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Psicologia do Desenvolvimento

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Academic year: 2022

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(1)

Fundador e Presidente do Conselho de Administração:

Janguê Diniz Diretor-Presidente:

Jânyo Diniz

Diretor de Inovação e Serviços:

Joaldo Diniz

Diretoria Executiva de Ensino:

Adriano Azevedo

Diretoria de Ensino a Distância:

Enzo Moreira

Créditos Institucionais

Todos os direitos reservados 2020 by Telesapiens

(2)

Olá! Meu nome é Tainá Thies. Sou formada em Letras, com especialização em Linguística, mestrado em Teoria da Literatura e, atualmente, cursando Psicologia, com uma experiência técnico-profissional na área de Educação e Aprendizagem de mais de 10 anos. Atuei em empresas que me colocaram em contato com a diversidade do povo brasileiro e me fizeram amar ainda mais a Educação, a Psicologia e a Língua Portuguesa. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

A AUTORA

TAINÁ THIES

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Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam:

OBJETIVO Breve descrição do objetivo

de aprendizagem; +

OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa

sobre o que acaba de ser dito;

CITAÇÃO Parte retirada de um texto;

RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens;

TESTANDO Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do

conteúdo;

DEFINIÇÃO Definição de um

conceito;

IMPORTANTE O conteúdo em destaque

precisa ser priorizado;

ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo;

Um atalho para resolver DICA algo que foi introduzido no

conteúdo;

SAIBA MAIS Informações adicionais

sobre o conteúdo e temas afins;

+ +

+ EXPLICANDO

DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado;

SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema

ou exercício;

EXEMPLO Explicação do conteúdo ou

conceito partindo de um caso prático;

CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre

o tema em estudo;

PALAVRA DO AUTOR Uma opinião pessoal e particular do autor da obra;

REFLITA O texto destacado deve

ser alvo de reflexão.

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SUMÁRIO

Teorias do Desenvolvimento e da Aprendizagem e suas

Implicações Pedagógicas ...12

A Psicanálise de Freud e o desenvolvimento infantil ... 13

Sigmund Freud (1856-1939) ... 13

Fases do Desenvolvimento Psicossexual... 20

O behaviorismo radical de Skinner e aprendizagem ... 23

Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) ... 24

Consequências – reforço e punição ... 27

Reforço ... 27

Punição ... 29

O humanismo de Rogers e a mudança ao longo da vida .... 30

Carl Rogers (1902-1987) ... 31

Abraham Maslow (1908- 1970) ... 34

Psiquismo da Criança Frente ao Processo de Aprendizagem ...37

Desenvolvimento da Confiança ... 37

Desenvolvimento do Apego ... 38

Desenvolvimento da autonomia, da iniciativa e produtividade ... 40

Psiquismo na adolescência e a Aprendizagem ...42

Identidade ... 44

Sexualidade ... 46

Andragogia e a Psicologia da aprendizagem em fase adulta ...49

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(6)
(7)

UNIDADE

04

A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM, VÁRIAS FASES DA

VIDA U

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Chegamos ao final de mais uma disciplina. Nesta unidade, vamos verificar as principais linhas teóricas da Psicologia, Psicanálise, Behaviorismo e Humanismo. Cada uma destas áreas estuda o ser humano de um ponto de vista diferente, descrevendo o desenvolvimento e aprendizagem em cada fase da vida. Nos aprofundaremos em alguma das características que marcam infância, adolescência e vida adulta, relacionando-as a diferentes teóricos, tais como: Freud, Skinner, Roger, Erikson e Bowlby.

Esperamos que você se interesse pelos conceitos trabalhados aqui para aprofundar seus estudos cada vez mais, pesquisando as diferentes abordagens da Psicologia do Desenvolvimento.

Vamos começar?

INTRODUÇÃO

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Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 4. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais:

OBJETIVOS

Extinguir entre as principais abordagens da psicologia moderna;

Discutir o desenvolvimento psíquico da criança;

Apontar o desenvolvimento psíquico na adolescência;

Investigar o desenvolvimento da aprendizagem na vida adulta.

Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho!

2 1

4 3

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Teorias do Desenvolvimento e da Aprendizagem e suas Implicações Pedagógicas

OBJETIVO

Ao término deste tópico, você será capaz de entender as principais abordagens da psicologia moderna. Portanto, vamos focar em três grandes teorias, que descrevem como o ser humano se desenvolve, aprende e muda ao longo da vida. Para cada uma dessas três ações, falaremos de um teórico fundador de uma das três grandes escolas de pensamento da Psicologia:

o Behaviorismo, a Psicanálise e o Humanismo. E então? Será que conhecer o as teorias do desenvolvimento auxiliam a compreender os processos e implicações da pedagogia na aprendizagem? Então, vamos lá!

Assim, começaremos falando como a pessoa se desenvolve na teoria de Freud (Psicanálise). Em seguida, veremos como o indivíduo aprende na concepção de Skinner (Behaviorismo) e, por fim, como ocorre a mudança ao longo da vida, pela visão de Rogers (Humanismo).

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A Psicanálise de Freud e o desenvolvimento infantil

Sigmund Freud (1856-1939)

Figura 1: Sigmund Freud (1856-1939)

Fonte: Wikemedia

Freud começou sua carreira formando-se em Medicina e atendendo em consultório particular, muito embora tivesse em mente ser um pesquisador. Porém, não sendo rico e tendo origem judia, as oportunidades para um jovem médico nem sempre eram das melhores no início, e, por isso, optou por praticar a medicina, mais especificamente a neurologia e os transtornos nervosos.

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Para poder trabalhar com o tratamento dos transtornos nervosos, Freud estudou com o psiquiatra Jean Charcot, o qual utilizava técnicas de hipnose para tratar a histeria.

Para os psicanalistas, a histeria era uma desordem que afligia mulheres, fazendo com que elas sofressem de ataques nervosos e reações exageradas. Porém, este conceito mudou após tantas pesquisas.

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre a história da histeria e o seu conceito atual, recomendamos a leitura o artigo “Histeria”, do psicólogo Giovani Belintani, disponível em https://bit.ly/2FEscHO.

Acesso em: 21 set. 2020.

Entretanto, Freud não se interessou pelo método da hipnose, e voltou--se para o método empregado pelo médico Joseph Breuer, que tratava os pacientes escutando-os. Os dois trabalharam juntos por um tempo, mas se separaram em virtude de ideias contrárias a respeito das causas da histeria.

A partir deste trabalho, Freud começou a pesquisar e escrever suas pesquisas sobre a teoria psicanalítica. Aos poucos, ele foi colecionando inúmeros discípulos, muitos dos quais seguiam com sua linha de pensamento, e outros tantos romperam com Freud por não concordarem com as suas teorias ou personalidade.

Assim, Freud desenvolveu uma das teorias mais robustas da psicologia, a Psicanálise.

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ACESSE

O documentário sobre a vida e o trabalho de Freud, para saber mais sobre o psicanalista tão famoso, que está disponível em https://bit.ly/3mIerIq. Acesso em: 21 set. 2020.

Figura 2: Freud e o divã

Fonte: Pixabay

Instâncias e Estruturas psíquicas

Não teremos como dar conta, neste breve espaço, de todos os pontos trabalhados na teoria de Freud, porém, precisamos entender como a psiquê se forma, de acordo com a Psicanálise, para, então, podermos discutir o seu desenvolvimento a partir dessa visão.

Assim:

A Psicanálise, o método terapêutico desenvolvido por Freud, procura favorecer os pacientes na compreensão sobre seus conflitos emocionais

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inconscientes, fazendo-lhes perguntas destinadas a evocar lembranças há muito esquecidas (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2010, p. 32).

Conforme as autoras, a psicanálise tenta trazer à tona, ou melhor, ao consciente, os traumas e conflitos que foram relegados ao inconsciente, a uma parte da psique que não é acessada de forma direta, mas por meio dos sonhos, lapsos e trabalhos em consultório, de acordo com Freud.

Há um termo muito importante na Psicanálise, e que é utilizado de diferentes formas pelas pessoas: recalque. Para a Psicanálise, o recalque é um mecanismo de defesa, que auxilia o indivíduo a colocar para fora uma das situações difíceis, em um local de difícil acesso, ou inconsciente. Para entender melhor, recomendamos assistir ao vídeo “Recalque na Psicanálise”, da psicanalista Evelyn Disitzer, disponível em https://cutt.ly/

xfLy5Bg. Acesso em: 21 set. 2020.

Desta forma, nossa psique humana é constituída por três partes: consciente, pré-consciente e inconsciente. Veja a imagem a seguir:

Figura 3: Id, Ego e Superego

Fonte: Elaborada pela autora (2020).

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SAIBA MAIS

O professor Hélio Miranda Jr. nos proporciona um melhor entendimento do ID no vídeo “O ID – Conceitos em Freud”, disponível em https://cutt.ly/4fLiymI. Acesso em: 21 set. 2020.

Vamos exemplificar para entender melhor. Quando um bebê nasce, ele tem apenas o princípio do prazer. Se sente fome, chora para ter sua necessidade de fome atendida. Se quer a mãe, chora para ter a satisfação da necessidade de conforto. E assim, o Id garante também a sobrevivência do indivíduo. Porém, o Id não conhece o mundo externo, as pessoas, as regras, as coisas do mundo, apenas as vontades e necessidades do sujeito. Assim, aos poucos, o Ego passa a se desenvolver para que o sujeito possa ter contato com o mundo exterior, não apenas pelo choro.

Ego: Embora o Id possa saber o que é um chocolate e querer um chocolate, ele não consegue negociar com a realidade para obtê-lo. Desta forma, é preciso um sistema que consiga fazer as transações com o mundo objetivo, e o Ego assume esse papel. Porém, nem sempre o Ego pode satisfazer as necessidades e vontades do Id no momento ou da forma como ele quer. Se você estiver em uma fila do banco e estiver com vontade de ir ao banheiro, o Ego não deixará que você esvazie sua bexiga ali naquele lugar. Ele fará um balanço, tentará calcular quanto tempo a bexiga aguenta, qual o tamanho da fila, onde está o banheiro, e assim por diante, até poder satisfazer essa necessidade.

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SAIBA MAIS

Recomendamos assistir ao vídeo do professor Hélio Miranda Jr., que nos proporciona um melhor entendimento do EGO, “O EGO – Conceitos em Freud”, disponível em https://cutt.ly/afLo47u.

Acesso em: 21 set. 2020.

Em outras palavras:

[...] o ego é o executivo da personalidade, porque ele controla o acesso à ação, seleciona as características do ambiente às quais irá responder e decide que instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ao realizar essas funções executivas imensamente importantes, o ego precisa tentar integrar as demandas muitas vezes conflitantes do id, do superego e do mundo externo. Essa não é uma tarefa fácil e, em geral, coloca atenção sobre o ego (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2010, p.

54).

Assim, o Ego tem uma tarefa árdua de dar conta tanto das demandas dos sujeitos, quanto das demandas do ambiente. Como vimos, as demandas do sujeito podem vir do ID, dos desejos e impulsos, porém, pode vir também de outra instância, que se desenvolve a partir da internalização das regras do sujeito, o Superego.

Superego: esta instância se desenvolve ao longo da primeira infância com as regras sociais impostas no desenvolvimento infantil, e será mais ou menos exigente dependendo da internalização de tais regras pelas crianças.

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considera certo ou errado) e os padrões de vida internalizados formarão o Superego, o qual é uma instância altamente exigente por seu teor moral, sendo o oposto do Id.

Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade conforme interpretada pela criança pelos pais e impostos por um sistema de recompensas e munições.

O superego é a força moral da personalidade.

Ele representa o ideal mais do que real e busca a perfeição mais do que prazer. Sua principal preocupação é decidir se alguma atitude é certa ou errada, para poder agir de acordo com os padrões morais autorizados pelos agentes da sociedade (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2010, p. 54).

O Superego atua como nossa bússola moral interna, mas que se construiu a partir do que eles disseram ser certo ou errado.

Porém, às vezes, esta bússola pode ser extremamente rígida, causando sofrimento para o sujeito. Uma vez o que o superego tem como uma de suas funções coibir os desejos do Id, se ele conseguir inibir os desejos, como fica o sujeito diante de suas necessidades?

Assim, o Superego possui, além da função de coibir o desejo do Id, outras duas funções: (1) fazer com que o Ego ceda a objetivos moralistas e não realistas e (2) ser um agente da busca da perfeição, tentando fazer com que o mundo seja o ideal de certo e moral.

As instâncias foram descritas por Freud em um período em que ainda não possuíamos todo o conhecimento acerca dos processos mentais ao qual temos acesso hoje. Desta forma, não devemos pensar as instâncias psíquicas como estruturas distantes do corpo e do ambiente em que o sujeito está inserido. Logo, o Id representaria o fator biológico constituinte da personalidade,

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o Superego, o componente social e o Ego, o componente psicológico.

Por fim, para Freud, os conflitos gerados entre o desejo Id e as imposições da sociedade (Superego) originam a personalidade do sujeito, a qual vai se moldando ao longo da vida e passando por diferentes fases, como veremos a seguir.

Recomendamos assistir ao vídeo do professor Hélio Miranda Jr., que nos proporciona um melhor entendimento do EGO, no vídeo: O EGO – Conceitos em Freud. Fonte: Disponível em: https://cutt.ly/GfLR0jK. Acesso em: 21 set.2020.

Fases do Desenvolvimento Psicossexual

De acordo com Freud, os anos iniciais (de 0 a 5 anos aproximadamente) são os de desenvolvimento da personalidade infantil. Há sempre muitas críticas (positivas e negativas) em relação ao modelo proposto por Freud, pois ele leva em consideração o desenvolvimento sexual. Porém, tal desenvolvimento não condiz em sua totalidade com a ideia de sexo, e sim com fontes de prazer, sendo o sexo uma delas.

Por isso, caso você se aprofunde mais sobre a psicanálise de Freud, você verá que, muitas vezes, o que se leva em consideração são as fontes de gratificação, ou de satisfação de um desejo, que não está sempre relacionado com um prazer ligado aos órgãos genitais, mas, sim, a todos os olhos que podem proporcionar prazer, não obrigatoriamente com a conotação sexual.

Embora pensemos nas crianças como seres sem despertar da sexualidade, os psicólogos nos mostram o quanto este pensamento está errado. A partir do momento em que a criança descobre seus jogos genitais, ela experimentará sensações relacionadas a eles. A masturbação infantil, como é

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devida orientação e atenção, pois pode se tornar um problema.

Leia o artigo “Masturbação infantil: como lidar com a descoberta dos órgãos sexuais pelas crianças?”, do site Uai Saúde, para compreender melhor esse fenômeno e ver algumas dicas de como trabalhar com as crianças nessa fase, que está disponível em https://cutt.ly/kfLYKYn. Acesso em: 21 set. 2020.

Vamos ver as frases de desenvolvimento descritas por Freud e compreendermos melhor tal conceito. Veja o quadro a seguir, com o resumo de cada uma das fases:

Freud descreveu um sentimento de desejo e ciúmes entre a criança e seus genitores, chamado de Complexo de Édipo. Recomendamos assistir ao vídeo “Complexo de Édipo segundo Freud”, para saber o que é esse complexo, disponível em https://cutt.ly/hfLA2q2. Acesso em: 21 set. 2020.

Quadro 1: Fases do desenvolvimento psicossexual segundo Freud

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Fonte: Elaborada pela autora (2020).

Como como podemos ver pelo quadro acima, há fases em que a necessidade de gratificação é maior e voltada para o próprio indivíduo, fases de maior calma em relação aos impulsos e fases em que o prazer é deslocado para a interação com o outro. E assim, na negociação entre o desejo e as regras morais e sociais vão sendo internalizadas é que nós constituímos.

Recapitule as fases do desenvolvimento psicossexual de Freud com a matéria do Portal Educação, disponível em https://

cutt.ly/TfLFRPn. Acesso em: 21 set. 2020.

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aprendizagem

Antes de entrarmos na teoria desenvolvida por Skinner, vamos relembrar, de forma breve, como o Behaviorismo se constitui.

Vimos, na primeira unidade, que Pavlov estudou o condicionamento clássico, a partir da apresentação de um estímulo com a elucidação de uma resposta. Reveja o conteúdo da primeira unidade para lembrar esses conceitos!

Outra figura muito importante para o estabelecimento do Behaviorismo, como uma das escolas de maior peso na Psicologia, foi John Watson, um pesquisador americano, que ficou famoso primeiramente por seu experimento com um bebê chamado Albert.

Neste experimento, o pesquisador estabeleceu que o medo e a ansiedade podem ser condicionados e generalizados, isto é, se por acaso o bebê desenvolver o medo de cachorros, poderá generalizar esse medo para bichos de pelúcia, coelhos e outros animais peludos.

SAIBA MAIS

Watson realizou o experimento com o pequeno Albert, os quais ficaram mundialmente famosos. Recomendamos assistir ao vídeo “Condicionamento e Medo: Experimento de Albert”, para entender como era realizada a pesquisa experimental nessa época, disponível em https://cutt.ly/HfZqftu. Acesso em: 21 set.

2020.

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Outro efeito de Watson foi a publicação de um artigo que trazia um manifesto behaviorista, que lançava as bases de um novo movimento dentro da Psicologia. Desta forma, o Behaviorismo deveria ater-se ao estudo dos elementos do comportamento, aquilo que é observável no corpo, e não deveria utilizar os termos e nomenclaturas subjetivas e mentalistas, como método introspectivo dos psicólogos anteriores.

Embora Watson tenha lançado as bases para a nova escola de pensamento, foi Skinner que de fato a desenvolveu e a tornou tão conhecida, como veremos a seguir.

Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)

Figura 4: Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)

Fonte: Wikimedia

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Skinner foi um psicólogo americano que iniciou sua carreira como escritor e que, após ver suas tentativas de escrita e renome frustradas, decidiu estudar Psicologia, em Harvard, dedicando-se à psicologia experimental. Foi um psicólogo muito premiado e reconhecido por seus trabalhos e suas publicações.

Seu trabalho girou em torno do comportamento (behavior), salientando que o mesmo poderia ser estudado por ele mesmo, e não com base em processos mentais internos.

De forma bastante ampla, seu trabalho pretendia estabelecer leis gerais a partir da observação do indivíduo, focando sempre em transpor tais leis para problemas práticos, como tecnologia educacional, tratamento de crianças autistas, desenvolvimento infantil, entre outros campos.

SAIBA MAIS

Recomendamos assistir ao documentário sobre a vida de Skinner para compreender melhor essa figura tão importante para a psicologia e educação, disponível em https://bit.ly/33NPsuH.

Acesso em: 21 set. 2020.

Diferentemente de Pavlov, Skinner não estudou apenas o comportamento respondente, aquele produzido por estímulo, mas sim o comportamento operante, que é o comportamento que produz também uma sequência (ou mudança) no ambiente, não apenas uma resposta. Vamos ver os exemplos para compreender:

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Quadro 2: Exemplos de comportamento e suas possíveis consequências

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

Acima, podemos ver alguns comportamentos e suas possíveis consequências. As consequências podem ser simples, como obter um chocolate, ou complexas, como obter respostas emocionais de outra pessoa.

O que precisamos compreender é que agimos da forma como agimos, para obtermos algo do ambiente. Para compreendermos bem isso, vamos analisar o comportamento da manha no mercado.

A criança pode apresentar o comportamento de chorar e ficar parada pedindo chocolate, quando a mãe lhe diz que não vai comprar. Com isso, a criança poderá variar seu comportamento, atirar-se no chão, gritar, chutar, entre outros, tudo com a finalidade de fazer com que o ambiente se modifique, isto é, que a mãe lhe dê o que deseja.

Até aqui conseguimos perceber como o sujeito age para que consiga ou não algo, emitindo comportamentos para alterar o ambiente. Porém, a partir deste primeiro comportamento, o que acontece?

Vamos voltar à birra pelo chocolate. Digamos que tenha sido a primeira vez que a criança faz isso no mercado. O que vai determinar que ela pare com esse comportamento inadequado ou o reproduza no futuro em outras situações? É algo que Skinner chamou de reforço e punição, como veremos a seguir.

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Consequências – reforço e punição

Reforço e punição são consequências do comportamento do indivíduo e atuam de forma direta no aprendizado do ser humano. Assim, a primeira birra da criança no mercado poderá ser reforçada ou punida. Mas, para sabermos como, vamos ver cada uma dessas consequências.

Reforço

Um reforço é uma consequência que aumenta a probabilidade de que aquele comportamento volte a ocorrer.

Assim, se o comportamento de birra foi reforçado, é muito provável que a criança aja da mesma forma novamente.

Existem dois tipos de reforço: o positivo e o negativo.

Na análise do comportamento (behaviorismo), positivo equivale à adição, e o negativo à subtração. Cuidado! Nunca confunda o positivo com bom, nem o negativo com mau neste caso.

Reforço Positivo: quando acrescentamos um estímulo ao ambiente, temos um reforço positivo ao comportamento.

Assim, caso a mãe dê o chocolate à criança, após ela fazer a birra, ela reforçará positivamente o comportamento de birra, pois ela adicionou ao ambiente o chocolate. Assim, no futuro, a criança saberá que basta chorar e espernear para a mãe comprar o que ela quer!

Porém, o reforço positivo pode ocorrer, por exemplo, ao emitirmos o comportamento de estudar para a prova, e o estímulo boa nota for adicionado ao ambiente. Desta maneira, é bem provável que eu volte a estudar para as provas para que ganhe melhores notas.

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Reforço Negativo: Quando retiramos um estímulo aversivo do ambiente, temos um reforço negativo no comportamento.

Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o termo aversivo, muito utilizado na análise do comportamento, significa algo que provoca repulsa. Fonte: Disponível em:

https://bit.ly/3ciKoCo. Acesso em: 21 set. 2020.

Digamos que essa mesma criança vá à praia com seus pais.

Em um primeiro momento, ela se nega a passar protetor solar e, no fim do dia, ela está com a pele ardendo. Logo, a ardência na pele é um estímulo aversivo para a criança.

No dia seguinte, a criança aceita o protetor solar, pois o mesmo retira o estímulo de ardência, e, assim, o comportamento de passar protetor solar é reforçado negativamente, pois subtraímos algo que incomodava. Logo, é bem provável que a criança passará a ser comportar de forma a utilizar o protetor solar sem reclamar.

Da mesma forma, podemos analisar os diversos comportamentos, que são reforçados positiva ou negativamente.

Vamos ver mais um exemplo para compreender.

Fazemos o nosso trabalho e cumprimos os prazos muitas vezes, tanto por reforço positivo quanto por reforço negativo. O reforço positivo, na maioria das vezes, é o salário, uma adição de estímulo ao ambiente. O reforço negativo é a retirada da advertência do chefe, ou a retirada das dívidas!

Se pensarmos que podemos agir por reforço positivo, ou seja, adicionando algo que gostamos, ou por esforço negativo, subtraindo algo aversivo do nosso ambiente, você diria que as suas ações durante as semanas são motivadas mais por reforço positivo ou por reforço negativo? Em todo o caso, esperamos que seja por reforço positivo! Afinal, passar os dias apenas retirando os estímulos aversivos do ambiente, nem sempre nos deixa felizes!

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Punição

Da mesma forma que o reforço, a punição também pode ser positiva ou negativa. Porém, a punição visa diminuir e extinguir um comportamento tido como inadequado.

Punição Positiva: No caso da criança do mercado, talvez a mãe não consiga sair de perto e deixar a criança chorando para extinguir este comportamento. Muitos pais aplicam uma punição positiva adicionando agressão física ou verbal. Sabemos o quanto isso pode prejudicar a criança. Assim, nessa situação, caso a mãe dê um tapa na criança, ela está adicionando um estímulo (tapa/dor/humilhação) para diminuir o comportamento de birra da criança.

Punição Negativa: O famoso castigo! Quando retiramos algo bom do ambiente. Então, com o exemplo da birra, pode ser que a mãe, ao chegar em casa, retire as horas de televisão da semana e, com isso, espera-se que diminua o comportamento inadequado de fazer birra.

Como podemos ver, reforço e punição são mecanismos extremamente poderosos e que agem a cada instante sem nem mesmo percebermos. Estes mecanismos fazem com que aprendemos o nosso repertório de comportamentos, os quais levaremos ao longo da vida.

SAIBA MAIS

Sabemos bem o quanto a punição positiva, em especial a violência (física, emocional ou verbal), pode ser prejudicada para o desenvolvimento da criança. Por isso, é muito importante saber como aplicar os conceitos de reforço, em especial positivo,

(28)

no ambiente educacional. Recomendamos a leitura da matéria do G1 a respeito desse assunto, disponível em https://glo.

bo/2FVAD19. Acesso em: 22 set. 2020.

Desta forma, Skinner decodificou como ocorre o processo de aprendizagem. Logicamente, há mais descrições de processos complexos envolvidos nestes mecanismos, porém, este panorama básico possibilita que compreendamos como é importante pensarmos nas consequências que aplicamos aos alunos, para que eles expressem comportamentos aceitos ou diminuam os comportamentos inadequados.

O humanismo de Rogers e a mudança ao longo da vida

Vimos duas grandes escolas de pensamento até aqui, a Psicanálise e o Behaviorismo. Essas duas correntes dominaram boa parte do século XX, dividindo psicólogos e pesquisadores.

Porém, com o aparecimento de uma filosofia que pensava a respeito da existência do homem, surge uma outra escola que procura relacionar tais pensamentos à Psicologia. Nasce, então, uma terceira grande escola, a do Existencial Humanismo, embora possamos chamá-la apenas de humanista.

Os autores Hall, Lindzey e Campbell (2000) definem tal escola no sentido:

A psicologia humanista se opõe ao que considera como triste pessimismo e desespero inerentes à visão psicanalítica do ser humano, por um lado, e a concepção de robô do ser humano retratado no comportamentalismo, por outro lado. A psicologia humanista é mais esperançosa e otimista em relação

(29)

contém dentro de si o potencial para um desenvolvimento sadio e criativo. O fracasso em realizar esse potencial se deve às influências coercitivas e distorcedoras do treinamento parental, da educação e de outras pressões sociais (p. 363).

Desta forma, para a Psicologia Humanista, o ser humano é capaz de superar suas dificuldades, pois possui capacidades internas para isso. Porém, esta superação só é possível quando o sujeito reconhece que tem total responsabilidade sobre a sua própria vida, mesmo que seu desenvolvimento tenha sido permeado por influências externas, como a educação e a sociedade.

Carl Rogers (1902-1987)

Figura 5: Carl Rogers (1902-1987)

Fonte: Wikimedia

(30)

Desde muito cedo, Rogers demonstrou interesse por compreender os seres humanos, primeiramente por vir de uma família muito rígida e sentir-se muito isolado. Por volta dos 20 anos, o psicólogo revolta-se com seu modo de vida e a visão imposta por sua família, acreditando que as pessoas são quem deveriam pensar sobre quais os melhores caminhos para as suas vidas, baseadas em suas interpretações, e não indicadas por um código moral ou social restritivo (SCHULTZ; SCHULTZ, 2012, p. 419).

Recomendamos assistir ao vídeo “Rogers – Teoria da Personalidade centrada na pessoa”, para entender melhor o psicólogo que fundou a terceira via na psicologia, saindo do dualismo Psicanálise x Behaviorismo, disponível em https://bit.

ly/3mGUYIn. Acesso em: 22 set. 2020.

Rogers nasceu e viveu nos EUA, recebendo o título de Pós-Doutor pela Universidade de Colúmbia, onde passou boa parte de sua vida. Sua pesquisa foi realizada majoritariamente com estudantes da universidade, fato que recebeu muitas críticas, pois os estudantes tinham certo nível, tanto social quanto educacional, e não apresentavam graves problemas de saúde mental. Outros pesquisadores não acreditavam que seria possível aplicar a teoria desenvolvida por Rogers em contextos mais graves ou profundos.

A partir de seus estudos, Rogers desenvolveu a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), a qual é tida como não diretiva, isto é, o psicólogo não define as metas ou caminhos da terapia, não

“dirige” o paciente, e sim proporciona um ambiente seguro e acolhedor para o paciente ser quem ele é.

Para ele, estamos sempre em busca de um sentido, e isso faz com que continuemos sempre em desenvolvimento, até o final de nossas vidas. O que definirá nosso sucesso é um conjunto de fatores que passa, como dito anteriormente, por compreendermos que tem responsabilidade sobre nossas vidas e recursos internos para isso.

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Entre os recursos que mais influenciam no desenvolvimento ao longo da vida, estão uma atenção positiva desde o nascimento e a autorrealização.

SAIBA MAIS

Carl Rogers acreditava que a educação tinha a possibilidade de despertar a autorrealização do sujeito. Para saber mais sobre a visão dele acerca do desenvolvimento da personalidade e a educação, recomendamos assistir ao vídeo “Carl Rogers e a Educação – Teoria Humanista”, disponível em https://bit.

ly/32RTmDF. Acesso em: 22 set. 2020.

Atenção Positiva: ter o amor incondicional do cuidador desde o nascimento é um grande facilitador na vida do sujeito, pois construirá nele um sentimento de valor, de que ele tem possibilidade de demonstrar e aceitar amor, desenvolvendo uma personalidade que podemos chamar de saudável.

Caso a criança não venha a ter esta atenção positiva da mãe, sua personalidade se desenvolverá com baixa autoestima e sentimento de fracasso, impedindo a plena realização do sujeito.

Autorrealização: para Rogers é a mais alta expressão de uma boa saúde mental. É quando o sujeito tem a possibilidade de aceitar novas experiências e valores, vivendo o movimento presente, sem ansiedades ou depressões. Um sujeito autorrealizado também não depende das opiniões dos outros para viver sua vida, se guia por seus instintos, pois sabe que é livre para pensar e criar.

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Os conceitos ilustrados acima e a abordagem desenvolvida por Rogers encontraram campo muito fértil nos EUA, especialmente após a Guerra Fria, pois as pessoas buscavam novos sentidos para as suas vidas e muitas certezas estavam mudando. Assim, seus estudos influenciaram diversas outras escolas e pesquisadores.

Porém, embora Roger tenha ficado conhecido como fundador desta escola, um outro psicólogo, contemporâneo dele, deve ser lembrado aqui, pois tem grande importância quando pensamos na realização do sujeito adulto: Abraham Maslow.

Abraham Maslow (1908- 1970)

Maslow foi outro psicólogo americano que quebrou com o pensamento dualista vigente da época (psicanálise x comportamentalismo). Para ele, assim como para o humanismo, o indivíduo tem total capacidade de se autorrealizar plenamente, mas se obtiver a satisfação das necessidades básicas antes disso.

Saiba mais: Recomendamos assistir ao vídeo “Maslow (1) – Pirâmide de Necessidades – Teoria Holístico-Dinâmica”, para entender melhor a hierarquia das necessidades básicas do ser humano, disponível em https://cutt.ly/bfZXq3h. Acesso em: 22 set. 2020.

É provável que você já tenha visto a pirâmide a seguir, com a lista das necessidades básicas do sujeito.

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Fonte: Elaborado pela autora. (2020).

Como podemos ver na imagem acima, antes da autorrealização, o sujeito precisa ainda garantir que suas necessidades fisiológicas, de segurança, de amor e estima sejam satisfeitas.

Quando o sujeito atinge o topo da pirâmide e se autorrealiza, ele é alguém que tem aceitação de quem é, de seus limites, que tem uma visão clara da realidade, independência, autonomia e age com naturalidade e criatividade.

RESUMINDO

Neste tópico, vimos que, para que o indivíduo seja pleno, ele precisa passar por diferentes fases na infância, desenvolvendo, assim, sua personalidade, bem como passa uma vida aprendendo novos comportamentos por reforço e punição, e tem uma busca que dura até o final da vida por autorrealização, por ser um ser humano pleno. Você aprendeu que o desenvolvimento depende de inúmeros fatores, dentre eles biológicos, sociais, culturais

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e psicológicos. Durante a infância, há certos aspectos que garantem que o indivíduo se desenvolva de forma plena, ou se autorrealize, como vimos em Roger e Maslow.

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de Aprendizagem

OBJETIVO

Ao término deste tópico, você será capaz de entender o desenvolvimento psíquico da criança. E então? Será que conhecer os processos do psiquismo auxiliam a compreender como é o desenvolvimento da aprendizagem? Então, vamos lá!

A aprendizagem, como vimos até aqui, também depende de inúmeros fatores, dentre eles biológicos, sociais, culturais e psicológicos. Durante a infância, há certos aspectos que garantem que o indivíduo se desenvolva de forma plena, ou se autorrealize.

Entre esses aspectos, vamos nos deter um pouco sobre o desenvolvimento da confiança, do apego, da autonomia, da iniciativa e da produtividade. Para isso, iremos referenciar teorias e dois psicólogos e psicanalistas: Erik Erikson (1902- 1994) e John Bowlby (1907-1990).

Desenvolvimento da Confiança

Quando nascemos, somos seres completamente dependente de outros para sobrevivermos. Porém, precisamos desenvolver certa confiança de que seremos capazes de ser independentes.

Para o psicanalisa Erik Erikson, o primeiro estágio do desenvolvimento vai até os 18 meses de vida e faz com que haja um esforço entre o que ele chama de confiança básica e desconfiança básica. Vamos explicar melhor.

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Saiba mais: Recomendamos assistir ao vídeo “Teoria Psicossocial – Desenvolvimento Psicossocial”, de Erikson, para compreender melhor as fases do desenvolvimento propostas por ele e descritas ao longo do material, disponível em https://bit.

ly/2FWd3Bp. Acesso em: 22 set. 2020.

Para Erikson, o desenvolvimento acontece por meio de crises entre o que você tinha antes e o que terá a seguir, e os estágios se prolongam por toda a vida. Assim, cada etapa é acompanhada de um conflito entre algo que é negativo e algo que é positivo. Para que o indivíduo se desenvolva plenamente, é preciso que em cada crise o indivíduo consiga sair da fase anterior com uma virtude, com o aspecto positivo, para que possa assumir o próximo estágio e a próxima crise.

Desta forma, o primeiro estágio prevê que a criança forme um equilíbrio entre confiar nas pessoas e no mundo, e desconfiar das mesmas para poder se proteger. Porém, ao final do período de 18 meses, deve prevalecer a confiança, para que o bebê possa ir em busca da satisfação de suas necessidades.

Caso ele não desenvolva a confiança, poderá ter complicações e estabelecer relacionamentos e confiar nas pessoas no futuro.

Desenvolvimento do Apego

O apego é um mecanismo que auxilia o bebê a se adaptar ao mundo, garantindo que ela tenha proteção e possa se desenvolver. Como falamos no tópico anterior, ao nascer, o bebê precisa de um cuidador, e é este cuidador (ou cuidadores) que fará com que a criança desenvolva ou não um apego saudável.

Assim, segundo Bowlby, o bebê aos poucos vai internalizando o modo de funcionamento do cuidador para saber o que esperar dele. Se o cuidador sempre agir da mesma

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maneira, ficará mais fácil do bebê prever o que acontecerá e se sentirá mais seguro, com maior confiança.

Para Bowlby, o apego é algo instintivo que garante a sobrevivência do bebê, por meio de cuidados de outra pessoa.

Saiba mais no artigo “Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento”, das pesquisadoras Juliana Dal Bem e Débora Dell’Aglio, ambas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, disponível em https://bit.ly/35YcIcn. Acesso em: 22 set. 2020.

Ele desenvolveu, então, a descrição de 4 tipos de apego, conforme o quadro que veremos a seguir:

Quadro 3: Tipos de Apego em pesquisa de Bowlby

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

Portanto, ao olharmos para o quadro acima, podemos compreender como o padrão de apego da criança com o seu cuidador em idade tenra afeta os padrões de confiança e relacionamento com outras pessoas em outras fases da vida.

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Quando a criança tem um apego seguro, ela tende a ter as melhores habilidades interacionais, de linguagem e emocionais.

Desenvolvimento da autonomia, da iniciativa e produtividade

Erikson descreveu 8 estágios de desenvolvimento. Vimos, até agora, o primeiro estágio. Logo, veremos os próximos dois que dividem autonomia e iniciativa.

Recomendamos assistir ao vídeo que detalha os 8 estágios de desenvolvimento psicossocial propostos por Erikson, para que possa se aprofundar na teoria do psicanalista, disponível em https://bit.ly/2EovbDn. Acesso em: 22 de set. 2020.

O estágio de autonomia x vergonha vai dos 18 meses aos 3 anos de idade. É uma fase em que a criança entrará em contato com o que se espera dela e, ao mesmo tempo, tenta exercer controle sobre a sua vida. Assim, é um conflito constante entre controlar e ser controlado (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2000, p. 171).

Nesse estágio, o cuidador muitas vezes usará da vergonha da criança, para que ela aprenda os comportamentos corretos e desenvolva a sua autonomia de forma gradativa, por meio de exploração do ambiente. Se a criança aprender a ter senso de autocontrole e autonomia, levará os dois de forma sadia para a vida, desenvolvendo a vontade própria. Caso contrário, ela poderá viver uma vida com sentimentos de vergonha e dúvidas sobre a sua capacidade de agir no mundo.

Saindo de forma saudável do estádio anterior, o sujeito possui agora um senso de autonomia e vontade própria. Entra, então, no estágio da iniciativa x culpa, que vai dos 3 anos aos 6 anos de idade. Aqui, com a autonomia já desenvolvida, surge a iniciativa para que a criança consiga se orientar por metas e objetivos próprios, como explorar o ambiente, pesquisar sobre os dinossauros, entre outros. Em caso de fracasso ao atingir suas

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CAMPBELL, 2000, p. 171-172).

Desta maneira, a criança precisará aprender a equilibrar a sua iniciativa e a culpa advinda de alguns fracassos. É com esse equilíbrio que ela conseguirá dar um propósito tanto para si quanto para o restante do mundo, objetos, seres e natureza.

E tal propósito é alcançado por meio das brincadeiras e seu reconhecimento do mundo ao redor.

Passamos, então, a uma fase que dará início a uma série de mudanças corporais, que só serão vistas na puberdade, embora inicie em seu processo interno por volta dos 7 anos de idade com a produção de hormônios, os quais, quando prontos, entrarão em ação para dar as formas adultas ao corpo. Nesse estágio, que vai dos 6 anos até o início da puberdade, há um conflito entre a produtividade x inferioridade (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2000, p. 172).

É o período escolar, a alfabetização e o domínio de diversas habilidades que culminam na produção de conhecimento.

Se a criança não conseguir produzir o que se espera, pode ter sentimento de inferioridade em relação à sua competência.

E, assim, a criança passa a puberdade e adolescência.

Vamos, então, nos aprofundar nas características do psiquismo adolescente no próximo tópico.

RESUMINDO

Neste tópico, vimos que, na fase da infância, há vários aspectos que garantem que a criança possa se desenvolver de forma plena. Você aprendeu sobre as teorias de Erikson e Bolwby, que auxiliam a compreender as fases do desenvolvimento pelas quais os seres humanos passam para sobreviverem.

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Psiquismo na adolescência e a Aprendizagem

OBJETIVO

: Ao término deste tópico, você será capaz de entender os processos de desenvolvimento psíquico que constituem e podem estar relacionados com a aprendizagem na adolescência. E então? Será que conhecer a puberdade e adolescência auxiliam no processo de aprendizagem? Então, vamos lá!

Não podemos negar que a puberdade e a adolescência são períodos complexos para o ser humano. Se você lembrar de como foi sua adolescência, talvez encontre o que os adultos chamam de rebeldia, mas, com certeza, encontrará uma grande confusão de sentimento e uma necessidade de buscar sua identidade e o grupo ao qual pertence.

O psicólogo Maurício Knobel escreveu sobre a

“Síndrome da Adolescência Normal”, que discorre sobre as mudanças ocorridas nessa fase. Você pode encontrar este texto no livro: Adolescência Normal: um enfoque psicanalítico de Arminda Aberastury e Maurício Knobel.

Erick Erikson descreve em seus estágios que a adolescência é um período de conflito entre identidade x confusão de identidade. Este conflito ocorre por inúmeras escolhas, que agora se colocam ao adolescente, afinal, ao sair desta fase, ele deverá ter um papel na sociedade, saber quem é de fato.

Aos poucos, nesse estágio, o adolescente passa a perceber como ele é, quais são suas características, o que o diferencia do outro e o que o aproxima, além de perceber que não é mais uma criança e que logo será um adulto. É um momento muito propício

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se descobre quem é, não se tem certeza do que virá a ser.

É um período delicado, visto que, caso não tenha uma base fortalecida nos estágios anteriores, o adolescente poderá desenvolver uma identidade negativa, com comportamentos nocivos para ele próprio.

Porém, saindo desta fase, o adolescente estará apto a desenvolver a fidelidade consigo mesmo e com o outro e a entrar no início da fase adulta (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2000, p. 173).

Com certeza, reconheceremos muitos dos adolescentes na descrição acima, porém, hoje, os dados apontam que a vida adulta tem iniciado bem mais tarde do que imaginamos, e não próximos aos 20 anos. Logo, vamos ver a próxima fase de Erikson, a qual se dá início da vida adulta, em conjunto com as características adolescentes.

Quais os motivos de considerarmos, atualmente, adolescência como uma fase maior do que tempos atrás? Bem, provavelmente encontraremos muitos fatores sociais e culturais envolvidos na resposta a essa pergunta. A BBC escreveu uma reportagem a respeito deste tema. Recomendamos a leitura da matéria “Adolescência vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19”, defendem cientistas, disponível em https://bbc.in/32TeGc3.

Acesso em: 22 set. 2020.

O próximo estágio se caracteriza pelo conflito entre intimidade x isolamento. É uma fase em que o jovem anseia e busca relacionamentos que tenha intimidade, tanto emocional quanto sexual, passando de relações transitórias para uma fase de comprometimento e sacrifícios.

A depender dos estágios anteriores, o jovem pode isolar-se de maneira drástica. Embora o isolamento seja algo muito bom às vezes, em demasia afasta o sujeito do convívio social. Porém, saindo-se bem, o jovem tem agora a capacidade do amor, nas

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mais diversas formas (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2000, p. 174).

Vamos nos aprofundar um pouco mais em duas áreas muito importante na adolescência: identidade e sexualidade.

Identidade

Família, sociedade, questões de gênero, sexualidade, relacionamentos, sucessos ou fracassos, hormônios, tudo isso influenciará na construção final da identidade do sujeito. A identidade não é algo que vai ser agora construído por completo, mas será lapidado e consolidado. Ela pode sofrer alterações ao longo da vida, mas a base sempre estará lá.

SAIBA MAIS

O artigo das pesquisadoras Teresa Schoen-Ferreira, Maria Aznar Farias e Edwiges Silvares, da USP, faz um levantamento da construção de identidade de adolescentes de escolas públicas de São Paulo, estabelecendo ligação com a teoria de James Márcia, disponível em https://bit.ly/3iUVlg6. Acesso em: 22 set. 2020.

Assim, um pesquisador chamado James Marcia conduziu uma pesquisa com adolescentes, para descobrir os estados de identidade de acordo com a crise instaurada nesse período da vida. Ele chegou a quatro grandes estados de identidade, conforme o quadro a seguir:

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Fonte: Elaborado pela autora (2020).

Ao observarmos o quadro acima, poderemos perceber o quanto um relacionamento saudável entre adolescente e família auxilia no desenvolvimento da identidade do sujeito. Assim, famílias que dão maior autonomia e encorajam propiciam indivíduos mais autônomos no agir e pensar; já famílias que fazem tudo pelo jovem, mostram a ele que não é preciso questionar, apenas seguir e impor as regras; há padrões que deixam o sujeito mais ansioso e há famílias disfuncionais que não proporcionam um nível adequado de desenvolvimento do sujeito.

Aprofunde sua leitura com o artigo “Família e adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus membros”, de Elisangela Pratta e Manoel Santos, disponível em https://bit.ly/345ZCav. Acesso em: 22 set. 2020.

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Porém, não é apenas a família que interfere na construção de identidade, mas também questões ligadas ao gênero são muito relevantes nesta fase. É aqui que o adolescente, bem provavelmente, iniciará uma busca por parceiros sexuais, do mesmo sexo ou do sexo oposto, e se constituirá como uma identidade de acordo com gêneros diferentes.

Você sabe qual a diferença entre sexo e gênero? Sexo é um fator biológico e gênero é a forma com que a pessoa se identifica e não tem, necessariamente, a ver com o sexo biológico. Para entender melhor todas essas definições, acesse o infográfico produzido pelo blog.saude.mg.gov.br, disponível em: https://bit.ly/3mKS1Xi. Acesso em: 22 set. 2020.

Assim, a sociedade estabelece o que é ser mulher ou homem. Logo, a identidade do adolescente dependerá, também, do seu estado, se ele questionará as regras impostas, as seguirá, ou quebrará com elas completamente.

Embora distintos, gênero e sexualidade guardam a devida proximidade. Então, falaremos sobre a sexualidade no próximo tópico.

Sexualidade

A identidade sexual não diz respeito apenas ao ato em si, mas também à identificação da orientação sexual, ou reconhecimento do próprio corpo, agora com formas diferentes e a segurança dele, e a formação de uniões afetivas e sexuais, assim como todo o contexto que elas trazem afinal.

Como podemos ver, é um tema um tanto complexo, que passa desde saber como seu corpo funciona, como protegê-lo (seja de agressores, seja em relações sexuais), até saber quem de fato se é neste campo.

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Assim, é um momento que se pode ser delicado ou não para o sujeito, mas que, com certeza, gera dúvidas que devem ser sanadas pela família e pela escola, principalmente. Quando deixamos a cargo da família apenas, estamos pensando naquelas famílias funcionais, aquelas que permitem o estado de realização da identidade como descrito por Marcia.

Porém, a maior parte das famílias pertencem a outros grupos, ou, o que é mais próximo do real, não conseguem conversar com seus filhos sobre a sexualidade, por inúmeras razões. Algumas famílias consideram um tabu, veem o sexo como algo errado, outras não possuem conhecimento do próprio corpo e da sexualidade, e assim não conseguem ajudar os filhos. Sem contar que a maioria dos pais também não teve uma educação sobre a sua própria sexualidade, então, crê que não precisa ser explicada, e sim experimentada, o que pode ser um grande risco para os jovens.

São muitas as definições de identidades de gênero e orientação sexual. Para compreender melhor este universo, nada como ouvirmos pessoas que trabalham diretamente com este tema e vivem na pele essa realidade. Assista ao documentário

“Somos”, disponível em https://bit.ly/2RT6bqQ. Acesso em: 22 set. 2020.

A sexualidade e o gênero são dois fatores de extrema importância na constituição da personalidade, pois, a partir deles, é que nos colocaremos frente à sociedade e aos relacionamentos amorosos e constituição familiar, tópico este que já faz parte da vida adulta, como veremos a seguir.

RESUMINDO

Neste tópico, vimos que a adolescência é um período de conflitos, que ocorrem por diversos fatores. Você aprendeu sobre

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identidade, que é algo que vai se construindo, sendo lapidado e consolidado no decorrer do tempo, e que podem existir estados de identidade. E, por fim, que não é somente a família que interfere na construção da identidade, mas também a sociedade. Vimos, ainda, que gênero e sexualidade têm uma certa proximidade e que, embora sejam distintos, são dois fatores de extrema importância na constituição da personalidade, pois é a partir deles que se vive perante a sociedade, nos relacionamentos amorosos e na constituição familiar.

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aprendizagem em fase adulta

OBJETIVO

Ao término deste tópico, você será capaz de entender os processos de desenvolvimento psíquico que constituem e podem estar relacionados com a aprendizagem na vida adulta. E então?

Será que conhecer a fase adulta auxiliam no entendimento do processo da psicologia da aprendizagem? Então, vamos lá!

A fase adulta é marcada por inúmeras transformações:

casamentos, separações, filhos, perdas, problemas de saúde, carreira, alterações físicas e emocionais. Mas também é uma fase de constantes aprendizados. A cognição do adulto pode não ser a mesma de uma criança ou de um adolescente, porém, encontra maiores motivação e foco para atingir os objetivos.

As duas últimas fases descritas por Erik Erikson marcam a vida adulta e a terceira idade. O sétimo estágio se estabelece no conflito generatividade x estagnação. É uma fase de preocupação com o que foi gerado, seus frutos e o futuro de seus ensinamentos. Assim, filhos, trabalhos, produções e tudo o que envolve o cuidado é a expressão desse estágio.

Caso não haja uma evolução no sentido de perpetuar o cuidado e os saberes adquiridos ao longo da vida, a pessoa fica em uma estagnação, torna-se empobrecida diante das possibilidades de expansão de sua personalidade.

Por fim, o estágio da integridade x desespero marca uma fase de adaptação, tanto ao que foi bem-sucedido quanto ao que foi fracassado em sua vida. É um momento de dar sentido à sua existência, ao que foi realizado ou deixado para trás,

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preservando a dignidade de saber que teve uma vida íntegra ou do desespero frente aos fracassos e à iminência da morte. Se a pessoa conseguir ultrapassar estes conflitos, Erikson aponta que alcançará, então, a sabedoria.

SAIBA MAIS

A pesquisadora Marta Kohl de Oliveira escreveu um artigo em que reflete sobre algumas teorias a respeito da psicologia do desenvolvimento do adulto. Recomendamos a leitura do artigo

“Ciclos de vida: algumas questões sobre psicologia do adulto”, de Marta Kohl, disponível em https://bit.ly/3mHVJRm. Acesso em: 22 set. 2020.

Inteligência na Vida Adulta

Um pesquisador de Seattle, K. Warner Schaie, realizou um estudo com pessoas entre 22 e 67 anos para verificar as diferenças nas habilidades cognitivas. Embora em um primeiro momento possamos achar que os jovens têm vantagens muito significativas em relação aos mais velhos, a pesquisa demonstrou que o desenvolvimento humano é mais complexo, como você pode perceber pelo gráfico abaixo.

Figura 7: Inteligência na vida adulta

Fonte: Freepik

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Figura 8: Mudança longitudinal em seis habilidade mentais básicas, dos 25 a 67 anos

Fonte: Adaptado pelo autor

Ao verificarmos o gráfico acima, podemos compreender que a única habilidade que, de fato, sofre um grande declínio no início da vida adulta para a entrada na terceira idade é a rapidez perceptual, que diz respeito à velocidade com que percebemos os movimentos, sons e imagens, o que explica o declínio na faculdade de reagir de forma rápida aos eventos. A capacidade numérica também tende a diminuir, porém não tão drasticamente quanto a rapidez perceptual.

Porém, se olhamos para a fluência verbal e o vocabulário, vemos que estas habilidades seguem num crescimento, declinando levemente próximo aos 67 anos apenas, mas, mesmo assim, ficando em graus mais altos que em pessoas com 25 anos.

Isto significa que a experiência de vida e o contato com diferentes

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pessoas e culturas possibilita um aumento no vocabulário e na comunicação fluente.

Por fim, o raciocínio indutivo e a orientação espacial tendem a atingir seu ápice por volta dos 46 anos, tornando- se consideravelmente melhor que aos 25 anos. Assim, as experiências e situações enfrentadas permitem que o adulto continue se desenvolvendo ao longo da vida, adquirindo níveis mais elevados de algumas habilidades cognitivas.

Na mesma linha do estudo anterior, Horn e Cattell estabeleceram diferenças a respeito da inteligência no adulto.

Ela pode ser de ordem fluida ou cristalizada. De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2010):

Inteligência fluida é a habilidade de resolver problemas novos que exigem pouco ou nenhum conhecimento prévio, como encontrar o padrão em uma sequência de figuras. Envolve perceber relações, formar conceitos e fazer inferências.

Essas habilidades, que são amplamente determinadas pela condição neurológica, tendem a declinar com a idade. Inteligência cristalizada é a capacidade de lembrar e utilizar a informação adquirida ao longo da vida. Por exemplo, encontrar o sinônimo de uma palavra. Ela é medida por testes de vocabulário, conhecimentos gerais e respostas a situações e dilemas sociais.

Essas habilidades, que dependem amplamente da experiência educacional e cultural, mantêm-se e até mesmo melhoram com a idade (p. 573).

A inteligência fluida, então, tende a chegar a seu ponto máximo de desenvolvimento no início da vida adulta, ao passo

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vida, caso haja um suporte educacional e cultural para isso.

Pensando nessas características dos adultos, os programas educacionais devem levar em conta os sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, que têm diferentes expectativas em relação aos cursos regulares ou aos espaços de aprendizagem.

Costumou-se chamar o campo de estudos sobre o aprendizado na vida adulta de Andragogia, embora muitos pesquisadores acabem por não mais fazer uso do termo.

Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o termo Andragogia significa “ciência ou conjunto de métodos para ensinar adultos”.

Fonte: Disponível em: https://bit.ly/2RRmcxI. Acesso em: 23 set. 2020.

Educação na idade madura

A aprendizagem não é mais relegada às fases iniciais da vida. O mercado de trabalho pede constantemente que façamos atualizações, não é mesmo?

São pós-graduações, MBAs, cursos rápidos, de extensão, congressos, seminários, novas faculdades e novas habilidades.

E mais, a aprendizagem agora não é mais somente a tradicional, no papel e na carteira escolar, é também a distância, no vídeo, no podcast e no jogo.

Por todas estas diferenças, o ensino para adultos deve levar em consideração as especificidades de tempo, de habilidades cognitivas e de objetivos, bem como pensar as melhores metodologias para este público.

De acordo com Papalia, Olds e Feldman:

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Eles necessitam de conhecimentos que possam aplicar a problemas específicos. O estudo cooperativo construído em torno de problemas ou projetos criados pela própria pessoa é o mais apropriado para um estudante maduro (2010, p.

581).

Também devemos levar em consideração qual o nível de estudos prévio do indivíduo, por exemplo, um adulto não alfabetizado necessitará de uma metodologia diferenciada da de um adulto que fará um doutorado ou língua estrangeira. Assim, cada programa deve prever as especificidades do seu público- alvo.

Saiba mais sobre o conceito de Andragogia, pois ele poderá ser muito útil caso decida trabalhar com jovens e adultos, em ambiente escolar ou corporativo. Recomendamos consultar as áreas referentes ao ensino de adultos. Fonte: Disponível em:

https://bit.ly/3i0tpG9. Acesso em: 23 set.2020.

RESUMINDO

Chegamos ao final da disciplina! Espero que você tenha aproveitado e descoberto novas áreas interessantes para se aprofundar e pesquisar mais. Neste tópico, vimos que os campos da Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Aprendizagem são muitos vastos. Cada um deles apresenta um arsenal de teorias que dão conta de estudar o sujeito como um todo, assim como em sua relação com o aprendizado e tudo que envolve este processo. Por isso, tratamos de tantos assuntos neste material, para que você possa, agora, ir além dele e buscar novos conhecimentos e caminhos! Sucesso!

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REFERÊNCIAS

DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA [em linha], 2008-2013. Disponível em: https://bit.ly/3ciKoCo.

Acesso em: 22 set. 2020.

HALL, C.; LINDZEY, G; CAMPBELL, J. Teorias da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.

PAPALIA, D. F.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D.

Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: AMGH, 2010.

SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. trad. Suely Sonoe Murai Cuccio. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

Referências

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