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MAIS FERRUGEM EM CAFEZAIS CONILLON. CLONES RESISTENTES SÃO

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Academic year: 2022

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MAIS FERRUGEM EM CAFEZAIS CONILLON. CLONES RESISTENTES SÃO

NECESSÁRIOS.

J.B. Matiello e S.R. Almeida, Engs Agrs MAPA-Procafé e M. Carvalho Eng Agr Fdas Reunidas.

No passado, até a década de 1980, acreditava-se que os cafezais conillon não teriam problemas com a ferrugem. Esse entendimento era baseado nos ensaios, realizados na década de 1970, onde se verificava que a doença evoluía pouco, atingindo, no pico da infecção, até 20% de folhas infectadas, com pouca desfolha.

O objetivo do presente trabalho é relatar as observações de campo, em diferentes lavouras de café robusta- conillon, na região do Vale do Rio Doce, em Minas e Espirito Santo, que vem sendo, nos últimos anos, muito atacadas pela ferrugem, e, em certas condições, apresentam níveis de infecção até superiores aqueles observados nas variedades arábica na mesma área.

Verifica-se que na situação das novas plantações de conillon, o ataque da ferrugem ficou favorecido por sistemas de plantio mais adensados, com maiores produtividades, com irrigação e com plantio de clones, tudo condicionando maior gravidade da doença. Nas áreas cafeeiras com altitude um pouco mais elevada, 400-500 m, nas quais atualmente também se vem plantando o conillon, as temperaturas se mostram adequadas ao desenvolvimento da ferrugem quase o ano todo, e, com mais umidade, a doença tem evoluído de forma ainda mais grave, observando-se índices de infecção superiores a 40-50% de fls infectadas, já em jan-fev.

Controle químico necessário e diferenciado – Para evitar perdas de produtividade em cafezais conillon o controle químico é indicado, de forma sistemática, com produtos e sistemas semelhantes aos usados para as variedades arábica. As diferenças nas recomendações estão relacionadas à época e à tecnologia de aplicação. Nas regiões de conillon, de baixa altitude, portanto mais quentes, as temperaturas altas nos final-inicio de ano chegam a limitar a infecção pela ferrugem. A partir de fevereiro-março as temperaturas começam a cair e, se houver boa umidade, a doença evolui mais tarde, exigindo, igualmente, aplicações iniciadas e terminadas um pouco mais tarde do que o usual em arábica. Na tecnologia de aplicação, as pulverizações nos sistemas usuais são dificultadas pelo sistema de condução multi-caule, ocorrendo o rápido fechamento da lavoura. Nessa condição, a solução que tem sido adotada é a aplicação

“por cima”, com canhões atomizadores ou por aplicação aérea, sendo que a via solo, em combinação, também é adequada.

Resistência desejada – Sabe-se que o cafeeiro conillon pertence ao grupo fisiológico F, que compreende plantas susceptíveis a praticamente todas as raças de H. vastatrix. No entanto, ocorre um tipo de resistência horizontal nas plantas de conillon, que se apresenta na forma de menor infecção e menor numero de pústulas por folha em algumas plantas. Existem alguns robustas com maior resistência, tipo vertical, tanto que eles tem sido usados como fonte, através de hibridações, para transferir genes de resistência para novas cultivares de arábica. Exemplos disso são o Icatu e o Hibrido de Timor e seus derivados, os catimores, sarchimores etc. Os clones de conillon atualmente no mercado, como o Vitória e outros, não apresentam resistência à ferrugem. Em recente trabalho de avaliação, efetuado sobre diferentes sub-clones do Vitória verificou-se que os níveis de infecção foram bastante altos, em praticamente todos os sub-clones.

Assim, pelas dificuldades e custo do controle químico, é indicado o desenvolvimento e lançamento de clones com resistência à ferrugem, já se dispondo de plantas matrizes selecionadas pelo Procafé com essa característica. A busca do controle via genética-clone é um passo importante para a cafeicultura de Conillon.

Na foto, tomada em jan-2011, é incrível o ataque de ferrugem em cafeeiros conillon, com elevado nível de infecção, grande numero de pústulas por folha, atingindo até o último par do ramo.

Região de altitude de 500 m, no Vale do Rio Doce em Minas (S.D. Das Dores).

Referências

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