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Ricardo Teles/Vale. Desempenho da Vale no 3T17

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Academic year: 2021

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Desempenho da Vale

no 3T17

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www.vale.com

vale.ri@vale.com

App Vale Investors & Media

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Tel.: (55 21) 3485-3900

Departamento de Relações com Investidores

André Figueiredo

André Werner Carla Albano Miller Fernando Mascarenhas Andrea Gutman Bruno Siqueira Claudia Rodrigues Denise Caruncho Mariano Szachtman Renata Capanema

BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP

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Desempenho da Vale no 3T17

O CEO da Vale, Fabio Schvartsman, comentou sobre os primeiros resultados inteiramente sob sua gestão: “O desempenho do 3T17 mostra melhorias na realização de preço e nos resultados iniciais da abordagem de gerenciamento matricial de custos. Além disso, a rigorosa disciplina na alocação de capital terá impacto direto nos fluxos de caixa futuros”. Ele concluiu que: “Esta é uma nova fase para a Vale em termos de eficiência, sustentabilidade e governança corporativa. Agora podemos ir para o segmento de listagem do Novo Mercado, bem antes dos nossos planos originais, com o apoio de todos os nossos acionistas. Estamos prontos para transformar a Vale em uma verdadeira corporação”.

 O EBITDA ajustado foi de US$ 4,192 bilhões no 3T17, ficando 53,6% acima do 2T17, principalmente em função de: (a) maiores preços (US$ 851 milhões); (b) melhores prêmios1 (US$ 447 milhões) nos produtos de alta qualidade de minério de ferro; (c) maiores volumes (US$ 219 milhões) devido ao ramp-up bem-sucedido de S11D; (d) menores custos (US$ 70 milhões).

 Geração de caixa livre de US$ 1,438 bilhão e queda na dívida líquida de US$ 1,056 bilhão, encerrando o 3T17 em US$ 21,066 bilhões. A redução só não foi maior devido aos efeitos líquidos da apreciação do real na dívida da Vale, que aumentaram a dívida denominada em reais quando convertida em dólares em US$ 667 milhões, e aos efeitos temporários da volatilidade do preço de minério impactando contas a receber. O aumento da necessidade de capital de giro foi de US$ 981 milhões, porém esperamos um efeito inverso e positivo no fluxo de caixa no 4T17 com o aumento dos recebimentos durante o trimestre: “O quarto trimestre acelerará a redução da dívida. Tradicionalmente é um trimestre muito forte em termos de venda e recebimentos, e, além disso, assinaremos o Project Finance do Corredor de Nacala no dia 22 de novembro de 2017, com o recebimento acima de US$ 2 bilhões. Os recursos estarão totalmente disponíveis para a redução da dívida, nos permitindo

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atingir o target de dívida líquida entre US$ 15 e 17 bilhões de 2017”, destacou o CFO da Vale,

Luciano Siani Pires.

 Os investimentos foram de US$ 863 milhões no 3T7, mais uma vez inferior à marca de US$ 1 bilhão. Os investimentos da Vale devem totalizar US$ 4 bilhões em 2017.

 O preço realizado de minério de ferro subiu US$ 15,9/t, principalmente devido ao aumento de US$ 8,0/t do Platts IODEX e ao aumento de US$ 4,1/t no prêmio2. O aumento no prêmio foi resultado: (a) de maiores prêmios de mercado para o minério de Carajás; (b) de maior parcela de vendas do Carajás atreladas ao índice MB65%; (c) da nossa decisão de reduzir os produtos de alta sílica; (d) da melhor gestão da cadeia de valor com a implementação do Centros de Operações Integradas (COI), que irá progressivamente prover respostas mais rápidas e mais efetivas à dinâmica de mercado, aumentando a produtividade dos ativos e as margens. “A Vale está focada na maximização de suas margens e, ao avançar os estoques para o exterior, está bem posicionada para gerenciar a produção e as vendas de minério de baixa e/ou alta qualidade, de acordo com a demanda do mercado, com o índice volume de vendas/produção totalizando 95% no 3T17. O índice venda/produção em 2018 deverá ficar em média no mesmo patamar do 3T17, uma vez que a capacidade de blendagem offshore está em ramp-up e estabilizará em 2018”, comentou Peter Poppinga, Diretor Executivo de Minerais Ferrosos e Carvão.

O custo caixa C1 caiu 7,1%, passando para R$ 45,8/t (US$ 14,5/t). Os custos retornaram para os níveis em reais de 2015 e 2016, como antecipamos no release de resultado do 2T17.

 A competividade aumentou ainda mais, resultando no EBITDA ajustado por tonelada de Minerais Ferrosos3 de US$ 40,2/t no 3T17, 49,4% maior do que no 2T17, e no EBITDA

breakeven4 de finos de minério de ferro e pelotas de US$ 30,0/dmt5 no 3T17, ficando US$

4,4/dmt menor do que o 2T17 e atingindo o menor nível desde o 3T16.

 O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de US$ 561 milhões, o que representou um aumento de US$ 175 milhões quando comparado ao 2T17, como resultado de maiores preços (US$ 180 milhões) e menores custos (US$ 44 milhões). Jennifer Maki, Diretora Executiva de Metais Básicos enfatizou: “Estamos muito satisfeitos com as melhorias consecutivas no desempenho de nossos ativos de cobre e comprometidos a melhorar a geração de caixa de todos os nossos ativos de níquel. No 3T, a transição bem-sucedida para operar com um único alto forno em Sudbury e o progresso do ramp-up de Long Harbour estabeleceram as bases para melhorias sequenciais”.

2Maiores prêmios, menores descontos e outras condições comerciais. 3 Excluindo manganês e ferroligas.

4 Medido pelo custo caixa unitário e despesas entregues na China (e ajustados por qualidade, diferencial da margem de pelota, u midade e excluindo ROM).

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 O EBITDA ajustado de Carvão foi de US$ 46 milhões no 3T17, atingindo um resultado positivo pelo quarto trimestre consecutivo, ficando US$ 111 milhões abaixo do 2T17 como resultado de menores preços (US$ 97 milhões) e do impacto líquido da maior tarifa no Corredor de Nacala (US$ 13 milhões), que foram parcialmente compensados pelos menores custos na mina (US$ 16 milhões). Os preços realizados foram impactados principalmente pelos preços provisórios estabelecidos no 2T17, que consideraram uma tendência estável para os preços de mercado, e que foram posteriormente ajustados para preços mais baixos no momento da entrega das cargas no 3T17.

 O Project Finance de Nacala prossegue como planejado, com a aprovação dos Conselhos do NEXI e do JBIC ocorrendo durante o 3T17. Agora com todos os credores (incluindo AFDB, ECIC e os bancos comerciais) concluindo suas aprovações, o próximo passo é a assinatura do Project Finance, que ocorrerá no dia 22 de novembro de 2017.

Indicadores financeiros selecionados

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Receita operacional líquida 9.050 7.235 6.726

Custos e despesas totais 5.866 5.492 4.615

EBIT ajustado 3.184 1.743 2.111

Margem EBIT ajustado (%) 35,2 24,1 31,4

EBITDA ajustado 4.192 2.729 2.964

Margem EBITDA ajustado (%) 46,3 37,7 44,1

Minério de ferro - Platts' 62% IODEX 70,9 62,9 58,6

Lucro líquido (prejuízo) 2.230 16 575

Lucro líquido básico 2.090 949 954

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,40 0,18 0,19

Dívida líquida 21.066 22.122 25.965

Investimentos 863 894 1.157

US$ milhões 9M17 9M16 %

Receita operacional líquida 24.800 18.223 36,1

Custos e despesas totais 16.473 13.563 21,5

EBIT ajustado 8.327 4.660 78,7

Margem EBIT ajustado (%) 33,6 25,6 31,3

EBITDA ajustado 11.229 7.250 54,9

Margem EBITDA ajustado (%) 45,3 39,8 13,8

Lucro líquido (prejuízo) 4.736 3.457 37,0

Lucro líquido básico 5.137 2.252 128,1

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,99 0,44 127,0

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Visão de Mercado

No 3T17, a média do Platts IODEX 62% Fe foi de US$ 70,90/dmt, significando um crescimento de 12,7% sobre o 2T17. O prêmio para minério de alto teor continuou elevado, enquanto o desconto para minério de baixo teor deteriorou-se ainda mais. A média do índice Metal Bulletin 65% Fe foi de US$90,65/dmt, levando a diferença para o IODEX 62% Fe para um novo recorde de US$ 20,46/dmt, comparado com US$ 13,61/dmt no trimestre anterior, enquanto a média do índice Metal Bulletin 58% Fe foi de US$ 46,73/dmt, o que representou uma diferença para o IODEX 62% Fe de US$ 24,17/dmt contra US$ 21,12/dmt no trimestre anterior.

Os preços de minério de ferro com 62% Fe ganharam força no 3T17 seguindo a produção mais alta de aço na China, suportada pelo crescimento resiliente da demanda originada pelo investimento imobiliário e em infraestrutura, assim como pela alta rentabilidade das siderúrgicas. Os prêmios de qualidade ampliaram-se no decorrer do trimestre devido à relativa pouca disponibilidade de minério de alto teor e à busca das siderúrgicas por aumento de produtividade diante do ambiente de altos preços de carvão e controles ambientais mais restritivos na China. É esperado um arrefecimento da produção chinesa de aço no 4T17 como resultado do corte de produção compulsório em algumas províncias como forma de combater a poluição durante o inverno. Além disso, a sazonalidade também afeta a demanda por aço devido à redução natural no ritmo de construções durante o inverno. No entanto, o baixo nível de estoques imobiliários deve auxiliar a limitar uma desaceleração na construção e nos investimentos no setor.

A produção global de aço, reportada pela World Steel Association, alcançou 430,9 Mt no 3T17, sendo 0,9% e 6,7% superior ao 2T17 e 3T16, respectivamente. A produção de aço na China alcançou 220 Mt no 3T17, ficando 8,1% superior na comparação ano-a-ano, e no restante do mundo foi de 210 Mt, ficando 5,3% superior na comparação ano-a-ano, com virtualmente todas as regiões apresentando ganhos de produção devido à resiliente demanda doméstica e baixas exportações da China.

No mercado de carvão metalúrgico, a média do índice de preços permaneceu em linha com o trimestre anterior, ficando US$ 188,8/t no 3T17 em comparação com US$ 190,3/t no 2T17. No entanto, a média do preço esconde a enorme volatilidade e as distintas naturezas das pressões de preço que ocorreram nos dois períodos. No 2T17, os preços subiram devido a interrupções de oferta na Austrália causadas pelo Ciclone Debbie. No 3T17, os preços foram pressionados pela forte demanda chinesa no mercado transoceânico, conforme a produção mantinha sua robustez e restrições eram impostas pelos reguladores locais sobre as minas domésticas de carvão. No entanto, no final do 3T17, a demanda por carvão metalúrgico no mercado transoceânico diminuiu o passo, conforme as restrições dos reguladores chineses foram estendidas também aos produtores de coque nas principais regiões produtoras durante o inverno.

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O preço de níquel negociado na LME recuperou-se durante o 3Q17 para uma média de US$ 10.528/t, contra US$ 9.225/t no 2T17, representando o melhor trimestre do ano e com o preço do níquel alcançando uma máxima de US$ 12.150/t em setembro. A forte demanda originada pelos produtores de aço inoxidável, assim como fundamentos macroeconômicos positivos, particularmente na China, ajudaram a suportar o aumento do preço. Os estoques nas Bolsas continuaram a declinar, fechando o trimestre em 435 kt, representando uma queda de 30 kt desde o início de 2017. A produção de aço inoxidável aumentou em aproximadamente 7,5% no 3T17 com relação ao 3T16, e 6,1% nos 9M17 com relação ao 9M16. A demanda por níquel nas aplicações não relacionadas ao aço inoxidável permaneceu robusta, particularmente nos setores automotivo, de baterias e aeroespacial. A demanda por níquel já está se beneficiando do crescimento do mercado dos veículos elétricos, com potencial de incentivo adicional no futuro, conforme a composição das baterias tenda para maior conteúdo de níquel, considerando o baixo custo e a maior densidade energética, e ainda a adoção de baterias de maior tamanho.

Durante 9M17, o governo da Indonésia outorgou licenças de exportação a seis companhias, totalizando 8,8 Mt de minério de níquel em base anual, com aproximadamente 1,7 Mt de minério exportado em 8M17. A oferta adicional de minério de níquel da Indonésia no mercado causou uma pressão de queda nos preços e continua a pesar negativamente sobre o mercado, o que pode levar à postergação dos investimentos no desenvolvimento de smelters.

O preço médio do cobre na LME aumentou cerca de 12% no 3T17, alcançando US$ 6.349/t contra US$ 5.662/t no 2T17, e representando o trimestre mais forte desde 4T14. Os preços subiram consistentemente ao longo do trimestre conforme a demanda por cobre refinado apresentou sinais de melhora no 3T17, particularmente na China e no Nordeste Asiático. O consumo de cobre na China subiu cerca de 4% no 3T17 em comparação com o 3T16, como resultado dos investimentos em infraestrutura e no mercado residencial.

Do lado da oferta, a produção global de cobre refinado aumentou ligeiramente no terceiro trimestre conforme as interrupções durante o período foram estabilizadas com relação ao início do ano. Apesar das interrupções de oferta no primeiro semestre de 2017, as importações de concentrado de cobre para a China aumentaram cerca de 2% em 8M17 em relação ao 8M16, refletindo a demanda associada com a expansão de capacidade de processamento nos

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Receita operacional

A receita operacional líquida no 3T17 totalizou US$ 9,050 bilhões, significando um aumento de 25% em comparação com o 2T17. O aumento nas receitas de vendas ocorreu, principalmente, devido aos maiores preços realizados e volumes de Minerais Ferrosos (US$ 1,706 bilhão) e Metais Básicos (US$ 250 milhões), que foram parcialmente compensados por menores preços realizados e maior participação do carvão térmico no volume de vendas de carvão (US$ 121 milhões).

Receita operacional líquida por destino

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 % América do Norte 617 6,8 528 7,3 541 8,0 EUA 352 3,9 323 4,5 238 3,5 Canadá 246 2,7 190 2,6 303 4,5 México 19 0,2 15 0,2 - 0,0 América do Sul 916 10,1 913 12,6 639 9,5 Brasil 783 8,7 735 10,2 557 8,3 Outros 133 1,5 178 2,5 82 1,2 Ásia 5.520 61,0 4.067 56,2 4.069 60,5 China 3.822 42,2 2.554 35,3 2.909 43,2 Japão 736 8,1 576 8,0 483 7,2 Coreia do Sul 384 4,2 342 4,7 269 4,0 Outros 578 6,4 595 8,2 408 6,1 Europa 1.409 15,6 1.333 18,4 1.126 16,7 Alemanha 368 4,1 286 4,0 326 4,9 Itália 99 1,1 137 1,9 110 1,6 Outros 942 10,4 910 12,6 690 10,3 Oriente Médio 282 3,1 209 2,9 236 3,5 Resto do mundo 306 3,4 185 2,6 115 1,7 Total 9.050 100,0 7.235 100,0 6.726 100,0

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Receita operacional líquida por área de negócio

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 %

Minerais ferrosos 6.820 75,4 5.114 70,7 4.959 73,7

Minério de ferro - finos 5.131 56,7 3.544 49,0 3.782 56,2

ROM 7 0,1 8 0,1 4 0,1 Pelotas 1.441 15,9 1.331 18,4 991 14,7 Manganês 87 1,0 71 1,0 51 0,8 Ferroligas 44 0,5 46 0,6 25 0,4 Outros 110 1,2 114 1,6 106 1,6 Carvão 360 4,0 481 6,6 163 2,4 Carvão Metalúrgico 266 2,9 414 5,7 105 1,6 Carvão Térmico 94 1,0 67 0,9 58 0,9 Metais básicos 1.762 19,5 1.512 20,9 1.579 23,5 Níquel 752 8,3 686 9,5 797 11,8 Cobre 683 7,5 535 7,4 452 6,7 PGMs 72 0,8 77 1,1 104 1,5

Ouro como subproduto 161 1,8 139 1,9 179 2,7

Prata como subproduto 7 0,1 9 0,1 9 0,1

Cobalto 79 0,9 60 0,8 28 0,4

Outros 8 0,1 6 0,1 10 0,1 Outros 108 1,2 128 1,8 25 0,4

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Custos e despesas

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)

O CPV6foi de US$ 5,412 bilhões no 3T17, aumentando US$ 310 milhões em relação aos US$ 5,102 bilhões registrados no 2T17, devido aos impactos de maiores volumes de vendas (US$ 353 milhões) e de variações cambiais (US$ 99 milhões), que foram parcialmente compensados por menores custos (US$ 142 milhões), principalmente devido a menores custos de manutenção (US$ 66 milhões), menores custos de arrendamento (US$ 38 milhões) e menores custos de pessoal (US$ 34 milhões).

Maiores detalhes sobre o desempenho de custos podem ser encontrados na seção “O desempenho dos segmentos de negócios”.

CPV por área de negócio

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 % Ferrosos 3.375 62 3.142 62 2.663 61 Metais básicos 1.524 28 1.452 28 1.429 33 Carvão 423 8 377 7 190 4 Outros 90 2 131 3 63 1 CPV total 5.412 100 5.102 100 4.345 100 Depreciação 868 - 852 - 790 - CPV, sem depreciação 4.544 - 4.250 - 3.555 -

DESPESAS

As despesas totais foram de US$ 454 milhões no 3T17, ficando US$ 64 milhões acima dos US$ 390 milhões no 2T17, principalmente devido ao aumento de Outras despesas operacionais (US$ 63 milhões) e maiores despesas de P&D (US$ 11 milhões), que foram parcialmente compensadas pelas menores despesas pré-operacionais e de parada (US$ 7 milhões) e menor SG&A (US$ 3 milhões).

O SG&A totalizou US$ 129 milhões no 3T17, ficando US$ 3 milhões menor do que no 2T17. As despesas com P&D alcançaram US$ 91 milhões no 3T17, representando um aumento de 13,8% em relação aos US$ 80 milhões registrados no 2T17, de acordo com a sazonalidade de maiores desembolsos no segundo semestre do ano.

As despesas pré-operacionais e de parada totalizaram US$ 83 milhões no 3T17, o que significou uma redução de 7,8% quando comparados com os US$ 90 milhões registrados no

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2T17, principalmente devido ao fato de não haver mais despesas pré-operacionais referentes a Long Harbour.

Outras despesas operacionais alcançaram US$ 151 milhões no 3T17, aumentando US$ 63 milhões quando comparadas às despesas de US$ 88 milhões no 2T17, principalmente devido a despesas não-recorrentes de: (a) provisão referente às taxas federais anuais de ocupação e de foro relativas ao porto de Tubarão de 2003 a 2017, que estão em disputa com as autoridades governamentais (US$ 27 milhões); (b) regularização do ICMS no Estado de Minas Gerais (US$ 15 milhões); (c) maiores contingências (US$ 12 milhões).

Despesas

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 %

SG&A sem depreciação 110 - 110 - 101 -

SG&A 129 28 132 34 137 51 Administrativas 112 25 113 29 125 46 Pessoal 56 12 62 16 56 21 Serviços 19 4 17 4 17 6 Depreciação 19 4 22 6 36 13 Outros 18 4 12 3 16 6 Vendas 17 4 19 5 12 4 P&D 91 20 80 21 80 30 Despesas pré-operacionais e de parada¹ 83 18 90 23 116 43 Long Harbour - - 15 4 39 14 S11D 58 13 59 15 28 10 Moatize - - - - 1 0 Outros 25 6 16 4 49 18

Outras despesas operacionais 151 33 88 23 (63) (23)

Despesas totais 454 100 390 100 270 100

Depreciação 52 - 52 - 63 -

Despesas sem depreciação 402 - 338 - 207 -

¹ Inclui US$ 34 milhões de depreciação no 3T17, US$ 30 milhões no 2T17 e US$ 27 milhões no 3T16.

Custos e despesas

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Custos 5.412 5.102 4.345

Despesas 454 390 270

Custos e despesas totais 5.866 5.492 4.615

Depreciação 920 904 853

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Lucros antes de juros, impostos, depreciação

e amortização (EBITDA)

7

O EBITDA ajustado foi de US$ 4,192 bilhões no 3T17, ficando 53,6% acima do 2T17, principalmente em função de: (a) maiores preços (US$ 851 milhões); (b) melhores prêmios8 (US$ 447 milhões) nos produtos de alta qualidade de minério de ferro; (c) maiores volumes (US$ 219 milhões) devido ao ramp-up bem-sucedido de S11D; (d) menores custos (US$ 70 milhões).

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 3,674 bilhões no 3T17, ficando 64,6% acima do registrado no 2T17, principalmente como resultado do aumento do Platts IODEX e de ganhos de competitividade, como por exemplo: (a) maiores prêmios, menores descontos e outras iniciativas comerciais; (b) maiores volumes; (c) menores custos.

O EBITDA ajustado no segmento de Metais Básicos foi de US$ 561 milhões no 3T17, aumentando US$ 175 milhões em relação ao 2T17, principalmente devido aos maiores preços realizados de níquel e de cobre, menores custos e maiores volumes, que foram parcialmente compensados por impactos desfavoráveis de variação cambial e maiores despesas.

O EBITDA ajustado para o segmento de carvão foi de US$ 46 milhões no 3T17, ficando US$ 111 milhões abaixo do registrado no 2T17, devido, principalmente, a menores preços de venda e maiores custos tarifários do Corredor Logístico de Nacala, que foram parcialmente compensados pela provisão do serviço da dívida do Corredor Logístico de Nacala à Vale, e menores custos na mina e plantas.

O EBITDA ajustado de outros segmentos de negócio foi negativo em US$ 89 milhões, ficando US$ 43 milhões inferior ao 2T17, principalmente devido a maiores dividendos recebidos no 2T17 (US$ 37 milhões).

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Variação EBITDA 3T17 vs. 2T17

US$ milhões

EBITDA ajustado

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Receita operacional líquida 9.050 7.235 6.726

CPV (5.412) (5.102) (4.345)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (129) (132) (137) Pesquisa e desenvolvimento (91) (80) (80) Despesas pré-operacionais e de parada (83) (90) (116) Outras despesas operacionais (151) (88) 63

EBIT ajustado 3.184 1.743 2.111

Depreciação, amortização e exaustão 920 904 853 Dividendos recebidos e juros de coligadas e JVs 88 82 -

EBITDA ajustado 4.192 2.729 2.964

Minério de ferro - Platts' 62% IODEX 70,9 62,9 58,6

EBITDA ajustado por segmento

US$ milhões 3T17 2T17 3T16 Minerais ferrosos 3.674 2.232 2.493 Carvão 46 157 (7) Metais básicos 561 386 600 Outros (89) (46) (122) Total 4.192 2.729 2.964

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Lucro líquido

O lucro líquido totalizou US$ 2,230 bilhões no 3T17 contra os US$ 16 milhões no 2T17, aumentando em US$ 2,214 bilhões, principalmente como resultado dos seguintes impactos: (a) maior EBITDA ajustado (US$ 1,463 bilhão); (b) ganhos não-caixa nas variações monetárias e cambiais no 3T17 contra perdas não-caixa no 2T17 (US$ 1,120 bilhão).

O lucro básico (lucro líquido ajustado para os itens não recorrentes) foi de US$ 2,090 bilhões no 3T17, após se excluir alguns efeitos positivos sobre o lucro líquido, principalmente: (a) o impacto de variações cambiais (US$ 452 milhões), relacionado à apreciação do BRL contra o USD; (b) o impacto de derivativos de moeda e taxas de juros (US$ 295 milhões) principalmente compensados: (a) pelo impacto de impairments e outros resultados em ativos não circulantes (-US$ 389 milhões), que compreende principalmente os ajustes relacionados à venda de ativos de fertilizantes9 (-US$ 218 milhões), e pelo impacto na mensuração ou venda de ativos incluindo projetos descontinuados (-US$ 55 milhões), devido, principalmente, ao Projeto Apolo e Projeto Níquel do Vermelho; (c) pelo impacto da marcação a mercado de debêntures participativas (-US$ 72 milhões).

Lucro líquido básico

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Lucro líquido básico 2.090 949 954

Itens excluídos do lucro líquido básico

Impairment e outros resultados em ativos não correntes (389) (486) (29) Redução ao valor recuperável e outros resultados na participação

em coligadas e joint ventures

(26) (34) (33) Debêntures participativas (72) (87) (48)

Variação cambial 452 (610) (330)

Variação monetária 81 11 2

Swaps de moedas e taxas de juros 295 (96) (49) Outros resultados financeiros (29) (57) (55) Imposto sobre os itens excluídos (172) 426 163

Lucro líquido (prejuízo) 2.230 16 575

O resultado financeiro líquido registrou um ganho de US$ 220 milhões no 3T17 contra uma perda de US$ 1,339 bilhão no 2T17. O aumento de US$ 1,559 bilhão foi, principalmente, o resultado de ganhos caixa de variação monetária e cambial no 3T17 contra perdas não-caixa no 2T17 (US$ 1,045 bilhão) e ganhos nos derivativos de swap de moedas e taxa de juros no 3T17 contra perdas no 2T17 (US$ 391 milhões).

As receitas financeiras incluem US$ 67 milhões, relativos aos juros sobre os empréstimos ao Corredor Logístico de Nacala (CLN), considerando que a partir do 3T17 passamos a reconhecer os juros destes empréstimos. O mesmo montante impactou o EBITDA ajustado como juros recebidos de coligadas e JVs.

(15)

Outras despesas financeiras aumentaram em US$ 123 milhões, dos quais US$ 109 milhões representam prêmio sobre o valor de face em relação à recompra de US$ 1,5 bilhão de bonds realizada em setembro de 2017. Para maiores detalhes em relação a redução da dívida, por favor consulte a seção de Dívida.

A apreciação do BRLde ponta a ponta10 contribuiu para gerar ganhos não caixa de US$ 738 milhões com efeitos positivos da variação cambial (US$ 443 milhões) e dos swaps de moeda e juros (US$ 295 milhões), onde o impacto da variação cambial inclui o resultado líquido sobre a posição líquida de passivos e ativos denominados em moedas diferentes do BRL, e os swaps de moeda e taxas de juros incluem mudanças no valor justo e liquidações dos swaps de moeda em BRL e outras moedas para o USD. Conceitualmente, esses ganhos refletem o fato de que, quando a dívida denominada em dólar é convertida para a moeda funcional da Vale, o real, o total do endividamento em BRL diminui com a apreciação do BRL. As posições dos derivativos de moeda seguem o mesmo padrão, já que eles servem para trocar a dívida exposta em BRL para USD, consequentemente se beneficiando da apreciação do BRL.

Resultado financeiro

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Despesas financeiras (826) (773) (704)

Juros brutos (417) (450) (465)

Capitalização de juros 111 83 172

Contingências fiscais e trabalhistas (22) (2) (4) Debêntures participativas (72) (87) (48)

Outros (332) (209) (215)

Despesas financeiras (REFIS) (94) (108) (144)

Receitas financeiras 152 116 30

Derivativos¹ 365 (91) (39)

Swaps de moedas e taxas de juros 295 (96) (49) Outros² (bunker oil, commodities, etc.) 70 5 10

Variação cambial 443 (602) (330)

Variação monetária 86 11 2

Resultado financeiro líquido 220 (1.339) (1.041)

¹ Os ganhos líquidos com derivativos de US$ 365 milhões no 3T17 incluem a realização por perdas de US$ 113 milhões e ganhos de marcação a mercado de US$ 478 milhões.

² Outros derivativos incluem perdas com derivativos de bunker oil por US$ 6 milhões.

O impacto não-caixa no resultado financeiro da apreciação ponta a ponta do real no 3T17 foi parcialmente compensado pela introdução do hedge dos investimentos líquidos em janeiro de 2017. Com esse instrumento, a Vale atribuiu parte da sua dívida denominada em USD e EUR como hedge contra seus investimentos líquidos em suas subsidiárias Vale International S.A. e Vale International Holding GmbH. O objetivo foi mitigar o risco de câmbio no resultado financeiro. Em 30 de setembro de 2017, o valor da dívida atribuído para o hedge de investimentos foi de US$ 6,162 bilhões e € 750 milhões. Os ganhos cambiais na conversão destas porções da dívida para o BRL foram de US$ 290 milhões, sendo reconhecidas

(16)

diretamente em “Outros Resultados Abrangentes” no patrimônio líquido, não impactando o resultado financeiro da Vale.

Por outro lado, a valorização média do BRL contra o USD teve impacto negativo no fluxo de caixa, à medida que a maioria das receitas foi denominada em USD, enquanto o CPV foi 51% denominado em BRL, 32% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD), e aproximadamente 52% dos investimentos foram denominados em BRL. A apreciação do BRL e de outras moedas aumentou os custos e despesas11 em dólar em US$ 67 milhões no 3T17.

Resultado de equivalência patrimonial

O resultado de equivalência patrimonial representou um ganho de US$ 115 milhões no 3T17 contra uma perda de US$ 24 milhões no 2T17. As principais contribuições para a equivalência patrimonial foram as contribuições provenientes das usinas de pelotização em Tubarão (US$ 51 milhões), MRS (US$ 22 milhões), VLI (US$ 17 milhões) e CSI (US$ 10 milhões).

(17)

Investimentos

12

Os investimentos totalizaram US$ 863 milhões no 3T17, sendo compostos por US$ 295 milhões em execução de projetos e US$ 568 milhões em investimentos correntes na manutenção das operações. Os investimentos reduziram-se em US$ 32 milhões quando comparados aos US$ 894 milhões gastos no 2T17. Os investimentos totalizaram US$ 2,9 bilhões para os 9M17, o mais baixo desde o 9M06.

Os investimentos no 4T17 serão maiores que os do 3T17, acompanhando a sazonalidade usual, porém, significativamente menores que os do 4T16. Para 2017, os investimentos da Vale devem totalizar US$ 4,0 bilhões.

Investimento total por área de negócio

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 % Minerais ferrosos 551 63,9 619 69,2 795 68,7 Carvão 14 1,6 15 1,6 149 12,9 Metais básicos 289 33,5 254 28,4 189 16,3 Energia 7 0,9 6 0,6 15 1,3 Outros 1 0,2 2 0,2 9 0,8 Total 863 100,0 894 100,0 1.157 100,0

Execução de projetos

Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 295 milhões no 3T17, diminuindo 24,0% devido à conclusão das etapas dos projetos na mina, planta e ferrovia de S11D, como planejado.

O segmento de Minerais Ferrosos representou cerca de 92% do total investido na execução de projetos no 3T17.

Execução de projetos por área de negócio

US$ milhões 3T17 % 2T17 % 3T16 % Minerais ferrosos 273 92,3 370 95,4 579 81,5 Carvão 2 0,5 7 1,7 106 14,9 Metais básicos 13 4,2 5 1,3 2 0,3 Energia 7 2,4 5 1,2 14 2,0 Outros 1 0,5 2 0,4 9 1,3 Total 295 100,0 388 100,0 711 100,0

MINERAIS FERROSOS

Cerca de 97% dos US$ 273 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 3T17 referem-se ao projeto S11D e à sua expansão de logística associada (US$ 264 milhões).

(18)

Mina S11D – Pátio de regularização

O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 92% de avanço físico consolidado no 3T17, sendo composto por 99% de avanço físico na mina e 86% na logística.

(19)

Logística S11D – Duplicação da ferrovia

Indicadores de progresso

13

Capex de manutenção das operações existentes

Os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 568 milhões no 3T17, aumentando 12,0% quando comparados com o 2T17, devido, principalmente, ao início dos desembolsos nos projetos na planta de pelotização da mina de São Luís e investimentos de substituição para mudança de planos na mina da bacia de Sudbury. Os segmentos de minerais ferrosos e de metais básicos representaram 49%, cada, do total investido na manutenção das operações no 3T17.

13 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex é revisada apenas uma vez por ano.

Projeto Capacidade (Mtpa) Data de start-up estimada Capex realizado (US$ milhões) Capex estimado

(US$ milhões) Avanço físico 2017 Total 2017 Total

Projetos de minerais ferrosos

CLN S11D 230 (80)a 1S14 a

2S19 719 6,381 962 7,850

b 86%

a Capacidade líquida adicional.

(20)

Os investimentos correntes das operações de metais básicos incluíram, principalmente: (a) melhorias nas operações (US$ 175 milhões); (b) melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e de proteção ambiental (US$ 80 milhões); (c) manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 11 milhões). A transição para a operação em forno único em Sudbury foi concluída no 3T17 sem desembolsos adicionais.

Os investimentos correntes das operações do segmento de minerais ferrosos incluíram, entre outros: (a) a substituição e as melhorias nas operações (US$ 173 milhões); (b) as melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança, projetos sociais e de proteção ambiental (US$ 44 milhões); (c) a manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 40 milhões). A manutenção de ferrovias e portos no Brasil e na Malásia totalizou US$ 69 milhões.

Os projetos para retomar as operações da planta de São Luís e de Planta 2 de Tubarão, seguem conforme planejado, com seus start-ups projetados para o primeiro semestre de 2018 e custo total de US$ 123 milhões que serão alocados em investimentos correntes.

Os investimentos de manutenção em finos de minério de ferro, excluindo investimentos de manutenção nas plantas de pelotização, somaram US$ 210 milhões, equivalentes a US$ 2,9/dmt de finos de minério de ferro no 3T17, ficando em linha com os US$ 2,8/dmt no 2T17. A média dos últimos 12 meses dos investimentos de manutenção em finos de minério de ferro foi de US$ 3,2/dmt.

Investimento realizado por tipo - 3T17

US$ milhões Ferrosos Minerais Carvão Metais

Básicos Total

Operações 173 5 175 353

Pilhas e Barragens de Rejeitos 40 0 11 51

Saúde & Segurança 31 3 11 45

Responsabilidade Social Corporativa 14 0 69 83 Administrativo & Outros 20 4 10 35

Total 279 12 276 568

Investimento em manutenção realizado por área de negócio

(21)

Responsabilidade social corporativa

Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 163 milhões no 3T17, dos quais US$ 141 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e US$ 22 milhões dedicados a projetos sociais.

Gestão de portfólio

A Vale atingiu marcos significativos para conclusão do Project Finance, obtendo as aprovações de NEXI, JBIC e ECIC. A assinatura do Project Finance ocorrerá em 22 de novembro de 2017 com o desembolso sujeito a condições precedentes

.

Como condição anterior à assinatura do Project Finance, Vale e a Mitsui compraram, em partes iguais, no 3T17, a participação do governo de Moçambique em algumas concessionárias no Corredor Logístico de Nacala, com custos adicionais de US$ 53 milhões para a Vale.

(22)

Fluxo de caixa livre

O fluxo de caixa livre foi de US$ 1,438 bilhão no 3T17.

O caixa gerado pelas operações foi de US$ 3,123 bilhões no 3T17, ficando US$ 1,069 bilhão inferior ao EBITDA, devido, principalmente, ao impacto negativo do aumento do Contas a receber no 3T17 em relação ao 2T17. Este aumento foi decorrente do impacto em caixa da provisão registrada no 2T17 para vendas com preço provisório a serem liquidadas no 3T17 – significando que a Vale retornou caixa a seus clientes cujas faturas provisórias haviam sido emitidas a preços mais altos, antes da queda do preço do minério no final do 2T17.

(23)

Indicadores de endividamento

A Vale está focada em reduzir sua alavancagem. A dívida bruta reduziu-se em US$ 2,062 bilhões, passando de US$ 27,852 bilhões em 30 de junho de 2017 para US$ 25,790 bilhões em 30 de setembro de 2017. Tal redução deveu-se, principalmente, ao repagamento líquido da dívida14 de US$ 2,874 bilhões no 3T17, que foi parcialmente compensado pelos impactos da apreciação do real sobre a dívida da Vale, que aumentou a dívida denominada em reais quando convertidas para dólares em US$ 667 milhões (parcialmente compensados pelo impacto de US$ 272 milhões da variação cambial da dívida denominada em dólares e euros quando convertida para o real, a moeda funcional da Vale) e os juros acumulados no período no valor de US$ 417 milhões.

A dívida líquida decresceu em US$ 1,056 bilhão se comparada com o final do trimestre anterior, totalizando US$ 21,066 bilhões baseados na posição de caixa de US$ 4,724 bilhões em 30 de setembro de 2017, como resultado do fluxo de caixa livre positivo no 3T17.

Posição da dívida

Em 30 de setembro de 2017, a dívida bruta, após transações de swap de moedas e juros, era 89% denominada em dólares norte-americanos, sendo composta por 32% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 68% a taxas de juros fixas.

(24)

O prazo médio da dívida aumentou para 8,4 anos em 30 de setembro de 2017, quando comparado aos 8,1 anos em 30 de junho de 2017 e aos 7,7 anos em 30 de setembro de 2016. O custo médio da dívida, após as operações de swap cambiais e de juros mencionadas acima, aumentou ligeiramente para 4,96% ao ano em 30 de setembro de 2017 em relação aos 4,88% ao ano em 30 de junho de 2017. O aumento do prazo médio de vencimento e custo da dívida foi resultado, principalmente, do programa de gestão de dívida no 3T17, no qual a Vale resgatou seus Bonds com vencimento em 2019 e recomprou parte de seus Bonds com vencimento em 2020, consequentemente reduzindo a dívida bruta e futuras despesas financeiras, assim como reduzindo as amortizações nos anos de 2019 e 2020.

(25)

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM15 EBITDA ajustado/LTM juros brutos, aumentou para 8,8x no 3T17 contra 7,9x no 2T17 e 4,9x no 3T16.

A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para 1,6x em 30 de setembro de 2017 em comparação com 1,9x em 30 de junho de 2017 e 3,7x em 30 de setembro de 2016. Medida pela relação da dívida líquida/LTM EBITDA ajustado, a alavancagem diminuiu para 1,3x em 30 de setembro de 2017 em comparação com 1,5x em junho de 2017 e 3,0x em setembro de 2016.

Indicadores de endividamento

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Dívida bruta 25.790 27.852 31.449

Dívida líquida 21.066 22.122 25.965

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,6 1,9 3,7 Dívida líquida / LTM EBITDA ajustado (x) 1,3 1,5 3,0 LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 8,8 7,9 4,9

(26)

O desempenho dos segmentos de negócios

Informações dos segmentos ― 3T17, conforme nota explicativa das

demonstrações contábeis

Despesas

US$ milhões Receita

Líquida Custos¹ SG&A e outras¹ P&D¹ Pré-operacional e de parada¹ Dividendos e juros em coligadas e JVs EBITDA ajustado Minerais ferrosos 6.820 (2.967) (116) (27) (49) 13 3.674 Minério de ferro - finos 5.131 (2.086) (89) (22) (47) 1 2.888 ROM 7 - - - 7 Pelotas 1.441 (733) (21) (5) (3) - 679 Outros 110 (77) (2) - - 12 43 Mn & ferroligas 131 (71) (4) - 1 - 57 Carvão 360 (368) (9) (4) - 67 46 Metais básicos 1.762 (1.129) (52) (20) - - 561 Níquel² 1.168 (883) (45) (13) - - 227 Cobre³ 594 (246) (8) (6) - - 334 Outros 108 (80) (86) (40) 1 8 (89) Total 9.050 (4.544) (263) (91) (48) 88 4.192 ¹ Excluindo depreciação e amortização

(27)

Minerais ferrosos

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 3,674 bilhões no 3T17, ficando 64,6% acima do registrado no 2T17, principalmente como resultado do aumento de 13% do Platts IODEX (US$ 788 milhões) e de ganhos de competitividade (US$ 683 milhões), como por exemplo: (a) maiores prêmios, menores descontos e outras iniciativas comerciais (US$ 447 milhões); (b) maiores volumes (US$ 189 milhões); (c) menores custos (US$ 109 milhões). O EBITDA ajustado por tonelada de Minerais Ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi de US$ 40,2/t no 3T17, ficando 49,4% maior do que os US$ 26,9/t registrados no 2T17, principalmente devido à maior realização de preço mencionada acima.

Variação EBITDA 3T17 vs. 2T17

Finos de minério de ferro (excluindo pelotas e ROM)

EBITDA

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro no 3T17 foi de US$ 2,888 bilhões, ficando 92,3% maior do que no 2T17, em função, principalmente, dos maiores preços realizados (US$ 1,209 bilhão), que foram impactados por maiores prêmios e menores descontos (US$ 3,9/t no 3T17 vs. os US$ 0,2/t negativos registrados no 2T17), dos maiores volumes (US$ 127 milhões) e dos menores custos16 (US$ 67 milhões).

(28)

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e run of mine (ROM), aumentou para US$ 5,131 bilhões no 3T17 em comparação com os US$ 3,544 bilhões registrados no 2T17, devido aos maiores preços realizados de finos de minério de ferro (US$ 1,209 bilhão) e aos maiores volumes de venda (US$ 378 milhões).

O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 76,4 Mt no 3T17, ficando 10,7% acima dos 69,0 Mt registrados no 2T17, devido, principalmente, ao ramp-up de S11D. Os estoques cresceram 4 Mt no 3T17 em comparação com o 2T17 em função de necessidades operacionais e estratégias de comercialização. Entretanto, a razão dos volumes de vendas/produção17 totalizou 95% no 3T17 em comparação aos 89% no 2T17. Para a média anual de 2017 e 2018, é esperado que a razão dos volumes de venda/produção fique em torno do mesmo nível alcançado no 3T17, registrando, porém, variações ao longo dos trimestres devido ao gerenciamento dinâmico da cadeia de valor.

As vendas CFR de finos de minério de ferro totalizaram 54,5 Mt no 3T17, representando 71% do total de vendas de finos de minério de ferro no 3T17 e ficando 4 p.p. maior do que os 67% registrados no 2T17.

Composição das vendas

A menor produção de minério de alta sílica a partir do segundo semestre de 2017, a uma taxa anual equivalente de 19 Mt, resultou na redução dos volumes de vendas de produtos com

(29)

qualidade mais baixa dos Sistemas Sul e Sudeste, bem como propiciou o aumento da parcela de vendas do Brazilian Blend Fines (BRBF), reforçando a utilização do BRBF como a carga básica dos altos-fornos e suportando o aumento substancial na realização de preço, conforme detalhado abaixo na seção “Preços Realizados”.

Receita operacional líquida por produto

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Minério de ferro - finos 5.131 3.544 3.782

ROM 7 8 4 Pelotas 1.441 1.331 991 Manganês e Ferroligas 131 117 76 Outros 110 114 106 Total 6.820 5.114 4.959

Volume vendido

mil toneladas 3T17 2T17 3T16

Minério de ferro - finos 76.388 69.019 74.231

ROM 406 240 351

Pelotas 13.135 12.479 12.001

Manganês 498 392 448

Ferroligas 32 36 31

PREÇOS REALIZADOS

(30)

Realização de preços – finos de minério de ferro

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) aumentou US$ 15,4/t, passando de US$ 60,7/t no 2T17 para US$ 76,1/t no 3T17, em função, principalmente, de: (a) aumento do IODEX (US$ 8,0/t); (b) maiores prêmios e menores descontos (US$ 4,1/t18). Os ajustes relativos ao sistema de precificação tiveram um pequeno impacto combinado.

O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) aumentou 31% (US$ 15,9/t), passando de US$ 51,3/t no 2T17 para US$ 67,2/t no 3T17, após os ajustes de umidade e para o efeito das vendas FOB, que somaram 29% do total de vendas no 3T17.

O efeito positivo de US$ 3,9/t registrado em ‘Prêmios/Descontos e condições comerciais’ no 3T17 decorreu de: (a) maiores prêmios para o minério de Carajás; (b) maior parcela das vendas de Carajás atreladas ao índice MB65% da Metal Bulletin; (c) redução da produção de produtos de alta sílica a partir do segundo semestre de 2017, a uma taxa anual equivalente de 19 Mt; (d) da melhor gestão da cadeia de valor com a implementação do Centros de Operações

18 Diferença entre os US$ 3,9/t registrados no 3T17 e o valor negativo de US$ 0,2/t registrado no 2T17.

A Vale é o produtor com a maior flexibilidade no mercado para ajustar a

qualidade final de seus produtos, gerenciando a produção de baixa e/ou

(31)

Integradas (COI), que irá progressivamente prover respostas mais rápidas e mais efetivas à dinâmica de mercado, aumentando a produtividade dos ativos e as margens..

A realização de preço no 3T17 foi impactada pelos seguintes motivos:

a) Preços provisórios no final do 2T17 de US$ 62,1/t, que mais tarde foram reajustados com base no preço de entrega do 3T17, que impactaram positivamente os preços do 3T17 em US$ 2,7/t contra um efeito negativo de US$ 4,2/t no 2T17, como resultado de maiores preços realizados no 3T17.

b) Preços provisórios estabelecidos no final do 3T17 de US$ 62,7/t contra a média IODEX de US$ 70,9/t no 3T17 que impactaram negativamente os preços no 3T17 em US$ 3,2/t contra um impacto negativo de US$ 0,3/t no 2T17.

c) Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 73,1/t e baseados nos preços médios de mar-abr-mai, que impactaram positivamente os preços no 3T17 em US$ 0,3/t se comparados ao impacto positivo de US$ 1,8/t no 2T17.

As vendas de minério de ferro de 29,8 Mt, ou 39% do mix de vendas da Vale, foram registradas sob o sistema de preços provisórios fixado no final do 3T17 em US$ 62,7/t. Os preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 4T17.

Preço médio realizado

US$ por tonelada 3T17 2T17 3T16

Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 91,20 76,50 65,60 Minério de ferro - Platts' 62% IODEX 70,90 62,90 58,60 Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 76,10 60,70 59,30 Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 67,17 51,35 50,95

ROM 17,24 34,23 11,40

Pelotas CFR/FOB (wmt) 109,71 106,68 82,58

Manganês 175,81 180,08 113,84

Ferroligas 1.380,30 1.265,31 806,45

CUSTOS

(32)

CPV MINÉRIO DE FERRO - 2T17 x 3T17

Principais

variações

US$ milhões 2T17 Volume Câmbio Outros

Variação Total 2T17 x

3T17

3T17

Custos totais antes de depreciação e amortização

1.885 251 17 (67) 201 2.086 Depreciação 266 29 4 (18) 15 281 Total 2.151 280 21 (85) 216 2.367

Os custos de frete marítimo, que são integralmente contabilizados como custos dos produtos vendidos, atingiram US$ 819 milhões no 3T17, o que significou um aumento de US$ 129 milhões quando comparados com os do 2T17, como resultado de maiores volumes CFR. O custo unitário de frete marítimo de finos de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 15,0/t no 3T17, ficando praticamente em linha com os US$ 14,9/t registrados no 2T17. O preço médio do bunker oil da Vale ficou em US$ 308/t no 3T17, estando em linha com os US$ 306/t do 2T17.

CUSTO CAIXA C1

O custo caixa total C1 FOB no porto por tonelada métrica, excluindo royalties, reduziu-se em US$ 0,7/t, passando de US$ 15,2/t no 2T17 para US$ 14,5/t no 3T17, devido: (a) à maior diluição dos gastos fixos nos maiores volumes de produção do 3T17 (US$ 0,3/t); (b) aos menores custos de manutenção (US$ 0,3/t); (c) aos menores custos de demurrage (US$ 0,2/t); (d) aos menores custos de transporte ferroviário com terceiros (MRS) no Sistema Sul (US$ 0,1/t), que foram parcialmente compensados pelo impacto negativo da apreciação do BRL contra o USD de 1,7% no 3T17 (US$ 0,3/t).

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL reduziu-se em 7,1%, passando de R$ 49,3/t no 2T17para R$ 45,8/t (US$ 14,5/t) no 3T17, devido aos efeitos mencionados acima. Os custos retornaram aos patamares médios em BRL de 2015 e 2016, conforme previsto no relatório do resultado do 2T17, devido à combinação de maior produção, custos de manutenção sazonalmente mais baixos e ganhos com produtividade.

Custos e despesas de finos de minério de ferro em Reais

R$/t 3T17 2T17 3T16

Custos¹ 45,8 49,3 42,2

Despesas¹ 6,6 7,3 7,4

Total 52,4 56,5 49,5

(33)

Evolução do custo caixa C1¹ por tonelada em BRL

Custo unitário de finos de minério de ferro e frete

3T17 2T17 3T16

Custos (US$ milhões)

Custos, sem depreciação e amortização 2.086 1.885 1.648

Custos de distribuição 51 33 18

Custos de frete marítimo 819 690 575 Custos FOB no porto (ex-ROM) 1.216 1.162 1.055 Custos FOB no porto (ex-ROM e royalties) 1.109 1.051 965 Volumes de vendas (Mt)

Volume total de minério de ferro vendido 76,8 69,3 74,6 Volume total de ROM vendido 0,4 0,2 0,4 Volume vendido (ex-ROM) 76,4 69,0 74,2

% de Vendas CFR 71% 67% 64%

% de Vendas FOB 29% 33% 36%

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB

(US$/t) 14,5 15,2 13,0

Frete

Volume CFR (Mt) 54,5 46,4 47,8

Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 15,0 14,9 12,0

DESPESAS

(34)

em comparação ao 2T17, principalmente como resultado de maiores despesas pré-operacionais do S11D.

Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas

Evolução de investimentos de manutenção por tonelada de finos de minério de

ferro

Pelotas

(35)

milhões) e menores custos19 (US$ 24 milhões), que foram parcialmente compensados por menores dividendos recebidos20 no 3T17 (US$ 37 milhões) e maiores despesas (US$ 13 milhões).

A receita líquida de pelotas alcançou US$ 1,441 bilhão no 3T17, contra US$ 1,331 bilhão registrado no 2T17, aumentando US$ 110 milhões, como resultado dos maiores preços de vendas (US$ 40 milhões), que aumentaram de US$ 106,7/t no 2T17 para US$ 109,7/t no 3T17, e maiores volumes de venda (US$ 70 milhões). Os volumes de venda aumentaram de 12,5 Mt no 2T17 para 13,1 Mt no 3T17.

As vendas CFR de pelotas de 2,9 Mt no 3T17 representaram 22% do total das vendas de pelotas, ficando em linha com o 2T17. As vendas em base FOB totalizaram 10,2 Mt no 3T17, ficando 4% maiores do que os 9,8 Mt registrados no 2T17.

Os preços CFR/FOB de pelotas aumentaram US$ 3,0/t, totalizando US$ 109,7/t no 3T17, enquanto o preço de referência de minério de ferro Platts IODEX (CFR China) aumentou US$ 8,0/t no trimestre, como resultado, principalmente, do impacto negativo de contratos com preços defasados.

O custo de pelotas totalizou US$ 733 milhões (ou US$ 827 milhões, considerando a depreciação) no 3T17. Após serem ajustados pelos efeitos de maiores volumes (US$ 39 milhões) e da variação cambial (US$ 6 milhões), os custos reduziram-se US$ 24 milhões quando comparados ao 2T17, devido, principalmente, aos menores custos de arrendamento das plantas pelotizadoras, que resultam de uma fórmula predeterminada baseada no Platts IODEX com um mês de defasagem e no prêmio de pelotas. O Platts médio utilizado como referência nos contratos de arrendamento caiu de US$ 73,6/t no 2T17 para US$ 66,7/t no 3T17.

As despesas pré-operacionais e de parada de pelotas atingiram US$ 3 milhões no 3T17, ficando em linha com o 2T17. As despesas de SG&A e outras despesas totalizaram US$ 21 milhões, aumentando US$ 11 milhões quando comparadas ao 2T17, devido, principalmente, à baixa contábil de materiais e inventários.

A margem EBITDA de pelotas foi de US$ 51,7/t no 3T17, ficando em linha com o 2T17.

19 Após ajustar os efeitos de menores volumes e variação cambial.

(36)

Pelotas - EBITDA

3T17 2T17 US$ milhões US$/wmt US$ milhões US$/wmt

Receita Líquida / Preço Realizado 1.441 109,7 1.331 106,7 Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) 0 0,0 37 3,0 Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e

outros) (733) (55,8) (712) (57,1)

Despesas (SG&A, P&D e outros) (29) (2,2) (16) (1,3)

EBITDA 679 51,7 640 51,3

Break-even de caixa de finos de minério de ferro e pelotas

O break-even do EBITDA de minério de ferro e pelotas, medido pelos custos e despesas caixa unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial de margem de pelotas e umidade, excluindo ROM), reduziu-se em US$ 4,4/t no 3T17 quando comparado com o 2T17, totalizando US$ 30,0/dmt no 3T1721. Isto se deve aos efeitos mencionados acima de maiores prêmios, menores descontos e menor custo caixa C1.

O break-even de caixa de minério de ferro e pelotas numa base entregue na China, incluindo o investimento de manutenção de US$ 2,9/dmt, reduziu-se de US$ 37,2/dmt no 2T17 para US$ 32,9/dmt no 3T17.

Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas

1

US$/t 3T17 2T17 3T16

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) 14,5 15,2 13,0 Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge) 15,0 14,9 12,0 Custo de distribuição de finos de minério de ferro² 0,7 0,5 0,2 Despesa³ & royalties de finos de minério de ferro 3,5 3,9 3,2 Ajuste de umidade de minério de ferro 2,9 3,1 2,5 Ajuste de qualidade de minério de ferro (5,6) (1,2) (1,5) EBITDA de equilíbrio de finos de minério de ferro entregue na China

(US$/dmt) 31,0 36,4 29,4

Ajuste de pelotas de minério de ferro (1,0) (1,9) (1,3) EBITDA de equilíbrio de finos minério de ferro e pelotas (US$/dmt) 30,0 34,4 28,1 Investimentos correntes de finos de minério de ferro 2,9 2,8 2,5 Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas

(US$/dmt) 32,9 37,2 30,6

¹ Medido pelo custo unitário + despesas+ investimentos correntes ajustado por qualidade.

² O método de cálculo dos custos de distribuição por tonelada foi revisado, tendo os números sido ajustados retroativamente para refletir a mudança. Os custos de distribuição são divididos agora pelo volume total de vendas, ao invés de volume de vendas CFR.

³ Líquido de depreciação.

(37)

Manganês e ferroligas

O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas foi de US$ 57 milhões no 3T17, ficando US$ 24 milhões acima dos US$ 33 milhões registrados no 2T17, principalmente devido ao impacto de maiores volumes de venda (US$ 25 milhões).

A receita líquida de manganês aumentou para US$ 87 milhões no 3T17, em comparação com os US$ 71 milhões no 2T17, devido, principalmente, aos maiores volumes de venda (US$ 23 milhões), que foram parcialmente compensados por menores preços de vendas (US$ 7 milhões) no 3T17. O volume vendido de minério de manganês totalizou 498.000 t no 3T17 contra 392.000 t no 2T17.

A receita líquida de ferroligas reduziu-se de US$ 46 milhões no 2T17 para US$ 44 milhões no 3T17, principalmente devido a menores volumes de venda (US$ 6 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores preços de vendas (US$ 4 milhões). O volume vendido de ferroligas diminuiu de 36.000 t no 2T17 para 32.000 t no 3T17.

(38)

Vendas de minério de ferro e pelotas por destino

mil toneladas métricas 3T17 2T17 3T16

Américas 9.306 9.229 9.275 Brasil 6.710 6.493 7.384 Outros 2.596 2.736 1.891 Ásia 65.854 56.747 61.353 China 52.355 46.511 49.061 Japão 8.127 5.516 7.512 Outros 5.372 4.720 4.780 Europa 10.226 12.802 12.421 Alemanha 4.309 5.270 4.753 França 1.678 2.117 1.549 Outros 4.239 5.415 6.119 Oriente Médio 2.153 1.686 2.274 Resto do mundo 2.390 1.274 1.260 Total 89.929 81.738 86.583

Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Receita líquida 6.820 5.114 4.959

Custos¹ (2.967) (2.755) (2.293)

Despesas¹ (116) (94) (95)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (49) (42) (49)

Despesas com P&D (27) (28) (29)

Dividendos e juros em coligadas e JVs 13 37 -

EBITDA ajustado 3.674 2.232 2.493

Depreciação e amortização (456) (427) (399)

EBIT ajustado 3.205 1.768 2.094

Margem EBIT ajustado (%) 47,0 34,6 42,2

¹ Excluindo depreciação e amortização.

Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro

- 3T17 2T17 3T16

EBITDA ajustado (US$ milhões) 2.888 1.502 1.989

Volume vendido (Mt) 76,4 69,0 74,2

EBITDA ajustado (US$/t) 37,8 21,8 26,8

Indicadores financeiros selecionados - Pelotas

- 3T17 2T17 3T16

EBITDA ajustado (US$ milhões) 679 640 462

Volume vendido (Mt) 13,1 12,5 12,0

EBITDA ajustado (US$/t) 51,7 51,3 38,5

Indicadores financeiros selecionados - Ferrosos ex Manganês e Ferroligas

3T17 2T17 3T16

EBITDA ajustado (US$ milhões) 3.617 2.199 2.489

Volume vendido (Mt)¹ 89,9 81,7 86,6

EBITDA ajustado (US$/t) 40,2 26,9 28,7

(39)

Metais Básicos

O EBITDA ajustado foi de US$ 561 milhões no 3T17, aumentando US$ 175 milhões em relação ao 2T17, principalmente devido aos maiores preços realizados de níquel e de cobre (US$ 178 milhões), a menores custos (US$ 44 milhões), sobretudo relacionados com menores custos de parada programada de manutenção, e a maiores volumes (US$ 4 milhões), que foram parcialmente compensados por impactos desfavoráveis de variação cambial22 (US$ 45 milhões) e maiores despesas23 (US$ 8 milhões).

RECEITAS DAS VENDAS E VOLUMES

A receita das vendas de níquel foi de US$ 752 milhões no 3T17, aumentando US$ 66 milhões em relação ao 2T17 como resultado do maior preço realizado de níquel no 3T17 (US$ 62 milhões) e do impacto favorável do mix de vendas (US$ 4 milhões). Os volumes de venda foram de 71 kt, ficando em linha com o 2T17.

A receita das vendas de cobre foi de US$ 683 milhões no 3T17, aumentando US$ 148 milhões em relação ao 2T17 como resultado do maior preço realizado de cobre no 3T17 (US$ 116 milhões) e de maiores volumes de venda (US$ 33 milhões). Os volumes de venda atingiram 110 kt no 3T17, ficando 7 kt acima do 2T17.

A receita das vendas de ouro contido como subproduto em nossos concentrados de níquel e de cobre atingiu US$ 161 milhões no 3T17, aumentando US$ 22 milhões em relação ao 2T17, principalmente como resultado do maior volume de subproduto de ouro nas operações de níquel do Atlântico Norte no 3Q17. Os volumes de venda de ouro como subproduto alcançaram 138.000 onças no 3T17, ficando 21.000 onças acima do 2T17.

A receita das vendas de PGMs (grupo dos metais da platina) alcançou US$ 72 milhões no 3T17, diminuindo US$ 5 milhões em relação ao 2T17. Os volumes de venda foram de 85.000 onças no 3T17 contra 93.000 onças no 2T17. Os volumes de venda de PGMs diminuíram, principalmente, devido ao menor volume de vendas de paládio.

A receita das vendas de cobalto alcançou US$ 79 milhões no 3T17, aumentando US$ 19 milhões em relação ao 2T17, devido, principalmente, ao maior volume de vendas (US$ 10 milhões) e a maiores preços de cobalto (US$ 9 milhões). O volume de vendas de cobalto como subproduto alcançou 1.482 t no 3T17, ficando 210 t acima do 2T17.

(40)

Receita operacional líquida por produto

US$ milhões 3T17 2T17 3T16

Níquel 752 686 797

Cobre 683 535 452

Ouro como subproduto 161 139 179

Prata como subproduto 7 9 9

PGMs 72 77 104

Cobalto 79 60 28

Outros 8 6 10

Total 1.762 1.512 1.579

PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL

O preço realizado de níquel foi de US$ 10.554/t, ficando US$ 26/t acima da média do preço de níquel na LME, que foi de US$ 10.528/t no 3T17.

Os produtos de níquel da Vale são divididos em duas categorias: produtos refinados de níquel (pelotas, powders, catodos, FeNi, Utility Nickel™ e Tonimet™) e produtos intermediários de níquel (concentrados, matte, NiO e NHC).

Os produtos refinados possuem maior teor de níquel, consequentemente obtendo um prêmio sobre o preço médio de níquel na LME, enquanto os produtos intermediários de níquel apresentam menor pureza, já que são apenas parcialmente processados. Por tal razão, os produtos intermediários de níquel são vendidos com desconto, sendo que o montante deste desconto depende de quanto processamento ainda é necessário para o beneficiamento do produto, de sua forma e do nível de impurezas. O nosso mix de vendas é importante para a realização do preço de níquel.

Os produtos refinados de níquel corresponderam a 85% das vendas de níquel no 3T17, enquanto os produtos intermediários de níquel corresponderam ao restante das vendas. O preço realizado de níquel diferiu da média de preços na LME no 3T17 devido aos seguintes impactos:

 Prêmio dos produtos refinados de níquel com média de US$ 333/t, com impacto no preço realizado agregado de níquel de US$ 283/t;

(41)

Preço realizado de níquel

PREÇO REALIZADO DE COBRE

O preço realizado de cobre foi de US$ 6.203/t, ficando US$ 146/t abaixo da média do preço de cobre na LME, que foi de US$ 6.349/t no 3T17. Os produtos de cobre da Vale são, principalmente, produtos intermediários de cobre, predominantemente na forma de concentrado, que é vendido com desconto em relação ao preço da LME. Esses produtos são vendidos a preços provisórios durante o trimestre, com os preços finais sendo determinados em um período futuro, geralmente entre um e quatro meses à frente24.

O preço realizado de cobre diferiu da média de preços da LME no 3T17 devido aos seguintes impactos:

 Ajustes de preço do período atual: marcação a mercado das faturas ainda abertas no trimestre com base na curva de preços futuros da LME25 no fim do trimestre (-US$ 43/t);

 Ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço usado nas faturas finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores ainda em aberto ao fim do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos trimestres anteriores (US$ 368/t);

 TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos dos produtos intermediários (-US$ 471/t).

24 Em 30 de setembro de 2017 a Vale tinha precificado provisoriamente 96.373 toneladas de cobre a um preço da curva forward de cobre na LME de US$ 6.469/t, sujeitas a precificação final durante os próximos meses.

(42)

Preço realizado de cobre

Preço médio realizado

US$ por tonelada 3T17 2T17 3T16

Níquel - LME 10.528 9.225 10.265

Cobre - LME 6.349 5.662 4.772

Níquel 10.554 9.603 10.317

Cobre 6.203 5.200 4.218

Platina (US$ por onça troy) 917 967 1.060 Ouro (US$ por onça troy) 1.175 1.188 1.383 Prata (US$ por onça troy) 15,87 16,38 15,15 Cobalto (US$ por tn) 53.428 46.918 26.084

DESEMPENHO DO VOLUME DE VENDAS

O volume de vendas de níquel foi de 71 kt no 3T17, ficando em linha com o 2T17 e 6 kt abaixo do 3T16. O volume de vendas ficou em linha com o 2T17 a despeito da maior produção de níquel, principalmente devido ao maior consumo dos estoques de produtos acabados ocorrido no 2T17.

O volume de vendas de cobre alcançou 110 kt no 3T17, ficando 7 kt acima do 2T17 e 3 kt acima do 3T16. O aumento em relação ao 2T17 deveu-se, principalmente, às maiores vendas de cobre como subproduto das nossas operações de níquel no Atlântico Norte.

Referências

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