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O que são óleos essenciais

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Academic year: 2022

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O que são óleos essenciais

“Os óleos essenciais são óleos pouco viscosos e bastante voláteis, extraídos de plantas aromáticas, que dão seu cheiro característico.” (Lubinic, 2003) Eles são compostos por misturas de substâncias químicas que, em contato com o corpo, são encaminhados pelo organismo a certos pontos, onde desempenham seu papel, acarretando em seu efeito terapêutico. Esses óleos devem ser 100% puros e de origem rigorosamente controlada a fim de que sua composição química e energética não se altere, mantendo-se adequada para fins terapêuticos. Eles podem ser extraídos de diversas regiões da planta: flor, folha, raiz, madeira, fruto, semente e resina.

Como obter um óleo essencial de qualidade na prática clínica

Em plantações que se destinam à extração de óleo essencial, a qualidade terapêutica do óleo essencial varia em função de diversos fatores, como:

época do ano que foi feito o plantio e a colheita

elementos químicos e fertilização do solo

nível de irrigação do solo

horário do dia na qual foi feita a colheita

método de extração do óleo essencial

Para manter o valor terapêutico de um óleo essencial todas essas variáveis têm de ser bem controladas. A fim de manter uma boa qualidade dos produtos e atendimentos na prática clínica, é muito importante adquirir óleos essenciais de boa qualidade e de produtores que regulam bem essas variáveis. Aromaterapia de qualidade se faz com óleo essencial de qualidade. Algumas marcas confiáveis de óleo essencial:

Baú das Ervas

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Bellarome

Bioessência

Florestas

Garden city

La florina

Neal's yard remedies

Sono dos anjos

Vida bothânica

WNF

Aroma & saúde

Banho maria aromaterapia

Bem querer aromas

Tisserand

Materia aromatica

Aromakraut

Samia

Como se extrai óleo essencial

Os óleos essenciais podem ser extraídos de plantas aromáticas de diversas formas.

Cada método de extração oferece vantagens e desvantagens e cada planta tem um método ideal de extração. A destilação a vapor é o método de extração mais usado em Aromaterapia, mas existem diversos outros e todos podem ser usados para obtenção de óleo essencial de qualidade aromaterapêutica. Seguem alguns dos métodos mais frequentemente usados:

Destilação a vapor (folhas, flores): seca, mói ou pica a planta, então se aquece a planta sobre água de modo que o vapor da água seja forçado a passar pela planta, carregando consigo o óleo essencial, em seguida o vapor é recolhido e resfriado. Em seguida a fase óleo é separada da fase água (hidrolato).

Curiosidades: no Egito antigo usavam uma ``caixa solar'' para realizar esse

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processo; outro destilador usado era o ``destilador de areia'', procedimento que

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demora cerca de um dia; existe também o ``destilador de campo'' que é usado somente para plantas que produzem óleo essencial na superfície, nas folhas e flores.

Enfloragem (flores): é feito um ``sanduíche'' de flores e gordura entre duas placas de vidro canelado, é deixado em local quente e seco durante 36 horas, então é retirado a gordura e colocada num vidro limpo. Nesse vidro se adiciona álcool 95% e se deixa repousar por várias semanas, então se separa o álcool da gordura.

Expressão (casca): uma camada externa fina da casca é retirada e

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comprimida e deixada descansar. Após um tempo se separa o óleo essencial do

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suco da fruta. Curiosidade: antigamente para se extrair o óleo essencial de frutas usava-se um barril cheio de agulhas em buracos. As cascas eram colocadas nas agulhas e o óleo essencial escorria pelas agulhas para dentro de barril junto com o suco da fruta.

Extração por solvente: a planta é colocada junto com um solvente químico num vasilhame, deixado de repouso e então destilado o solvente, o que produz o concreto do óleo essencial, que é semi-sólido.

Maceração (flores e folhas): amassadas e colocadas em gordura ou óleo vegetal quente. Após algum tempo a mistura é filtrada, sobrando um óleo de massagem ou um ungüento, pode-se dissolver tudo em álcool como é feito em enfloragem.

Atenção a alguns pontos importantes:

Existem muitos produtos que se dizem aromaterapêuticos pelo comércio, porém pouquíssimos são realmente, muitas vezes por falta de

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conhecimento dos produtores e comerciantes.

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Temos que lembrar que a aromaterapia não é uma técnica diagnóstica! Não se faz diagnóstico com aromaterapia. Para isso utilizamos outras técnicas, como medicina chinesa, iridologia, simples anamnese, entre outras. Um bom diagnóstico é pelo menos 50% de um bom tratamento, é muito importante se aperfeiçoar em bons métodos-diagnóstico para desenvolver uma terapia eficiente.

Para extração de óleo essencial no geral é necessário uma grande quantidade da planta. É necessário que tenhamos grande respeito com a natureza e procuremos sempre conservá-la e cuidar para que seus recursos não se extinguam. Por isso temos que utilizar a aromaterapia com muita consciência.

Lembrando sempre das sábias palavras de Buda: ``O caminho do bem é o caminho do meio''.

Outras definições importantes

Óleo sintético: substância elaborada em laboratório que procura imitar um cheiro natural.

Essência: produto elaborado a partir de substâncias naturais e sintéticas que procura imitar um cheiro natural.

Óleo vegetal: óleos mais viscosos extraídos de plantas (aromáticas ou não aromáticas), que não dão o aroma característico da planta.

Óleo adulterado: vendido como óleo essencial puro, no entanto acrescido de óleo vegetal.

Óleo retificado: redestilado para uso farmacológico, perde algumas propriedades terapêuticas para a Aromaterapia.

Substância aromatizante: composto químico com propriedades aromáticas (pode ser natural ou sintética e é como se fosse parte de um óleo essencial).

Óleo reconstituído: óleo essencial “vencido” que é reaproveitado por processo químicos.

Aroma: produto químico com características gustativas (gosto) e

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olfativas (cheiro).

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Quais as diferenças de óleo essencial e óleo vegetal?

Na Aromaterapia se utilizam os óleos essenciais puros para os efeitos terapêuticos e os óleos vegetais como emoliente e base. As principais diferenças entre esses dois são:

Óleo essencial Óleo vegetal

Moléculas pequenas (terpenos) Moléculas grandes (ácidos graxos)

Densidade ~ 1 Densidade < 1

Volátil Não volátil

Evapora sem deixar resíduos Evapora deixando nódoa Ponto de ebulição < 100oC Ponto de ebulição > 100oC

Aromático Cheiro típico de óleo

Leve ao tato Untuoso ao tato

Não saponificável Saponificável

Diversos princípios ativos Poucos princípios ativos

Terapêutico Emoliente

Oxida = resinifica Oxida = ransifica

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Resina: Ranço:

Como Aromaterapia funciona

A Aromaterapia tem dois principais mecanismos de ação: o mecanismo de ação farmacológico e o mecanismo de ação olfativo. Conhecer bem os mecanismos de ação dos óleos essenciais é importante para se decidir como serão aplicados para cada caso.

A atuação do óleo essencial não é definida pelo seu modo de aplicação, mas cada modo de aplicação poderá facilitar certa atuação desejada.

O mecanismo de ação farmacológico

O mecanismo de ação farmacológico se baseia na absorção dos componentes químicos do óleo essencial, ou seja, os componentes chegam à corrente sanguínea. A partir de lá, cada componente irá migrar para determinados tecidos por afinidade e atração química. Para entender melhor a ação farmacológica dos óleos essenciais é necessário compreender um pouco de farmacologia:

Via de administração: por onde o produto entra no organismo.

via oral (pela boca, não usada no Brasil);

via respiratória ou inalatória (pela respiração, aplicação ambiental com

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difusor ou spray e aplicação pessoal com inalador, spray ou difusor pessoal);

via dérmica ou tópica (pela pele, usada intensamente, principalmente em massagem);

via ano-retal (pelo reto, inclui banho de assento);

injeções: subcutânea, intra-muscular e endovenosa ou intravenosa (não usada em Aromaterapia).

Absorção: quando o produto cai no sangue. Na aplicação dérmica o produto vai passar por diversos tecidos: pele, tecido sub-cutâneo, tecido conjuntivo, fáscias, músculos, ossos e articulações. Na administração oral o produto vai passar pelo sistema digestivo, podendo ser absorvido em diversos órgãos, principalmente estômago e intestinos. Na administração inalatória, o produto passa diretamente ao sangue nos alvéolos pulmonares. Na administração ano-retal o produto cai diretamente no sangue em absorção retal. A velocidade de absorção dá a curva de concentração do produto no sangue, que indica a janela terapêutica.

Distribuição: como o produto chega no tecido-alvo. Após a absorção cada composto químico é encaminhado ao tecido alvo por quimiotaxia (afinidade química por receptores específicos para o composto, encontrados em cada tecido em quantidades diferentes dependendo do estado do tecido).

Ação: como o produto causa seus efeitos (terapêuticos e colaterais) no organismo. A ação dos óleos essenciais podem ser feitas de duas formas:

diretamente no tecido alvo (atuando em receptores e reagindo com outro compostos químicos) ou indiretamente, via modulação do sistema nervoso central ou sistemas reflexos.

Metabolismo: como o organismo lida com o produto preparando-o para ser excretado. Dependendo da composição química do óleo essencial, ele terá mais afinidade por um local ou outro de metabolização: moléculas hidrofílicas são mais metabolizadas nos rins, na musculatura esquelética e nas glândulas adrenais, ésteres são mais hidrolisados no fígado, citral é metabolizado no trato gastro- intestinal, fenóis são metabolizados nos rins, moléculas lipofílicas são metabolizadas no SNC. Na maioria dos casos, os óleos essenciais são metabolizadas no fígado, tornando-se hidrofílicas por ação enzimática e inativo

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metabolicamente.

Excreção: como o organismo retira o produto do corpo. Os óleos essenciais também podem ser excretados de formas diferentes: dérmica (suor), excretora (filtrado pelos rins e eliminado na urina), fecal (bolo fecal) e respiratória (expiração). Da mesma forma que o metabolismo, a excreção depende da afinidade do óleo essencial por uma ou outra via, mas a maioria é excretada na urina.

Curva de concentração plasmática e janela terapêutica (ou índice terapêutico): a curva de concentração plasmática é a concentração de um determinado produto no plasma sanguíneo ao longo do tempo. Para ser eficaz e segura, qualquer terapia farmacológica deve estar dentro da janela terapêutica. A janela terapêutica é a janela que existe entre o mínimo eficaz (concentração mínima que produz efeito terapêutico) e o máximo não tóxico (concentração máxima sem produzir efeitos tóxicos). Os limites de segurança da Aromaterapia (que serão discutidos mais adiante) orientados pela ABRAROMA (Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromacologia) garantem que a concentração plasmática permaneça dentro da janela terapêutica, mais próximos ao mínimo eficaz.

O mecanismo de ação olfativo

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Esse mecanismo se baseia na captação das moléculas dos compostos

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químicos dos óleos essenciais na mucosa nasal. Quando captados pela mucosa nasal, os óleos essenciais se ligam a receptores para moléculas aromáticas no epitélio olfativo.

Esses receptores são projeções nervosas do bulbo olfativo, que se comunica com o sistema nervoso central em diversos níveis (corticais e sub- corticais). A partir dessa comunicação, os aromas podem influenciar o funcionamento do sistema nervoso, influenciando, portanto, as funções de centros mentais, emocionais e de controle físico, como, por exemplo:

amídala: aspectos de comportamento social, prazer, dor alegria, sofrimento, emoções;

hipocampo: atuação em memória recente, aprendizagem e emoções, identificação de memórias olfativas (quando um cheiro nos lembra alguma sensação, momento, pessoa...);

córtex: atuação em processos intelectuais;

hipotálamo: atuação em controle de agressão e comunicação com o mundo externo, processos psicológicos sexuais, principal via de saída, na qual se originam as respostas comportamentais, psicológicas e emocionais aos óleos essenciais, controla a secreção hormonal por se conectar à hipófise, controla órgãos endócrinos como glândula pituitária, tireóidea, gônadas e glândula supra- renal, atuando nas emoções, no humor e no comportamento;

sistema límbico (amígdala, hipocampo e hipotálamo): responsável pelo controle de aspectos comportamentais e viscerais (pode haver atuação física através do sistema nervoso central);

cerebelo: influência em movimento corporal e equilíbrio.

Existem muitos centros nervosos e os óleos essenciais podem atuar de diversas formas diferentes nesses centros, aumentando ou diminuindo sua atividade. O modelo psiconeuroendocrinoimunológico explica bem essa atuação. Esse modelo estuda a interação entre os sistemas psíquico, neurológico, endócrino e imunológico e oferece explicações quanto ao funcionamento integral do corpo humano. Ele se baseia nos eixos neuro-endócrinos, como o eixo de ativação do stress (primeiro eixo neuro- endócrino descrito em literatura):

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Segundo a interpretação psiconeuroendocrinoimunológica da Aromaterapia, os óleos essenciais podem atuar direta ou indiretamente no sistema psico-neural e indiretamente nos outros sistemas do corpo quando aplicados de forma inalatória (agindo pelo mecanismo olfativo).

Quadro-resumo da ação farmacológica e olfativa, interpretados segundo o modelo psiconeuroendocrinoimunológico:

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Teoria da memória olfativa

A teoria da memória olfativa é mais usada por psicólogos no tratamento aromaterapêutico. Segundo essa teoria, os aromas passam por um processo de identificação no sistema nervoso central e o sistema nervoso central (principalmente a amídala) relaciona-os diretamente a memórias pessoais ou coletivas. O sistema olfatório é sistema sensorial que tem acesso mais direto ao sistema nervoso central, sendo um dos sistemas mais antigos filogeneticamente e evolutivamente a aparecer.

Com isso esse sistema tem um acesso primordial e primitivo às emoções e processos psíquicos, passando muitas vezes por processos psicológicos sub-consciente ou inconscientes.

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A identificação do aroma ocorre por um processo que se inicia pela captação

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epitelial e envio de informação neural ao bulbo olfatório. Em seguida a informação é enviada ao sistema nervoso central chegando ao cérebro, onde os aromas são reencaminhados a outras partes do sistema nervoso central. Essas outras partes podem realizar a identificação do aroma ou realizar algum processo terapêutico, ou ambos.

No sistema nervoso central o rinencéfalo (nervo e trato olfatório, estria olfatória lateral e uncus) recebe as informações do bulbo olfatório e realiza a percepção e identificação do aroma. As informações então são novamente reencaminhadas a outras partes do sistema nervoso central, processos complexos nos quais ocorre a integração do aroma com as memórias. Essa integração permite que memórias emocionais sejam trazidas à tona e trabalhadas, realizando um processo terapêutico que relaciona o momento atual com o histórico do paciente de uma forma indireta (não necessariamente precisa haver verbalização).

Aromaterapia e reflexologia

A aromaterapia ainda pode ser aplicada indiretamente por sistemas reflexos (reflexologia). A aplicação depende da teoria de reflexologia adotada e a atuação depende das propriedades terapêuticas de cada óleo essencial. Para a compreensão dessa aplicação é necessária a compreensão do sistema reflexo usado. Como exemplo, temos abaixo alguns esquemas de sistemas reflexos:

Reflexologia plantar:

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Reflexologia palmar:

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Reflexologia facial:

Reflexologia por dor referida:

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Reflexologia para acupuntura auricular:

Reflexologia de acupuntura:

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Referências

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