrevistas com os professores, eles preenchiam uma ficha onde colocavam suas idéias acerca das aulas de Informática Educativa, entregavam seus documentos e conversam sobre sua atuação. Os professores que apresentavam perfil para a função recebiam email e automaticamente no setor de Recursos Humanos ele trocava a nomeclatura de Professor II para Mediador Tecnológico, podendo então exercer a nova função. Efetivamente em 2013 tinhamos 72 (setenta e dois) Mediadores Tecnológicos atuando nos Laboratórios de Informática Educativa do ProInfo e recebendo formações pelo Núcleo de Tecnologia Municipal.

No dia 16 abril de 2013 o NTM fez sua primeira aula inaugural na Universidade Iguaçu - UNIG, com a abertura dos cursos de Introdução a Educação Digital (IED) e Elaboração de Projetos (EP), ministrados por duas professoras do projeto piloto acima citado. No encontro foram abordados os seguintes temas: A importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no campo pedagógico, o papel do NTM na formação dos profissionais da

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educação e as contribuições do Ensino a Distância (EAD) para Formação dos professores. Esta aula não foi somente para os Mediadores Tecnológicos, mas para os Diretores das Escolas e demais professores da rede. Foi o primeiro encontro de tecnologia na Rede Municipal de Nova Iguaçu.

A divulgação dos cursos era enviada via ofício para as escolas, os professores interessados entravam no site: sites.google.com/site/ntmnoivaiguacu, para realizar a inscrição. Para cada curso eram abertas 30 (trinta) vagas, número máximo estipulado pela União dos Dirigentes Municipais de Educação do estado do Rio de Janeiro - Undime, instituição responsável pelos coordenadores dos Núcleos de Tecnologias dos Municípios e Estado do Rio de Janeiro.

Como refere Silva (2001, p.18) “A formação dos professores é o elemento chave, pois a integração depende do nível das suas decisões didácticas”. Efetivamente neste ano iniciou a formação para Mediadores Tecnológicos e demais Professores da rede conforme tabela abaixo:

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Tabela 1- Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos 2013 a 2016

Ano Período Tema Tipo professores N.º de

2013 Abril Aula Inaugural NTM Palestra 150

1.º Semestre Introdução à educação Digital Curso 30

2013 Elaboração de Projetos Curso 30

2013 2.º Semestre Introdução à educação Digital Elaboração de Projetos Curso Curso 30 30 2013 Outubro Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: A Evolução da

Tecnologia

Palestra 200

2013 Dezembro Culminância de Atividades Formação 50

2014 Março

I Encontro de Formação

Continuada: Apresentação do Guia de Ações e Práticas Educativas

Formação 70

2014 Maio

II Encontro de Formação Continuada: Gestão do

Conhecimento nas Tecnologias Educacionais

Formação 65

2014 Julho Criação de Blog Oficina 20

2014 Julho

III Encontro de Formação Continuada: trocas de experiências na informática educatuiva Formação 71 2014 Setembro IV Encontro de Formação Continuada: Inovando, aprendendo e compartilhando experiências. Formação 57 2014 Novembro

Africa N’Arte: Literatura e

Africanidades, recriando um conto africano através das tecnologias.

Oficina 48

2014 Dezembro

V Encontro de Formação

Continuada: Avaliando as Práticas Educativas da Tecnologia

Educacional

Formação 69

1º Semestre

Introdução à Educação Digital Curso 30

Elaboração de Projetos Curso 30

2015 Redes de Aprendizagem

Ensinando e Aprendendo com as

TIC’s Curso 30

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Ao observar a tabela acima é possível perceber que no ano de 2015 não aconteceram os cursos do NTM, nesse ano não foi disponibilizado bolsa aos professores. No entanto a equipe intensificou o número de Formações e Oficinas para que os Mediadores Tecnológicos tivessem todo o suporte.

Tabela 1. Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos 2013 a 2016 (Continuação)

Ano Período Tema Tipo professores N.º de

2015 2º Semestre

Introdução à Educação Digital Curso 30

Elaboração de Projetos Curso 30

Redes de Aprendizagem Curso 30

Ensinando e Aprendendo com as

TIC’s Curso 30

2015 Março

I Encontro de Formação Continuada: Atribuições do Profissional, Organização do Espaço e Práticas Educativas

Formação 67

2015 Abril Cloud: Aprendizagem na Nuvem Oficina 20

2015 Maio

II Encontro de Formação

Continuada: Entre o Y e o Z o que essa geração espera de nós?

Formação 64

2015 Junho Leitura e Escrita no contexto digital Oficina 20

2015 Julho

III Encontro de Formação Continuada: Informática

Educativa: sucessos, experiências e avaliações.

Formação 70

2015 Agosto

IV Encontro de Formação Continuada: Gamificação no

Ensino: Princípios e Aplicações Formação 69

2015 Setembro Oficina de Vídeo: entre em cena Oficina 20

2015 Outubro

V Encontro de Formação Continuada: Releitura de Obras:

Navegando na Imaginação Formação 66

2015 Outubro Aprendendo com o Facebook: Professor Conectado, aula show! Oficina 20 2015 Novembro

VI Encontro de Formação Continuada: Cenários que repercutem o aprendizado tecnológico Formação 70 2016 Março I Encontro de Formação Continuada: Atribuições do Profissional, Organização do Espaço e Práticas Educativas

Formação 50

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Nas formações eram concedidos temas diversificados dentro da área das tecnologias educacionais, ela tinha a duração de 4 (quatro) horas por encontro. As oficinas eram práticas para que os Mediadores já saíssem com materiais produzidos para trabalhar com os alunos e sua duração eram de 3 (três) a 4 (quatro) horas, dependia do tema. Os cursos tinham uma duração maior de 4 (quatro) a 6 (seis) meses com encontros quinzenais e atividades a distância, conforme a descrição abaixo:

Quadro 1 - Curso Tecnologias da Informação

Curso: Tecnologias de Informação e da Comunicação, ensinando e aprendendo com as TIC’s Período: 06 meses

Carga Horária Total: 60 horas Estrutura Curricular

Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola Unidade 2: Internet, hipertexto e hipermídia

Unidade 3: Currículo, projetos e tecnologia. Unidade 4: Prática pedagógica e mídias digitais

Proposta: planejar estratégias de ensino e aprendizagem integrando recursos tecnológicos disponíveis e criando situações de aprendizagem que levem os alunos à construção de conhecimento, à criatividade, ao trabalho colaborativo e resultem efetivamente na construção dos conhecimentos e habilidades esperados;

Quadro 2 - Curso Elaboração de Projetos Curso: Elaboração de Projetos

Período: 04 meses

Carga Horária Total: 40 horas Estrutura Curricular

Unidade 1: Projetos

Unidade 2: Currículo e Tecnologias Unidade 3: Projetos e Tecnologias

Proposta: identificar as contribuições das TIC para o desenvolvimento de projetos em salas de aula, compreender a história e o valor do trabalho com projetos e aprender formas de integrar as tecnologias no seu desenvolvimento, analisar o currículo na perspectiva da integração com as TIC e planejar e desenvolver o Projeto Integrado de Tecnologia no Currículo.

Quadro 3 - Curso Introdução à Educação Digital Curso: Introdução à Educação Digital

Período: 04 meses

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Quadro 3 – Curso Introdução à Educação Digital (continuação) Estrutura Curricular

Unidade 1: Tecnologias na sociedade e na escola

Unidade 2: Navegação, pesquisa na Internet e segurança na rede Unidade 3: Blogs: O quê? Por quê? Como?

Unidade 4: Elaboração e edição de textos Unidade 5: Cooperação ou (interação?) na rede Unidade 6: Cooperação pressupõe diálogo! Unidade 7: Projeção na sala de aula

Unidade 8: Resolução de problemas com a planilha eletrônica

Proposta: contribuir para a inclusão digital de profissionais da educação, preparando-os para utilizarem os recursos e serviços dos computadores com sistema operacional Linux Educacional, dos softwares livres e da Internet.

Quadro 4 - Curso Redes de Aprendizagem Curso: Redes de Aprendizagem

Período: 04 meses

Carga Horária Total: 40 horas Estrutura Curricular

Unidade 1: Cultura Midiática e Escola

Unidade 2: Cultura das Redes: Mapeamentos Fundamentais Unidade 3: Mídias Sociais e Escola – Caminhos para a Cidadania

Proposta: Preparar os professores para compreenderem o papel da escola frente à cultura digital, dando-lhes condições de utilizarem as novas mídias sociais no ensino.

Junto a essas formações era realizado o acompanhamento pedagógico, através de visitas nas Unidades Escolares. As visitas eram realizadas para acompanhar as atividades e culminâncias junto aos Mediadores Tecnológicos, auxiliar o professor na elaboração do Portfólio, articular atividades com os professores regentes ou montar a grade de horário para atendimento dos alunos.

Os Mediadores Tecnológicos registravam as atividades realizadas com os alunos num Portfólio Digital através do Google Drive. A equipe no NTM compartilhou com todos os Mediadores um link de acesso via e-mail onde eles poderiam construir individualmente e até mesmo simultaneamente o registro de suas atividades.

Além disso, o NTM tinha uma página no Facebook chamada NTM Nova Iguaçu, onde eles podiam publicar em tempo real atividades de sucesso e obter informações rápidas e precisas referentes a Formação Continuada. Ainda no Facebook existia um grupo fechado para publicarem duas atividades de sucesso durante o mês, dessa forma os professores teriam

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acesso a mais de 100 (cem) atividades mensais diversificadas para utilizarem, aprimorarem ou adaptarem de acordo com a realidade deles.

No ano de 2015, a Coordenadora do NTM, participou junto à Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação na criação da função de Mediador Tecnológico, oficializada através de Regimento Escolar e publicada em Diário Oficial do Jornal ZM Notícias do dia 24 de janeiro de 2015, conforme texto a seguir:

Seção III - Do Professor Mediador Tecnológico

Art.46 Define-se como Mediador Tecnológico o professor II que atua no Laboratório de Informática Educativa, visando uma perspectiva pedagógica, já que a informática fundamenta o trabalho desenvolvido em sala de aula.

Art. 47 São atribuições do Professor Mediador Tecnológico:

I. Atuar no laboratório ministrando aulas e utilizando os recursos tecnológicos, que promovem desafios viabilizados por meio da criação de projetos de aprendizagem, de uma forma a priorizar a interdisciplinaridade;

II. Estimular alunos na busca de soluções digitais para as questões apresentadas; III. Participar da elaboração e implementação do Projeto-Político-Pedagógico da Escola;

IV. Participar de reuniões Pedagógicas da Escola, Formações Continuadas oferecidas pela Secretaria de Educação e cursos Ministrados pelo Núcleo de Municipal de Tecnologia. Nesta visão a aprendizagem é provocada e se traduz em movimento, a partir da ação do sujeito em interação com os objetos de conhecimento;

V. Manter assiduidade, comunicando, com antecedência possíveis atrasos ou faltas.

Com isso o podemos perceber que de novembro de 2008 a março de 2016, o município captou Laboratórios de Informática Educativa e demais tecnologias citadas acima e um professor oficializado em lei para disseminar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação nas escolas municipais de Nova Iguaçu.

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3. METODOLOGIA

A opção metodológica seguida é a qualitativa e interpretativa. Segundo Creswell (2009, p. 26), a pesquisa qualitativa “é um meio para explorar e para entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano”. O processo de pesquisa envolve as questões e os procedimentos que emergem, os dados tipicamente coletados no ambiente do participante, a análise dos dados indutivamente construída a partir das particularidades para os temas gerais e as interpretações feitas pelo pesquisador acerca do significado dos dados. O autor afirma que o relatório final escrito tem uma estrutura flexível. Afirma ainda que aqueles que se envolvem nessa forma de investigacão apoiam uma maneira de encarar a pesquisa que honra um estilo indutivo, um foco no significado individual e na importância da interpretação da complexidade de uma situação.

Para este estudo, em função do contexto e dos objetivos definidos, optamos pelo estudo de caso. Segundo Yin (2001), um estudo de caso é uma investigação empírica que “investiga um fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos” (Yin, 2001, p. 32). O autor diz que quando se trata de responder a questões do tipo “Por que” ou “como” essa é a tática mais escolhida.

Yin diz que o estudo de caso “contribui, de forma inegualável, para a compreensão que temos de fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos” (Yin, 2001, p.21).

O estudo de caso permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real – tais como ciclos da vida individuais, processos organizacionais e administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de alguns fatores. É uma das muitas maneiras de se fazer pesquisa, pode ser baseado em experiências reais tendo valor significativo, que contribui para compreender melhor os fenômenos individuais e os processos organizacionais da sociedade. É uma investigação que trata sobre uma situação específica, procurando encontrar as características e o que há de essencial nela. Cada pesquisador do estudo de caso deve trabalhar com afinco para apresentar todas as comprovações de forma justa.

Imagem

Figura 1 - Gráfico de Distribuição do ProInfo Urbano. Fonte de dados: Secretaria Municipal de  Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)
Figura 3 - Gráfico de distribuição do Projetor ProInfo. Fonte de dados: Secretaria Municipal de  Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)
Figura 4 - Gráfico de distribuição da Lousa Digital. Fonte de dados: Secretaria  Municipal de  Educação (SEMED)/Sistema de Gestão Tecnológica (SIGETEC)
Tabela 1. Formação Continuada para Mediadores Tecnológicos 2013 a 2016  (Continuação)
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