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Decisão de Não Oposição da Autoridade da Concorrência

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Ccent. 1/2013 Kapsch/Ativos NEC

Decisão de Não Oposição

da Autoridade da Concorrência

[alínea b) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei n.º 19/2012, de 8 de maio]

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Versão Pública

DECISÃO DE NÃO OPOSIÇÃO DA AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA Processo Ccent. 1/2013 – Kapsch /Ativos NEC

1. OPERAÇÃO NOTIFICADA

1. Em 3 de janeiro de 2013, foi notificada à Autoridade da Concorrência, nos termos dos artigos 37.º e 44.º da Lei n.º 19/2012, de 8 de maio (doravante “Lei da Concorrência”), uma operação de concentração, que consiste na aquisição, pela Kapsch CarrierCom-Unipessoal, Lda. (“Kapsch”), do controlo exclusivo sobre os Ativos da NEC Portugal-Telecomunicações e Sistemas, S.A. afetos à área de negócios de Soluções de Comunicações Ferroviárias (“Ativos NEC”).

2. A operação notificada configura uma concentração de empresas na aceção da alínea b), do n.º 1 do artigo 36.º da Lei da Concorrência, conjugada com a alínea b) do n.º 3 do mesmo artigo, e está sujeita à obrigatoriedade de notificação prévia, por preencher a condição enunciada na alínea a) do n.º 1 do artigo 37.º do mesmo diploma.

2. AS PARTES

2.1. Empresa Adquirente

3. A adquirente é uma empresa recentemente constituída, sem atividade prévia à concentração, detida pela Kapsch CarrierCom AG, uma empresa do Grupo Kapsch, o qual se encontra ativo: (i) no fornecimento de equipamentos e serviços para o estabelecimento de redes de telecomunicações e sistemas de comunicação para redes ferroviárias (atividade que desenvolve através da Kapsch CarrierCom); (ii) na exploração de sistemas inteligentes de transporte, utilizando soluções tecnológicas de telecomunicações e informática, visando melhorar a eficácia e segurança dos transportes terrestres em autoestradas, estradas urbanas e vias férreas (atividade que desenvolve através da Kapsch TrafficCom); e (iii) na prestação de serviços de consultoria em tecnologias de informação na área da construção imobiliária, do desenvolvimento de redes de tecnologias de informação e de soluções que visam otimizar a interação e a comunicação entre terminais de comunicação de uma rede (atividade que realiza através da Kapsch BusinessCom).

4. Em Portugal o grupo Kapsch encontra-se ativo através da Kapsch TrafficCom AG e a Kapsch BusinessCom, na comercialização de equipamento e serviços para o estabelecimento de redes e sistemas de comunicação em autoestradas e estradas urbanas, no fornecimento de Sistemas Inteligentes de Transporte, e na prestação de serviços de consultoria em tecnologias de informação, não estando presente nas áreas de negócio de comunicações para redes ferroviárias.

5. O volume de negócios realizado pelo Grupo Kapsch, calculado nos termos do artigo 39.º da Lei da Concorrência, relativo aos anos de 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012, é o constante da tabela infra.

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Nota: indicam-se entre parêntesis retos […] as informações cujo conteúdo exato haja sido

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Tabela 1 – Volume de negócios do Grupo Kapsch, para os anos de 2009 a 2012

Euros [€] 2009/2010 2010/2011 2011/2012

Portugal [<100 milhões] [<100 milhões] [<100 milhões]

EEE [>100 milhões] [> 5 milhões] [>100 milhões] Mundial [>100 milhões] [>100 milhões] [>100 milhões]

Fonte: Notificante.

2.2. Ativos Adquiridos

6. As atividades da NEC Portugal que serão transferidas em resultado da operação de concentração projetada correspondem à atividade de produção e comercialização de rádios de cabine e de dispatchers, e à atividade de prestação de serviços de manutenção da infraestrutura integrante da rede analógica ferroviária da REFER. Para o efeito serão transferidos os ativos afetos às respetivas atividades, em concreto, direitos de propriedade intelectual, contratos celebrados com os operadores ferroviários, ativos corpóreos e um conjunto de trabalhadores.

7. O volume de negócios dos Ativos NEC, calculado nos termos do artigo 39.º da Lei da Concorrência, relativo aos anos de 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012, é o constante da tabela infra.

Tabela 2 – Volume de negócios dos Ativos NEC, para os anos de 2009 a 2012

Euros [€] 2009/2010 2010/2011 20011/2012

Portugal [<5 milhões] [<5 milhões] [<5 milhões]

EEE [< 5 milhões] [<5 milhões] [<5 milhões]

Mundial [<5 milhões] [<5 milhões] [<5 milhões]

Fonte: Notificante.

3. NATUREZA DA OPERAÇÃO

8. Nos termos do Acordo [CONFIDENCIAL – segredo de negócio/elementos contratuais], celebrado em 21 de Dezembro de 2012, entre a NEC Portugal e a Kapsch, as Partes acordaram a transferência dos Ativos NEC relativos ao segmento de negócio das Soluções de Comunicação Ferroviárias que inclui (i) [CONFIDENCIAL – segredo de negócio/elementos contratuais], (ii) [CONFIDENCIAL – segredo de negócio/elementos contratuais] e (iii) [CONFIDENCIAL – segredo de negócio/elementos contratuais]. 9. A operação de concentração apresenta natureza conglomeral, em virtude da ausência

de relações de natureza horizontal ou vertical entre o Grupo Kapsch e os Ativos NEC, estando a operação de concentração sujeita a notificação prévia pelo preenchimento da condição relativa à quota de mercado constante da alínea a) do n.º 1 do artigo 37.º da Lei da Concorrência, nos termos melhor identificados infra.

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4. MERCADOS RELEVANTES

4.1. Mercados dos Produtos e Geográficos Relevantes

10. Conforme exposto supra, em resultado da operação de concentração projetada, a Kapsch irá adquirir o controlo exclusivo sobre um conjunto de Ativos afetos à área de negócio de Soluções de Comunicações Ferroviárias atualmente detidos pela NEC Portugal.

11. Em concreto serão transferidos os ativos afetos às atividades de (i) produção de rádios de cabine e de dispatchers e (ii) de prestação de serviços de manutenção da infraestrutura integrante da rede analógica ferroviária da REFER.

12. A título prévio e, de enquadramento, refira-se que os rádios de cabine e os dispatchers são componentes de sistemas de comunicações ferroviárias.

13. Conforme informação da Notificante, existem duas gerações distintas de sistemas de comunicações: (i) os sistemas de comunicações por via analógica, e os (ii) sistemas de comunicações baseados na tecnologia GSM-R.

14. Em termos de contextualização histórica e, no que se refere ao território nacional, o sistema de comunicações ferroviárias existente é ancorado na tecnologia analógica e foi concebido e desenvolvido pela CP – Caminhos de Ferro Portugueses, EP (“CP”) na década de 80 em parceria com uma empresa que veio mais tarde a integrar o grupo NEC Portugal.

15. Tal como a CP, também os demais operadores ferroviários a nível europeu desenvolveram sistemas de comunicações ferroviárias próprios, com especificações próprias, o que suscitava problemas de interoperabilidade entre as redes ferroviárias pertencentes aos diferentes operadores.

16. Neste contexto, e para responder a tal desafio, foi desenvolvido um standard internacional de sistemas de comunicações ferroviárias, com os quais todos os equipamentos poderiam tornar-se compatíveis, ancorado na tecnologia GSM.

17. Partindo da tecnologia analógica dos rádios de cabine fornecidos à CP, a NEC Portugal desenvolveu soluções exclusivas GSM e soluções duais, capazes de funcionar em ambiente tecnológico analógico e em ambiente tecnológico GSM.

18. Conforme informação da Notificante, apesar de se estar a assistir a uma migração dos operadores ferroviários para o novo standard internacional ancorado na tecnologia GSM, muitos são os operadores que ainda contam com um sistema de comunicações analógico.

4.1.1. Rádios de cabine

19. Através da transação a Kapsch adquirirá os direitos de propriedade intelectual relativos à produção de um conjunto de modelos de rádios de cabine.

20. Conforme informação disponibilizada pela Notificante, os rádios de cabine são aparelhos instalados nos comboios que funcionam como terminais de comunicação em sistemas de comunicações de voz e de dados.

21. Os rádios de cabine distinguem-se de outros terminais de comunicação porque contêm um conjunto de características que permitem a realização de operações necessárias ao preenchimento de diversas funções típicas das comunicações

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Nota: indicam-se entre parêntesis retos […] as informações cujo conteúdo exato haja sido

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efetuadas no transporte ferroviário, designadamente (i) a comunicação entre o maquinista e a central de controlo, (ii) a comunicação entre os funcionários a bordo de um comboio, (iii) a comunicação com funcionários fora do comboio (nas estações, nas vias).

22. A aquisição de rádios de cabine é precedida de um concurso público específico no âmbito do qual é selecionado o fornecedor que irá, igualmente, assegurar a prestação de serviços de manutenção, pelo menos durante o período de garantia do respetivo equipamento.

4.1.2. Dispatchers

23. Os dispatchers são equipamentos constituídos por um software em open source e por servidores localizados nos centros de controlo que permitem efetuar uma chamada e comunicar com os maquinistas através dos rádios de cabine.

24. Os dispatchers, cujo stock e atividade de produção é alvo de transação no âmbito da presente operação de concentração, correspondem a dois tipos de equipamento: (i) dispatchers especificamente concebidos para utilização nos rádios de cabine analógicos encomendados pelos operadores ferroviários e cujas especificações técnicas são propriedade desses operadores, e (ii) dispatchers que funcionam num ambiente GSM-R e que têm plena interoperabilidade com os demais equipamentos (nomeadamente, com os rádios de cabine de outras empresas) por seguir os standards internacionais de especificações para as comunicações ferroviárias.

25. No que concerne aos dispatchers identificados em (i) deve considerar-se que, na ótica da Notificante, os mesmos constituem parte integrante dos rádios de cabine especificamente produzidos para os operadores ferroviários e que, nesse sentido, não constituem um produto autónomo disponível no mercado a terceiros.

26. No que respeita aos dispatchers identificados em (ii), cujos direitos de propriedade intelectual são objeto de aquisição no âmbito da presente transação, a Notificante refere que os mesmos se encontram ainda em fase de desenvolvimento, não existindo, atualmente, uma base instalada destes equipamentos, não se encontrando a NEC Portugal ativa na sua venda.

4.1.3. Prestação de serviços de manutenção a equipamentos da rede analógica ferroviária da REFER

27. A remanescente atividade dos ativos da NEC Portugal respeita à prestação de serviços de manutenção sobre os equipamentos que constituem a rede analógica ferroviária da REFER utilizada pelos operadores ferroviários como a CP.

28. Os equipamentos sobre os quais é efetuada a manutenção e cujos contratos integram os ativos objeto de aquisição no âmbito da presente transação, são constituídos por estações de base, antenas e conversores de IP, fisicamente instalados nas linhas ferroviárias.

29. Estes equipamentos foram concebidos à medida das especificações da CP, tendo dado origem a uma especificação proprietária da CP, denominada CP-N (Comboios Portugal – Normalizado).

30. Neste contexto, a manutenção dos referidos equipamentos depende do acesso a essa informação proprietária da CP, assim como ao know-how específico desenvolvido pela NEC Portugal.

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4.1.4. Posição da Notificante

31. Em termos de delimitação do mercado do produto relevante, não obstante considerar que os rádios de cabine (incluídos os dispatchers) constituem um mercado de produto distinto, a Notificante sugere que a exata delimitação de mercado seja deixada em aberto, na medida em que mesmo na definição mais restrita do mercado, a transação proposta não suscita qualquer entrave à concorrência.

32. No que respeita à prestação de serviços de manutenção, a Notificante argumenta que existem indícios para considerar que a prestação de serviços de manutenção de equipamentos da rede analógica de comunicações da REFER constitui um mercado autónomo, atendendo a que (i) qualquer empresa ativa na produção ou na manutenção deste tipo de equipamentos teria de realizar um investimento específico de adequação ao CP-N; (ii) o facto de a tecnologia analógica estar em desuso poderá comprometer a realização dos investimentos necessários por outras empresas; e (iii) o know-how detido pelos ativos da NEC Portugal não é suscetível de utilização nos equipamentos da rede analógica com outras especificações, sendo adaptado às especificações CP-N.

33. No que respeita à dimensão geográfica dos mercados identificados, a Notificante considera que o mercado geográfico para a venda de rádios de cabine e dispatchers deverá ser considerado de âmbito mundial, enquanto o mercado geográfico para a prestação de serviços de manutenção deverá ser considerado de âmbito nacional, na medida em que (i) as especificações CP-N apenas existem para o operador de rede ferroviária Português; (ii) os clientes deste tipo de serviços de manutenção são nacionais; e (iii) o know-how neste tipo de manutenção não é suscetível de aplicação noutras redes ferroviárias analógicas.

4.1.5. Posição da AdC

34. No enquadramento exposto e, no que respeita à produção de rádios de cabine e de dispatchers, considera-se que, em função da tecnologia de base dos sistemas de comunicações ferroviárias, é possível distinguir dois tipos de rádios de cabine e de dispatchers: (i) rádios de cabine e dispatchers para sistemas analógicos, os quais são desenvolvidos de acordo com as especificações dos operadores ferroviários e de forma adaptada às necessidades dos mesmos; e (ii) rádios de cabine e dispatchers para sistemas baseados na tecnologia GSM, os quais obedecem a standards internacionais estabelecidos de acordo com as especificações EIRENE (European Integrated Railway Radio Enhanced Network), sendo, por isso, plenamente compatíveis com os equipamentos detidos pelos vários operadores ferroviários.

35. De acordo com informação prestada pela Notificante, tanto os ativos NEC como os demais operadores ativos nesta área de negócio, produzem e comercializam os dois tipos de equipamento, tendo capacidade para adaptar a sua produção em função da especificidade da procura, seja de equipamento analógico, seja de equipamento compatível com a tecnologia GSM, pelo que, atendendo a considerações de substituibilidade do lado da oferta, é possível considerar um mercado único de oferta de rádios de cabine e de dispatchers, independentemente da tecnologia de base dos sistemas de comunicações ferroviárias que integram.

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Nota: indicam-se entre parêntesis retos […] as informações cujo conteúdo exato haja sido

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36. No que respeita à prestação de serviços de manutenção do equipamento da rede analógica da REFER, a Autoridade aceita como mercado relevante o mercado proposto pela Notificante.

4.2. Conclusão

37. Em face do exposto e, para efeitos de avaliação do impacto da presente operação de concentração, a Autoridade considera como mercados relevantes: (i) o mercado dos rádios de cabine e dispatchers para sistemas de comunicações ferroviárias: e (ii) o mercado da prestação de serviços de manutenção do equipamento da rede analógica da REFER.

5. AVALIAÇÃO JUS-CONCORRENCIAL

38. Em resultado da operação de concentração projetada, a Kapsch adquire a quota de mercado detida pelos Ativos NEC nos mercados de rádios de cabine e dispatchers e de prestação de serviços de manutenção a equipamentos da rede analógica ferroviária, verificando-se uma mera transferência de quota sem qualquer impacto na estrutura de oferta dos mercados, atenta a ausência de sobreposição horizontal entre as atividades das partes.

39. De acordo com dados da Notificante, a quota dos Ativos NEC, no território nacional, na venda de rádios de cabine e de dispatchers é de 100%. Todavia, a nível mundial, a quota de mercado no período 2012/2013 é de [0-5]%, tratando-se de um mercado onde operam outros players como a Hömann Funkwerk Kölleda GmbH, com [60-70]%, a Siemens Mobility, com [10-20]%, a Selex Elsag, SA e o Center Communications Systems GmbH, com o remanescente.

40. Atendendo a que não existe sobreposição horizontal entre as atividades das partes nos mercados relevantes definidos, não se verificando qualquer alteração da atual estrutura concorrencial em resultado da transação projetada, afigura-se que a operação de concentração em análise não dá origem a qualquer problema de concorrência de natureza horizontal.

41. Também não são expetáveis quaisquer problemas de natureza vertical em resultado da presente operação de concentração, porquanto os produtos e serviços que integram os mercados relevantes analisados não integram a cadeia de valor dos produtos oferecidos pela Kapsch, verificando-se que os mesmos revestem uma natureza complementar.

42. No que diz respeito a possíveis efeitos conglomerais, refira-se que, de acordo com as “Orientações para a apreciação das concentrações não horizontais”, uma operação de concentração de natureza conglomeral, não obstante não eliminar a concorrência direta entre as partes no mercado relevante, pode, em determinadas circunstâncias, suscitar preocupações jus concorrenciais.

43. De facto, em operações de natureza conglomeral, é importante avaliar se a operação, ao implicar a combinação de produtos em mercados relacionados, cria ou reforça a capacidade e o incentivo da entidade resultante da operação para alavancar o seu poder de mercado num determinado mercado/produto, no sentido de reforçar a sua posição noutro mercado relevante, através de vendas subordinadas, vendas em pacote/agrupadas, ou de outras práticas de exclusão.

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44. No caso em análise, estas preocupações jus concorrenciais não se colocam, não se afigurando provável que surjam estratégias de vendas subordinados ou agrupadas1 dos produtos em causa, com o propósito de exclusão de concorrentes no mercado. 45. Dado o exposto, a AdC considera que a presente operação de concentração não é

suscetível de criar entraves significativos à concorrência

6. CLÁUSULAS RESTRITIVAS ACESSÓRIAS

46. Nos termos do n.º 5 do artigo 41.º da Lei da Concorrência, a decisão que autoriza uma operação de concentração abrange igualmente as restrições diretamente relacionadas com a realização da mesma e a ela necessárias.

47. O Acordo de Compra do Negócio e dos Ativos prevê, na sua cláusula [Confidencial-Cláusula contratual], uma obrigação de não concorrência que impende sobre a NEC Portugal, que a impede de concorrer com a Kapsch na área de negócio dos ativos cedidos, pelo período de [Confidencial-Âmbito temporal] anos. A referida cláusula desdobra-se em quatro vertentes distintas a saber: (i) [Confidencial-Cláusula Contratual], (ii) [Confidencial-Cláusula Contratual], (iii) [Confidencial-Cláusula Contratual] e (iv) [Confidencial- Cláusula Contratual].

48. Considerando que as acima elencadas cláusulas [Confidencial-Cláusulas contratuais] impostas aos vendedores, se destinam a assegurar a transferência efetiva e material do valor integral das atividades alienadas, incluindo a clientela e o saber-fazer, considera-se que as mesmas são diretamente relacionadas com a operação, pelo que se entendem como necessárias e proporcionais ao objetivo de preservação do valor do negócio a alienar, nos termos e para os efeitos do artigo 41.º, n.º 5 da Lei da Concorrência.

7. AUDIÊNCIA DE INTERESSADOS

49. Nos termos do n.º 3 do artigo 54.º da Lei da Concorrência, foi dispensada a audição prévia dos autores da notificação, dada a ausência de contra interessados e o sentido da decisão, que é de não oposição.

8. DELIBERAÇÃO DO CONSELHO

50. Face ao exposto, o Conselho da Autoridade da Concorrência, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea b) do n.º 1 do artigo 17.º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 10/2003, de 18 de Janeiro, delibera adotar uma decisão de não

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Segundo a Notificante, a aquisição de equipamentos para a constituição de redes de comunicações ferroviárias (produtos vendidos pela Kapsch) faz-se de forma independente da aquisição dos rádios de cabine (produtos vendidos pelos Ativos NEC). Por outro lado quem procede à aquisição dos equipamentos para a constituição de redes de comunicações ferroviárias em ambiente GSM-R é, tipicamente, o operador da rede ferroviária (como a REFER), ao passo que quem procede à aquisição dos rádios de cabine são os operadores ferroviários (como a CP e Fertagus) ou os fornecedores de comboios (nos quais são integrados estes terminais), tendo (ou podendo ter) os vários tipos de equipamentos clientes diferentes.

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Nota: indicam-se entre parêntesis retos […] as informações cujo conteúdo exato haja sido

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oposição à presente operação de concentração, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei da Concorrência, uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes de rádios de cabine e de prestação de serviços de manutenção a equipamentos da rede analógica ferroviária da Refer, no território nacional.

Lisboa, 21 de fevereiro de 2013

O Conselho da Autoridade da Concorrência,

________________________ Manuel Sebastião Presidente ________________________ Jaime Andrez Vogal ________________________ João Espírito Santo Noronha

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Versão Pública Índice 1. OPERAÇÃO NOTIFICADA ... 2 2. AS PARTES ... 2 2.1. Empresa Adquirente ... 2 2.2. Ativos Adquiridos ... 3 3. NATUREZA DA OPERAÇÃO ... 3 4. MERCADOS RELEVANTES ... 4

4.1. Mercados dos Produtos e Geográficos Relevantes ... 4

4.1.1. Rádios de cabine ... 4

4.1.2. Dispatchers... 5

4.1.3. Prestação de serviços de manutenção a equipamentos da rede analógica ferroviária da REFER ... 5

4.1.4. Posição da Notificante ... 6

4.1.5. Posição da AdC ... 6

4.2. Conclusão ... 7

5. AVALIAÇÃO JUS-CONCORRENCIAL ... 7

6. CLÁUSULAS RESTRITIVAS ACESSÓRIAS ... 8

7. AUDIÊNCIA DE INTERESSADOS... 8

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Nota: indicam-se entre parêntesis retos […] as informações cujo conteúdo exato haja sido

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Índice de Tabelas

Tabela 1 – Volume de negócios do Grupo Kapsch, para os anos de 2009 a 2012 ... 3 Tabela 2 – Volume de negócios dos Ativos NEC, para os anos de 2009 a 2012 ... 3

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