• Nenhum resultado encontrado

Fractal, Rev. Psicol. vol.24 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Fractal, Rev. Psicol. vol.24 número2"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Por uma ontologia histórica dE nós mEsmos:

implicaçõessobre os desdobramentoséticose políticos

a partirdaleitura foucaultiana sobre

K

antH

Rodrigo Diaz de Vivar y Soler

HH

Palavras-chave: Ontologia Histórica de Nós Mesmos; Michel Foucault; Kant.

What is Enligthenment? Esta é a pergunta que Foucault se faz em 1984 curiosamente o ano de sua morte. No enunciado deste questionamento encontra-se um duplo efeito: o primeiro é retomar a pergunta formulada por Kant no século XVIII. E o segundo é reinscrever a problemática da Aufklärung para pensar o tempo presente. O presente trabalho detém-se sobre este texto de Foucault inse-rindo-o numa problematização ética que recai sobre aquilo que Foucault chamou de ontologia histórica de nós mesmos como crítica radical do tempo presente, como prática de liberdade e como modo de subjetivação. Para Foucault a relevân-cia do texto kantiano intitulado was it Aufklärung? Consiste no fato de que essa é uma questão a qual todo o pensamento moderno e contemporâneo não pôde se furtar a responder. Dentro da história do pensamento, essa inquietante pergunta permanece sem solução. A leitura praticada por Foucault em relação a esse texto de Kant aponta suas conclusões para uma atualização do papel da crítica na con-temporaneidade. Se outrora este conceito fora utilizado somente pelos domínios

de uma lógica formal e de uma epistemologia como critério de um ceticismo ilo

-sóico, agora a crítica deve ser pensada como atitude-limite ou seja como ruptura

prioritária da atividade intelectual na luta contra toda forma de arbitrariedade

possível. A conseqüência maior desta atitude-limite deine-se pelo fato de que

a crítica assume um teor prioritariamente histórico que compõe as práticas, os jogos os discursos e os modos de estetização de existência responsáveis por fazer do sujeito aquilo que ele é. Isto seria o próprio entrecruzamento da genealogia com a arqueologia. Neste sentido, uma ontologia histórica de nós mesmos não é a tentativa de vislumbrar qualquer projeto utópico de liberdade ou de razão uni-versal. Ela ocupa um papel que está inserido numa atitude-experimental de liber-dade. Neste sentido, ela não reivindica a liberdade, mas a exerce pelos domínios das rupturas, das práticas de transgressão e dos modos de resistência. É portanto uma prática de liberdade inserida numa substância ética e no exercício do sujeito sobre si mesmo. Entretanto, resta empreender um último questionamento: quais são os limites que podemos transpor?

H Trabalho apresentado no Primer Congresso de la Sociedad Filosoica del Uruguay em Montevidéo

entre os dias 10, 11 e 12 de Maio de 2012.

HH Possui graduação em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2006).

Atualmente é consultor de programas e projetos sociais do Grupo de Apoio e Prevenção a Aids de Criciúma e professor horista - Faculdades Integradas de Lages.

E-mail: diazsoler@gmail.com

Referências

Documentos relacionados

O modelo conceitual procura mostrar quais são os elementos de informação tratados pelo sistema, para que mais adiante se possa mostrar ainda como essa informação é transformada pelo

lhante; linhas vasculares bem v1S1veis, cheias de conteúdo amarelo-pardo, em geral retas; pa- rênquima axial moderadamente abundante, pa- ratraqueal em faixas; raios

que guiam a reabilitação neuropsicológica, sendo alguns deles: o terapeuta precisa conhecer a experiência subjetiva do paciente em relação a sua patologia; o quadro

[r]

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Caso a resposta seja SIM, complete a demonstrações afetivas observadas de acordo com a intensidade, utilizando os seguintes códigos A=abraços, PA=palavras amáveis, EP= expressões

Ao final do período de consulta, a urna será lacrada e rubricada pelos integrantes da Mesa Receptora e pelos fiscais de chapa, e entregue juntamente com o

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos