• Nenhum resultado encontrado

Relatório e Contas Consolidadas Primeiro Semestre

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório e Contas Consolidadas Primeiro Semestre"

Copied!
78
0
0

Texto

(1)

‘06

Relatório e Contas

Consolidadas

(2)

DESTAQUES OPERACIONAIS ...3

DESTAQUES FINANCEIROS ...4

ÓRGÃOS SOCIAIS...5

ESTRUTURA SIMPLIFICADA DA PT-MULTIMÉDIA EM 30 DE JUNHO DE 2006 ...6

RELATÓRIO DE GESTÃO...7

Eventos do Semestre e Desenvolvimentos Recentes...7

Evolução dos Negócios ...10

Análise dos Resultados Consolidados ...13

PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS NO CAPITAL DA SOCIEDADE ... 24

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS QUALIFICADAS ... 25

TRANSACÇÕES DE ACÇÕES PRÓPRIAS... 26

CONTAS CONSOLIDADAS... 27

(3)

DESTAQUES OPERACIONAIS

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga(1)

Casas Passadas ('000) 2.782 2.606 6,7%

Com capacidades Interactivas 2.679 2.484 7,9%

Clientes TV por Subscrição(2,3) ('000) 1.444 1.465 (1,5%)

Cabo 1.072 1.076 (0,4%)

Satélite 371 389 (4,5%)

Adições Líquidas TV por Subscrição ('000) (35) 16 n.s.

Cabo (17) 10 n.s.

Satélite (18) 6 n.s.

Taxa de Penetração Cabo (%) 38,6% 41,3% (2,7pp)

Subscrições Premium(3) ('000) 735 786 (6,4%)

Rácio Pay to Basic (%) 51,0% 53,6% (2,7pp)

Acessos Banda Larga ('000) 344 333 3,4%

Adições Líquidas Banda Larga ('000) (4) 27 n.s. Taxa de Penetração Banda Larga (%) 32,1% 30,9% 1,2pp

ARPU Global (Euro) 28,86 27,60 4,6%

Exibição Cinematográfica - Portugal

Bilhetes Vendidos ('000) 3.638 3.080 18,1%

1S05 Δ 06/05

1S06

(4)

DESTAQUES FINANCEIROS

Receitas de Exploração 324,7 310,3 4,6%

TV por Subscrição e Internet Banda Larga (segmento) 291,8 275,9 5,8% Custos Oper. Excl. Amortizações 218,5 214,2 2,0%

EBITDA(1) 106,2 96,1 10,5%

Resultado Operacional(2) 55,3 67,6 (18,1%)

Resultado Líquido 43,6 43,8 (0,5%)

Capex 75,3 55,6 35,5%

Capex em % das Receitas 23,2 17,9 5,3pp

EBITDA menos Capex 30,9 40,5 (23,7%)

Dívida Líquida 240,8 285,7 (15,7%)

Margem EBITDA(3) (%) 32,7 31,0 1,7pp

Dívida Líquida / EBITDA (x) 1,1 1,5 (0,4x)

EBITDA / Juros Líquidos (x) 29,2 31,0 (1,8x)

1S05 Δ 06/05

Milhões de euros 1S06

(1) EBITDA = Resultado operacional + amortizações

(2) Resultado Operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Imparidade do Goodwill ± Mais/Menos valias na Alienação de Imobilizado ± Outros Custos/Proveitos (3) Margem EBITDA = EBITDA / Receitas de Exploração.

As Receitas de Exploração

aumentaram 4,6% no primeiro semestre de 2006, face ao período homólogo de 2005, para

325 milhões de euros, com base no crescimento das receitas de TV por Subscrição e Internet de banda larga, as quais

aumentaram 5,8% no mesmo período.

O EBITDA

atingiu 106 milhões de euros, um aumento de 10,5% relativamente ao primeiro semestre de 2005, o que

equivale a uma margem operacional de 32,7% no primeiro semestre de 2006.

O Resultado Líquido

ascendeu a 44 milhões de euros, em linha com o resultado obtido no primeiro semestre de 2005.

O Investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo (capex)

aumentou 20 milhões de euros no primeiro semestre

de 2006 para 75 milhões de euros, devido ao investimento efectuado na cablagem de casas adicionais, na reestruturação

da arquitectura da rede de fibra, na aquisição de direitos de utilização de um transponder de satélite adicional, no

programa de digitalização e na compra de novo catálogo de filmes no negócio de audiovisuais.

O EBITDA menos Capex

decresceu 23,7% (9,6 milhões de euros) para 31 milhões de euros no primeiro semestre de

2006, reflectindo o aumento do Capex em 20 milhões de euros.

(5)

ÓRGÃOS SOCIAIS

Membros da Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Jorge Luís Seromenho Gomes de Abreu

Secretário

Nuno Maria Macedo Alves Mimoso

Membros do Conselho de Administração

1

Presidente

Henrique Manuel Fusco Granadeiro

2

Comissão Executiva

Presidente

Zeinal Bava

Vogais

Manuel Francisco Rosa da Silva

3

Francisco José Meira da Silva Nunes

4

Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Calheiros

Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão

Vogais Não Executivos

Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva

António

Domingues

José Pedro Sousa de Alenquer

Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes

Luís João Bordalo da Silva

Fiscal Único

Efectivo

Ascenção, Gomes, Cruz & Associado – SROC,

Representada por Mário João de Matos Gomes

(6)

ESTRUTURA SIMPLIFICADA DA PT-MULTIMÉDIA EM 30 DE JUNHO DE 2006

TV Cabo

Portugal

100% Cabo TV Açoreana 83,82% Cabo TV Madeirense 69,00%

PT-Conteúdos

Lisboa TV Sport TV Portugal 100%

PT-Multimédia

TV por Subscrição

e

Internet de Banda Larga

Lusomundo

Audiovisuais

100% Outras Participações Grafilme 55,56%

Audiovisuais

40,00% 50,00%

Exibição

Cinematográfica

Lusomundo Moçambique

Lusomundo

Cinemas

100% 100%

TV Cabo

Portugal

100% Cabo TV Açoreana 83,82% Cabo TV Madeirense 69,00%

PT-Conteúdos

Lisboa TV Sport TV Portugal 100%

PT-Multimédia

TV por Subscrição

e

Internet de Banda Larga

(7)

RELATÓRIO DE GESTÃO

Eventos do Semestre e Desenvolvimentos Recentes

Remuneração Accionista

ƒ Em 17 de Maio de 2006, a PT-Multimédia procedeu ao pagamento de um dividendo em dinheiro de 27,5 cêntimos

por acção referente ao exercício de 2005, conforme deliberação da Assembleia Geral de accionistas realizada no dia

19 de Abril de 2006.

Desenvolvimentos Corporativos

ƒ Em 7 de Fevereiro de 2006, a Sonaecom, SGPS, S.A. e Sonaecom-B.V. (abreviada e conjuntamente designadas por

‘‘Sonaecom’’) anunciaram preliminarmente uma Oferta Pública de Aquisição não solicitada (abreviadamente

designada por ‘‘OPA’’) sobre o capital da PT-Multimédia. A contrapartida oferecida será constituída pela importância

de 9,03 Euros (nove Euros e três cêntimos) por cada Acção, ficando o lançamento da Oferta sujeito: (i) à obtenção

do registo prévio da Oferta junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; (ii) à obtenção das aprovações e

autorizações administrativas exigíveis nos termos da lei portuguesa ou de legislação estrangeira aplicável; (iii) a ser

lançada a Oferta Pública de Aquisição sobre as acções representativas do capital social da Portugal Telecom, SGPS, S.

A., no seguimento do anúncio preliminar publicado pela Sonaecom em 6 de Fevereiro de 2006, a verificarem-se

todas as condições a que essa oferta fique sujeita e que, por via disso, passem a ser imputáveis à Sonae SGPS e/ou à

Sonaecom mais de 50% dos votos inerentes ao capital social da PT-Multimédia.

(8)

Novos Serviços

ƒ Em 6 de Março de 2006, a PT-Multimédia anunciou que, dados os resultados positivos dos pilotos feitos à tecnologia

VoIP, pretende lançar uma oferta de VoIP no final do terceiro trimestre de 2006, condicionada às necessárias

aprovações regulamentares.

ƒ Em 15 de Março 2006, a PT-Multimédia reforçou as funcionalidades da powerbox com o lançamento de um serviço

que disponibiliza 13 estações de rádio. Este novo serviço vem complementar esta oferta digital da TV Cabo, a qual já

inclui serviços como Multicâmaras, Multijogos, Canal de Acolhimento, Guia, Barra de Programação, Pay per View e

Replay nos Canais Lusomundo.

ƒ Em 10 Abril de 2006, a PT-Multimédia e a TMN lançaram em parceria um serviço de mobile TV – Mobile TV by TV

Cabo - permitindo aos clientes da TMN o acesso a 21 canais fornecidos pela PT-Multimédia, os quais abrangem

temáticas como informação, música e desporto.

ƒ Em 25 de Maio de 2006, a PT-Multimédia lançou em parceria com a TMN, a funcionalidade de push mail permitindo

aos clientes Netcabo acederem aos seus e-mails em tempo real no seu Smartphone ou Pocket PC. A PT-Multimédia

foi o primeiro ISP a lançar esta funcionalidade em Portugal.

ƒ Em 30 de Junho, a PT-Multimédia lançou em parceria com a TMN e pela primeira vez em Portugal o serviço mobile

ticketing. Este serviço permite aos clientes receberem os bilhetes de cinema por SMS directamente no seu telemóvel.

Capital Social

ƒ Em 12 de Maio de 2006 e dando cumprimento à deliberação tomada pela Assembleia Geral de accionistas realizada

dia 19 de Abril, a PT-Multimédia procedeu à outorga da escritura pública de aumento do seu capital social no

montante de 173.094.223,68 Euros, por incorporação de prémios de emissão, reservas legais e reserva especial de

cancelamento de acções próprias, passando o seu capital social a ser de 250.368.430,68 Euros. Este aumento foi

efectuado mediante o aumento do valor nominal em todas as acções representativas do capital social da PT-

Multimédia no montante de 56 cêntimos de Euro, passando o valor nominal de cada a acção a ser de 81 cêntimos

de Euro.

ƒ Em 11 de Setembro de 2006, em cumprimento da deliberação tomada pela Assembleia Geral no dia 19 de Abril de

2006 e após obtenção da necessária autorização judicial, a PT-Multimédia procedeu à outorga da escritura pública

de redução do seu capital social no montante de 219.458.747,88 Euros, por libertação de excesso de capital através

da criação de reservas livres nesse montante, passando o social da PT Multimédia a ser de 30.909.682,80 Euros. A

referida redução foi efectuada mediante a redução do valor nominal em todas as acções representativas do capital

social da PT-Multimédia, passando o valor nominal de cada a acção a ser de 10 cêntimos de Euro.

Órgãos Sociais

(9)

ƒ Em 19 de Abril, a Assembleia Geral Anual de Accionistas da PT-Multimédia aprovou a redução do Conselho de

Administração para 13 membros.

ƒ Em 17 de Maio de 2006, a PT-Multimédia informou sobre alterações na composição do Conselho de Administração

e da Comissão Executiva da PT-Multimédia que passaram a ser as seguintes:

Conselho de Administração

Presidente: Henrique Manuel Fusco Granadeiro

Vogais:

Zeinal

Bava

Manuel Rosa da Silva

Francisco Nunes

Duarte

Calheiros

Pedro

Leitão

Manuel Fernando Espírito Santo Silva

António

Domingues

José Pedro Sousa de Alenquer

Joaquim Freixial de Goes

Luís Bordalo da Silva

Comissão Executiva

Presidente Zeinal

Bava

Vogais

Manuel Rosa da Silva

Francisco Nunes (CFO)

Duarte

Calheiros

(10)

Evolução dos Negócios

Televisão por Subscrição e Internet de Banda Larga

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga(1)

Casas Passadas ('000) 2.782 2.606 6,7%

Com capacidades Interactivas 2.679 2.484 7,9%

Clientes TV por Subscrição(2,3) ('000) 1.444 1.465 (1,5%)

Cabo 1.072 1.076 (0,4%)

Satélite 371 389 (4,5%)

Adições Líquidas TV por Subscrição ('000) (35) 16 n.s.

Cabo (17) 10 n.s.

Satélite (18) 6 n.s.

Taxa de Penetração Cabo (%) 38,6% 41,3% (2,7pp)

Subscrições Premium(3) ('000) 735 786 (6,4%)

Rácio Pay to Basic (%) 51,0% 53,6% (2,7pp)

Acessos Banda Larga ('000) 344 333 3,4%

Adições Líquidas Banda Larga ('000) (4) 27 n.s. Taxa de Penetração Banda Larga (%) 32,1% 30,9% 1,2pp

ARPU Global (Euro) 28,86 27,60 4,6%

1S05 Δ 06/05

1S06

(1) Em resultado do ajustamento da base de Clientes efectuado no 2T05, na sequência da migração para os novos sistemas de gestão de clientes, aprovisionamento e facturação, o número de clientes de TV por Subscrição no final do 2T05 foi de 1.465 mil. O número de clientes de banda larga via cabo, ajustado a este efeito, foi no final do 2T05 de 333 mil. (2) Os números apresentados referem-se ao número total de clientes do serviço básico da TV Cabo. Saliente-se que a TV Cabo oferece vários serviços básicos, suportados em diversas tecnologias, direccionados para diferentes segmentos de mercado (doméstico, imobiliário e hotelaria), com distinto âmbito geográfico (Portugal Continental e ilhas) e com um número variável de canais em cada pacote. (3) Os números apresentados incluem produtos em regime de promoção temporária (p.e., promoções do tipo “Try and Buy”), ligações em redes comerciais e contratos com promotores imobiliários ainda não activos.

O compromisso da PT-Multimédia de continuar a investir na expansão e no upgrade da sua rede de cabo reflectiu-se nos

investimentos realizados no primeiro semestre. O número de casas passadas aumentou 6,7% para 2.782 mil no final do

segundo trimestre de 2006. Actualmente 96,3% das casas passadas dispõem de bidireccionalidade estando por isso aptas

a suportar serviços interactivos e de Internet de banda larga.

No primeiro semestre de 2006, a PT-Multimédia prosseguiu com a reestruturação da arquitectura da sua rede de acesso,

substituindo a actual estrutura em árvore por uma solução “fibre to the hub”. Esta nova arquitectura de rede permitirá

aumentar a velocidade do serviço de Internet de banda larga, potenciar uma melhor qualidade de serviço ao nível da

oferta digital e introduzir serviços adicionais como o VoD. No final de Junho de 2006, estavam já concluídos dois dos

cinco anéis ópticos de elevada capacidade que constituem a arquitectura “fibre to the hub” da zona da grande Lisboa. A

implementação da arquitectura “fibre to the hub” quando concluída abrangerá cerca de 75% da base actual de clientes.

O serviço de TV por Subscrição atingiu 1.444 mil clientes no final de Junho de 2006 (1.072 mil clientes de TV por Cabo e

371 mil clientes de TV por Satélite), com 36 mil desligamentos líquidos no primeiro semestre de 2006. A principal razão

para este nível mais elevado de desligamentos é a actual conjuntura económica e as perspectivas menos favoráveis de

evolução futura que se traduziram numa redução efectiva da procura dos serviços de TV por Subscrição.

(11)

O pacote digital Funtastic Life continuou a registar uma boa adesão por parte dos clientes e a contribuir para o aumento

de ARPU. No final de Junho de 2006, o pacote Funtastic Life contava com 196 mil clientes, correspondentes a 36 mil

adições líquidas no primeiro semestre.

A digitalização do Serviço de TV por Subscrição tem sido um projecto fundamental. No serviço de TV por Cabo, a

PT-Multimédia concluiu em 15 de Maio de 2006 a substituição das set-top boxes analógicas por set-top boxes digitais,

procedendo ao desligamento total do sinal analógico nos canais Premium. No final do primeiro semestre de 2006, o

número total de set top boxes com acesso a serviços digitais (powerboxes) alcançou as 585 mil unidades.

As subscrições de serviços premium alcançaram 735 mil no final de Junho de 2006, equivalente a um rácio pay-to-basic

de 51,0%. O decréscimo do número de subscrições Premium, especialmente ao nível dos canais de cinema, reflecte

essencialmente as condições macroeconómicas adversas. No segundo trimestre de 2006, as subscrições do canal Sport

TV foram impulsionadas pela cobertura alargada do Campeonato do Mundo de Futebol 2006 realizada por este canal. No

final de Junho de 2006, o canal Sport TV contava com 429 mil clientes, um aumento líquido de 19 mil subscrições no

primeiro semestre.

No primeiro semestre de 2006, a PT-Multimédia reforçou as funcionalidades da powerbox com o lançamento de um

serviço que disponibiliza 13 estações de rádio. Este novo serviço vem complementar esta oferta digital da TV Cabo, a

qual já inclui serviços como Multicâmaras, Multijogos, Canal de Acolhimento, Guia, Barra de Programação, pay per view e

Replay nos Canais Lusomundo.

Em Abril de 2006, a PT-Multimédia e a TMN lançaram em parceria um serviço de mobile TV - Mobile TV by TV Cabo -

permitindo aos clientes da TMN o acesso a 21 canais fornecidos pela PT-Multimédia, os quais abrangem temáticas como

informação, música e desporto.

O número de clientes de Internet de banda larga cresceu 3,4% no primeiro semestre de 2006 para 344 mil. No primeiro

semestre de 2006 verificaram-se desligamentos líquidos de 4 mil clientes. A penetração dos serviços de Internet de

banda larga na base de clientes de TV por Cabo é de 32,1%, um aumento de 1,2pp face ao primeiro semestre de 2005.

No segundo trimestre de 2006, a PT-Multimédia lançou em parceria com a TMN, a funcionalidade de push mail

permitindo aos clientes Netcabo acederem aos seus e-mails em tempo real no seu Smartphone ou Pocket PC. A

PT-Multimédia foi o primeiro ISP a lançar esta funcionalidade em Portugal.

(12)

Audiovisuais e Exibição Cinematográfica

A PT-Multimédia distribuiu 6 dos 10 filmes mais vistos em Portugal no primeiro semestre de 2006, num total de 64

filmes, de entre os quais se destacam os êxitos de “Missão Impossível 3 – MI3”, “O Infiltrado”, “Munique”, “Scary Movie

4 – Que susto de filme” e “ Como despachar um encalhado”.

Adicionalmente, no primeiro semestre foram lançados 327 novos títulos em vídeo e DVD, incluindo “Chicken Little”,

“Crónicas de Narnia”, “A Dama e o Vagabundo – Edição Especial”, “Bambi2” e “A Lenda de Zorro”.

No primeiro semestre de 2006, o número de bilhetes de cinema vendidos em Portugal totalizou 3.638 mil, um aumento

18,1% face a igual período de 2005. Esta aumento decorreu essencialmente do número significativo de blockbusters

lançado no período, entre os quais se destacam “O Código Da Vinci”, “Idade do Gelo – Descongelados”, “Missão

Impossível 3 - MI3”, “O Infiltrado” e “Scary Movie 4 – Que Susto de Filme” que impulsionaram a venda de bilhetes.

A PT-Multimédia abriu no primeiro semestre dois novos multiplexes um em Gondomar e outro em Coimbra, com 12 e 6

salas, respectivamente e encerrou os cinemas de Santa Maria da Feira, Vila Franca de Xira e Guarda os quais contavam

com 3, 2 e 1 salas, respectivamente. Assim, o circuito de cinemas da PT-Multimédia tem actualmente 190 salas, num

total de 35.398 lugares.

(13)

Análise dos Resultados Consolidados

A análise efectuada em seguida deverá ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas e as

correspondentes notas anexas.

Desde 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras consolidadas da PT-Multimédia foram preparadas de acordo

com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adaptadas na União Europeia (“IFRS”), conforme normativo aplicável

às empresas cotadas em bolsa de valores da União Europeia, tendo sido aplicado para o efeito o “IFRS 1 – First-Time

Adoption of International Financial Reporting Standards”, e sendo a data de transição para efeitos de apresentação

destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004.

Na sequência da decisão de venda da Lusomundo Serviços (negócio de media da PT-Multimédia), este segmento de

negócio foi apresentado nas demonstrações financeiras consolidadas, até à data efectiva de alienação, como operações

descontinuadas, de acordo com as normas dos IFRS.

(14)

Resultados Consolidados

Receitas de Exploração 324,7 310,3 4,6%

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga 290,6 275,6 5,4%

Audiovisuais 14,7 16,7 (12,5%)

Exibição Cinematográfica 19,3 17,3 11,4%

Outras 0,2 0,7 (67,7%)

Custos Operacionais, Excluindo Amortizações 218,5 214,2 2,0%

Custos com o Pessoal 21,5 22,0 (2,5%)

Custos Directos dos Serviços Prestados 100,8 98,9 2,0%

Custos com Programação 74,7 68,7 8,7%

Outros Custos Directos 26,1 30,2 (13,4%)

Custos das Mercadorias Vendidas 4,6 8,1 (43,0%)

Marketing e Publicidade 8,0 9,1 (11,7%)

Fornecimentos e Serviços Externos 64,0 61,4 4,2%

Provisões e Ajustamentos 8,0 3,9 106,8%

Outros Custos Operacionais 11,5 10,8 6,9%

Resultado Operacional antes de Amortizações (EBITDA) (1) 106,2 96,1 10,5%

Amortizações 50,9 28,5 78,2%

Resultado Operacional (2) 55,3 67,6 (18,1%)

Outros Custos / (Proveitos) (8,1) (0,2) n.s.

Mais / (Menos) Valias Alienação de Imobilizado 0,2 (0,1) n.s.

Outros Proveitos Líquidos (8,3) (0,1) n.s.

Resultado Antes de Resultados Financeiros e Impostos 63,4 67,7 (6,4%)

Outros Custos / (Ganhos) Financeiros Líquidos 3,7 2,4 53,3%

Juros Suportados Líquidos 3,6 3,1 17,3%

Diferenças de Cambio Desfavoráveis (Favoráveis) líq. (0,3) 0,6 n.s. Outras Perdas / (Ganhos) Financeiros 0,1 (1,7) n.s. Perdas / (Ganhos) em Empresas Associadas 0,3 0,4 (26,1%)

Resultados Antes de Impostos e Interesses Minoritários 59,7 65,4 (8,6%)

Imposto Sobre o Rendimento (14,6) (17,5) (16,8%)

Resultado das Operações Continuadas 45,2 47,9 (5,6%)

Resultado das Operações Descontinuadas 0,0 (4,0) (100,0%)

Interesses Minoritários (1,6) (0,1) n.s.

Resultado Líquido Consolidado 43,6 43,8 (0,5%)

1S05 Δ 06/05

Milhões de euros 1S06

(1) EBITDA = Resultado operacional + amortizações

(2) Resultado Operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Imparidade do Goodwill ± Mais/Menos valias na Alienação de Imobilizado ± Outros Custos/Proveitos

Receitas de Exploração Consolidadas

As receitas de exploração aumentaram 4,6% para 325 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, impulsionadas

pelo crescimento das receitas do negócio de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga.

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga 291,8 275,9 5,8%

Audiovisuais 24,3 24,2 0,7%

xibição Cinematográfica 19,3 17,2 11,7%

utras e Eliminações (10,7) (7,0) 52,2%

ceitas de Exploração Consolidadas 324,7 310,3 4,6%

ilhões de euros 1S06 1S05 Δ 06/05

E O

Re

(15)

As receitas da actividade de TV por Subscrição e Internet de banda larga aumentaram 5,8% para 292 milhões de euros

no primeiro semestre de 2006, reflectindo a crescente penetração do pacote digital Funtastic Life e o aumento das

subscrições do canal Sport TV. No primeiro semestre de 2006, a actividade de TV por Subscrição e Internet de banda

larga representou 89,5% do total de receitas da PT-Multimédia.

As receitas operacionais do negócio de Audiovisuais aumentaram 0,7% para 24 milhões de euros no primeiro semestre

de 2006. Este acréscimo é essencialmente justificado pelo incremento das receitas de direitos de exibição e transmissão

que mais do que compensou a redução das vendas de vídeo/DVD.

As receitas da área de exibição cinematográfica cresceram 11,7% devido ao aumento do número de bilhetes vendidos no

segundo trimestre.

A diferença na taxa de crescimento das receitas operacionais da actividade de Audiovisuais e a contribuição dessa área

para as receitas consolidadas está relacionada com o decréscimo das vendas de vídeo/DVD que ao nível do reporte por

área de negócio é compensado por um incremento das receitas intragrupo, essencialmente receitas de direitos de

exibição e de transmissão.

Resultados Operacionais antes de Amortizações (EBITDA)

No primeiro semestre de 2006, o crescimento do EBITDA e respectiva margem foi ainda condicionado por custos de

programação mais elevados em resultado do lançamento do pacote Funtastic Life no segundo trimestre de 2005 e por

um aumento do custo de serviços de suporte, nomeadamente os relacionados com o apoio a Clientes de modo a

suportar a aposta no aumento da qualidade de serviço.

Apesar das condicionantes identificadas, o EBITDA aumentou em 10,5% atingindo 106 milhões de euros no primeiro

semestre de 2006, e a margem EBITDA melhorou em 1,7pp para 32,7%, sobretudo devido ao crescimento do ARPU

(+4,6%) no período.

Custos Operacionais (excluindo Amortizações)

Custos operacionais

, excluindo amortizações, totalizaram 219 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, um

aumento de 2,0% face a igual período de 2005 essencialmente decorrente do reforço efectuado em serviços de suporte e

em programação. Adicionalmente verificou-se um aumento das provisões e ajustamentos relativas a dívidas de clientes

do negócio de TV por Subscrição e Internet de banda larga.

(16)

Custos das mercadorias vendidas

decresceram 43% para 5 milhões de euros no primeiro semestre de 2006. Esta

diminuição reflecte: (1) a redução das vendas de vídeos e videojogos no negócio de Audiovisuais; e (2) o maior nível de

custos das mercadorias vendidas no primeiro semestre de 2005 devido ao impacto da implementação do protocolo

celebrado com o Governo da República e com o Governo Regional da Madeira, ao abrigo do qual a Cabo TV Madeirense

disponibiliza os quatro canais nacionais através de set top boxes digitais. O impacto deste protocolo no EBITDA nulo uma

vez que o custo das set top boxes é suportado pelos subscritores e pelo Governo Regional da Madeira. Os custos das

mercadorias vendidas representam 1,4% das receitas consolidadas do primeiro semestre de 2006.

Custos com outros fornecimentos e serviços externos

aumentaram 4,2% para 64 milhões de euros no primeiro

semestre de 2006. Este aumento reflecte: (1) o investimento efectuado ao nível dos call centers de modo a suportar a

aposta na melhoria da qualidade de serviço; (2) a maior penetração dos serviços digital e de Internet de banda larga e (3)

o aumento dos custos de outsourcing de sistemas de informação inerente à entrada em funcionamento dos novos

sistemas. Os custos com serviços de suporte representam 19,7% das receitas consolidadas.

Provisões e ajustamentos

aumentaram 4 milhões de euros para 8 milhões de euros no primeiro semestre de 2006. A

variação desta rubrica, que representa 2,5% das receitas totais consolidadas da PT-Multimédia no primeiro semestre de

2006, decorre do aumento dos ajustamentos relativos a dívidas de clientes de TV por Subscrição e Internet de banda

larga.

(17)

Resultado Consolidado Líquido

Outros proveitos não recorrentes

incluem no primeiro semestre de 2006 o montante de 8 milhões de euros relativo à

reversão da provisão constituída pelo montante total de 18 milhões de Euros em 2005 associado às responsabilidades

com a alienação da Lusomundo Media. A reversão parcial desta provisão foi efectuada na sequência da assinatura com o

comprador da Lusomundo Media dos acordos relativos à definição do valor das indemnizações estabelecidas do contrato

de compra e venda deste activo.

Juros suportados líquidos

aumentaram 0,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, ascendendo a 3,6 milhões

de euros. Este item inclui encargos financeiros relativos aos contratos de telecomunicações e transponders.

Perdas em empresas associadas

foram de 0,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, o que compara com 0,4

milhões de euros em igual período do ano passado. No primeiro semestre de 2006, esta rubrica inclui essencialmente a

proporção da PT-Multimédia nos resultados da Octal TV (perda de 0,8 milhões de euros) e da Lisboa TV (ganho de 0,4

milhões de euros).

Imposto sobre rendimento

decresceu 16,8% para 15 milhões de euros no primeiro semestre de 2006 devido à

diminuição do resultado antes de imposto no período e à redução da taxa efectiva de imposto de 26,8% no primeiro

semestre de 2005 para 24,4% no primeiro semestre de 2006. Esta redução da taxa efectiva de imposto decorre da

diminuição de provisões relativas às indemnizações relacionadas com a venda da Lusomundo Serviços, as quais são

fiscalmente dedutíveis em 50%.

Operações descontinuadas

inclui em 2005 os resultados das empresas alienadas durante os períodos reportados.

Tendo sido anunciado a venda da Lusomundo Serviços em Fevereiro de 2005, este negócio foi reportado como operação

descontinuada nas demonstrações de resultados consolidados de 2005, de acordo com as regras IFRS. Assim, os

resultados desta empresa foram incluídos neste item até à data efectiva da sua alienação em 25 de Agosto de 2005.

Ganhos atribuíveis a Interesses minoritários

aumentaram de 0,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2005,

para 1,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2006, sendo essencialmente decorrentes dos ganhos atribuíveis a

interesses minoritários da Cabo TV Madeirense, S.A. e da Cabo TV Açoreana, S.A.. O aumento verificado nesta rubrica

resulta do facto de em 2005 esta rubrica ainda incluir a perda atribuível aos interesses minoritários da Lusomundo

Serviços, os quais ascenderam a 1,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2005.

(18)

CAPEX

M

E

Infra-estrutura TV por Subscrição e Internet Banda Larga 22,1 14,6 51,1% T A Ou Tota quipamento Terminal 13,3 7,1 86,8% ransponders 19,0 16,8 13,2% udiovisuais 9,3 4,6 102,4% tros 11,7 12,5 (6,5%) l Capex 75,3 55,6 35,5% Δ 06/05 1S06 ilhões de Euros 1S05

(19)

Free Cash Flow

Milhões de Euros 1S06 1S05 Δ 06/05

EBITDA menos Capex 30,9 40,5 (23,7%)

Itens não monetários incluídos no EBITDA e Capex (0,0) (1,0) (96,6%)

Variação do fundo de maneio (6,5) 4,3 n.s.

Cash flow operacional 24,4 43,9 (44,5%)

Juros pagos (1) (3,3) 0,1 n.s.

Impostos Sobre o Rendimento pagos por subsidiárias(2) (1,2) (1,0) 9,8%

Outros movimentos (2,8) (1,7) 64,2%

Free cash flow 17,2 41,2 (58,4%)

(1) Esta rubrica incluí juros de compromissos financeiros relacionados com contratos de aluguer de capacidade e direitos de utilização (3,4 milhões de Euros no primeiro semestre de 2006)

(2) Esta rubrica incluí os impostos pagos pela TV Cabo Madeirense e TV Cabo Açoreana.

No primeiro semestre de 2006, o cash flow operacional decresceu de 44,5% para 24 milhões de euros devido à variação

negativa do fundo maneio e à diminuição do EBITDA menos Capex. O EBITDA menos Capex foi de 31 milhões de euros

no primeiro semestre de 2006, que compara com 41 milhões de euros no período homólogo de 2005. A descida do

EBITDA menos Capex resulta fundamentalmente do aumento de Capex em 20 milhões de euros no primeiro semestre de

2006, que foi parcialmente compensado com o aumento do EBITDA em 10 milhões de euros.

A variação negativa do fundo maneio no primeiro semestre de 2006 resulta essencialmente: (1) da diminuição das contas

a pagar a fornecedores em 16 milhões de euros devido aos elevados níveis de capex e opex no quarto trimestre de 2006,

e (2) do aumento das contas a receber em 3 milhões de euros, que foram parcialmente compensados pela diminuição de

existências em 14 milhões de euros devido à utilização dos direitos de transmissão do Campeonato do Mundo de Futebol

2006.

(20)

Balanço Consolidado

Activo Corrente 229,1 273,0

Caixa e Equivalentes de Caixa 42,7 76,7

Contas a Receber 143,5 136,4

Existências 22,7 37,1

Impostos a Recuperar 6,5 10,9

Custos Diferidos e Outros Activos Correntes 13,6 11,9 A T P P T C I Ca T

ctivo não Corrente 729,1 727,8

Investimentos em Empresas Participadas 20,1 24,8

Activos Intangíveis 298,8 294,4

Activos Tangíveis 279,9 259,8

Activos por Impostos Diferidos 102,1 114,9

Outros Activos não Correntes 28,2 34,0

otal do Activo 958,2 1.000,8 assivo Corrente 342,1 336,3 Empréstimos Obtidos 85,3 44,2 Contas a Pagar 170,6 188,4 Acréscimos de Custos 45,9 43,8 Proveitos Diferidos 3,3 7,5 Impostos a Pagar 12,8 8,4

Provisões e Outros Passivos Correntes 24,1 43,9

assivo não Corrente 220,1 225,9

Dívida de Médio e Longo Prazo 198,2 203,1

Provisões e Outros Passivos não Correntes 21,9 22,8

otal do Passivo 562,2 562,1

apital Próprio antes de Interesses Minoritários 387,3 429,1

Capital Social 250,4 77,3

Prémio de Emissão de Acções - 159,3

Acções Próprias (8,5) (8,5)

Reservas e Resultados Transitados 102,0 89,0

Resultado Líquido 43,6 112,0

nteresses Minoritários 8,7 9,6

pital Próprio 396,0 438,7

otal do Passivo e Capital Próprio 958,2 1.000,8

Milhões de euros 30 Junho 2006 31 Dezembro 2005

(21)

Dívida Líquida Consolidada

Dívida Líquida (balanço inicial) 170,6 156,4 9,1%

Free Cash Flow (a subtrair) 17,2 41,2 (58,4%)

Dividendos pagos por subsidiárias (1) 2,4 1,9 26,4%

Dividendos pagos pela PT-Multimedia 85,0 77,2 10,1%

rrants - 91,5 (100,0%)

vida Líquida (balanço final) 240,8 285,7 (15,7%)

Milhões de euros 1S06 1S05 Δ 06/05

Wa

(1) Este montante diz respeito aos dividendos pagos aos accionistas minoritários da Cabo TV Madeirense e Cabo TV Açoreana.

Em 30 de Junho de 2006, a dívida líquida consolidada da PT-Multimédia ascendia a 241 milhões de euros, um aumento

de 70 milhões de euros face ao valor de final de 2005. O free cash flow de 15 milhões de euros gerado no período foi

mais do que compensado pelos dividendos pagos no primeiro semestre de 2006 (85 milhões de euros).

Dívida de Curto Prazo 85,3 44,2 41,1 92,9%

Empréstimos Bancários 11,7 4,1 7,6 185,0%

Empréstimos de Accionistas 32,2 - 32,2 n.s.

Equity swaps sobre acções próprias (1) 8,5 8,5 - 0,0%

Locações Financeiras 1,4 1,2 0,2 12,4%

Contratos de Longo Prazo de Telecomunicações 21,6 21,9 (0,3) (1,5%)

Transponders 9,9 8,5 1,5 17,2%

Dívida de Médio e Longo Prazo 198,2 203,1 (4,9) (2,4%)

Empréstimos Bancários 27,0 34,6 (7,6) (22,0%)

Locações Financeiras 1,9 1,9 (0,1) (3,5%)

Contratos de longo prazo de Telecomunicações 33,5 43,8 (10,3) (23,5%)

Transponders 135,9 122,8 13,1 10,7%

Dívida Total 283,5 247,3 36,2 14,6%

Disponibilidades 42,7 76,7 (34,0) (44,3%)

Dívida Líquida Consolidada 240,8 170,6 70,2 41,2%

Milhões de euros 30 Junho 2006 31 Dezembro 2005 Variação Variação (%)

(1) Este montante diz respeito aos equity swaps sobre acções próprias contratados em Dezembro de 2005.

(22)

Capital Próprio (excluindo Interesses Minoritários)

Em 30 de Junho de 2006, o capital próprio excluindo interesses minoritários ascendeu a 387 milhões de euros, um

decréscimo de 42 milhões de euros em relação a 31 de Dezembro de 2005.

Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo inicial) 429,1

Resultado líquido 43,6

Dividendos pagos (85,0)

Outros (0,3)

Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo final) 387,3

Alteração no capital próprio antes de interesses minoritários (41,8)

Milhões de Euros 1S06

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as

demonstrações financeiras individuais da empresa, preparadas de acordo com os princípios contabilísticos portugueses.

Em 30 de Junho de 2006, as reservas distribuíveis da PT-Multimédia ascendiam a aproximadamente 109 milhões de

euros, um decréscimo de 71 milhões de euros relativamente a 31 de Dezembro de 2005, essencialmente decorrente dos

dividendos pagos (85 milhões de Euro) o que mais que anulou o resultado líquido gerado no período de acordo com os

princípios contabilísticos portugueses (42 milhões de Euros). O nível das reservas distribuíveis é influenciado pelo

montante: (1) de acções próprias adquiridas; (2) do resultado líquido gerado, e (3) de dividendos pagos.

Reservas distribuíveis (saldo inicial) 179,7

esultado líquido POC (95%) 39,8

ividendos pagos (85,0)

esultados não distrubuídos por subsidiárias R

D

(1)

R (25,7)

eservas distribuíveis (saldo final) 108,7

Alteração no capital próprio antes de interesses minoritários (71)

eestruturação do capital 219,5

quisição de acções próprias (8,5)

eservas distribuíveis - Pro-Forma 319,7

ilhões de Euros 1S06 R R A R M

(1) Este item inclui essencialmente reservas legais constituídas por algumas subsidiárias da PT Multimédia em conformidade com a legislação portuguesa.

Em 11 de Setembro de 2006 e conforme deliberação da Assembleia Geral de 19 de Abril de 2006, foi efectuado registo

da redução de capital da PT Multimédia em 219.458.748 Euros, para 30.909.683 Euros, sendo o montante total desta

redução transferido para a rubrica de “Outras reservas”. Assim, as reservas distribuíveis da PT-Multimédia em 30 de

Junho de 2006, ajustadas pelo impacto desta operação de redução de capital, bem como pela aquisição de acções

próprias decorrente do equity swap contratado (8,5 milhões de euros), ascenderiam a cerca de 320 milhões de Euros.

Lisboa, 13 de Setembro de 2006

O Conselho de Administração,

Henrique Manuel Fusco Granadeiro, Presidente do Conselho de Administração

(23)

Manuel Francisco Rosa da Silva, Vogal da Comissão Executiva

Francisco José Meira da Silva Nunes, Vogal da Comissão Executiva

Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Calheiros, Vogal da Comissão Executiva

Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão, Vogal da Comissão Executiva

Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva, Vogal do Conselho de Administração

António Domingues, Vogal do Conselho de Administração

José Pedro Sousa de Alenquer, Vogal do Conselho de Administração

Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes, Vogal do Conselho de Administração

(24)

PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS NO CAPITAL DA SOCIEDADE

Nos termos e para os efeitos do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais, presta-se a seguinte informação

quanto às participações financeiras detidas pelos membros do Conselho de Administração e pelo Fiscal Único da

PT-Multimédia, à data de 30 de Junho de 2006:

Membros do Conselho de Administração

Henrique Manuel Fusco Granadeiro, Presidente do Conselho de Administração, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Zeinal Bava, Presidente da Comissão Executiva, é titular de 89.196 acções da PT-Multimédia.

Manuel Francisco Rosa da Silva, Administrador, é titular de 25.742 acções da PT-Multimédia.

Francisco José Meira da Silva Nunes, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Calheiros, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

José Pedro Sousa de Alenquer, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes, Administrador, é titular de 150 acções da PT-Multimédia.

Luís João Bordalo da Silva, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

António Domingues, Administrador, não é titular de acções da PT-Multimédia.

Fiscal Único

(25)

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS QUALIFICADAS

Nos termos da alínea d) do nº1 do artigo 8º do Regulamento nº 4/2004 da CMVM, presta-se a seguinte informação

quanto às participações qualificadas detidas por terceiros no capital social da PT-Multimédia que haviam sido

comunicadas à Sociedade até à data do presente relatório.

A Portugal Telecom, SGPS, S.A. (PT) detinha directamente 180.609.700 acções da PT-Multimédia, correspondentes a

58,43% do capital social e dos direitos de voto. Os membros dos órgãos de Administração e de Fiscalização das empresas

que se encontram em relação de domínio ou de grupo com a PT detinham 149.541 acções da PT-Multimédia,

equivalentes a 0,05% do capital social e dos direitos de voto.

Em termos globais, a participação directa e indirecta da PT na PT-Multimédia é de 58,48% à qual corresponde idêntica

percentagem de direitos de voto.

O Banco Espírito Santo, S.A. (BES) detém directa e indirectamente 7,63% do capital social da PT-Multimédia e dos

direitos de voto. No quadro seguinte apresenta-se a participação do BES calculada nos termos do n.º 1 do art.º 20.º do

Código dos Valores Mobiliários.

B

Entidade Nº Acções % do Capital Social

ESA ESA E

anco Espírito Santo, S.A. 8.051.331 2,60%

F - E.S. FIM 157.913 0,05%

F - E.S.G. Patrimónios 85.816 0,03%

SAF - E.S. Fundos Pensões 15.167.394 4,91%

Elementos dos Órgãos Sociais do Banco Espírito Santo, S.A. 111.270 0,04%

Total 23.573.724 7,63%

Em 14 de Julho de 2006, o Barclays Bank Plc, através da sua Sucursal em Portugal, adquiriu fora de bolsa 30.575.090

acções representativas do capital social da PT-Multimédia, as quais, juntamente com as 2.232.081 acções já detidas pelo

Banco, correspondem a um total de cerca de 10,61% dos direitos de voto.

O Banco Português de Investimento, S.A. (“BPI”) detém directa e indirectamente 4,21% do capital da PT-Multimédia e

dos direitos de voto. No quadro seguinte apresenta-se a participação do BPI calculada nos termos do n.º 1 do art.º 20.º

do Código dos Valores Mobiliários.

Entidade Nº Acções % do Capital Social

Banco Português de Investimento, S.A. 364.578 0,12%

undos geridos pela BPI Gestão de Activos 716.938 0,23%

undos de Pensões geridos pela BPI Pensões 11.806.634 3,82%

PI Vida – Companhia de Seguros Vida, S.A. 126.661 0,04%

(26)

TRANSACÇÕES DE ACÇÕES PRÓPRIAS

(27)
(28)

CONTAS CONSOLIDADAS

Demonstrações dos Resultados Consolidados

para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2006 2005 OPERAÇÕES CONTINUADAS RECEITAS: Prestação de serviços 6 305.731.517 286.787.994 Vendas 6 14.652.116 16.089.810 Outras receitas 6 4.303.397 7.387.235 (a) 324.687.030 310.265.039

CUSTOS, PERDAS E GANHOS:

Custos com o pessoal 7 21.469.203 22.028.762

Custos directos dos serviços prestados 8 100.834.302 98.864.703

Amortizações 26 e 27 50.865.705 28.546.273

Custo das mercadorias vendidas 4.637.810 8.140.586

Marketing e publicidade 8.038.735 9.099.590

Serviços de suporte 23.536.783 19.344.535

Manutenção e reparação 9.173.519 10.608.700

Fornecimentos e serviços externos 9 40.436.032 42.045.724

Provisões e ajustamentos 32 8.034.505 3.884.878

Impostos indirect os 976.021 (66.277)

Outros custos correntes 1.354.442 216.502

(b) 269.357.057 242.713.976

(c)=(a)-(b) 55.329.973 67.551.063

Perdas/(ganhos) com a alienação de activos 210.717 (50.301)

Outros proveitos líquidos 32 (8.270.010) (147.935)

(d) (8.059.293) (198.237)

Resultado antes de resultados financeiros e impostos (e)=(c)-(d) 63.389.266 67.749.300

Juros líquidos 3.640.616 3.103.947

Perdas em variações cambiais, líquidas (338.407) 569.610

Perdas / (ganhos) em activos financeiros, líquidos 3.269 (736)

Perdas em empresas participadas, líquidos 282.886 382.959

Outros custos/(proveitos) financeiros, líquidos 11 71.497 (1.668.406)

(f) 3.659.861 2.387.374

Resultados antes de impostos (g)=(e)-(f) 59.729.405 65.361.926

Imposto sobre o rendimento 12 (14.555.312) (17.489.557)

Resultado das Operações Continuadas 45.174.093 47.872.369

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Resultado das operações descontinuadas 13 - (3.958.298)

Resultado consolidado líquido 45.174.093 43.914.071

Atribuível a:

Interesses minoritários 14 1.623.165 138.247

Accionistas da PT-Multimédia 43.550.928 43.775.824

Resultado líquido por acção

Básico 16 0,14 0,14

Diluído 16 0,14 0,14

O anexo faz parte integrante destas demonstrações dos resultados consolidados

(29)

PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Balanços Consolidados em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005

(Montantes expressos em Euros)

Notas 30 Jun 2006 31 Dez 2005

Activo Activo corrente

Caixa e equivalentes de caixa 17 42.729.053 76.716.762

Contas a receber - clientes 18 131.151.434 122.857.893

Contas a receber - outros 19 12.309.226 13.513.158

Existências 20 22.726.276 37.100.598

Impostos a recuperar 21 6.531.968 10.868.168

Custos diferidos 22 11.283.886 9.880.445

Outros activos correntes 23 2.340.074 2.055.544

Total do activo corrente 229.071.917 272.992.568

Activo não corrente

Contas a receber - outros 19 10.156.251 14.843.750

Investimentos em empresas participadas 24 20.020.972 24.729.863

Outros investimentos 25 30.867 30.867

Activos intangíveis 26 298.815.694 294.402.974

Activos tangíveis 27 279.926.578 259.775.039

Activos por impostos diferidos 12 102.069.979 114.891.618

Outros activos não correntes 23 18.079.938 19.134.216

Total do activo não corrente 729.100.279 727.808.327

Total do activo 958.172.196 1.000.800.895

Passivo Passivo corrente:

Dívida de curto-prazo 28 85.328.290 44.229.716

Contas a pagar - fornecedores 29 141.708.814 160.518.144

Contas a pagar - outros 29 28.878.725 27.879.697

Acréscimos de custos 30 45.943.118 43.794.775

Proveitos diferidos 31 3.293.622 7.538.826

Impostos a pagar 21 12.792.812 8.446.620

Provisões correntes 32 22.032.846 41.798.744

Outros passivos correntes 33 2.090.786 2.055.544

Total do passivo corrente 342.069.013 336.262.066

Passivo não corrente:

Dívida de médio e longo-prazo 28 198.198.173 203.082.651

Contas a pagar - outros 29 26.518 33.628

Provisões não correntes 32 3.768.024 3.580.091

Passivos por impostos diferidos 12 30.990 33.282

Outros passivos não correntes 33 18.079.938 19.134.217

Total do passivo não corrente 220.103.643 225.863.869

Total do passivo 562.172.656 562.125.935

Capital próprio

Capital social 34 250.368.431 77.274.207

(30)

PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Demonstrações Consolidadas das Alterações no Capital Próprio para o Semestre findo em 30 de Junho de 2006

e o Exercício findo em 31 de Dezembro de 2005

(Montantes expressos em Euros)

Prémios de

emissão de Acções Reserva Outras Resultados Interesses Capital acções próprias legal reservas acumulados minoritários

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 78.448.464 159.288.231 - 1.535.803 7.397.370 251.441.557 11.198.126 509.309.551

Compra de acções próprias (Nota 34) (i) - - (59.013.051) - - - - (59.013.051) Exercício financeiro de put warrants - - - - (44.441.968) - - (44.441.968) Cancelamento de acções próprias (Nota 34) (ii) (1.174.257) - 50.493.051 - (49.318.794) - - - Aplicação de resultados - - - 5.504.195 - (82.778.402) - (77.274.207) Outros ajustamentos (ii) - - - - 88.346.496 (88.277.806) - 68.690 Resultado do exercício de 2005 - - - 111.669.760 1.372.111 113.041.871

Outros - - - (3.015.926) (3.015.926)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 77.274.207 159.288.231 (8.520.000) 7.039.998 1.983.104 192.055.109 9.554.311 438.674.960

Aplicação de resultados (Nota 15) - - - 5.720.124 - (90.721.751) - (85.001.627) Aumento de capital (iii) 173.094.224 (159.288.231) - (12.631.736) (1.174.257) - - - Lucros não atribuídos de empresas associadas - - - - 25.819.760 (25.819.760) - Resultados do semestre - - - 43.550.928 1.623.165 45.174.093 Outros ajustamentos - - (13.865) - 404.517 (721.542) (2.516.996) (2.847.886) Saldo em 30 de Junho de 2006 250.368.431 - (8.533.865) 128.386 27.033.124 118.342.984 8.660.480 395.999.54 Total do capital próprio 0

(i) A PT-Multimédia contratou instrumentos de equity swaps sobre 925.000 acções próprias, num total de 8.533.865 Euros, os quais de acordo com os IFRS (IAS 32) foram reconhecidos como uma aquisição efectiva de acções próprias, por contrapartida do reconhecimento de um passivo financeiro.

(ii) No primeiro semestre de 2005 a PT-Multimédia procedeu à emissão e atribuição de put warrants aos seus accionistas, tendo determinados custos desta operação sido reconhecidos directamente na rubrica de “Outras Reservas”. No seguimento desta operação foram canceladas 2.348.514 acções da PT-Multimédia. Adicionalmente foi efectuada uma reclassificação de 87.519.241 Euros, da rubrica “Resultados Transitados” para a rubrica “Outras Reservas”, decorrente da sua utilização no âmbito desta operação.

(iii) No primeiro semestre de 2006, a PT-Multimédia procedeu a um aumento de capital no montante de 173.094.224 Euros por incorporação de prémios de emissão de acções, reservas legais e reserva para acções próprias canceladas nos montantes de 159.288.231 Euros, 12.631.735 Euros e 1.174.258 Euros respectivamente (Nota 34).

O anexo faz parte integrante destas demonstrações das alterações no capital próprio

(31)

PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados

para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2006 e 2005

(Montantes expressos em Euros)

Nota 2006 2005

Actividades operacionais:

Recebimento de clientes 373.503.765 364.202.

Pagamentos a fornecedores (235.362.441) (216.638.620)

Pagamentos ao pessoal (19.759.409) (22.339.377)

Fluxos gerados pelas operações 118.381.915 125.224.

Pagamentos do imposto sobre o rendimento (1.038.541) (1.312.946)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (11.227.526) (14.584.532)

Fluxos das actividades operacionais (1) 106.115.849 109.327.204

Actividades de investimento: Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 36.1 10.204.840 71.750.000

Activos tangíveis 319.273 58.

Juros e proveitos similares 1.766.696 1.533.

Dividendos 36.2 1.641.167 1.032.

Outros recebimentos provenientes de actividades de investimento 1.751.590 -

15.683.566 74.374. Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 36.3 (10.204.840) (40.950.000)

Activos tangíveis (51.772.918) (30.281.324)

Activos intangíveis (25.676.693) (14.507.146)

Outros pagamentos respeitantes a actividades de investimento (554.027) (169)

(88.208.478) (85.738.639)

Fluxos das actividades de investimento (2) (72.524.912) (11.364.506)

Actividades de financiamento: Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 36.4 32.198.667 130.161.934

Venda de acções próprias 1.677.571

-Outros recebimentos provenientes de actividades de financiamento 566.054 - 34.442.292 130.161. Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos - (34.282.811)

Amortizações de contratos de locação financeira (9.637.057) (5.213.919)

Juros e custos similares (4.973.425) (5.983.438)

Dividendos (87.356.166) (79.166.717)

Redução de capital e prestações suplementares - (50.493.051)

Outros pagamentos respeitantes a actividades de financiamento (70.638) (40.957.976) (102.037.286) (216.097.912)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (67.594.994) (85.935.978)

Variação da caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (34.004.057) 12.102.676

Efeito das diferenças de câmbio 16.348 (6.753)

(32)

PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 30 de Junho de 2006

(Montantes expressos em Euros)

1. Nota Introdutória

A PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. (“PT-Multimédia” ou “Empresa”) foi constituída pela Portugal Telecom, SGPS, S.A. (“Portugal Telecom”) em 15 de Julho de 1999 com o objectivo de, através dela, desenvolver a sua estratégia para o negócio de multimédia. Actualmente, o negócio de multimédia explorado pela PT-Multimédia e pelas suas empresas participadas que integram o seu universo empresarial (“Grupo” ou “Grupo PT-Multimédia”), inclui serviços de televisão por cabo e satélite, a edição e venda de videogramas, a exploração de salas de cinemas e a distribuição de filmes. Em 2003, a PT-Multimédia passou a produzir os canais Premium de cinema para a sua plataforma de televisão por subscrição, os quais são comercializados igualmente aos demais distribuidores de televisão por cabo interessados.

O serviço de televisão por cabo e satélite é fornecido pela CATVP – TV Cabo Portugal, S.A. (“TV Cabo Portugal”) e pelas empresas por esta detidas. A TV Cabo Portugal foi constituída em 3 de Novembro de 1992 e iniciou a sua actividade em 29 de Julho de 1993, a qual compreende: a) a distribuição do sinal de televisão por cabo e satélite; b) a exploração de serviços de comunicações electrónicas, no que se inclui serviços de comunicação de dados e multimédia em geral; e c) a prestação de serviços de assessoria, consultoria e afins, directa ou indirectamente relacionados com as actividades e serviços acima referidos.

Até 2003, a actividade da TV Cabo Portugal e suas participadas esteve regulamentada por diversos diplomas legais, nomeadamente a Lei nº 31-A/98 (Lei da Televisão), que foi revogada e substituída pela Lei nº 32/2003, o Decreto-Lei nº 241/97, relativo ao exercício da actividade de operador de rede de cabo, as Portarias nº 501/95 e 791/98, que regulamentavam a exploração de redes de distribuição de televisão por cabo e a fixação das normas técnicas a que devem obedecer a instalação e o funcionamento dessas redes, a Lei nº 91/97 (Lei de Bases das Telecomunicações) e o Decreto-Lei nº 381-A/97, que veio desenvolver os princípios consagrados na referida Lei de Bases das Telecomunicações, acolhendo as regras comunitárias.

Em 2004, foi aprovada a Lei n.º 5/2004 (Lei das Comunicações Electrónicas), que estabelece o regime aplicável às redes e serviços de comunicações electrónicas, que revogou, entre outros diplomas, a Lei n.º 91/97, o Decreto-Lei n.º 381-A/97 e o Decreto-Lei n.º 241/97. De acordo com a Lei das Comunicações Electrónicas, que altera substancialmente o regime das actividades da TV Cabo Portugal e suas participadas, passa a vigorar um regime de autorização geral em que as empresas que pretendam oferecer redes e serviços de comunicações electrónicas devem simplesmente comunicar à Autoridade Nacional das Comunicações (“ANACOM”) uma descrição sucinta da rede ou serviço cuja oferta pretendam iniciar e a data prevista para início de actividade, cabendo à ANACOM emitir declaração que confirme essa comunicação e que descreva em detalhe os direitos em matéria de acesso e interligação e de instalação de recursos. No seguimento desta nova Lei, a ANACOM ficou responsável pela publicação dos regulamentos de execução da Lei das Comunicações Electrónicas, bem como por proceder às alterações e adaptações necessárias dos registos, licenças e autorizações emitidos ao abrigo da legislação anterior, como sucede no caso da TV Cabo Portugal e suas participadas.

(33)

A PT Conteúdos – Actividade de Televisão e de Produção de Conteúdos, S.A. (“PT Conteúdos”), que tem como actividade principal o exercício da actividade de televisão e de produção de conteúdos, produz actualmente os canais Premium de cinema, distribuídos nos canais da TV Cabo Portugal e suas participadas, e efectua ainda a gestão do espaço publicitário de alguns desses canais.

A Lusomundo Audiovisuais, S.A. (“Lusomundo Audiovisuais”) e a Lusomundo Cinemas, S.A. (“Lusomundo Cinemas”), bem como as suas empresas participadas, desenvolvem a sua actividade na área dos audiovisuais, que integra a edição e venda de videogramas, a distribuição de filmes e a exploração de salas de cinemas.

As acções da PT-Multimédia encontram-se cotadas na Euronext - Lisboa, sendo que em 30 de Junho de 2006, um total de 180.609.700 acções, correspondentes a 58,43% do capital da Empresa, são detidas pela Portugal Telecom SGPS.

As notas deste anexo seguem a ordem pela qual os itens são apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas.

As demonstrações financeiras consolidadas para o semestre findo em 30 de Junho de 2006 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas a serem emitidas em 13 de Setembro de 2006.

2. Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euros por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas localizadas no estrangeiro foram convertidas para Euros de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 3.

As demonstrações financeiras consolidadas da PT-Multimédia foram elaboradas de acordo as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e adoptados pela União Europeia, com todas as interpretações do International Financial Reporting Interpretation Commitee (“IFRIC”), em vigor a 30 de Junho de 2006. Para a PT Multimédia não existem diferenças entre os IFRS adoptados pela UE e os IFRS publicados pelo International Accounting Standards Board.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Anexo I.1).

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração recorreu a pressupostos e estimativas, estabelecidos e determinados com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas (Nota 3).

a) Princípios de Consolidação

(34)

Quando os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o seu interesse no capital próprio da entidade controlada, a Empresa absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a entidade controlada subsequentemente reportar lucros, a Empresa apropria todos os lucros até que a parte dos prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários que foram anteriormente absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos, passivos e passivos contingentes de uma entidade controlada são mensurados pelo respectivo justo valor na data de aquisição para as aquisições a partir de 1 de Janeiro de 2004. Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos líquidos identificáveis é registado como goodwill. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das empresas adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação, respectivamente.

As transacções e saldos significativos entre essas empresas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efectuada dentro do Grupo, são igualmente anuladas.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas controladas tendo em vista a uniformização das respectivas políticas contabilísticas com as do Grupo.

Empresas controladas conjuntamente

As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente foram consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método, os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo conjunto. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

Os activos, passivos e passivos contingentes de uma entidade controlada conjuntamente são mensurados pelo respectivo justo valor na data de aquisição para as aquisições a partir de 1 de Janeiro de 2004. Qualquer excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos líquidos identificáveis é registado como goodwill. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

As empresas controladas conjuntamente encontram-se indicadas no Anexo I.3.

Empresas associadas

(35)

Os investimentos financeiros na generalidade das empresas associadas (Anexo I.2) encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros (Nota 24), e por outras variações ocorridas nos activos e passivos adquiridos. Adicionalmente, as participações financeiras poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade.

As perdas em associadas em excesso ao investimento efectuado nessas entidades não são reconhecidas, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada.

Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre o justo valor dos activos líquidos identificáveis é registado como goodwill, sendo adicionado ao valor do respectivo investimento financeiro e a sua recuperação é analisada anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição.

Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (ou operações descontinuadas) são classificados como detidos para venda se o respectivo valor for realizável através de uma transacção de venda ao invés de ser através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é muito provável e o activo está disponível para venda imediata nas suas actuais condições; (ii) a Empresa assumiu um compromisso de vender; e (iii) é expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Neste caso, os activos não correntes são mensurados pelo menor do valor contabilístico ou do respectivo justo valor deduzido dos custos de venda.

Goodwill

O goodwill é registado como activo e incluído nas rubricas de “Activos intangíveis” (Nota 26) no caso de uma empresa controlada ou entidade conjuntamente controlada, e de “Investimentos em empresas participadas” (Nota 24) no caso de uma empresa associada. O

goodwill não é amortizado, sendo sujeito a testes de imparidade anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. Qualquer perda por imparidade é registada de imediato como custo na demonstração dos resultados do período e não é susceptível de reversão posterior.

(36)

3. Principais Políticas Contabilísticas, Julgamentos e Estimativas

a) Classificação do balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a menos de um ano da data do balanço são classificados, respectivamente, no activo e no passivo como correntes.

b) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição. As existências são ajustadas pelo valor dos materiais sem utilização prevista, por motivo de obsolescência tecnológica, bem como pela diferença entre esse custo e o valor de realização, caso este seja inferior, sendo essa depreciação reconhecida directamente na demonstração dos resultados do período como custo das vendas.

c) Activos tangíveis

Os activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou de produção, deduzido de amortizações e, perdas por imparidade acumuladas e subsídios, quando aplicável. O custo de aquisição inclui, para além do preço de compra do activo, (i) as despesas directamente imputáveis à compra e (ii) a estimativa dos custos de desmantelamento, remoção dos activos e requalificação do local (Notas 3.f) e 32).

Os activos tangíveis são amortizados a partir do momento em que estejam concluídos ou em estado de serem usados. A amortização destes activos, deduzidos do seu valor residual, é realizada de acordo com o método das quotas constantes, a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, em conformidade com a vida útil dos activos, definida em função da utilidade esperada. As taxas de amortização praticadas traduzem-se nas seguintes vidas úteis estimadas:

Anos

Edifícios e outras construções 5 a 50

Equipamento básico:

Rede de cliente e equipamentos de rede 4 a 20

Equipamento terminal 4 a 5

Outros equipamentos de telecomunicações 5

Outro equipamento básico 3 a 10

Equipamento de transporte 3 a 8

Ferramentas e utensílios 4 a 10

Equipamento administrativo 3 a 10

Outras imobilizações corpóreas 4 a 10

As perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, são reconhecidas como uma dedução ao activo respectivo por contrapartida de resultados do período. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como custo quando incorridos. Os custos significativos incorridos com renovações ou melhorias do activo são capitalizados e amortizados no correspondente período estimado de recuperação desses investimentos, quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados ao activo e quando os mesmos possam ser mensurados de uma forma fiável.

Referências

Documentos relacionados

O interesse pelo sufixo –dor, aqui estuda- do, surgiu a partir da observação feita por Coelho (2005) que, em sua tese de doutoramento dedicada à sufixação no português arcaico,

*No mesmo dia, saindo da sala do segundo ano, fomos a sala do primeiro ano, quando entramos os alunos já estavam em sala, depois de nos acomodarmos a professora pediu que

Analisaram-se 15 diferentes ovários em cada estágio, com exceção do estágio IV (desovado), no qual foram observadas apenas quatro fêmeas.. As medidas foram tomadas sempre no

Não tem informações sobre a sua modificação química e, pelo exposto acima, no presente trabalho tem-se estudado a modificação química deste amido variando a concentração

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na

־ Uma relação de herança surge quando um objecto também é uma instância de uma outra classe mais geral (exemplo: “automóvel é um veículo”). ־ É sempre possível

- Comece alguma atividade prazerosa antes da fome chegar (ocupa o pensamento e não desconta na comida). - Evite situações de stress perto do horário da refeição

“Ao interpretar na televisão carioca a canção ‘Sou Negro’, cuja letra focaliza problemas de raça, o cantor Tony Tornado, 25 275 , foi advertido pelo Serviço de