UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
GABRIELE NATANE DE MEDEIROS CIRNE
Avaliação da Paralisia Facial Periférica Pela Biofotogrametria
Santa Cruz / RN
2015
GABRIELE NATANE DE MEDEIROS CIRNE
AVALIAÇÃO DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA PELA BIOFOTOGRAMETRIA
Artigo Científico apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.
Orientadora: Profª Drª Roberta de Oliveira Cacho
Santa Cruz / RN
2015
GABRIELE NATANE DE MEDEIROS CIRNE
Avaliação Pela Biofotogrametria Na Paralisia Facial Periférica
Artigo Científico apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.
Aprovado em: __04___ de dezembro de ___2015_____.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________. Nota: 10,0_ . Profª. Drª. Roberta de Oliveira Cacho – Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_______________________________________________. Nota: 10,0_ . Profª Ms. Thaiana Barbosa Ferreira Pacheco – Membro da Banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_______________________________________________. Nota: 10,0_
Profª Ms. Jacilda Oliveira dos Passos – Membro da Banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AGRADECIMENTOS
Queria agradecer primeiramente a Deus, que foi o alicerce das minhas forças e amparo nas decepções, sem o qual eu não teria chegado onde cheguei.
Agradeço aos meus pais, Dona Lúcia de Fátima e Seu José Cirne, que me apoiaram não só durante esses 5 anos, mas por toda uma vida. Nem lembro quantas vezes tive vontade de largar tudo e correr para os seus braços, mas vocês sempre me estimulavam a continuar. O meu eterno muito obrigada para vocês seria pouco, o mínimo que tenho a fazer é dedicar a vocês essa conquista.
Aos meus “irmãos de corpo e alma” Gisleine, Ricardo e Simão Filho, agradeço a vocês os estresses e o afago nos finais de semana, as brigas e os pequenos gestos de carinho constantes, além das brincadeiras e das nossas mil formas de amor. Sem vocês eu também não teria chegado até aqui, obrigada!
Não poderia esquecer de agradecer a minha grande família, sejam os 20 tios que me apoiaram, vibraram, ajudaram e torceram durante toda essa caminhada, principalmente tio Bibi e tio Teté pelo constante carinho e apoio. E aos meus mais de 45 primos, com que muitos eu dividi todas essas conquistas e também quero comemorar as que estão por vir.
Aos meus amigos da época do ensino médio, principalmente, Ywanny, Paulinha, Linniker e Rakellyne, dedico um pedaço dessa conquista, afinal, quando eu “saí de casa pela primeira vez” a casa de vocês foi uma segunda pra mim. E apesar das minhas faltas, quando eu precisava eram de vocês os ouvidos atentos que me escutavam. Obrigada!
Não poderia jamais deixar de agradecer aos meus mestres. Dentre muitos
queria agradecer primeiramente a minha orientadora Roberta que me apoiou e
incentivou desde o primeiro ano de curso, que me deu grandes ensinamentos, que
sempre estava disposta a me ajudar quando eu precisei, que me apoiou com esse
projeto quando eu cheguei até ela, por acreditar na minha capacidade e que além de
orientadora se tornou uma amiga. Dentre todos os outros mestres com o qual
compartilhei conhecimento nesses 5 anos, gostaria de agradecer em especial a
Núbia Lima, Maria Pegoraro, Thaiana Barbosa, Enio Walker, Diego Sousa e
Johnnatas Lopes que sempre estiveram dispostos a me ajudar e aconselhar, por
sempre acreditarem em mim e me darem oportunidades no meio acadêmico. A
Helder Viana e Cristiano Gomes que sempre me incentivaram, mostraram caminhos
e me ensinaram que existe amizade além da sala de aula, e também pelas farras, bebedeiras e risadas quando a monótona Santa Cruz estava mais monótona do que sempre foi. A vocês mestres eu também dedico um pedaço dessa conquista, sem vocês nada disso seria possível.
À cidade de Santa Cruz que me acolheu da melhor forma possível, agradeço aos cidadãos santa-cruzenses que além de nos tratar de forma acolhedora muitos deles também confiaram em mim sua saúde, sua recuperação. Agradecer aos pacientes, pois foi por eles que passei noites em claro, foi deles que surgiram os melhores sorrisos durante essa caminhada, foi com eles que aprendi a ser fisioterapeuta. Então pra eles deixo o meu muito obrigada. Porém, dentre todos os pacientes o meu agradecimento especial vai para a garotinha Iara Angelo, que foi o piloto dessa pesquisa, foi por ela que surgiu a ideia de avaliação, então, a conclusão dessa pesquisa vai em especial para esse anjinho que hoje está no céu.
Em 5 anos de convivência os ciclos de amizade dentro das paredes dessa faculdade mudaram diversas vezes, mas tenho que agradecer a pessoas que nunca me deixaram na mão. Agradeço a Adriano Araújo, Bárbara Emmily, Bartolomeu Fagundes, Paloma Oliveira, Maria Clara, Nailton Júnior e Maria Eloiza que foram uma segunda família pra mim aqui na cidade, que sempre estiveram dispostos a me ajudar, com os quais compartilhei refeições, farras, estresses, angústias e risadas, eu não tenho palavras para agradecer o quanto eu aprendi com vocês. Além desses, queria agradecer a todas as pessoas que um dia compuseram a turma de Fisioterapia 2015.2 da FACISA/UFRN por de forma direta ou indiretamente terem me ajudado a estar concluindo esta etapa hoje.
Gostaria de agradecer a Sara Medeiros que não mediu esforços para me ajudar na realização do trabalho. Agradecer a George Homer por sempre me ajudar.
Como também a Valmir Júnior, meu companheiro diário, meu ouvido amigo, a pessoa que sempre estava ao meu lado nos últimos tempos, você também faz parte dessa conquista.
Essa conquista é de vocês!
Porque aprendi que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, ás vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será um tombo ou um vôo.
Caio F. Abreu
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...17
MÉTODO...17
RESULTADOS...20
DISCUSSÃO...21
REFERÊNCIAS...25
FIGURAS ...29
TABELAS...30
NORMAS DA REVISTA PARA PUBLICAÇÃO...35
EVALUATION BY BIOPHOTOGRAMMETRY IN PERIPHERAL FACIAL PARALYSIS
BIOPHOTOGRAMMETRY IN FACIAL PARALYSIS
GABRIELE NATANE DE MEDEIROS CIRNE
1; SARAH FERNANDA DANTAS DE MEDEIROS
1; NÚBIA MARIA FREIRE VIEIRA LIMA
2; ENIO WALKER AZEVEDO
CACHO
3; DIEGO DE SOUSA DANTAS
4; ROBERTA DE OLIVEIRA CACHO
2.
1
Discente do curso de Fisioterapia, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) – Santa Cruz (RN), Brasil.
2
Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) – Santa Cruz (RN), Brasil; Doutor (a) em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brasil.
3
Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) – Santa Cruz (RN), Brasil; Doutor (a) em Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brasil.
4
Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA/UFRN) – Santa Cruz (RN), Brasil; Doutor em Biotecnologia em Saúde pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – Recife (PE), Brasil.
Endereço Para Correspondência Nome: Dra Roberta de Oliveira Cacho
Rua Vila Trairi s/n, Centro. Bloco II. CEP 59200-000 Santa Cruz, RN TELEFONE: (84) 3291-6950
Email: ro_fisio1@hotmail.com
Keywords: Facial Paralysis. Photogrammetry. Facial Asymmetry. Movement Disorders
Palavras-chave: Paralisia Facial. Fotogrametria. Assimetria Facial. Transtornos Motores.
ABSTRACT:
Objective: The objective of the study was to assess the effectiveness of the use of biophotogrammetry in the evaluation of peripheral facial paralysis. Method: observational, cross-sectional analytical, developed at the Clinical School of Physical Therapy at UFRN.
Inclusion criteria were: clinical diagnosis of peripheral facial palsy, age over 18 years and understand simple order. Initially it applied a sociodemographic questionnaire, followed by applying the House-Brackmann scale involvement (HB). The photogrammetry was assessed using the Postural Assessment Software (SAPO), being imposed through stickers that marked 11 anatomical points. The assessment by SAPO was given by two investigators on two separate days, with three days difference between them. Results: Fourteen subjects were assessed (12 female, 2 male) with a mean age of 41.5 years and the time of facial paralysis of one month. Eight were affected in the right hemiface and 6 on the left. The incidence of patients in the groups ranged in 5 in the Light Group (Grade 2 on House-Brackmann), 3 in the Moderate Group (Grade 3 and 4 on the House-Brackmann) and 6 in Group Record (Grade 5 and 6 in the House-Brackmann) . In inter- and intra- examiandor analysis the majority had significance for replicability. Conclusion: We conclude that the assessment of peripheral facial paralysis with photogrammetry is effective compared to hemiface affected with unaffected proven for assessing inter and intra –examiner. This method may also facilitate the graduation progression of treatment
.RESUMO
Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar a eficácia da utilização da biofotogrametria na avaliação da paralisia facial periférica. Método: Estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido na Clínica Escola de Fisioterapia da UFRN. Os critérios de inclusão foram:
diagnóstico clínico de paralisia facial periférica, idade acima de 18 anos e entender ordem
simples. Inicialmente foi aplicado um questionário sociodemográfico, seguido pela aplicação
da escala de acometimento de House-Brackmann (HB). A biofotogrametria foi avaliada
através do Software de Avaliação Postural (SAPO), sendo imposta através de adesivos que
marcaram 11 pontos anatômicos. A avaliação pelo SAPO se deu por dois avaliadores em dois
dias distintos, com diferença de 3 dias entre eles. Resultados: Quatorze sujeitos foram
avaliados (12 feminino; 2 masculino), com mediana da idade de 41,5 anos e o tempo de
paralisia facial de 1 mês. Oito foram afetados na hemiface direita e 6 na esquerda. A
incidência dos pacientes nos grupos variou em 5 no Grupo Leve (Grau 2 na House-
Brackmann), 3 no Grupo Moderado (Grau 3 e 4 na House-Brackmann) e 6 no Grupo Grave
(Grau 5 e 6 na House-Brackmann). Na análise inter e intra-examiandor a maioria apresentou
significância para replicabilidade Conclusão: Conclui-se que a avaliação da paralisia facial
periférica com a biofotogrametria é eficaz quando comparada a hemiface afetada com a não
afetada, comprovada pela avaliação inter e intra-examinador. Esse método também poderá
facilitar a graduação da progressão do tratamento.
BULLET POINTS
Com a PFP há uma inclinação da cabeça ao movimento facial.
Comissura labial se demonstrou mais sensível na avaliação.
Os pontos lineares se mostraram mais representativos do que os angulares.
Avaliar paralisia facial com a biofotogrametria é eficaz comparando hemifaces.
Método facilitará a graduação da progressão do tratamento.
INTRODUÇÃO
A paralisia facial é uma paresia ou uma paralisia total de todos ou alguns músculos da expressão facial, acometendo uma hemiface ou duas, decorrente do comprometimento do nervo facial. O tamanho do seu comprometimento vai depender da localização da lesão, se a lesão for acima do núcleo do nervo é indicativo de uma lesão central que acometerá o quadrante superior em uma hemiface, as lesão no núcleo do nervo ou abaixo dele são nomeadas de lesões periféricas que acometerão uma hemiface completa
1-3.
O termo paralisia facial periférica (PFP) é referente a um tipo comum de paralisia, podendo ser resultante de vários fatores, sendo os mais comuns a forma idiopática, traumática ou inflamação do próprio nervo
4. A musculatura facial atua sinergicamente, assim, qualquer alteração neuromuscular acarretará em adaptações da musculatura não afetada para compensar as limitações da musculatura afetada
5.
Salvador e col.
6relatam que para quantificar a disfunção motora na PFP, bem como mensurar a evolução do comprometimento diante de um tratamento, foram desenvolvidos métodos subjetivos e objetivos, sendo o principal a escala de House-Brackman que avalia o grau de disfunção motora facial, solicitando ao paciente que feche os olhos e sorria
7.
A biofotogrametria computadorizada tem se demonstrado um método eficaz na análise biomecânica da postura de um segmento a ser analisado através de pontos antropométricos
8-9. Consiste em uma avaliação com captura de imagens com marcação em pontos específicos que posteriormente serão analisadas por um software (Software para Avaliação Postural - SAPO), possibilitando medidas lineares e angulares, traçando distâncias entre estruturas anatômicas e angulações
10. Há um relato do uso desse método para avaliação da expressão facial em um estudo indiano
11, mas ainda não há relatos do seu uso para avaliação de PFP.
Por ser a PFP uma patologia frequente e de difícil mensuração clínica, questiona-se se a biofotogrametria poderia ser um meio confiável de análise do comprometimento motor. Por conseguinte, o objetivo do estudo foi verificar a eficácia da utilização da fotogrametria na avaliação da paralisia facial periférica e correlacionar esses achados com a escala de House- Brackman.
MÉTODO
Este foi um estudo observacional do tipo transversal e de caráter analítico, que foi
desenvolvido na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), sendo aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da mesma instituição, sob o
protocolo nº 901.365/2014. Todos os sujeitos avaliados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
A amostra do estudo foi recrutada conveniência, atendendo aos seguintes critérios de inclusão: ter diagnóstico clínico de paralisia facial periférica, idade acima de 18 anos e que entendiam ordem simples (como a solicitação do paciente sorrir). Foram excluídos do estudo indivíduos que apresentaram grandes lesões dérmicas faciais, paralisia facial periférica bilateral e que não colaboraram com as posturas necessárias para os registros fotográficos.
Inicialmente foi aplicado um questionário sociodemográfico para colher informações como sexo, idade, tempo de lesão e histórico da doença. Em seguida foi aplicada a escala de acometimento de House-Brackmann. Esta escala gradua a PFP em seis categorias: (I) normal, no qual há a função simétrica em toda a área facial; (II) deformidade leve, neste grau o indivíduo apresenta em geral ligeira fraqueza apenas à inspeção próxima, encerramento palpebral completo com esforço mínimo, assimetria ligeira do sorriso com esforço máximo, ligeira sincinésias, ausência de contraturas ou espasmos;(III) deformidade moderada, em que o indivíduo apresenta fraqueza óbvia, mas não desfigurante, incapacidade de levantar a sobrancelha, encerramento palpebral completo e forte, assimetria do movimento bucal com esforço máximo, óbvias sincinésias mas não desfigurante, movimento de massa ou espasmos;
(IV) disfunção moderada grave que é caracterizada por indivíduos que apresentam fraqueza desfigurante óbvia, incapacidade de levantar a sobrancelha, encerramento palpebral incompleto, boca assimétrica com esforço máximo, sincinesias severas, movimento de massa, espasmos; (V) disfunção grave, no qual os indivíduos apresentam movimentos quase imperceptíveis, encerramento palpebral incompleto, ligeiro movimentação da comissura bucal, sincinesias, contratura, geralmente espasmos ausentes; e (VI) paralisia total em que há a inexistência de movimento, perda de tônus, ausência de sincinesias, contraturas e espasmos
12-15.
Por final foi realizada a análise por biofotogrametria, como não existem estudos com o método foram escolhidos pontos relacionados com a expressão facial, como boca e olhos, pontos de referências no centro da face e a incisura clavicular como ponto de alinhamento da cabeça, assim o posicionamento de adesivos circulares vermelhos marcaram os seguintes pontos anatômicos: Bilateralmente em músculo frontal (1cm acima da sobrancelha), exocanthion (osso zigomático), cheilion (comissura labial) e na incisura clavicular, e nos pontos de referência: glabela, nariz (ponta) e gnathion (mento), totalizando 11 adesivos.
Depois de colocados os adesivos, foi solicitado ao indivíduo ficar em bipedestação de costas a
uma parede e com postura neutra, uma fita adesiva, previamente medida em 20 cm, foi
colocada por trás do participante para utilizar na calibração da foto com o programa. Em seguida foram realizados registros fotográficos com a câmera do celular do avaliador, sendo um aparelho da Motorola, com mais de 8 MP, no modo sem flash, com no mínimo 80cm de distância do paciente e de forma que focalizasse o busto do paciente. Foram registradas duas fotos, uma com o paciente sorrindo e outra com a face neutra.
As fotos foram analisadas pelo software SAPO, utilizando um protocolo independente e sendo medidas 14 distâncias: glabela ao músculo frontal (M1), ao exocanthion (M2), ao cheilion (M3) e a incisura clavicular (M4); do nariz ao músculo frontal (M5), ao exocanthion (M6), ao cheilion (M7)e a incisura clavicular (M8); do gnation ao musculo frontal (M9), ao exocanthion (M10), ao cheilion (M11) e a incisura clavicular (M12); do cheilion a incisura clavicular (M13); e do exocanthion a incisura clavicular (M14); as paralelas entre os pontos do músculo frontal (P1), do exocanthion (P2), do cheilion (P3) (FIGURA 1); e usando o ângulo de dois pontos adotamos os ângulos dos pontos da glabela ao músculo frontal (A1), glabela ao exocanthion (A2), glabela ao cheilion (A3), gnation ao músculo frontal (A4), gnation ao exocanthion (A5), gnation ao cheilion (A6), incisura clavicular ao exocanthion (A7) e incisura clavicular ao cheilion (A8).
As fotos foram analisadas por dois avaliadores, que não tiveram contato entre si, um dia após a avaliação e 3 dias após a primeira avaliação, para análise inter e intra examinador.
Para análises de correlação estatística os pacientes foram divididos de acordo com o grau de acometimento da PFP mensurado pela House-Brackmann: grupo leve - indivíduos que se caracterizavam por grau 2; grupo moderado - por indivíduos com grau 3 e 4, e o grupo grave - por indivíduos com grau 5 e 6.
A análise dos dados foi realizada através do software SPSS Statistics 20, submetidos à análise descritiva. Para análise da confiabilidade inter e intra-examinadores foi utilizado o Índice de Correlação Intra-Classe (ICC), considerando um nível de significância de p<0,05, além de classificar sua replicabilidade pelo método de Fleiss
16.
As condições (neutra e sorrindo) foram avaliadas pelo teste de não paramétrico de Wilcoxon. As medianas das distâncias nos três grupos foram analisadas pelo teste não- paramétrico de Friedman e de correlação de Spearman.
O coeficiente de correlação foi interpretado de acordo com Munro
17, sendo 0,00-0,25:
pequena ou nenhuma correlação; 0,26-0,49. Baixa correlação; 0,50-0,69: correlação
moderada; 0,70-0,89: alta correlação; 0,90-1,00: correlação muito alta.
RESULTADOS
Foram recrutados 20 indivíduos com paralisia facial periférica, sendo excluídos 6 (3 por idade menor que 18 anos, 3 por não apresentarem sequelas de PFP), sendo 12 do sexo feminino e 2 do sexo masculino, com a mediana da idade de 41,5 anos (24,7/53,2) e o tempo de paralisia facial de 1 (1/3) mês, 8 foram afetados na hemiface direita e 6 na esquerda.
Quanto a etiologia, 65% apresentaram PFP de origem idiopática, 14% infecciosa, 14%
traumática e 7% tumoral.
A incidência dos pacientes nos grupos variou em 5 no Grupo Leve (Grau 2 na House- Brackmann), 3 no Grupo Moderado (Grau 3 e 4 na House-Brackmann) e 6 no Grupo Grave (Grau 5 e 6 na House-Brackmann).
Não houve correlação estatística pelo teste de Spearman para a Escala de House- Brackman e o tempo de lesão.
Na tabela 1 observa-se a avaliação intra-examinador na condição neutra e sorrindo, obtendo o resultado em uma replicabilidade de média a excelente, exceto no A1 na avaliação séria e M1 e M14 na avaliação sorrindo. A tabela 2 apresenta a avaliação inter-examinador nas condições séria e sorrindo, a condição séria apresentou apenas as medidas M2, P1, P2 e P3 sem significância, já a condição sorrindo não apresentou significância em M1, M4, P1, P2 e P3.
Tem-se a Comparação do lado saudável, afetado e diferença entre ambas nas duas condições do teste na Tabela 3, na qual os valores de P (paralelas) não se mostraram com significância, mostrando significância na hemiface afetada o M1, M5, M6, M7, M9, M11, A6 e A8, na hemiface não afetada M1, M3, M6, M7, M9, M10, M11, M13, A2, A3 e A6, e nas diferenças M3, M5, M7, M13, A3 e A6.
Também foi realizada a divisão de grupos pela House-Brackman e comparação das diferenças das medidas entre hemiface afetada e não-afetada para analisar possível correlação entre e escala e a biofotogrametria, mas não houve significância estatística entre as hemifaces se forem divididos os grupos, utilizando o método de Munro
17.
Foram comparadas a amplitude mínima nos três grupos na posição séria, amplitude
máxima nos três grupos na posição séria, amplitude mínima nos três grupos na posição
sorrindo, amplitude máximas nos três grupos na posição sorrindo em que o resultado também
não se mostrou com significância.
DISCUSSÃO
As características etiológicas do estudo mostraram que a forma mais comum do acometimento foi a idiopática (65%), seguida da infecciosa (14%), traumática (14%) e tumoral (7%), corroborando com as literaturas
18-19que mostram que as causas para a paralisia facial podem ser das mais diversas, como idiopática, infecciosa, traumática, congênita, tumoral, vascular, metabólica, tóxica, iatrogênica, neonatal e por síndrome de Ramsey-Hunt, sendo a mais comum diagnosticada a idiopática, também chamada de paralisia de Bell.
As características demográficas e clínicas, como sexo, idade, tempo de lesão e hemiface comprometida não apresentaram relação estatística, fato foi mostrado anteriormente com um estudo indiano
20que não encontrou diferença estatística nos indivíduos em suas características basais como idade, sexo, lado acometido e duração da paralisia de Bell. Assim como a House-Brackmann e o tempo de lesão que não tiveram correlação, sugerindo que o tempo de lesão não determina o grau de acometimento.
Na tabela 1 e 2, podemos perceber que os resultados do presente estudo mostram que o método proposto para quantificação das assimetrias faciais pela fotogrametria é satisfatoriamente confiável para a maioria das medidas mensuradas, quando avaliadas por um mesmo examinador em ocasiões diferentes e por examinadores diferentes em um mesmo registro fotográfico. Na literatura existe apenas um único estudo
21com a proposta de avaliação, mas não há avaliação inter e intra-examinador, a não confiabilidade nas medidas M1, M2, M4 e M14, todas as paralelas (P1, P2 e P3) e a angulação A1, podem indicar que esses pontos não são susceptíveis a replicabilidade.
Com a tabela 3 podemos perceber que alguns pontos tiveram significância estatística na hemiface afetada M1, M5, M6, M7, M9, M11, A6 e A8 na hemiface não afetada M1, M3, M6, M7, M9, M10, M11, M13, A2, A3 e A6, e nas diferenças M3, M5, M7, M13, A3 e A6.
Evidenciando uma sensibilidade nos pontos das diferenças, pois sua significância se repete em
pelo menos uma das hemifaces, afetada e não afetada, principalmente M7 e A6, que
representam a medida e o ângulo do Mento a Comissura Labial, que se mostraram
significantes em todas as análises dessa tabela. Além desses pontos que evidenciam a rima
labial também encontra-se significância a M3, M11 E A3, sendo um possível consequência da
sinestesia facial que inclui o desaparecimento das rugas faciais e da prega nasolabial, assim
como as marcas da testa e do canto da boca, desvio da comissura labial e dificuldade em
movimentos máximos da boca, como assobiar e encher as bochechas de ar
22-24, estando esses
sinais da patologia presentes na área testada pela Biofotogrametria e que tiveram resultado
significante na comparação neutro e sorrindo da hemiface afetada.
A distância D13, que representa a comissura labial a incisura clavicular, apresentou significância, podendo ser mais um achado da mudança da rima labial ou sugerindo uma inclinação da cabeça, pois segundo Demer e col.
25, a inclinação da cabeça em paralisia facial se dá pela hipertrofia do esternocleidomastoideo no lado contralateral a lesão, pois no ipsilateral a lesão o (ECOM) encontra-se fraco, além disso esse fator também pode estar relacionado ao déficit de propriocepção devido à lesão.
Na tabela 4 foi realizada uma comparação entre as hemifaces acometida e não- acometida com o paciente sorrindo e com ele neutro. Houve resultado estatisticamente significativo nos mesmos pontos em que houve significância no lado afetado, em ambas condições, sorrindo e neutro, evidenciado na tabela anterior, apresentando-as como uma medida aparentemente de boa qualidade para a mensuração da face afetada na condição sorrindo. Sadiq & Dharmasena
26também afirma que as consequências para a PFP são o fechamento ocular incompleto, incompetência na função muscular dos lábios, promovendo prejuízos estéticos, como também incapacidade de expressar emoções.
Não foi visto correlação significativa quando comparado os grupos divididos pela House-Brackman com as diferenças das medidas entre hemiface afetada e não-afetada, como também não houve correlação entre a House-Brackman e as medianas das medidas da biofotogrametria, isso significa que a gravidade graduada pela Escala de House-Brackman não interfere nos resultados da Biofotogrametria. Outros estudos
27-28avaliaram novas formas de avaliação para a biofotogrametria e comparando com a Escala de House-Brackman houve correlação, mas diferente do presente estudo a amostra era maior, sugerindo que uma das causas da não significância seja o pequeno número da amostra.
Assim, também quando comparadas as amplitudes mínima e máxima nas duas condições (Sorrindo e Neutro) nos três grupos em que em todas as comparações houve significância, no entanto não há como formular padrões para os graus, pois apesar da significância as amplitudes entre alguns graus estão iguais, indicando que a melhor medida de acometimento é a comparação entre o lado saudável e afetado. Isso porque o tamanho do comprometimento da PFP vai depender da localização da lesão, já que é uma interrupção do trajeto do nervo facial, podendo ocorrer em qualquer parte do nervo
1-3. Com isso a maneira mais fidedigna de avaliação do paciente pela fotogrametria considerando a subjetividade do acometimento de cada indivíduo é a comparação da hemiface afetada e a não-afetada.
O estudo realizado apresentou limitações importantes quanto ao pequeno número da
população da amostra, falta de pontos definidos da biofotogrametria, na qual pode ter sido
utilizado pontos não sensíveis as mudanças de ação facial, além de que em outros estudos que
avaliam a face mais detalhadamente por meio de recursos visuais (câmeras e fotos) utilizam várias ações faciais e no presente estudo foi sugerido apenas a posição séria e sorrindo, por ter sido analisada como as posições mais usuais nas expressões cotidianas.
Conclui-se que para a avaliação da paralisia facial periférica com a biofotogrametria é
eficaz se comparada a hemiface afetada com a não afetada, comprovado pela avaliação inter e
intra-examinador. Como o padrão de normalidade é a própria hemiface do indivíduo, a
contralateral a lesão, sugere-se que esse método também seja eficaz para a avaliação da
paralisia facial central. Além disso, com o estudo chega-se a conclusão que para a avaliação
da PFP as medidas lineares são mais representáveis do que as angulareS. Assim, esse método
também poderá facilitar a graduação da progressão do tratamento fisioterapêutico. Uma
avaliação fisioterapeutica criteriosa e fidedigna é imprescindível para o adequado
planejamento do tratamento e sua progressão, sendo um feedback valioso para o
fisioterapeuta.
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FIGURA 1 – ILUSTRAÇÕES DAS MEDIDAS
FONTE: Foto do estudo, autorizada pela paciente.
LEGENDA: M=Medidas de distância, P=Paralelas.
LEGENDA:
M1: Glabela ao músculo frontal.
M2: Glabela ao
exocanthion.
M3: Glabela
ao cheilion.
M4: Glabela a
incisura clavicular.
M5: Nariz ao músculo frontal.
M6: Nariz ao exocanthion.
M7: Nariz ao cheilion.
M8: Nariz a incisura clavicular.
M1
LEGENDA:
M9: Gnation ao músculo frontal M10: Gnation ao exocanthion.
M11: Gnation ao cheilion.
M12: Gnation a incisura clavicular.
M13: Cheilion a incisura clavicular.
M14: Exocanthion a incisura clavicular
P1:Pontos do músculo frontal.
P2: Pontos do exocanthion.
P3: Pontos do cheilion.
M2
M3 M5
M6 M7
M8 M4
M9
M10
M11
M12 M13 M14
P1 P2
P3
Tabela 1. Avaliação Intra-examinador nas duas condições pelas diferenças
NEUTRO SORRINDO
MED CORREL P-VALOR REPLIC CORREL P-VALOR REPLIC
M01 0.8756 0,0001* E 0.2033 0,2265 R
M02 0.6960 0,001* MAB 0.6494 0,003* MAB
M03 0.8223 0,0002* E 0.8452 0,0001* E
M04 0.4968 0,02* MAB 0.8426 0,0001* E
M05 0.6461 0,004* MAB 0.6419 0,004* MAB
M06 0.8764 0,0001* E 0.8831 0,0001* E
M07 0.5315 0,01* MAB 0.7334 0,001* MAB
M08 0.8223 0,0002* E 0.7831 0,0004* E
M09 0.8880 0,0001* E 0.7910 0,0003* E
M10 0.9378 0,0001* E 0.7596 0,0005* E
M11 0.8752 0,0001* E 0.8047 0,0002* E
M12 0.8145 0,0002* E 0.6643 0,003* MAB
M13 0.6839 0,002* MAB 0.9402 0,0001* E
M14 0.4839 0,03* MAB 0.3386 0,1 R
P01 0.9992 0,0001* E 0.9999 0,0001* E
P02 0.9986 0,0001* E 0.9991 0,0001* E
P03 0.9995 0,0001* E 0.9993 0,0001* E
A01 0.0 0,6 R 0.7978 0,0003* E
A02 0.8583 0,0001* E 0.9664 0,0001* E
A03 0.6047 0,007* MAB 0.9596 0,0001* E
A04 0.9452 0,0001* E 0.9501 0,0001* E
A05 0.8530 0,0001* E 0.9642 0,0001* E
A06 0.8073 0,0002* E 0.8889 0,0001* E
A07 0.7470 0,0007* MAB 0.7323 0,002* MAB
A08 0.7787 0,0004* E 0,9404 0,0001* E
Referência: M= Medida, P= Paralelas e A= Ângulos, o significado ordinal encontra-se na metodologia; Correl= Correlação; Replic= replicabilidade; E=Excelente; MAB=Média a boa; R=Ruim
Tabela 3. Comparação do lado saudável e lado afetado nas duas condições de teste.
LADO AFETADO LADO NÃO AFETADO DIFERENÇAS
Neutro Sorrindo p- valor
Neutro Sorrindo p- valor
Neutro Sorrindo p- valor Média
(dp)
Média (dp)
Média (dp)
Média (dp)
Média (dp)
Média (dp) M0
1
4,27 (1,47)
4,42
(1,35) 0,047* 4,25
(1,49) 4,41
(1,52) 0,035* 0,26
(0,31) 0,31
(0,28) 0,620
M0 3
11,44 (3,08)
11,34 (3,00)
0,310 11,14 (2,98)
10,75 (2,75)
0,035* 0,37 (0,28)
0,62 (0,49)
0,008*
M0 5
16,37 (4,44)
17,11 (4,18)
0,001* 16,25 (4,38)
16,20 (4,40)
0,059 0,19 (0,20)
0,92 (2,59)
0,049*
M0 6
12,48 (3,58)
13,23
(3,48) 0,001* 12,12
(3,35) 12,93
(3,32) 0,002* 0,53
(0,34) 0,51
(0,39) 0,573
M0 7
5,02 (1,47)
5,77
(1,20) 0,001* 5,02
(1,46) 6,22
(1,48) 0,001* 0,32
(0,23) 0,53
(0,43) 0,035*
M0 9
8,60 (2,41)
8,93
(2,23) 0,041* 8,35
(2,27) 8,70
(2,14) 0,039* 0,39
(0,35) 0,29
(0,28) 0,193
M1 0
7,04 (2,09)
7,22
(1,83) 0,131 6,33
(1,73) 6,90
(1,86) 0,003* 0,80
(0,69) 0,46
(0,41) 0,053
M1 1
6,55 (1,95)
6,34 (1,89)
0,049* 6,08 (1,82)
5,85 (1,77)
0,044* 0,52 (0,45)
0,55 (0,49)
0,705
M1 3
12,49 (2,80)
13,01 (2,68)
0,247 12,65 (2,80)
13,84 (2,79)
0,001* 0,39 (0,30)
0,91 (0,72)
0,011*
A02 63,12 (6,65)
64,27
(7,03) 0,158 59,98
(5,66) 63,32
(6,63) 0,003* 4,45
(3,21) 5,40
(3,60) 0,397 A03 20,05
(2,28)
21 (5,41) 0,551 19,20
(1,99) 24,21
(3,63) 0,001* 3,03
(1,74) 6,74
(5,42) 0,013*
A06 50,85 (4,66)
47,05
(5,07) 0,016* 47,88
(4,06) 41,44
(6,45) 0,001* 4,62
(4,78) 8,97
(7,30) 0,012*
A08 7, 05 (2,82)
9,33 (2,61)
0,012* 10,35 (3,67)
10 (3,17) 0,802 5,07 (3,53)
3,82 (2,81)
0,433
Legenda: D=Distância, o significado da parte ordinal encontra-se na metodologia; dp (desvio padrão).
Tabela 4. Comparação das hemifaces saudável e afetada na condição “sorrindo”.
NEUTRO SORRINDO
Lado saudável
Lado
afetado p-valor
Lado saudável
Lado
afetado p-valor Média (dp) Média (dp) Média (dp) Média (dp)
M01 4,27 (1,47) 4,25 (1,49) 0,722 4,42 (1,35) 4,41 (1,52) 0,789 M02 7,17 (1,89) 7,01 (1,91) 0,205 7,22 (1,66) 7,25 (1,91) 0,950 M03 11,44 (3,08) 11,14 (2,98) 0,015* 11,34 (3,00) 10,75 (2,75) 0,004*
M04 23,13 (5,5) 23,03 (5,47) 0,081 23,50 (5,14) 23,49 (5,14) 0,936 M05 16,37 (4,44) 16,25 (4,38) 0,161 17,11 (4,18) 16,20 (4,40) 0,004*
M06 12,48 (3,58) 12,12 (3,35) 0,028* 13,23 (3,48) 12,93 (3,32) 0,043*
M07 5,02 (1,47) 5,02 (1,46) 0,972 5,77 (1,20) 6,22 (1,48) 0,013*
M08 9,49 (2,07) 9,27 (2,01) 0,130 9,32 (1,97) 9,12 (2,07) 0,175 M09 8,60 (2,41) 8,35 (2,27) 0,094 8,93 (2,23) 8,70 (2,14) 0,032*
M10 7,04 (2,09) 6,33 (1,73) 0,009* 7,22 (1,83) 6,90 (1,86) 0,049*
M11 6,55 (1,95) 6,08 (1,82) 0,006* 6,34 (1,89) 5,85 (1,77) 0,006*
M12 17,60 (4,28) 17,47 (4,24) 0,150 17,74 (4,13) 17,66 (4,16) 0,348 M13 12,49 (2,80) 12,65 (2,80) 0,248 13,01 (2,68) 13,84 (2,79) 0,006*
M14 20,28 (4,87) 20,22 (4,96) 0,582 20,89 (4,75) 20,70 (4,63) 0,316 A01 60,71 (8,67) 62,05 (7,37) 0,221 60,02 (9,52) 62,24 (9,52) 0,414 A02 63,12 (6,65) 59,98 (5,66) 0,044* 64,27 (7,03) 63,32 (6,63) 0,638 A03 20,05 (2,28) 19,20 (1,99) 0,363 21 (5,41) 24,21 (3,63) 0,050*
A04 12,67 (3,78) 13,14 (2,71) 0,368 13,49 (3,95) 12,30 (4,63) 0,397 A05 30,77 (2,48) 30,10 (2,71) 0,778 30,51 (3,29) 28,73 (4,73) 0,397 A06 50,85 (4,66) 47,88 (4,06) 0,046* 47,05 (5,07) 41,44 (6,45) 0,043*
A07 11,53 (1,64) 13,33 (2,21) 0,035* 12,73 (2,41) 12,36 (2,77) 0,510 A08 7, 05 (2,82) 10,35 (3,67) 0,039* 9,33 (2,61) 10 (3,17) 0,451
Legenda: D=Distância, o significado da parte ordinal encontra-se na metodologia; dp (desvio padrão).