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A arte e o meio ambiente como uma variável de educação no Colégio Edna May Cardoso

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Academic year: 2021

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(1)UFSM. Monografia de Especialização. A ARTE E O MEIO AMBIENTE COMO UMA VARIÁVEL DE EDUCAÇÃO NO COLÉGIO EDNA MAY CARDOSO ________________________________. Neiva Terezinha Saccol Cauduro. CPGEAMB. Santa Maria, RS, Brasil 2004.

(2) A ARTE E O MEIO AMBIENTE COMO UMA VARIÁVEL DE EDUCAÇÃO NO COLÉGIO EDNA MAY CARDOSO ________________________ por. Neiva Terezinha Saccol Cauduro. Monografia apresentada ao Curso de Especialização do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Educação Ambiental. CPGEAMB. Santa Maria, RS, Brasil 2004.

(3) Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental. A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Especialização. A ARTE E O MEIO AMBIENTE COMO UMA VARIÁVEL DE EDUCAÇÃO NO COLÉGIO EDNA MAY CARDOSO Elaborada por. Neiva Terezinha Saccol Cauduro Como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Educação Ambiental. COMISSÃO EXAMINADORA:. ________________________________________________ Prof. Dr. Jorge Orlando Cuéllar Noguera (presidente/orientador). _________________________________________________ Profª. Drª. Ana Maria Thielen Merk. _________________________________________________ Prof. Dr. Claiton José Grabausk. Santa Maria, 21 de dezembro de 2004. iii.

(4) SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS.............................................................................. 6 LISTA DE ANEXOS............................................................................... 7 RESUMO................................................................................................ 8 ABSTRACT............................................................................................ 9 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................. 10 1.1. Problema................................................................................ 12 1.2. Justificativa............................................................................ 13 1.3. Objetivos................................................................................ 14 1.3.1. Objetivo Geral............................................................... 14 1.3.2. Objetivos Específicos................................................... 14 2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................. 15 2.1. Formação do Conhecimento................................................ 15 2.2. A Escola: Produtora de Conhecimento, Cultura e Lazer... 17 2.3. O Processo Educacional....................................................... 21 2.4. A Educação Ambiental.......................................................... 24 2.5. A Educação Ambiental no Brasil......................................... 25 2.6. Arte.......................................................................................... 28 2.6.1. A Pré-História............................................................... 29 2.6.2. A Arte no Egito............................................................. 30 2.6.3. A Arte Grega................................................................. 31 2.6.4. A Arte Romana............................................................. 32 2.6.5. A Arte na Idade Média.................................................. 33 2.6.6. O Renascimento........................................................... 36 2.6.7. A Revolução Industrial.................................................. 38 2.6.8. A Revolução Tecnológica............................................. 38 2.6.9. A Arte Contemporânea................................................. 39 2.7. A Arte Propicia o Trabalho em Equipe................................ 41. iv.

(5) 3. METODOLOGIA................................................................................. 45 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................... 50 5. CONCLUSÃO..................................................................................... 58 BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 59. v.

(6) LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Pintura Rupestre............................................................... 30 FIGURA 2 – Baixo Relevo, cerca de 2500 a.C.................................... 31 FIGURA 3 – Discóbolo.......................................................................... 32 FIGURA 4 – Ânfora Lucânia Primitiva................................................. 32 FIGURA 5 – Lupa Capitolina................................................................ 33 FIGURA 6 – A Cruz de Lotário............................................................. 35 FIGURA 7 – Jerusalém......................................................................... 35 FIGURA 8 – Pentecostes...................................................................... 35 FIGURA 9 – A Criação do Homem....................................................... 37 FIGURA 10 – Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte................. 37 FIGURA 11 – Tempo Ameaçador......................................................... 38 FIGURA 12 – Abaporu.......................................................................... 38 FIGURA 13 – Relevo da Série “Cascas”............................................. 41 FIGURA 14 - Tronco de Graúna........................................................... 47 FIGURA 15 – Bailarinas........................................................................ 47 FIGURA 16 - A Flor do Mangue........................................................... 47 FIGURA 17 - Lianes do Mato Grosso.................................................. 48 FIGURA 18 – Desmatamento e Poluição............................................ 52 FIGURA 19 – Poluição.......................................................................... 53 FIGURA 20 – Desmatamento............................................................... 53 FIGURA 21 – Desmatamento............................................................... 54 FIGURA 22 – Poluição e Violência...................................................... 54 FIGURA 23 – Fantoche - O Porco........................................................ 55 FIGURA 24 – Fantoche – O Gato......................................................... 55 FIGURA 25 – Fantoche – O Cachorro................................................. 55 FIGURA 26 – Fantoche – A Bruxa....................................................... 55. vi.

(7) LISTA DE ANEXOS ANEXO A – TEXTOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL................... 63 ANEXO B - TEATRO DE FANTOCHES................................................ 64 ANEXO C - TÉCNICA DO PAPEL MACHÉ........................................... 66 ANEXO D – QUESTIONÁRIO................................................................ 67. vii.

(8) RESUMO Monografia de Especialização Curso de Pós-Gradução em educação Ambiental Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil A ARTE E O MEIO AMBIENTE COMO UMA VARIÁVEL DE EDUCAÇÃO NO COLÉGIO EDNA MAY CARDOSO Autora: Neiva Terezinha Saccol Cauduro Orientador: Prof. Dr. Jorge Orlando Cuéllar Noguera Data e local da defesa: Santa Maria, 21 de dezembro de 2004. Desenvolver os potenciais criativos da criança e do adolescente restrito a uma sala de aula ou, até mesmo, no pátio de um colégio, sem observar os problemas ambientais ao redor, na comunidade, não é muito estimulante para o aluno. Observa-se que ao interagir as atividades teóricopráticas com os problemas do meio ambiente, os alunos se sentem bem mais estimulados, pois eles vivenciam aquilo que faz parte de suas vidas. Possuindo orientação passam a ser atuantes na busca da solução de tais problemas. Propõe-se que é possível desenvolver uma atividade práticoparticipativa com qualquer estrutura econômica. Conclui-se que com estímulo teórico, obras artísticas ou teatro é possível, através da prática, o aluno ser atuante nos problemas ambientais, já que tal método foi aprovado por alunos quando aplicado no Colégio Edna May Cardoso, na Cohab Fernando Ferrari, Santa Maria, RS, Brasil.. viii.

(9) ABSTRACT The Art and Environment as variable of Education Specialization Monograph Post Graduation Course in Environmental Education Federal University of Santa Maria Author: Neiva Terezinha Saccol Cauduro Advisor: Dr. Jorge Orlando C. Noguera Defense Date: Santa Maria, december 21, 2004. Abstract. To develop the children’s creative potentials and teenager limited in a classroom or even the back yard at school, without observe the environment problems around in community are not very stimulating to the pupil. We can observe that to the interacting the theoretical-practices activities with problems related to environmental, the pupils feel themselves better stimulated so, they experience all about that make part of their lives. These pupils with orientation become actives searching solutions of such problems. This work suggests is possible to develop a participative-practice activity in any economic structure. Concluding that with theoretical stimulus, artistic works or artistic scenic, are possible through the practice, the pupil is able to be active in environment problems ever that such method has been approved by pupils when it has been applied at Edna May Cardoso School in Cohab Fernando Ferrari, Santa Maria, RS, Brazil.. ix.

(10) 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. A escola é o centro do desenvolvimento individual e social do estudante. É nela que crianças e adolescentes buscam adquirir conhecimentos técnicos e onde eles têm bases de sua convivência social, para que no futuro possam ser inseridos na sociedade como cidadãos participativos e produtivos.. A aprendizagem do aluno ocorre através de três fatores fundamentais: 1) conhecimento prático; 2) conhecimento teórico; e 3) as emoções vividas. Dessa forma, cabe aos professores desenvolverem aulas que estimulem os alunos ao pensamento reflexivo, fornecendo bases teórico-práticas e atividades que envolvam sua participação dentro de grupos, para sua sociabilização. Aulas exclusivamente teóricas acabam desestimulando o aluno e tornando-o espectador e não participante de seu aprendizado.. Nas professores. escolas, esbarram. principalmente na. falta. de. municipais recursos. e. estaduais,. financeiros. para. os o. desenvolvimento de aulas práticas. Dessa forma, é importante a viabilização e a criação de novas fontes alternativas de recursos, como por exemplo, materiais reciclados e reutilizados, e,, nesse ponto surge outra preocupação, o meio ambiente, pois além de criarmos fontes alternativas. de. recursos,. criamos. também. uma. consciência. da. preservação do meio onde vivemos.. Através da observação de inúmeros problemas, e as atitudes das pessoas de vários setores do colégio Edna May Cardoso e da comunidade observa-se que as crianças e professores estão interessados em agir de alguma forma em relação ao meio ambiente. Neste sentido, o trabalho “A arte e o meio ambiente com uma variável de educação” deve. 10.

(11) ser feito em conjunto com outras áreas de conhecimento para a criação artística. Para que isso aconteça, estabelece-se uma relação “ativoreceptiva” entre o indivíduo e o meio ambiente.. Necessitamos ampliar os horizontes sobre as possibilidades de percepção e interpretação do meio ambiente, destacando procedimentos criativos e envolventes, considerando a natureza transdisciplinar destas atividades. A mescla de aspectos recreativos e educativos é fundamental, pois aguça a curiosidade, a imaginação, uma variedade de estímulos, informações temáticas, companheirismo, bem como descobertas e redescobertas associadas à paisagem exterior e à interior .. Na área de artes, o aluno desenvolve a percepção das coisas, aguça seu senso de observação e solta a imaginação. Nela pode-se problematizar situações em que o os alunos tenham a oportunidade de perceber a multiplicidade de pensamentos, ações, atitudes, e princípios relacionados ao meio ambiente.. A escola é um local privilegiado para a realização da educação ambiental, desde que se dê oportunidade à criatividade. Embora a ecologia,, como ciência, tenha uma importante contribuição a dar à educação ambiental, ela não está mais autorizada que outra disciplina a desenvolver atividades educacionais sobre problemas ambientais.. 11.

(12) 1.1. PROBLEMA. Observando o ambiente em que trabalho, com relação às questões ambientais, sinto uma necessidade de mudança, já que a disciplina de Educação Artística,, no Colégio Edna May Cardoso,, tem como objetivo desenvolver os potenciais criativos da criança e do adolescente, não se preocupando com os problemas ambientais ao seu redor; começo a questionar como posso contribuir para as questões ambientais através da expressão artística.. 12.

(13) 1.2. JUSTIFICATIVA. No colégio Edna May Cardoso, se procurou desenvolver o gosto estético, assim como a importância do planejamento e do empenho para a realização dos trabalhos artísticos.. A Variável, arte e meio ambiente, conta com os aspectos mais gerais da vivência do aluno e não somente do momento específico ou da realidade vivida pelo aluno. Neste aspecto, a necessidade de fazer uma relação entre a situação real em que vivem, (falta de saneamento básico em inúmeras casas, falta de calçamento em algumas ruas, lixo e esgoto dentro de uma sanga, cachorros soltos, maltratados e sem donos, comendo lixo no chão, depredação da pracinha de brinquedos e orelhão, entre outros), e o processo educativo., Defende-se que o enfrentamento de tais problemas pode ser feito através da disciplina de conteúdo artístico que auxiliará na sensibilização pela busca de forma crítica e construtiva,da solução destes. Pelas razões anteriormente expostas, deve-se agir de alguma maneira para contribuir na problemática ambiental da Comunidade do Colégio Edna May Cardoso,situada no Núcleo Habitacional Fernando Ferrari no bairro Camobi em Santa Maria. Sabe-se que nosso país possui leis, mas não possui órgãos suficientes que coloquem estas leis em prática., Este trabalho, propõe paralelamente aos órgãos competentes, atuar nesta área a fim de que os alunos e a comunidade sejam alertados neste sentido.. Os trabalhos de artes, atingem o ser humano em qualquer classe social. Por meio dela o aluno exercita suas capacidades sensitivas, afetivas e imaginativas, percebendo a realidade que o cerca e atuando na modificação desta.. 13.

(14) 1.3. OBJETIVOS. 1.3.1. Objetivo Geral. Desenvolver um trabalho de informação, percepção e criatividade, junto à comunidade do Colégio Edna May Cardoso em relação ao meio ambiente.. 1.3.2. Objetivos Específicos. - Informar a comunidade do Colégio Estadual Edna May Cardoso sobre a problemática ambiental por meio de trabalhos artísticos;. - promover, durante as aulas, debates em grupos de alunos, visando o diálogo que estabeleça vias de acesso para a construção de novos conhecimentos e práticas em relação à questão ambiental;. - realizar trabalhos de conhecimentos com disciplinas afins;. -. Incentivar. a. participação. dos. alunos,. atuando. como. protagonistas através de trabalhos artísticos no aprendizado.. 14.

(15) 2. REFERENCIAL TEÓRICO. Na década de 60 houve uma grande preocupação com as questões ambientais; quando o homem experimentou uma queda na qualidade de vida por ocasião da rápida degradação ambiental. Desde então a preocupação ambiental vem sendo debatida constantemente e, atualmente e é um ponto fundamental de discussão em qualquer esfera da sociedade, desde o poder público ao privado, passando por organizações religiosas, Organizações Não-Governamentais - ONG´s e organizações mundiais, como por exemplo, a Organização das Nações Unidas – ONU.. Em nosso dia-a-dia convivemos com debates e questões sobre o que será feito para a preservação de reservas ambientais; como as empresas privadas estão tratando o meio ambiente; programas de desenvolvimento ambiental, etc.. A escola é uma chave mestra para a conscientização da população sobre questões ambientais, pois nela são formadas inúmeras características pessoais dos indivíduos que formaram suas bases como cidadão. Essa deve formar seus alunos como cidadãos conscientes de seus direitos e deveres na sociedade.. 2.1. Formação do conhecimento. Os diferentes conhecimentos adquiridos ao longo de nossas vidas, inclusive na fase escolar, se dão através de quatro habilidades mentais. Essas trabalham juntas e simultaneamente. São elas: o pensamento cognitivo, o pensamento retentivo, o pensamento julgativo e o pensamento produtivo, cada um destes é uma fase de aprendizagem. 15.

(16) para formação do conhecimento. Segundo cf. Guilford (no livro “three faces of intellect”, Amer. Psychologist, 1959) apud Gomes (2001, p.3435): ... pensamento cognitivo (apreensão de informações, de conhecimentos, de descobertas); pensamento retentivo (memorização daquilo que se assimilou); pensamento julgativo (avaliação da adequação, da qualidade de propósito e das funções de coisas, objetos e produtos); e pensamento produtivo (criação de produtos ... a partir de dados já conhecidos, retidos e julgados...).. A pessoa recebe informações, memoriza-as, faz sua avaliação e, então, adquire o aprendizado de forma duradoura. Gomes (2001), ainda esclarece. cada. pensamento,. mostrando. que,. para. abastecer. o. pensamento cognitivo, os estudantes devem orientar seus sentidos, ficar atentos ao que se passa ao seu redor. É esse tipo de pensamento que permite a expansão do pensamento retentivo.. O acima exposto serve para que o professor saiba como o aluno assimila as informações de forma duradoura e possa, assim formular uma metodologia de aula que facilite o aprendizado.. Segundo Gomes: [pensamento retentivo] se dá pelo uso adequado dos três tipos de memória: a física, a declarativa e a sensitiva. Explico que a memória física se desenvolve por meio da repetição, da prática e da aplicação de esforço e é bastante duradoura (...). A declarativa é aquela baseada em informações apreendidas por meio intelectual, isto é, por intermédio de explicações, leituras, audição de aulas e palestras, sem uma experimentação física do que se apreende. Esse tipo de informação é o mais fácil de se absorver, mas se não estiver conectado com outros tipos de memória, também é o mais fácil de se perder (um exemplo é o assunto estudado para uma prova e esquecido imediatamente após a sua realização). A memória sensitiva, por sua vez, envolve emoções resultantes de situações vividas anteriormente. (GOMES, 2001, p35).. 16.

(17) Portanto, as aulas puramente teóricas desenvolvem apenas a memorização, não envolvendo as outras formas do pensamento e tornando o aprendizado superficial e volátil. Nesse sentido, a prática, aliada a teoria, torna-se fundamental para um aprendizado duradouro.. Através do que observamos nas aulas atualmente,fica claro que a maioria dos professores não possui noção de como se forma o conhecimento de seus alunos, pois o processo mental que forma qualquer conhecimento não é completo da forma de ensino que a maioria dos professores adotam,: basicamente teoria desvinculada do que o aluno já conhece. Esta é apenas uma etapa do conhecimento, a memorização, “esse tipo de informação é o mais fácil de absorver, mas se não estiver conectado com outros tipos de memória, também é o mais fácil de se perder” (Gomes, 2001, p.35).. Essa teoria vem confirmar a importância de se adotar aulas práticas em auxílio à teoria, e que o professor deve levar em conta as préconcepções de seus alunos.. 2.2. A Escola: Produtora de Conhecimento, Cultura e Lazer. O acima exposto forneceu uma noção do modo como se forma o conhecimento e também do que se pode observar nos dias atuais sobre a aprendizagem, especialmente a aprendizagem escolar. Nesse item iremos tratar a escola, não apenas como produtora do conhecimento, mas também de cultura e lazer.. A escola é, não somente, produtora de conhecimento, ela proporciona, ou deve proporcionar a seus alunos também cultura e lazer,. 17.

(18) isso fará com que o aluno tenha um desenvolvimento total, no sentido de conhecimento para inserir-se no mercado de trabalho e na sociedade.. Tratando-se de escolas públicas, essa relação fica ainda mais evidente, pois além da interação com alunos e professores, a escola relaciona-se com a sociedade que a cerca. No Brasil, essa relação ainda não está bem definida, pois é comum a depredação de locais públicos, inclusive escolas, pelas comunidades que as cercam. Por que essa atitude da sociedade com relação aos espaços públicos?. Segundo Carlos Rodrigues Brandão: “... no Brasil, de ma maneira muito evidente, as atitudes das pessoas frente aos espaços públicos como posse do governo são algo que existe internalizado em todos nós. A percepção comum entre nós é assim: aquilo que é público não é meu, e mesmo que não seja efetivamente do estado, é uma questão dele. (...) Para mim, o sentido de lazer está exatamente nesses campinhos de futebol que são também uma lembrança de muita saudade em minha vida. Conversando com professores eu dizia o seguinte: reparem uma coisa engraçada, em SP as pessoas depredam trens, destroem telefones públicos, vandalizam escolas e, no entanto, nunca vi fazerem a mesma coisa com um campo de futebol. Creio que não se dá apenas porque campo de futebol seja prazeroso. Quando os campos de futebol não são destruídos, é porque as pessoas do lugar os fizeram e os assumem como se fossem delas e não como sendo de uma instância alheia ‘de governo’” (1994; p. 29).. Através dessa passagem anterior, observa-se que a sociedade brasileira só toma consciência da sua participação nos espaços públicos quando se sente parte desses, de certa forma, como se fosse seu “dono”.. Não muito distante, em Santa Maria, nota-se essa relação. Apesar de ser uma instituição privada, o Centro Social Marista Santa Marta tem cunho social, e quem já participou de alguma atividade no Centro pode. 18.

(19) presenciar a relação existente entre ele e a sociedade que o cerca. Localizado na Cohab Santa Marta, local bastante pobre, o Centro Social Santa Marta é tido como um bem daquela comunidade. Durante os finais de semana, seguidamente ocorrem atividades de integração entre a comunidade e o centro, e o mais incrível é que, além de não depredarem o local, muitos dos pais de alunos trabalham gratuitamente como seguranças do local, fazendo escalas e revezando-se. Temos nesse centro outro exemplo de que a sociedade precisa sentir-se parte dos espaços públicos que a cercam.. De acordo com Magnani (1984), a relação que se estabelece é intermediária entre espaço público e espaço privado, sendo essa mais ampla que os laços familiares, e mais densa que as relações formais impostas pela sociedade.. É fundamental para que ocorra esta relação entre espaços públicos e sociedade, a realização de atividades de integração entre eles e também um respeito mútuo entre as partes.. Com referência à escola, deve-se buscar que essa seja entendida como um bem para a comunidade que a cerca e com a qual deve integrar-se plenamente, mantendo uma relação recíproca de participação.. Assim, o entendimento do que é público e o direito da sociedade sobre isso torna-se fundamental para o entendimento do direito ao lazer, à cultura e à educação.. A definição de cultura é um ponto de difícil discussão. O que é cultura? De que forma pode-se dizer que alguém é mais culto que outrem? Sobre cultura Marcellino, comenta:. 19.

(20) “Do meu ponto de vista, a noção de cultura deve ser entendida em sentido amplo, consistindo, como conceitua a antropóloga Carmem Cinira Macedo (apud VALLE: 1982, p.37),... num conjunto de modos de fazer, ser, interagir e representar que, produzidos socialmente, envolvem simbolização e, por sua vez, definem o modo pelo qual a vida social se desenvolve. Implica, assim, no reconhecimento de que a atividade humana está vinculada a construção de significados que dão sentido à existência. A análise da cultura, dessa forma, não pode ficar restrita ao ‘produto’ da atividade humana, mas tem que considerar o ‘processo dessa produção’ – o modo como esse produto é socialmente elaborado” (1998; p. 37).. Nesse sentido, a escola pode ser entendida como um espaço público de produção cultural?. Segundo Marcellino: “... verifica-se que muito adjetivos têm sido colocados ao lado do termo educação, para denominar diferentes processos educativos. E aqui é fundamental a distinção entre educação sistemática, efetuada sobretudo através da Escola, e a assistemática, que compreende os vários processos de transmissão cultural, englobando, dessa forma, toda relação pedagógica, inclusive a que se verifica no lazer. Entendo a relação pedagógica de maneira ampla, tal como foi definida por Gramsci (1979; 1981), que não a limita ao que é denominado pelo autor de ‘relações especificamente escolásticas’, mas ‘em toda a sociedade no seu conjunto e em todo o indivíduo com relação aos outros indivíduos, bem como entre dirigentes e dirigidos, entre vanguardas e corpos do exército. Enfim, toda relação hegemônica é necessariamente uma relação pedagógica” (Marcellino: 1998; p. 37-38).. Sendo assim, a relação entre lazer e cultura parece muito estreita e torna o primeiro, parte da segunda. O lazer passa a ser parte da formação cultural do indivíduo.. A cultura hoje é moldada pelos princípios racionalistas da estrutura industrializada e capitalista vigente. Tudo é organizado e. 20.

(21) controlado nesse molde, tornando, inclusive o lazer, um alvo de manobras.. Cabe então à escola educar pelo e para o lazer, bem como entre alunos, professores, pais de alunos e a comunidade em geral que é afetada de alguma maneira por ela.. 2.3. O Processo Educacional. Antes de abordarmos a educação, faz-se necessário uma explanação sobre o momento atual em que a sociedade brasileira se encontra.. Após algumas décadas de governos autoritários, paternalistas e assistencialistas, necessitamos urgentemente de novas mentalidades com consciência de cidadania e espírito coletivo, bem como novas formas de organização social.. O ambiente e a sociedade estão desagregados, temos que buscar novas formas e alternativas de relações, tanto no campo social quanto no ambiente natural. A degradação e a escassez de recursos combina-se com populações em rápida expansão, o que leva ao colapso das comunidades locais.. As disciplinas por áreas de estudo acentuam a postura individualista e competitiva que vemos no modelo social do nosso país, por isso deve-se interdisciplinarizar, com uma visão do todo, fazendo surgir novos valores nas formas de relação e organização das sociedades.. 21.

(22) Nesse sentido a educação tem papel de destaque a essa transformação. Toda instituição escolar realiza a tarefa educacional com base na seleção, organização, análise crítica e reconstrução dos conhecimentos existentes dentro de uma determinada cultura. Dessa forma cada escola desenvolve um planejamento educacional diferente, sempre tentando adequar esse a realidade em que seus alunos, professores e comunidade que a cerca estão inseridos.. Essa adequação deve considerar não apenas crenças e valores da comunidade, como também seus recursos materiais e naturais. Assim, a questão é: como selecionar e organizar a cultura para que se construam os procedimentos, habilidades, atitudes e valores que farão com que os estudantes sejam incorporados à sociedade.. Pertencemos a uma sociedade com um modelo tradicional de conteúdos escolares, porém estes sempre apresentam alterações. Por exemplo, a matemática e o português são disciplinas que sempre estiveram presentes nas escolas, já a computação é uma disciplina que vem sendo acrescentada aos currículos devido ao desenvolvimento tecnológico da sociedade. Os docentes devem então buscar subsídios para identificar como organizar um modelo educacional adequado a cada escola.. A Educação Artística é uma disciplina curricular que já sofreu inúmeras críticas quanto a sua utilidade para a formação do aluno, mas sempre se manteve na grande maioria das grades curriculares das escolas. Abaixo, observamos os três1 campos da existência humana, esses justificarão a necessidade do aprendizado das artes para os estudantes.(1). 1. disponível em http://umweltprograme.de/meioambiente99//tema02/rocha/text.html. 22.

(23) Potencial Criativo. A arte assume aqui. um valor de nossa formação biológico-. cultural, pois naturalmente somos criadores, refletindo nossas porções exploradoras psíquica, transcendental, afetiva, cognitivo e motora. Nossas crenças, costumes, baseiam-se em que o ser humano é um criador.. Ecológico (ambiente). Refere-se à nossa capacidade de autotransformação a partir de um. apropriado. enfoque. como. protagonistas. em. nossos. nichos,. protagonistas do nosso próprio aprendizado. Prático Participativo. Seja a alavanca para se conquistar novos espaços e idéias que possam incentivar uma maior preocupação quanto ao ambiente coletivo, convertendo ao altruísmo e ao humanismo uma sociedade inerentemente política.. Através do acima exposto, fica evidente a necessidade do conhecimento das artes para o desenvolvimento do potencial criativo do aluno.. Outra questão que vem surgindo muito fortemente no ambiente escolar é a questão ambiental. Devido à rápida degradação do meio ambiente, muitas escolas estão adotando cadeiras exclusivas referentes ao meio ambiente ou inserindo esse assunto a grade curricular de algumas disciplinas.. 23.

(24) Como esse trabalho aborda questões da educação de alunos em relação ao meio ambiente e a arte, faz-se necessário abordar aspectos relevantes, tanto de Educação Ambiental como de Artes.. 2.4. A Educação Ambiental. Como nos diz Boaventura de Souza Santos: “De todos os problemas enfrentados pelo sistema mundial a degradação ambiental é talvez o mais intrinsecamente transnacional e, portanto aquele que, consoante o modo como for enfrentado, tanto pode redundar num conflito global entre o norte e o sul, como pode ser a plataforma para um exercício de solidariedade transnacional e intergeracional” (SANTOS, 1995; p. 296).. Referente ao meio ambiente, os interesses em jogo são muitos, tanto econômicos como sociais e como disse Santos acima, isso pode gerar um conflito mundial ou também uma mudança de consciência, onde a solidariedade prevalecerá. A percepção ecológica profunda reconhece a independência fundamental de todos os fenômenos e o fato de que, enquanto indivíduos e sociedade,estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza (e, em última análise, somos dependentes desses processos). Por conseguinte, a Educação Ambiental insere-se nas mudanças de paradigmas, as quais, ocorrem sob a forma de rupturas descontínuas e revolucionárias. Portanto, a dimensão ambiental da educação assenta-se nesta visão de mundo holístico, que concebe o mundo como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas. Assim, sua prática e seus conceitos consideram os problemas dentro de uma concepção inclusiva, contrária a compartimentação e à segmentação de aspectos. 24.

(25) sócio-econômicos da vida a exemplo da análise das populações tradicionais dissociada da abordagem dos ecossistemas que consistem em seu substrato econômico-ecológico. A cidadania que pelo termo parece urbano, mas que deve expressar ações globais, busca o bem da coletividade com valores éticos próprios, procurando harmonia entre seres humanos e a natureza. Neste sentido pode determinar que o bem coletivo que é o ambiente-água, ar solo e todas as formas de vida democratizando o controle sobre os recursos naturais. A questão ambiental vem carregada de uma forma de responsabilidade individual sobre a coletividade. Por isso cada cidadão deve localizar e entender o seu lugar diante das inúmeras questões a enfrentar, em cada situação e, em cada ecossistema social.. 2.5. A Educação Ambiental no Brasil. Na Constituição Brasileira de 1988, Capítulo VI, o meio ambiente é tratado com destaque nos artigos 205 e 225. Segundo essa, cabe ao Poder Público definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promovam a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente, conforme disposto pela lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/99), onde a mesma é entendida, no seu artigo 1º, como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.. 25.

(26) A Lei Estadual 11730/2002, onde a mesma é entendida no seu artigo 5º:. Art. 5 - São princípios básicos da educação ambiental:. I-. o enfoque humanista, holístico,democrático e participativo;. II-. a concepção do meio ambiente. em sua totalidade,. considerando a interdependência entre o meio natural,o sócio-econômico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade; III- o pluralismo de idéias e. concepções pedagógicas, tendo. como perspectivas a inter, a multi e a transdiciplinariedade; IV- a vinculação entre a ética , a educação, o trabalho, a democracia participativa e as práticas sociais; V-. a garantia de continuidade e permanência do processo. educativo; VI- a participação da comunidade; VII- a permanente avaliação crítica do processo educativo; VIII- a abordagem articulada das questões sócio-ambientais do ponto de vista local, regional, nacional e global; IX- o reconhecimento, respeito. e resgate. da pluralidade e. diversidade cultural existentes no Estado; X-. o desenvolvimento de ações, junto a todos os membros da. coletividade,respondendo às necessidades e interesses dos diferentes grupos sociais e faixas etárias.. Parágrafo único-A educação ambiental deve ser objetivo da atuação direta tanto da prática pedagógica, bem como das relações familiares, comunitárias e dos movimentos sociais.. Para Bardier e Adoino (1997), compete à Educação Ambiental, assim conceituada, considerar problemas relativos às formas de vida, em. 26.

(27) busca de uma compreensão da complexidade dos sistemas ambientais e da multirreferencialidade da ação educativa. Segundo Morin (2000), pressupõe, antes de tudo, o desenvolvimento de atitudes e de valores na contracorrente do pensar ainda dominante, de mera exaustão dos recursos e das populações do planeta para deleite desigual de alguns.. A concepção de meio ambiente explicitada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) recomenda o tratamento a ser dado à Educação Ambiental no bojo dos temas transversais. Esse tema trata em especial da busca de caminhos pessoais e coletivos que levem ao estabelecimento de relações econômicas, sociais e culturais cada vez mais adequadas à promoção de uma boa qualidade de vida para todos, tanto no presente como no futuro. Isso exige profundas mudanças na visão, que ainda prevalece, do que se chama natureza e das relações estabelecidas entre a sociedade humana e seu ambiente de vida.. Não se pode falar de Educação Ambiental na escola sem pensar num projeto pedagógico interdisciplinar, cujas práticas se complementam pelo fato de ser um trabalho construído coletivamente, não se limitando a uma disciplina, mas com uma concepção totalizadora da educação, comprometimento com a prática social e o desenvolvimento da cidadania, numa interação, também, com a comunidade.. O nosso planeta e a vida de muitas espécies, inclusive a espécie humana, encontram-se ameaçados pela falta de consciência dos homens através das ações destruidoras da natureza nos diferentes aspectos ecológicos.. 27.

(28) 2.6. Arte. A arte é vista como uma forma do homem marcar sua presença, criando objetos.. Deve-se ter disponibilidade, deixar os preconceitos de lado (“não entendo nada de arte”; “arte moderna é um monte de rabiscos”; “esses borrões até eu faço”; etc...), é o despir das frases feitas e do medo de fazer papel de bobo. É ter coragem.. A disponibilidade é isso: o querer entender, o deixar que a obra revele os seus sentidos, por mais diferentes e inesperados que eles possam ser.. O conhecimento da história nos possibilita encaixar as obras de arte dentro de um conjunto de atividades, acontecimentos e valores da época em que foi criada do início até a atualidade... Segundo Proença (1994), não é só nessa época em que vivemos que surgiu a preocupação com questões ambientais. Desde a Pré-história o homem vem transformando a natureza. Temos registros destes relacionamentos através das artes.. O desejo de expressão pela arte é tão profundamente humano que desde a pré-história se tem manifestado sem interrupção em toda a Terra. Tudo o que sabemos do homem primitivo, exceto o que as suas ossadas nos ensinaram, deve-se ao artesanato.. A seguir será apresentado um histórico da arte, desde a préhistória até a atualidade, para podermos visualizar a evolução do mundo através da arte.. 28.

(29) 2.6.1. A Pré-História. Para os homens pré-históricos a pintura tinha um caráter mágico e utilitário. Eles acreditavam que teriam maiores chances de caçar os grandes animais se os desenhassem nas paredes das cavernas antes de partir para a caça.. O homem Paleolítico vivia em harmonia com a natureza, dela tirava o seu sustento: da caça, pesca, da coleta de frutos, raízes e ovos. Viviam em bandos e ajudavam uns aos outros na obtenção de alimentos. Moravam em cavernas. Descobriram como fazer e como controlar o fogo. Um dos maiores feitos do homem. A partir da utilização do fogo, o homem começou a modificar a natureza, passando para o último período da préhistória, chamado Neolítico. Neste período o homem se torna agricultor e domestica animais; A fixação do homem, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido na população e o desenvolvimento das primeiras instituições como a família e a divisão do trabalho.. No período Neolítico o homem desenvolveu a técnica de tecer panos e de fabricar cerâmicas, construiu as primeiras moradias e, com o fogo, deu início ao trabalho com os metais. Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. Surge também neste período a primeira forma de escrita, a escrita pictográfica, que consiste em representar seres e idéias pelo desenho. Veja a figura a seguir.. 29.

(30) Figura 1 – Pintura Rupestre. 2.6.2. A Arte no Egito. Uma das principais civilizações da antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Esta civilização já era bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.Tudo no Egito era orientado pela religião, que invadiu toda a vida egípcia, interpretando o Universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Os egípcios acreditavam numa vida após a morte e que essa vida deveria ser mais importante do que a que viviam no presente. A arte criada por esse povo inevitavelmente refletiu suas crenças fundamentais e, desde o início, concretizou-se nos túmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto. 30.

(31) aos mortos. A arquitetura também se realizou, sobretudo, nas construções mortuárias, como no caso, as grandes pirâmides de Queóps, Quéfren, e Miquerinos. Sendo uma arte intimamente ligada à religião, era bastante padronizada não dando margem a criatividade ou a imaginação pessoal. Veja a figura a seguir.. Figura 2 – Baixo Relevo, cerca de 2500 a.C.. 2.6.3. A Arte Grega. Os gregos apresentaram uma produção cultural mais livre, eles não se submeteram às imposições de sacerdotes ou de reis autoritários, eles valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a criatura mais importante do Universo. Assim o conhecimento, através da razão, esteve sempre acima da fé em divindades. Na escultura, os gregos não seguiam padrões rígidos como. 31.

(32) era a escultura egípcia, em vista disso puderam evoluir livremente. Os gregos acreditavam que uma estátua que representasse um homem não deveria ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo.. A pintura grega apareceu como elemento de decoração na arquitetura, e encontrou também uma forma de realização na arte da cerâmica. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. Veja as figuras a seguir.. Figura 3 – Discóbolo. Figura 4 – Ânfora Lucânia Primitiva. 2.6.4. Arte Romana. “O aparecimento da cidade de Roma está envolto em lendas e mitos (...) a formação cultural do povo romano deve-se principalmente aos gregos e etruscos, que ocuparam diferentes regiões da Itália entre os séculos XII e VI a.C”. Veja a figura a seguir.. 32.

(33) Figura 5 – Lupa Capitolina. 2.6.5. A Arte na Idade Média. Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico conhecido como Idade Média.. Na arte bárbara o que nos chama a atenção é a total ausência da figura humana.Enquanto os gregos e romanos apresentavam uma grande produção de esculturas de seus deuses com forma humana, de seus líderes políticos, e seus chefes militares, as manifestações artísticas dos bárbaros revelam apenas uma preocupação decorativa. Este caráter decorativo é uma conseqüência do nomadismo destes. Por estarem mudando sempre de lugar, os bárbaros destacaram-se na criação de pequenos objetos, como: brincos, colares, pulseiras, fivelas e fechos.A produção. artística. desses. povos. destacou-se. nos. trabalhos. de. ourivesaria.. 33.

(34) A transição para a Idade Média ocorre gradualmente, mantendo tanto a autoridade da Igreja Católica, que colabora na preservação e transmissão da cultura antiga, quanto a estrutura econômica do final da época romana, que tinha nas grandes propriedades agrícolas a base da produção.Houve o crescimento no campo e a decadência das cidades, e como o campo não tem público nem condições propícias para o desenvolvimento de criações artísticas, a evolução das artes e da cultura nesse período foi praticamente nula. O desconhecimento dos assuntos relativos à arte e à educação passaram a ser tão grandes que, no séc. VII, as únicas fontes de preservação da cultura greco-romana eram as escolas ligadas às catedrais e mantidas pelos bispos para a formação do clero. Foi assim que a Igreja passou a exercer sua influência sobre o Estado. Além de cuidar do ensino, foi a igreja que também se encarregou de contratar artistas, construtores, escultores, decoradores, pintores, vitralistas, pois as igrejas eram os únicos edifícios públicos em que os artistas podiam trabalhar.. Em 800, com a coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III, o poder real une-se ao poder papal. Com Carlos Magno tem início um desenvolvimento cultural mais intenso, contudo não foram criadas obras monumentais no Império Carolíngio. Após a morte de Carlos Magno, a corte deixou de ser o centro cultural do Império e as atividades intelectuais centralizaram-se nos mosteiros. Das atividades artísticas aí desenvolvidas, as mais importantes foram os manuscritos. Veja as figuras a seguir.. 34.

(35) Figura 6 – A Cruz de Lotário. Figura 7 – Jerusalém. Figura 8 - Pentecostes. 35.

(36) 2.6.6. O Renascimento. Foi um movimento da História muito mais amplo e complexo do que o simples reviver da antiga cultura greco–romana. Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.. Ainda segundo o autor, esse ideal pode ser entendido como: a valorização do homem e da natureza versus o divino e o sobrenatural (conceitos da cultura da Idade Média). Os artistas do Renascimento sempre expressaram os maiores valores da época: a racionalidade e a dignidade do ser humano. A verdadeira diferença entre a Idade Média e o Renascimento reside numa nova orientação de espírito, dos ideais e das forças criadoras. Uma característica da arte do Renascimento, em especial na pintura, foi o surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferentes dos demais.. E Proença ainda diz que a produção artística na Idade Média, como vimos, era anônima porque toda a arte desta época resultou de idéias pré-estabelecidas pelo poder real ou pelo clero, as quais os artistas deviam-se submeter. No Renascimento esse quadro se altera, já que o período se caracteriza pelo ideal de liberdade, conseqüentemente, pelo individualismo. É a partir dessa época que começa a existir um artista criador, individual e autônomo, que expressa em suas obras os seus sentimentos e suas idéias sem submissão a nenhum poder que não a sua própria capacidade de criação. Principais artistas renascentistas: Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael Sanzio, Sandro Botticelli, Petrarca, Dante Alighieri, Giovanni Boccaccio, William Shakespeare, Luiz Vaz de Camões, Miguel Cervantes e outros. Este movimento surgiu. 36.

(37) na Itália e foi incorporado, com certo atraso, pelos outros países. Marcado pelo retorno da cultura aos padrões grecoromanos (equilíbrio, harmonia e universalismo); pelo antropocentrismo (o Homem como o centro do Universo) e pelo hedonismo (a filosofia do prazer individual e imediato); e reação ao teocentrismo (Deus como o centro do Universo). (Revista Terceira civilização - mês de fev. de 2003. pág 7).. Veja as figuras a seguir:. Figura 9 – A Criação do Homem. Figura 10 – Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte. 37.

(38) 2.6.7. A Revolução Industrial. Com o aparecimento das máquinas, dentre elas a fotografia e o cinema, e com a grande revolução industrial, surgem novas técnicas artísticas. Isso também gerou o Bauhaus e vários outros movimentos, como o Cubismo, Fauvismo, Expressionismo, Futurismo, Surrealismo, Dadaísmo, a Pintura Metafísica, a Pop-art, e a Op-art., que expressam de um modo ou de outro a perplexidade do homem contemporâneo. Veja as figuras a seguir.. Figura 11 – Tempo Ameaçador. Figura 12 - Abaporu. 2.6.8. A Revolução Tecnológica. Atualmente estamos vivendo, conforme nos diz Ikeda, numa rapidez e superação incrível. Isso, somado ao vazio político e a falta de. 38.

(39) uma preocupação com o planeta, gera uma inquietude terrível. Analisar esses três pontos leva a uma indagação: onde está a arte? Ela sempre acompanhou a evolução do homem. Nunca antes a humanidade passou por transformações tecnológicas tão rápidas e profundas quanto no século XX. Em menos de um século o homem aprendeu a voar e chegou a Lua. Passou, também, em poucas décadas do precário estágio do telégrafo para a rapidez das comunicações pela Internet. Numa época em que as antigas fronteiras já não mais existem e o homem procura por novas, parece claro que as mudanças tecnológicas por si só não garantem uma sociedade mais justa e equânime, sendo imprescindível também, além da revolução tecnológica, uma completa transformação do interior das pessoas. (REVISTA - Terceira civilização Fevereiro de 2003 p. 9).. A arte sempre se colocou como líder para refletir o tempo. A América, diz Krajcberg, não fala sobre a arte que se faz, mas quanto ela custa. Só importa o mercado. Há uma estagnação geral. (Revista Palavra –julho de 2000-n pág. 13).. 2.6.9. Arte Contemporânea. “O Senhor das Tormentas”. Um artista plástico de renome internacional, chamado Frans Krajcberg, em permanente estado de revolta. Assim é o escultor polonês naturalizado. brasileiro,. símbolo. de. uma. arte. transformadora. comprometida com a defesa da natureza e com a consciência do homem a respeito de seu papel na sociedade. Na escultura, pintura e gravura de Krajcberg vem escrevendo uma história única, forte e original. Ao usar troncos de madeira, galhos retorcidos de árvores, restos de florestas. 39.

(40) incendiadas e pedras coloridas de Minas Gerais, o artista se apropria de alguns gestos de insensatez humana para devolver ao mundo seu espanto e incredulidade, construindo uma obra que é, ao mesmo tempo, indignação, grito, perplexidade e, acima de tudo, arte.Como pintor, abandonou totalmente as tintas químicas, passando a utilizar somente o pigmento natural da terra e das plantas; reside na Floresta Amazônica, porém não vive isolado do mundo, acompanha às vezes de perto as derrubadas das matas e incêndios, ficando perplexo com os descasos de muitas autoridades brasileiras.. Horrorizado com as queimadas na Amazônia, o artista usa restos de madeira para fazer uma arte de denúncia.. Com a ajuda de amigos possui um atelier na França, em Paris. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento RIO-92 fez-se acompanhar de uma série de eventos culturais, com o objetivo de preservar a natureza, e o carro-chefe desse evento grandioso é tão somente Frans Krajcberg, cuja obra tem sido uma espécie de bandeira permanente contra a destruição ecológica. (Revista PALAVRA Julho de 2000 - pág. 18).. Para esse artista tão ligado à natureza brasileira, seu trabalho consiste em usar o objeto natural morto e dar-lhe vida outra vez.. 40.

(41) Figura 13 – Relevo da Série “Cascas”. Viu-se no decorrer da apresentação histórica da arte que; na Préhistória o homem vivia em harmonia com a natureza e seu ambiente, mas no decorrer de sua evolução e progresso, o homem foi degradando cada vez mais o meio ambiente e a natureza até chegar a situações extremas como Krajcberg nos revela em suas obras.. 2.7. A arte propicia o trabalho em equipe. Cabem a cada um de nós, e não devendo só esperarmos do governo, atitudes para transformar a realidade.. Paulo Freire diz: “A realidade social objetiva, não existe por acaso, mas como produto da ação dos homens, também não se transforma por acaso (...) Transformar a realidade opressora é tarefa histórica dos homens” (Freire, 1998, p 19).. 41.

(42) As atividades de arte mostram-se com espaços de invenção, autonomia e descobertas, baseando-se principalmente na auto-expressão dos alunos.. Segundo a Secretaria de Educação Fundamental (1998), o artista desafia as coisas como são para revelar como poderiam ser segundo um certo modo de significar o mundo. Por meio da arte pode-se criar e apreciar produções artísticas que tratem de questões ambientais, pensando em melhorar a qualidade de vida hoje e no futuro. Havendo momentos de reflexão na comunidade do colégio (...) subseqüente e processos muitas vezes contraditórios de: respeito quanto à vitalidade e diversidade do planeta terra e de seus habitantes; co-responsabilidade e preservação, reabilitação ou depredação de espaços e patrimônios físicos,. biológicos,. sócio-culturais,. entre. os. quais. aqueles. com. características estéticas e artísticas, co-responsabilidades no manejo, conservação, transformação de estéticos ambientais no interior e no exterior dos lugares em que vivem as pessoas.. Segundo a revista Terceira Civilização (maio de 2004; p. 32), “a arte como expressão máxima dos valores humanos é como um fotograma que nos mostra o quanto os seres humanos sempre ansiaram por respostas às questões relacionadas a sua existência e ao futuro. Nesse sentido ela é como uma bússola”.. Sendo assim a arte é uma forma fundamental de reflexão, e pode fornecer ótimas fontes de debate para questões sociais e ambientais, levantando indagações pertinentes e buscando respostas objetivas. “Por exemplo, a perfeição de Michelangelo nos faz imaginar o quanto ele deve ter sofrido para descobrir o grande universo dentro de si próprio, expressando-o de forma tão magnífica em suas pinturas. Como ele muitos artistas se inspiraram em valores cristãos para formular idéias sobre o mundo e a. 42.

(43) civilização, e eternizaram a sua em pinturas, gravuras, esculturas e músicas”. (Terceira Civilização; maio 2004; pág. 33). “A arte tem sido o veículo de antecipação das épocas e sempre traz embutida a ansiedade de resolver as questões existenciais. Além disso, é a fórmula pela qual os artistas transcrevem o brilho próprio do período e a emoção de suas visões de universo e de mundo, fixando caminhos conceitos”. (Terceira Civilização; maio 2004; pág. 31).. Esta era em que vivemos parece cada vez mais distante dessa espiritualidade positiva. A eficiente rede mundial de computadores faz notícias “varrerem” o mundo em um segundo. No entanto, o foco na morbidez inata ao ser humano faz de grande maioria delas inútil, transformando a informação numa eficiente fonte de manutenção do pessimismo letárgico em que mudar ou provocar mudanças parece não valer a pena.. A obsolescência de valores passageiros e o esquecimento de valores fundamentais estão fazendo desta uma incerteza.. Se for correto chamarmos a tecnologia como uma forma de arte de nossa cultura e época, então ela também não nos dá sinais de tempos melhores. Apenas sinais de facilidades.. O fato é que o homem que usufrui desta arte não está encontrando um referencial existencial para si próprio. A mais poderosa obra da nossa época não consegue inspirar mudanças significativas no ser humano.. Diante deste rigor real, e para que não percamos a espiritualidade para sensibilizar uma nova época, Ikeda nos faz refletir se não é hora de voltar ao ponto primordial como seres humanos. Por mais ocupados que. 43.

(44) estejam jamais percam a sensibilidade de apreciar a beleza das flores, de louvar os mistérios da vida, com a serenidade de espírito com a natureza.. Ter a disposição de ouvir boa música, apreciar a literatura e escrever poemas. Se deixarmos nosso sentimento se arruinar, não poderemos criar nenhum tipo de cultura.. “A essência da arte existe na fusão entre a pessoa e o Universo. É por isso que a excelência de uma determinada forma de arte desperta empatia em todas as pessoas e as faz superar barreiras étnicas e fronteiras de Estado”. (Terceira Civilização, maio 2004; p. 34).. 44.

(45) 3. METODOLOGIA. Este trabalho foi realizado pela professora regente Neiva Saccol Cauduro em 2003. .Contou-se com um número de 50 alunos, formando duas turmas do 1º ano do Ensino Médio, cuja faixa etária dos mesmos variavam de 14 a 17 anos.. Turma A - com características lentas e Turma B - com características muito ativos.. O projeto foi apresentado à Direção do. Colégio que aceitou a proposta. Foi explicado aos alunos como seria desenvolvido o trabalho, exposto os objetivos eles concordaram em participar do estudo. O local foi escolhido em função de o pesquisador desenvolver suas atividades educativas no mesmo há cinco anos.. O Colégio se localiza no Núcleo Habitacional Fernando Ferrari em Santa Maria, a população que habita este Núcleo, são na maioria funcionários da Universidade Federal de Santa Maria, pelo mesmo se localizar próximo a esta Instituição de Ensino.. O estudo foi desenvolvido em duas etapas: a 1ª de agosto a setembro de 2003; e a 2ª, de setembro a dezembro de 2003. A população que participou deste foi a comunidade do colégio Edna May Cardoso.. A 1ª etapa foi desenvolvida em aulas com dois períodos onde foram realizados oito encontros com cada turma.. 1ª Etapa. Na sala de aula, após ter conversado com os alunos a respeito do trabalho que seria desenvolvido, argumentou-se que a primeira etapa seria um passeio de observação para poderem visualizar os problemas,. 45.

(46) referentes ao meio ambiente, existentes naquela comunidade e seria necessário anotar em um bloco tudo o que não estivesse bem de acordo com o que eles almejavam.. Após a observação e comentários, foi proposto que os alunos se reunissem em grupos de quatro a cinco alunos, discutissem as observações e ilustrassem com um desenho a observação que mais lhes chamou a atenção. A idéia dessa atividade era que os alunos tivessem a percepção de que os problemas ao seu redor devem ser resolvidos por eles mesmos e não esperar parados para que os órgãos superiores (governo) os solucionem. Após esta tarefa ter se realizado, foi proposto aos alunos que fizessem um painel onde buscassem retratar a atual situação em uma metade e a solução para esse problema na outra metade. Assim, aos seis primeiros desenhos somaram-se outros 6. Os desenhos foram expostos no saguão para a apreciação da comunidade do colégio e serão apresentados durante os resultados desse trabalho.. Como forma de sensibilização dos alunos para questões ambientais, utilizou-se a arte de Franz Krajcberg. Através das obras desse artista, apresentadas a seguir, os alunos foram informados de como pode-se encontrar soluções para minimizar a degradação do ambiente, buscando essa sensibilização através da arte. Veja abaixo as obras apresentadas aos alunos:. 46.

(47) Figura 14 – Tronco de Graúna. Figura 15 – Bailarinas. Figura 16 – A Flor do Mangue. 47.

(48) Figura 17 – Lianes do Mato Grosso. 2ª Etapa. Nesta etapa foram distribuídos aos mesmos textos sobre Educação Ambiental (ANEXO A – Textos Sobre Educação Ambiental). Estes textos foram estudados em grupos de 4 a 5 alunos. Houve discussão sobre vários assuntos, alguns sociais, outros éticos, de cidadania, poluição, valores, água, ar, entre outros.... Os alunos dialogaram muito sobre estes assuntos e chegaram a conclusão que: todas as atitudes de cada pessoa se manifestam na sociedade que ela participa e vive, nós não vivemos sozinhos, tudo está interligado, o homem ao Meio Ambiente e o Meio Ambiente ao homem. Por essa razão precisamos repensar as nossas atitudes e quem sabe. 48.

(49) mudar o comportamento para que não causemos prejuízo ao meio ambiente.. A partir destas idéias e soluções, os alunos começaram a desenvolver uma certa vontade de colocar em ação estas idéias, houve então a possibilidade de colocá-los em grupos para a realização de teatros de fantoches (ANEXO B – Teatro de Fantoches), cujo tema foi Educação Ambiental, e cuja execução foram bonecos de papel reciclado [técnica do papel maché (ANEXO C – Técnica do Papel Maché)].. -. A técnica para a execução foi ensinada a eles.. -. O personagem seria criado pelos alunos e eles seriam. orientados. -. A história seria criada pelo grupo de alunos quando estes já. tivessem, no mínimo, criado três bonecos e o tema seria de acordo com a realidade que eles presenciaram.. 49.

(50) 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES. Ao observar o ambiente próximo ao Colégio Edna May Cardoso, na Cohab Fernando Ferrari em Camobi, Santa Maria, RS e o desenrolar das atividades, pode-se perceber o quanto os alunos estavam motivados, o quanto eles queriam ter conhecimento e vontade de fazer alguma coisa para melhorar aquela situação.. Trabalhar uma metodologia direcionada para o seu próprio meio mexeu muito com os alunos, havia muita curiosidade, muita acusação, queriam saber o que poderiam fazer para melhorar.. Foram distribuídas duas atividades práticas para as duas turmas: 1º A e 1º do ensino médio.. Atividade 1: Desenho e Pintura.. Atividades 2: Teatro de Fantoches com papel reciclado (Papel Maché).. Tais atividades basearam-se nos assuntos que foram abordados anteriormente:. -. A apreciação e releitura das obras de Krajcberg com relação às obras anteriores da história da arte, os alunos concluíram após muitos questionamentos, que as obras de Krajcberg adquiriam vida após outros terem matado aquelas madeiras e raízes.. -. Interpretação dos textos sobre Meio Ambiente: Os textos estudados pelos alunos foram retirados da biblioteca do Colégio e instituições de ensino em Santa Maria, textos, estes de Filosofia e. 50.

(51) Português, cujos temas falavam do homem e seu relacionamento com o próprio homem e com o Meio Ambiente. Houve estudos debates, reflexões, questionamentos: Como o homem agirá daqui para frente? Com solidariedade? Ou com conflito global de norte a sul?A Educação sobre os problemas ambientais, neste momento é fundamental? Perguntaram alguns. Percebeu-se que no decorrer dos trabalhos os alunos se tornaram interessados curiosos e alguns com vontade até de ajudar de alguma maneira.. -. Observação dos problemas reais da comunidade da Escola.. Cada grupo observou as anotações que cada aluno fez durante a caminhada. pelo. bairro,. discutiram,. fizeram. questionamentos. e. observações, depois passaram para o papel para desenhar e pintar cada quadro que eles imaginaram conforme mostra os trabalhos a seguir.. A avaliação foi realizada ao término das atividades tendo a possibilidade de verificar a participação e o interesse de cada um dos membros dos grupos. A seguir são apresentados alguns painéis e bonecos de fantoche criados pelos alunos e que representam alguns resultados do trabalho:. 51.

(52) Sariana, Lisânia, Ticiane, Andrisa e Géssica. Figura 18 – Desmatamento e Poluição. A figura 18 representa a atual situação (lado esquerdo do painel) queimadas, desmatamento e poluição e a percepção dos alunos para reconstituir a paisagem (lado direito do painel).. 52.

(53) Natália Moradin Felipeto, George Barcelos Pinto, Diego Nunes Domingues e Isair. Figura 19 – Poluição. A figura 19 representa o descuido com as árvores e como conseqüência a falta de alimentos.. Melory da Silva Nunes, Estefani de Souza da Rosa e Cirilo da Rosa. Figura 20 - Desmatamento. 53.

(54) A figura 20 representa o descuido com relação à natureza pelo desmatamento que vai gerar o desmoronamento dos barrancos e, conseqüentemente, o fim dos rios.. George, Natália, Isair, Bruna e Diego. Ticiane, Sariana, Andreisa e Géssica. Figura 21 – Desmatamento. Figura 22 – Poluição e Violência. As figuras 21 e 22 representam respectivamente: o desmatamento, a erosão e a violência.. 54.

(55) Figura 23 – Fantoche - O Porco. Figura 25 – Fantoche – O Cachorro. Figura 24 – Fantoche – O Gato. Figura 26 – Fantoche – A Bruxa. As figuras 23, 24, 25 e 26 apresentam os fantoches de papel maché desenvolvidos pelos alunos e utilizados nas peças teatrais.. 55.

(56) Além desses resultados, alguns depoimentos feitos pelos próprios alunos podem constatar a aceitação por esse tipo de atividade. Segundo eles, as aulas tornaram-se mais interessantes.. Alguns depoimentos dos alunos durante as atividades:. -. “Adorei esta atividade, poderia ser sempre assim”;. -. “Coisa boa não ficar só na sala de aula, lá fora nós enxergamos as coisas e podemos ver bem melhor”;. -. “Que bom, agora com estes trabalhos apresentados, as pessoas vão se dar conta dos fatos e cuidar mais do meio ambiente”;. -. “Professora! Vamos fazer outro teatro, adorei fazer estes bonecos e apresentar”.. Para finalizar foram distribuídos aos alunos, questionários com questões referentes ao ambiente em que vivem, suas atitudes e expectativas em relação a este (ANEXO D – Questionário).. Os resultados do questionário foram os seguintes:. Com o auxílio das perguntas, obtiveram-se os resultados esperados:. Questão 1: 85% acreditam poder melhorar o ambiente em que vivem. 10% não acreditam melhorar o ambiente em que vivem. 5% não opinaram.. Questão 2: 90% acreditam que é possível informar as pessoas sobre questões ambientais através da arte.. 56.

(57) 5% não acreditam que é possível informar as pessoas sobre questões ambientais através da arte. 5% não opinaram.. Questão 3: 85% acreditam que a interdisciplinaridade funciona. 10% não acreditam que a interdisciplinaridade funciona. 5% não opinaram.. Questão 4: 90% acreditam que existem fatores de integração entre arte e educação ambiental. 5% não acreditam que existem fatores de integração entre arte e educação ambiental. 5% não opinaram.. 57.

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