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GEOGRAFIA DA PALESTINA

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Academic year: 2022

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ITEKE – Instituto Teológico Kerygma

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BACHAREL em TEOLOGIA – Geografia da Palestina

Prof. Nehemias Santos 1

“Curso Teológico Efatah” – “Projeto Luz Para o Caminho”

BACHAREL EM TEOLOGIA

GEOGRAFIA DA

PALESTINA

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ITEKE – Instituto Teológico Kerygma

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BACHAREL em TEOLOGIA – Geografia da Palestina

Prof. Nehemias Santos 2

“Curso Teológico Efatah” – “Projeto Luz Para o Caminho”

GEOGRAFIA PALESTINA 1. PALESTINA,

2. ISRAEL RELIGIÃO, 3. JERUSALÉM,

4. SAMARIA, 5. GALILÉIA, 6. NAZARÉ,

7. MEDITERRÂNEO, MAR.

8. MAR VERMELHO, 9. MAR MORTO, 10. JORDÃO,

11. DESERTO DE NEGUEV, BIBLIOGRAFIA

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“Curso Teológico Efatah” – “Projeto Luz Para o Caminho”

GEOGRAFIA PALESTINA 1. PALESTINA,

Espremida entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, a Palestina tem sido desde tempos imemoriais, objeto de disputa entre muitos povos, não por causa de seu território, de apenas cerca de 27.000km2, nem por suas riquezas naturais, bastante escassas. A cobiça advém de sua posição estratégica, por constituir uma ligação natural entre a Ásia e a África, e de sua importância religiosa, pois abriga lugares sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos.

Desde que as primeiras tribos judias lá se instalaram por volta do ano 1500 a.C., a Palestina teve muitos donos -- assírios, babilônios, persas, romanos, cristãos europeus vindos com as cruzadas, árabes e turcos. Após conquistar a região na primeira guerra mundial, o Reino Unido passou a administrá-la por mandato da Liga das Nações. Pressionado pelo movimento sionista, o governo britânico permitiu a imigração de judeus para estabelecer na área uma nação judaica. No dia 14 de maio de 1948 a Inglaterra retirou-se da Palestina e o líder judeu David Ben Gurion declarou instalado o estado de Israel. Tal fato acarretou a diáspora de 750 mil palestinos, que tiveram de viver em acampamentos de refugiados.

Os árabes, que desde o início haviam se oposto à criação do estado de Israel, iniciaram em 1948 a primeira das três guerras contra os israelenses. Em 1964, os palestinos criaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que se propôs a todas as formas de luta com o objetivo de reconquistar sua pátria. Em 1967 eclodiu a guerra dos seis dias, quando Israel ocupou o restante do território palestino, incluindo o Sinai e as colinas de Golan. Em 1973, a guerra do Yom Kippur também afetou os palestinos.

A partir da criação do estado de Israel, os palestinos sem pátria buscaram reconquistar sua região natural, por meio da luta armada e de uma campanha mundial de esclarecimento. Em 1982, forças israelenses invadiram o Líbano e massacraram as aldeias de Sabra e Shatila, matando milhares de refugiados. Em 1987, a OLP iniciou a intifada (insurreição) e no ano seguinte o Conselho Nacional Palestino, reunido na Argélia, proclamou a independência da Palestina.

Em dezembro deste mesmo ano, o líder da OLP, Yasser Arafat, em reunião da ONU realizada em Genebra, anunciou uma iniciativa de paz, pela qual se propunha a abdicação da luta armada, o reconhecimento do estado de Israel e a criação de um estado palestino independente, que pretendia instalar na Cisjordânia e na faixa de Gaza, até àquela data ainda ocupados por Israel.

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Em 1991 foi realizada uma conferência de paz em Madri e em 1993, após negociações secretas realizadas em Oslo, Noruega, Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, assinou em Washington um acordo de paz, chamado "acordo de Oslo", para a entrega, no prazo de cinco anos, da administração de Gaza e Jericó, com ampliação prevista para abarcar toda a Cisjordânia, a um conselho governativo interino eleito, inicialmente denominado Autoridade Nacional Palestina e presidido por Arafat.

Pelo acordo entre palestinos e israelenses, historicamente o passo mais importante para restabelecer a paz na região, Yitzhak Rabin, Yasser Arafat e o ministro do exterior israelense Shimon Peres, receberam o prêmio Nobel da Paz de 1994. O assassinato de Rabin por um fanático judeu, em 1995, constituiu mais uma etapa sangrenta da luta pela paz na região. No Natal de 1995, Belém foi devolvida aos palestinos, enquanto a parte oriental de Jerusalém continuou em poder de Israel. Em janeiro de 1996, Arafat foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.

2. ISRAEL RELIGIÃO,

Recriado quase dois milênios após sua destruição, o Estado de Israel enfrentou vários desafios, como as guerras contra os países árabes e a luta pela modernização sem perda de suas tradições milenares.

O país ocupa uma estreita faixa de terra no Oriente Médio. Na região montanhosa setentrional, na Galiléia, encontra-se o ponto culminante, o Har Meron (1.208m).

Mais ao sul, as planícies de Esdraelon separam a região montanhosa das colinas e vales de Samaria e Judéia. O deserto de Neguev ocupa mais da metade da área de Israel. A oeste, a região litorânea do Mediterrâneo tem largura máxima de 35km. Ao leste das montanhas da Galiléia situa-se o mar Morto. Os principais rios são o Jordão e o Iarcon. O clima é quente e desértico no sul e mediterrâneo no norte.

Grande parte das florestas nativas desapareceu, mas existem esforços para o reflorestamento. Nas montanhas a vegetação é constituída por florestas de pinheiro e carvalho; no litoral, cítricos; no Neguev, mais de mil espécies; e no vale do Jordão, plantas tropicais. A fauna, muito variada, inclui leopardos, lobos, chacais, antílopes e javalis.

A agricultura, dotada de modernos sistemas de irrigação, se apoia em três sistemas comunitários: o kibutz, de propriedade coletiva; o moshav, aldeia que comercializa sua produção por meio de cooperativas; e o moshav shitufi, uma mescla dos outros dois sistemas. Os principais produtos agrícolas são frutas cítricas, verduras e legumes, principalmente batata.

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Israel possui uma indústria moderna e os maiores centros são Haifa e Tel Aviv.

Os principais setores são o eletrônico, o petroquímico, o metalúrgico e o siderúrgico, além da produção de cimento, armamentos, veículos, máquinas pesadas e alimentos. Israel é grande exportador de diamantes, tecidos, fertilizantes e máquinas industriais.

Grande parte das matérias-primas é importada, uma vez que os recursos minerais do país não são abundantes. Destacam-se a potassa, o bromo e o fosfato. A rede de transportes baseia-se nas rodovias. O aeroporto internacional de Lod é o principal do país.

Haifa, no Mediterrâneo, e Eilat, no mar Vermelho, são os principais portos.

O país tem oitenta museus e vários sítios histórico-arqueológicos oficiais, além de centenas de bibliotecas públicas. A Orquestra Filarmônica de Israel é mundialmente famosa. No ensino superior sobressaem a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade de Tel Aviv e o Instituto Hebraico de Tecnologia (Technion).

O turismo é uma das maiores fontes de divisas do país. Ruínas arqueológicas e locais de evocação religiosa para judeus, cristãos e muçulmanos de todo o mundo, além das fazendas coletivas, são os maiores atrativos para os visitantes.

Os hebreus, que ocuparam Canaã (antigo nome da Palestina) no ano 2000 a.C., foram expulsos pelos romanos no ano 70 da era cristã. Sua dispersão pelo mundo, conhecida como diáspora, terminou com a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948. Para impor-se, os judeus tiveram de vencer várias guerras com os árabes -- a de 1948-1949, quando de sua instalação como estado; a guerra do Suez (1956); a guerra dos seis dias (1967); e a guerra de Yom Kippur (1973) -- que resultaram na ocupação de territórios inimigos.

Em 26 de março de 1979, Israel e Egito assinaram acordos de paz em Camp David (EUA), pelos quais os israelenses devolveram a península do Sinai e se comprometeram a negociar a autonomia dos territórios palestinos.

Em 14 de setembro de 1993, Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), representante do povo palestino, chegaram a um acordo para uma autonomia limitada dos palestinos na faixa de Gaza e Jericó. As negociações evoluíram no sentido do reconhecimento de um futuro estado palestino. Em 1994 o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, o líder palestino Yasser Arafat e o ministro das relações exteriores de Israel, Shimon Peres, receberam o prêmio Nobel da Paz. No final de 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um fanático judeu.

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3. JERUSALÉM,

Centro de referência da vida judaica há três mil anos, Jerusalém também é considerada como cidade sagrada pelas duas outras grandes religiões monoteístas do mundo:

o cristianismo e o islamismo. Como capital de Israel, Jerusalém desempenha importantes funções administrativas, industriais e comerciais em seu setor moderno. Mas é na Cidade Velha que se encontram os principais lugares sagrados das três religiões. Para os judeus, é a cidade onde o rei Davi fundou a capital do seu reino, e onde foram construídos os dois templos sagrados, dos quais só resta o pedaço de uma das paredes, conhecido como o Muro das Lamentações.

Para os católicos, é a cidade onde Jesus pregou, foi julgado, crucificado e sepultado, e onde se encontram a Via Dolorosa e o Santo Sepulcro. Para os muçulmanos, é o local de onde o profeta Maomé subiu aos céus, e onde se encontram a mesquita de Al Aqsa e o Domo do Rochedo, local onde o patriarca Abraão dispôs-se a oferecer seu filho Isaque em sacrifício. Isaque deu origem ao povo judeu. O outro filho de Abraão, Ismael, originou o povo árabe. Antigas igrejas cristãs, sinagogas e mesquitas refletem esta característica de Jerusalém: um lugar onde católicos, judeus e muçulmanos têm de conviver.

No século 10, Jerusalém foi conquistada por Davi, rei de Israel e Judá, e tornou- se a capital do reino. A cidade foi embelezada pelo rei Salomão, que construiu o templo de Jerusalém. Várias vezes saqueadas por egípcios, filisteus e árabes, a cidade foi conquistada pelos romanos no primeiro século da era cristã, retomada pelos árabes e depois dominada pelos turcos. Entre 1917 e 1948, tornou-se a capital da Palestina durante o mandato britânico.

Em 1948 foi dividida entre a Transjordânia (depois reino da Jordânia) e Israel, que reconquistou toda a cidade em 1967, e a transformou na capital do país, decisão ainda não oficialmente reconhecida por todos os países. Desde que se apossou da cidade, o governo israelense fez construir vários bairros judaicos e anexou diversas aldeias árabes. O setor oriental, onde residem quase todos os palestinos de Jerusalém e onde fica a Cidade Velha, é reivindicado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para capital do futuro estado palestino.

4. SAMARIA,

Região central da antiga Palestina, a Samaria limita-se ao norte com a Galiléia, ao sul com a Judéia, a oeste com o mar Mediterrâneo e a leste com o rio Jordão. Na época em que os israelitas conquistaram a Palestina, a Samaria pertencia aos cananeus, que resistiram aos invasores até serem finalmente dominados durante o reinado de David, no século 10 a.C.

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Após a morte de Salomão, as tribos do norte, inclusive a dos samaritanos, separaram-se das tribos do sul para formar o reino de Israel.

Em 722 a.C., a conquista pelos assírios levou muitos habitantes da região para o exílio, como escravos. Para as terras de Samaria os assírios trouxeram povos estranhos, também cativos, que se juntaram aos judeus remanescentes e deram origem aos samaritanos, por quem os judeus que retornaram do cativeiro babilônico nutriram grande desprezo. Essa rivalidade explica por que, no episódio do Evangelho, a samaritana estranha que Jesus lhe dirija a palavra. Na época de Cristo, Samaria estava sob domínio do império Romano, com influências helenísticas. Jesus teve pouco contato com os samaritanos, mas, após sua morte, pregadores gregos levaram a eles a mensagem cristã.

5. GALILÉIA,

Região histórica situada ao norte da antiga Palestina (atualmente em Israel), a Galiléia foi palco de várias passagens da vida de Jesus Cristo. A região foi o último refúgio dos cananeus antes da conquista da Palestina pelos hebreus. A infância e grande parte do ministério público de Jesus transcorreram na Galiléia, cenário de vários de seus milagres.

Tornou-se pólo da cultura judaica após a destruição do segundo Templo de Jerusalém pelos romanos, no ano 70.

A conquista da região pelos árabes, em 636, trouxe um período de decadência.

No século 19, a Galiléia sediou a primeira experiência sionista de colonização, a aldeia de Rosh Pinna ("pedra angular", em hebraico). O plano de partilha das Nações Unidas, aprovado em 1947, previa a divisão do território entre árabes e israelenses, mas a guerra de 1948-49 deixou a Galiléia sob controle de Israel.

A região é dividida em alta e baixa Galiléia. Os principais centros urbanos são Zefat (Safed ou Safad), centro de estudo da cabala durante a Idade Média; Nazaré, centro de peregrinação cristã; Kefr Kenna e Kana, cidades que poderiam ser identificadas como a bíblica Canaã; e Tiberíades, fundada por Herodes Antipas, um dos centros sagrados do judaísmo.

6. NAZARÉ,

Centro de peregrinação religiosa e maior cidade árabe de Israel, Nazaré tornou- se conhecida por relatos bíblico como local da anunciação do nascimento de Cristo pelo anjo Gabriel. A cidade é o centro comercial dos árabes da Galiléia, e tem no turismo e nas indústrias têxtil e alimentícia suas atividades econômicas mais importantes.

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Suas principais atrações são as igrejas, com seus museus de relíquias. A igreja da Anunciação, situada no lugar da gruta onde o anjo Gabriel apareceu a Maria, é o maior templo católico do Oriente Médio. Outros templos são os de São Gabriel, da Sinagoga, de José e a Basílica de Jesus Adolescente.

O cruzado Tancredo, que conquistou a Galiléia (1099), escolheu Nazaré como capital da região. Derrotados por Saladino em 1187, os cruzados foram expulsos da Palestina em 1291. Após a expulsão dos remanescentes pelos turcos otomanos (século 16), os cristãos só foram autorizados a voltar por Fakhr al- Din II, emir do Líbano de 1590 a 1635.

7. MEDITERRÂNEO, MAR.

Mar continental situado entre a Europa, ao norte e a oeste, e a África, ao sul, o Mediterrâneo limita-se com a Ásia a leste. Liga-se ao oceano Atlântico pelo estreito de Gibraltar; ao mar Vermelho pelo canal de Suez; e ao mar Negro pelo estreito dos Dardanelos.

Um espinhaço submarino divide o Mediterrâneo em duas porções, a oriental e a ocidental. No lado ocidental destacam-se as bacias de Albrán, a argelina e a tirrena. Ao leste encontram-se as bacias jônica e levantina. Sua formação geológica é recente, contrariando crenças antigas de que seria o principal remanescente do hipotético mar de Tétis, que teria existido entre os períodos carbonífero e cretáceo. A região é instável e sujeita a terremotos.

Com clima temperado e seco, o Mediterrâneo sofre as influências do vento quente e seco do deserto africano, o siroco, e dos ventos frios do noroeste (bora e mistral). As costas, profundamente indentadas, favorecem a instalação de portos. As maiores ilhas são as de Maiorca, Córsega, Sardenha, Sicília, Creta, Chipre e Rodes.

Com elevada taxa de evaporação, o Mediterrâneo perde mais água do que recebe dos rios que nele deságuam, entre os quais os que formam grandes deltas, como o Nilo, o Pó e o Reno. Como resultado, há um fluxo permanente do oceano Atlântico, através do estreito de Gibraltar, formando sua principal corrente marítima, que se estende pela costa norte da África. A salinidade é elevada.

A ausência de nitratos e fosfatos prejudica a fauna marinha, que também sofre os efeitos da pesca intensiva. As espécies encontradas no Mediterrâneo são: badejo, linguado, anchova, sardinha, bonito e cavalinha. Jazidas de petróleo têm sido encontradas nas costas da Espanha, Sicília, Líbia e Tunísia e de gás natural no mar Adriático. O turismo é uma importante fonte de recursos em vários países.

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A situação geográfica do mar Mediterrâneo favoreceu durante milênios as trocas comerciais e culturais entre os povos litorâneos dos três continentes, que formam a base da civilização ocidental. Os romanos conseguiram a unificação política da região nos dois séculos anteriores à era cristã. Sua importância comercial diminuiu com a descoberta da rota marítima para a Índia e a descoberta e colonização da América, mas renasceu com a abertura do canal de Suez, em 1869.

8. MAR VERMELHO,

Situado entre duas regiões desérticas, o mar Vermelho é uma extensa faixa de água salgada que separa a África da Ásia. Comunica-se com o oceano Índico pelo estreito de Bab-el-Mandeb, e com o mar Mediterrâneo pelo canal de Suez.

Com mais de dois mil quilômetros de comprimento e trezentos quilômetros de largura, o mar Vermelho tem profundidade média de quinhentos metros, embora em sua porção central ultrapasse dois mil metros. No extremo norte forma o golfo de Suez -- onde foi aberto o canal -- e o golfo de Akaba, que delimitam a península do Sinai. Na porção sul, recifes de coral tornam suas águas pouco profundas, com apenas um estreito canal para a navegação. Ilhas e ilhotas coralígenas formam os arquipélagos de Dahlak, junto ao litoral africano, e de Farasan, no lado asiático. Os países litorâneos são Egito, Sudão, Etiópia, Arábia Saudita e Iêmen. Israel e Jordânia ocupam apenas um pequeno trecho litorâneo do golfo de Akaba.

Formado em épocas geológicas recentes, quando as placas tectônicas africana e arábica se separaram -- o que continua a ocorrer à razão de 1,5cm por ano --, o mar Vermelho integra uma região sujeita a terremotos e a atividades vulcânicas. Suas águas são as mais quentes do planeta e têm alto grau de salinidade, de vez que está localizado em área de poucas chuvas e excessiva evaporação.

Dois mil anos antes da era cristã, o mar Vermelho já era usado pelo Egito como rota de comércio com o Hindustão, e um canal navegável o ligava ao rio Nilo.

Sem muita utilidade para a navegação até a abertura do canal de Suez, em 1869, o mar Vermelho transformou-se então em rota quase obrigatória entre a Europa e a Ásia. Os países por ele banhados exploram petróleo e gás natural na plataforma costeira, e jazidas de metais em águas mais profundas.

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9. MAR MORTO,

Localizado na parte norte da Grande Fossa Africana (Rift Valley), o mar Morto na verdade é um lago de água salgada. Limita-se a leste com o planalto Moab, na Jordânia, e a oeste com o planalto da Judéia. Apresenta o maior índice de salinidade do mundo, e sua superfície fica abaixo do nível do mar (397m).

Devido à salinidade e à presença de fragmentos de betume, o mar Morto não possui vida animal ou vegetal. Seu aproveitamento econômico consiste na produção de sal de cozinha e de outros minerais, e na extração de álcalis, como potassa, cloreto e brometo de magnésio e bromo, em Sodoma, ao sul. O Jordão é o principal rio que deságua no mar Morto.

O mar Morto é de origem tectônica. A Bíblia conta que ele nasceu de uma erupção vulcânica, ocorrida depois da destruição de Sodoma. Em 1947, foram descobertos próximo de suas margens, no território correspondente à Judéia, manuscritos que permitiram grandes avanços para a moderna arqueologia, como estabelecer o ano 70 da era cristã para o texto definitivo da Bíblia judaica; reconstruir a história da Palestina, do século 4 a.C. até o ano 135 da era cristã; e lançar novas luzes sobre o advento do cristianismo e sobre as relações entre as tradições religiosas judaicas e cristãs.

10. JORDÃO,

Rio em que, segundo os Evangelhos, Jesus Cristo foi batizado por são João Batista, o Jordão nasce de várias fontes, originárias do monte Hermon, na Síria, até desaguar, em forma de delta, no mar Morto.

O rio Jordão corre do norte para o sul da Palestina e percorre a bacia de Hula, até o lago Kinneret (mar da Galiléia). A seguir, recebe seus principais afluentes -- o Yarmuk, o Harod, o Zarga, o Yabis. Grande parte de sua bacia é utilizada para a agricultura de irrigação.

Fronteira entre Israel e a Jordânia a partir de 1948, o rio Jordão teve, em 1967, sua área de confluência com o Yabis transformada em linha de cessar-fogo entre os dois países.

11. DESERTO DE NEGUEV,

Situado ao sul de Israel, o deserto de Neguev ocupa mais da metade da superfície do país. Limita-se a oeste com a península do Sinai, a leste com o vale do rio Jordão e, no norte, une-se à planície costeira, ao planalto e ao deserto da Judéia.

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Localizado na depressão do mar Morto, o Neguev caracteriza-se pelas crateras de erosão alongadas, cercadas de penhascos. As precipitações, baixas no sul, chegam a 300mm na região de Beersheba. As zonas mais acidentadas são cortadas por cursos d´água temporários.

Após a criação de Israel (1948), a irrigação, a mineração e a urbanização estimularam o desenvolvimento da agricultura e da indústria de cerâmica, vidro e processamento de fosfato. As principais culturas são as de cereais, plantas forrageiras, frutas, legumes e verduras. Exploram-se bromo, potassa, magnésio, cobre e gás natural na região.

As cidades mais importantes da região são Beersheba, área agrícola, e Elat, único porto de Israel para o oceano Índico.

Há indícios de que o Neguev seja habitado desde a pré-história. Tribos semíticas usaram-no a princípio como área de pastoreio, mas uma delas, a dos nabateus, conseguiu torná-lo uma florescente região agrícola, que serviu como rico celeiro durante o domínio do Império Romano. Conquistado pelos árabes no século 7, o deserto foi ocupado por beduínos até o século 20. A modernização agrícola da região iniciou-se com a implantação de fazendas coletivas, em 1943.

BIBLIOGRAFIA ENCICLOPÉDIA BARSA ENCICLOPÉDIA OS BOYER

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