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ÁGUA DA CHUVA ÁGUA PURA Observação: ÁGUA DESTILADA ÁCIDOS E BASES

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ÁGUA DA CHUVA

A água da chuva é formada, principalmente, pela água evaporada dos lagos e mares que, ao elevar-se na atmosfera, encontra ar frio e condensa na forma de gotas. Ao cair, as gotas de água dissolvem alguns materiais da atmosfera, como sais marítimos arrastados pelo vapor de água, materiais particulados, poeiras e gases, dos quais se destaca o dióxido de carbono pela sua influência no pH da água da chuva (normal).

O limite inferior e atual do pH da chuva “normal”, à temperatura de 25 oC, é 5.6.

ÁGUA PURA

Define-se “água quimicamente pura” como uma água com uma condutividade elétrica aproximada de 0,05 µS/cm e um valor de pH = 7 à temperatura de 25 oC.

Observação: No Sistema Internacional a unidade de condutividade elétrica designa-se por siemens por metro e representa-se por S/m.

ÁGUA DESTILADA

A água destilada é o resultado da destilação de uma água normal, processo pelo qual ela é fervida, vaporizada e o vapor condensado. Esta água, embora teoricamente pudesse der considerada “água pura”, não o é efetivamente, pois é impossível eliminar todos os solutos nela dissolvidos.

ÁCIDOS E BASES

Para classificar uma substância como ácido ou como base é necessário atender às seguintes teorias:

 Teoria de Arrhenius.

 Teoria de Bronsted-Lowry.  Teoria de Lewis.

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TEORIA DE BRONSTED-LOWRY

Segundo esta teoria, ácido é uma espécie química que cede protões (H+). Exemplo: (aq) O H (aq) C ) ( O H ) aq ( HC  2   -  3Ácido

Segundo esta teoria, base é uma espécie química que recebe protões (H+). Exemplo: (aq) OH (aq) NH ) ( O H ) aq ( NH32   4   Base AUTO-IONIZAÇÃO DA ÁGUA

As moléculas da água podem reagir entre elas através da seguinte reação de ionização: (aq) O H (aq) OH ) ( O H ) ( O H2   2   -  3

Sendo a constante de equilíbrio desta reação:

2 2 3 -c | O H | | O H | | OH | e e e K   

A partir desta constante, obtém-se uma nova constante (Kw):

e e K e Kc |H2O|2 | OH- | |H3O | W        e e Kw | OH- | |H3O |

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Esta constante designa-se por produto iónico da água e tem o seguinte valor a 25 oC:

Kw = 1×10-14 (a 25 oC) No caso da água pura tem-se:

x e e   | O H | | OH | - 3            14 14 2 3 -w | OH | |H O | 1 10 x x 1 10 x K e e -3 7 14 dm mol 10 1 10 1       x x -3 7 3 -dm mol 10 1 | O H | | OH

| e  e   (para a água pura a 25 oC) Uma água pura é neutra devido à igualdade:

e

e |H O |

| OH

| -  3

Uma água ácida (não pura) tem:

e

e |H O |

| OH

| -  3

Uma água básica (não pura) tem:

e e |H O | | OH | -  3LOGARÍTMO DECIMAL

O logaritmo decimal de um número indica o expoente que se eleva à base 10 para dar esse número.

Exemplos: Log 10 = 1 ; 101 = 10 Log 100 = 2; 102 = 100 Log 1000 = 2; 103 = 1000 Log 1 = 0; 100 = 1 Log 0,01 = -2; 10-2 = 0,01

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OPERADOR p O operador p é dado pela expressão:

p = - log

Este operador pode aplicar a diversas variáveis, como se mostra nos seguintes exemplos: x pxlog y pylog | O H | log H ou | H | log H - p  3p | OH | log OH -p w w log K pK  Exercício

Calcular o pH de uma solução 0,02 mol dm-3 em iões H 3O+.

OPERAÇÃO INVERSA DO LOGARÍTMO Se tivermos:

y x  log

A função inversa será:

y x10 Exemplos: 2 10 2 logx  x 2 , 316 10 5 , 2 logx x 2,5 x

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RELAÇÃO ENTRE pH e pOH DE UMA SOLUÇÃO AQUOSA À temperatura de 25 oC existe a seguinte relação entre pH e pOH:

pH + pOH = 14

A qualquer temperatura existe a seguinte relação entre pH e pOH: pH + pOH = pKw

CARÁTER DE UMA SOLUÇÃO AQUOSA

A tabela que se segue sintetiza o caráter de qualquer solução aquosa:

Temperatura Caráter

25 oC Qualquer temperatura

Ácido pH < 7 pH < pOH |H3O+| > |OH-| Básico pH > 7 pH > pOH |H3O+| < |OH-| Neutro pH = 7 pH = pOH |H3O+| = |OH-|

ÁGUAS MINERAIS E ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO

Segundo a lei da água potável (LAP) – Decreto Lei Nº 243/2001 de 5 de setembro, uma água potável tem de respeitar, genericamente, os valores paramétricos (VP) microbiológicos e físico-químicos definidos na lei.

Uma água potável é aquela que pode ser consumida pelo homem, sem perigo para a saúde.

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ACIDIFICAÇÃO PROVOCADA PELO DIÓXIDO DE CARBONO

A dissolução do dióxido de carbono numa água aumenta a acidez (diminui o pH) dessa água, porque o dióxido de carbono reage com a água originando ácido carbónico (H2CO3).

ALCALINIDADE PROVOCADA PELOS CARBONATOS

Quando se dissolve em água uma substância que contenha o ião carbonato, este ião reage com a água originando iões OH-, ficando a água com caráter alcalino.

Um exemplo destas substâncias é o carbonato de cálcio (existente no calcário).

DISSOCIAÇÃO E IONIZAÇÃO

Quando se adiciona um composto iónico à água, este pode dissociar-se (os iões constituintes do composto separam-se).

Quando se adiciona uma substância molecular à água, esta pode originar iões (sofre ionização).

Exemplos: (aq) OH (aq) Na NaOH(aq) H2O   -(dissociação) (aq) OH (aq) NH ) O( H (aq) NH32   4  - (ionização)

PARES ÁCIDO-BASE CONJUGADOS

Um par ácido-base conjugados corresponde a um par de substâncias em que a primeira (ácido) tem mais um protão (H+) do que a segunda (base).

Exemplo:

-/C HC 

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ESPÉCIES ANFOTÉRICAS

São espécies que tanto se podem comportar como ácidos (dando iões H+) ou como bases (recebendo iões H+).

Exemplo: HS

-Atuação como ácido:

(aq) O H (aq) S ) O( H (aq) HS-  2   2-  3

Atuação como base:

(aq) OH S(aq) H ) O( H (aq) HS-  2   2   CONSTANTE DE ACIDEZ (Ka)

Dada uma reação genérica:

(aq) O H (aq) A ) O( H HA(aq)  2   -  3  Tem-se: | O H | | HA | | O H | | A | K 2 3 -c    | HA | | O H | | A | | O H | K 3 -K 2 c a        | HA | | O H | | A | - 3 a    K

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CONSTANTE DE ACIDEZ (Ka)

Dada uma reação genérica:

(aq) OH (aq) BH ) O( H B(aq)  2      Tem-se: | O H | | B | | OH | BH | K 2 c      | B | | OH | | BH | | O H | K b K 2 c        | B | | OH | | BH | b   K

Uma base é tanto mais forte quanto maior for a sua constante de basicidade.

RELAÇÃO ENTRE Ka E Ka DE UM PAR ÁCIDO-BASE CONJUGADOS

Esta relação é dada pela expressão: Ka × Kb = Kw

Quanto mais forte for um ácido (Ka) mais fraca é a sua base conjugada (Kb).

Quanto mais forte for uma base (Kb) mais fraco é o seu ácido conjugada (Ka).

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DETERMINAÇÃO DO pH DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE ÁCIDOS OU DE BASES

No caso de se tratar de um ácido forte, considera-se que o ácido se encontra completamente ionizado.

Exemplos: HC;HNO3;HBr;HI;HCO4.

No caso de se tratar de uma base forte (base de Arrhenius), considera-se que a dissociação é completa.

Exemplos: NaOH; KOH; LiOH.

No caso de ácidos fracos e de bases fracas tem de se ter em conta, respetivamente, Ka e Kb.

REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO

As reações ácido-base em que resultam, como produtos de reação, sal e água ou somente um sal, designam-se por reações de neutralização.

Esquematicamente:

ÁCIDO + BASE SAL + ÁGUA Ou:

ÁCIDO + BASE SAL Exemplos: ) O( H (aq) NaC NaOH(aq) (aq) HC     2  (aq) C NH (aq) NH (aq) HC  34

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TITULAÇÕES ÁCIDO-BASE

Este tipo de titulações constituem uma aplicação prática das reações de neutralização porque permitem determinar experimentalmente a concentração desconhecida de uma solução, designada por titulado. Para o efeito utiliza-se uma solução de concentração conhecida, designada por titulante.

O titulante é colocado numa bureta, enquanto o titulado é colocado num balão erlenmeyer. Ao titulado, normalmente, adiciona-se um indicador ácido-base.

Se o titulado for um ácido, utiliza-se como titulante uma base. Se o titulado for uma base, utiliza-se como titulante um ácido.

O indicador serve para indicar, através da mudança de cor, o ponto em que o titulante e o titulado estão na proporção estequiométrica indicada pela equação química, ou seja, em que nenhum deles está em excesso relativamente ao outro, designando-se por ponto de equivalência (P.E.).

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Quando se adiciona titulante ao titulado, o pH da mistura varia em função do volume de titulante adicionado. A representação gráfica do pH em função do volume de titulação adicionado designa-se por curva de titulação.

ANÁLISE QUANTITATIVA DE UMA TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE

Para uma titulação em que um ácido reage com base na proporção molar 1:1, no P.E. tem-se: B A n n   A n quantidade de ácido.  B n quantidade de base.

Por outro lado:

           B B B A A A V C n V C n CV n n CV V n C   B A n n CAVACBVB  A C concentração do ácido.  B C concentração da base.  A V volume do ácido.  B V volume da base.

Um exemplo em que se aplica a fórmula anterior é, por exemplo, a titulação baseada na reação: ) O( H (aq) NaC NaOH(aq) (aq) HC     2

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Contudo, para uma titulação em que um ácido não reaja com uma base na proporção molar 1:1 a fórmula anterior não é válida.

Por exemplo, para a reação:

) O( H 2 (aq) SO Na NaOH(aq) 2 (aq) SO H2 4   2 42

Neste caso, a proporção estequiométrica entre ácido e base é de 1:2, pelo que, no ponto de equivalência:

A B 2n

n

Sendo, neste caso:

A A B

BV 2C V

C

TIPOS DE TITULAÇÕES ÁCIDO-BASE

Numa reação de neutralização obtém-se, como produto de reação, um sal. Esse sal encontra-se completamente dissociado nos seus iões.

Sal(aq) Catião (aq) + Anião(aq)

O catião pode comportar-se como um ácido e reagir com a água (hidrólise). Se isso acontecer, o pH no ponto de equivalência, de uma titulação ácido-base, terá um valor menor do que 7. Esta situação ocorre quando o titulado é uma base fraca.

O anião pode comportar-se como uma base e reagir com a água (hidrólise). Se isso acontecer, o pH no ponto de equivalência, de uma titulação ácido-base, terá um valor maior do que 7. Esta situação ocorre quando o titulado é um ácido fraco.

Numa titulação ácido-base em que intervêm um ácido forte e uma base forte, o pH no ponto de equivalência é igual a 7.

Como titulante utiliza-se um ácido forte ou uma base forte para se obter uma melhor curva de titulação que diminua os erros na determinação experimental do ponto de equivalência.

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ESCOLHA DE UM INDICADOR PARA UMA TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE Um indicador adequa-se a uma titulação se se verificarem as seguintes condições:

 A sua zona de viragem de pH contém o P.E.

 A sua zona de viragem de pH está contida na zona abrupta da curva de titulação.

LIGAÇÃO IÓNICA

A ligação iónica faz-se por transferência de eletrões entre dois átomos, dando origem a um ião positivo e a um ião negativo que se ligam entre si. Esta ligação estabelece-se nos sais e nas bases de Arrhenius (compostos iónicos).

Exemplos: NaC,KI, NaOH e KOH.

LIGAÇÃO COVALENTE

A ligação covalente faz-se por partilha de eletrões entre dois átomos, que se ligam entre si.

Esta ligação estabelece-se nos ácidos e nas bases de Lowry-Bronsted (compostos moleculares).

Exemplos: HC,HNO3,NH3 e N2H4.

CHUVA ÁCIDA

Os óxidos de não metais presentes na atmosfera combinam-se com a água, originando chuvas ácidas.

Exemplo: (aq) SO H ) O( H (g) SO32   2 4

Referências

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