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OS PRIMEIROS RESULTADOS DE UMA NOVA ERA

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Academic year: 2021

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US GAAP

4T12

OS PRIMEIROS RESULTADOS

DE UMA NOVA ERA

DESEMPENHO DA VALE EM 2012

Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2013 – A Vale S.A. (Vale) apresenta o seu desempenho financeiro para o ano de 2012 e para o quarto trimestre (4T12).

O ano de 2012 foi desafiador para a economia global, que em meio a um ambiente permeado por incertezas cresceu abaixo da tendência de longo prazo pelo segundo ano consecutivo. Uma das consequências do cenário macroeconômico adverso foi a queda generalizada dos preços de minérios e metais, com exceção do ouro, um metal precioso cujas cotações são influenciadas por outros fatores. Os preços do minério de ferro se tornaram muito mais voláteis, demonstrando grande volatilidade de baixa especialmente no terceiro trimestre do ano.

Nesse contexto, nosso desempenho financeiro foi afetado desfavoravelmente. Os indicadores financeiros caíram significativamente em relação a 2011, ano em que a Vale atingiu o melhor desempenho financeiro desde sua fundação em 1942. O lucro líquido básico1 atingiu US$ 11,2 bilhões, contra US$ 23,2 bilhões em 2011, e o EBITDA ajustado1 foi de US$ 19,1 bilhões, reduzindo-se 43,3%, sendo, porém, ainda assim o terceiro maior de nossa história. A redução foi devida quase totalmente aos menores preços em 2012, que causaram impacto negativo de US$ 13,8 bilhões no EBITDA ajustado.

Distribuímos dividendos aos acionistas no valor de US$ 6,0 bilhões, o segundo maior da história da Vale e o maior entre as grandes mineradoras em 2012. De acordo com a nossa política, no mês passado anunciamos proposta ao Conselho de Administração de pagar uma remuneração mínima ao acionista de US$ 4,0 bilhões em 2013, o que ainda se constitui em montante substancial.

Mesmo diante de um fluxo de caixa menor, além do pagamento dos dividendos, pudemos financiar US$ 17,7 bilhões de investimentos de capital e P&D, enquanto que mantivemos a estrutura de capital e o portfólio de dívida de baixo risco consistentes com os requerimentos do credit rating A.

O ramp-up de Moatize, Omã I & II e Bayóvar permitiu produção recorde de carvão, pelotas e rocha fosfática. A produção de minério de ferro no 4T12 foi a maior para um quarto trimestre, contribuindo para ampliar nossa exposição à recuperação em V dos preços de minério de ferro que ocorre desde meados de setembro de 2012.

Nossos embarques de minério de ferro e pelotas atingiram o nível recorde de 303,4 milhões de toneladas métricas. Além do aumento das vendas, nossa estratégia de marketing de minério de ferro com base na utilização de um sistema de distribuição global está contribuindo para geração de valor à medida que aumentam os preços de venda.

1Lucro líquido excluindo o efeito de itens não caixa não recorrentes.

BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P

HKEx: 6210, 6230

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP

www.vale.com rio@vale.com

Departamento de Relações com Investidores

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Começamos a cumprir os compromissos assumidos no passado. Tivemos um imenso avanço no processo de licenciamento ambiental, com mais de 100 licenças obtidas no Brasil. Elas permitirão a continuação das nossas operações e a execução de projetos importantes, como Carajás Serra Sul S11D, o qual implicará em aumento da oferta de minério de ferro a custo baixo e alta qualidade, a melhor do mundo, gerando mais valor e fortalecendo a nossa liderança incontestada no mercado global.

Simultaneamente, outro avanço importante ocorre nas questões relacionadas às pendências tributárias, que ao serem gradualmente solucionadas, eliminam riscos financeiros e liberam recursos para o foco na gestão dos negócios.

Dois novos projetos de cobre entraram em operação em 2012: Salobo e Lubambe. Salobo, em Carajás, uma operação de cobre com ouro, é um ativo de classe mundial, estando no primeiro quartil da curva de custos da indústria. Lubambe, desenvolvido via uma joint venture, é a nossa primeira mina de cobre no coração do rico copperbelt africano, a região com o maior potencial de crescimento no mundo para a expansão da oferta de cobre.

VNC, a nossa operação de níquel e cobalto na Nova Caledônia, está em processo de ramp-up e está se provando tecnicamente viável. A operação da segunda linha começou este mês e dentro de um mês poderemos confirmar a sua viabilidade econômica.

O ramp-up bem-sucedido de projetos será crítico para alcançarmos um alto desempenho do nosso negócio de metais básicos, somando-se a diversas iniciativas que estão sendo desenvolvidas para extrair o máximo de valor das operações existentes. A transação envolvendo a venda de 25% do ouro pagável produzido como subproduto de Salobo durante a vida da mina e de 70% do ouro pagável produzido como subproduto de Sudbury pelos próximos 20 anos irá gerar US$ 1,9 bilhão em dinheiro no curtíssimo prazo. Além disso, receberemos warrants, com valor estimado de US$ 100 milhões, e US$ 400 por onça de ouro, que serão pagos à Vale conforme as entregas realizadas à contraparte, pela duração do contrato. Isto libera parte do valor substancial contido nos nossos ativos de metais básicos, demonstrando o firme compromisso e capacidade de maximizar valor para o acionista de forma sustentável.

A disciplina na alocação de capital, peça-chave na criação de valor para o acionista, está refletida no corte das despesas para pesquisa e desenvolvimento: a redução foi de 12% em relação a 2011 e de 36% em relação ao valor orçado para 2012. Estamos focando as atividades de P&D em oportunidades com potencial real de gerar altos retornos para os recursos alocados. Isto implicará um portfólio menor de projetos no futuro, aproveitando os nossos ricos recursos minerais de alta qualidade e utilizando a tecnologia como ferramenta para maximizar valor.

A inovação está se tornando um elemento importante da competitividade na indústria global de mineração. O projeto CORe foi implementado nas operações de Sudbury, envolvendo a simplificação dos fluxos do processo produtivo, com menores custos operacionais e maior recuperação de metal. Neste ano, Long Harbour, no Canadá, entrará em operação com um novo conceito tecnológico para a produção de níquel. Possui um processo integrado de produção com base em hidrometalurgia, que resulta em custos menores, maior eficiência e a eliminação das emissões de SO2 e de particulados. O uso do sistema de mineração sem caminhões nas nossas futuras operações em Serra Sul S11D é outra grande mudança tecnológica que reconcilia os objetivos de redução de custo e sustentabilidade.

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Diversas medidas foram adotadas para minimizar a necessidade de capital de giro, com objetivo de liberar mais recursos para financiar a execução de projetos e aumentar a eficiência da gestão de capital.

Iniciativas para reduzir a estrutura de custos de forma permanente estão sendo perseguidas ativamente, mas será necessário algum tempo para que se observem mudanças materiais. Acreditamos firmemente que estamos no caminho certo e alguns avanços já podem ser vistos nos gastos de SG&A – que caíram 4,0% na comparação com 2011 e 30,3% no 4T12 em relação ao 4T11 – bem como no comportamento de materiais e serviços contratados, dois itens importantes do custo, que caíram US$ 251 milhões no 4T12 em relação ao trimestre anterior.

Na Vale, a paixão pelas pessoas vem em primeiro lugar. Saúde e segurança são prioridades absolutas, assim como a sustentabilidade e o apoio às comunidades onde operamos. A frequência de acidentes continua seguindo tendência decrescente, mas continuaremos a buscar um ambiente cada vez mais seguro para os nossos empregados. Em 2012, investimos US$ 1,0 bilhão em proteção e conservação ambiental e US$ 318 milhões em programas sociais destinados a melhorar a qualidade de vida e a criar oportunidades de mobilidade social e econômica.

Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

US$ milhões 2008 2009 2010 2011 2012

Receita operacional 38.509 23.939 46.481 60.389 46.454

EBIT ajustado1 15.698 6.057 21.695 28.599 14.279

Margem EBIT ajustado1 (%) 41,9 26,0 47,9 48,5 31,5

EBITDA ajustado1(b) 19.018 9.165 26.116 33.759 19.135

Lucro líquido básico 13.716 4.885 17.550 23.234 11.236

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 2,71 0,91 3,30 4,43 2,20

Dívida bruta/LTM EBITDA ajustado1 (x) 1,0 2,5 1,0 0,7 1,6

ROIC (%) 33,8 11,6 30,8 36,1 24,4

Investimentos e P&D (excluindo aquisições) 10.191 9.013 12.705 17.994 17.729

1 Excluindo efeitos não recorrentes e não caixa

US$ milhões 4T11 3T12 4T12

Receita operacional 14.755 10.963 12.002

EBIT ajustado1(a) 6.023 3.189 2.940

Margem EBIT ajustado1 (%) 41,7 29,7 25,1

EBITDA ajustado 7.396 4.280 4.394

Lucro líquido básico 4.853 2.233 1.933

Investimentos e P&D (excluindo aquisições) 6.686 4.289 5.476

1 Excluindo efeitos não recorrentes e não caixa

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ÍNDICE

OS PRIMEIROS RESULTADOS DE UMA NOVA ERA 1

Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS 3

RECEITA OPERACIONAL 5

Tabela 2 - RECEITA OPERACIONAL POR ÁREA DE NEGÓCIO 6 Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO 7

CUSTOS E DESPESAS 7

Tabela 4 - CPV E DESPESAS 9

LUCRO OPERACIONAL 10

LUCRO LÍQUIDO 10

GERAÇÃO DE CAIXA 12

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO 12

Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO 12

INVESTIMENTOS 13

Tabela 7 - INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA 15 Tabela 8 - INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO 15

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 20

Tabela 9 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 21

CAPTAÇÃO DE RECURSOS 21

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS 22

Tabela 10 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE MINERAIS FERROSOS 24 Tabela 11 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE CARVÃO 27 Tabela 12 - BULK MATERIALS: INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS 27 Tabela 13 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE METAIS BÁSICOS 28 Tabela 14 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE FERTILIZANTES 29 Tabela 15 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE LOGÍSTICA 31 INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS

32

TELECONFERÊNCIA / WEBCAST 32

BOX - NOVA PRÁTICA CONTÁBIL PARA O FRETE 25

BOX - IFRS – RECONCILIAÇÃO COM USGAAP 33

ANEXO 1 – INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 34

Tabela 16 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 34

Tabela 17 - RESULTADO FINANCEIRO 34

Tabela 18 - RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 34

Tabela 19 - BALANÇO PATRIMONIAL 35

Tabela 20 - FLUXO DE CAIXA 36

ANEXO 2 – VENDAS, PREÇOS E MARGENS 38

Tabela 21 - VOLUME VENDIDO - MINÉRIOS E METAIS 38

Tabela 22 - PREÇOS MÉDIOS 38

Tabela 23 - MARGENS OPERACIONAIS POR SEGMENTO (MARGEM EBIT AJUSTADO)

39 ANEXO 3 – RECONCILIAÇÃO DE INFORMAÇÕES “ NÃO-GAAP” E INFORMAÇÕES CORRESPONDENTES EM US GAAP

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RECEITA OPERACIONAL

A receita operacional no 4T12 totalizou US$ 12,002 bilhões, subindo 9,5% em relação ao 3T12. O aumento ocorreu principalmente devido ao efeito de maiores preços, representando um acréscimo de US$ 748 milhões, tendo sido acarretado, principalmente pelo minério de ferro – US$ 738 milhões, enquanto maiores volumes de vendas contribuíram com US$ 292 milhões. Por outro lado, menores embarques e preços de pelotas tiveram um impacto negativo de US$ 326 milhões.

Os preços de minérios e metais caíram de forma generalizada em 2012 afetando nossas receitas, que totalizaram US$ 46,454 bilhões, 23% menor do que no ano anterior. A redução de preços de minério de ferro, US$ 9,927 bilhões, pelotas, US$ 2,106 bilhões, e níquel, US$ 1,144 bilhão representaram 95% dos US$ 13,935 bilhões de queda na receita operacional.

A receita gerada pela venda de bulk materials – minério de ferro, pelotas, manganês, ferroligas, carvão metalúrgico e térmico – caiu para 71,8% em comparação com 74,4% em 2011. A participação de metais básicos manteve-se praticamente constante em 15,4%, ligeiramente abaixo dos 15,9% em 2011. Os fertilizantes continuaram a expandir sua participação, aumentando para 8,1% de 5,9% no último ano. Os serviços de logística contribuíram com 3,5% da receita total e outros produtos com 1,2%.

Os embarques para a Ásia representaram 53,0% da receita total em 2012, ligeiramente acima dos 52,8% em 2011. A participação das Américas subiu para 26,2% em 2012 contra 25,2%, no ano anterior devido ao aumento de vendas para o Brasil. As vendas para a Europa continuaram a perder espaço com 17,5% contra 18,9% em 2011. A receita das vendas para o Oriente Médio representou 2,2% enquanto o resto do mundo contribuiu com 1,1% em 2012.

Considerando as vendas por país, a China foi responsável por 34,0% da receita em 2012. Em seguida, pelo Brasil com 19,6%, Japão com 10,3%, Alemanha com 6,3%, Coreia do Sul com 4,5% e Estados Unidos com 2,9%.

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Tabela 2 - RECEITA OPERACIONAL POR ÁREA DE NEGÓCIO

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 % Bulk materials 10.983 7.565 8.624 44.948 74,4 33.362 71,8 Minerais ferrosos 10.620 7.340 8.422 43.890 72,7 32.270 69,5 Minério de ferro 8.483 5.541 6.939 35.008 58,0 24.972 53,8 Pelotas 1.980 1.687 1.361 8.112 13,4 6.688 14,4 Manganês 32 57 72 171 0,3 234 0,5 Ferroligas 115 55 50 557 0,9 358 0,8

Serviços de operação de usinas de pelotização 10 - - 38 0,1 19 -

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Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 % América do Norte 751 468 547 3.177 5,3 2.378 5,1 EUA 341 238 277 1.672 2,8 1.334 2,9 Canadá 382 229 256 1.403 2,3 1.015 2,2 México 27 - 13 103 0,2 29 0,1 América do Sul 2.749 2.518 2.196 12.022 19,9 9.813 21,1 Brasil 2.487 2.350 2.112 10.914 18,1 9.125 19,6 Outros 262 168 84 1.107 1,8 688 1,5 Ásia 8.151 5.738 6.818 31.858 52,8 24.614 53,0 China 4.614 3.504 4.926 19.571 32,4 15.783 34,0 Japão 2.002 1.223 960 7.238 12,0 4.790 10,3 Coreia do Sul 888 518 458 2.643 4,4 2.099 4,5 Taiwan 422 196 177 1.281 2,1 900 1,9 Outros 224 297 297 1.125 1,9 1.042 2,2 Europa 2.567 1.973 1.953 11.437 18,9 8.135 17,5 Alemanha 774 654 869 3.792 6,3 2.933 6,3 França 191 201 202 801 1,3 657 1,4 Holanda 113 73 109 627 1,0 371 0,8 Reino Unido 363 222 243 1.351 2,2 917 2,0 Itália 415 280 210 1.908 3,2 1.302 2,8 Turquia 65 125 48 413 0,7 362 0,8 Espanha 93 100 66 467 0,8 381 0,8 Outros 552 317 206 2.078 3,4 1.213 2,6 Oriente Médio 299 141 340 1.075 1,8 1.023 2,2 Resto do mundo 238 125 148 820 1,4 492 1,1 Total 14.755 10.963 12.002 60.389 100,0 46.454 100,0

CUSTOS E DESPESAS

No 4T12, os custos com produtos vendidos (CPV) foram de US$ 6,459 bilhões, após o ajuste pelo efeito de maior volume (US$ 103 milhões), variação cambial2 (-US$ 57 milhões) e depreciação (US$ 150 milhões), um aumento de US$ 142 milhões se comparados com os do 3T12. O principal fator responsável por maiores custos foi o aumento do custo com frete marítimo (US$ 242 milhões3), que totalizou US$ 387 milhões no 4T12. O custo com frete reflete o custo operacional dos navios próprios.

Estamos buscando diversas opções para reduzir os custos, incluindo, fechamento de minas e de plantas não rentáveis, renegociação de contratos com fornecedores de serviços e mudanças em suprimentos, esperando que possam gradualmente surtir efeitos materiais. Junto com esses movimentos, haverá mudanças estruturais associadas às novas operações, com custos operacionais mais baixos e menor demanda para investimentos de manutenção das operações existentes.

Materiais e serviços contratados, os dois itens mais importantes que representaram 37,2% do CPV em 2012, caíram US$ 264 milhões no 4T12, líquidos dos efeitos de volume e variação cambial, o primeiro sinal da nova tendência. A análise individual dos itens do custo está líquida de efeitos de volume, variação cambial e eventos extraordinários, com exceção dos custos de pessoal.

O custo de serviços contratados somou US$ 1,153 bilhão – 17,8% do CPV – contra US$ 1,236 bilhão no 3T12, refletindo uma redução líquida de US$ 106 milhões, principalmente devido à queda dos serviços de manutenção nas operações de minério de ferro e pelotas (US$ 95 milhões).

2 A composição do CPV por moeda no 4T12 foi: 58% em reais, 24% em dólares americanos, 14% em dólares canadenses, 3% em dólares

australianos, 1% em outras moedas.

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4T12

Os custos com pessoal totalizaram US$ 923 milhões, representando 14,3% do CPV, um aumento de 4,3%, em relação aos US$ 885 milhões do 3T12. Os acordos coletivos bianuais com nossos empregados no Brasil aumentaram os custos com pessoal em US$ 30 milhões, refletindo o reajuste salarial de 8% em novembro de 2012. O bônus semestral para nossos empregados que trabalham em áreas remotas no Brasil (Carajás, Sossego e Onça Puma) foi pago ao longo do 4T12 e totalizou US$ 19 milhões.

Os custos com materiais – 15,4% do CPV – foram de US$ 995 milhões, caindo 14,5% em relação ao 3T12. Houve uma diminuição líquida de US$ 158 milhões, resultado da queda de US$ 91 milhões nos materiais utilizados nas operações de minério de ferro e US$ 46 milhões em fertilizantes, decorrente de redução de custos via otimização dos materiais de manutenção no 4T12.

Os gastos com consumo de energia representaram 11,6% do CPV, alcançando US$ 749 milhões, praticamente constantes em relação ao 3T12. Os custos com o consumo de eletricidade foram de US$ 218 milhões ligeiramente superiores aos do 3T12. O custo com óleo combustível e gás não se alterou em relação ao 3T12, US$ 530 milhões no 4T12.

O custo de aquisição de produtos de terceiros foi de US$ 334 milhões – 5,2% do CPV – contra US$ 259 milhões no 3T12.

A compra de minério de ferro e pelotas somou US$ 115 milhões, contra US$ 136 milhões no trimestre anterior. No 4T12, não compramos pelotas, apenas minério de ferro. O volume de minério de ferro comprado de pequenas mineradoras foi de 2,9 Mt no 4T12 contra 2,5 Mt no 3T12. O efeito do maior volume foi mitigado pela queda de 11,9% no preço. Em 2012 compramos 9,8 Mt de minério de ferro contra 8,9 Mt em 2011.

A compra de produtos de metais básicos caiu para US$ 70 milhões, contra US$ 91 milhões no 3T12, impactada pelo menor volume de compra de níquel. Compramos 1.200 t de níquel refinado e intermediário contra 3.000 t no 3T12, o que foi parcialmente compensado por maiores volumes de cobre, que somaram 7.300 t contra 6.500 t no 3T12. O custo de outros produtos aumentou para US$ 148 milhões de US$ 32 milhões, refletindo maiores compras de energia e fertilizantes (SSP e potássio).

Custos com serviços compartilhados caíram para US$ 73 milhões no 4T12, diminuindo em relação aos US$ 77 milhões do trimestre anterior.

Outros custos operacionais alcançaram US$ 1,159 bilhão contra US$ 829 milhões no 3T12. O aumento de US$ 330 milhões ocorreu principalmente devido a maiores custos com frete (US$ 242 milhões) e maiores provisões de participação de resultado dos nossos empregados (US$ 111 milhões). Por outro lado, esses efeitos foram parcialmente compensados pela queda de US$ 80 milhões com a provisão da taxa de fiscalização de recursos minerais (TFRM), que totalizou US$ 65 milhões no 4T12, e menores royalties – CFEM – (US$ 18 milhões), somando US$ 109 milhões no 4T12. Dada a crescente importância do frete nos nossos custos, a partir do primeiro trimestre de 2013, reportaremos frete como um item separado.

Depreciação e amortização – 16,6% do CPV – somaram US$ 1,074 bilhão, contra US$ 932 milhões no 3T12.

Despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) totalizaram US$ 577 milhões no 4T12 - US$ 58 milhões acima das ocorridas no 3T12. Maiores despesas com SG&A foram causadas pelo aumento das despesas administrativas (US$ 45 milhões), principalmente devido ao aumento na despesa com pessoal (US$ 21 milhões), refletindo o acordo coletivo dos empregados brasileiros do centro corporativo e maiores despesas com serviços (US$ 26 milhões). As despesas com vendas foram de US$ 59 milhões, US$ 12 milhões maiores em relação ao 3T12.

SG&A em 2012 caiu 4,0% em relação ao ano anterior, interrompendo a tendência ascendente.

No 4T12, despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D)4, que refletem o nosso investimento na criação de oportunidades de crescimento de longo prazo, totalizaram US$ 460 milhões, contra US$ 360 milhões no 3T12. Outras despesas operacionais aumentaram em US$ 216 milhões, para US$ 1,287 bilhão no 4T12. Adicionalmente à provisão de US$ 171 milhões para pagamento do ICMS, como parte do acordo com o estado de Minas Gerais, as despesas pré-operacionais, de capacidade ociosa e de start-up aumentaram em US$ 221 milhões, totalizando US$

4 O valor das pesquisas e desenvolvimento é contábil pelo critério US GAAP. Na seção Investimentos deste press release, apresentamos o valor

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4T12

585 milhões. Além disso, provisão com participação dos resultados aumentou em US$ 112 milhões, totalizando US$ 174 milhões no 4T12.

Despesas pré-operacionais, de capacidade ociosa e de start-up somaram US$ 585 milhões, incluindo start-up da VNC (US$ 158 milhões), despesas pré-operacionais de Salobo (US$ 116 milhões) e uma despesa de capacidade ociosa de US$ 90 milhões, causada pela parada das plantas de pelotização de Tubarão I & II e São Luís. Adicionalmente, ocorreu um ajuste de estoque na VNC de US$ 46 milhões, ante US$ 52 milhões no 3T12.

Tabela 4 - COMPOSIÇÃO DO CPV CPV US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 % Serviços contratados 1.044 1.236 1.153 4.244 18,0 4.769 19,6 Transportes 293 295 294 1.240 5,3 1.191 4,9 Manutenção 214 203 179 790 3,4 792 3,3 Serviços operacionais 194 339 296 877 3,7 1.131 4,7 Outros 343 398 385 1.337 5,7 1.656 6,8 Material 887 1.163 995 3.758 15,9 4.263 17,5

Peças sobressalentes e equipamentos de

manutenção 299 394 301 1.396 5,9 1.417 5,8

Insumos 421 538 514 1.611 6,8 2.018 8,3

Pneus e correias transportadoras 49 59 59 206 0,9 233 1,0

Outros 118 173 121 545 2,3 595 2,4

Energia 756 747 749 3.149 13,4 2.937 12,1

Óleo combustível e gases 536 530 530 2.181 9,3 2.071 8,5

Energia elétrica 220 217 218 967 4,1 866 3,6

Aquisição de produtos 563 259 334 2.274 9,6 1.368 5,6

Minério de ferro e pelotas 425 136 115 1.411 6,0 699 2,9

Metais básicos 90 91 70 606 2,6 339 1,4 Outros produtos 48 32 148 257 1,1 330 1,4 Pessoal 891 885 923 3.138 13,3 3.545 14,6 Depreciação e amortização 1.057 932 1.074 3.735 15,8 3.896 16,0 Serviços compartilhados 97 77 73 399 1,7 303 1,2 Outros 731 829 1.159 2.877 12,2 3.211 13,2 Total 6.025 6.128 6.459 23.573 100,0 24.292 100,0

SG&A, P&D e outras despesas

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 % Administrativas total 742 472 517 1.998 29,3 1.951 26,5 Pessoal 228 195 216 717 10,5 806 10,9 Serviços 238 118 144 527 7,7 489 6,6 Depreciação 53 64 68 211 3,1 240 3,3 Outros 223 95 89 543 8,0 416 5,6 Vendas 85 47 59 336 4,9 288 3,9 SG&A 827 519 577 2.334 34,2 2.240 30,4 Pesquisa e desenvolvimento 529 360 460 1.674 24,6 1.478 20,1 Despesas pré-operacionais, de capacidade

ociosa e start-up 488 364 585 1.293 19,0 1.592 21,6 Outros 535 707 702 1.517 22,2 2.055 27,9 Total1 2.379 1.950 2.323 6.818 100,0 7.365 100,0

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4T12

LUCRO OPERACIONAL

O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado excluindo efeitos não caixa e não recorrentes, totalizou US$ 14,279 bilhões em 2012, comparado a US$ 28,599 bilhões em 2011, o que se deveu, principalmente a menores preços, US$ 13,828 bilhões5.

No 4T12, o EBIT ajustado excluindo efeitos não recorrentes foi de US$ 2,940 bilhões, 7,8% menor que US$ 3,189 bilhões no trimestre anterior. A redução de US$ 249 milhões no EBIT ajustado foi relacionada especialmente ao aumento de custos e despesas, US$ 1,144 bilhão, que foi parcialmente compensado por preços mais elevados, US$ 740 milhões, e maiores volumes de vendas, US$ 205 milhões.

Em 2012, a margem EBIT excluindo os efeitos não recorrentes foi de 31,5% contra 48,5% em 2011. A margem EBIT foi de 25,1% no 4T12, contra 29,7% no trimestre anterior.

LUCRO LÍQUIDO

O lucro líquido básico de US$ 11,236 bilhões, equivalente a US$ 2,20 por ação diluído, foi 51,6% abaixo dos US$ 23,234 bilhões em 2011. No 4T12, o lucro líquido básico foi de US$ 1,933 bilhão, equivalente a US$ 0,38 por ação, abaixo dos US$ 2,233 bilhões no 3T12.

O lucro líquido básico é o lucro líquido excluindo os efeitos contábeis não caixa de itens não recorrentes. Em 2012, esses itens foram: (a) impairment de ativos (US$ 4,023 bilhões), (b) impairment de investimentos (US$ 1,641 bilhões), (c) perda na venda de ativos (US$ 491 milhões), (d) marcação a mercado das debêntures participativas (US$ 465 milhões), (e) câmbio e perdas monetárias (US$ 1,670 bilhão), (f) imposto de renda diferido doimpairment (US$ 1,327 bilhão) e (g) reversão de imposto de renda diferido (US$ 1,236 bilhão). É altamente provável que impairments e perdas contábeis na venda de ativos já tenham sido precificados nas ações no passado, reduzindo assim o valor de mercado da Vale.

Com a inclusão das mudanças contábeis, que não afetam nosso resultado financeiro real, mas devem ser declaradas de acordo com regras gerais de contabilidade aceitas nos EUA (US GAAP), nosso lucro líquido foi de US$ 5,511 bilhões em 2012.

Da mesma forma, considerando esses itens não caixa e não recorrentes, nosso lucro de US$ 1,933 bilhão no 4T12 se torna uma perda de US$ 2,647 bilhões, devido ao impairment de ativos (US$ 4,023 bilhões), impairment de investimentos (US$ 1,641 bilhão), perda na venda de ativos (US$ 114 milhões), câmbio e perdas monetárias (US$ 174 milhões), imposto de renda diferido do impairment (US$ 1,327 bilhão) e marcação a mercado das debêntures participativas (US$ 45 milhões), conforme descrito na tabela 16 do anexo 1.

5 Incluindo os efeitos de itens não recorrentes e não caixa o EBIT ajustado foi de US$ 9,223 bilhões em 2012 e US$ 30,112 bilhões em 2011.

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4T12

TABELA A - Impairment

US$ milhões

Ativos 4.023

Onça Puma 2.849

Ativos de carvão australianos 1.029

Ativos de óleo e gás 94 Vermelho 51 Investimentos 1.641 Hydro – participação de 22% 6 975 CSA7 583 VSE 83 Total 5.664

As despesas financeiras líquidas totalizaram US$ 648 milhões, contra US$ 834 milhões no 3T12. A variação monetária e cambial reduziu o lucro em US$ 174 milhões, devido à apreciação do USD de 0,9% contra o BRL no 4T12.

A receita financeira foi de US$ 74 milhões, 15,9% menor do que US$ 88 milhões no 3T12. As despesas financeiras diminuíram para US$ 560 milhões de US$ 682 milhões no 3T12. A marcação a mercado das debêntures participativas teve um efeito não caixa positivo de US$ 45 milhões, comparada a uma despesa não caixa de US$ 336 milhões no trimestre anterior.

O efeito líquido da marcação a mercado das transações com derivativos foi um efeito positivo não caixa no lucro de US$ 12 milhões, contra um efeito negativo não caixa de US$ 12 milhões no 3T12. Houve um impacto líquido positivo no fluxo de caixa de US$ 3 milhões.

Composição do efeito de derivativos:

ƒ Os swaps de moedas e taxas de juros produziram um efeito negativo não caixa de US$ 29 milhões. Houve um impacto negativo no fluxo de caixa de US$ 37 milhões.

ƒ As posições com derivativos de níquel produziram um efeito positivo não caixa de US$ 41 milhões e um impacto positivo no fluxo de caixa de US$ 38 milhões.

ƒ As transações de derivativos relacionados ao bunker oil tiveram impacto positivo não caixa de US$ 1 milhão e um impacto positivo no fluxo de caixa de US$ 1 milhão.

O resultado de equivalência patrimonial totalizou US$ 85 milhões, caracterizando uma forte queda em relação aos US$ 154 milhões no 3T12. O declínio foi devido à redução do lucro de bulk materials (US$ 59 milhões) e logística (US$ 16 milhões). No 4T12, a maior parte do resultado de equivalência patrimonial veio das empresas coligadas não consolidadas no segmento de bulk materials com US$ 137 milhões – a Samarco totalizou US$ 121 milhões – e logística, US$ 26 milhões. Investimentos nos segmentos de aço e energia compensaram parcialmente o resultado de equivalência em US$ 69 milhões e US$ 10 milhões, respectivamente.

6 Com base no preço da ação em 31 de dezembro de 2012, o impairment relacionado à Hydro foi reduzido para US$ 975 milhões dos US$ 1,338

bilhão previamente anunciados em 20 de dezembro de 2012, uma consequência da sua performance no 4T12. Após o fim do período de lock-up relacionado à participação na Hydro no fim de fevereiro de 2013, o investimento é considerado como disponível para venda. Nesse caso, as práticas contábeis do IFRS, que iremos começar a adotar no 1T13, é de marcar a mercado o investimento sem afetar os resultados e registrando as despesas somente na equivalência patrimonial. Somente quando o investimento é vendido que os efeitos podem ser vistos nos nossos resultados.

7 Impairment reconhecido em relação à nossa participação de 26,87% na Thyssenkrupp CSA. O valor justo não leva em consideração o valor

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4T12

GERAÇÃO DE CAIXA

Excluindo os efeitos não recorrentes e não caixa, a geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, totalizou US$ 19,135 bilhões em 2012, 43,3% menor do que os US$ 33,759 bilhões em 2011, principalmente devido aos menores preços realizados. Em 2012, o EBITDA ajustado totalizou US$ 14,079 bilhões.

No 4T12, o EBITDA ajustado, excluindo itens não recorrentes e não caixa, foi US$ 4,394 bilhões, um pouco superior aos US$ 4,280 bilhões no 3T12, computados na mesma base.

No 4T12, os dividendos recebidos de empresas coligadas não consolidadas totalizaram US$ 263 milhões, comparados aos US$ 25 milhões no 3T12. As duas maiores contribuições foram da Samarco, (US$ 179 milhões), e da MRS (US$ 57 milhões).

Antes das despesas com P&D, que reduziram o EBITDA ajustado, a participação de bulk materials na geração de caixa permaneceu constante em 91,4% no 4T12, enquanto que a participação de metais básicos subiu para 4,4% de 3,6%. A participação de fertilizantes reduziu para 3,9% de 4,3% e logística para 0,2% de 0,7%.

Reconciliação EBITDA ajustado

US$ mihões 4T11 3T12 4T12 2011 2012

EBITDA ajustado 7.396 4.280 4.394 33.759 19.135

Impairment de ativos - - (4.023) - (4.023)

Perda (ganho) na venda de ativos - - (114) 1.513 (491)

Provisão CFEM (542) (542)

EBITDA ajustado incluindo itens não recorrentes 7.396 3.738 257 35.272 14.079

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 2012

Receita operacional líquida 14.427 10.725 11.723 58.990 45.395

CPV (6.025) (6.128) (6.459) (23.573) (24.292)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (827) (519) (577) (2.334) (2.240)

Pesquisa e desenvolvimento (529) (360) (460) (1.674) (1.478)

Outras despesas operacionais (1.023) (529) (1.287) (2.810) (3.106)

EBIT ajustado1 6.023 3.189 2.940 28.599 14.279

Depreciação, amortização e exaustão 1.168 1.066 1.191 4.122 4.396

Dividendos recebidos 205 25 263 1.038 460

EBITDA ajustado1 7.396 4.280 4.394 33.759 19.135

1 Excluindo efeitos não recorrentes

Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO1

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 2012 Bulk materials 7.044 4.309 4.415 31.462 19.059 Minerais ferrosos 7.154 4.375 4.587 31.630 19.333 Carvão (110) (66) (172) (168) (274) Metais básicos 700 168 213 3.329 1.052 Fertilizantes 203 201 188 794 741 Logística 34 35 12 259 53 Outros (585) (433) (434) (2.085) (1.770) Total 7.396 4.280 4.394 33.759 19.135

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4T12

INVESTIMENTOS

A nossa prioridade na questão dos investimentos mudou do crescimento marginal de volume para volumes com eficiência de capital, uma mudança que impacta profundamente a nossa forma de gerir capital. A perspectiva de uma expansão moderada da demanda global por minérios e metais no médio prazo requer rígida disciplina na alocação de capital e maior foco em maximizar eficiência e minimizar custos.

A Vale está desenvolvendo um portfólio de crescimento orgânico mais focado, que resulta em um pipeline de projetos menor e mais seletivo, formado por ativos de classe mundial. Atualmente, estamos direcionando os investimentos para os projetos de minério de ferro – nosso negócio com maior retorno – entrando em produção entre 2013-2016, desinvestindo de ativos periféricos e liberando valor de operações existentes e projetos que estão iniciando produção.

• Crescimento orgânico

A Vale investiu8 US$ 5,476 bilhões, excluindo aquisições, no 4T12. Do capex total, US$ 3,386 bilhões foram destinados à execução de projetos, US$ 1,614 bilhão para a manutenção das operações existentes e US$ 477 milhões para pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os investimentos caíram 18,1% em relação ao 4T11, de forma consistente em cada um dos itens.

Em 2012, os investimentos e P&D – excluindo aquisições – totalizaram US$ 17,729 bilhões, em linha com o montante investido em 2011, porém 17,2% abaixo do orçamento de US$ 21,411 bilhões. Do total de desembolsos no ano de 2012, US$ 11,580 bilhões foram alocados para o desenvolvimento de projetos, US$ 4,616 bilhões para a sustentação das operações existentes e US$ 1,533 bilhão para P&D.

Investimentos em responsabilidade social corporativa atingiram US$ 1,343 bilhão no ano, com US$ 1,025 bilhão dedicado à proteção e conservação ambiental e US$ 318 milhões para projetos sociais.

A alocação do capex por segmento de negócio foi: US$ 9,705 bilhões em bulk materials, US$ 4,179 bilhões em metais básicos, US$ 1,981 bilhão em fertilizantes, US$ 600 milhões em logística para carga geral, US$ 388 milhões em energia, US$ 366 milhões em siderurgia e US$ 511 milhões em atividades corporativas e outros segmentos de negócio.

O capex dedicado a projetos concentrou-se nas principais iniciativas, especialmente na expansão das operações integradas de minério de ferro em Carajás – incluindo CLN 150, Adicional 40 Mtpa, Carajás Serra Sul S11D e Serra Leste, de US$ 2,858 bilhões – e Long Harbour, uma planta integrada de fundição e refino de níquel, com US$ 1,457 bilhão.

Dois projetos de cobre foram entregues em 2012: Salobo e Lubambe. Salobo é uma mina de cobre e ouro com duas plantas de processamento, Salobo I & II, cada uma com a capacidade de movimentar 12 Mtpa de run-of-mine (ROM), e capacidade nominal total de produzir 200.000 toneladas métricas de cobre em concentrado e cerca de 320.000 onças troy de ouro por ano. Iniciamos a produção em Salobo I, e a construção de Salobo II está em andamento. Salobo é um ativo de classe mundial, com 1,1 bilhão de toneladas métricas de reservas provadas e prováveis, posicionado no primeiro quartil da curva de custo da indústria.

Lubambe, desenvolvida por meio de uma joint venture com a ARM, é uma operação localizada na rica região do copperbelt na Zâmbia e envolve uma mina de cobre subterrânea, planta de processamento e infraestrutura relacionada com capacidade nominal de 45.000 tpa de cobre em concentrado. Foi entregue no prazo e dentro do orçamento, iniciando as operações em outubro de 2012. O concentrado de Lubambe é vendido a clientes locais. Além de entregar esses projetos, durante o ano alcançamos marcos importantes que permitem a expansão de Carajás – a mais rica região de minério de ferro do mundo – e da oferta de capacidade logística para expandir nossas operações de carvão de classe mundial em Moçambique.

8

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4T12

Em junho de 2012, obtivemos as licenças ambientais prévias (LP) para o nosso projeto de minério de ferro Carajás S11D (S11D), que comprovam a sua viabilidade ambiental. Em outubro de 2012, foi emitida a licença de instalação (LI) para a expansão da capacidade de EFC para 230 milhões de toneladas métricas por ano (Mtpa), que fornecerá a extensão da infraestrutura de logística necessária para apoiar o projeto S11D.

S11D é a nossa principal alavanca para a redução de custos, melhoria da qualidade e aumento da capacidade produtiva, a fim de fortalecer a nossa liderança incontestada no mercado global em termos de qualidade. O custo operacional esperado – mina, usina, ferrovia e porto – para as 90 Mtpa adicionais é extremamente baixo e irá criar futuras oportunidades de expansão brownfield com custos de investimento também muito baixos.

Acordos para concessões foram assinados com os governos de Moçambique e Malaui, permitindo a aceleração da construção do corredor de Nacala, incluindo a ferrovia e o terminal marítimo, que possibilitará o transporte de até 18 Mtpa de carvão.

O corredor de Nacala alavancará a nossa mina de carvão de classe mundial de Moatize, que já está em processo de ramp-up e sendo expandida para alcançar a capacidade total de 22 milhões de toneladas métricas por ano, majoritariamente de carvão metalúrgico, incluindo o Chipanga premium hard coking coal. Para alinhar o planejamento de mina e da logística em Moçambique, juntamente com a otimização do perfil de desembolsos de caixa programado, decidimos adiar a data de start-up de Moatize II para 2S15.

Seguindo adiante, quatro grandes projetos estão em processo de start-up em 2013 para maximizar valor nos próximos anos: (a) Carajás Adicional 40 Mtpa, que expandirá a capacidade de minério de ferro com elevada qualidade e baixos custos, (b) CLN 150, que trará eficiência logística para possibilitar a expansão de Carajás e que já está entrando em operação, com o primeiro navio atracado no novo Píer IV Sul em dezembro de 2012, (c) Conceição Itabiritos, que neutraliza os efeitos do envelhecimento dos recursos utilizando a tecnologia e (d) Long Harbour, que utiliza uma nova tecnologia para aumentar a eficiência e reduzir custos no segmento de metais básicos.

Os desembolsos com a sustentação de operações existentes de US$ 4,616 bilhões concentraram-se em minério de ferro e metais básicos. Os investimentos de manutenção em minério de ferro incluíram: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 537 milhões); (b) expansão das barragens de rejeitos e dos estoques de resíduos (US$ 233,5 milhões); (c) melhoria na infraestrutura (US$ 231,6 milhões); (d) iniciativas para melhorar os padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 145 milhões). A manutenção de ferrovias e portos que servem às operações de mineração no Brasil alcançou o montante de US$ 736,7 milhões.

O capex de manutenção das operações de metais básicos foi majoritariamente dedicado ao desenvolvimento de jazidas de minério, aumento das taxas de recuperação e teor das minas de níquel (US$ 357,3 milhões); ao projeto AER (redução de emissões atmosféricas) (US$182,8 milhões) e à aquisição de equipamentos relacionados ao aprimoramento dos processos produtivos nas minas de cobre (US$ 135,0 milhões).

As despesas com P&D diminuíram 12% em relação a 2011 e foram 35% menores que as orçadas para 2012, demonstrando a disciplina na alocação de capital. O foco de nossos esforços em P&D em oportunidades com retornos mais elevados implica em um menor portfólio de projetos, aproveitando os nossos recursos minerais de alta qualidade e usando a tecnologia como uma ferramenta para maximizar valor.

• Gestão do portfólio de ativos

Em linha com o objetivo da Vale de ser a melhor empresa de recursos naturais em retorno aos acionistas, continuamos a implementar um programa ativo de gestão do portfólio em 2012, com o desinvestimento de ativos periféricos para otimizar a alocação de capital, adicionar liquidez e permitir foco gerencial.

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4T12

Além disso, de acordo com um contrato envolvendo nossa parceria estratégica com o Sultanato de Omã, concluímos uma transferência de 30% da nossa operação de pelotização no distrito industrial de Sohar, em Omã, para a Oman Oil Company, uma subsidiária integral do Sultanato, por US$ 71 milhões.

Os gastos para financiar aquisições totalizaram US$ 648 milhões em 2012, que incluíram participações adicionais na EBM, o acionista controlador do Sistema Sul, e na controladora de Carborough Downs, uma mina subterrânea de carvão em Queensland, na Austrália. Após essas transações, possuímos 96,7% do EBM e que detém 98,3% do Sistema Sul, e 85% de Carborough Downs.

Já em 2013, a Vale concluiu a opção de compra por Belvedere exercida em junho de 2010 após avaliação independente, adquirindo assim uma participação adicional de 24,5% no projeto de carvão por A$ 150 milhões (US$ 156 milhões usando um câmbio AUD/USD de 1,04). A aquisição já recebeu aprovação indicativa do governo de Queensland e foi finalizada em fevereiro de 2013. Como resultado desta transação, a participação da Vale em Belvedere atingiu 100%.

Tabela 7 - INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 %

Crescimento orgânico 4.692 3.161 3.863 13.426 74,6 13.113 74,0

Projetos 4.112 2.797 3.386 11.684 64,9 11.580 65,3

P&D 579 364 477 1.742 9,7 1.533 8,6

Sustentação das operações

existentes 1.995 1.128 1.614 4.568 25,4 4.616 26,0 Total 6.686 4.289 5.476 17.994 100,0 17.729 100,0

Tabela 8 - INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO

US$ milhões 4T11 3T12 4T12 2011 % 2012 % Bulk materials 3.805 2.376 2.970 9.504 52,8 9.705 54,7 Minerais ferrosos 3.415 2.084 2.556 8.307 46,2 8.453 47,7 Carvão 391 292 414 1.197 6,7 1.252 7,1 Metais básicos 1.293 1.019 1.241 4.081 22,7 4.179 23,6 Fertilizantes 590 531 607 1.346 7,5 1.981 11,2 Serviços de logística 161 135 239 1.190 6,6 600 3,4 Energia 315 69 175 820 4,6 388 2,2 Aço 299 36 68 460 2,6 366 2,1 Outros 224 123 177 592 3,3 511 2,9 Total 6.686 4.289 5.476 17.994 100,0 17.729 100,0

INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO - 2012

Projetos P&D Manutenção Total

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4T12

Principais projetos aprovados em construção

O conjunto dos principais projetos em construção e aprovados pelo Conselho de Administração é detalhado nesta seção. As datas de start-up estimadas podem ser revisadas em decorrência de mudanças causadas por diferentes fatores, dentre eles, atrasos com licenciamento ambiental.

Projeto Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2012 Total Investimento esperado US$ milhões 2013 Total Status1

MINÉRIO DE FERRO – MINERAÇÃO E LOGÍSTICA Carajás Adicional 40 Mtpa

Construção de usina de processamento a seco, localizada em Carajás, Pará. Capacidade nominal estimada de 40 Mtpa.

2S13 957 2.473 548 3.475 Montagem eletromecânica da

planta de processamento e da linha de embarque encontra-se em estágio avançado. Montagem da estrutura metálica para a fase de peneiramento.

Licença de operação (LO) esperada para 2S13.

85% de avanço físico na mina e usina.

CLN 150 Mtpa

Aumento da capacidade na ferrovia e no porto do Sistema Norte, incluindo a construção do quarto píer do terminal marítimo de Ponta de Madeira, localizado no Maranhão. Aumento da capacidade logística nominal da EFC para aproximadamente 150 Mtpa.

1S13 a 2S14 1.013 3.261 498 4.114 Primeiro navio atracou e teste de carregamento com o primeiro navio no Píer IV foi concluído. Realização de testes operacionais com virador de vagão, linhas de descarga e empilhadeira. Conclusão do acesso da ferrovia ao virador de vagão. Licenças de instalação (LI) necessárias para a ferrovia foram emitidas. Licença de operação (LO) para o porto onshore e offshore esperadas para 1S13.

86% de avanço físico.

Carajás Serra Sul S11D

Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na serra sul de Carajás, Pará.

Capacidade nominal estimada de 90 Mtpa.

2S16 739 1.813 658 8.039 Construção da estrada de acesso

concluída. Continuação da montagem de módulos offsite e do recebimento de equipamentos para o sistema de mineração sem caminhões.

Licença de instalação (LI) é esperada para 1S13. 41% de avanço físico.

Conceição Itabiritos

Construção de planta de concentração, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais. Capacidade nominal adicional estimada de 12 Mtpa. 100% pellet feed, com 67,7% teor de ferro (Fe) e 0,8% sílica.

2S13 228 781 208 1.174 Projeto em fase final de montagem

eletromecânica.

Licença de operação (LO) esperada para 1S13.

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4T12

Projeto Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2012 Total Investimento esperado US$ milhões 2013 Total Status1

Vargem Grande Itabiritos

Construção da nova planta de beneficiamento de minério de ferro, localizada no Sistema Sul, Minas Gerais.

Capacidade adicional estimada de 10 Mtpa. 100% pellet feed, com 67,8% Fe e 1,2% sílica.

1S14 487 916 518 1.645 As obras civis das principais áreas

foram concluídas e a instalação de estruturas metálicas do prédio do peneiramento está em andamento. Licença de operação (LO) esperada para 2S13.

76% de avanço físico.

Conceição Itabiritos II

Adaptação da planta para processamento de itabiritos de baixo teor da mina Conceição, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais.

Capacidade nominal estimada de 19 Mtpa, sem adição de capacidade. 31,6% sinter feed, com 66,5% com Fe e 3,8% sílica, e 68,4% pellet feed, com 68,8% Fe e 0,9% sílica.

2S14 265 424 197 1.189 Montagem dos moinhos em

andamento. Comissionamento da britagem primária da hematita concluída.

Licença de instalação (LI) emitida. 58% de avanço físico.

Serra Leste

Construção de nova planta de processamento, localizada em Carajás.

Capacidade nominal estimada de 6 Mtpa.

2S14 149 292 166 478 Obra civil e montagem de estruturas

metálicas da planta de

beneficiamento em andamento. Construção da estrada e da ferrovia em andamento.

Resequenciamento do start-up para aliviar pressão nos recursos. Licença de instalação (LI) emitida. 59% de avanço físico.

Cauê Itabiritos

Adaptação da planta para processamento de itabiritos de baixo teor de Minas do Meio, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais.

Capacidade nominal estimada de 24 Mtpa, com adição líquida de capacidade de 4 Mtpa em 2017. 29% sinter feed, com 65,3% Fe e 4,4% sílica, e 71% pellet feed, com 67,8% Fe e 2.8% sílica.

2S15 98 119 206 1.504 Obras civis e serviços de

terraplanagem em andamento. Licença prévia e licença de instalação (LP/LI) para nova britagem primária esperadas para 1S14. 15% de avanço físico. Simandou I – Zogota Desenvolvimento da mina de Zogota e de usina de processamento no sul de Simandou, Guiné.

Capacidade nominal estimada

(18)

4T12

Projeto Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2012 Total Investimento esperado US$ milhões 2013 Total Status1 de 15 Mtpa. Teluk Rubiah Construção de terminal marítimo com profundidade suficiente para receber navios de 400.000 dwt e um pátio de estocagem. Localizado em Teluk Rubiah, Malásia. Pátio de estocagem com capacidade de giro de até 30 Mtpa de produtos de minério de ferro.

1S14 298 513 443 1.371 Serviços de terraplanagem em

estágio avançado. Construção do jetty principal em andamento, com a maioria das estacas cravadas. Licença de operação (LO) esperada para 1S14.

54% de avanço físico.

USINAS DE PELOTIZAÇÃO Tubarão VIII

Oitava usina de pelotização do complexo do Tubarão, Espírito Santo.

Capacidade nominal estimada de 7,5 Mtpa.

1S13 277 889 158 1.088 Montagem do refratário do forno

concluída. Comissionamento do equipamento em andamento. Licença de operação (LO) esperada para 1S13.

91% de avanço físico.

Samarco IV2

Construção da quarta usina de pelotização, expansão da mina, mineroduto e infraestrutura do terminal marítimo. A Vale possui uma participação de 50% na Samarco.

Capacidade nominal estimada de 8,3 Mtpa, aumentando a capacidade da Samarco para 30,5 Mtpa.

1S14 - - - 1.693 Equipamentos mecânicos,

montagem de estruturas metálicas e obras civis em andamento.

71% de avanço físico na usina de pelotização. Orçamento integralmente financiado pela Samarco.

CARVÃO – MINERAÇÃO E LOGÍSTICA Moatize II

Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada. Localizada em Tete,

Moçambique.

Capacidade nominal estimada de 11 Mtpa (70% carvão metalúrgico e 30% térmico).

2S15 383 456 344 2.068 Obras civis em andamento no pátio

de estocagem e no britador primário.

27% de avanço físico.

Nacala corridor

Infraestrutura de porto e ferrovia conectando o site de Moatize ao terminal marítimo

2S14 371 409 1.079 4.444 Serviços de terraplanagem em

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4T12

Projeto Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2012 Total Investimento esperado US$ milhões 2013 Total Status1 de Nacala-à-Velha, localizado em Nacala, Moçambique. Capacidade nominal estimada de 18 Mtpa.

offshore para a construção do porto. 12% e 15% de progresso físico na ferrovia e no porto, respectivamente.

COBRE - MINERAÇÃO Salobo II

Expansão de Salobo, elevação de barragem e aumento da capacidade da mina, localizada em Marabá, Pará.

Capacidade nominal adicional estimada de 100.000 tpa de cobre em concentrado.

1S14 407 760 401 1.707 Trabalhos de engenharia civil nas

áreas de flotação, moinho e britador foram finalizados.

Montagem eletromecânica de equipamentos nessas áreas está em andamento.

Licença de operação (LO) da planta esperada para 1S14.

68% de avanço físico.

NÍQUEL – MINERAÇÃO E REFINO Long Harbour

Operação hidrometalúrgica. Localizada em Long Harbour, Newfoundland and Labrador, Canadá.

Capacidade nominal de refino estimada de 50.000 tpa de níquel refinado, e cobre e cobalto associados.

2S13 1.457 3.156 1.094 4.250 Infraestrutura e obras civis estão

praticamente completas. O projeto está caminhando para a fase final de montagem eletromecânica e de comissionamento.

84% de avanço físico.

Totten

Mina de níquel (sendo reaberta) em Sudbury, Ontário, Canadá. Capacidade nominal de refino estimada de 8.200 tpa.

2S13 138 540 171 759 Instalação mecânica dos sistemas de

ventilação e bombeamento de água da mina concluídos.

76% de avanço físico.

POTÁSSIO – MINERAÇÃO E LOGÍSTICA Rio Colorado

Investimentos em um sistema de extração por solução, localizado em Mendoza, Argentina, renovação de ferrovia existente (440 km), construção de ramal ferroviário (350 km) e um terminal marítimo em Bahia Blanca, Argentina.

Capacidade nominal estimada de 4,3 Mtpa de potássio (KCl).

Em análise 1.403 2.229 611 5.915 Projeto em revisão.

45% de avanço físico.

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4T12

Projeto Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2012 Total Investimento esperado US$ milhões 2013 Total Status1 Biodiesel

Projeto para produzir biodiesel a partir de óleo de palma. Plantação de 80.000 ha. Localizado no Pará, Brasil. Capacidade nominal estimada de 360.000 tpa de biodiesel.

2S15 83 427 75 633 Realização de obras de

terraplanagem para a usina de biodiesel e para a segunda usina de óleo de palma. A primeira usina de óleo de palma foi comissionada e está operando.

Licença de instalação (LI) esperada para 2S13 e licença de operação para 2S15.

SIDERURGIA CSP2

Desenvolvimento de uma planta de placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará. A Vale possui 50% da joint venture. Capacidade nominal estimada de 3,0 Mtpa.

1S15 294 576 439 2.648 Terraplanagem em estágio final.

Cravação de estacas em andamento. 20% de avanço físico.

1 Com base em dezembro de 2012.

2 Investimento esperado e realizado são relativos à participação da Vale nos projetos.

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

A dívida total foi de US$ 30,546 bilhões em 31 de dezembro de 2012, com um aumento de US$ 1,335 bilhão dos US$ 29,211 bilhões em 30 de setembro de 2012. Para fechar uma diferença temporária entre os usos e fontes de recursos, utilizamos US$ 2,5 bilhões de nossa posição de caixa.

Nossa posição de caixa9 no final do ano era de US$ 6,078 bilhões e, adicionalmente, temos linhas de crédito rotativo de US$ 3,0 bilhões com vencimento em 2016, que nos fornecem um colchão de liquidez.

O desempenho do nosso fluxo de caixa tende a melhorar no curto prazo, como resultado do pagamento inicial de US$ 1,9 bilhão referente à transação de ouro, os ajustes para preços provisórios dos embarques de minério de ferro de mais de US$ 700 milhões e maiores preços de minério de ferro nos dois primeiros meses do ano.

A alavancagem, medida pela relação dívida total/LTM EBITDA ajustado(d) excluindo efeitos não recorrentes, aumentou para 1,60x em 31 de dezembro de 2012 ante 1,32x em 30 de setembro de 2012. A relação dívida total/enterprise value(e) caiu ligeiramente para 22,5% em 31 de dezembro de 2012 de 25,3% em 30 de setembro de 2012.

Durante 2012, aproveitamos as condições favoráveis de mercado para captar recursos. Fomos capazes de melhorar o custo e prazo médios da dívida, em linha com nossa estratégia de manter um portfólio de dívida de baixo risco, com baixa alavancagem, longo prazo médio e baixo custo. O prazo médio da dívida aumentou ligeiramente para 10,1 anos em 2012, contra 9,8 anos em 2011 e o custo médio diminui para 4,63% ao ano, contra 4,77% ao ano. O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado excluindo efeitos não recorrentes/LTM pagamento de juros(f), foi de 14,6x, comparado com 18,7x em 30 de setembro de 2012 e 29,5x em 31 de dezembro de 2011.

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4T12

Considerando as posições de hedge, 26% da dívida total em 31 de dezembro de 2012 estavam atrelados a taxas de juros flutuantes e 74%, a taxas fixas, enquanto 97% estavam denominados em dólares americanos e o restante, em outras moedas.

Tabela 9 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

US$ milhões 4T11 3T12 4T12

Dívida bruta 23.143 29.211 30.546

Dívida líquida(c) 19.612 20.575 24.468

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado1 (x) 0,7 1,3 1,6

LTM EBITDA ajustado1/ LTM pagamento de juros (x) 29,5 18,7 14,6

Dívida bruta / EV (%) 17,4 25,3 22,5

1excluindo os efeitos não recorrentes   

 

CAPTAÇÃO DE RECURSOS

A manutenção do nosso grau de investimento é um importante compromisso permanente. Visamos conciliar a queda cíclica do nosso fluxo de caixa com o financiamento de investimentos e distribuição de dividendos. A captação de recursos está de acordo com a nossa estratégia de diversificação de fontes e instrumentos financeiros. Em 2012, emitimos dois bônus totalizando US$ 3,75 bilhões e um Eurobônus de EUR 750 milhões:

(i) janeiro de 2012: US$ 1 bilhão com vencimento em 2022, com cupom de 4,375% ao ano, pagos semestralmente, emitidos com spread de 255 pontos-base sobre o retorno dos títulos de dívida americanos (U.S. Treasuries), resultando em um rendimento de 4,525% por ano.

(ii) março de 2012: US$ 1,250 bilhão com vencimento em 2022, com cupom de 4,375% ao ano, pagos semestralmente, emitidos com spread de 200 pontos-base sobre o retorno dos U.S. Treasuries, implicando num rendimento de 4,205% ao ano. Os bônus desta emissão foram consolidados com o bônus de US$ 1 bilhão emitido em janeiro de 2012, formando uma única série.

(iii) julho de 2012: EUR 750 milhões com vencimento em 2023, com cupom de 3,750% ao ano, emitidos com spread de 225,7 pontos-base sobre o retorno dos títulos German Bund, resultando em rendimento de 3,798% ao ano. (iv) setembro de 2012: US$ 1,5 bilhão com vencimento em 2042, com cupom de 5,625% ao ano, pagos semestralmente, emitidos com spread de 300 pontos-base sobre o retorno dos U.S. Treasuries, com um rendimento de 5,681% ao ano.

As notas obrigatoriamente conversíveis da Vale (MCN) das séries VALE-2012 e VALE.P-2012 venceram e foram permutadas em American Depositary Shares (ADSs) ordinárias e preferenciais, respectivamente. A série VALE-2012 foi convertida em ADSs representando um total de 15.836.884 de ações ordinárias, equivalentes a 1,3% das ações ordinárias em circulação e a série VALE.P-2012 representando 40.241.968 de ações preferenciais classe A, equivalente a 2,2% das ações preferenciais classe A em circulação. As notas obrigatoriamente conversíveis são títulos híbridos com características de dívida e ações, não registradas como dívida.

Em setembro de 2012, firmamos com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento - um contrato de R$ 3,9 bilhões para financiar o projeto CLN 150 Mtpa.

Em outubro de 2012, assinamos uma nota de crédito de exportação com um banco local brasileiro no valor de R$ 2,5 bilhões, com vencimento em 10 anos.

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4T12

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS

Bulk materials

Minerais ferrosos

As vendas de minério de ferro e pelotas alcançaram o recorde histórico de 303,443 Mt, 1,4% maior do que o último recorde de 299,148 Mt em 2011. Os embarques de minério de ferro foram de 258,061 Mt, em linha com as 257,287 Mt vendidas no ano passado, enquanto as vendas de pelotas aumentaram para 45,382 Mt, aumentando 8,4% ano-a-ano.

Após a forte queda dos preços no 3T12, causada por um ciclo de desestocagem que ocorreu principalmente devido à fraca demanda de aço global, as condições de mercado melhoraram no último trimestre do ano. A reação da oferta dos produtores de alto custo diante de preços baixos e a retomada do crescimento da demanda na China, influenciada por maiores investimentos em infraestrutura, construção e vendas de automóveis, resultaram na recuperação em V dos preços.

Os preços de minério de ferro atingiram o seu ponto mais baixo na primeira semana de setembro, com o Platts 62% Fe IODEX atingindo US$ 88,50. No final do ano, os preços subiram até US$ 140,75 e continuaram a aumentar nos primeiros dois meses deste ano. É importante notar que a guinada dos preços ocorreu ao mesmo tempo em que Brasil e Austrália, os dois maiores fornecedores, aumentaram suas exportações à China.

Os embarques de minério de ferro no 4T12 foram 11,9% maiores do que no 3T12. As vendas de pelotas caíram 10,3% no mesmo período, em razão do excesso de oferta de pelotas para alto-forno. Além da interrupção temporária das plantas de pelotização de São Luís e Tubarão I & II, a nossa produção foi reorientada para pelotas de redução direta, para atender à forte demanda do Oriente Médio e dos EUA.

No 4T12, a Vale vendeu 39,1 Mt de minério de ferro e pelotas – 46,1% das nossas vendas – na base CFR, contra 32,9 Mt no 3T12 e 33,3 Mt no 4T11. Em 2012, 39,9% das nossas vendas foram na base CFR, contra 30,0% em 2011. A receita reportada de minério de ferro e pelotas é líquida dos custos de frete marítimo, o que significa que os preços FOB são comparáveis aos preços CFR.

A distribuição das nossas vendas de acordo com o sistema de precificação foi a seguinte: 14% VRP (preço médio de três meses aplicado com um mês de defasagem), 26% VCP (média do trimestre corrente) e 60% spot (VDP) e média mensal (VMP). O VDP, Vale Daily Price, oferece diferentes opções de precificação diária, algumas delas envolvendo preços provisórios que são ajustados de acordo com o preço de mercado após a chegada do carregamento.

O preço médio de venda do minério de ferro foi de US$ 93,66 no 4T12, aumentando em US$ 9,97 (11,9%) em comparação a US$ 83,69 no 3T12. A diferença em relação à média do índice Platts 62% Fe content continuou diminuindo para US$ 28,68 de US$ 29,52 no 3T12 e US$ 37,89 no 2T12.

Os fatores por trás do aumento do preço realizado foram o aumento do preço médio de mercado e a maior proporção de vendas VDP e CFR. Um uso mais intenso do nosso sistema de distribuição global continua contribuindo para a captura de maior valor nas nossas vendas. Atualmente, temos 24 Valemax em operação que podem atracar em 7 portos na Europa e na Ásia. Por outro lado, maior umidade, menores preços VRP e prêmio de qualidade limitaram o aumento do preço.

O preço médio de venda de pelotas em 2012 foi de US$ 147,37 por tonelada métrica, 24,0% abaixo dos US$ 193,79 em 2011. No 4T12, o preço médio de venda foi de US$ 126,73 por tonelada métrica, 10,1% abaixo dos US$ 140,98 no trimestre passado. A queda do preço no 4T12 é devida à maior proporção de vendas VRP, maior umidade e um prêmio de qualidade menor.

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4T12

Em 2012, as vendas de minério de ferro e pelotas à China cresceram para 49,0%, de 44,1% no ano passado. A participação da Europa caiu para 17,1% de 18,9% em 2011, enquanto as vendas ao Brasil caíram para 11,7% de 13,4%.

Seguindo a tendência da demanda, nossos embarques para a Ásia aumentaram para 66,2% de 38,1% do total de embarques em 2005, o que é explicado pelo crescimento da parcela de participação da China para 49,0% contra 21,2%.

A Europa e o Brasil reduziram sua participação nos nossos embarques, dada a falta de expansão da demanda por minério de ferro nos dois mercados. No Brasil a verticalização de algumas companhias siderúrgicas até chegou a causar uma queda na demanda por minério de ferro. Na Europa, o consumo de minério de ferro ainda não atingiu os níveis pré-crise de 2008. A parcela da Europa caiu para 17,1% de 28,7% em 2005, enquanto a do Brasil caiu para 11,7% de 22,6%.

Em 2012, a receita gerada com as vendas de minério de manganês aumentou para US$ 234 milhões, acima dos US$ 171 milhões em 2011. No 4T12, a receita chegou a US$ 72 milhões, aumentando 26,3% sobre os US$ 57 milhões no 3T12, devido principalmente a preços mais altos (US$ 12 milhões) e volumes maiores (US$ 3 milhões) causados por maior demanda da China. O volume de vendas chegou a 473.000 t no 4T12, aumentando 6,0% em relação ao 3T12, enquanto o preço médio realizado aumentou para US$ 152,22 por tonelada métrica, 19,1% acima do trimestre passado.

As vendas de ferroligas somaram 267.000 toneladas métricas em 2012, 30,8% abaixo das 386.000 toneladas métricas vendidas em 2011, gerando receita de US$ 358 milhões, ante US$ 557 milhões em 2011. A redução significativa do volume anual de vendas e da receita de ferroligas se deve ao acordo de venda das nossas operações de ferroligas de manganês na Europa.

O preço médio realizado de ferroligas caiu para US$ 1.340,82 por tonelada métrica de US$ 1.443,01 em 2011. No 4T12, o preço médio realizado caiu para US$ 1.470,59, 17,1% abaixo dos US$ 1.774,19 no 3T12.

No 4T12, a receita das vendas de minerais ferrosos alcançou US$ 8,422 bilhões, 14,7% acima dos US$ 7,340 bilhões do 3T12.

A margem EBIT ajustado de minerais ferrosos foi de 44,6% no 4T12, contra 51,9% (excluindo o efeito não recorrente da provisão relacionada à CFEM de US$ 542 milhões) no 3T12. Em 2012, a margem operacional caiu para 52,2% (excluindo o efeito da provisão da CFEM no 3T12) de 66,1% em 2011, devido principalmente a menores preços. No 4T12, o EBITDA ajustado alcançou US$ 4,587 bilhões, aumentando 4,8% em comparação com o 3T12. O aumento de US$ 212 milhões foi em sua maior parte devido ao impacto positivo de preços maiores (US$ 551 milhões) e volumes (US$ 306 milhões), maiores dividendos de empresas coligadas não consolidadas (US$ 222 milhões) e variação cambial favorável (US$ 34 milhões). Esses efeitos foram parcialmente compensados por maiores despesas (US$ 741 milhões) e maior CPV10 (US$ 160 milhões), devido principalmente a maiores custos de frete (US$ 242 milhões)11.

10 Excluindo os efeitos da apreciação do dólar americano e volume.

Referências

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