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VANESSA SANTANA LOPES BRIQUETE DE COCO COMO ALTERNATIVA ENERGÉTICA

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE TEORIA ECONÔMICA

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

VANESSA SANTANA LOPES

BRIQUETE DE COCO COMO ALTERNATIVA ENERGÉTICA

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VANESSA SANTANA LOPES

BRIQUETE DE COCO COMO ALTERNATIVA ENERGÉTICA

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Econômicas do Departamento de Economia da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Economia. Departamento de Teoria Econômica.

Orientador: Prof. José Jesus de Sousa Lemos

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

L856b Lopes, Vanessa Santana.

Briquete de coco como alternativa energética / Vanessa Santana Lopes - 2013. 32 f.: il.

Monografia (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Curso de Ciências Econômicas, Fortaleza, 2013.

Orientação: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos.

1.Sustentabilidade 2.Desenvolvimento sustentável 3.Desenvolvimento rural I. Título

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RESUMO

Este é um estudo sobre a viabilidade da produção de briquetes utilizando como matéria prima a casca de coco verde. Foram analisados os custos pra implantação de uma fábrica, as desvantagens no uso de madeira para produção de energia, a disponibilidade de material, o custo para montagem de uma indústria, o período aproximado para retorno do investimento e os benefícios ao meio ambiente. O briquete da casca de coco verde substitui madeira, carvão e briquete de madeira na produção de energia. A instalação de uma fábrica de briquetes de coco verde possui o mesmo custo que uma que produz briquetes de madeira. Devido à grande disponibilidade de matéria prima, o briquete do coco verde leva grande vantagem em relação à madeira. Como ele está disponível em toda a cidade, reduz-se os custos com mão de obra, transporte e licenciamentos. Sua comercialização é uma alternativa economicamente viável e sustentável que não só irá gerar renda e emprego como reduzirá os níveis de poluição no ar e no solo.

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ABSTRACT

This is a study about the availability of producing briquettes using the coconut shell as raw material. The costs were analyzed to implement a factory, the disadvantages of using wood for energy production, the availability of the material, the costs for installation in an industry, and the necessary time required for its production to be profitable in relation to the investment and benefits to the environment. The briquette from coconut shell replaces wood, coal and wood briquette in energy production. The installation of coconut factory briquettes has the same cost as one that produces wood briquettes. Due to the abundant availability of raw materials, the green coconut briquette takes great advantage over wood. It is easily found throughout the city, consequently it reduces the cost of labor, transportation and licensing. Its marketing is economically viable and sustainable and this not only generate income and employment as reduce pollution levels in the air and on the ground.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 5

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 8

3 MATERIAL E MÉTODO ... 10

3.1 Tipo de estudo ... 10

3.2 Amostra ... 10

3.3Cenário da Pesquisa ... 11

4 VIABILIDADE DO USO DE BRIQUETE DE COCO ...12

4.1Vantagens do uso do briquete ... 13

4.2Extração de madeira ... 15

4.3Efeitos negativos da exploração florestal para produção de briquete de lenha ... 16

4.4Maquinário necessário para uma Usina de fabricação de briquetes ... 17

4.5Composição da Industria de fabricação de Briquetes de resíduos de coco verde... 18

4.6 Custo total de instalação ... 20

4.7Matéria prima ... 21

4.8 Destinação do resíduo de coco verde em Fortaleza ... 22

4.9 Demanda por fontes caloríficas ... 23

4.10 Capacidade produtiva de briquete de coco ...25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

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1. INTRODUÇÃO

O acelerado crescimento populacional, que exige maiores quantidades de energia, provoca o uso desordenado desta sem que tenha havido, até aqui, a preocupação séria de buscar novas alternativas não convencionais e sustentáveis de um ponto de vista ambiental. A falta de recursos naturais ou tecnológicos para produzir energia suficiente para suprir as necessidades da população local aumenta a desigualdade social, seja pela falta de recursos naturais ou pela falta de tecnologia para a exploração dos existentes. Os locais menos desenvolvidos tornam-se dependentes de fontes de energia ou de tecnologia externas para explorar recursos naturais existentes, como acontece, por exemplo, com a entrada das multinacionais, que ganham enorme vantagem ao entrar em países pobres, não só pela falta de conhecimento destes, mas também pelas flutuações da taxa de câmbio, que elevam o custo da energia que se transmite como em vasos comunicantes a todos os segmentos das cadeias produtivas, encarecendo os produtos finais, tornando-os inacessíveis à grande maioria da população e aumentando a exclusão social. As localidades que possuem todos os recursos energéticos submetem os locais menos desenvolvidos à sua política e a seus preços, que quase sempre são definidos bem acima do valor real, devido à forma concentrada e pouco concorrencial em que se praticam esses mercados.

A energia é considerada um bem de extrema importância para o desenvolvimento humano e redução das desigualdades sociais. Quando uma quantidade mínima de energia é disponibilizada a uma população, ela tem a possibilidade de melhorar sua qualidade de vida através da educação, infraestrutura, saúde, saneamento básico, lazer, oportunidade de emprego e renda. As observações desses fatos têm levado a discussões sobre a relação entre nível de renda, consumo energético e desenvolvimento. Acreditam-se que um nível básico de energia disponível a todos será capaz de diminuir as desigualdades sociais e facilitar a busca pelo desenvolvimento sustentável.

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Dado o acelerado crescimento da população mundial, torna-se necessário criar medidas que tornem possível a todas as pessoas um nível mínimo de qualidade de vida, tendo acesso à saúde, educação, moradia, lazer, segurança, além de conscientização do que é viver em sociedade. Pois, dar melhores condições de vida a um povo sem que ele saiba administrá-la gera um problema ainda maior. Todos os recursos acima descritos devem ser cedidos segundo normas legais. Do contrário, o crescimento desordenado e a desigualdade permanecerão aumentando os índices de poluição, desmatamento, falta de alimento e energia.

A fim de minimizar o abismo social no estado do Ceará, mais precisamente em Fortaleza, este estudo analisará a viabilidade de uma nova fonte de energia já utilizada em outros estados e pouco difundida pelos cearenses. O uso do briquete, produzido a partir dos resíduos da casa de coco, como fonte de energia a ser utilizada em churrascarias, olarias, fábricas de cerâmica, frigoríficos, fábricas de ração, pizzarias, padarias, lavanderias, indústria de ração e papel. Em todos os ramos que utilizem fornos ou caldeiras, em substituição à lenha e ao carvão retirados das florestas nacionais.

Especificamente, será estudada a produção de briquetes de coco verde. O coco é consumido durante todo o ano principalmente pela população litorânea que busca a água e o fruto doce, porém, todo o resto é descartado por não ter utilidade até o momento. As grandes quantidades consumidas semanalmente pelas barracas de praia de Fortaleza contribuem não só para a poluição visual, mas também diminuem significativamente a capacidade do aterro sanitário local e reduzindo sua vida útil, já que de acordo com a SEUMA – Secretaria de Meio Ambiente, o aterro está com 70% de sua capacidade utilizada e, segundo informações obtidas no site da Embrapa, este tipo de resíduo leva de 8 a 12 anos para se decompor.

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OBJETIVO GERAL

O Objetivo geral da pesquisa é analisar a viabilidade econômica da produção do briquete de coco utilizado como fonte de energia na cidade de Fortaleza e seus benefícios sociais e ambientais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Analisar o potencial energético do briquete de coco verde em relação a outras fontes calóricas de energia;

2. Contabilizar a disponibilidade do material para essa atividade e investigar a viabilidade econômica para a produção no estado;

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

O entendimento atual de desenvolvimento sustentável é baseado no ser humano, em como se pode manter um ambiente agradável para as pessoas sem impedir o desenvolvimento econômico e sem prejudicar a qualidade de vida daqueles que habitarão o ambiente depois. O sucesso da sustentabilidade acontece quando todos os habitantes dispõem dos mesmos privilégios.

O desenvolvimento sustentável é caracterizado por cinco dimensões, segundo Sachs, ele são:

 Geoambiental: Refere-se o desenvolvimento do ponto de vista geográfico, quais áreas serão atingidas e quais serão os impactos, considerando também o período em que essas mudanças serão visíveis;

 Socioeconômica: Prevê que o progresso econômico esteja ao alcance de todos, de maneira justa e igualitária;

 Técnico-científica: Trata da busca continua do conhecimento tecnológico e científico para o benefício da sociedade;

 Político-institucional: Determina que a sociedade tenha acesso às decisões políticas para que as dimensões anteriores, geoambiental, socioeconômica e técnico-científica façam o seu papel para que haja desenvolvimento sustentável;

 Cultural: Relata que os valores locais, como manifestações artísticas, a maneira de vestir-se e comunicar-se dos povos, de demonstrarem suas raízes, devem também ser preservados;

No trabalho de Lemos (2012) são expostos os princípios citados por Sachs que dão orientação para que o desenvolvimento sustentável possa ser posto em prática. O que é feito hoje deve ser pensado em como cada atitude afetará as gerações futuras, utilizando recursos sem esquecer dos que viverão aqui futuramente, para que possam ter a mesma qualidade de vida existente atualmente;

 Fazer com que os cidadãos tenham suas necessidades básicas atendidas;

 Ter a população como autora do processo de desenvolvimento;

 Dar ênfase à preservação do meio ambiente e de todos os recursos naturais;

 Garantir trabalho digno e segurança a todos, e preservando a cultura;

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Em seu livro, Lemos (op. cit.) cita ainda o Relatório de Brundtland, elaborado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio ambiente e Desenvolvimento para tentar frear o uso descontrolado dos recursos naturais. Logo, foram apresentadas medidas que promovessem o desenvolvimento, mas que prejudicassem o meio ambiente da menor maneira possível. Dentre elas estão:

 Determinar um limite para o crescimento da população

 Garantia da não falta de alimento por um longo prazo

 Preservação da biodiversidade e ecossistemas

 Redução do consumo de energia por meio do desenvolvimento de tecnologias que permitissem o uso de fontes renováveis

 Permitir o acesso das pessoas á todas as necessidades básicas

 Desenvolvimento industrial de países utilizando fontes limpas de energia

 Diminuir o crescimento desordenado das cidades

 Tentar aproximar a população do campo com a da cidade

Toda a teoria e todos os planos para a construção de um ambiente com desenvolvimento sustentável encontram barreiras nas políticas de grandes empresas. Estas buscam constantemente a maximização de lucros independente das fontes de energia ou da mão-de-obra utilizada.

Conforme explorado por (ANDRADE, TACHIZAWA e CARVALHO, 2000), Pensando de maneira abrangente onde mais pessoas teriam acesso aos produtos industrializados, a margem de lucro dessas empresas seriam maiores. Como não há preocupação com as gerações futuras, os lucros permanecem sem grandes crescimentos e a maioria da população permanece pobre, à margem de um mundo moderno e industrializado, mas, com os dias contados, pois os recursos naturais que geral tanta riqueza hoje acabarão um dia caso o pensamento no ambiente de amanhã não seja colocado em pauta e em prática.

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3. MATERIAL E MÉTODO

Este é um estudo de caráter descritivo e exploratório que utilizou como fonte a pesquisa bibliográfica e o estudo de campo. Foi feita uma análise a respeito dos resíduos de coco verde na cidade de Fortaleza, buscando sua destinação e possibilidade de beneficiamento.

3.1 Tipo de estudo

O estudo descritivo se caracteriza pelos fatos observados e analisados. A técnica da coleta de dados se realizou através de questionários não padronizados nos setores envolvidos com o resíduo em questão, o coco verde, utilizadores de fontes de calor como energia e coleta de informações junto aos órgãos municipais e estaduais.

A pesquisa exploratória tem como objetivo investigar uma situação ainda pouco discutida. Determina maiores informações sobre determinado assunto, facilita a delimitação do estudo e a definição de objetivos ou formulação de hipóteses.

A pesquisa de campo busca respostas ou informações sobre um problema por meio da formulação de hipóteses que se queira comprovar. Este tipo de investigação foi utilizado devido à falta de fontes bibliográficas.

3.2 Amostra

Definiu-se na pesquisa uma amostra de seleção intencional a fim de facilitar o desenvolvimento da pesquisa. Intencionalmente foram escolhidos apenas os representantes que poderiam responder pela questão em estudo. No caso, a representação é individual, ou seja, apenas um integrante da empresa tem a responsabilidade de responder plenamente o que é feito na sua empresa e que é de relevância para os objetivos desta pesquisa.

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3.3 Cenário da pesquisa

A pesquisa foi realizada na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará. Segundo o site da Prefeitura Municipal de Fortaleza, a cidade possui uma área de 314,930 km2, é composta por 34 km de praia e possui 2 milhões e 400 mil habitantes. Utilizou-se ainda como cenário o município de Caucaia, pertencente à Região Metropolitana de Fortaleza, que abriga a ASMOC – Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia.

Imagens de uma indústria de briquetes de madeira foi utilizada para demonstrar a forma e a facilidade de estocagem dos mesmos, devido à forma padronizada, ocupam menos espaço, tem maior praticidade para serem medidos e transportados. A partir das informações coletadas foram construídos quadros para demonstrar a quantidade de cascas de coco disponíveis na cidade, quanto poderia ser aproveitado para a produção de energia através do briquete, e qual a rentabilidade para o investidor.

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4. VIABILIDADE DO USO DE BRIQUETE DE COCO

Briquete é o produto obtido através da compactação mecânica de resíduos diversos, tais como serragem, casca de arroz, casca de amendoim, bagaço de cana, casca de algodão, casca de café e resíduos de madeira. Ele é utilizado para substituir a lenha oriunda das florestas para produção de calor em indústrias e comércios utilizadores de fornos e caldeiras. Podem ser definidos da seguinte forma:

Briquetes são produtos de alto poder calorífico, obtido pela compactação dos resíduos demadeira como o pó de serragem e as cascas vegetais como a casca de coco. Apresenta forma regular e constituição homogênea sendo muito utilizado para a geração de energia. É considerado uma lenha ou carvão ecológico de alta qualidade, feito a partir da compactaçãode resíduos ligno-celulosicos, sob pressão e temperaturas elevadas (BIOMAX, 2007;BIOMACHINE, 2007).

Na Figura 1 mostram-se briquetes produzidos a partir de resíduos de madeira.

Fonte: (STOLF Artefatos de Madeira, 2012)

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4.1 Vantagens do uso do briquete de coco

De acordo com informações da indústria Mastruz com Leite, produtora de

briquetes de madeira, dentre as vantagens da utilização do briquete de coco pode-se destacar:

 Maior poder calorífico – Enquanto a lenha possui energia média de 2200kcal/kg, o briquete tem 4600kcal/kg;

 Contribui com o meio ambiente – Evitando o desmatamento para produção de lenha; gera menos cinza, fumaça e fuligem; é menos poluente;

 Possui regularidade térmica;

 Por ter tamanho padronizado ocupa menos espaço para armazenagem, é de fácil manuseio, o controle de estoque torna-se mais preciso;

 Por ser mais higiênico reduz a importação de pragas;

 Devido à baixa umidade a temperatura se eleva rapidamente;

 Não danifica a fornalha no manuseio para abastecimento;

 Está disponível o ano inteiro;

 Pode ser utilizado em conjunto com a lenha;

 As chaminés fornalhas que utilizam briquetes são dispensadas da obrigatoriedade do filtro lavador de gases por parte dos órgãos ambientais;

 Dispensa cadastro estadual de consumidores de matéria de origem vegetal nos órgãos responsáveis: SEMACE e IBAMA;

 Diminui o uso de combustíveis fósseis e busca por fontes renováveis de energia;

 Aumento da eficiência do setor energético;

 Desenvolvimento do setor energético na busca de eficiência produtiva e alternativas ambientalmente benéficas;

 Mudanças nos setores produtivos como um todo;

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Fonte: Usina de briquetagem Mastruz com Leite – Foto: Vanessa Santana Lopes

Por serem uniformes e em formato cilíndrico, os briquetes são fáceis de serem embalados e armazenados. Geralmente eles são acomodados em sacos de ráfia, que após fechados são pesados e estocados. Dessa forma, tanto nas indústrias de briquetagem quanto nos depósitos de seus consumidores os briquetes são facilmente armazenados e tem seu controle feito de maneira mais precisa, já que após o fechamento de cada saco o mesmo é pesado e tem esse valor escrito em cada embalagem.

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4.2 Extração de madeira

Segundo a resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, a exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais são atividades que estão sujeitas ao licenciamento ambiental.

Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. CONAMA, 1981

Segundo a resolução CONAMA 237, estas são as etapas necessárias para obter-se o licenciamento ambiental:

 Licença prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

 Licença de instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante;

 Licença de operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

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4.3 Efeitos negativos da exploração florestal para produção de briquete de lenha

Alguns dos problemas causados pelo uso de material retirado das florestas para a produção de briquete estão relacionados à devastação das matas, degradação do solo, dispersão da fauna vivente no local, escassez de água devido à falta de vegetação para provocar a precipitação das chuvas.

Por outro lado, a exploração agrossivipastoril planejada produz os seguintes impactos ambientais: Redução da regeneração nos primeiros anos devido às capinas e retiradas de alguns brotos da vegetação arbórea e arbustiva; redução do teor de matéria orgânica e aumento da oxidação devido à exposição do solo ao sol e à chuva; redução da biodiversidade. Este impacto, ainda não mensurado em áreas de Manejo para o nordeste precisa de estudos e pesquisas; e risco de presença de árvores em extinção na área do manejo.

Sendo a madeira uma fonte de energia de baixo custo financeiro, e devido á grande necessidade energética provocada pelo crescimento acelerado da população, as autoridades permitem que sejam feitos planos de manejo para exploração de áreas ambientais.

Plano de manejo é um projeto dinâmico que determina o zoneamento de uma área de conservação, caracterizando cada uma de suas zonas e propondo seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades. Estabelece desta forma diretrizes básicas para o manejo da Unidade.

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Figura 3 - Usina de briquetagem de resíduos de madeira com briquetadeira e secador

Fonte: (BIOMAX, 2012)

Segundo informações obtidas junto a técnicos da Biomax (2012), indústria produtora de briquetadeiras, para a construção de uma usina com capacidade de produzir uma tonelada por hora (1ton/h) de briquetes de coco verde necessita dos seguintes componentes: uma Briquetadeira B 105/240 com acessórios; um Secador B 18000 com acessórios; um picador com acessórios; um repicador com acessórios;

Utilizando como referência uma carga horária de 22 dias mensais, 8 horas diárias com uma capacidade produtiva de uma tonelada por hora tem-se uma produção de 165 toneladas de briquetes de coco verde por mês ou 1980 toneladas por ano.

4.4 Maquinário necessário para uma Usina de fabricação de briquetes de coco verde

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Segundo informações cedidas per um funcionário da empresa Biomax (2013), existem três tipos de máquinas para briquetagem, que variam de acordo com sua capacidade de produção: a menor com capacidade de 800 a 1500 quilos de resíduo; a de médio porte, utilizada como exemplo nesse estudo capaz de suportar de 1000 a 2000 quilos; e uma última com capacidade de processar de 1500 a 2800 quilos de resíduos.

A variação de preço entre as três máquinas gira em torno de R$110.000.00, mas como o espaço e a mão de obra exigida para cada uma delas são diferentes, o custo final para instalação de cada uma delas varia.

A máquina escolhida como exemplo para esse estudo foi o modelo B105/240, um equipamento de tamanho médio, capaz de processar, em média, 25% a mais de resíduos do que o do modelo anterior, mas que trará retorno em menor período de tempo, tornando-se possível que todo o investimento seja recuperado numa média de cinco anos, aproximadamente a metade do tempo necessário para obter-se retorno utilizando o modelo de menos capacidade produtiva.

4.5 Composição da Indústria de fabricação de Briquetes de resíduos de coco verde

Segundo pesquisa de mercado feita com a empresa BIOMAX, produtora de briquetadeiras, obteve-se dados para implantação de uma indústria de briquetes de coco no Ceará. Os números estão relacionados à viabilidade econômica desde os custos com a instalação até o custo final por tonelada de briquete produzido. Os cálculos foram feitos utilizando como base uma usina de briquetagem com capacidade produtiva de uma tonelada de briquete por hora utilizando resíduos de coco verde.

Segundo Lora (2002), o aproveitamento de resíduo de coco verde para geração de energia por meio da produção de briquetes constitui no uso sustentável de biomassa como combustível não incrementando o teor de CO2 na atmosfera, já que este é produzido na

combustão equilibrando-se com o CO2 consumido durante a fotossíntese.

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Quadro 1: Custo do maquinário para produzir briquetes de resíduos de coco verde

Equipamento

Capacidade

Preço (R$)

BRIQUETADEIRA com pinça de aperto automatizada modelo B105/240

1000kg/h a

2000kg/h 181.600

MOTOR PRINCIPAL da briquetadeira 75cv 15.900

QUADRO DE COMANDO da briquetadeira 14.500

SILO/DOSADOR para briquetadeira 26.000

SECADOR – TAMBOR COMPLETO B18000:

Fornalha, ciclone, ventilador de exaustão, válvula rotativa, tubulações, motores e quadro de comando

1000kg/h a

2000kg/h 297.000

REDLER E CHUPIM para secador 39.000

PICADOR 1000kg/h 187.000

REPICADOR 1000kg/h 148.000

TOTAL DA USINA 1000kg/h a 2000kg/h 909.000

Fonte: (BIOMAX, 2012)

A máquina briquetadeira utilizada como exemplo, modelo Biomax B105/240, também poderá ser usada na produção de briquetes de casca de arroz, resíduos de algodão, resíduos de pinus, bagaço de cana de açúcar e resíduos de madeira, sendo que neste último a produtividade da máquina é maior, passando de 1 tonelada por hora para 2 toneladas no mesmo período. No caso dos outros equipamentos a produtividade para resíduos de madeira é aproximadamente o dobro da capacidade para processar outros resíduos. Algumas partes de uma máquina de fabricar briquetes de resíduos de coco verde podem ser destacados. São os casos do:

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Secador: O secador é constituído por um tambor rotativo que realiza a mistura do gás quente da fornalha com os resíduos úmidos fazendo a extração da água em forma de vapor. O resíduo seco é descarregado na saída do tambor em um ciclone que realiza a

separação dos gases quentes misturados com o vapor d’água. .O sistema de aspiração dos gases quentes misturados com resíduos úmidos é realizado por um ventilador localizado na saída do tambor, logo após o ciclone.

Briquetadeira: Quando os resíduos chegam à umidade máxima permitida, 16%, eles são enviados à maquina briquetadeira que prensará todos os resíduos formando o briquete.

4.6 Custo total de instalação

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Quadro 2: Custo total de instalação da indústria de fabricação de briquetes de coco verde

DEPRECIAÇÃO

Custo do equipamento

Custo do prédio e infraestrutura (500m2) Custo aproximado de frete e instalação

Valor total com depreciação acumulada em 10 anos Depreciação por tonelada produzida

(R$1.254.000,00 / 19.800 ton) 10 anos

R$ 909.000,00 R$ 300.000,00 R$ 45.000,00 R$ 1.254.000,00 R$ 63,33

MÃO DE OBRA

3 funcionários / 1 turno (Leis locais) (R$2.500,00 / funcionário)

Mão de obra por tonelada produzida (R$7.500 / 165 toneladas por mês)

R$ 7.500,00

R$ 45,45

OUTROS CUSTOS

Manutenção por tonelada produzida R$18,00

Energia elétrica por tonelada produzida (232KW instalados, considerando-se que seja utilizada 70% da capacidade energética instalada)

232KW x R$0,30= R$69,90 x 0,7

R$48,72

CUSTO TOTAL R$ 175,50 / tonelada

O valor de venda do briquete varia de acordo com a região do país, assim como o preço da lenha. Em média, o valor de venda do briquete em Fortaleza varia entre R$ 320,00 e R$ 370,00 por tonelada.

Fonte: (BIOMAX, 2012)

4.7 Matéria prima

O Ceará é o terceiro maior produtor de coco verde do Brasil, ficando atrás, apenas, dos estados da Bahia e do Sergipe.

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casca de coco verde possui aproximadamente 85% de umidade, para que possa ser utilizado na produção de briquetes, a fibra de coco deve ter em torno de 16% de água para que ao final do processo haja somente 14% de umidade no briquete.

Segundo o site da Embrapa, acessado em 29 de março de 2013,em julho de 2012 o Nordeste recebeu a primeira unidade de beneficiamento de casca de coco verde na unidade de triagem de resíduos sólidos do bairro Jangurussu, em Fortaleza. Foi destinada à unidade de beneficiamento uma área de 3000m2 para a fabricação de produtos a partir do pó e das fibras retiradas da casca, como substrato agrícola, composto orgânico, placas, vasos, bastões e peças de artesanato diversos. Além disso, criou-se um espaço para a confecção de produtos derivados da casca de coco verde. Os resíduos utilizados seriam os oriundos das coletas de lixo da cidade que passam todo os dias pelo centro de triagem. Nos meses de alta estação, são gerados somente na Av. Beira e Praia do Futuro, 40 toneladas de resíduo de coco todos os dias. Na baixa estação esse número cai para aproximadamente a metade.

Somente a fábrica DuCoco, com seus quatro mil hectares de terra produtiva no Ceará, produzem anualmente 28 milhões de frutos. Toda a produção é destinada para a indústria de água, leite, óleo de coco, coco ralado e sobremesas, que utilizam somente a água e a parte carnosa, sendo todo o resto descartado.

4.8 Destinação do resíduo de coco verde em Fortaleza

Ao procurar a destinação das cascas de coco verde na cidade de Fortaleza descobriu-se que nenhum órgão assumiu a responsabilidade pela sua coleta ou armazenamento. Segundo informações obtidas na Seuma – Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, os resíduos de coco verde eram enviados ao aterro sanitário de Caucaia.

Em contato com a Asmoc – Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia, foi obtida a informação que os resíduos de coco não eram destinados àquele aterro e que informações corretas sobre a coleta seriam dadas pela Ecofor Ambiental, responsável pela coleta de resíduos em Fortaleza.

Por telefone, a Ecofor informou que não era responsável pela coleta de resíduos de coco verde. Esse serviço seria efetuado pela Sercefor - Secretaria Executiva Regional do Centro de Fortaleza.

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Por ser gerado em grandes quantidades, necessitar de muito espaço nos aterros e proporcionar a proliferação de vetores, nenhum órgão assume a responsabilidade desse tipo de resíduo. Dessa forma, as cascas de coco verde continuarão diminuindo a vida útil dos aterros sanitários, poluindo a cidade visualmente e facilitando a propagação de doenças.

Não foi possível obter informação por parte dos órgãos públicos competentes sobre o destino do coco verde, levando a supor que são destinados para locais impróprios ou até mesmo para o aterro junto com os demais resíduos comuns coletados pela prefeitura.

Essa destinação inadequada implica em prejuízo ambiental e econômico. Segundo informações da Associação dos Empresários da praia do futuro, existem 80 (oitenta) associados, sendo estes grandes geradores de resíduos de coco verde, sem contar com bares e comércios que vendem o produto. A utilização destes resíduos na fabricação de briquetes para fornecimento de energia em fornos de padarias, lavanderias, pizzarias, restaurantes e demais atividades, implicaria na geração de renda e emprego diretos e indiretos, sem contar nos benefícios ambientais.

Segundo informações coletadas no dia no dia 4 de abril de 2013 na Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente – SEUMA, as padarias e pizzarias que utilizam lenha em seus fornos necessitam apresentar cadastro de consumidor de lenha expedido pelo IBAMA ou SEMACE (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), além da necessidade da instalação de filtros na chaminé, pois a lenha emite muito material poluente durante a queima, causando incômodo à população do entorno e prejudicando a saúde, pois a queima precária da lenha contém fuligem, monóxido de carbono (CO) e outros compostos orgânicos.

O cadastro de consumidor de lenha ou material de origem vegetal é fornecido para empresas que vendem lenhas procedentes de replantio. No caso de empresas que utilizam briquetes não é necessário a apresentação deste cadastro e nem a instalação de filtros, implicando na diminuição dos custos para o empresário porque não necessita da compra de filtro e pagamento de taxas para liberação dos cadastros, diminuindo também o tempo na tramitação da licença ambiental.

4.9 Demanda por fontes caloríficas

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Estado do Ceará, fora aquelas não sindicalizadas e as padarias e confeitarias existentes em supermercado e mercados de pequeno porte.

Quanto ao número de pizzarias existentes em Fortaleza não foi possível precisar um número correto já que não existe um sindicato ou associação que determine um número médio de associados. Mas, segundo fontes de busca foi possível localizar mais de 300 pizzarias na cidade, com exceção daquelas que não possuem acesso à internet. Existe ainda, na cidade, aproximadamente 150 lavanderias que utilizam caldeiras, também consumidoras de fontes naturais de energia.

Além de lavanderias, pizzarias e padarias existem indústrias têxteis fábricas de ração que utilizam lenha, briquete ou outras fontes de energia.

Porém, em contato com a SEMACE e a SEUMA foi impossível quantificar o número exato de estabelecimentos que utilizam madeira ou outras fontes naturais de calor já que os dados não são divididos por atividade.

Analisando somente o número de padarias como referência obtém-se os seguintes resultados:

 Um forno de tamanho médio de uma pizzaria consome aproximadamente 6m3 de lenha por mês

 Supondo que metade das pizzarias de Fortaleza utilizem forno á lenha

 Cada tonelada de briquete equivale à 5m3 de lenha

 Um forno consumiria aproximadamente 1,2 toneladas de briquete por mês

Como a máquina, utilizada como exemplo, é capaz de produzir 165 toneladas de briquete por mês e a pesquisa está lidando com o número de 150 pizzarias que utilizam fontes naturais de calor. Com base nestas informações pode-se inferir que para abastecer todas elas, seria necessário uma produção mensal de 180 toneladas de briquetes.

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4.10 Capacidade produtiva de briquete de coco

Uma das fábricas da DuCoco, localizada no município de Itapipoca, gera em média 42 mil toneladas anualmente. Todo o resíduo gerado pela empresa é destinado à uma fábrica produtora de cerâmica. A casca de coco verde, após seca ao sol, é utilizada como fonte de energia calorífica. Livrando o meio ambiente de mais um acumulador de resíduos.

Utilizando-se somente os dados da Embrapa do ano de 2012 as barracas de praia de Fortaleza geram aproximadamente 10.200 mil toneladas de coco verde por ano. No Quadro 3 apresenta-se uma síntese da capacidade de produção de matéria prima para a fabricação de briquetes em Fortaleza.

Quadro 3: Produção de matéria prima para fabricação de briquetes de coco em Fortaleza de acordo com as estações turísticas

Estação Turística Duração (meses)

Produção estimada de casca de coco

(toneladas)

Produção total Estimada (toneladas)

Alta Estação 5 40 6.000

Baixa Estação 7 20 4.200

TOTAL 12 60 10.200

Fonte: (EMBRAPA, 2005)

Se for considerado que não são somente as barracas de praia que consomem o coco verde, tem-se um número muito maior de resíduos despejados em aterros. Bares, restaurantes, supermercados, lanchonetes, vendedores ambulantes e praias próximas à Fortaleza podem aumentar em até 50% a quantidade de casca de coco verde descartadas no meio ambiente. Ao invés de 10.200 toneladas pode-se chegar a aproximadamente 15.000 toneladas todos os anos.

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por mês funcionando em um único turno com apenas três (3) funcionários durantes 22 dias do mês, Segundo a Biomax, 2012. Logo, seria possível obter os seguintes resultados em termos de produção de briquetes utilizando os resíduos de coco como matéria prima:

Quadro 4: Produção estimada anual de briquetes utilizando resíduo de coco verde em Fortaleza. Matéria-Prima (toneladas) Aproveitamento (%) Duração (dias úteis) Produção diária (toneladas) Produção total Estimada (toneladas)

15.000 14 264 7,5 1988

Fonte: (BIOMAX, 2012)

Se todo o resíduo de coco verde fosse coletado e utilizado na produção de briquete de coco verde haveria material suficiente para a indústria funcionar durante 22 dias de cada mês todos os anos.

O custo para a produção de uma tonelada de briquete é de aproximadamente R$175,50 e o preço de venda é de aproximadamente R$330,00 por tonelada. (BIOMAX, 2012).

Quadro 5: Resultados financeiros da produção mensal de 165 toneladas de briquete

Custos Preço / Tonelada

(R$)

Valores totais (R$)

Produção 175,50 28.957,50

Venda 330 54.450

Lucro 154,50 25.492,50

Fonte: (BIOMAX, 2012)

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Se a capacidade máxima de produção da indústria for utilizada por meio do aumento de matéria prima, o lucro líquido mensal será facilmente triplicado, chegando ao valor de quase R$ 100.000,00 todos os meses.

Das evidencias apresentadas até aqui, depreende-se que a produção de briquetes utilizando os resíduos do coco como matéria prima traz benefícios sociais e ambientais. Ao mesmo tempo em que toneladas de resíduos são retiradas das ruas para que seja gerada uma fonte de energia sustentável, são criados empregos diretos e indiretos. Assim como acontece com o papel, plástico e alumínio, por exemplo, o coco verde pode ser uma fonte de renda para várias famílias que vivem como catadoras de lixo. Estas geram renda para depósitos receptores desses resíduos e que consequentemente irão fazer com a casca de coco verde seja beneficiada em uma indústria de briquetes.

Os benefícios ao meio ambiente são visíveis com a redução da emissão de gases na atmosfera, já que o briquete é menos poluente; a diminuição do desmatamento de florestas e a extinção de animais em decorrência. O aproveitamento da casca de coco verde será vantajoso para o visual da cidade, já que este tipo de resíduo não será mais visto acumulado pelas esquinas, atraindo ratos, baratas e mosquitos transmissores de doenças.

Constata-se ainda que o briquete de resíduo de coco possui o dobro do poder calorífico da lenha, fonte de energia mais utilizada pelas padarias, pizzarias e lavanderias da cidade. Sendo, portanto, interessante usá-lo como substituto da lenha.

O poder calorífico de cada tonelada de briquete equivale àquele gerado por cinco (5) metros cúbicos de lenha. No exemplo utilizado em Pentecoste, uma área de 1683,09 hectares produziria o equivalente a 79.597,24 esteres ou metros cúbicos de lenha para produção de briquete e 4.264,31 esteres de lenha, ou seja, 49,82 m3 de lenha por hectare.

Uma indústria briquetaderia tem capacidade para produzir 1988 toneladas de briquete de coco verde por ano, o equivalente a 9940 m3 de lenha. Logo, utilizando o briquete de coco verde como fonte calorífica, seriam poupados, anualmente, o equivalente a 200 hectares de floresta, enquanto aproximadamente 15 mil toneladas de coco verde seriam retirados das ruas e dos aterros sanitários da cidade de Fortaleza.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da pesquisa, depreende-se que a instalação de uma fábrica produtora de briquetes tornaria a cidade de Fortaleza um lugar mais limpo e economicamente sustentável.

A possuir um destino e um fim específico, as cascas de coco verde encontradas facilmente pelas ruas da cidade, deixariam de ser um problema ambiental, estético e econômico e passaria a ser uma fonte de renda para famílias mais pobres, uma fonte de energia sustentável e menos poluente.

Embora o custo para instalação de uma indústria produtora de briquetes seja elevado, é viável a existência de pelo menos uma na cidade. Existem investidores com capital mais que suficiente para a implantação, o que pode ser um empecilho é a falta de informação e de incentivo por parte da prefeitura e dos órgãos ambientais. A produção de briquetes de coco verde é rentável, com matéria-prima disponível o ano inteiro a um custo muito baixo. Já que ela está à disposição em toda a cidade, o único custo seria o de coleta e transporte da mesma. O custo de instalação seria reintegrado à empresa em um curto prazo, levando em consideração que a margem de lucro é elevada.

Com estímulo de órgãos municipais e estaduais seria possível ter uma cidade mais limpa, poluindo menos o meio ambiente por meio da utilização de nova fonte de energia menos agressiva, e evitando a devastação das florestas para produção de lenha de madeira; além de criar a oportunidade de emprego e renda para as famílias. Já que atualmente só existe uma única indústria briquetadeira na cidade, e esta utiliza somente madeira em sua produção, a divulgação do uso da casca de coco verde proporcionaria a abertura de um novo mercado.

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REFERÊNCIAS

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BIOMAX, O briquete Alternativa enegética. Disponível em:

<http://www.biomaxind.com.br/site/br/briquete.html> Acesso em 18 abr 2013

EMBRAPA, Tópicos em manejo florestal sustentável, Curitiba, PR. 1997, 249p

HINRICHS, A. R.; KLEINBACH, M.; REIS, L. B. Energia e meio ambiente, Tradução da edição norte americana, Cengage Learning Edições Ltda, 2011.

IBGE. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=230440> Acesso em 12 nov 2013

KRONEMBERGER, D. Desenvolvimento local sustentável – uma abordagem prática, Editora Senac, São Paulo, 2011.

LEMOS, J. J. S. Mapa de exclusão social no Brasil: radiografia de um país assimetricamente pobre. 2 ed. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2008.

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SEIFFERT, M. E. B. Gestão ambiental – Instrumentos, esferas de ação e educação ambiental, Ed. Atlas, São Paulo, 2011.

SOUECO. Reuso da casca de coco verde para fabricação de briquetes Disponível em: <http://soueco.blogspot.com.br/2011/08/mini-artigo-reuso-da-casca-do-coco.html> Acesso em 18 abr 2013.

STOLF. Briquete misto de resíduos de madeira de reflorestamento. Disponível em: < http://www.stolf.ind.br/briquetes.php> Acesso em 24 abr 2013.

VAZ, V. H. S.; CARVALHO, J. B. R.; SANT’ANNA, M. C.; SILVA, M. S.; SILVA, G. F.

Imagem

Figura 3 - Usina de briquetagem de resíduos de madeira com briquetadeira e secador

Referências

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