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SPP 2013 Poster ITU

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Academic year: 2018

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(1)

E.

COLI

E

INFECÇÃO

URINÁRIA

NOVOS

PERFIS

DE

SUSCEPTIBILIDADE

AOS

ANTIBIÓTICOS

Ana Luísa Mendes¹; Pedro Flores¹; Maria Favila de Menezes 2; Ana Serrão Neto¹

1 – Serviço de Pediatria,Hospital Cuf Descobertas; 2– Serviço de Patologia Clínica, Hospital Cuf Descobertas

A terapêutica empírica e a profilaxia antibiótica dos doentes pediátricos com infecções do trato urinário (ITU) por Escherichia coli (E. coli) não são consensuais. Para tal, contribui o facto de os padrões de resistência desse agente aos antibióticos variarem consoante as áreas geográficas, tornando necessária a sua monitorização periódica em cada centro.

Estudo retrospectivo de uma amostra aleatória de casos de ITU com urinoculturas positivas para E. coli entreJaneiro de 2009 e Dezembro de 2012 (50 amostras/ano). Dos processos clínicos foram recolhidos os seguintes parâmetros: idade, sexo, presença de uropatia, antecedentes pessoais de ITU, utilização de antibiótico profilático, necessidade de internamento, apresentação clínica com febre, padrão de resistência à amoxicilina / ácido clavulânico, cefuroxime, cotrimoxazol e gentamicina. Foram usados testes estatísticos adequados, de acordo com o tamanho da amostra. Foi considerado estatisticamente significativo o valor de p < 0,05.

Conhecer o perfil de susceptibilidade aos antibióticos das estipes de E. coli isoladas em urocultura de doentes em idade pediátrica no Hospital Cuf Descobertas (HCD). Verificar a relação da ocorrência de resistências com factores epidemiológicos e clínicos.

Foram incluídas 198 crianças com ITU a E. coli.

 75,8% eram do sexo feminino.

A média de idades foi de 50,94 ± 3,26 meses.

Havia diagnóstico de uropatia prévia em 17,7% das crianças e antecedentes de ITU em 28,8%.

Mais de um quinto (21,2%) fazia antibioticoterapia profilática, maioritariamente com trimetoprim.

Em 49,0% dos casos havia febre.

 16,2% foram internados.

Encontramos 23,2% de estirpes resistentes a amoxicilina / ácido clavulânico, 7,1% a cefuroxime , 27,8% a cotrimoxazol e 2,5% a gentamicina.

O perfil de resistências aos antibióticos testados manteve-se semelhante ao longo dos anos avaliados.

A resistência à amoxicilina / ácido clavulânico foi mais frequente no sexo masculino (35,4% vs 19,3%; p = 0,022), e em crianças mais novas (36,76 ± 5,17 vs. 55,24 ± 3,88 meses; p=0,01).

A resistência ao cotrimoxazol foi mais frequente nas crianças que faziam profilaxia antibiótica (47,6% vs 25,0%, p= 0,001) e com uropatia associada ( 48,5% vs 23,6%, p=0,05).

Introdução

Objectivos

Metodologia

Resultados

Comentários

 As recomendações internacionais preconizam a monitorização do perfil local de resistências na tomada de decisão relativa ao tratamento empírico e profilaxia da UTI por E. coli em idade pediátrica.

 Esta revisão permitiu verificar que, na nossa população, a taxa de resistência à amoxicilina /ácido clavulânico foi de 23,2%, ocorrendo principalmente em crianças do sexo masculino e mais novas.

 Numa revisão efectuada no HCD e referente a 2001- 2004, a taxa de resistência de E. coli à amoxicilina / ácido clavulânico rondava os 10%, o que legitimava a utilização desse antibiótico como terapêutica empírica da ITU. O aumento de resistências agora documentado justifica a revisão dessa atitude.

A resistência ao cefuroxime foi de 7,1%, o que permite considerar a sua introdução como antibiótico de primeira linha na terapêutica empírica da UTI, tal como recomendado pela SPP.

A elevada taxa de resistências ao cotrimoxazol, bem como o seu incremento em doentes medicados profilaticamente com trimetoprim deve fazer-nos questionar eficácia e a utilidade dessa prescrição.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

%

r

esi

st

en

ci

a

Antibiótico

S

R

Fig 1 - % resistências vs tipo de AB

Fig 2 - Resist AmCl vs Idade

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Sens Resist

Resist TMP/SMX

Fig 4 - AB profilático vs Resistência TMP/SMX

AB profilatico S

AB profilatico N

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

S R

Resist AmoxClav

Sexo M Sexo F

Fig 3 – Resistências AmoxClav vs Sexo

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Sens Resist

Resist TMP/SMX (num casos) Fig 5 - Uropatia prévia vs Resistencia TMP/SMX

Imagem

Fig 2 - Resist AmCl vs Idade

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