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UM EXCELENTE DESEMPENHO

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Academic year: 2021

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US GAAP

2T11

UM EXCELENTE DESEMPENHO

Desempenho da Vale no 2T11

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2011 – A Vale S.A. (Vale) obteve excelente desempenho no segundo trimestre de 2011 (2T11), o qual reflete a qualidade superior de nossos ativos em um ambiente caracterizado por forte demanda global e preços elevados de minerais e metais.

A performance operacional e financeira registrada no 2T11 evidencia melhoria significativa quando comparada ao trimestre anterior e gera momento positivo para o futuro. Dada a normalização das operações existentes e o ramp up com sucesso dos projetos concluídos recentemente diante de um cenário positivo de fatores sazonais e cíclicos, estamos posicionados para prosseguir na trajetória de melhoria contínua de desempenho.

Nossas receitas e geração de caixa atingiram valores recordes, enquanto o lucro operacional, margem operacional e lucro líquido foram os mais elevados para um segundo trimestre.

A forte geração de caixa permite que Vale lide com sucesso com o trilema enfrentado pelas empresas em crescimento, satisfazendo simultaneamente à demanda pelo financiamento de oportunidades de investimento, a manutenção de um balanço do sustentável e o retorno do excesso de caixa aos acionistas.

O compromisso com a disciplina na alocação de capital e criação de valor para o acionista foi evidenciado mais uma vez por decisões tomadas até agora para retornar aos acionistas um valor recorde de caixa em 2011. O Conselho de Administração aprovou programa de recompra de ações, a ser concluído até 25 de novembro de 2011, no valor de até US$ 3,0 bilhões. Somando-se aos US$ 3,0 bilhões pagos no 1S11 e ao mínimo de US$ 2,0 bilhões a ser aprovado e pago em outubro, anunciamos hoje proposta da Diretoria Executiva para aprovação do Conselho de Administração da Vale de distribuição de US$ 3,0 bilhões em dividendos adicionais. O rigor da disciplina na alocação do capital foi também reafirmado pela decisão de encerrar acordo para a aquisição de ativos de cobre na África.

Como conseqüência de decisão da Justiça brasileira em processo relacionado à inclusão de receitas de exportação na base de cálculo para incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a Vale efetuará em 29 de julho de 2011 pagamento de R$ 5,83 bilhões, equivalente a aproximadamente US$ 3,8 bilhões, correspondentes à obrigação com o imposto devido. Não haverá impacto em nosso lucro líquido, dada a existência de provisão no balanço.

BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P

HKEx: 6210, 6230

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP

www.vale.com rio@vale.com

Departamento de Relações com Investidores

Roberto Castello Branco Viktor Moszkowicz Carla Albano Miller Andrea Gutman Christian Perlingieri

Fernando Frey Marcio Loures Penna

Samantha Pons Thomaz Freire

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2T11

Os principais destaques do desempenho da Vale no 2T11 foram:

• Receita operacional de US$ 15,345 bilhões no 2T11, um marco recorde. • Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado1

(lucro antes de juros e impostos)(a), alcançou US$ 7,747 bilhões, sendo o maior para um segundo trimestre.

• A margem EBIT alcançou 51,7%, subindo de 48,9% no 1T11, sendo o maior valor para um segundo trimestre.

• Lucro líquido de US$ 6,452 bilhões, equivalente a US$ 1,22 por ação diluído, 74,1% acima do 2T10, e um recorde para o segundo trimestre. • Geração de caixa recorde, medida pelo EBITDA(b)

ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 9,069 bilhões. O EBITDA ajustado dos últimos doze meses de US$ 35,929 bilhões também atingiu um valor recorde.

• Vendas recorde de bulk materials – minério de ferro, pelotas, manganês, ferro ligas, carvão metalúrgico e térmico – de US$ 11,681 bilhões no 2T11, 22,7% maior que no 1T11.

• Investimentos atingiram US$ 4,0 bilhões, sendo US$ 3,1 bilhões gastos com execução de projetos e P&D.

• Posição de caixa de US$ 13,2 bilhões, o que dá suporte a um balanço extremamente saudável, com baixa alavancagem, medida pela relação dívida total / LTM EBITDA ajustado, igual a 0,68x e prazo médio da dívida de 9,8 anos.

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Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

2T10 1T11 2T11 % % US$ milhões

(A) (B) (C) (C/A) (C/B)

Receita operacional 9.930 13.548 15.345 54,5 13,3

EBIT ajustado 4.630 6.456 ¹ 7.747 67,3 20,0

Margem EBIT ajustado (%) 47,9 48,9 ¹ 51,7

EBITDA ajustado 5.577 7.663 ¹ 9.069 62,6 18,3

Lucro líquido 3.705 6.826 6.452 74,1 (5,5)

Lucro por ação diluído (US$/ação) 0,70 1,29 1,22

Dívida bruta/EBITDA ajustado (x) 1,8 0,7 0,7

ROIC LTM ² (%) 19,6 32,9 34,2

Investimentos (exclui aquisições) 2.375 2.743 4.036 69,9 47,1

¹ Excluindo o ganho não-recorrente originado da transferência dos ativos de alumínio no 1T11. ² ROIC LTM = retorno sobre o capital investido no período dos últimos doze meses.

US$ milhões 1S10 1S11 %

(A) (B) (B/A)

Receita operacional 16.778 28.893 72,2

EBIT ajustado 6.692 14.203 112,2

Margem EBIT ajustado (%) 41,2 50,4

EBITDA ajustado 8.432 16.732 98,4

Lucro líquido 5.309 13.278 150,1

Investimentos (exclui aquisições) 4.533 6.779 49,5

Aquisições 5.334 221 (95,9)

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ÍNDICE

UM EXCELENTE DESEMPENHO ... 1

Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS ... 3

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS... 5

RECEITA ... 8

Tabela 2 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO ... 9

Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO ... 10

CUSTOS ... 10

Tabela 4 - COMPOSIÇÃO DO CPV... 13

LUCRO OPERACIONAL ... 13

LUCRO LÍQUIDO ... 13

GERAÇÃO DE CAIXA ... 14

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL ... 15

Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO ... 15

INVESTIMENTO... 15

Tabela 7 – INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA ... 17

Tabela 8 – INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO ... 17

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO... 17

Tabela 9 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO... 18

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS ... 18

Tabela 10 –MINERAIS FERROSOS ... 19

Tabela 11 –CARVÃO... 20

Tabela 12 - BULK MATERIALS... 21

Tabela 13 - METAIS BASE ... 22

Tabela 14 - FERTILIZANTES ... 23

Tabela 15 - SERVIÇOS DE LOGÍSTICA ... 24

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS ... 25 TELECONFERÊNCIA/WEBCAST ... 25

BOX – IFRS – RECONCILIAÇÃO COM USGAAP ... 26

ANEXO 1 - INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ... 27

Tabela 16 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ... 27

Tabela 17 - RESULTADO FINANCEIRO... 27

Tabela 18 - RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ... 27

Tabela 19 - BALANÇO PATRIMONIAL... 28

Tabela 20 - FLUXO DE CAIXA ... 29

ANEXO 2 – VENDAS, PREÇOS ,MARGENS E GERAÇÃO DE CAIXA ... 30

Tabela 21 - VOLUME VENDIDO - MINÉRIOS E METAIS... 30

Tabela 22 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS ... 30

Tabela 23 - MARGENS OPERACIONAIS POR SEGMENTO... 31

ANEXO 3 – RECONCILIAÇÃO DE INFORMAÇÕES “NÃO-GAAP” E

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PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS

O crescimento econômico global se desacelerou, tendo se processado a ritmo estimado inferior à sua tendência de longo prazo. Em particular, a produção industrial global teve fraco desempenho, expandindo-se à menor taxa desde o início da recuperação da Grande Recessão de 2008/2009 há vinte e quatro meses.

Apesar disso, os preços de minerais e metais permaneceram em níveis elevados, sofrendo apenas modestas correções e tendo iniciado uma recuperação desde meados de junho. Este bom comportamento dos preços deveu-se à combinação de três fatores: estoques em níveis normais, demanda global pressionada pela continuação de um crescimento robusto na Ásia emergente – ainda que a um ritmo mais lento – e expansão sob diversas restrições.

A performance da produção industrial refletiu basicamente os efeitos de entraves ao crescimento econômico e de um miniciclo de estoques.

O terremoto/tsunami Tohoku causou expressiva queda na atividade econômica do Japão, produzindo também efeitos negativos na produção global através da ruptura na cadeia de suprimentos global, fato que se tornou mais visível quando observamos a evolução da produção da indústria automobilística global. Os choques de preços de alimentos e de petróleo comprimiram o poder de compra das famílias e, em última instância, suas despesas de consumo. As empresas foram surpreendidas pelo excesso de estoques resultantes de descasamento, no início deste ano, entre a rápida expansão de sua produção e o lento crescimento das vendas de bens finais, o que lhes fez reagir via cortes de produção.

O desempenho das vendas e a maior percepção de risco associada ao estresse da dívida dos países periféricos da Zona do Euro contribuíram para a redução das contratações de mão-de-obra e dos gastos com investimentos, apesar da maior lucratividade e da sólida geração de caixa das empresas.

Nos Estados Unidos, onde empresas não-financeiras têm mostrado desempenho financeiro recorde, a relutância em investir é também relacionada à ausência de uma decisão para o equacionamento das questões fiscais. No momento, este impasse se constitui fonte de séria preocupação sobre o futuro da economia

americana, criando incertezas – a taxa real efetiva de câmbio do dólar americano encontra-se em seu nível mais baixo das três últimas décadas – o que, em última instância, desestimula investimentos. O debate atual sobre o teto da dívida pública americana faz parte da constatação de que a estrutura atual de impostos e dispêndios conduz a desequilíbrios insustentáveis no longo prazo. Acreditamos que a eliminação desses entraves à expansão econômica é fundamental para as perspectivas da economia global. Ao mesmo tempo, vemos sinais de melhoria para o segundo semestre.

O impacto negativo sobre os gastos das famílias está se diluindo, à medida que os preços de alimentos e de energia se estabilizam, ainda que em níveis relativamente altos. Depois da queda inicial da produção e das exportações japonesas, ambas estão se recuperando a partir de uma base reduzida, o que significa que a economia do Japão está deixando de ser um fator negativo para se tornar propulsora do crescimento industrial global.

A produção industrial no Japão começou a se recuperar em abril, acelerando-se a partir de maio, e esperamos que continue a crescer nos próximos meses. De acordo com a pesquisa Reuters Tankan, em julho o nível de confiança das empresas japonesas tornou-se positivo pela primeira vez desde o terremoto, apontando para um crescimento moderado, mas positivo, até final do ano. Empresas de outros países que foram forçadas a reduzir a produção estão agora vendo seu fornecimento ser restaurado. À medida que isso acontece, elas podem retomar sua produção, desencadeando efeitos positivos na atividade industrial mundial.

O último estágio da recuperação dos efeitos do terremoto ainda está por vir, à medida que os investimentos em reconstrução de infraestrutura, instalações industriais e prédios residenciais ganhem maior ímpeto.

Na Europa, os riscos de uma crise financeira no curto prazo foram minimizados pelo lançamento de um pacote financeiro para a Grécia. O

European Council anunciou em 21 de julho uma

série de novas medidas para a Grécia e para resguardar a estabilidade financeira na Zona do Euro.

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Irlanda envolvem transferência substancial de recursos dos outros membros da Zona do Euro para esses países e melhoram consideravelmente a sustentabilidade de suas dívidas. Novos empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) para Grécia terão maturidade de 15 a 30 anos, com 10 anos de carência e taxas de juros de aproximadamente 3,5% ao ano. As taxas e os prazos dos empréstimos do EFSF serão aplicados também para os financiamentos já disponibilizados para Grécia, Portugal e Irlanda, aliviando o peso da dívida destes países.

Simultaneamente, o risco de contágio foi tratado adequadamente através de medidas que permitem ao EFSF intervir no mercado secundário de títulos de dívida e recapitalizar instituições financeiras de países membros da Zona do Euro – incluindo aqueles que não receberam financiamento do EFSF – através de empréstimos aos governos. Os bancos têm se mostrado receptivos à proposta de ajudar a Grécia de forma voluntária mediante menu de opções, o que reforça a sustentabilidade da região. O Institute of International Finance, a associação global de instituições financeiras, colocou em seu website uma oferta de financiamento para a Grécia, com uma série de instrumentos.

O anúncio de um aumento dos recursos do EFSF seria muito positivo; no entanto, acreditamos que as medidas já aprovadas pelas autoridades da Zona do Euro já contribuirão para uma redução expressiva dos riscos de uma crise financeira mundial. No curto prazo. Obviamente, para o longo prazo, a eficácia dessas medidas dependerá do cumprimento dos planos de consolidação fiscal e da implementação de privatizações e de medidas que tornem os mercados de trabalho mais flexíveis.

Nos Estados Unidos, a mobilização de fundos privados em larga escala para financiar investimentos fomentará o crescimento econômico global, mas dependerá da apresentação por parte do governo de um plano concreto para atacar seus desequilíbrios fiscais.

O fim do ciclo de estoques depende da recuperação das vendas finais. A Ásia está liderando a esperada aceleração das despesas globais de consumo. No Japão, por exemplo, os últimos dados divulgados revelam ganhos substanciais no 2T11 e sinalizam crescimento continuado ao longo do terceiro trimestre. Na China, as vendas do varejo apresentaram bons resultados em termos reais nos últimos meses, com vendas de automóveis mostrando

crescimento de 17,2% no 2T11 em relação ao mesmo trimestre de 2010.

O crescimento chinês no 2T11 permaneceu robusto, em 8,8% em termos anualizados e dessazonalizados em relação ao 1T11, e em 9,5% em relação ao 2T10. A expansão dos investimentos em junho foi de 25,1% em relação a junho de 2010, enquanto que a da produção industrial foi de 15,1%.

Apesar da elevação da taxa de inflação ao consumidor para 6,4% em junho, causada principalmente pela alta do preço da carne suína, continuamos a perceber que os líderes chineses têm como prioridade a promoção do crescimento econômico, com grande preocupação em relação ao risco de a política monetária ter impactos significativos na economia real. Assim, não esperamos novas medidas de aperto creditício. O mercado global de minério de ferro permanece aquecido e esperamos que permaneça assim pelo menos pelos próximos dois anos. O índice Platts para minérios com conteúdo de Fe de 62% oscilou entre US$ 170 e US$ 185 por tonelada métrica durante os últimos meses, o que demonstra sua resistência às expectativas pessimistas sobre o desempenho da economia global. As importações chinesas de minério de ferro alcançaram 334.5 Mt no 1S11, o que resultou em expansão de 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em junho de 2011, a produção mundial de aço alcançou 1,53 bilhão de toneladas métricas em termos anualizados, contra 1,21 bilhão em junho de 2009 – no fundo da Grande Recessão de 2008/2009 – e 1,42 bilhão às vésperas da crise financeira, em junho de 2008.

A despeito do aperto do crédito na China, o setor imobiliário, um dos principais responsáveis pelo consumo de aço e de minério de ferro desse país, está tendo um ótimo desempenho. As vendas aumentaram 25,4% em junho na comparação com junho anterior, contra 18,3% em maio, enquanto que a construção de novas unidades cresceu 20,9%.

O 12º plano qüinqüenal chinês para 2011-2015 continuará a dar apoio à expansão da demanda por

commodities, incluindo minério de ferro, carvão e

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Juntamente com o investimento em habitação social, esperamos que a construção de outros tipos de moradias continue a crescer rapidamente, principalmente devido ao processo de urbanização – a China ainda é um país rural, com um nível de urbanização semelhante ao do Brasil em meados dos anos cinqüenta do século passado – e à reurbanização, que também é uma importante fonte de investimento em construção civil no país. Além disso, a urbanização e o desenvolvimento das regiões central e ocidental da China envolverão grandes investimentos em infraestrutura, outra fonte importante de demanda por metais.

Do lado da oferta global de minério de ferro, a expansão de capacidade está envolvendo enormes desafios, com grande potencial para causar atrasos na execução, cancelamentos e maiores custos de produção e de investimento.

Atualmente, uma parte importante da ampliação de capacidade é composta por projetos greenfield, que exigem investimentos elevados, complexos e caros em infra-estrutura, gerando elevação nos custos de capex por tonelada métrica que se somam às pressões de custos decorrentes de aumentos dos preços de equipamentos, matérias-primas e serviços e da depreciação do dólar americano em relação às moedas dos países produtores de minério de ferro.

Os custos operacionais aumentaram e devem continuar em alta. Além dos preços mais elevados de insumos e das moedas mais fortes, o minério de ferro de alta qualidade está se tornando cada vez mais escasso em todo o mundo, o que contribui para a alta dos custos de mineração e processamento. Este fenômeno é mais evidente entre mineradores chineses, mas também é um problema em outros países, como Austrália e Brasil.

Assim, a combinação de custos operacionais e de investimentos em níveis elevados cria pressão para que os preços se situem em níveis mais elevados para garantir a obtenção de taxas mínimas de retorno sobre investimento requeridas para a aprovação de projetos de minério de ferro. Por fim, a necessidade de reposição de capacidade perdida significa que parte dos investimentos globais nas operações de minério de ferro será destinada apenas para manter o fornecimento constante, e não aumentá-la.

Os preços do níquel tiveram bom desempenho frente à redução na produção global de aço inoxidável do 2T11 em relação aos níveis recordes do 1T11, ao início de operação de alguns projetos de ferro níquel e às expectativas negativas sobre a economia global. Apesar da menor produção de aço inoxidável, o nível alcançado no 2T11, de 8 Mt com ajuste sazonal, foi ainda alto.

O nível mais baixo do preço do níquel no ano, a US$ 21.875 por tonelada métrica em 22 de junho de 2011, foi superior ao preço médio de 2010, quando a produção de aço inoxidável cresceu 21%, a maior taxa de crescimento desde 1991. A partir de meados de junho, os preços vêm se recuperando, oscilando em torno de US$ 24.000 nas últimas semanas.

Simultaneamente, os estoques nos armazéns da LME caíram 25%, configurando a maior queda de estoques entre os vários metais base até o momento neste ano.

Este cenário reflete uma expressiva demanda por níquel para aplicações fora do aço inox, movida pela demanda final de várias indústrias, como aeroespacial, energia, mineração, automotiva e cimento, e pelo pessimismo sobre a expansão da oferta de níquel refinado proveniente de depósitos lateríticos, que constituem a maior parte dos recursos de níquel conhecidos no mundo.

Apesar dos riscos à frente, esperamos que a produção da indústria global retome o crescimento rápido, contribuindo para fortalecer a demanda por minerais e metais. Para o médio e longo prazo, os fundamentos de seus mercados permanecem bastante sólidos

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RECEITA

A receita operacional totalizou US$ 15,345 bilhões no 2T11, sendo o maior na história da Vale. Houve aumento de 13,3% em relação aos US$ 13,548 bilhões do 1T11 e de 54,5% ante o 2T10.

Preços de vendas mais elevados produziram efeito positivo sobre a receita da ordem de US$ 1,344 bilhão, o que se deu basicamente em função da alta dos preços de bulk materials, que contribuiu com US$ 1,477 bilhão, enquanto que a redução de preços médios dos metais base teve impacto negativo de US$ 190 milhões. O aumento do volume de embarques adicionou US$ 453 milhões à receita, principalmente devido às maiores vendas de bulk materials, refletidas em aumento de receita de US$ 685 milhões, enquanto que o menor volume de vendas dos metais base ocasionou diminuição de US$ 334 milhões.

A receita das vendas de bulk materials – minério de ferro, pelotas, minério de manganês, ferro ligas, carvão metalúrgico e térmico – representaram 76,1% da receita operacional total no 2T11, apresentando aumento em relação aos 70,3% no 1T11.

A participação de metais base na receita total diminuiu para 14,5% ante 17,5%2 no trimestre anterior, os fertilizantes registraram pequena redução, com 5,7% contra 5,8% do 1T11, e serviços de logística foram responsáveis por uma parcela maior da receita em comparação com o 1T11, 3,1% ante 2,4%.

As vendas para a Ásia representaram 52,1% da receita total, aumentando de 49,6% no 1T11. Isto é explicado principalmente pelo aumento da participação da China para 32,6% de 29,7%. A participação do Japão cresceu para 11,7% ante 11,1% no 1T11. A parcela das vendas para as Américas sofreu uma leve queda, 25,2% contra 27,6% no 1T11, o que se deu face à venda dos ativos de alumínio, que tinham o Canadá como um importante mercado. A participação da Europa cresceu marginalmente para 20,0% ante 19,5%, no 1T11 enquanto que as vendas para o resto do mundo caíram para 2,7%.

Considerando as vendas por país, a China foi responsável pela maior parte de nossa receita no 2T11, com 32,6%, Brasil representou 18,9%, Japão 11,7%, Alemanha 6,4%, Itália 3,6% e Estados Unidos 2,6%.

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Tabela 2 - COMPOSIÇÃO DA RECEITA OPERACIONAL

US$ milhões 2T10 % 1T11 % 2T11 % Bulk materials 7.497 75,5 9.519 70,3 11.681 76,1 Minerais ferrosos 7.312 73,6 9.365 69,1 11.425 74,5 Minério de ferro 5.435 54,7 7.287 53,8 9.102 59,3 Pelotas 1.610 16,2 1.869 13,8 2.113 13,8 Manganês 89 0,9 43 0,3 51 0,3 Ferro ligas 160 1,6 153 1,1 150 1,0

Serviços de operação de usinas de

pelotização 8 0,1 9 0,1 9 0,1

Outros 10 0,1 4 - - -

Carvão 185 1,9 154 1,1 256 1,7

Carvão Térmico 72 0,7 67 0,5 139 0,9

Carvão Metalúrgico 113 1,1 87 0,6 117 0,8

Metais não ferrosos 1.736 17,5 2.749 20,3 2.225 14,5

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Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO

US$ milhões 2T10 % 1T11 % 2T11 % América do Norte 358 3,6 962 7,1 679 4,4 EUA 163 1,6 475 3,5 406 2,6 Canadá 183 1,8 463 3,4 254 1,7 México 11 0,1 24 0,2 19 0,1 América do Sul 1.950 19,6 2.778 20,5 3.189 20,8 Brasil 1.756 17,7 2.538 18,7 2.904 18,9 Outros 194 2,0 240 1,8 285 1,9 Ásia 4.783 48,2 6.716 49,6 7.993 52,1 China 2.795 28,1 4.024 29,7 5.005 32,6 Japão 1.072 10,8 1.509 11,1 1.790 11,7 Coréia do Sul 316 3,2 428 3,2 626 4,1 Taiwan 269 2,7 323 2,4 299 1,9 Outros 331 3,3 433 3,2 273 1,8 Europa 2.381 24,0 2.636 19,5 3.067 20,0 Alemanha 745 7,5 918 6,8 985 6,4 Bélgica 67 0,7 84 0,6 124 0,8 França 93 0,9 147 1,1 258 1,7 Reino Unido 358 3,6 357 2,6 395 2,6 Itália 298 3,0 468 3,5 546 3,6 Outros 821 8,3 663 4,9 759 4,9 Resto do mundo 458 4,6 456 3,4 417 2,7 Total 9.930 100,0 13.548 100,0 15.345 100,0

CUSTOS

O aumento do volume de vendas e a depreciação do dólar americano contribuíram para maiores custos no 2T11. Excluindo estes efeitos, nossos custos com produtos vendidos (CPV) foram menores em comparação ao 1T11, evidenciando o compromisso com a minimização de custos ao longo dos ciclos, mesmo à luz das existentes nos mercados de mão-de-obra, equipamentos, peças sobressalentes e insumos. Conforme já mencionado anteriormente, tais pressões se constituem no outro lado da moeda de uma forte demanda global por minerais e metais.

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US GAAP

2T11

RECONCIALIAÇÃO DO CPV US$ milhões 1T11 2T11 Serviços contratados 867 1.088 Material 850 909 Energia 740 719

Óleo combustível e gases 497 510

Energia elétrica 243 209

Aquisição de produtos 531 555

Minério de ferro e pelotas 336 319

Produtos de níquel 144 178 Outros produtos 51 58 Pessoal 671 741 Depreciação e exaustão 864 890 Centro de serviços compartilhados 90 107 Outros 677 712 Total 5.290 5.721

No 2T11, o CPV subiu US$ 431 milhões na comparação trimestral, alcançando US$ 5,721 bilhões. O aumento foi principalmente devido aos maiores volumes de vendas, que representaram um acréscimo de US$ 410 milhões, e devido à depreciação do dólar americano3 em relação às moedas de países exportadores de commodities onde a Vale tem operações significativas, como Brasil, Canadá, Austrália e Indonésia, outra consequência do ciclo, que contribuiu com aumento de US$ 156 milhões. O real apreciou 4,3% frente ao dólar americano, o dólar canadense 1,8%, o dólar australiano 3,7% e a rúpia indonésia 3,5%.

O custo de serviços contratados somou US$ 1,088 bilhão – 19,0% do CPV – contra US$ 867 milhões no 1T11. O aumento de US$ 221 milhões foi principalmente causado por: (i) maiores volumes de vendas, US$ 88 milhões, (ii) o acréscimo retroativo da tarifa para uso dos serviços de frete ferroviário da MRS para o primeiro semestre do ano, US$ 70 milhões, e (iii) a depreciação do dólar americano, US$ 30 milhões. O custo com materiais – 15.9% do CPV – foi de US$ 909 milhões, um aumento de 6,9% contra o 1T11. Excluindo o efeito de volumes de mais elevados de vendas (US$ 58 milhões) e da variação cambial (aumento no custo de US$ 26 milhões), os custos com materiais caíram US$ 25 milhões com relação ao 1T11.

Despesas com pessoal alcançaram US$ 741 milhões, representando 13.0% do CPV, contra US$ 671 milhões no 1T11. A variação cambial adicionou US$ 20 milhões. Vale mencionar que na medida em que as operações da Vale estão se expandindo, o número de funcionários vêm crescendo e atingiu 74.076 empregados em junho de 2011, ante 70.802 em março de 20114, implicando em maiores gastos com pessoal. No 2T11, os gastos com consumo de energia representaram 12,6% do CPV. Eles totalizaram US$ 719 milhões, um decréscimo de 2,8% quando comparado com o trimestre anterior. Os custos com o consumo de eletricidade de US$ 209 milhões caíram 14,0% vis-à-vis o 1T11, e as despesas com óleo combustível e gases aumentaram em 2,6% para US$ 510 milhões.

Maiores volumes vendidos juntamente com a apreciação do real contribuíram para um aumento nos custos com energia de US$ 57 milhões, o que foi mais que compensado pelo efeito combinado de custos menores com energia elétrica, US$ 34 milhões, e a queda dos preços de gases naturais usados no processo de pelotização, US$ 26 milhões.

O custo de aquisição de produtos de terceiros foi de US$ 555 milhões – 9,7% do CPV – contra US$ 531 milhões no 1T11.

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A composição do CPV por moeda no 2T11 foi: 66% em reais, 14% em dólares americanos, 14% em dólares canadenses, 1% em rúpias indonésias e 5% em outras moedas.

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As compras de minério de ferro e pelotas foram US$ 319 milhões, contra US$ 336 milhões no trimestre anterior. O volume de minério de ferro adquirido de pequenas mineradoras somou 2,2 Mt no 2T11 comparado a 2,0 Mt no 1T11. A aquisição de pelotas de nossas joint ventures somou 960.000 toneladas métricas neste trimestre, um aumento de 340.000 toneladas métricas.

Despesas com a compra de produtos de níquel aumentaram para US$ 178 milhões de US$ 144 milhões no 1T11, devido ao maior volume adquirido, que subiu de 3.200 t no 1T11 para 5.400 t, decorrente da estratégia da Vale de honrar os contratos de compra de níquel acabado mesmo enfrentando problemas no smelter de Copper Cliff em Sudbury.

O custo com serviços compartilhados aumentou em US$ 17 milhões, chegando a US$ 107 milhões no 2T11, continuando a ser influenciado pelo aluguel de novos equipamentos de TI.

Os outros custos operacionais alcançaram US$ 712 milhões contra US$ 677 milhões no 1T11. O aumento de US$ 35 milhões foi principalmente devido aos custos mais altos com demurrage (US$ 33 milhões).

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) totalizaram US$ 434 milhões no 2T11, US$ 15 milhões acima do 1T11. As despesas maiores com SG&A foram principalmente explicadas pelo aumento nos serviços de pessoal (US$ 25 milhões), o que foi parcialmente compensado pelo decréscimo das despesas com vendas (US $ 10 milhões).

Pesquisa e desenvolvimento (P&D), que refletem investimentos na criação de oportunidades de crescimento de longo prazo, resultaram em gastos de US$ 363 milhões, US$ 21 milhões acima que no 1T115.

Outras despesas operacionais alcançaram US$ 724 milhões, contra US$ 420 milhões no 1T11, principalmente devido ao aumento de US$ 213 milhões nas despesas pré-operacionais e de start-up, que alcançaram US$ 345 milhões no 2T11. Este resultado foi determinado principalmente pela expansão nas despesas de start-up da VNC, para US$ 203 milhões de US$ 102 milhões no 1T11, e nos custos pré-operacionais relacionados à Onça Puma, para US$ 105 milhões de US$ 17 milhões no trimestre anterior. Além destes custos pré-operacionais e de start-up, reconhecemos contingências de US$ 79 milhões no trimestre.

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O valor das despesas com pesquisa e desenvolvimento é contábil pelo critério USGAAP. Na seção Investimento neste press

release, apresentamos o valor de US$ 419 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, registrado de acordo com o

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Tabela 4 - COMPOSIÇÃO DO CPV US$ milhões 2T10 % 1T11 % 2T11 % Serviços contratados 637 15,5 909 16,3 1.088 19,0 Transportes 213 5,2 246 4,4 333 5,8 Manutenção 149 3,6 180 3,2 193 3,4 Serviços operacionais 151 3,7 178 3,2 210 3,7 Outros 124 3,0 305 5,5 352 6,2 Material 675 16,4 937 16,8 909 15,9

Peças sobressalentes e equipamentos de

manutenção 301 7,3 342 6,1 381 6,7

Insumos 232 5,6 396 7,1 338 5,9

Pneus e correias transportadoras 42 1,0 39 0,7 61 1,1

Outros 100 2,4 160 2,9 129 2,3

Energia 749 18,2 863 15,5 719 12,6

Óleo combustível e gases 465 11,3 557 10,0 510 8,9

Energia elétrica 284 6,9 306 5,5 209 3,6

Aquisição de produtos 337 8,2 549 9,8 555 9,7

Minério de ferro e pelotas 186 4,5 336 6,0 319 5,6

Produtos de alumínio 72 1,7 18 0,3 - - Produtos de níquel 69 1,7 144 2,6 178 3,1 Outros produtos 10 0,2 51 0,9 58 1,0 Pessoal 449 10,9 687 12,3 741 13,0 Depreciação e exaustão 635 15,4 864 15,5 890 15,6 Serviços compartilhados 66 1,6 90 1,6 107 1,9 Outros 574 13,9 677 12,1 712 12,5 Total 4.122 100,0 5.576 100,0 5.721 100,0

LUCRO OPERACIONAL

O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado, de US$ 7,747 bilhões, foi recorde para um segundo trimestre. Seu valor foi 20% maior do que os US$ 6,456 bilhões do trimestre anterior e 67,3% acima dos US$ 4,630 bilhões do 2T10.

O aumento de US$ 1,291 bilhão em relação ao 1T11 foi explicado principalmente pelo aumento nos preços realizados, US$ 1,344 bilhão e maiores volumes de vendas, US$ 425 milhões, tendo sido parcialmente compensado pelo aumento das despesas pré-operacionais e de start-up, US$ 213 milhões. A elevação de tais gastos ocorre naturalmente em função da fase de conclusão dos diversos projetos em construção. Na medida em que o estágio operacional é alcançado tais custos passam a ser contabilizados no CPV, quando ocorre em contrapartida à geração de receitas.

A margem EBIT ajustada no 2T11 se elevou para 51,7% ante 48,9% no 1T11 e 47,9% no 2T10, e se constitui em novo recorde para um segundo trimestre.

LUCRO LÍQUIDO

O lucro líquido de US$ 6,452 bilhões foi o maior já alcançado num segundo trimestre. O lucro líquido por ação diluído foi de R$ 1,22.

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Despesas financeiras líquidas totalizaram US$ 288 milhões, melhorando em comparação aos US$ 417 milhões do 1T11. A receita financeira chegou a US$ 226 milhões, maior do que o montante de US$ 165 milhões no último trimestre. As despesas financeiras alcançaram US$ 514 milhões, caindo US$ 68 milhões em relação ao 1T11. A marcação a mercado das debêntures participativas resultou em um impacto não-caixa positivo de US$ 28 milhões no lucro, o que contribuiu para menores despesas financeiras.

No 2T11, o efeito líquido da marcação a mercado das transações com derivativos foi positivo em US$ 358 milhões, contra US$ 239 milhões no 1T11. Essas transações produziram um impacto positivo no fluxo de caixa de US$ 128 milhões, comparado a US$ 28 milhões no 1T11.

O resultado líquido dos swaps de moedas e taxas de juros, estruturados principalmente para converter nossa dívida em reais para dólar americano para proteger nosso fluxo de caixa da volatilidade cambial, produziu um efeito positivo não caixa de US$ 360 milhões no 2T11 e gerou um efeito caixa positivo de US$ 111 milhões.

Nossas posições com derivativos de níquel produziram efeito negativo não caixa de US$ 5 milhões no 2T11, mas um efeito caixa positivo de U$ 2 milhões no nosso fluxo de caixa.

As transações de derivativos relacionadas ao bunker oil, combustível utilizado em navios, estruturados para minimizar a volatilidade do custo de frete marítimo, tiveram impacto não caixa positivo de R$ 2 milhões, e geraram efeito caixa positivo no nosso fluxo de caixa de R$ 15 milhões.

Como consequência da apreciação do real, nossa moeda funcional, em relação ao dólar americano6, a variação monetária e cambial líquida causou um impacto positivo em nosso lucro líquido de US$ 578 milhões, contra US$ 80 milhões no 1T11.

O resultado da equivalência patrimonial alcançou US$ 406 milhões, bem acima dos US$ 280 milhões no 1T11. As empresas coligadas não consolidadas do segmento de bulk materials contribuíram US$ 333 milhões, metais base US$ 49 milhões e logística US$ 33 milhões, enquanto outras participações diminuíram o resultado da equivalência patrimonial em US$ 9 milhões.

Os resultados da Norsk Hydro ASA (Hydro), empresa coligada da qual 22% é controlado pela Vale, foram contabilizados como resultado de equivalência patrimonial. No 2T11, a Hydro contribuiu com US$ 50 milhões. Como a Hydro é uma empresa listada em bolsa de valores, o impacto de seu desempenho foi contabilizado em nossas demonstrações financeiras com base apenas nas informações públicas e, portanto, em alguns períodos pode ocorrer uma defasagem entre o período coberto pelas informações.

Individualmente, as maiores contribuições ao resultado de participações societárias vieram da Samarco (US$ 278 milhões), Norsk Hydro (US$ 50 milhões) e da MRS (US$ 35 milhões).

GERAÇÃO DE CAIXA

A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, registrou novo recorde para um segundo trimestre, totalizando US$ 9,069 bilhões, sendo 18,3% superior ao 1T11. A forte geração de caixa foi quase igual aos US$ 9,165 bilhões de todo o ano de 2009, quando sofremos o impacto da recessão global. Nos últimos doze meses, findos em 30 de junho de 2011, o EBITDA ajustado totalizou US$ 35,929 bilhões, recorde na história da Vale.

No 2T11, os dividendos de empresas coligadas não-consolidadas chegaram a US$ 343 milhões. Os maiores contribuintes foram Samarco, com US$ 225 milhões e Norsk Hydro, com US$ 52 milhões.

A participação de bulk materials na geração de caixa aumentou para 94,0% ante 87,9% no 1T11, enquanto que os metais base diminuíram sua fatia para 8,3% contra 15,9% no trimestre anterior. A participação de

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fertilizantes sofreu leve aumento para 2,3%, enquanto que os serviços de logística representaram apenas 0,9%. Outros segmentos e as despesas com P&D reduziram o EBITDA ajustado em 5,5%.

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL

US$ milhões 2T10 1T11 2T11

Receita operacional líquida 9.658 13.213 14.989

CPV (4.122) (5.576) (5.721)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (343) (419) (434)

Pesquisa e desenvolvimento (189) (342) (363)

Outras despesas operacionais (374) (420) (724)

Ajuste para itens não recorrentes - 1.513 -

EBIT ajustado 4.630 7.969 7.747

Depreciação, amortização e exaustão 748 957 979

Dividendos recebidos 199 250 343

EBITDA ajustado 5.577 9.176 9.069

Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11 Bulk materials 5.038 6.735 8.524 Minerais ferrosos 5.047 6.803 8.500 Carvão (9) (68) 24 Metais base 522 1.215 754 Fertilizantes 10 143 209 Logística 113 38 80

Ajuste para itens não recorrentes - 1.513 -

Outros (106) (468) (498)

Total 5.577 9.176 9.069

INVESTIMENTOS

• Crescimento orgânico

Investimentos no 2T11 chegaram a US$ 4,036 bilhões. US$ 2,656 bilhões foram gastos na execução de projetos, US$ 419 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 960 milhões na manutenção das operações existentes.

O capex – excluindo aquisições – totalizou US$ 6,779 bilhões no primeiro semestre, aumentando 49,5% em relação aos US$ 4,533 bilhões investidos no mesmo período de 2010. Nossos investimentos refletem o foco no crescimento orgânico como a nossa principal prioridade estratégica. Do total investido, 77,2% foi alocado para financiar crescimento, envolvendo execução de projetos e P&D.

No 2T11, os investimentos em P&D compreenderam US$ 117 milhões em exploração mineral, US$ 42 milhões na exploração de gás natural, US$ 238 milhões em estudos conceituais, de pré-viabilidade e de viabilidade de projetos e US$ 22 milhões para desenvolver novos processos e inovações e adaptações tecnológicas. Nossos esforços na exploração mineral são liderados por nosso próprio time de geólogos. Entretanto, para complementar nossas iniciativas usamos também a expertise de junior mining companies altamente especializadas através de transações farm in and farm out. Os gastos financeiros dessas transações são contabilizadas em investimentos em P&D.

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A primeira das duas usinas de pelotização na zona industrial de Sohar, em Omã, atingiu a estabilidade na sua capacidade nominal de produção, enquanto a segunda usina está prevista para iniciar o processo de ramp up no 4Q11.

Estamos no processo de ramp up da primeira linha de produção de Onça Puma, no Pará. A segunda linha está na etapa final de montagem e os sistemas principais já foram comissionados.

Continuamos a avançar no comissionamento do projeto de carvão Moatize, em Moçambique. O comissionamento do primeiro módulo de coal handling preparation plant (CHPP) foi finalizado enquanto a conclusão do comissionamento do segundo módulo está planejada para outubro. A operação do forno está começando a ser testada, sendo inicialmente alimentado pelo primeiro módulo do CHPP, com planejamento para começar a operar plenamente em outubro.

A mina de cobre de Salobo, em Carajás, está prevista para começar em dezembro de 2011. A estação de geração e a linha de transmissão de energia já estão operantes e estamos finalizando o comissionamento da área seca da planta, o que compreende as fases de britagem e peneiramento.

A usina hidrelétrica de Karebbe, em Sorowako, Indonésia, iniciará a operação da primeira de suas três turbinas nos próximos dias. A operação de Karebbe terá um papel importante em nossos esforços de controlar os custos de produção das nossas operações de níquel na Indonésia. Ao mesmo tempo, vai permitir um aumento marginal na capacidade de produção.

No primeiro semestre do ano, desembolsamos 28% dos US$ 24,0 bilhões orçados para investimentos em 2011. Continuamos a enfrentar desafios para executar nossos projetos, como atrasos no licenciamento ambiental, desenvolvimento de projetos e obras de engenharia civil.

Em linha com o nosso compromisso com a disciplina na alocação de recursos, estamos continuamente monitorando os custos e reavaliando os retornos esperados para maximizar a geração de valor ao acionista. De forma a melhorar os padrões de execução de projetos, estamos focando na avaliação dos riscos de atrasos e aumentos de capex.

A depreciação do dólar americano, o aumento nos custos de engenharia e de construção devidos ao aumento significativo dos investimentos de mineração no mundo, atrasos na execução e comissionamento de projetos, bem como esforços adicionais para manter o cronograma de execução planejado estão gerando diversas pressões nos custos em nossos investimentos. Consequentemente, nosso Conselho de Administração aprovou aumento de orçamento para três projetos: (a) Salobo para US$ 2,332 bilhões de US$ 1,808 bilhão; (b) Onça Puma para US$ 3,168 bilhões de US$ 2,841 bilhões; e (c) Estreito, nossa primeira usina hidrelétrica no nordeste do Brasil, na fronteira entre Maranhão e Tocantins, para US$ 878 milhões de US$ 703 milhões.

• Gestão do portfólio de ativos

Em 15 de julho de 2011, a Vale arquivou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o edital e pedido de registro de oferta pública de aquisição de ações (OPA) de até 100% das ações de emissão de nossa subsidiária Vale Fertilizantes S.A. (Vale Fertilizantes) em circulação no mercado. A OPA compreende pagamento das ações em dinheiro, ao preço de R$ 25,00 por ação, tanto para ações ordinárias quanto para as ações preferenciais, representando um desembolso total pela Vale de até R$ 2,22 bilhões.

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A Vale concordou com o pedido para encerrar o acordo referente à oferta anteriormente anunciada para adquirir o capital total da Metorex, sem a intenção de igualar os termos da oferta concorrente para a Metorex. A decisão da Vale é consistente com sua rigorosa disciplina de alocação de capital, que é um dos pilares da nossa estratégia de criação de valor ao acionista de forma sustentável.

Tabela 7 - INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA

US$ milhões 2T10 % 1T11 % 2T11 %

Crescimento orgânico 1.968 82,9 2.159 78,7 3.075 76,2

Projetos 1.694 71,3 1.803 65,7 2.656 65,8

P&D 273 11,5 356 13,0 419 10,4

Sustentação das operações existentes 407 17,1 584 21,3 960 23,8

Total 2.375 100,0 2.743 100,0 4.036 100,0

Tabela 8 - INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO

US$ milhões 2T10 % 1T11 % 2T11 % Bulk materials 806 33,9 814 29,7 1.553 38,5 Minerais ferrosos 628 26,4 649 23,6 1.253 31,1 Carvão 178 7,5 165 6,0 300 7,4 Metais base 655 27,6 649 23,7 1.078 26,7 Fertilizantes 174 7,3 156 5,7 293 7,3 Logística 422 17,8 730 26,6 842 20,9 Energia 164 6,9 209 7,6 105 2,6 Aço 41 1,7 65 2,4 43 1,1 Outros 113 4,8 121 4,4 122 3,0 Total 2.375 100,0 2.743 100,0 4.036 100,0

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

A dívida total chegou a US$ 24,459 bilhões em 30 de junho de 2011, com prazo médio de 9,8 anos e custo médio de 4,75% ao ano. A dívida líquida(c) caiu de US$ 11,936 bilhões para US$ 11,232 bilhões, principalmente devido ao aumento de US$ 1,416 bilhão na posição caixa para US$ 13,227 bilhões em 30 de junho de 2011.

A alavancagem, medida pela relação dívida total/LTM EBITDA ajustado(d), foi de 0,68x em 30 de junho de 2011, levemente abaixo de 0,73x em 31 de março de 2011, o que demonstra redução significativa a partir de 1,8x em 30 de junho de 2010. A relação dívida total/enterprise value(e) foi de 13,9% em 30 de junho de 2011,

versus 13,0% em 31 de março de 2011.

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado/LTM pagamento de juros(f), aumentou para 28,4x ante 27,2x em 31 de março de 2011 e 12,7x em 30 de junho de 2010.

Consideradas as posições de hedge, 25% da dívida total em 30 de junho de 2011 estava atrelada a taxas de juros flutuantes e 75% a taxas fixas, enquanto 97% estava denominada em dólares americanos e o restante em outras moedas.

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Tabela 9 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11

Dívida bruta 23.959 23.747 24.459

Dívida líquida 17.724 11.936 11.232

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x) 1,8 0,7 0,7

LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros

(x) 12,7 27,2 28,4

Dívida bruta / EV (%) 17,0 13,0 13,9

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS

Bulk materials

Minerais ferrosos

O volume vendido de minério de ferro e pelotas atingiu 72,897 milhões de toneladas métricas (Mt), tendo sido 7,1% maior que no 1T11. Os embarques de minério de ferro foram de 62,644 Mt, 8,5% superior ao 1T11, enquanto que as vendas de pelotas totalizaram 10,253 Mt, em linha com 10,307 Mt o trimestre anterior.

As operações no 2T11 continuaram a ser impactadas pelas chuvas intensas em Carajás, o que inclusive levou à desaceleração no processo de descarga de trens no terminal marítimo de Ponta da Madeira, devido ao grau mais elevado de umidade do minério. Além disso, houve problemas com um virador de vagões que sofreu manutenções corretivas durante o trimestre. Uma vez que os problemas sofridos no 2T11 foram superados, há potencial para crescimento em 2011 e ampliação da exposição ao ciclo de preços elevados de minerais e metais.

O preço médio vendido de minério de ferro foi de US$ 145,30 por tonelada métrica, 15,1% maior que no trimestre anterior, enquanto que o preço médio de pelotas foi de US$ 206,07 por tonelada métrica, 13,6% acima do 1T11.

Continuamos a trabalhar no aperfeiçoamento da precificação do value-in-use (VIU) de nossos produtos, cuja alta qualidade é importante diferencial competitivo no mercado global de minério de ferro. Desta forma, nosso modelo de precificação de pelotas passou a incluir prêmio para cada percentual de ferro contido nos nossos produtos acima dos 62% usados como referência no mercado à vista, e um prêmio de conversão que reflete a dinâmica de oferta e demanda do mercado de pelotas.

Embora esta mudança não seja necessariamente traduzida em variações significativas de preços, seu propósito é assegurar que os preços relativos expressem mais fielmente a avaliação pelo mercado dos diferentes tipos de pelotas, sendo desse modo uma importante ferramenta de sinalização das preferências dos clientes, nos permitindo assim melhor atender à sua demanda.

A participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas subiu de 41,4% para 41,9% no 2T11. A participação da Europa demonstrou um leve crescimento para 20,1% de 19,9%, enquanto que as vendas para o Japão cresceram para 11,0% de 10,4% no 1T11.

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siderúrgicas, os preços de manganês que estavam se recuperando depois da mínima alcançada no 3T09, começaram a cair no 2S10, refletindo o excesso de estoques mundiais.

As vendas de manganês alcançaram US$ 51 milhões, acima dos US$ 43 milhões no 1T11. As vendas de ferro ligas totalizaram 101.000 toneladas métricas, levemente abaixo do volume vendido de 105.000 toneladas métricas no 1T11, e geraram uma receita de US$ 150 milhões, contra US$ 153 milhões no 1T11. O preço médio realizado cresceu para US$ 1.485,15 por tonelada métrica ante US$ 1.457,14 no trimestre anterior.

As vendas dos produtos de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – totalizaram uma receita de US$ 11,425 bilhões no 2T11, aumentando 22,0% em relação aos US$ 9,365 bilhões no 1T11.

A margem EBIT ajustado para o segmento de minerais ferrosos foi 69,0% no 2T11, superior aos 66,0% do 1T11.

O EBITDA ajustado para o segmento de minerais ferrosos totalizou US$ 8,500 bilhões no 2T11, com um acréscimo de 24,9% em relação ao 1T11. O aumento de US$ 1,697 bilhão se deveu em grande parte aos maiores preços realizados, US$ 1,420 bilhão, maiores volumes vendidos, US$ 475 milhões, menor CPV, US$ 136 milhões, e maiores dividendos recebidos de empresas coligadas, US$ 41 milhões. Por outro lado, houve impactos negativos dos maiores gastos com SG&A, US$ 283 milhões, e dos efeitos de variação cambial, US$ 92 milhões.

Tabela 10 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE MINERAIS FERROSOS VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO

mil toneladas métricas 2T10 % 1T11 % 2T11 %

Américas 11.845 17,0 11.820 17,4 12.521 17,2

Brasil 10.521 15,1 10.267 15,1 11.026 15,1

Siderúrgicas e produtores de gusa 9.444 13,6 9.074 13,3 9.840 13,5

JVs de pelotização 1.077 1,5 1.193 1,8 1.186 1,6 Outros 1.324 1,9 1.553 2,3 1.496 2,1 Ásia 38.612 55,5 40.340 59,3 44.051 60,4 China 27.191 39,1 28.165 41,4 30.568 41,9 Japão 6.470 9,3 7.048 10,4 8.034 11,0 Coréia do Sul 2.942 4,2 2.598 3,8 3.929 5,4 Outros 2.009 2,9 2.528 3,7 1.520 2,1 Europa 16.966 24,4 13.570 19,9 14.650 20,1 Alemanha 6.366 9,1 5.846 8,6 5.301 7,3 Reino Unido 2.827 4,1 800 1,2 852 1,2 França 712 1,0 895 1,3 1.723 2,4 Bélgica 556 0,8 322 0,5 806 1,1 Itália 2.568 3,7 2.827 4,2 2.987 4,1 Outros 3.937 5,7 2.879 4,2 2.980 4,1 Resto do mundo 2.179 3,1 2.322 3,4 1.675 2,3 Total 69.602 100,0 68.052 100,0 72.897 100,0

RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11

Minério de ferro 5.435 7.287 9.102

Serviços de operação de usinas de pelotização 8 9 9

Pelotas 1.610 1.869 2.113

Manganês 89 43 51

Ferro ligas 160 153 150

Outros 10 4 -

(20)

US GAAP

2T11

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada 2T10 1T11 2T11

Minério de ferro 91,93 126,19 145,30 Pelotas 153,66 181,33 206,07 Manganês 257,97 197,25 182,14 Ferro ligas 1.523,81 1.457,14 1.485,15 VOLUME VENDIDO mil toneladas 2T10 1T11 2T11 Minério de ferro 59.124 57.745 62.644 Pelotas 10.478 10.307 10.253 Manganês 345 218 280 Ferro ligas 105 105 101 • Carvão

No 2T11, os embarques de carvão alcançaram 1,901 milhão de toneladas métricas – compreendidos por 1,454 milhão de toneladas métricas de carvão térmico e 456.000 toneladas métricas de carvão metalúrgico – e foram 46,4% acima do último trimestre. O grande aumento dos embarques de carvão térmico – 625.000 toneladas métricas – é devido à normalização da nossa capacidade portuária na Colômbia, depois que barcaças e guindastes flutuantes foram danificados por condições climáticas adversas em dezembro de 2010. A receita de vendas de carvão alcançou US$ 256 milhões no 2T11, um acréscimo de 66,2% na comparação trimestral. Os maiores volumes de vendas e preços tiveram um impacto positivo de US$ 71 milhões e US$ 31 milhões, respectivamente. No 2T11, a receita proveniente do embarque de carvão metalúrgico foi de US$ 117 milhões, um aumento de 34,5% trimestre a trimestre, enquanto que a receita de carvão térmico foi de US$ 139 milhões, mais que o dobro que os US$ 67 milhões vendidos no 1T11.

O preço médio de venda do carvão metalúrgico no 2T11 foi de US$ 256.53 por tonelada métrica, 39,6% maior do que no 1T11, e US$ 95,29 para o carvão térmico, aumentando 18,2% em relação ao trimestre anterior.

O EBITDA produzido pelo negócio de carvão aumentou em US$ 92 milhões no 2T11, pois passou de um resultado negativo de US$ 68 milhões no 1T11 para US$ 24 milhões positivos. Diversos fatores contribuíram para a mudança: menores despesas de SG&A (US$ 61 milhões), maiores preços (US$ 31 milhões) e volumes vendidos (US$ 13 milhões), que foram parcialmente compensados pelo efeito negativo da depreciação do dólar (US$ 7 milhões) e aumento do CPV (US$ 6 milhões).

Tabela 11 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE CARVÃO RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11

Carvão térmico 72 67 139

Carvão metalúrgico 113 87 117

Total 185 154 256

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada 2T10 1T11 2T11

(21)

US GAAP

2T11

Tabela 12 - BULK MATERIALS: INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

2T10 1T11 2T11

Margem EBIT ajustado (%)

Minerais ferrosos 62,9 66,0 69,0

Carvão (25,9) (80,5) (23,4)

EBITDA ajustado (US$ milhões)

Bulk materials 5.038 6.735 8.524

Minerais ferrosos 5.047 6.803 8.500

Carvão (9) (68) 24

Metais base

A receita no 2T11 totalizou US$ 2,225 bilhões, sendo 6,0% menor que no 1T11, mas 105,8% maior do que no 2T107. A queda de preços diminuiu a receita em US$ 190 milhões, enquanto que o aumento dos volumes embarcados deu uma contribuição positiva de apenas US$ 18 milhões.

A receita de níquel totalizou US$ 1,461 bilhão no 2T11, 6,2% menor que no 1T11, quando alcançou US$ 1,557 bilhão. O menor preço contribuiu para uma redução de US$ 69 milhões da receita, enquanto que a diminuição dos embarques, principalmente devido à paralisação do forno 2 do smelter de Copper Cliff, contraiu a receita em US$ 27 milhões.

Os embarques de níquel caíram para 57.000 t ante 58.000 t no 1T11. O problema com Copper Cliff também impactou a produção e as vendas dos subprodutos de níquel produzidos em nossas operações canadenses, como o cobre, cobalto e PGMs. O preço médio do níquel no 2T11 foi de US$ 25.542 por tonelada métrica, 4,9% menor dos US$ 26.851 por tonelada métrica no 1T11.

A receita de cobre totalizou US$ 491 milhões no 2T11, caindo 8,4% se comparado aos US$ 536 milhões do 1T11. Os embarques alcançaram 55.000 t, 3,7% acima do 1T11, mas representou um aumento de 44,7% em comparação ao número de 2T10, 38.000 t.

O preço médio do cobre caiu para US$ 8.871 por tonelada métrica, de US$ 10.044 no 1T11.

No 2T11, PGMs tiveram uma receita de US$ 159 milhões, um pouco abaixo do trimestre anterior, US$ 165 milhões. A queda de 3,6% se deu principalmente pelo menor preço médio de platina, US$ 1.765 por onça troy ante US$ 1.814 no 1T11.

A margem do EBIT ajustado de metais base caiu de 28,7% para 11,4% no 2T11, mas aumentou se comparado aos 7,8% do 2T10.

O EBITDA ajustado no 2T11 totalizou US$ 754 milhões, 37,9% menor do que no trimestre anterior, mas 44,4% maior que no 2T10. O decréscimo foi devido principalmente ao menor volume de vendas e preços, US$ 80 milhões e US$ 174 milhões, respectivamente, e maiores despesas de SG&A, US$ 168 milhões, parcialmente compensados por maiores dividendos recebidos de empresas coligadas, US$ 52 milhões.

7

(22)

US GAAP

2T11

Tabela 13 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE METAIS BASE RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11 Níquel 820 1.557 1.461 Cobre 233 536 491 PGMs 14 165 159 Metais preciosos 9 88 90 Cobalto 5 19 23 Alumínio primário 245 141 - Alumina 404 236 - Bauxita 6 6 - Total 1.736 2.749 2.225

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada 2T10 1T11 2T11

Níquel 22.731,51 26.851,19 25.541,96

Cobre 6.112,22 10.043,78 8.871,38

Platina (US$ por onça troy) 1.626,27 1.814,02 1.765,12

Cobalto (US$ por lb) 12,76 15,38 15,83

VOLUME VENDIDO

mil toneladas 2T10 1T11 2T11

Níquel 36 58 57

Cobre 38 53 55

Metais Preciosos (oz) 110 617 702

PGMs (oz) 15 131 136

Cobalto (tonelada métrica) 178 554 659

Alumínio primário 112 57 -

Alumina 1.408 755 -

Bauxita 189 188 -

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

US$ milhões 2T10 1T11 2T11

Margem EBIT ajustado (%) 7,8 28,7 ¹ 11,4

EBITDA ajustado 522 1.215 ¹ 754

¹ Excluindo o ganho não-recorrente originado da transferência dos ativos de alumínio no 1T11.

Fertilizantes

No 2T11, a receita total de fertilizantes aumentou para US$ 867 milhões, 10,2% acima dos US$ 787 milhões do trimestre anterior.

Receitas das vendas de potássio totalizaram US$ 68 milhões no 2T11, 9,7% superior ao 1T11. O preço médio de venda aumentou para US$ 492,75 de US$ 462,69 no 1T11. O volume de vendas atingiu 138.000 t no 2T11, ligeiramente maior do que 134.000 t no trimestre anterior.

As vendas de produtos de fosfato alcançaram US$ 584 milhões no 2T11, com um aumento de 9,0% na comparação trimestral. O total de embarques do MAP foi de 133.000 t, TSP de 179.000 t, SSP de 724.000 t, DCP de 145.000 t e rocha fosfática, 592.000 t.

As vendas de nitrogenados aumentaram para US$ 194 milhões, 12,8% acima dos US$ 172 milhões do trimestre anterior. As vendas de produtos relacionados somaram US$ 21 milhões no 2T11.

(23)

US GAAP

2T11

O EBITDA ajustado para o negócio de fertilizantes continua crescendo, tendo alcançado US$ 209 milhões no 2T11, 46,2% acima do 1T11. O aumento de US$ 66 milhões em relação ao trimestre anterior foi devido, principalmente, ao maior volume vendido, US$ 28 milhões, aos maiores preços de venda, US$ 25 milhões, e à redução do CPV e SG&A, US$ 19 milhões, enquanto que a depreciação do dólar americano teve um efeito negativo de US$ 6 milhões.

Tabela 14 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE FERTILIZANTES RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11 Potássio 55 62 68 Fosfatados 107 536 584 Nitrogenados 35 172 194 Outros 13 17 21 Total 210 787 867

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada 2T10 1T11 2T11

Potássio 414 463 493 Fosfatados MAP 469 644 718 TSP 370 559 621 SSP 185 266 278 DCP 509 645 705 Nitrogenados 400 577 569 VOLUME VENDIDO mil toneladas 2T10 1T11 2T11 Potássio 133 134 138 Fosfatados MAP 47 234 133 TSP 71 120 179 SSP 215 544 724 DCP 37 150 145 Nitrogenados 88 298 341

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

2T10 1T11 2T11

Margem EBIT ajustado(%) (6,3) 1,1 7,9

EBITDA ajustado 10,0 143,0 209,0

Serviços de logística

Os serviços de logística geraram receita de US$ 476 milhões no 2T11, 45,1% acima dos US$ 328 milhões do 1T11.

A receita de transporte ferroviário de carga geral no 2T11 foi de US$ 357 milhões, ante US$ 250 milhões no 1T11, o que foi influenciado pelo ao início da safra agrícola no Brasil, que se estende pelo segundo e terceiro trimestres.

As ferrovias da Vale – Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM), Norte-Sul (FNS) e Centro Atlântica (FCA) – transportaram 6,392 bilhões tku8 de carga geral para clientes no 2T11, 27,7% maior do que os 5,007 bilhões tku transportados no 1T11.

8

(24)

US GAAP

2T11

As principais cargas transportadas por nossas ferrovias no 2T11 foram produtos agrícolas (48,0%), insumos e produtos siderúrgicos (33,0%), materiais de construção e produtos florestais (11,3%), combustíveis (6,7%) e outros (1,0%).

A receita com serviços portuários chegou a US$ 119 milhões no 2T11, 53% acima do 1T11. Nossos portos e terminais marítimos movimentaram 6,653 Mt de carga geral, um aumento de 1,950 Mt em relação ao 1T11. O desempenho do negócio de carga geral continua sendo afetado negativamente pelos efeitos do acidente no terminal marítimo de Praia Mole, no Espírito Santo, em novembro de 2010, quando carregadores de navios foram severamente danificados por fortes ventos que assolaram a região. Entre outras repercussões, o acidente implicou em perdas de volumes de serviços portuários e de transporte ferroviário de produtos de aço e fertilizantes, conduzindo à redução de receitas.

Atrasos de fornecedores na entrega de novas locomotivas para FCA também impactaram os volumes de transporte de carga ferroviária, uma vez que esses novos equipamentos irão substituir outros que eram alugados e cujos contratos já expiraram. Em consequência, a frota de locomotivas da FCA está temporariamente reduzida, o que limita sua capacidade de geração de receita.

No 2T11, a margem do EBIT ajustado foi negativa, em -2,5%. Este desempenho foi influenciado, sobretudo, pelo aumento de custos em nossas operações ferroviárias, principalmente devido aos maiores custos com (i) pessoal na contratação de mais de 300 funcionários; (ii) combustíveis, devido a maiores preços e volumes; e (iii) aumento de serviço de manutenção adiados do 1T11 devido ao período chuvoso.

O EBITDA ajustado no segmento de logística foi US$ 80 milhões no 2T11, 110,5% maior que o trimestre anterior. O aumento de US$ 42 milhões se deveu a volumes de vendas mais elevados (US$ 32 milhões), maiores preços (US$ 51 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores CPV e gastos com SG&A (US$ 30 milhões) e pelos efeitos negativos do câmbio de (US$ 11 milhões).

Tabela 15 - DESEMPENHO DO SEGMENTO DE LOGÍSTICA RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T10 1T11 2T11 Ferrovias 301 250 357 Portos 106 78 119 Total 407 328 476 VOLUME VENDIDO mil toneladas 2T10 1T11 2T11

Ferrovias (milhões de tku) 6.838 5.007 6.392

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

2T10 1T11 2T11

Margem EBIT ajustado(%) 18,3 (9,9) (2,5)

(25)

US GAAP

2T11

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS

NÃO CONSOLIDADAS

Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia, www.vale.com/investidores/resultados e informações financeiras.

TELECONFERÊNCIA / WEBCAST

No dia 29 de julho de 2011, sexta-feira, será realizada conferência telefônica e webcast às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro, 11:00 horas Nova Iorque, 16:00 horas de Londres, 17:00 horas de Paris e às 23:00 horas de Hong Kong. Os telefones para conexão são:

Participantes do Brasil: (55 11) 4688-6341 Participantes dos EUA: (1-800) 860-2442 Participantes de outros países: (1-412) 858-4600 Código de acesso: VALE

(26)

US GAAP

2T11

IFRS – RECONCILIAÇÃO COM USGAAP

Desde dezembro de 2010, a convergência das demonstrações financeiras do resultado anual foi concluída e, portanto, o International Financial Reporting Standards (IFRS) é o padrão contábil adotado no Brasil. Durante os trimestres intermediários de 2010, nós já adotamos todos os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com o IFRS.

A reconciliação de lucro líquido entre as regras brasileiras (em conformidade com o IFRS) e o USGAAP para o 2T11 encontra-se a seguir:

RECONCILIAÇÃO DE LUCRO LÍQUIDO

US$ milhões 2T11

Lucro líquido CPC / IFRS 6.433

Exaustão de ativos na aquisição de empresas (46)

Imposto de renda (9)

Plano de pensão 71

Outros ajustes 3

Lucro líquido USGAAP 6.452

Exaustão de ativos na aquisição de empresas: Refere-se à exaustão adicional dos ajustes para valor justo

dos ativos do imobilizado líquido de aquisições que antecedem as novas regras divulgadas pelo CPC sobre transações de aquisição de empresas. Esta diferença terminará ao fim da vida útil destes ativos.

Plano de pensão: Este ajuste reflete o retorno levado a resultado dos planos de pensão superavitários, o qual

de acordo com o IFRS o reconhecimento é mais restrito.

Referências

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