o
ARGUMENTO DE NEWTONA FAVOR
DO ESPAçO ABSOLUTOTMICIIEL GHINS
Universùl
d
eEsndul
de CampinasEste artigo apresenta urna reconstruçío detalhada do argumento de Newton a favor do espaço absoluto, nos
hincipia.
Sustenta-se queo
argumentoé
nâ'o somente válido, como também convincente para quem admite a verdade da mecânica newtoniana. Mas, antes de fazer isso, convémmostrar
como esta discussão sobreo
espaço absoluto seenquadra no tema do colóquio, a saber, o surgimento da ciência moderna.
Newton
é
geralmente apresentado pelos historiadorescomo
o
ponto
culminante, ou seja,o ponto
de chegada da revoluçiÍo das idéias científìcas que oco¡reu, digamos, entrea
publicação doDe Rewlutionibus,
quase na hora damorte
de Copémico, noano
1543, e a publicação doshincipia
em
1687. Na interpretaçå'o dos empiristas ló-gicosou
neo-positivistas, esseperíodo
caracteriza-se pelo abandono das idéias místi-cas e metafísimísti-cas,i.e.,
que nãotém
relação com a experiência sensível. Ou seja, onas-cimento da ciência moderna coincidiria e tornar-se-ia possível pela rejeição de concei-tos
cujo
conteúdoempírico
eranulo,
tais como os que encontramos na tradiçãoaris-totélica.
Os fundadores da ciência moderna, pelo contrário, sóintroduziriam
conceitos cujo uso é empiricamente justificado.Um
exame, mesmo superfìcial, dos textos históricos,logo
conduz a rejeitartal
po-siçãoradical.
Os fundado¡es da ciência moderna usam termos, chamados depois de"termos teóricos",
cuja relação com a experiência não é nada clara. Um desses termosé
a
expressão "espaçoabsoluto"
que se encontra na obra de Newton. Naturalmente, Camap e Schlick sabiammuito
bem que Newton usava a expressâ'o "espaço absoluto". Mas explicaram que esse termo niio teria um papel importante na mecânica, quepode-ria
ser elaborada e fundada na experiência, sem a necessidade de recorrer a umespa-ço
absoluto, inacessível aos sentidos, Em outras palavras, a expressão "espaçoabsolu-to"
nflo
pertenceriaao contexto
dejustificação
da mecânica newtoniana,porque
asua
introdução
nå-o poderia serjustificada
com base na experiência. Se Newton intro-duz a noção de espaço absoluto, dizem eles, é porque ele tem crenças compartilhadaspor
muitas pessoas da sua época-
emparticular,
as idéias neo-platônicas de Henry More, contemporâneo de Newton. Mas essas crenças, embora apareçam nosPrincipíø, pertenceriam defato
aocontexto
de descoberta, aoconjunto
de idéias e crenças que compunham o arnbiente intelectual em que Newton se criou.I
listc trabalho
foi
apresentado noI
Colóquio de História da Ciencia pistemologia e História da Ciência (CLtj) da Unive¡sidade tistadual de Cabre
o
"Surgimento da Ciência Mode¡na", nos dias 26 e 27 de Março deI
cer aos professores Harvey Robe¡t B¡own e Roberto de A. Martins pelos seus comentários sobre
uma printcira vcrsão deste artigo, assim co¡no ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí-fico c Tccnológico (CNPq) pclo apoio à pex¡uisa.
T
62
Miùel
GltìnsVamos
tentar
mostrar, pela análise dostextos
e também com base nos princípios os, embora não sempre de maneiraexplí-to
a favor do espaço absoluto é empirica-da física de Newton,o
conceito de espa' ômenos observáveis que' no caso, sÍio efei-seja, a eliminação do espaço absoluto tornainexplicável
a
ocorrência de certos
fenômenos observáveis,os
fenômenos inerciais'È,
tË6ru
posiçÍio é correta, isso prova, num caso específìco, que a interpretaçã'oposi
tiuirtu
¿o nascimento da ciéncia ólássica não pode ser aceita: a introdução por Newtondo espaço absoluto éjustifìcável a
partir
da experiência'O
itiu,¡.nto
deÑewton
noshincipiø
baseia-se na descrição das diferentes formas apresenïadas pela superfície da águacontida em
um
balde
que é posto em rotação. Inicialmenteo
balde estnece plana (fase a).
Ao
se
b)
elogo
toma uma apôs a rotação do baldede
do
recipiente é explicadapor
Newton com os princípios de sua mecânica:os efeitos que distinguem os movimentos absolutos dos ¡elativos sÍb as forças de
afastamen-to do eixo äo movimento circula¡2. Pois não há tais forças em um movimento circular
pura-mente relativo; mas, em um movimento circular verdadei¡o e absoluto, elas sÍIo maio¡es ou menores, de aóordo com a quanticlade do movimento (NEWTON, Mathematical Principles,
p.r0).
Agora,
temos
que
examinar
detalhadamentecomo Newton
consegue eliminartodoi
os corpos mãteriais como candidatos aponto
de referência em relação ao qualos efeitos inerciais podem ser explicados.
Em
primeiro
lu-gar,Newton elimina
as paredesdo
balde.A
concavidade da águanao
poåe
se, explicaáapor
ummovimento
de rotação da água relativamente aobal-ã.
pärqu.
a concavidadó apattce quandoo
movimento de rotaçâ'o nâ'o énulo,
assim"otno
çunAo é nulo. Esti
parte
áo
argumentoé
dirigida contra
ateoria
do
movi-mento ãe Descartes, como apontaram vários comentadores(cf. LACEY
1970).Para Descartes
existe tarn¡¿m uma
diferençaentre
movimento
verdadeiro (que ele chama de movimentopróprio)
e movimento aparente. Para ele, como para Newton,o
movimento
próprio
(vérdãdeiro) é.um movimento
queproduz efeitos.
Mas, para Descartes,o
movimentò próprio
é
um movimento relativo
aos corpos vizinhos queO Aryumento de Newton a Favor do Espaço
Absoluto
63 estão em contato como
corPo que se move. Descartes (PrincipesdePhibsophie,livro
2.
cap.XXV)
defineo
movimento como:"A
transferência de uma porçâ'o de matéria ou deum
corpo, apartir
da vizinhança dos corpos que estão em contato imediato com ele, e que consideramos como em repouso, para a vizirthança deoutros".
Em
um texto
intitulado
Sobre a grøtídade eo
equillbrio
dosllquidos, Newton
a-firma:
-
.
. Não solnente as conscqüências obtidæ dessa dout¡ina prov¿ìm o seu ca¡dte¡ confuso eesúanho à razfo, como também
o
próprio Descartes, sendo contraditório, parecereco-nhecer isso. Porque ele
diz
que a Ter¡a e ouüos planetas estÍÍo em repouso no sentidoverdadciro e filosófico, e que aquele que afirma que ela se rnove com base em sua
t¡ans-lação em relaçâo às estrclas fixås n¿io satisfaz a nz.lo e fala no sentido vuþar. Mas, mais
adiante, ele postula na Ter¡a e nos planetas uma tendência a se afastarem do Sol como de
um centro ern relaçâo ao qual eles se movem, pela qual e pela similar tendência dos vðrtices, eles estão equilibrados nas suas distâncias em relação ao Sol. Como entalo? Deve este conatus se¡ derivado do repouso do planeta, no sentido verdadei¡o ou filosófico, segundo Descartes, ou de movimentos wlgares e não hlosóficos2 (apud HERIVEL, Background, p.227).
É
difícil,
para Descartes, explicar a. apariçlo de umcoratus
se os corpos estão em tepouso verdadeiro. (Repare que aqui Newton se refere ao movimento anual da Terra, e que essa referência também se encontranosPrincþit,
logo após a discussâ'o da expe-riência do balde.) No entanto, Descartes pode retrucar que embora o planeta esteja em repousono
sentidofilosófico
ou verdadeiro, eleparticipa
do movimento da voragem queo
contém.E
que éo próprio
movimento da voragem, ou seja, das partes do turbi-lhão emcontato
como
planeta, que causa este"conatus". No
entanto, esta possibili-dadefìca
definitivamente eliminada pela experiência do balde. Com efeito, a concavi-dadeda
águanão
pode ser explicada nempor um
movimento
próprio
da água (no sentido de Descartes, i.e.,'em relação aos corpos vizinhos) nem por um movimento dos corpos vizinhos (as paredes).Depois de
ter
eliminadoo
balde, Newtontem
que eliminar os outros corpos ma-teriais,e,
emprimeiro
lugar,a Terra.
Porém, isso não pode ser conseguido somente apartir
da experiência do balde. Para estabelecer a proposição geral de que todos osmovimentos relativos a corpos materiais são desprovidos de qualquer efeito real,
New-ton
deve considerar outros fenômenos, que são os fenômenos de rotação dos planetas emtorno do
Sol. lsso fìca claro nosPzncipia,mas também numtexto
anterior (Sobre o movimento dos corpos ttos meios quecedemuniþrmemente)i
(.
. .) Dos movimentos [relativosl nenhum deles pode ser chamado de verdadeûo, absoluto, e nrais próprio do que os outros, mas tlue todos, em relação aos corpos vizinhos ouafasta-dos, são igualnrentc filosóficos, o que é unra situaçaio conrpletanrente absurda. Pois, a não scr quc unr único movinrento físico scja permitido para qualquer corpo particulu, e que
mu-danças adicionais da sua situaçlo e posição entre outros corpos sejam
ú
consideradas como denominaçôes externas, scguir-se-á por exemplo, que a Terra terá uma tendência a se afastardo centro do Sol por causa do seu movimento relativo às estrelas fixas, e uma tendência
me-nor por causa do seu movimento menor relativo a Satu¡no e à órbita etérca na qual ele está
transportado, e menor ainda relativamente a Jupiter e ao éter próximo que compõe a sua
órbita, e muito menor em relaçíio às outras órbitas que não transportam planetas e estlio nrais próxinras à órbita anual da Terra, e, na verdatle, em relaçâo à sua própria ó¡bita, nalo
Vt
64
Michel GltinsNewton, forças reais:
matical PrinciPles, P. 1l )'
e não inerciais).
-
-lÀpuntorá
qu.,
em sua descriçâ-oda
experiência do balde, Newton ¡râ'o nlellciona iamais as forças deinéi.iu
(vtsneit6e¡.
Ora, as fbrças de afastanre¡to do eixo são
glo-O Argutnento de Newton a Favor clo Espaço
Al¡xthûo
65 bos ligadospor
uma cordae
girandoem
um
universo que nacla contém além deles.A
tensÍo
na corda resulta da tcndência que têm os dois globos cle persistir em seucs-tado de movimento
retilíneo uniforme.
A
lbrça
de inércia aparccelogo
que rrma for-ça externa tentamodificar
o
estado de movimento nâ"o acelerad¡:ditatto
peloprincí-pio de inércia.
A vís ¡nsita, ou força inata da matéria, é um poder de resisténcia, pelo qual todo corpo, na nredida em que esse poder está nele, pcrsiste cm seu estado ptesente, rcja ele de repouso ou de movinrento uniforme enr uma linha reta (Mothematical hinciples,p.2).
Para Newton,
o
movimento acelerado absoluto é causa de efeitos reais: as forças deafastamento, cujas manifestações observáveis podem ser constatadas. Efeitos reais de-vem
ter
uma causa real;o
movimento absoluto deve ser um movimento em relação a uma entidade real. Essa entidade real não pode ser um corpo material, pois as relações com os corpos materiais são multiplas. Essa entidade real é o espaço absoluto.Mas não se poderia explicar as forças de afastamento do
eixo
apartir
de uma ace-leraçâ'o relativa às estrelas que Newton qualifìca de"fìxas"?
Será que a argumentaçã'o deNewton
chegaa eliminar,
de maneira decisiva,todos os
candidatos materiais aotítulo
de sistema de referência em relação ao qual os elbitos de inércia devem ser expli-cados, levando finalmentc a alìrmar a existência do espaço absoluto? Newton n¿to se dá ao trabalho de mostrar, de modoexplícito,
que as estrelas fixas nâ-o podem desempe-nharo
papel de entidades explicativas para os efeitos de inércia. NÍ[o temos outraesco-lha
senâ'o a detentar
reconstruir otipo
de argumentação que ele poderia ter utilizado, baseando-se no corpo de sua teoria física.Um primeiro
argumento, bastante geral, provém dopróprio
espírito da fìlosofìana-tural
de Newlon. Por meio de sua teoria da gravitação universal, Newton aboliu defìni-tivamente a distinção aristotélica entre matéria sublunar e matéria celeste. Galileo, aodescobrir, Braças ao telescópio, as montanhas sobre a Lua e a periodicidade das man-chas solares,
já
tinha sido
levadoa supor
quea
Terrae
os
planetas e¡amfeitos
da mesma matéria. lssocriou
um sério problema para afÍsica
aristotélica, para a qual aspro¡rriedades
de movimento
dos corpos estavam funtladas èrn suaprópria
natureza.Ncwton vai
mais longe ao mostrar que, apesar das diferenças entre as formas geomé-tricas das trajetórias,tanto
os corpos celestes quanto os terrestres obedecem às leis damcsma física.
Por
indução, élegítimo
supor que todos os corpos observáveis, i¡rcluindo-se ases-trelas, sã<-r constituídos da mesma matéria e obedecem às mesmas leis. Suponhamos
a-Sora que os efeitos de inércia resultem de unr movimento acelerado relativamente às
estrelas fìxas. Conlo as estrelas sâ'o lìxas
por
acidente, poder-se-ánluito
beln observar efèitos de inércia aonívcl
de uma estrela particular. Como se poderia explicar aapari
ção
desses efeitos? Scgundoa
lTsicade Newton,
eles resultanlde
uma aceleração. Com relaçãcl a quê'l Às outras estreìas. Mas mesmo essas últimas podem estaracelèra-das, e sornos lcvados a uma regressão ao
infìtrito.
Um
segundo argumento funda-se na difìculdade de dar conta de uma interaçâ'oen-tre
as cstrelas eo
baldeno
quadro da física de Newtt¡n. L,nr prirneiro lugar, oeleito
é66
MiclrcI Gltinsqual ele não disporia nem mesmo de uma fórmula rnatemática.
Do
terto
dishincipia,
resulta que Newton conside¡ava a existéncia do espaçoab-soluto como estabelecida ao
términb
da discussâ'o da experiênciado
balde.(A
anrí1ise da experiéncia dos dois globos pressupõe, com efeito, a existência do espaço absoluto-) Aceitâr a física deNewion
conduz, de maneira conclusiva, a explicar a ocorrência deforças reais de
inércia como
resultante deum
movimento acelerado com relação ao.rpäço absoluto. E desse espaço nada se sabe, a não ser que ele deve ter as propriedades
adequadas à explicação das forças de irtércia.
A
relaçâ-o"ôstarim
movimento acelerado" é uma relação binária da qual o espaço absoluto éum
dos termos.A
expressão "espaço absoluto" se refere a umindivíduo'
Oespaço al¡soluto pertence,
portanto,
à categoria lógica das substâncias; ele é absolutono
säntido tógico. Essa substância deve ser imóvel (casocontrário
seríamos levados auma regressão ao
infinito)
e,portanto,
imune à irlfluéncia de fbrças físicas:o
espaçoabsolutõ é absoluto em um sentido
fisico.
Como toclos os corPos materiais estão sub-metidos à atração gravitacional, que é uma força de longa distância, o espaço absoluto deve se¡inateiial
é,portanto,
inobservável emprincípio,
a nâo ser através de eleitos inerciais: ele é absoluto no sentidoempti'ico-Assim,
o
espaço absoluto é uma substância imaterial e inobservável, que tem efeitosfísicos
mas nãòé
afetado,por
sua vez, pelas interações flísicas. Nessas condições, énatural
-
ainda que esta conseqùência não se imponha comtoda
a força da lógica-que se
dote
o .rþuço
absolutode
uma existênciq independerrte daquela dos objetos fisicos; dizendo deòut¡o
modo,o
espaço newtoniano é absoluto no sentido ontológi-co oú nxetafísiontológi-co.Passemos agora à experiência imaginária dos dois globos:
um do irar c¡lt ttlrlto dc scl'l
çcn-tro con rrtll, tiesc<.¡brir o csfbrçcl
dos glo nt ¡rotleríantos cllcontÍar'
tanto a cssc ltlovinlelrto circula¡,
nleslno sensívcl com quc <'rs
glo-bos pudesscm ser compatados (NI.iWTON, Malhenutical Princi¡tlcs, p' l2l
O
texto
cìtaclo começapor
unìa pitssagenì na <-¡ualNcwtoll
cx¡rlitttc clalarttr:llte suasirrtenções. Não se
trata
de provar a cxistência do cspaço absoltrto ntas deatribuir
unl sentidoempírico
aomovimento
verdadei¡oou
absolutcl, rnt-¡slralltltt que, lìlesnlo naO Argumento de Newton ø Favor do Espaço
Absoluto
67 ausê¡cia de corpos de referência observáveis, é possívelmedir
a grandeza e a direção deuma
aceleração pelas variações de tensãona
cordå queliga os
dois globos. Essaa¡álise, que pressupõe a cxistência do espaço absoluto3, permite concluir que' eln lìos-so rnundo, as estrelas estão em repouso absoluto:
em repouso (Mathematical Principles,p. 12).
determina¡ a velocidade angular de rotação relativamente ao
na
ausência de corpos de referência, élegítimo concluir,
avelocidade relativa com referência às estrelas, que estas estão em repouso relativamente ao esPaço absoluto'
Os
textos
citados testemunhamum
cuidado constante'por
parte
deNewton,
demente
justificado
no quadro da física de Newton.LISTA BIBLIOGRÁFICA
I
DESCARTE S, R. hincipes de la philosophie in Oeuwes de Descartes, ed. C. Adam e P. Tannery, Paris. l9E7-1910.2
HtiRlVDL, I . W . The Backgrcuncl to Newton ls Principia. Oxford, Oxford-University, 1965.3
LACI,ly,ft.
U.tt.
scientific inlelligibility of absolute space: a study of Newtonian argumeut.British
l.
Phil. Sc. 2l : 3I'l 42, L970.4
MACH, IÌ,. The Pinciples of Mechanics. Chicago, Open Court, 1919.5
NI|WTON, lsaac. ,Sr Isoac Nev,ton's Mathematical hinciples of Naturøl Philosophy, trad. A. Motte, revista for F. Cajori. Univcrsityof
California, 1971.ó
RI:SNICK, R. and ttalìciay,D. Physics. Ncw York, John Wiley, 1966. Vol' 1.7
SCIAMA, Tltc Utrity of the Universe. Ncw York, Anciror Books.8
SKL^R, L. Space, Time antl Spacelime. Universityof
California, I q74'de Newtor.l, a eliminação das estrelas fixas já ia do baldc no quaclro da mecânica newtonia-ingrediente nccessário para a demonstração da
opiniões de Berkelcy (De Motu, $59), Mach nics, p. 232), Sciama (Tå¿ unity of the Universe, pp. 98-100). Sklar ('lpace, , p. t-83) e Lacey (1970, pp. 330-1). Portanto, as objeções dirigidas ao caráter
iôncia dos dois globos não incidem sobre a validadc da argumentação new-torriana em favor do espaço absolttto