Físico-Química III
Físico-Química III
Cinética Química
Cinética Química
Dinâmica Molecular das Reações
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Otávio Santana Otávio Santana
Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• CONTEÚDO
– Velocidades das Reações Químicas.
–Dinâmica Molecular das Reações:
•Colisões Reativas: Teoria da Colisão; Validade da Equação de Arrhenius.
• Reações Controladas pela Difusão: Equação do Balanço de Massa. •Teoria do Complexo Ativado: Equação de Eyring; Aspectos
Termodinâmicos.
• Dinâmica das Colisões Moleculares: Colisões Reativas; Superfícies de Energia Potencial; Alguns Resultados de Experimentais e Teóricos.
– Catálise Homogênea & Heterogênea. – Cinética das Reações Complexas.
Programa da Disciplina: Conteúdo
Parte 1 Parte 2 Parte 4
Cont. Parte 3
3
Otávio Santana Otávio Santana
Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Teoria da Colisão
– Esta teoria é utilizada para descrever processos bimoleculares que ocorrem entre moléculas simples em fase gasosa.
➔ Baseia-se na hipótese de que as moléculas devem colidir com
uma energia mínima para que a reação possa ocorrer.
➔ Fundamenta-se na Teoria Cinética dos Gases e visa obter a
constante de velocidade k2 de reações de segunda ordem:
Colisões Reativas
A+A→k2
P v =k2[A]
2 ou A+B →k2
P v =k2[A][B]
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Teoria da Colisão
– A forma geral da constante de velocidade k2 (segunda ordem)
pode ser prevista a partir de argumentos físicos simples.
➔ Assume-se que velocidade v deve ser proporcional à
frequência de colisões z e às densidades moleculares ρA e ρB.
➔ Além disso, é preciso levar em conta a fração de moléculas
que possuem a energia (Ea) e a orientação (P) adequadas.
Colisões Reativas
Nota: O fator estérico P em geral se situa entre 0 (nenhuma orientação relativa conduz à reação) e 1 (todas as orientações levam à reação), mas é possível que P > 1. A+ A→k2
P v=k2[A]
2 ou A+B→k2
P v ∝P z e−Ea/RT
⏟
~k2ρ
⏟
AρB~[A][B]
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Teoria da Colisão
– A forma geral da constante de velocidade k2 (segunda ordem)
pode ser prevista a partir de argumentos físicos simples.
➔ A teoria prevê que 4 fatores são essenciais para a velocidade
de uma reação (em fase gasosa).
➔ A forma geral para a constante de velocidade reflete 3 dos
aspectos fundamentais para uma colisão bem sucedida:
Colisões Reativas
k2 ∝Fator Estérico × Frequência de Colisões × Energia Mínima
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ A fração f de moléculas com velocidades no intervalo v e v+dv
é dada pela distribuição de Maxwell:
Colisões Reativas
f(v) =4π
(
M2πRT
)
3/2v2e−Mv2
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ A fração f de moléculas com velocidades no intervalo v e v+dv
é dada pela distribuição de Maxwell:
➔ A função de distribuição pode ser utilizada para o cálculo de
diversas propriedades do sistema. Ex.: velocidade média c:
Colisões Reativas
f(v) =4π
(
M2πRT
)
3/2v2
e−Mv2
/2RT
̄
c=
∫
0 ∞
vf(v)dv
⏟
Tab. Integrais=
(
8RT πM)
1/2
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ A fração f de moléculas com velocidades no intervalo v e v+dv
é dada pela distribuição de Maxwell:
➔ A função de distribuição também pode ser utilizada para o
cálculo da velocidade relativa média crel:
Colisões Reativas
f(v) =4π
(
M2πRT
)
3/2v2
e−Mv2
/2RT
̄
crel=2
1/2̄
c=
(
8kBTπμ
)
1/2,μ = m1m2
m1+m2
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ Assume-se que uma colisão ocorre sempre que os centros de
duas moléculas ficam à menos de um diâmetro colisão diâmetro colisãod.
➔ O parâmetro d permite definir um “tubo de colisão” com uma
área transversal σ denominada seção de colisãoseção de colisão (πd2).
Colisões Reativas
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ Assume-se que uma colisão ocorre sempre que os centros de
duas moléculas ficam à menos de um diâmetro colisãodiâmetro colisão d.
➔ O parâmetro d permite definir um “tubo de colisão” com uma
área transversal σ denominada seção de colisãoseção de colisão (πd2). ➔ A frequência de colisãofrequência de colisão z é deduzida pela teoria cinética dos
gases e é dada por:
Colisões Reativas
z= ̄crelσ
(
N
V
)
= ̄crelσ(
p
kBT
)
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ Assume-se que uma colisão ocorre sempre que os centros de
duas moléculas ficam à menos de um diâmetro colisãodiâmetro colisão d.
➢A seção de colisão de duas moléculas A e B é definida de forma especial.
➢Pode ser imaginada como a área dentro da qual o centro da “molécula projétil” (A) deve passar, centrada em torno da “molécula alvo” (B), para que a colisão possa ocorrer.
➢O resultado para o total (densidade) de colisões é independente de qual é o alvo e o projétil.
Colisões Reativas
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ A densidade de colisõesdensidade de colisões Z
IJ é definida como a frequência de colisões do tipo (I,J) por unidade de volume da amostra.
➔ A densidade de colisões depende da concentração das espécies
reagentes, da temperatura e da seção de colisão.
➔ A densidade de colisões é deduzida pela teoria cinética dos
gases e, para colisões do tipo (A,A), é dada por:
Colisões Reativas
̄
crel=
(
8kBT
πμ
)
1/2 ,σ = πd2,μ
=mmAmA
A+mA
=mA2, NA≡N° Avogadro
ZAA=
1 2̄crelσNA
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• Teoria da Colisão
–Frequência de ColisõesFrequência de Colisões
➔ A densidade de colisões densidade de colisõesZ
IJ é definida como a frequência de colisões do tipo (I,J) por unidade de volume da amostra.
➔ A densidade de colisões depende da concentração das espécies
reagentes, da temperatura e da seção de colisão.
➔ A densidade de colisões é deduzida pela teoria cinética dos
gases e, para colisões do tipo (A,B), é dada por:
Colisões Reativas
̄
crel=
(
8kBT
πμ
)
1/2 ,σ = πd2, d
=12(dA+dB),μ= mAmB mA+mB
, NA≡N° Avogadro
ZAB= ̄crelσNA
2 [A][B]
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Colisões Reativas
• Questão 4:
– (a) Calcule a frequência de colisão (z) e a densidade de
frequência de colisão (ZAA) no monóxido de carbono, sendo
r = 180 pm (raio molecular), a 25 °C e 100 kPa. (b) Qual a
elevação percentual desses parâmetros se a temperatura subir 10 K, a volume constante?
Dados: kB = 1,38065x10
-23 J·K-1, 1 u = 1,66054x10-27 kg;
MCO = 28,0 g·mol -1.
Resp.: z = 6,64x109 s-1, Z
AA = 8,07x1034 m-3s-1; (b) 1,6 %.
z= ̄crelσ
(
pkBT
)
=21/2̄cσ
(
NAp RT)
,c̄rel=(
8kBT πμ
)
1/2 ,̄c=
(
8RTπM
)
1/2ZAA=
1 2z
(
N(A)
V
)
=1 2̄crelσNA
2[ A]2
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ A densidade de colisões pode ser usada para estimar a
velocidade da reação.
➔ No entanto, além de colidirem as moléculas devem possuir a
energia mínima para a ocorrência da reação.
➔ Se todas as colisões levassem à ocorrência da reação, a
velocidade da reação seria dada por:
Colisões Reativas
vA=
ZAA
NA
⇒ −d[A]
dt =
1 2̄crelσNA[A]
2 ⇒k2=
1 2c̄relσNA
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Dinâmica Molecular das Reações
• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ A densidade de colisões pode ser usada para estimar a
velocidade da reação.
➔ No entanto, além de colidirem as moléculas devem possuir a
energia mínima para a ocorrência da reação.
➔ Se todas as colisões levassem à ocorrência da reação, a
velocidade da reação seria dada ou:
Colisões Reativas
vA=
ZAB
NA
⇒ −d[A]
dt = ̄crelσNA[A][B] ⇒k2= ̄crelσNA
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ A densidade de colisões pode ser usada para estimar a
velocidade da reação.
➔ No entanto, além de colidirem as moléculas devem possuir a
energia mínima para a ocorrência da reação.
➔ Como nem todas as colisões ocorrem com a energia mínima
necessária:
Colisões Reativas
vA=
ZAB
NA
⇒ −d[A]
dt ∝ ̄crelσNA[A][B] ⇒ k2 ∝ ̄crelσNA
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ A densidade de colisões pode ser usada para estimar a
velocidade da reação.
➔ No entanto, além de colidirem as moléculas devem possuir a
energia mínima para a ocorrência da reação.
➔ Levando em conta a fração de moléculas com energia superior
a mínima necessária (*):
Colisões Reativas
Como chegar a este resultado?
vA=
ZAB
NA
⇒ −d[A]
dt ∝ ̄crelσNA[A][B] ⇒ k2= ̄crelσNAe
−*
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ Esta última expressão possui uma forma que lembra a
equação de Ahhrenius, mas não é equivalente!
➔ Isto ocorre porque a velocidade relativa média c
rel depende da temperatura e E* ≠ E
a.
➔ Escrevendo explicitamente todos os termos, a expressão para
a constante k2 assume a forma:
Colisões Reativas
E*
=NA
*, R
=NAkB
vA=
ZAB
NA
⇒ −d[A]
dt ∝ ̄crelσNA[A][B] ⇒ k2= σNA
(
8kBT πμ
)
1/2 e−E*/RT
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ O resultado é obtido lembrando que nem todas as moléculas
possuem velocidade igual à média, de modo que se define uma velocidade relativa para cada par de moléculas.
➔ A velocidade relativa possibilita definir uma energia cinética
devida ao movimento relativo ε = ½μvrel
2, e a fração de
moléculas que possuem esta energia é dada por f(ε)dε:
Colisões Reativas
vA() =vrel() σf()dNA[A][B]
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ Além disto, nem toda colisão leva à formação de produto,
isto é, há uma probabilidade de uma dada colisão ocorrer sem que haja energia suficiente para que ocorra a reação.
➔ Esta probabilidade pode ser incorporada fazendo a seção de
choque depender da energia cinética (σ depende da forma como a colisão ocorre) e somando todas as contribuições:
Colisões Reativas
vA =
∫
0 ∞
vrel()σ ()f()dNA[A][B] ⇒ k2=NA
∫
0 ∞vrel()σ ()f()d
Qual a forma da função σ()?
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ Se todas as colisões fossem frontais teríamos σ(ε) = 0, para ε
menor que um dado valor de corte ε*, e σ(ε) = πd2, para ε > ε*
(por esta razão a seção de choque depende de ε).
➔ Como nem todas as colisões são frontais, deve-se considerar a
energia cinética relativa ao longo da linha que une os centros das duas moléculas.
Colisões Reativas
b≡Parametro de impacto
vrel,AB=
(
d2− b2
d2
)
1/2 vrel
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ Se todas as colisões fossem frontais teríamos σ(ε) = 0, para ε
menor que um dado valor de corte ε*, e σ(ε) = πd2, para ε > ε*
(por esta razão a seção de choque depende de ε).
➔ Admite-se que apenas a parcela da energia associada a
componente frontal da colisão leva à reação, de modo que se obtém a expressão:
Colisões Reativas
AB=
(
d2
−b2
d2
)
b≡Parametro de impacto
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ A existência de um valor de corte para ε implica que deve
existir um valor máximo do parâmetro de impacto b, acima do
qual não ocorre reação, de modo que bmáxε
*.
➔ Com: σ(ε) = πb máx
2 e σ = πd2, esta condição implica em:
Colisões Reativas
* =
(
d2−
bmax
2
d2
)
⇒bmax2
=
(
1− * )
d2
⇒σ() =
(
1− * )
σ34
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• Teoria da Colisão
–Fator EnergéticoFator Energético
➔ Uma vez que a forma da função σ(ε) foi obtida e a função de
distribuição de Boltzmann f(ε) é conhecida, pode-se resolver a integral para o cálculo de k2.
➔ A resolução da integral fornece (tabela de integrais):
Colisões Reativas
k2=NA
∫
0 ∞
vrel()σ ()f()d
=NA
∫
0 ∞(
2 μ)
1/2
(
1− * )
σ[
2π(
1 πkBT
)
3/2
1/2e−/kBT
]
dk2=
(
8kBT πμ
)
1/2 σNAe
−*
/kBT = ̄c
relσNAe −*
/kBT
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• Teoria da Colisão
–Fator EstéricoFator Estérico
➔ Para o cálculo de k utilizam-se valores experimentais para σ,
obtidos a partir de colisões não-reativas (ex.: viscosidade).
➔ No entanto, os resultados teóricos para k nem sempre
apresentam boa concordância com resultados experimentais.
➔ Geralmente os valores teóricos são bem superiores aos
experimentais (nota: em poucos casos ocorre o inverso).
➔ Este resultado sugere que a frequência e a energia das
colisões não são os únicos fatores determinantes da reação.
Colisões Reativas
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• Teoria da Colisão
–Fator EstéricoFator Estérico
➔ Além de possuírem a energia mínima necessária, as moléculas
devem colidir com a orientação correta.
➔ Ex.: Cl + NOCl NO + Cl
2.
Neste exemplo, existem duas maneiras pelas quais um átomo de Cl pode colidir com uma molécula de NOCl (cloreto de nitrosila).
Colisões Reativas
Colisão Eficiente: Reação ocorre.
Colisão Ineficiente: Reação não ocorre.
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• Teoria da Colisão
–Fator EstéricoFator Estérico
➔ Além de possuírem a energia mínima necessária, as moléculas
devem colidir com a orientação correta.
➔ A correção é feita a partir da introdução do fator estéricofator estérico P
(nota: fator introduzido aqui apenas como uma correção).(*)
➔ A partir de P, define-se a seção eficaz de colisão reativaseção eficaz de colisão reativa σ*,
um múltiplo da seção de colisão: σ* = Pσ, de modo que:
Colisões Reativas
k2=PσNA
(
8kBT πμ
)
1/2 e−E*/
RT
(*) Na Teoria do Complexo Ativado este fator aparece a partir de conceitos fundamentais.
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Cinética Química Empírica
• Ex.#1: Estimativa do Fator Estérico
– Estime o fator estérico da reação: H2 + C2H4 C2H6, a 628 K, sabendo que o valor experimental para o fator de frequência é 1,24x106 Lmol-1s-1.
Dados:
mH2 = 2,016 u; mC2H4 = 28,05 u; 1 u = 1,666054x10
-27 kg;
σH2 = 0,27 nm2; σC2H4 = 0,64 nm2; kB = 1,38065x10-23 J·K-1.
Resp.: P = 1,7x10-6.
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Cinética Química Empírica
• Ex.#2: Estimativa do Fator Estérico
– Estime o fator estérico da reação: NO + Cl2 NOCl + Cl, a
298 K, sabendo que o valor experimental para o fator de frequência é 4,0x109 Lmol-1s-1.
Dados:
mNO = 30,00 u; mCl2 = 70,91 u; 1 u = 1,666054x10
-27 kg;
σNO = 0,42 nm 2; σ
Cl2 = 0,93 nm 2; k
B = 1,38065x10
-23 J·K-1.
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• Teoria da Colisão
–FatorFatorEstéricoEstérico & “Efeito Arpão” & “Efeito Arpão”
➔ Em alguns casos o fator estérico é maior do 1, sugerindo que a
reação ocorre com velocidade superior a frequência de colisão!
➔ O mecanismo proposto para explicar esta aparente contradição
é o baseado no chamado “efeito arpão”.
➔ Neste mecanismo uma transferência de carga leva a uma
atração coulômbica que conecta as moléculas colidentes.
➔ O efeito arpão aumenta a seção eficaz de colisão reativa, o que
contribui para aumentar a velocidade da reação.
Colisões Reativas
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• Teoria da Colisão
–FatorFatorEstéricoEstérico & “Efeito Arpão” & “Efeito Arpão”
➔ Em alguns casos o fator estérico é maior do 1, sugerindo que a
reação ocorre com velocidade superior a frequência de colisão!
➔ Ex.: K + Br
2 KBr + Br·, que tem o valor experimental do
fator estérico P = 4,8.
➔ Nesta reação, a certa distância um elétron salta do K para o
Br2, produzindo um “arpão” coulômbico entre as espécies.
➔ Nota: Em alguns casos, quando o efeito arpão está presente,
é possível prever o fator estérico P.
Colisões Reativas
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Cinética Química Empírica
• Ex.#3: Estimativa do Fator Estérico
– Estime o fator estérico da reação: K + Br2 KBr + Br,
calculando a distância em que é energeticamente favorável a
passagem de um elétron do K para o Br2. Compare este
resultado com o valor experimental: P = 4,8.
Dados:
IK = 420 kJ·mol
-1; (Energia de Ionização) [fornecida]
ABr2 = 250 kJ·mol
-1; (Afinidade Eletrônica) [liberada]
d = 400 pm; (Diâmetro de Colisão: d = rK+rBr2)
e = 1,602x10-19 C; (Carga Fundamental)
ε0 = 8,85419x10
-12 C2·J-1m-1. (Permissividade do vácuo)
Resp.: P = 4,2.
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Colisões Reativas
• Ex.#4: Validade da Equação de Arrhenius
– A Teoria Cinética das Colisões levou ao seguinte resultado para a constante de velocidade de uma reação bimolecular gasosa:
(a) Compare esta equação com a de Arrhenius e identifique a energia de ativação Ea, utilizando a definição geral:
(b) Mostre que: Ea ≈ E
*, quando: E* >> RT/2.
(c) Obtenha, também, o parâmetro A.
Ea=RT
2∂lnk2 ∂T k2=PσNA
(
8kBT πμ
)
1/2 e−E*/RT
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Colisões Reativas
• Questão 5:
– A Teoria da Colisão envolve o conhecimento da fração de colisões moleculares que ocorrem com a energia cinética no mínimo igual a Ea ao longo da reta de colisão. Qual é esta fração quando (a) Ea = 15 kJ·mol
-1 e (b) E
a = 150 kJ·mol -1 a
(i) 300 K e a (ii) 800 K?
Resp.: (a)(i) 2,4x10-3;(ii) 0,10; (b)(i) 7,7x10-27; (ii) 1,6x10-10.
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Colisões Reativas
• Questão 6:
– Calcule o aumento percentual das frações mencionadas no exercício anterior quando a temperatura se eleva em 10 K.
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Colisões Reativas
• Questão 7:
– Com a Teoria da Colisão, calcule o valor teórico da constante de velocidade da reação de segunda ordem:
D2(g) + Br2(g) 2 DBr→ (g),
a 450 K, admitindo que seja bimolecular elementar. Dados: σ = 0,30 nm2, μ = 3,93 u, E
a = 200 kJ·mol -1,
kB = 1,38065x10
-23 J·K-1, 1 u = 1,66054x10-27 kg.
Resp.: 1,7x10-12 L·mol-1s-1.
k2=PσNA
(
8kBTπμ
)
1/2e−E*/RT
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Colisões Reativas
Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Cinética Química Empírica
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• Fase Gasosa x Fase Líquida
–Aspectos GeraisAspectos Gerais
➔ Reações em fase gasosa são bem diferentes das que ocorrem
em solução.
➔ Em fase líquida os reagentes precisam abrir espaço entre
moléculas de solvente, o que diminui a frequência de colisões.
➔ Por outro lado, a lenta migração através da solução provoca
um aumento no tempo de contato entre moléculas reagentes.
➔ Este aumento, provocado pelas moléculas do solvente, é
conhecido como efeito gaiola.efeito gaiola
Reações em Fase Líquida
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• Fase Gasosa x Fase Líquida
–Aspectos GeraisAspectos Gerais
➔ Como a velocidade de migração através do meio é reduzida, as
moléculas reagentes possuem pouca energia cinética.
➔ No entanto, a gaiola torna possível que as moléculas reagentes
possam acumular energia (do meio) suficiente para reagir.
➔ Além disso, em um meio condensado é mais difícil definir uma
energia de ativação para a reação.
➔ Isto ocorre porque é necessário levar em conta a energia de
toda a gaiola, além da energia das moléculas reagentes.
Reações em Fase Líquida
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Dinâmica Molecular das Reações
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• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações em solução podem ser divididas em etapas simples
(embora o processo global seja bem complexo).
➔ Etapa 1: Admite-se que, inicialmente, os reagentes A e B se Etapa 1:
difundem através da solução, levando a formação do par AB.
Se a velocidade de formação do par AB de moléculas reagentes for de primeira ordem em cada reagente:
Nota: o índice d é utilizado aqui para reforçar a ideia de “difusão”.
Reações em Fase Líquida
A+ B→kd
AB v =kd[A][B]
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações em solução podem ser divididas em etapas simples
(embora o processo global seja bem complexo).
➔ Etapa 2: Em seguida, o par AB pode se desfazer, sem que a Etapa 2:
reação ocorra...
Neste caso, admite-se que esta etapa seja de primeira ordem (ou pseudo-primeira, pois o solvente está em excesso):
Nota: o índice d é utilizado aqui para reforçar a ideia de “difusão”.
Reações em Fase Líquida
A+ Bk←d'
61
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações em solução podem ser divididas em etapas simples
(embora o processo global seja bem complexo).
➔ Etapa 3:Etapa 3: Ou o par AB pode reagir, levando a formação dos
produtos...
Neste caso, admite-se que esta etapa seja de primeira ordem (ou pseudo-primeira, pois o solvente está em excesso):
Nota: o índice a é utilizado aqui para reforçar a ideia de “ativação”.
Reações em Fase Líquida
AB→ka
P v =ka[AB]
62
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações em solução podem ser divididas em etapas simples
(embora o processo global seja bem complexo).
➔ Resolução:Resolução: A lei de velocidade da reação pode ser obtida a
partir da aproximação do estado estacionário para o par AB.
Reações em Fase Líquida
+d[AB]
dt =kd[A][B] −kd'[AB] −ka[AB] ≈0
∴ [AB] =
(
kd kd'+ka)
[A][B]
63
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações em solução podem ser divididas em etapas simples
(embora o processo global seja bem complexo).
➔ Resultado:Resultado: A lei de velocidade é de segunda ordem global,
e de primeira ordem nos reagentes.
Reações em Fase Líquida
+d[P]
dt =ka[AB] ⇒
+d[AB]
dt =kd[A][B] −kd'[AB] −ka[AB] ≈0
+d[P]
dt ≈k2[A][B], k2 =
kdka
kd'+ka
64
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Esta análise simples possibilita identificar dois limites
significativos para o controle da reação.
➔ Limite 1: A velocidade de separação do par AB é muito menor Limite 1:
que a de formação dos produtos P. Neste caso:
Reações em Fase Líquida
kd'≪ka⇒k2≈
kdka
ka
= kd
+d[P]
dt ≈k2[A] [B], k2=
kdka
kd'+ka
Controle pela Difusão
Controle pela Difusão
65
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Esta análise simples possibilita identificar dois limites
significativos para o controle da reação.
➔ Limite 2: A velocidade de separação do par AB é muito maior Limite 2:
que a de formação dos produtos P (pré-equilíbrio). Neste caso:
Reações em Fase Líquida
kd'≫ka⇒k2≈
kdka
kd'
=K ka Controle pela AtivaçãoControle pela Ativação
+d[P]
dt ≈k2[A] [B], k2=
kdka
kd'+ka
66
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações controladas pela difusão:
➔Neste limite a reação é governada pela velocidade com que os reagentes migram através do solvente.
➔Neste caso a energia de ativação é baixa, de modo que a etapa lenta é a de formação do par AB.
➔Um exemplo típico é o de reações que envolvem radicais (alta reatividade devida a ocorrência de elétrons desemparelhados).
➔Reações deste tipo possuem constantes de velocidade da ordem de 109 Lmol-1s-1 (ou de ordens superiores).
67
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Dinâmica Molecular das Reações
• Classes de Reações
–Controle pela Difusão & Controle pela AtivaçãoControle pela Difusão & Controle pela Ativação
➔ Reações controladas pela ativação:
➔Neste limite a constante de velocidade k2 depende da constante de
equilíbrio K da reação: A + B AB.⇌
➔Neste caso a energia de ativação é alta, de modo que a etapa lenta é a de formação do produto P.
➔A reação avança em função do acúmulo de energia do solvente pelo par AB (efeito gaiola).
➔Este limite é tratado formalmente pela Teoria do Complexo AtivadoTeoria do Complexo Ativado (também chamada Teoria do Estado de TransiçãoTeoria do Estado de Transição ).
Reações em Fase Líquida
68
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• Reações Controladas pela Difusão
–Leis da DifusãoLeis da Difusão • A quantidade de corrente
que atravessa certa área, durante certo intervalo de tempo, é medida pelo fluxo de matéria J.
• O fluxo depende da ocorrência de um gradiente de concentração através do recipiente que contém a solução.
➢NotaNota: Nµn µ [A].
Dinâmica Molecular das Reações
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Reações em Fase Líquida
69
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Leis da DifusãoLeis da Difusão
● A difusão é medida pelo fluxo de matéria J, e é governada
pelas Leis de Fick.
➔ Primeira Lei:Primeira Lei:
➔ Segunda Lei:Segunda Lei: Reações em Fase Líquida
JA= −DA
∂ [A]
∂z, D ≡Coef. de Difusão
∂ [A] ∂t = +DA
∂2 [A]
∂z2 ≡Eq. de Difusão
73
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Dinâmica Molecular das Reações
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• Reações Controladas pela Difusão
–Mecânica da DifusãoMecânica da Difusão
➔ No caso especial em que se considera apenas a difusão em
três dimensões, a condição de estado estacionário leva à:
que em coordenadas esféricas (e assumindo simetria esférica,
independente de θ e φ) assume a forma:
Reações em Fase Líquida
∂[A] ∂t =DA
(
∂2[A] ∂r2 +
2
r
∂ [A] ∂r
)
=0∂ [A] ∂t =DA
(
∂2 [A] ∂x2 +
∂2 [A] ∂y2 +
∂2 [A] ∂z2
)
=074
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Mecânica da DifusãoMecânica da Difusão
➔ Qual o significado da coordenada r?
➢ A coordenada r descreve a distância
da espécie A à espécie B.
➢ Na distância r →∞ a concentração
da espécia A é [A]r = [A].
➢ Na distância r = R* a reação
efetiva-mente ocorre e [A]r 0.→ Reações em Fase Líquida
B A r
R*
75
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ Qual o significado da constante R*?
➢ Admita que B se difunde na solução
e se encontra com a espécie A.
➢ Assume-se que, na distância R*, a reação efetivamente ocorre.
➢ O consumo de B leva ao gradiente
de concentração.
✔ R* = Soma dos raios hidrodinâmicosraios hidrodinâmicos.
Reações em Fase Líquida
B R*
A
76
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• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ A solução geral desta última equação possui a forma
(o que pode ser verificado a partir da substituição):
➔ Esta solução geral deve satisfazer as duas condições de
contorno:
Reações em Fase Líquida
∂[A] ∂t =DA
(
∂2 [A] ∂r2 +
2
r
∂[A]
∂r
)
=0⇒ [A] = a+ b r[A]r→∞= [A] [A]r=R*=0
a= [A]
b = −R*[
A] [A]r =
(
1−R*
r
)
[A]77
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ Analogamente, para a espécie B a equação de difusão no
regime estacionário leva à:
➔ Esta solução geral deve satisfazer as duas condições de
contorno:
Reações em Fase Líquida
∂[B] ∂t =DB
(
∂2[ B] ∂r2 +
2
r
∂[B]
∂r
)
=0⇒ [B] =a' + b 'r
[B]r→∞= [B] [B]r=R*=0
a' = [B]
b '= −R*
[B] [B]r=
(
1−R*
r
)
[B]78
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ A veloc. de formação do par AB provém do fluxo molar J de B
em direção a uma molécula de A vezes a área superficial:
o que resulta em, após a simples substituição (neste caso, considerando A estático e a difusão de B em direção a A):
Reações em Fase Líquida
+d[NAB]
dt =4πR
*2
JB, JB= +DB
d[B]r
dr |r=R*= +DB
(
+R*
R* 2
)
[B]+d[NAB]
dt =4πR
* DB[B]
Devido ao fluxo molar de B em direção a uma única molécula de A
79
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ A veloc. de formação do par AB provém do fluxo molar J de B
em direção a uma molécula de A vezes a área superficial:
o que resulta em, considerando o número total de moléculas
de A em um volume V e concentração [A]:
Reações em Fase Líquida
Devido ao fluxo molar de B em direção as molécula de A +d[NAB]
dt =4πR
*2
JB, JB= +DB
d[B]r
dr |r=R*= +DB
(
+R*
R* 2
)
[B]+d[NAB]
dt =4πR
*D BNAV[A][B]
80
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ Assumindo que tanto A quando B se difundem pela solução,
e pode-se utilizar o coeficiente de difusão total:
a partir do qual a velocidade de formação do par AB, que define a velocidade da reação, é dada por:
Reações em Fase Líquida
D=DA+DB
+d[NAB]
dt =4πR
*D N
AV[A][B] ⇒ +
d[AB]
dt =4πR
*D N A[A] [B]
89
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Difusão
–Difusão & ReaçãoDifusão & Reação
➔ A velocidade da reação controlada por difusão é calculada pela
velocidade com que os reagentes se difundem e se misturam.
➔ Assumindo que R* seja a distância crítica de reaçãodistância crítica de reação, na qual as espécies A e B reagem, a constante de velocidade kd é:
onde:
Reações em Fase Líquida
kd=4πR
*
D NA≃
8RT
3η
D=DA+DB, DJ= kBT
6π ηRJ
⏟
Eq. de Stokes-Einsteinη≡Viscosidade do Meio
RJ≡Raio Hidrodinâmico da Espécie J R*
92
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Reações em Fase Líquida
• Ex.#5: Cálculo da constante kd
– A constante de velocidade da reação de recombinação dos átomos de I em hexano, a 298 K, cuja viscosidade é de 0,326 cP (1 cP = 10-2 P, 1 P = 10-1 kg·m-1s-1 [Poise]), é:
kd=
8RT 3η
=8(8,314J K
−1mol−1)(298K)
3(3,26×10−4kg m−1s−1)
=2,0×107 m3
mol−1 s−1
Nota
Nota: kd
(Exp) = 1,3×1010 L·mol-1s-1.
=2,0×1010L mol−1s−1
93
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Reações em Fase Líquida
• Questão 8:
– Seja 4,2x10-9 m2s-1 o coeficiente de difusão de um reagente em solução aquosa a 25 °C. Se a distância crítica de reação for de 0,50 nm, qual o valor estimado da constante de velocidade da reação de segunda ordem controlada por difusão?
Resp.: 3,2x1010 L·mol-1s-1. kd=4πR
*D N A≃
8RT
3η
95
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Reações em Fase Líquida
• Questão 9:
– Estime a constante de velocidade de reação controlada por difusão a 298 K, para um reagente (a) no dodecilbenzeno e (b) no ácido sulfúrico concentrado. As viscosidades dos solventes são, respectivamente, 3,36 cP e 27 cP. Dado: 1 P = 10-1 kg·m-1s-1.
Resp.: (a) 1,97x109 L·mol-1s-1; (b) 2,4x108 L·mol-1s-1. kd=4πR
*D N A≃
8RT
3η
97
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
Reações em Fase Líquida
• Questão 10:
– (a) Admitindo que a reação seja elementar, estime a constante de velocidade da recombinação controlada pela difusão de dois
átomos em benzeno, a 298 K. A viscosidade é η = 0,601 cP.
(b) Para esta reação, admitindo que a concentração dos
reagentes seja inicialmente 1,8 mmol·L-1, quanto tempo se
passará até a concentração cair à metade do valor inicial?
Resp.: t1/2 = 5,05x10 -8 s.
v=kd[A][B],[A] = [B] ⇒v =kd[A] 2
, t1/2=
1
kd[A]0 kd=4πR*D N
A≃
8RT
3η
99
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
Reações em Fase Líquida
Fim da Parte 2
Fim da Parte 2
Cinética Química Empírica
100
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ O complexo ativado se forma quando reagentes colidem e
adquirem uma configuração assemelhada a dos produtos.(*)
➔ Esta teoria visa identificar os aspectos fundamentais que
governam o valor da constante de velocidade da reação.
➔ A teoria leva, naturalmente, a uma grandeza associada ao
fator estérico P, e não como um fator de correção artificial.
➔ O cálculo da constante de velocidade pode ser realizado a
partir de conceitos relacionados a Termodinâmica EstatísticaTermodinâmica Estatística.
Reações em Fase Líquida
(*) A “configuração” diz respeito tanto ao arranjo geométrico quanto à estrutura eletrônica.
101
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Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Termodinâmica EstatísticaTermodinâmica Estatística: Realiza a ligação entre as
propriedades macroscópicas (termodinâmicas) e as propriedades microscópicas (quanto-mecânicas).
➔ A conexão é realizada através de considerações estatísticas, a
partir da distribuição de Boltzmann, que especifica a população distribuição de Boltzmann
dos estados de sistemas em equilíbrio térmico.
➔ A distribuição de Boltzmann, que surge naturalmente na
teoria, introduz o conceito de função de partiçãofunção de partição, que é um aspecto central do formalismo.
Reações em Fase Líquida
102
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Dinâmica Molecular das Reações
Dinâmica Molecular das Reações
• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Termodinâmica EstatísticaTermodinâmica Estatística: Realiza a ligação entre as
propriedades macroscópicas (termodinâmicas) e as propriedades microscópicas (quanto-mecânicas).
➔ As propriedades microscópicas são investigados por técnicas
espectroscópicas, e as propriedades macroscópicas dependem do comportamento médio de um grande número de moléculas.
➔ Ex.: A pressão de um gás sobre as paredes de um recipiente.
Mesmo se admitindo que pequenas flutuações podem ocorrer, as flutuações são pequenas demais, e não são esperadas mudanças súbitas em seu valor médio.
Reações em Fase Líquida
103
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Distribuição de Estados Moleculares:Distribuição de Estados Moleculares:
●Consideremos um sistema fechado constituído por N moléculas, com energia total E.
●Colisões moleculares redistribuem constantemente a energia entre as moléculas (bem como entre diferentes modos de movimento).
●No entanto, a população (número médio população ni de moléculas com
energia i) em cada estado é praticamente constante. Reações em Fase Líquida
104
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Dinâmica Molecular das Reações
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Distribuição de Estados Moleculares:Distribuição de Estados Moleculares:
●Consideremos também que, em um dado instante, n0 moléculas
estão no estado fundamental 0, n1 no estado 1, n2 no estado 2, …
●Esta população, representada por {n
0,n1,n2,...}, pode ser obtida de W formas diferentes (peso estatístico):
➔Problema: como determinar a configuração mais provável, ou seja, Problema a que possui o maior peso estatístico W?
Reações em Fase Líquida
W= N !
n0! n1! n2!...
107
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Distribuição de Estados Moleculares:Distribuição de Estados Moleculares:
●Consideremos também que, em um dado instante, n0 moléculas
estão no estado fundamental 0, n1 no estado 1, n2 no estado 2, …
●Esta configuração, representada por {n0,n1,n2,...}, pode ser obtida
de W formas diferentes (peso estatístico).
●É possível determinar a configuração de maior peso W. No entanto, a determinação deve estar sujeita a duas importantes restrições:
Reações em Fase Líquida
N=
∑
i
ni, E =
∑
i
nii
108
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Distribuição de Boltzmann:Distribuição de Boltzmann:
pi Fração de moléculas no estado i = ni/N.
gi Degenerescência do estado i.
q Função de Partição Molecular (sistemas não-interagentes). ➔ Restrições:Restrições:
Reações em Fase Líquida
N=
∑
i
ni, E =
∑
i
nii
pi=
e−β i
q , q=
∑
jNíveis
gje
−βj
,β = 1
110
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●Percebe-se o significado da função de partição a partir da análise de sua dependência com a temperatura.
➔Nos limites:
Reações em Fase Líquida
T→0⇒β → ∞ ⇒ e−βj
→0⇒lim T→0q=g0
T→∞ ⇒β→0⇒e−βj→
1⇒lim T→∞q
=N° Estados
pi=
e−β i
q , q=
∑
jNíveis
gje
−βj
,β = 1
kBT
111
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●A denominação “função de partição” reflete o fato de q medir a repartição de moléculas entre os estados disponíveis.
●Conclui-se que:
“A função de partição indica o número médio de estados que são termicamente acessíveis a uma molécula na temperatura do sistema”.
Reações em Fase Líquida
pi=
e−β i
q , q=
∑
jNíveis
gje
−βj,β = 1
kBT
112
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●Uma importante propriedade das funções de partição é utilizada quando a energia de uma molécula provém de diferentes fontes.
●Se a energia é a soma de contribuições de modos de movimento independentes, 1+2+3+..., então a função q pode ser fatorada: Reações em Fase Líquida
q =
∑
n1 ,...
e−β(n1+n2+n3+...)=
∑
n1 ,... e−βn1
e−βn2
e−βn3
...
=
(
∑
n1e−βn 1
)(
∑
n2e−βn 2
)(
∑
n3e−βn3
)
...=q1q2q3...113
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●Em alguns casos é possível obter uma expressão analítica para a função de partição.
➔Ex.#1: Para uma partícula de massa Ex.#1 m com movimento translacional em uma “caixa” unidimensional de comprimento X.
Reações em Fase Líquida
n=
h2
n2
8m X2 ⇒qX=
(
2πm
h2β
)
1/2
X ⇒
Λ =
(
h2β
2πm
)
1/2≡Comp. de Onda Térmico
qX=
X
Λ
114
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●Em alguns casos é possível obter uma expressão analítica para a função de partição.
➔Ex.#1: Levando em conta a propriedade da fatoração, a função de Ex.#1 partição para o movimento de translação em três dimensões é:
Reações em Fase Líquida
q =qXqYqZ=
(
2πm h2
β
)
3/2XYZ ⇒
V=XYZ ,Λ =
(
h2
β
2πm
)
1/2≡Comp. de Onda Térmico
q= V
Λ3
115
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• Reações Controladas pela Ativação
–Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)Teoria do Complexo Ativado (ou do Estado de Transição)
➔ Função de Partição:Função de Partição:
●Em alguns casos é possível obter uma expressão analítica para a função de partição.
➔Ex.#2: Outro importante exemplo é o da oscilação harmônica, no Ex.#2 qual os níveis de energia são igualmente espaçados.
Reações em Fase Líquida
n=
(
n+ 1 2)
hν, ν =1 2π
(
kf μ
)
1/2 ⇒ =hν