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QuimFisica3Cap3 (Catálise Homogênea e Heterogênea)[Aula]

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Academic year: 2019

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Físico-Química III

Físico-Química III

Cinética Química

Cinética Química

Catálise Homogênea & Heterogênea

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Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

CONTEÚDO

– Velocidades das Reações Químicas.

– Dinâmica Molecular das Reações.

Catálise Homogênea & Heterogênea:

Catálise Homogênea: Características da Catálise Homogênea; Catálise Enzimática.

Catálise Heterogênea: Crescimento das Superfícies; Composição das Superfícies; Adsorção Física e Química; Isotermas de Adsorção; Velocidades de Processos nas Superfícies; Adsorção e Catálise; Exemplos de Catálise.

– Cinética das Reações Complexas. Programa da Disciplina: Conteúdo

Parte 1 Parte 2 Parte 3

Cont. Parte 4

6

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catalisador: Efeitos

– Um catalisador é uma substância que acelera uma reação, sem ser consumida no processo.

– Seu efeito líquido é o de diminuir a energia de ativação, através de uma rota que evita a etapa lenta.

– O catalisador não altera a termo-química da reação (propriedades como ΔHr e ΔGr não se modificam). Introdução

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catalisador: Definições

– Um catalisador homogêneocatalisador homogêneo é aquele que está na mesma fase da mistura reacional.

– Um catalisador heterogêneocatalisador heterogêneo é aquele que está em uma fase diferente da mistura reacional.

Uma enzima é um catalisador enzima

biológico (homogêneo) específico, com efeito marcante na velocidade. Introdução

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catalisador: Exemplos

A energia de ativação da decomposição do peróxido de

hidrogênio em solução aquosa é Ea = 76 kJ/mol.

●Esta reação é catalisada por íons iodeto, com Ea = 57 kJ/mol (aumento de ~2x103 na constante de velocidade).

Esta reação é catalisada pela enzima catalase, com E

a = 8 kJ/mol (aumento de ~1015).

Um exemplo de catálise heterogênea é o da hidrogenação do

eteno a etano, que ocorre na superfície de Pd, Pt e Ni.

O metal fornece uma superfície na qual os reagentes se ligam,

o que facilita os encontros entre as espécies.

Introdução

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea: Características

– Pode-se ter uma compreensão sobre a ação de um catalisador pela investigação da decomposição do peróxido de hidrogênio:

Acredita-se que a reação, catalisada por íons H

3O+ e I–,

ocorra com um mecanismo com pré-equilíbrio: Catálise Homogênea

H2O2+H3O +

k−1 k1

H3O2 ++H

2O

H3O2++I -→ k2

HOI +H2O

H2O2+HOI k3

H3O ++

O2 +I

-K '≃ [H3O2 +]

[H2O2][H3O +]

v2=k2[H3O2 +][I-]

(Etapa rápida) 2H2O2(aq)2H2O(ℓ)+O2(g)

(2)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea: Características

– Pode-se ter uma compreensão sobre a ação de um catalisador pela investigação da decomposição do peróxido de hidrogênio:

Acredita-se que a reação, catalisada por íons H

3O+ e I–,

ocorra com um mecanismo com pré-equilíbrio: Catálise Homogênea

+d[O2]

dt ≃kef[H2O2][H3O +][I-]

kef=k2K 'k2 2H2O2(aq) 2H2O(ℓ)+O2(g)

H2O2+H3O +

k−1 k1

H3O2 + +

H2O

H3O2 ++

I -→ k2

HOI +H2O

H2O2+HOI k3

H3O +

+O2+I

-11

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea: Características

– Pode-se ter uma compreensão sobre a ação de um catalisador pela investigação da decomposição do peróxido de hidrogênio:

Acredita-se que a reação, catalisada por íons H

3O+ e I–,

ocorra com um mecanismo com pré-equilíbrio:

O mecanismo proposto leva a

dependência correta com o pH do meio e a concentração de íons I–.

A energia de ativação observada é

a da constante efetiva kef. Catálise Homogênea

2H2O2(aq) 2H2O(ℓ)+O2(g)

+d[O2]

dt ≃kef[H2O2][H3O +][I-]

kef=k2K 'k2

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Enzimas são catalisadores biológicos homogêneos, constituídos por proteínas especializadas.

Possuem um sítio ativo, responsável pela ligação do sítio ativo substrato substrato

(reagente) e de sua subsequente reação, em uma via rápida.

A enzima é restaurada no final, através do retorno do sítio

ativo ao seu estado original após a liberação dos produtos.

Cada enzima possui um sítio ativo específico para a reação na

qual ela atua.

Devido a especificidade do sítio ativo, cada enzima é um

catalisador específico. Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Ex.: A catalase (hidroperoxidase) é uma enzima intracelular que atua na decomposição do peróxido de hidrogênio.

Os sítios ativos possuem

grupos heme (ferro-porfirina), responsáveis pelo controle da reação da proteína com o peróxido de hidrogênio.

Esta enzima é um tetrâmero,

onde cada um dos polipeptídeos contém mais de 500 aminoácidos. (60 kDa cada – 240 kDa no total) [Ou seja: 240 kg/mol] Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Ex.: A catalase (hidroperoxidase) é uma enzima intracelular que atua na decomposição do peróxido de hidrogênio.

Está presente em quase todos os organismos aeróbicos (que

são expostos ao oxigênio).

É utilizada pela indústria alimentícia, especialmente na de

laticínios, antes da produção de queijos.

Possui uma velocidade catalíticavelocidade catalítica (ou constante catalíticaconstante catalítica) das

mais altas dentre todas as enzimas.

Uma única enzima pode converter, a cada segundo, ~40

milhões de moléculas de H2O2 em H2O e O2!(*) Catálise Homogênea

(*) D. S. Goodsell, Catalase, RCSB Protein Data Bank, 2007.

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Reações controladas por enzimas podem ser inibidas por moléculas que interferem na formação dos produtos.

Muitas drogas utilizadas no tratamento de doenças funcionam

por inibição enzimática.inibição enzimática

Um importante tratamento da AIDS envolve o uso de um

inibidor de protease.

Esta é uma proteína-chave na síntese do envelope protéico

que envolve o material genético do vírus HIV.

Sem este envelope o vírus não pode se replicar no organismo

(3)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Estudos experimentais envolvem a medida de velocidades iniciais em soluções contendo baixas concentrações da enzima.

Observa-se experimentalmente que:

1. Para uma concentração inicial de substrato, [S]0, a velocidade

inicial é proporcional à concentração total da enzima, [E]0.

2. Para uma concentração inicial da enzima, [E]0, a velocidade

inicial é proporcional à baixa concentração do substrato, [S]0.

3. Nas altas concentrações do substrato, a velocidade atinge um valor limite, vmax.

Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

– Estudos experimentais envolvem a medida de velocidades iniciais em soluções contendo baixas concentrações da enzima.

Observa-se experimentalmente que:

Deve-se notar que o gráfico se

refere a velocidade inicial Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

O mecanismo proposto pode ser descrito como uma etapa de

“pré-equilíbrio”, anterior à formação dos produtos:(‡)(*)(**)

A lei de velocidade é obtida a partir da aproximação do estado

estacionário.(**) Catálise Homogênea

E+S ka' ka

ES kb

E+P

v=kb[ES],+ d[ES]

dt =ka[E][S] −ka'[ES] −kb[ES] 0

(*) L. Michaelis, M. L. Menten; Biochem Z., 49, 333 (1913). (**) G. E. Briggs, J. B. S. Haldane; Biochem J., 19, 338 (1925). (‡) Na realidade não se trata de um pré-equilíbrio!

(Última etapa é rápida = Controle por Difusão)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

O mecanismo proposto pode ser descrito como uma etapa de

“pré-equilíbrio”, anterior à formação dos produtos:

A lei de velocidade é obtida a partir da aproximação do estado

estacionário, onde [E] e [S] são as concentrações livres. Catálise Homogênea

v =

(

kakb ka' +kb

)

[E][S]

E+S ka' ka

ES kb

E+P

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

O mecanismo proposto pode ser descrito como uma etapa de

“pré-equilíbrio”, anterior à formação dos produtos:

Como: [E]

0 = [E] + [ES], e levando em conta que o substrato

está geralmente em excesso, de modo que [S]0 ≈ [S], tem-se:

Catálise Homogênea

Eq. Michaelis Const. Michaelis v kb[E]0

1+KM[S]0−1, KM= ka'+kb

ka =[E][S]

[ES] v =

(

kakb

ka'+ kb

)

[E][S] ⇒

E+S ka' ka

ES kb

E+P

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

A constante de Michaelis K

M é característica de uma enzima

atuando sobre um substrato; possui unidade de concentração.

A equação de Michaelis está de acordo com as observações:

Quando [S]

0 << KM: Catálise Homogênea

v

(

kakb ka' +kb

)

[E]0[S]0∝ [S]0

Eq. Michaelis Const. Michaelis v kb[E]0

1+KM[S]0

−1, KM= ka'+kb

ka =

(4)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

A constante de Michaelis K

M é característica de uma enzima

atuando sobre um substrato; possui unidade de concentração.

A equação de Michaelis está de acordo com as observações:

Quando [S]

0 >> KM: Catálise Homogênea

v ≃vmax=kb[E]0

Eq. Michaelis Const. Michaelis v kb[E]0

1+KM[S]0

−1, KM= ka'+kb

ka =[E][S]

[ES]

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

Gráfico de Linewear-BurkGráfico de Linewear-Burk: Relaciona 1/vversus 1/[S]

0.

Devido a última equação:

Catálise Homogênea

Eq. Michaelis Const. Michaelis v kb[E]0

1+KM[S]0−1, KM= ka'+kb

ka =[E][S]

[ES] vmax=kb[E]0 ⇒v

vmax

1+ KM[S]0

−1 ⇔

1

v =

1

vmax +

(

KM vmax

)

1

[S]0

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

Gráfico de Linewear-BurkGráfico de Linewear-Burk: Relaciona 1/vversus 1/[S]

0.

Devido a última equação:

Este gráfico deve ser uma reta de inclinação K

M/vmax.

Interseção no eixo y em 1/v

max e no eixo x em -1/KM.

NotaNota: v = ½v

max para [S]0 = KM. Catálise Homogênea

vmax=kb[E]0 ⇒v vmax

1+ KM[S]0

−1 ⇔

1

v =

1

vmax

+

(

KM

vmax

)

1

[S]0

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Mecanismo de Michaelis-MentenMecanismo de Michaelis-Menten

Gráfico de Linewear-Burk:Gráfico de Linewear-Burk

➢O valor de kb é calculado a partir da interseção com o eixo y e da relação vmax = kb[E]0.

O valor de k

a é obtido a partir de técnicas resolvidas no tempo, como escoamento interrompido.

➢O valor de ka' é obtido de KM (eixo x) e do conhecimento de ka e kb.

Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Questão 4

– A 25 °C, a conversão enzimática de um substrato tem a constante de Michaelis igual a 0,042 molL-1. A velocidade da

reação é de 2,45x10-4 molL-1s-1, quando a concentração do

substrato é de 0,890 molL-1. Qual o máximo de velocidade

nessa enzimólise?

Resp.: 2,57x10-4 mol·L-1s-1.

v≃ kb[E]0

1+KM[S]0

−1, vmax=kb[E]0, KM=

ka'+kb ka

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Eficiência CatalíticaEficiência Catalítica

A constante catalíticaconstante catalítica(*) de uma enzima k

cat corresponde ao

número (máximo) de ciclos catalíticos por unidade de tempo.

Esta grandeza é equivalente a k

b no mecanismo de Michaelis:

A “eficiência catalítica” eficiência catalítica ε é definida como a razão k

cat/KM, logo: Catálise Homogênea

vmax =kb[E]0⇒ kcat=kb= vmax [E]0

= +d

dt

(

[P] [E]0

)

max

(*) Também chamada velocidade específica máximavelocidade específica máxima .

ε =kcat

KM

= kakb

ka'+kb

Constante de velocidade da reação

⇒ ε≃ka, ka'≪kb

(5)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Ex.#1: Determinação da Eficiência Catalítica

– A enzima anidrase carbônica catalisa a hidratação do CO2 nas

células vermelhas do sangue para produzir íons bicarbonato: CO2 + H2O  H+ + HCO3–. Os seguintes dados foram obtidos

para a reação em pH = 7,1, a 273 K, com a concentração da enzima de 2,3 nmolL-1:

Determine a eficiência da anidrase nestas condições.

[CO2]/mmolL

-1 1,25 2,50 5,00 20,0

v/molL-1s-1 2,78E-5 5,00E-5 8,33E-5 1,67E-4

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Ex.#1: Determinação da Eficiência Catalítica

O gráfico de Linewear-Burk possibilita determinar os valores

de KM e vmax, e da concentração da enzima obtém-se kcat e ε:

1

v =

1

vmax +

(

KM

vmax

)

1

[S]0

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Ex.#1: Determinação da Eficiência Catalítica

O gráfico de Linewear-Burk possibilita determinar os valores

de KM e vmax, e da concentração da enzima obtém-se kcat e ε:

vmax=2,5×10−4mol L−1s−1

vmax1/Coef. Linear

KM =1,0×10−2 molL−1

KMCoef. Angular×vmax

kcat=1,1×10 5

s−1

kcat→vmax/ [E]0

ε =1,1×107

L mol−1 s−1

ε→kcat/KM

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 5000

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

f(x) = 39969,617 x + 4002,026 R² = 1,000

1/[CO2]

1

/v

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Um inibidor I diminui a velocidade da reação ligando-se à

enzima, ao complexo enzima-substrato ou a ambos.

O inibidor I diminui a concentração do complexo ativo ES pela

formação de espécies inertes EI e/ou ESI.

No primeiro caso, a formação de EI impede a de ES, pois I se

liga mais fortemente ao sítio ativo que S.

No segundo S e I se ligam a sítios distintos: forma-se ES mas

o inibidor se liga a outro sítio formando a espécie inerte ESI. Catálise Homogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Um inibidor I diminui a velocidade da reação ligando-se à

enzima, ao complexo enzima-substrato ou a ambos.

O esquema mais geral de inibição é:

Catálise Homogênea

E+ IEI KI = [E][I]

[EI]

ES+ I ESI KI'= [ES][I]

[ESI]

Os inibidores mais eficientes levam aos menores valores de KI e KI'

E+S ka' ka

ES kb

P KM= [E][S]

[ES]

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Um inibidor I diminui a velocidade da reação ligando-se à

enzima, ao complexo enzima-substrato ou a ambos.

Com a inibição, a lei de velocidade pode ser escrita como:

NotaNota: estas equações têm a forma da equação de Michaelis e do

gráfico de Linewear não inibidos (para os quais α = α' = 1).

Catálise Homogênea

v vmax

α' +αKM[S]0

−1 ⇔

1

v =

α' vmax

+

(

αKM

vmax

)

1

[S]0

α =1+ [I]

KI α' =1+

(6)

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Há três formas principais de inibição.

1.

1.Inibição CompetitivaInibição Competitiva: neste caso, o inibidor se liga apenas ao sítio ativo, impedindo a formação de ES e ESI, de modo que: Catálise Homogênea

α =1+ [I]

KI

>1,α'=1+ [I]

KI'

1

KI=[E][I] [EI] > 1,KI'=

[ES][I] [ESI] →∞ 1

v =

α' vmax

+

(

αKM

vmax

)

1

[S]0

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Há três formas principais de inibição.

2.

2.Inibição Não-CompetitivaInibição Não-Competitiva: neste caso, inibidor e substrato se ligam simultaneamente a sítios distintos, de modo que: Catálise Homogênea

α =1+ [I]

KI

1,α'=1+ [I]

KI'

>1

KI=

[E][I]

[EI] →∞ , KI'=

[ES][I] [ESI] > 1 1

v =

α' vmax

+

(

αKM

vmax

)

1

[S]0

α =1+ [I]

KI

1,α'=1+ [I]

KI'

>1

KI=

[E][I]

[EI] →∞ , KI'=

[ES][I] [ESI] > 1 1

v =

α' vmax

+

(

αKM

vmax

)

1

[S]0

48

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Enzimática & Inibição Enzimática

Inibição EnzimáticaInibição Enzimática

Há três formas principais de inibição.

3.

3.Inibição MistaInibição Mista: neste caso, inibidor se liga a sítios de E e de ES, reduzindo a ligação do substrato, de modo que: Catálise Homogênea

α =1+ [I]

KI

>1 ,α'=1+ [I]

KI'

> 1 1

v =

α' vmax

+

(

αKM

vmax

)

1

[S]0

KI=

[E][I] [EI] > 1,KI'=

[ES][I] [ESI] > 1

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Ex.#2: Inibição Enzimática

– Os seguintes resultados foram obtidos quando a velocidade de uma enzimólise foi acompanhada (a) sem inibidor e (b) com inibidor (na concentração de 15 μmol·L-1):

Determine se a reação é competitiva (com formação de EI), não-competitiva (com formação de ESI) ou mista com formação de EI e ESI).

[S]0/10

-4mol·L-1 1,0 3,0 7,0 12,0

(a): v0/μmol·L

-1s-1 0,49 0,95 1,3 1,5

(b): v0/μmol·L

-1s-1 0,27 0,52 0,71 0,81

55

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Homogênea

Fim da Parte 1

Fim da Parte 1

Cinética Química Empírica

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Introdução

– É possível investigar experimentalmente os detalhes estruturais e a composição dos sólidos, que influenciam o mecanismo das reações que ocorrem em suas superfícies.

– Quase toda indústria química moderna depende da aplicação e do desenvolvimento de catalisadores, muitas vezes heterogêneo.

(7)

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Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Crescimento das Superfícies

– O crescimento das superfícies ocorre a partir da fixação de átomos ou moléculas a superfície de um sólido.

– O processo de fixação é denominado adsorção, e o processo adsorção inverso é a dessorçãodessorção.

– A substância que é adsorvida é o adsorvatoadsorvato, e o material sobre o qual ocorre o processo é o adsorvente ou adsorvente substrato.substrato

A adsorção de partículas possibilita o crescimento da superfície

de um cristal. Catálise Heterogênea

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Crescimento das Superfícies

– Devido a forças intermoleculares atrativas, as partículas de um gás perdem energia quando colidem com uma superfície.

– No entanto, geralmente escapam antes de ocorrer a sua fixação na superfície.

– Este modelo se altera quando a superfície tem defeitos, devido à existência de arestas e vértices de camadas incompletas. Catálise Heterogênea

59

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Crescimento das Superfícies

– Um defeito superficial típico é o degraudegrau, que separa duas camadas planas e regulares de átomos, denominadas terraçosterraços.

– No entanto, o próprio degrau pode conter irregularidades, dando origem a vérticesvértices.

Catálise Heterogênea

66

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Tipos de Adsorção

– Átomos e moléculas podem se fixar de duas formas a uma superfície sólida:

1.

1.Adsorção Física (ou Fisissorção) : A fixação ocorre devido a forças Adsorção Física (ou Fisissorção)

intermoleculares entre o adsorvato e o substrato.

Forças intermoleculares são fracas, porém de longo alcance,

envolvendo a liberação de pequena quantidade de energia.

A energia liberada pode ser absorvida pela rede e dissipada como

movimento térmico.

À medida que a espécie se desloca pela superfície ocorre perda

gradual de energia, o que reduz seu movimento até que seja adsorvida (este processo é denominado “acomodação”).

Catálise Heterogênea

67

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Tipos de Adsorção

– Átomos e moléculas podem se fixar de duas formas a uma superfície sólida:

1.

1.Adsorção Física (ou Fisissorção) : A fixação ocorre devido a forças Adsorção Física (ou Fisissorção)

intermoleculares entre o adsorvato e o substrato.

Forças intermoleculares são fracas, porém de longo alcance,

envolvendo a liberação de pequena quantidade de energia.

A energia liberada pode ser absorvida pela rede e dissipada como

movimento térmico.

Entalpias de fisissorção típicas são da ordem de -20 kJmol-1, o que é insuficiente para romper ligações químicas, de modo que o adsorvato mantém sua identidade química (embora possa se deformar devido às interações com a superfície).

Catálise Heterogênea

68

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Tipos de Adsorção

– Átomos e moléculas podem se fixar de duas formas a uma superfície sólida:

2.

2.Adsorção Química (ou Quimissorção) : A fixação ocorre devido a Adsorção Química (ou Quimissorção)

formação de ligações químicas entre o adsorvato e o substrato.

➔Ligações químicas são mais fortes, porém de curto alcance, envolvendo a liberação de maior quantidade de energia.

O adsorvato tende a se acomodar em sítios que levem ao número

de coordenação máximo com o substrato.

Entalpias de quimissorção típicas são da ordem de -200 kJmol-1, o que é suficiente para romper ligações químicas, de modo que o adsorvato pode se decompor. A formação de fragmentos moleculares é a principal razão do efeito catalítico das superfícies.

(8)

73

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

É possível estimar o recobrimento de uma superfície, o que é

essencial a discussão da catálise heterogênea.

O recobrimento de uma superfície na adsorção pode ser

quantificado pelo grau de recobrimentograu de recobrimento θ:

Problema: como medir ou estimar o número de sítios ocupados

e disponíveis? Catálise Heterogênea

θ = N ° sítios de adsorção ocupados

N ° sítios de adsorção disponíveis

74

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

É possível estimar o recobrimento de uma superfície, o que é

essencial a discussão da catálise heterogênea.

É mais conveniente se estimar θ pela razão entre o volume de

gás adsorvido V e o volume máximo de adsorção V∞:

V

∞ é o volume no qual todos os sítios estão ocupados, e é

obtido experimentalmente a partir de isotermas de adsorção.isotermas de adsorção

(V∞ = Vmon = Volume correspondente a uma monocamada)

Catálise Heterogênea

θ = Volume de gás adsorvido(V)

Volume máximo de adsorção(V∞)

75

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

É possível estimar o recobrimento de uma superfície, o que é

essencial a discussão da catálise heterogênea.

Adsorção: A técnica comumente utilizada na determinação de

θ consiste na medida do volume de afluência e efluência do

gás no sistema: a diferença entre os volumes é devida a adsorção do gás pela superfície investigada.

Dessorção: Mede-se o aumento da pressão sobre a superfície,

provocado por um aumento de temperatura, aquecendo-se a superfície com um pulso elétrico: o aumento de pressão é devido a quantidade de adsorvato liberado pela amostra. Catálise Heterogênea

76

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

É possível estimar o recobrimento de uma superfície, o que é

essencial a discussão da catálise heterogênea.

O gás livre e o adsorvido entram em equilíbrio dinâmico, de

modo que o grau de recobrimento depende da pressão do gás.

O gráfico da variação de θ com a pressão, sob temperatura

constante, é denominado isoterma de adsorçãoisoterma de adsorção.

Diferentes modelos são adotados na descrição teórica das

isotermas de adsorção experimentais. Catálise Heterogênea

77

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

É o modelo mais simples e se baseia nas seguintes hipóteses:

1. Todos os sítios são equivalentes; (superfície uniforme, sem defeitos)

2. A ocupação de um sítio é independente da dos demais; (ausência de interações entre moléculas de adsorvato)

3. A adsorção satura quando todos os sítios são ocupados. (adsorção em monocamada)

Catálise Heterogênea

78

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

A equação da isoterma pode ser obtida a partir da condição de

equilíbrio dinâmico, que pode ser representado da forma:

onde ka e kd são as constantes de velocidade da adsorção e

dessorção, respectivamente. Catálise Heterogênea

A(g)+M(superfície)

kd ka

(9)

79

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

A velocidade de adsorção é proporcional a pressão parcial p do

adsorvato A e do número de sítios livres N(1-θ).

A velocidade de dessorção é proporcional ao número de sítios

ocupados , onde N é o número total de sítios.

No equilíbrio:

Catálise Heterogênea

+

dt =ka

[pN(1−θ)] Adsorção

kd

[Nθ] Dessorção

≈0⇒θ = Kp

1+ Kp, K = ka kd

80

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

Se ocorrer dissociação, deve-se levar em conta a probabilidade

dos fragmentos ocuparem um número maior de sítios.

Ex.: No caso de dois fragmentos por adsorvato, assume-se

que o processo é de segunda ordem (quanto aos sítios).

No equilíbrio:

Catálise Heterogênea

+dθ

dt =kap[N(1−θ)] 2

Adsorção

kd(Nθ)2

Dessorção

≈0⇒θ = (Kp)

1/2

1+(Kp)1/2, K= ka kd

83

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

Isoterma de Langmuir de adsorção não-dissociativa para diferentes valores de K.

Nota

Nota: as curvas mostradas, bem como o valor de K, são válidas para uma dada temperatura. Catálise Heterogênea

θ = Kp

1+ Kp

84

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

Isoterma de Langmuir de adsorção dissociativa para diferentes valores de K.

Nota

Nota: as curvas mostradas,

bem como o valor de K, são

válidas para uma dada temperatura. Catálise Heterogênea

θ = (Kp)

1/2

1+ (Kp)1/2

85

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Medida da Adsorção

–Grau de Recobrimento e Isotermas de AdsorçãoGrau de Recobrimento e Isotermas de Adsorção

Isoterma de Langmuir

Para a determinação de V

mon, utiliza-se a definição para θ na

equação de Langmuir, de modo que, no caso não-dissociativo:

Portanto, o gráfico de p/V versus p deve ser uma reta de

coeficiente angular 1/Vmon e coeficiente linear 1/KVmon. Catálise Heterogênea

θ = V

Vmon =

Kp

1+Kpp

V =

p

Vmon +

1

K Vmon

87

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Heterogênea

Ex.#3: Aplicação da Isoterma de Langmuir

– Os dados da tabela seguinte são os da adsorção do CO sobre carvão a 273 K. Verifique se é válida a isoterma de Langmuir e

calcule a constante K e o volume de gás correspondente ao

recobrimento completo. Em cada caso, o volume V foi corrigido

para a pressão de 1,00 atm (101,325 kPa).

A partir dos dados:

p

(kPa) 13,3 26,7 40,0 53,3 66,7 80,0 93,3

V

(cm3) 10,2 18,6 25,5 31,5 36,9 41,6 46,1

p

(kPa) 13,3 26,7 40,0 53,3 66,7 80,0 93,3

p/V

(10)

89

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Heterogênea

Ex.#3: Aplicação da Isoterma de Langmuir

O tratamento gráfico leva a:

Coef. Angular = 0,009

1/Vmon = 1/(0,009 cm -3)

1/Vmon = 111 cm 3 θ

Coef. Linear = 1,20

1/KVmon = 1,20

1/K = 1/(111 cm3)x(1,20 kPa cm-3) 1/K = 7,51x10-3 kPa-1

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1,20

1,40 1,60 1,80 2,00 2,20

f(x) = 0,009 x + 1,197 R² = 0,998

p (kPa)

p

/V

(

k

P

a

/c

m

3

)

118

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Energética da Adsorção/DessorçãoEnergética da Adsorção/Dessorção

Quando uma molécula se aproxima da superfície e sofre a ação

de interações atrativas, a sua energia diminui.

Este processo, que sempre está presente nos processos de

superfície, corresponde à fisissorção.

Na quimissorção, que pode levar a dissociação da molécula,

esta estabilização inicial é chamada “estado precursor”.

Entre o “estado precursor” e o “estado quimissorvido” ocorre

uma elevação na energia da molécula, devida ao rearranjo da geometria molecular, mesmo que não ocorra a fragmentação. Catálise Heterogênea

119

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Energética da Adsorção/DessorçãoEnergética da Adsorção/Dessorção

Entretanto, há duas situações:

a) A barreira entre os estados pode ser menor que a energia de estabilização inicial, de modo que a quimissorção não é um processo ativado, devendo ser uma etapa rápida;

b) A barreira é maior que a energia de estabilização, de modo que a quimissorção é um processo ativado, podendo ser a etapa lenta de uma reação.

Catálise Heterogênea

120

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Energética da Adsorção/DessorçãoEnergética da Adsorção/Dessorção

Entretanto, há duas situações:

Catálise Heterogênea

125

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Velocidades de DessorçãoVelocidades de Dessorção

A dessorção, tanto física quanto química, é sempre um

processo ativado, pois as partículas adsorvidas têm que sair de um poço de potencial. Quanto mais raso o poço, mais rapidamente as partículas sofrem dessorção.

Assumindo que o processo seja de primeira ordem e que a

constante de velocidade tenha uma dependência com a temperatura dada pela equação de Arrhenius, com energia de dessorção Ed, o tempo de meia-vida t1/2 da adsorção é: Catálise Heterogênea

t1/2=

ln2

kd, kd=Ae

Ed/RT t1/2= τ0e

+Ed/RT

, τ0= ln2

A

126

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Velocidades de DessorçãoVelocidades de Dessorção

Este resultado possibilita estimar o tempo de meia-vida da

dessorção para alguns processos.

Dessorção Física: τ0 ≈ 10-12 s e Ed ≈ 25 kJ/mol

Dessorção Física: t1/2 ≈ 1 ns (sob T = 298 K)

Dessorção Física: t1/2 ≈ 1 s (sob T = 100 K) Catálise Heterogênea

t1/2=

ln2

kd

, kd=Ae

Ed/RT t 1/2 =τ0e

(11)

127

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Velocidades de DessorçãoVelocidades de Dessorção

Este resultado possibilita estimar o tempo de meia-vida da

dessorção para alguns processos.

Dessorção Química: τ0 ≈ 10-14 s e Ed ≈ 100 kJ/mol

Dessorção Química: t1/2 ≈ 1 h (sob T = 298 K)

Dessorção Química: t1/2 ≈ 1 s (sob T = 350 K) Catálise Heterogênea

t1/2= ln2 kd

, kd=AeEd/RT

t1/2 =τ0e

+Ed/RT

, τ0=ln2

A

134

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Langmuir-Hinshelwood

Neste mecanismo se assume que a reação ocorre pelos

encontros promovidos pela difusão das espécies adsorvidas.

Dessa forma, a lei de velocidade deve ser a de um processo de

segunda ordem no recobrimento da superfície: Catálise Heterogênea

A(ads)+B(ads)→P, v=kθAθB

135

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Langmuir-Hinshelwood

A inclusão das isotermas apropriadas dá a expressão da

velocidade a partir das pressões parciais dos reagentes.

Por exemplo, assumindo que os reagentes A e B obedeçam a

isoterma de Langmuir e não sofram dissociação:(*)

Catálise Heterogênea

θA= KApA

1+KApA+ KBpB

, ...⇒ v = k KAKBpApB (1+KApA+ KBpB)

2

(*) O grau de recobrimento de A (função de pA) e de B (função de pB) estão interligados.

141

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Langmuir-Hinshelwood

Se houver mais de duas espécies adsorvidas, a equação é

válida se o encontro entre A e B for a etapa lenta da reação.

Os parâmetros k eK's são dependentes da temperatura, de

modo que a velocidade não segue a equação de Arrhenius.

Este mecanismo é o predominante na oxidação catalítica de

CO à CO2. Catálise Heterogênea

142

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Eley-Rideal

Neste mecanismo se assume que a reação ocorre pela colisão

com uma molécula da fase gasosa com outra adsorvida.

Assume-se que a velocidade é proporcional a pressão do gás

não-adsorvido e ao recobrimento da espécie adsorvida: Catálise Heterogênea

A(g)+ B(ads)→P, v =k pAθB

143

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Eley-Rideal

A inclusão das isotermas apropriadas dá a expressão da

velocidade a partir das pressões parciais dos reagentes.

Por exemplo, assumindo que a espécie adsorvida B obedece a

isoterma de Langmuir e não sofre dissociação: Catálise Heterogênea

θB=

K pB

1+K pB,... ⇒v= kK pApB

(12)

144

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Eley-Rideal

Limite 1:Limite 1: Quando Kp

B >> 1, tem-se θB ≈ 1, de modo que a

superfície é quase completamente recoberta e a velocidade depende apenas da pressão parcial da espécie não-adsorvida; ou seja, a etapa determinante é a colisão entre A e B. Catálise Heterogênea

θB= K pB

1+K pB

,... ⇒v = kK pApB

1+ K pB

k pA

145

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kK pApB

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Velocidades de Processos nas Superfícies

–Adsorção e Atividade Catalítica HeterogêneaAdsorção e Atividade Catalítica Heterogênea

Mecanismo de Eley-Rideal

Limite 2:Limite 2: Quando Kp

B << 1, a velocidade é função das

pressões parciais das duas espécies, de modo que o grau de recobrimento da superfície do catalisador é importante para a velocidade da reação.

Catálise Heterogênea

θB= K pB

1+K pB

,... ⇒v = kK pApB

1+ K pB

150

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Catálise Heterogênea

Fim da Parte 2

Fim da Parte 2

Cinética Química Empírica

187

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 8:

– Uma monocamada de moléculas de CO (área efetiva de

0,165 nm2) é adsorvida sobre a superfície de 1,00 g de

catalisador de Fe e Al2O3 (alumina) a 77 K (temperatura de

ebulição normal do nitrogênio líquido). O volume do gás

dessorvido pelo aquecimento da amostra é de 4,25 cm3,

medidos a 0 °C e 1,00 bar. Qual é a área superficial do catalisador?

Nota: A área efetiva é a área ocupada por uma molécula na superfície do substrato.

Resp.: 18,8 m2.

189

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 9:

– O volume do oxigênio gasoso, medido a 20 °C e 1,00 bar, adsorvido em 1,50 g de sílica, a 0 °C, é de 1,60 cm3 a

52,4 kPa e 2,73 cm3 a 104 kPa. Qual o valor de Vmon,

admitindo que a adsorção do gás seja descrita pela isoterma de Langmuir?

Resp.: 9,65 cm3.

191

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 10:

– A entalpia de adsorção da amônia sobre o níquel é de -155 kJmol-1. Estime a vida média t1/2 de uma molécula de NH3

sobre a superfície do substrato, a 500 K.

Nota: assuma quimissorção, devido à ordem de grandeza do ΔHads, e considere τ0 ≈ 10-14 s

(13)

193

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 11:

– A adsorção química do hidrogênio no manganês é fracamente ativada. Medidas cuidadosas mostraram que a velocidade de adsorção a 1000 K é 35 % mais elevada do que a 600 K. Qual é a energia de ativação da adsorção química?

Resp.: 3,7 kJ·mol-1.

Ed

195

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 12:

– A adsorção de um gás é descrita pela isoterma de Langmuir, com K = 0,777 kPa-1 a 25 °C. Calcule a pressão em que o grau

de recobrimento da superfície é (a) 0,20 e (b) 0,75.

Resp.: (a) 0,32 kPa; (b) 3,9 kPa.

197

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 13:

– Uma certa amostra sólida adsorve 0,63 mg de CO quando a pressão do gás é de 36,0 kPa e a temperatura é de 300 K. A massa do gás adsorvido, quando a pressão é de 4,0 kPa e a temperatura é de 300 K, é de 0,21 mg. A adsorção é descrita pela isoterma de Langmuir. Determine, em cada pressão, o grau de recobrimento da superfície.

Resp.: 0,75; 0,25.

199

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Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 14:

– Durante que intervalo de tempo, em média, um átomo ficará retido em uma superfície a 400 K, se a energia de ativação da dessorção for (a) 20 kJmol-1 e (b) 200 kJmol-1? Durante quanto

tempo, em média, ficam adsorvidos os mesmos átomos a 800 K? Considere τ0 = 0,12 ps.

Resp.: (a)(i) 4,9x10-11 s; (ii) 2,4x10-12 s; (b)(i) 1,6x1013 s; (ii) 1,4 s.

201

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 15:

– Um sólido está em contato com um gás, a 8,86 kPa e 25 °C, e adsorve 4,67 mg do gás. A isoterma de adsorção é a de Langmuir. A variação de entalpia quando 1,00 mmol do gás é dessorvido é +12,2 J. Qual a pressão de equilíbrio para a adsorção da mesma massa do gás, a 45 °C?

Resp.: 12,1 kPa. (Gabarito: 6,50 kPa [Errado!])

204

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 16:

– O nitrogênio gasoso é adsorvido pelo carvão na razão de

1,242 cm3g-1, a 350 kPa e 180 K. A 240 K, a mesma razão de

adsorção só é atingida na pressão de 1,02 MPa. Qual a entalpia de adsorção do nitrogênio na superfície?

(14)

206

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Questão 17:

– Numa experiência de adsorção de eteno sobre o ferro, verifica-se que o volume de gás dessorvido, em 1856 s e a 873 K, é igual ao volume dessorvido em 8,44 s e a 1012 K. (a) Qual a energia de ativação da dessorção? (b) Durante quanto tempo será dessorvido o mesmo volume (i) a 298 K e (ii) a 1500 K? Nota: admita que o processo seja de 1ª ordem.

Resp.: (a) Ed = 2,85x10

5 J·mol-1; (b)(i) 1,48x1036 s; (ii) 1,38x10-4 s.

211

Otávio Santana Otávio Santana

Catálise Homogênea & Heterogênea Catálise Homogênea & Heterogênea

Exercícios Adicionais

Fim da Parte 4

Fim da Parte 4

Cinética Química Empírica

Fim do Capítulo 3

Fim do Capítulo 3

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