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Academic year: 2022

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BOLETIM DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS

COIMBRA

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

FACULDADE DE DIREITO

VOLUME XLV

2 0 0 2

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

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BOLETIMDECIÊNCIASECONÓMICASXLV (2002), pp. 29-48

AAPLICAÇÃODADIRECTRIZCONTABILÍSTICA 29

A APLICAÇÃO DA DIRECTRIZ CONTABILÍSTICA Nº 25

AOS CONTRATOS DE ALUGUER DE LONGA DURAÇÃO

1. Introdução

O recurso à utilização de bens por parte das empre- sas ou outros agentes económicos através da celebração de contratos de locação é hoje um fenómeno frequente.

A informação financeira deve pois reflectir esta realidade e, no plano contabilístico, um objectivo principal tem norteado as entidades nacionais e internacionais que se ocu- pam da produção de normas aplicáveis na elaboração das demonstrações financeiras: o de que a contabilização das operações de locação obedeça a princípios que permitam ao utilizador de tais demonstrações uma imagem verdadeira e apropriada da situação das entidades que as elaboram e divulgam.

A “Directriz Contabilística n.º 25 — Locações” — dora- vante “DC 25” — foi publicada no Diário da República, de 11 de Maio de 2000. A referida Directriz tem por objec- tivo “Complementar o Plano Oficial de Contabilidade (POC) no que respeita a uma melhor explicitação dos conceitos inerentes às locações”.

Com efeito, não oferecendo as operações de locação, no seu sentido geral, dificuldades de definição, já as dife- rentes modalidades segundo as quais aquelas operações se concretizam constituem frequentemente fonte de incerte-

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BOLETIMDECIÊNCIASECONÓMICASXLV (2002), pp. 29-48 30 ANTÓNIOMARTINS

zas quanto ao respectivo tratamento contabilístico. A fina- lidade expressa no ponto 1- “Objectivos” — da DC 25 é a de melhor explicitar os conceitos inerentes ás loca- ções, certamente no intuito de contribuir para um acrés- cimo da qualidade da informação financeira das entidades que celebram contratos de locação.

O objectivo deste texto é o de apreciar algumas das disposições da DC25, por nos parecer que as mesmas não contribuem — antes pelo contrário — para o objectivo expresso pelo legislador, podendo até revelar-se fonte de incertezas na elaboração das demonstrações financeiras, em particular as que respeitam às entidades que celebram con- tratos de aluguer de longa duração (ALD).

O texto está organizado da seguinte forma: na secção 2 tratam-se os aspectos conceptuais relativos ás operações de locação; na secção 3 discute-se a coerência interna da DC25, relativamente a algumas definições nela utilizadas;

a secção 4 conclui.

2. As operações de locação: aspectos conceptuais

A definição de uma operação de locação é consensual quanto ao seu efeito económico principal. Assim, a DC 25, estabelece, no seu n.º 3, que:

“Locação é um acordo pelo qual o locador transfere para o locatário, por contrapartida de um pagamento ou série de pagamentos, o direito à utilização de um deter- minado bem, por um período de tempo acordado”1.

________________________

1 De idêntica forma, A. DAMODARAN (1997) refere que: “A lease involves two parties – the owner of the asset, who buys it and leases it out – and the user of the asset, who uses the asset… the first party, the lessor, charges the second part, the lessee, an agreed upon charge – a lease payment.”

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