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METODOLOGIA DE PESQUISA UNIDADE IV: MÉTODOS CIENTÍFICOS

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Academic year: 2021

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METODOLOGIA DE PESQUISA

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UNIDADE IV: MÉTODOS CIENTÍFICOS

Conteúdo Programático

Conceituação e importância do método;

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UNIDADE IV: MÉTODOS CIENTÍFICOS

Objetivos

Ao final desta Unidade o aluno será capaz de:

• Conceituar e compreender a importância do método;

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MÉTODOS CIENTÍFICOS

Conceituação e importância do método

Para reforçar o que aprendemos nas unidades anteriores, de que a Ciência é um procedimento metódico que busca conhecer, interpretar e intervir na realidade, estudaremos alguns dos diferentes métodos científicos.

O método não é único e nem sempre o mesmo para o estudo deste ou daquele objeto e / ou para este ou aquele quadro da ciência, uma vez que reflete as condições históricas do momento em que o conhecimento é construído. Somente à base desta reflexão o pesquisador conseguirá compreender o plano histórico e dinâmico do conhecimento científico. (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 55)

Método significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo. Portanto, entende-se que:

È um procedimento de investigação e controle que se adota para o desenvolvimento rápido e eficiente de uma atividade qualquer. Não se executa um trabalho sem a adoção de algumas técnicas e procedimentos norteadores da ação.” (BASTOS; KELLER, 2000, p.84)

Que dizer então do método científico? Poderia dizer que é o caminho trilhado pelo cientista quando em busca de "verdades" científicas. Quais são as "verdades" científicas? O que é ser cientista? O que é ciência? Existe uma ciência única? Quando nos reportamos a uma hipotética linha demarcatória, a separar o que julgamos ser uma verdade científica de outras possíveis verdades, a que nos estamos referindo? Por estas questões, nota-se que o método tem vital importância, já que é por meio dele que se alcançam as verdades buscadas pela humanidade por meio dos pesquisadores.

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irrefutáveis até aquele momento.

Uma experiência científica só será considerada como válida para o mundo da Ciência, se for realizada seguindo determinadas normas controladas. Os cientistas se esmeram em replicar incontáveis vezes uma experiência até terem certeza de que foram obedecidos todos os critérios de cientificidade exigidos pela Ciência.

No método científico, a hipótese é o caminho que deve levar à formulação de uma teoria. O cientista, na sua hipótese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outros acontecimentos dele decorrentes. A hipótese deverá ser testada / aplicada para que os resultados obtidos pelos pesquisadores comprovem perfeitamente a hipótese, então ela será aceita como uma teoria.

Para simplificar, a hipótese é uma tentativa preliminar de resposta ao problema da pesquisa.

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DÚVIDA PROBLEMA HIPÓTESE

TENTATIVA DE SOLUÇÃO

A hipótese é uma resposta provisória e antecipa algo que será ou não confirmado com a pesquisa. O método científico é composto pelas seguintes fases: • Observação de um fato; • Formulação de um problema; • Proposta de uma hipótese; • Realização de uma pesquisa para testar a

validade

da hipótese.

Para maior segurança nas conclusões, toda pesquisa deve ser controlada com técnicas que permitem descartar as variáveis que podem mascarar o resultado.

Tipos de métodos

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a) Método indutivo: é aquele que parte da observação de casos particulares

para o estabelecimento de hipóteses de caráter geral. Trata-se do método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos.

Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se desejam conhecer. A seguir, procura-se compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Observe o exemplo a seguir:

Conclusões indutivas são perigosas, pois generalizações de premissas verdadeiras podem levar a uma falsa conclusão.

b) Método dedutivo: é aquele pelo qual, a partir da observação de um princípio geral, chega-se a conclusões particulares. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. Como neste exemplo:

• João é mortal.

• Paulo é mortal.

• Manoel é mortal.

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c) Método hipotético-dedutivo: é aquele pelo qual, mediante a percepção de

uma lacuna no conhecimento, formula-se uma hipótese e, então, pelo processo de observação e inferência dedutiva, testa-se a predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese (LAKATOS; MARCONI, 1991).

Pode-se apresentar as etapas do método hipotético-dedutivo da seguinte forma:

1 – Problema: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema;

2 – Conjecturas: para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Para a explicação de um fenômeno, surge o problema;

3 – Dedução de conseqüências observadas: das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas;

4 – Tentativa de falseamento: falsear significa tentar tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipóteses, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la;

5 – Corroboração: quando não se consegue demonstrar qualquer caso concreto capaz de falsear a hipótese, tem-se a sua corroboração, que é a confirmação da hipótese, entretanto, está é considerada provisória.

• Todo mamífero é vertebrado.

• Todo homem é mamífero.

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Neste caso, de acordo com Popper1, a hipótese mostra-se válida, pois superou

todos os testes, mas não definitivamente confirmada, já que a qualquer momento poderá surgir um fato que a invalide.

d) Método dialético: procura contestar uma realidade posta, enfatizando as suas contradições. Para toda tese, existe uma antítese, que, quando contraposta, tende a formar uma síntese.

Tal método funda-se numa concepção dinâmica da realidade e das relações dialéticas entre sujeito e objeto, conhecimento a ação, teoria e prática.

O método dialético não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca (...) É contrário a todo conhecimento rígido: tudo é visto em constante mudança, pois sempre há algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega, se transforma (ANDRADE, 1999, p.114-115).

O método dialético portanto, é contrário a todo conhecimento rígido, pois tudo é percebido como em constante mudança.

e) Método fenomenológico: não se limita à descrição dos fenômenos. Também é, ao mesmo tempo, tentativa de interpretação dos mesmos, com o objetivo de pôr a descoberto os sentidos menos aparentes, os sentidos mais fundamentais que os fenômenos têm. Caracteriza-se por valorizar a pesquisa do cotidiano, por tentar resgatar tudo aquilo que, pela rotina, foi perdendo relevo e significação, foi ficando oculto pelo uso, pelo hábito, pelo senso comum. Nesse sentido, o enfoque fenomenológico permite reeducar, reorientar o olhar que investiga.

O método fenomenológico valoriza, sobretudo, a interpretação do mundo, o qual surge intencionalmente à consciência do homem. Assim, pode-se afirmar que, na pesquisa de orientação fenomenológica, o sujeito deixa de ser um observador imparcial, como pretende a abordagem positivista, para assumir, de certa forma, a condição de “ator”. Aliás, um os méritos do método fenomenológico é justamente o

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de questionar os procedimentos positivistas, encarecendo a importância do sujeito

no processo da construção do conhecimento.

Outra característica marcante da pesquisa fenomenológica é sua recusa à caracterização, pretendendo-se, ao contrário, sempre aberta a novas interpretações.

É importante ressaltar que, conforme Masini (1989), alguns autores consideram inadequado falar em método fenomenológico. Segundo eles, não haveria tal método, mas regras formais de pesquisa voltadas especialmente para o fenômeno (aquilo que se mostra como é, que se mostra a si mesmo). Então, não caberia falar em método, mas em atitude fenomenológica.

f) Método histórico: específico das ciências sociais, parte do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm suas raízes no passado, sendo, portanto, fundamental pesquisar sua origem para bem compreender sua natureza e função. Por exemplo, para se investigar uma instituição social como a família e as relações de parentesco, o método histórico pesquisa, no passado, os elementos constitutivos dos vários tipos de família e as fases de sua evolução social.

O método histórico “consiste em investigar os acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje”. (ANDRADE, 2003, p. 133)

Dessa forma, o pesquisador que se utiliza do método histórico tem a preocupação de colocar o fenômeno estudado no ambiente social em que surgiu, ou seja, contextualiza-lo. Assim, será capaz de acompanhar suas sucessivas alterações e de compará-lo a fenômenos semelhantes em sociedades diferentes (LAKATOS; MARCONI, 1991).

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Relação entre método e técnica

Na investigação científica, os termos “método” e “técnica” acima estão estreitamente relacionados e são comumente empregados sem uma compreensão exata da sua diferenciação semântica.

Como já foi anteriormente descrito, o método - termo já conhecido na Grécia Clássica (méthodos) foi usado por Platão e Aristóteles no sentido de "estudo ordenado de uma questão filosófica ou científica". A palavra pode ser decomposta no prefixo metá + hodós, que quer dizer caminho, via, rota. Em sentido genérico é, portanto, o caminho pelo qual se chega a um determinado resultado.

Na terminologia científica, método pode ser definido como um conjunto de dados e regras de proceder, permitindo atingir um fim previamente determinado. Ex.: pesquisa experimental, diagnóstico, operação, tratamento, reação físico-química ou biológica, prova clínica ou teste de laboratório. Muitos teóricos definem método como um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar a um fim.

A palavra “técnica” vem do grego tékhne, e significa arte. Se o método é o caminho, a técnica é o modo de caminhar. Técnica subentende o modo de proceder em seus menores detalhes, a operacionalização do método segundo normas padronizadas. É resultado da experiência e exige habilidade em sua execução. Um

mesmo método pode comportar mais de uma técnica.

O método científico inicialmente ocorre do seguinte modo: há um problema que desafia a inteligência; o cientista elabora uma hipótese e estabelece as condições para seu controle, a fim de confirmá-la ou não. A conclusão é então generalizada, ou seja, considerada válida não só para aquela situação, mas para outras similares. Além disso, quase nunca se trata de um trabalho solitário do cientista, pois, hoje em dia, cada vez mais as pesquisas são objetos de atenção de grupos especializados ligados às universidades, às empresas ou ao Estado. De qualquer forma, a objetividade da ciência resulta do julgamento feito pelos membros da comunidade científica que avaliam criticamente os procedimentos utilizados e as conclusões, divulgadas em revistas especializadas e congressos.

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fenômenos, o que permite prever os acontecimentos e, conseqüentemente,

também agir sobre a natureza.

Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de

conhecimento sistemático, preciso e objetivo. Entretanto, apesar do rigor do

método, não é conveniente pensar que a ciência é um conhecimento certo e definitivo, pois ela avança em contínuo processo de investigação que supõe alterações à medida que surgem fatos novos, ou quando são inventados novos instrumentos.

Por exemplo, nos séculos XVIII e XIX, as leis de Newton foram reformuladas por diversos matemáticos que desenvolveram técnicas para aplicá-las de maneira mais precisa. No século XX, a teoria da relatividade de Einstein desmentiu a concepção clássica que a luz se propaga em linha reta. Isso serve para mostrar o caráter provisório do conhecimento científico sem, no entanto, desmerecer a seriedade e o rigor do método e dos resultados. Ou seja, as leis e as teorias continuam sendo de fato hipóteses com diversos graus de confirmação e verificabilidade, podendo ser aperfeiçoadas ou superadas.

PARA REFLETIR

A partir da explanação feita acima será que podemos afirmar

que existe um método universal?

Será que os métodos universais devem ser considerados

válidos para situações diversas? E tendo situações diferentes

podemos qualificá-las como universais?

Como descrever relações universais por meio de métodos

“individuais”?

Será que esse tipo de método é realmente válido

universalmente?

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Conceito, tipos e técnicas

A pesquisa está relacionada diretamente com a produção de conhecimento e decorre da capacidade de raciocínio do homem, no enfrentamento de inúmeros problemas e desafios. A curiosidade e a necessidade de conhecer e explicar o novo faz com que a investigação científica se enriqueça e evolua constantemente.

Inúmeros autores, entre os quais Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Gil (1982), Lakatos e Marconi (1991), Salomon (1977) e Severino (2000), ao conceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminentemente racional, que faz uso de métodos científicos, visando à busca de respostas e explicações para a questão em estudo. Enfatizam, também, o caráter processual da pesquisa enquanto atividade que envolve fases, desde a formulação adequada do problema até a elaboração e apresentação do relatório final ou monografia.

Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de pesquisas são os seguintes:

● formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses; ● efetuar observações e medidas;

● registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o intuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada;

● elaborar explicações ou rever conclusões, idéias ou opiniões que estejam em desacordo com as observações ou com as respostas resultantes; ● generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que

envolvam condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução;

● prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar que surjam certas relações (CERVO; BERVIAN, 1996, p.46-47).

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• segundo a área de conhecimento - em pesquisas sociológicas,

antropológicas, educacionais etc.;

• segundo suas finalidades - em pesquisa pura ou aplicada;

• segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados - em pesquisa quantitativa e qualitativa;

• segundo o ambiente em que se desenvolve - em pesquisas de campo, de laboratório.

A essa diversidade correspondem múltiplas maneiras de se interpretar os dados obtidos. São os diferentes marcos epistemológicos de que se lança mão para a compreensão da realidade estudada. O resultado não deve constituir-se em uma verdade única, absoluta e inquestionável, mas numa forma de conhecimento que atribui um determinado sentido (não dogmático) àquele aspecto particular do real.

Conforme esclarece Pádua (1996), a classificação das pesquisas em diferentes tipos surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das mesmas. A autora, entretanto, observa:

Para além do formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhecer que o fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos aspectos e, para tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir, diferentes enfoques, diferentes níveis de aprofundamento, diferentes recursos, dependendo dos objetivos a serem alcançados e as possibilidades do próprio pesquisador para desenvolvê-los (PÁDUA, 1996, p. 32-33).

Quanto às suas finalidades, as pesquisas podem ser divididas em dois grandes grupos: puras e aplicadas. No primeiro, encontram-se os estudos motivados por razões de ordem intelectual e, no segundo, as pesquisas que objetivam resultados de ordem prática.

Se a pesquisa pura pretende alargar a fronteira do conhecimento, a pesquisa

aplicada tem em vista a utilização, na prática, de conhecimentos disponíveis para

responder às demandas da sociedade em contínua transformação.

Ao tomarmos como critério de classificação o procedimento geral de que se valeu o pesquisador, podemos classificar as pesquisas em: Bibliográficas, de

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Um trabalho científico pode utilizar mais de um tipo de metodologia.

Assim, uma pesquisa de cunho predominantemente bibliográfico pode adotar, também, recursos da pesquisa de campo ou de laboratório.

a) Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.

Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na vida profissional de professores

e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa

bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final ou monografia.

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b) Pesquisa de Laboratório

Comumente, este tipo de pesquisa é confundido com pesquisa experimental, o que é um equívoco. Embora a maioria das pesquisas de laboratório seja experimental, muitas vezes as ciências humanas e sociais lançam mão de pesquisa de laboratório sem que se trate de estudos experimentais.

Na verdade, o que caracteriza a pesquisa de laboratório é o fato de que ela

ocorre em situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso.

Tais pesquisas, quer se realizem em recintos fechados ou ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado.

A Psicologia Social e a Sociologia, freqüentemente, utilizam a pesquisa de laboratório, muito embora aspectos fundamentais do comportamento humano nem sempre possam ou, por questões de ética, nunca devam ser estudados e/ou reproduzidos no ambiente controlado do laboratório.

c) Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade.

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Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa

de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente

quantitativa ou qualitativa.

Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social (FRANCO, 1985, p.35).

É empregada nas pesquisas de âmbito social econômico, de comunicação, mercadológica, de opinião etc., como forma de garantir a precisão dos resultados, na medida em que as técnicas de coleta que aplica propiciam a quantificação de todo o material recolhido e na medida em que prevê o tratamento estatístico desse material.

Numa pesquisa em que a abordagem é qualitativa o pesquisador está interessado na interpretação que os próprios sujeitos estudados têm da situação sob estudo, por esse motivo a ênfase na subjetividade.

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FIM DA UNIDADE IV

Realize todas as atividades propostas para a

unidade. Em caso de dúvidas, entre em contato com

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Referências Bibliográficas

ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Loyola, 2000.

ANDRADE, M. M. Introdução á metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2003.

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BARROS, Aidil Jesus da Silveira.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.

Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. São

Paulo: Pearson Makron Books, 2000.

BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

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