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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 1

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I

Prof. José Claudeci Bezerra da Silveira Correia (2.011)

MÓDULO.1 - NOÇÕES DE CONTABILIDADE

11. - RELATÓRIOS CONTÁBEIS: SUA IMPORTÂNCIA PARA A TOMADA DE DECISÃO 111. - INTRODUÇÃO

A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio com a finalidade de demonstrar a sua situação e fornecer informações sobre a sua composição e variações

A contabilidade é :

o melhor banco de dados de uma empresa;

que fornece os elementos comuns às Demonstrações Financeiras, notadamente o Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício.

um dos instrumentos utilizados pela administração e não "o instrumento";

O Contador é o encarregado da compilação de dados e documentos e a transmissão destes à administração basicamente através de balancetes, balanço e demonstração de resultados do exercício. CONTABILIDADE GERENCIAL

O potencial da contabilidade com objetivo básico de avaliar e gerenciar a empresa é a mais importante finalidade desde a sua invenção como metodologia de controle. Regras, princípios e convenções foram criados para este fim.

No campo da contabilidade gerencial a contabilidade geral, apoiada pela contabilidade de custos, tem duas funções :

"CONTROLE: fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e previsões" "TOMADA DE DECISÃO: ser instrumento de análise, acompanhamento , comparações e interpretações das demonstrações financeiras ( ou contábeis ) por meio de coeficientes, quocientes, índices e padrões.

112 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstrações Financeiras ( Demonstrações Contábeis ou Relatórios Contábeis ) são exposições resumidas e ordenadas dos dados colhidos pela contabilidade. Podem ser obrigatórias e não

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 2 obrigatórias. A obrigatoriedade depende do tipo de sociedade ou do fim a que se destina a informação para o usuário.

As demonstrações contábeis obrigatórias por lei são conhecidas como DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e a principal delas é o BALANÇO PATRIMONIAL ( BP ).

A Lei das Sociedades Anônimas estabelece que ao final de cada exercício social ( ano ), a diretoria fará elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS :

- Balanço Patrimonial

- Demonstração de Resultados do Exercício

- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

- Notas Explicativas

12 - BALANÇO PATRIMONIAL: VISÃO SINTÉTICA da ESTRUTURA e dos GRUPOS DE CONTAS

(ANEXO_12)

"BALANÇO PATRIMONIAL é uma demonstração resumida da posição financeira da empresa em

determinada data"

O Balanço Patrimonial representa uma situação estática das contas patrimoniais da empresa em um determinado momento ( normalmente no final do ano) e é subdividido em duas partes: ATIVO (do lado esquerdo) e PASSIVO (do lado direito).

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: constituído de duas colunas; lado esquerdo: ATIVO

lado direito : PASSIVO ( e PATRIMÔNIO LÍQUIDO ) O fundamental no balanço é o equilíbrio entre o ativo e o passivo ATIVO = PASSIVO

BENS e DIREITOS = OBRIGAÇÕES e PATR.LÍQUIDO

As contas do ATIVO são classificadas por ordem decrescente de LIQUIDEZ

As contas do PASSIVO são classificadas por ordem decrescente de EXIGIBILIDADE

Há analogia entre as contas dos ativos e passivos em termos de liquidez e exigibilidade. Do lado do Ativo aparecem aquelas contas que se converterão mais rapidamente em dinheiro e, do lado

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 3 do Passivo, aparecem aquelas contas que serão exigíveis em ordem de prioridade, ou seja, mais cedo.

121 - ATIVOS:

"ATIVOS são todos os BENS e DIREITOS de propriedade da empresa, avaliáveis em dinheiro, que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa."

Para ser Ativo é necessário preencher os quatro requisitos simultaneamente: 1 - ser bem ou direito;

2 - ser de propriedade da empresa; 3 - ser mensurável monetariamente; e

4 - representar benefícios presentes ou futuros.

BENS: dinheiro, máquinas, terrenos, estoques, ferramentas, veículos, instalações etc . TANGÍVEIS: quando tem corpo, matéria;

. INTANGÍVEIS: quando são incorpóreos: marcas, patentes, ponto comercial etc.

DIREITOS: duplicatas a receber, contas a receber, depósitos em conta bancária, ações de outras empresas, adiantamento a fornecedores, adiantamento a empregados etc.

(*) PROPRIEDADE: se um bem não for de propriedade da empresa, não constará de seu ativo. Um arrendamento mercantil ( leasing) de uma máquina, pelo qual a empresa pagará um aluguel mensal, não se caracteriza como ativo, embora o bem esteja dentro da empresa ( é posse, não propriedade ).

(*) VALOR OBJETIVO ( avaliável em dinheiro ): uma empresa que possui uma "marca" conhecida no mercado não poderá evidencia-la como Ativo, embora seja um bem ( intangível ) de sua propriedade, pois é difícil avaliar a marca monetariamente.

Exceção, quando a marca for adquirida por terceiros.

(*) BENEFÍCIOS PRESENTES OU FUTUROS: somente devem constar dos Ativos itens que possuam valor e que possam resultar em benefícios presentes ou futuros. Se o bem ou direito não tiver esta característica o seu valor deve ser baixado do Ativo. Um material deteriorado, um estoque obsoleto, por exemplo, não trarão benefícios no presente e nem no futuro. Logo, devem ser baixados dos valores dos ativos.

122. - PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO

"PASSIVO representa as OBRIGAÇÕES da empresa"

Os Balanços Patrimoniais publicados trazem o título genérico PASSIVO do lado direito, representando obrigações da empresa.

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 4 As obrigações exigíveis também são denominadas de passivos exigíveis.

PASSIVO EXIGÍVEL evidencia toda a obrigação ( dívida ) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, folha de pagamento a pagar, financiamentos, empréstimos etc. As obrigações exigíveis por terceiros têm vencimento implícito ou explícito e representam "CAPITAIS DE TERCEIROS", que estão "financiando" a empresa.

As obrigações não exigíveis são denominadas de PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O PATRIMÔNIO LÍQUIDO representa as obrigações não exigíveis que a empresa tem perante os seus proprietários. O patrimônio líquido representa o "CAPITAL PRÓPRIO" que está "financiando" a empresa

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( PL) : demonstra os recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. A primeira aplicação é denominada de CAPITAL. Se houver outras aplicações, teremos acréscimos de capital adicionados ao capital inicial, permanecendo com o título da conta de CAPITAL.

O Patrimônio Líquido sofre acréscimos e/ou decréscimos como resultantes de LUCROS/ PREJUÍZOS havidos na empresa, bem como, pelo aumento ou diminuição de constituições de reservas de capital e/ou de reservas de lucros

No caso de sociedades anônimas ou companhias, a parcela do lucro que ao final do exercício é distribuída aos acionistas é denominada de DIVIDENDOS.

13. - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO: VISÃO SINTÉTICA da ESTRUTURA e . dos GRUPOS DE CONTAS (ANEXO_13)

"A demonstração de resultado do exercício (DRE) fornece um resumo financeiro dos resultados das operações da empresa durante um período específico".

A Demonstração do Resultado do Exercício ( DRE ) é um resumo ordenado das receitas, custos e despesas da empresa em determinado período ( normalmente 12 meses ). É apresentada de forma DEDUTIVA ( vertical ), ou seja, das receitas subtrai-se as despesas, em seguida, indica-se o resultado ( lucro ou prejuízo ).

No encerramento do exercício as contas de resultados ( receitas, custos e despesas) são encerradas apurando-se o resultado do exercício cujo saldo é refletido na conta de LUCROS E PERDAS, no grupo de PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

O resultado líquido da confrontação das RECEITAS x DESPESAS ( e/ou custos ) é transferido para o balanço patrimonial no grupo do PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

14 - LANÇAMENTOS CONTÁBEIS:

Fundamentos do mecanismo, lógica e convenção de lançamentos com base na TEORIA DAS PARTIDAS DOBRADAS ( Luca Pacciolo )

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 5 "A todo DÉBITO sempre corresponde no mínimo a um CRÉDITO

"DÉBITO é o registro do lado esquerdo da conta" "CRÉDITO é o registro do lado direito da conta"

"Os lançamentos são escriturados em registros , tais como, Diário, Razão, Contas Correntes e outros livros comerciais e fiscais"

"RAZONETE" é uma espécie de figura "T" representando do lado esquerdo o débito e do lado direito o crédito, que auxilia ao cálculo e visualização do saldo da cada conta

"PLANO DE CONTAS é uma descrição dos códigos e nomes das contas utilizadas pela empresa para o registro de todas as operações e transações patrimoniais e de resultados"

141 - LANÇAMENTOS EM CONTAS PATRIMONIAIS ( ATIVO e PASSIVO) : 1411 - CONTAS ATIVAS ( BENS e DIREITOS ) (Contas de natureza: DEVEDORA)

ENTRADAS ( aumentos/acréscimos) são lançadas à DÉBITO (lado esquerdo) SAÍDAS (diminuições/decréscimos) são lançadas à CRÉDITO (lado direito ) 1412 - CONTAS PASSIVAS ( OBRIGAÇÕES) (Contas de natureza: CREDORA )

ENTRADAS ( aumentos/acréscimos) são lançadas à CRÉDITO (lado direito ) SAÍDAS (diminuições/decréscimos) são lançadas à DÉBITO (lado esquerdo)

142 - LANÇAMENTOS EM CONTAS DE RESULTADOS ( RECEITAS, CUSTOS e DESPESAS ):

1421 - CONTAS DE RECEITAS: ( Contas de natureza: CREDORA )

ENTRADAS ( aumentos/acréscimos) são lançadas à CRÉDITO (lado direito ) SAÍDAS (diminuições/decréscimos) são lançadas à DÉBITO (lado esquerdo) 1422 - CONTAS DE CUSTOS e DESPESAS ( Contas de natureza: DEVEDORA)

ENTRADAS ( aumentos/acréscimos) são lançadas à DÉBITO (lado esquerdo) SAÍDAS (diminuições/decréscimos) são lançadas à CRÉDITO (lado direito )

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 6

MÓDULO 2= OBJETIVOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

(*) = Muito importante: Em cada módulo estaremos sintetizando ensinamentos de vários autores e

algumas vezes comparando suas posições.

A fim de facilitar os estudos, estaremos citando as páginas de leitura obrigatória recomendada do livro texto básico ( GITMAN), as quais necessariamente deverão ser lidas complementarmente à redação do módulo.

Ex. de como serão citadas as páginas: (* 7 a 9)

.“FINANÇAS É A ARTE DE ADMINISTRAR FUNDOS”

2.1 - INTRODUÇÃO

Os curriculuns escolares programados pelo Ministério de Educação e Cultura para graduação nas Faculdades de Administração de Empresas, Economia e Ciências Contábeis, entre outras, incluem obrigatoriamente pelo menos um curso relacionado à administração financeira. Conforme vivenciamos, a área de finanças é ampla, tanto em nossa vida particular como em empresas públicas e privadas, com objetivos de lucro ou filantrópicos.

Ao longo do curso estudaremos a administração financeira para organizações empresariais com fins lucrativos, ora em diante denominadas simplesmente “empresas”.

FORMAS BÁSICAS DE EMPRESAS (* 7 a 9 )

De acordo com o objetivo social pretendido e das características de propriedade almejadas, as pessoas físicas dispõem das seguintes formas básicas de organização empresarial , segundo as legislações comerciais e fiscais vigentes:

FIRMA INDIVIDUAL: empresa de propriedade de uma só pessoa SOCIEDADE : empresa de propriedade de mais de uma pessoa

SOCIEDADE LIMITADA: sociedade em que um ou mais sócios têm responsabilidade limitada , desde que pelo menos um dos sócios assuma responsabilidade ilimitada

SOCIEDADE ANÔNIMA: sociedade intangível cujos sócios têm o capital integralizado na empresa representado por ações. A sua responsabilidade é limitada ao capital integralizado.

RESPONSABILIDADE LIMITADA: a obrigação legal do sócio perante a sociedade é limitada ao capital integralizado representado em quotas(sociedades limitadas) ou ações(sociedades anônimas) . RESPONSABILIDADE ILIMITADA: condição imposta por uma firma individual ou sociedade, no sentido de que na ocorrência da empresa não honrar com as suas obrigações, todos os bens do sócio possam ser reivindicados, ou seja, responde pelas obrigações da empresa inclusive com seus bens particulares

Em nossos estudos daremos ênfase às organizações empresariais constituídas em forma de sociedades anônimas por serem aquelas que melhor apresentam estruturados os seus dados e informações para fins contábeis, fiscais, financeiros e gerenciais

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 7 A contabilidade se baseia em fatos e tem seus registros e controles regidos por princípios, convenções e normas legais reconhecidos por consenso profissional considerados e adotados como “ geralmente aceitos”. Estes fatos têm como parâmetros básicos:

- UTILIDADE; - OBJETIVIDADE; e - PRATICABILIDADE

Dentre suas regras convém destacar, para fins desta disciplina, alguns princípios e conceitos, a saber:

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIO: O sistema contábil reconhece:

- a receita quando da realização transferência de bens e/ou serviços para terceiros ( princípio da realização da receita;

- custos correspondentes às receitas imediatamente à seguir do reconhecimento destas;

- as despesas dentro do exercício de sua ocorrência; salvo em casos particulares em que os benefícios serão obtidos em exercícios futuros

- o princípio da precaução adotando os registros pelo custo ou pelo valor de mercado, o que for menor.

CARACTERÍSICAS DE CUSTOS e DESPESAS:

Em termos de resultados há dois tipos de gastos: CUSTO e DESPESA CUSTO:

- é o gasto incorrido especificamente para a consecução da receita que está sendo reconhecida. ; - é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços destinados à

venda

- é apropriado e reconhecido aos produtos/serviços de acordo com o princípio de realização da receita.

DESPESA:

- é o gasto incorrido para a obtenção de receitas genéricas;

- é bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção da receita; - não é possível indicar especificamente a qual receita que aquele gasto se refere.

REGIME DE COMPETÊNCIA x REGIME DE CAIXA

Enquanto a administração contábil obedece o regime de competência, a administração financeira obedece o regime de caixa

REGIME DE COMPETÊNCIA: o administrador contábil registra fatos, desenvolve o sistema contábil e elabora as demonstrações financeiras ( repetindo ):

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 8 - reconhecendo as receitas e os custos correspondentes no momento de sua realização, ou seja, da

venda; e

- despesas quando incorridas e são encerradas dentro do exercício de sua ocorrência

REGIME DE CAIXA: o administrador financeiro baseia suas análises em função do FLUXO DE CAIXA, ou

seja, considera o momento da entrada ou da saída de caixa

2.3 - OBJETIVO DA EMPRESA (* 16 a 19)

Qual é o objetivo da empresa ?

2.3. 1 - MAXIMIZAR LUCROS ou MAXIMIZAR RIQUEZAS ?

É comum considerar a maximização do lucro como objetivo fundamental da empresa, mas não o é. Os

lucros totais não são tão importantes como o lucro por ação .(*16 a 19)

A maximização do lucro não considera o fluxo de caixa . A empresa pode vender bens com prazos de recebimentos longos, apurar nas demonstrações financeiras um lucro excepcional, entretanto haverá perda de poder aquisitivo da moeda entre a data da apuração da receita e o efetivo recebimento do dinheiro pelo caixa.

A maximização do lucro desconsidera não apenas o FLUXO DE CAIXA, mas também o RISCO. Mesmo o lucro por ação não é um objetivo inteiramente fundamentado, pelas sequintes razões:

- não especifica o tempo dos retornos esperados ( “timing”);

- desconsidera o risco ou incertezas da corrente esperada de lucros (“risk”); Risco é a possibilidade de que os resultados realizados possam diferir daqueles esperados”

- não considera o fluxo de caixa disponível aos acionistas, ou seja, os efeitos da política de dividendos (distribuição de lucros).

Dilema: RETORNO (FLUXO DE CAIXA) x RISCO .(* 17 )

Uma premissa básica em AF é que há um confronto entre retorno (fluxo de caixa) e risco.

As receitas não representam fluxo de caixa disponível aos acionistas. Um maior lucro por ação não significa, necessáriamente, que os pagamentos de dividendos aumentarão, uma vez que esta decisão depende do Conselho de Administração da empresa. Um lucro por ação mais alto não implica necessariamente, elevação do preço da ação.

“Retorno e risco são determinantes chaves do preço da ação, que representa a riqueza dos acionista, ou seja, dos proprietários da empresa.

O fluxo de caixa e o risco afetam o preço da ação de modo diferente: um fluxo de caixa maior é geralmente associado a um preço de ação mais alto, enquanto que uma tendência de risco mais alto resulta em um preço da ação mais baixo, já que o acionista deve ser recompensado por um maior risco. Em geral, os acionistas têm aversão ao risco. Quando há risco envolvido, os acionistas esperam obter

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 9 taxas de retorno mais altas nos investimentos associados a riscos mais altos, e taxas de retorno mais baixas naqueles com riscos mais baixos.

Se o objetivo da empresa fosse somente a maximização do lucro por ação a empresa nunca pagaria dividendos. Na medida em que dividendos afeta o valor da ação, a maximização do lucro por ação deixaria de ser o objetivo empresarial apropriado.

Considerando as razões acima o objetivo de maximizar o lucro por ação não poderá equivaler à maximização do preço de mercado da ação. Os acionistas recebem retorno através do pagamento de dividendos e pela venda de suas ações, a um valor superior ao preço de compra inicial

Os preços de ações de uma empresa no mercado representam uma avaliação de uma empresa pelos agentes de mercado. Neste conceito, considera-se tanto os lucros atuais quanto os lucros futuros, a distribuição no tempo, seu risco, incertezas e a política de dividendos. Outros fatores importantes , tais como, verticalizações e horizontalizações entre empresas podem ter efeitos substanciais sobre os preços das ações.

OBJETIVOS DE: ADMINISTRADORES FINANCEIROS x ACIONISTAS ( * 19 e 20 ) Em certas circunstâncias o objetivo dos acionistas podem diferir dos objetivos dos administradores financeiros(AF). Os AF procuram satisfazer e não maximizar a riqueza dos acionistas, contentando-se com um nível aceitável de crescimento, preocupando-se mais com a sua permanência na direção da empresa, do que com a maximização do valor da empresa para o acionista.

*Os administradores são vistos como “agentes” dos proprietários que os contratam e lhes delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em benefícios deles, proprietários. Tecnicamente qualquer administrador que possua menos de 100 % da empresa é de certa medida , um “agente” dos outros proprietários

*Os administradores reconhecem que o seu objetivo é a maximização da riqueza dos proprietários mas, também, estão preocupados com sua riqueza pessoal, segurança no emprego, estilo de vida e outras vantagens. Tais preocupações podem tornar os administradores relutantes ou sem disposição para correr riscos elevados se perceberem que um risco elevado poderá resultar na perda do emprego e em prejuizo à riqueza pessoal. Esta postura de “moderação” , ou seja, um meio termo entre o satisfatório e a maximização, leva a retorno inferiores e à perda potencial de riqueza para os proprietários.

POSTURA ÉTICA ( “padrões de conduta ou juizo moral) (* 22 )

Nos últimos anos no Brasil e mesmo em operações internacionais, a legitimidade dos atos praticados por políticos, autoridades e funcionários de empresas públicas e privadas, com fins lucrativos ou filantrópicas têm recebido muita atenção da mídia.

*O objetivo dos padrões éticos é motivar empresas e participantes do mercado a aderir tanto à prescrição quanto ao espírito das leis e às regulamentações concernentes a todos os aspectos da prática empresarial e profissional.

*Espera-se que a implementação de um programa de ética pró-ativo reforce os valores corporativos, reforçando a confiança dos acionistas a ganhar fidelidade, comprometimento e o respeito de todos os participantes da empresa e do mercado.

*Tais atos ao manterem e reforçarem o fluxo de caixa e reduzirem o risco percebido, como resultado de uma maior confiança por parte dos investidores, afetem positivamente o preço da ação da empresa.

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 10

2.3.2 - AFINAL QUAL É O OBJETIVO DA EMPRESA ?

Dentre os autores e pesquisadores o objetivo que mais tem sido adotado como meta para nortear a administração financeira é:

“MAXIMIZAR O VALOR DA EMPRESA PARA O ACIONISTA”

Neste contexto, o valor da empresa é representado pelo preço de mercado de suas ações ordinárias à longo prazo, o que por sua vez reflete as DECISÕES DE INVESTIMENTOS, DECISÕES DE FINANCIAMENTOS e DECISÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS ( LUCROS ).

Obviamente este contexto pode e deve ser ajustado para o porte da empresa, a partir de empresas individuais, microempresas até as corporações.

“O COMPORTAMENTO ÉTICO É VISTO COMO NECESSÁRIO AO ATINGIMENTO

DO OBJETIVO DA EMPRESA, DE MAXIMIZAÇÃO DA RIQUEZA DOS ACIONISTAS”

O objetivo normativo da empresa para o AF de “maximizar a a riqueza do acionista”, fornece um guia racional para dirigir um negócio e para a eficiente alocação de recursos na empresa.

Importante: o AF não deve esquecer a sua responsabilidade social 2.4 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO.

Ao administrador de maneira geral cabem as funções :

PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR, CONTROLAR E COORDENAR as atividades necessárias para que a empresa atinja suas metas de acordo com a sua missão .

A FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO:

A função financeira envolve decisões e ações que afetam o valor da empresa, o qual por sua vez depende do fluxo de caixa resultante da política de investimento, política de financiamento e da política de dividendos (distribuição de lucros)

“””O conjunto das três políticas determina o valor da empresa para o acionista.”””” Abordagem de alguns autores renomados:

EZRA SOLOMON: “inclui a tomada de decisões sobre a conservação, redução ou aumento de investimentos.”

WESTON & BRIGHAM: “sustentam que decisões de investimentos estão inseparavelmente ligadas à decisões de financiamentos .

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 11 “A PRINCIPAL RESPONSABILIDADE DA FUNÇÃO FINANCEIRA DIZ RESPEITO AO FLUXO DE CAIXA (FUNDOS) , OU SEJA, NA OBTENÇÃO (financiamentos) E APLICAÇÃO DE CAIXA ( investimentos) .

2.5 - ATIVIDADES CHAVES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO (*13 e 14 )

*As atividades do AF podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Embora as decisões de investimento e de financiamento possam ser convenientemente visualizadas em associação com o balanço, tais decisões são tomadas com base nos efeitos que terão sobre o fluxo de caixa

.2.5.1- ANÁLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Análise e planejamento financeiro envolvem todo o balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício, bem como, outros demonstrativos contábeis. Estes demonstrativos contábeis baseiam-se em fatos elaborados com base no regime de competência.

O AF tem como objetivo fundamental valorizar e avaliar a empresa em termos de fluxo de caixa e desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance destes objetivos.

2.5.2 - DECISÕES DE INVESTIMENTO

*Estudamos que os investimentos da empresa estão representados no lado esquerdo do balanço. As decisões de investimento do AF determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. A combinação refere-se ao montante de recursos aplicados em ativos circulantes e ativos permanentes. Estabelecidas estas proporções, o AF deve fixar e tentar manter certos níveis ótimos para cada tipo de ativo circulante. Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados.

2.5.3- DECISÕES DE FINANCIAMENTO.

As decisões de financiamento relacionam-se com o lado direito patrimonial e envolvem duas áreas principais. Primeiro, deve-se buscar a combinação mais apropriada entre financiamentos a curto e longo prazos. Segundo, estabelecer que fontes individuais de financiamento, a curto e longo prazos, são os melhores, em um dado momento. Muitas dessas decisões são ditadas pela necessidade, mas algumas requerem uma análise aprofundada das alternativas e financiamento disponíveis, de seus custos e suas implicações a longo prazo. O efeito dessas decisões na realização dos objetivos da empresa é que importa.

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 12

Enquanto que para a empresa o pagamento de dividendos representa uma saída de caixa, para os acionistas os dividendos representam uma fonte de fluxo de caixa . Logo, o pagamento ou não de dividendos fornece informações a respeito da performance atual e futura da empresa.

Se houver projetos de investimentos aceitáveis, os lucros retidos podem ser uma forma de financiamento interno da empresa. Nesta circunstância em havendo distribuição de dividendos esta decisão pode afetar os investimentos.

Caso a empresa necessite de financiamento, observa-se que quanto maiores os dividendos pagos em dinheiro, maiores os montantes de financiamentos que devem ser levantados externamente por meios de empréstimos ou da venda de ações preferenciais e/ou ordinárias . Os dividendos pagos representam uma saída de caixa, logo, uma redução de disponibilidade

A cada período a maioria das empresas paga dividendos. Estes dividendos podem variar para mais ou para menos a cada ano dependendo dos aumentos ou diminuições nos lucros auferidos pela empresa Apesar das empresas de certa forma adotarem políticas definidas, os diretores, através de Assembléias Gerais podem alterar estas decisões e, desta forma, ter influência no preço de mercado destas ações. A teoria residual de dividendos defende que os dividendos tenham o seu pagamento ou não, como um resíduo.

Após destinado os recursos possíveis a todos os investimentos aceitáveis, se houver sobra de lucros disponíveis, estes podem ser distribuídos como dividendos. Se, ao contrário, os investimentos aceitáveis excederem os lucros retidos, não deverá ocorrer distribuição de dividendos.

O administrador financeiro, antes de decidir pelo pagamento ou não de dividendos, deve examinar se dispõe dos recursos suficientes para competir satisfatoriamente no mercado e, por consequência, elevar o valor das ações da empresa no mercado.

Vários autores sustentam que as decisões de investimentos e as decisões de financiamentos são mais relevantes do que as decisões de distribuição ou não de dividendos

MÓDULO 3: RESUMO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ÊNFASE NAS ANÁLISES DE RENTABILIDADE PARA OS ACIONISTAS 3.1 - INTRODUÇÃO

"Para se compreender uma empresa um dos primeiros passos é através da análise de índices financeiros obtidos por meio de cálculos efetuados sobre suas demonstrações financeiras."

A análise e interpretação destes índices pode ser feita através de comparações com dados históricos da própria empresa em datas diferentes ou com dados padrões do mesmo segmento da industria ( ou comércio) ao qual pertence a empresa no mesmo momento.

As conclusões do tipo "é melhor ou pior, bom ou ruim, é alto ou baixo etc", devem ser embasadas num conjunto significativo de dados sob pena de termos conclusões errôneas.

Comparações que resultam em grandes desvios para mais ou para menos em relação a padrões ou dados do passado da própria empresa refletem sintomas do problema . É sempre salutar uma análise adicional e ponderações de situações junto à administração da empresa ou outras fontes de dados, a fim de detectar as causas do problema. Uma vez detectadas as causas do problema, deve o administrador desenvolver ações prescritivas para resolvê-los.

A análise das demonstrações financeiras deve ser feita sob o ponto de vista do objetivo para o qual estamos examinando a empresa, os quais podem ser, por exemplo:

(13)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 13 seus acionistas (ou proprietários) presentes ou potenciais investidores;

administradores de empresas profissionais;

sob o ângulo de credores a curto e/ou longo prazos;

outros interessados sobre o estado geral financeiro da empresa.

Os acionistas atuais e potenciais estão interessados nas dimensões que afetam diretamente o preço das ações , ou seja, os níveis atuais e futuros de risco e retorno.

Os credores da empresa estão interessados principalmente na liquidez de curto prazo da empresa e de sua habilidade para o pagamento de juros e principal (solvência).

Ao invés de estarmos calculando um sem número de índices e fórmulas, o pensamento que nos deve guiar é: que informação desejamos obter das demonstrações financeiras ? Ela pode pagar suas dívidas nos vencimentos ? Ela é lucrativa ? Quais são suas fontes de financiamentos ? Estão os recursos sendo aplicados convenientemente ?

3.2 - GRUPOS DE INDICES FINANCEIROS

Os índices financeiro são agrupados de acordo com fins específicos ou critérios pessoais dos autores. Limitaremo-nos aos índices financeiros mais importantes e aos mais aplicados na prática, fato que não invalida outros índices financeiros.

a) Índices de Liquidez; b) Índices de Atividade; c) Índices de Endividamento; d) Índices de Lucratividade; e e) Índices de Rentabilidade

Os índices de liquidez, atividade e endividamento medem fundamentalmente, o RISCO Os índices de lucratividade e de rentabilidade medem, fundamentalmente, o RETORNO

Para análises de curtos prazos os elementos mais utilizados são liquidez, atividade, lucratividade e de rentabilidade , visto que, eles fornecem informações para as operações de curto prazo.

Empresas de diferentes segmentos usam índices que estão particularmente dirigidos para aspectos peculiares do seu negócio.

3.2.1 - ANÁLISE DO ENDIVIDAMENTO

3.2.1.1 - INDICE DE ENDIVIDAMENTO ( FINANCIAMENTO DE TERCEIROS) (em %)

( ou ainda, ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS )

IE = EXIGÍVEL TOTAL( PC + PELP) x 100 PT

IND.ENDIVIDAM.TOTAL= [ EXIGÍVEL TOTAL(dividido) PASSIVO TOTAL] * 100 “Indica qual a participação de financiamentos ( capitais ) de terceiros colocados na empresa em relação ao passivo total”

Em outras palavras, indica quanto a empresa possui de financiamentos de capital de terceiros em relação aos financiamentos totais( se analisarmos pelo lado dos passivos; ou ...em relação aos investimentos totais, se analisarmos pelo lado do ativo )

3.2.1.2 - ÍNDICE DE RECURSOS PRÓPRIOS ( FINANCIAMENTOS PRÓPRIOS) ( em %)

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IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 14 IRP = . PL . x 100

PT

IND. RECURSOS PRÓPRIOS = [ PATR.LÍQUIDO ( dividido) PASSIVO TOTAL] x 100 “Indica qual a participação de financiamentos (capital) próprio colocados na empresa em relação ao passivo total”

Em outras palavras, indica quanto a empresa possui de financiamentos de capital próprio em relação aos financiamentos totais( se analisarmos pelo lado dos passivos; ou ...em relação aos investimentos totais, se analisarmos pelo lado do ativo )

3.2.2 - ANÁLISE DE LUCRATIVIDADE ( normalmente em % ) 3.2.2.1 - MARGEM BRUTA (ou LUCRO BRUTO) ( Em % )

MB = . LB . x 100 RLV

MARGEM BRUTA(ou lucro bruto)= [LUCRO BRUTO (dividido) REC.LIQ.VENDAS ]x 100

O resultado desta fórmula é expresso em PERCENTAGEM. Indica a percentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou após a dedução dos custos dos produtos vendidos.Quanto maior esta percentagem bruta, menor o custo relativo dos produtos vendidos e maior será a margem de vendas para amortizar as demais despesas e proporcionar o lucro líquido final.

3.2.2.2 – MARGEM OPERACIONAL ( ou LUCRO OPERACIONAL) (Em % )

MO = . LO . x 100 RLV

MARGEM OPERACIONAL = [LUCRO OPERACIONAL ( dividido ) REC.LIQ.VENDAS] x 100 O resultado desta fórmula é expresso em PERCENTAGEM. Indica a percentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou após a dedução de todos os custos e despesas operacionais (envolvidos com as operações da empresa de acordo com o seu objetivo social).

É uma medida de eficiência operacional, mas como tal, não pode ser examinada isoladamente, pois é influenciado por fatores de mercado, tais como, flutuações de preços e no volume das vendas.

A margem de lucro tende a ser menor no comércio e maior nas indústrias, enquanto que o giro de vendas do comércio tende a ser maior e o das indústrias menor.

3.2.2.3 – MARGEM LÍQUIDA (ou LUCRO LÍQUIDO) ( Em % )

ML = . LLE . x 100 RLV

(15)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 15 O resultado desta fórmula é expresso em PERCENTAGEM. Indica a percentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou após a dedução de todos os custos e despesas operacionais e não operacionais inclusive o imposto de renda.

Quanto maior for a margem líquida da empresa obviamente melhor será para aquele exercício. É uma medida bastante citada para indicar o sucesso da empresa em termos de lucratividade sobre vendas. A consideração de boa ou má margem varia de acordo com o tipo do negócio. Para um pequeno comércio, 1 % talvez seja uma boa margem; para uma joalheria 10 % poderá ser uma má margem.

3.2.3 - ANÁLISE DE RENTABILIDADE

3.2.3.1 – TAXA DE RETORNO SOBRE ATIVO TOTAL ( ou Retorno s/Invest.Totais ) ( Em

% )

(Rentabilidade sobre os Ativos Totais):

RSI (s/AT) = . LLE . x 100 AT

TAXA DE RETORNO S/ATIVO TOTAL=[LUCRO LIQ.EXERCÍCIO ( dividido) ATIVO TOTAL]x 100

O resultado é expresso em PERCENTAGEM e representa o retorno sobre o total dos investimentos da empresa. Mede a eficiência global da administração na geração de lucros com seus ativos disponíveis

3.2.3.2 – TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMONIO LIQUIDO (*muito importante*) (

Em %)

(Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido, ou seja, sobre o capital próprio) RSI ( s/PL ) = . LLE . x 100

PL

TAXA DE RET. S/PATR.LIQU.= [LUCRO LÍQUIDO EXERCÍCIO (dividido) PATR. LÍQ.]x 100. O resultado é expresso em PERCENTAGEM e representa o retorno obtido sobre os investimentos totais dos proprietários na empresa. Quanto mais alta for esta taxa de retorno melhor será para os acionistas no exercício.

Esta importante fórmula pode ser desmembrada, como segue:

RSI ( s/PL) = MARGEM LÍQUIDA ( vezes ) GIRO DO PL (*** vide fórmula abaixo )

(16)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 16 RSI ( s/PL ) = LLE x RLV = LLE x 100

RLV PL PL

Uma das grandes vantagens desta formula é a simplicidade de cálculo, facilidade de visualização e a possibilidade de se detectar se um aumento ou redução no retorno foi mais influenciado :

- pela lucratividade das vendas, ou seja, margem líquida ;

- pela eficiência do volume de vendas , ou seja, giro do patrimônio líquido através de vendas; - ou por ambos.

Um aumento na margem líquida, no giro do patrimônio líquido através de vendas ou em ambos elevará a taxa de retorno.

(*** = fórmula do giro do patrimônio líquido)

GIRO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( vezes )

GPL = . RLV . PL

O resultado desta fórmula é expresso em quantas vezes girou o PATRIMÔNIO LÍQUIDO em vendas.

Em tese, quanto maior o giro do PATRIMÔNIO LÍQUIDO da empresa, mais eficiente o capital próprio da

empresa foi usado .

MUITO IMPORTANTE:

Principalmente esta fórmula de cálculo da taxa de retorno sobre o patrimônio líquido, pela sua utilidade, deve-se cuidar tanto em análises temporais como também em “cross sectional” verificando se a análise está sendo feita com o valor do patrimônio líquido do início do período, médio ou do final do próprio período de competência. Este cuidado visa não fazer análises relativas com bases ou padrões diferentes.

Se for um período de baixa inflação, menos de 10 % ªª e não houver movimentações significativas nas contas componentes do patrimônio líquido, o recomendável é utilizar-se do valor no início do exercício. Alguns autores recomendam utilizar-se a média dos saldos da conta do patrimônio liquido durante o exercício

Este indicador mostra, em termos relativos, quantos reais retornaram no exercício aos proprietários para cada real de capital próprio existente no início do exercício.

“É um indicador decisivo na avaliação de uma empresa”

Entre empresas semelhantes, mantendo-se suas condições de funcionamento, a de maior rentabilidade

(17)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 17

ÍNDICE FÓRMULA OBJETIVO : mostrar e/ ou indicar: CÁLCULOS

1. LIQUIDEZ CORRENTE . AC . PC

A CAPACIDADE DE PAGAMENTO DA EMPRESA A CURTO PRAZO

2. LIQUIDEZ SECA .(AC - EST.) .

. PC

A CAPACIDADE DE PAGAMENTO A CURTO PRAZO SEM CONSIDERAR OS ESTOQUES

3. LIQUIDEZ GERAL (AC + ARLP)

(PC + PELP

A CAPACIDADE DE PGTO. DA EMPRESA A LONGO PRAZO

4.LIQUIDEZ IMEDIATA DISPONIVEL PC

QUANTO DISPOMOS IMEDIATAMENTE PARA PAGAR AS DÍVIDAS A CURTO PRAZO 5.PARTICICIPAÇÃO DE

CAPITAL DE TERCEIROS

(PC + PELP) PT

QUANTO A EMPRESA POSSUI DE FINANCIAMENTOS DE TERCEIROS EM RELAÇÃO AOS PASSIVOS TOTAIS 6. GARANTIA AO CAPITAL DE

TERCEIROS

. PL .

(PC + PELP)

QUANTO HÁ DE RECURSOS PRÓPRIOS PARA GARANTIR FINANCIAMENTOS DE TERCEIROS 7. COMPOSIÇÃO DE

ENDIVIDAMENTO

. PC .

PC + PELP

QUANTO DO FINANCIAMENTO DE TERCEIROS É A CURTO PRAZO

8. IMOBILIZAÇÃO . AP .

. PL

QUANTO A EMPRESA TEM IMOBILIZADO DO SEU PATRIMÔNIO LÍQUIDO

9. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO( ou PMC = per.médio de cobrança )

. DAR x 360 . RLV

QUANTOS DIAS EM MÉDIA A EMPRESA ESPERA PARA RECEBER SUAS VENDAS 10. PRAZO MÉDIO PGTO FORNEC. x 360

COMPRASANUAIS

QUANTOS DIAS EM MÉDIA A EMPRESA DEMORA PARA PAGAR SUAS COMPRAS 11.PRAZO MÉDIO ESTOQUES EST.x360

CPV

QUANTOS DIAS EM MÉDIA A EMPRESA LEVA PARA RENOVAR (VENDER) SEUS ESTOQUES 12. TAXA DE RETORNO SOBRE

INVESTIM.(TIR, RSI, IRR)

. LLE . AT.TOTAL

A RENTABILIDADE (O PODER DE GANHO) LÍQUIDA DE TODOS OS INVESTIMENTOS DURANTE O PERÍODO

13. TAX.RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO Líquido

. LLE . PL

A RENTABILIDADE (O PODER DE GANHO) LÍQUIDA DOS PROPRIETÁRIOS DURANTE O PERÍODO

14. MARGEM DE LUCRO LÍQUIDO

. LLE . RLV

LUCRO LIQUIDO SOBRE VENDAS (pode ser por produto ou total da empresa ) 15. GIRO DO ATIVO TOTAL . R.L.V .

AT.TOT.

QUANTAS VEZES OS INVESTIMENTOS TOTAIS (ativos totais ) GIRARAM DURANTE O PERÍODO

MODULO 4 - ADMINISTRAÇAO DE CAIXA

(Resumos de vários autores.: ler obrigatoriamente as páginas do Livro do Gitman citadas abaixo, como por ex.:... *665 a 667)

4.1- INTRODUÇÃO

Dentre as funções do administrador financeiro a gestão dos ativos e passivos circulantes constitui uma das mais importantes atividades .

Vimos que o administrador financeiro deve dirigir a empresa buscando a MÁXIMA RENTABILIDADE, com o MENOR RISCO e com LIQUIDEZ suficiente para a pontualidade no cumprimento de suas obrigações, cuidando sempre da solvência da empresa.

(18)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 18 O objetivo do administrador financeiro neste campo é de preservar a liquidez, gerenciando cada um dos ativos circulantes ( caixa, duplicatas a receber, estoques etc.) e passivos circulantes (fornecedores, contas a pagar, empréstimos bancários etc.), , a fim de alcançar o equilíbrio entre rentabilidade e risco contribuindo positivamente para o valor da empresa. Investimentos altos demais em ativos circulantes reduzem a lucratividade da empresa, enquanto que investimentos baixos demais aumentam o seu risco financeiro . Soluções inadequadas aos problemas de administração de capital de giro constituem um desfecho natural em concordatas e falências

Os ativos circulantes constituem aplicações de recursos em bens e direitos de baixa rentabilidade, mas necessários às atividades operacionais. Já os ativos fixos geram produtos cujas vendas propiciam a recuperação dos custos e despesas e o surgimento do lucro.

Estudamos nos módulos precedentes que as disponibilidades envolvem os valores em caixa, saldos bancários de livre movimentação e as aplicações financeiras de liquidez imediata.

Vimos também que se estes disponíveis forem mantidos em níveis muito baixos, poderá haver comprometimento da capacidade da empresa liquidar os seus compromissos nos vencimentos (insolvência). Se, ao contrário, a empresa mantiver um excesso de disponibilidades, estará prejudicando a sua rentabilidade.

As entradas de caixa provenientes das operações da empresa não são previstas com precisão, devido ao ciclo operacional o qual envolve o fluxo de entrada da matéria prima, processamento da produção, período de estocagem dos produtos acabados, faturamento, recebimento e crédito na conta . Por outro lado, os pagamentos da empresa são previstos com precisão.

4.2 - CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

CAPITAL CIRCULANTE: são os investimentos em ativos circulantes – caixa, duplicatas a receber , estoques – que giram durante o ciclo operacional da empresa

CICLO OPERACIONAL: é a transição periódica que ocorre dentro do capital circulante entre CAIXA, ESTOQUES ( compra de matérias primas, produtos em elaboração, produtos acabados), DUPLICATAS A RECEBER e retorna para o CAIXA..

CAPITAL CIRCULANTE LIQUIDO (CCL): é a diferença entre ativos circulantes e passivos circulantes da empresa

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO POSITIVO: significa que a diferença excedente dos ativos circulantes é financiada por recursos a longo prazo (exigíveis de longo prazo e/ou patrimônio líquido) CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO NEGATIVO: significa que a diferença excedente dos passivos circulantes está financiando ativos realizáveis a longo prazo e/ou o ativo permanente.

As situações expostas acima de CCL positivo e negativo ficam mais simples de serem entendidas se observarmos o balanço patrimonial como uma figura de “vasos comunicantes” entre ativos e passivos. Observando-se o balanço, se a “linha” dos ativos circulantes estiver abaixo da “linha” dos passivos circulantes, obviamente os ativos circulantes excedentes estarão sendo financiados por passivos exigíveis de longo prazo e/ou patrimônio líquido (CCL POSITIVO) . Se, ao contrário, a “linha”dos passivos circulantes estiver abaixo da “linha” dos ativos circulantes, obviamente os passivos circulantes

(19)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 19 excedentes estarão financiando ativos realizáveis a longo prazo e/ ou ativos permanentes (CCL NEGATIVO).

Ao longo deste módulo e do próximo, observaremos alguns pontos importantes no que tange a administração do capital de giro, tais como:

a) Quanto maior o volume de ativos circulantes em relação aos ativos permanentes, maior será a liquidez ;

b) a medida que a empresa reduz o ativo circulante ela está diminuindo ativos que produzem menor retorno;

c) quanto menor a escala de vencimentos das dívidas, maior tende a ser o risco de não pagar ( insolvência técnica);

d) quanto maior a escala de vencimentos, maior tende a ser o custo de financiamentos;

e) a medida em que aumenta capitais de terceiros, estará aumentando o risco financeiro, mesmo que esteja financiando-se a um custo mais baixo;

f) ao aumentarmos os empréstimos a curto prazo e reduzirmos os investimentos no ativo circulante estaremos reduzindo o nível de capital próprio ou mesmo tornando- se negativo. Esta rentabilidade proporcionada por esta estratégia e contrabalançada com o aumento do risco. Os níveis ótimos de ativos líquidos e da estrutura de prazos das dívidas determinam a margem de segurança a ser mantida, a qual poderá ser afetada pelos fluxos futuros da empresa. É difícil estimar o custo de uma insuficiência de caixa. Um método prático consiste em fazer com que a administração da empresa estabeleça o limite de tolerância para o risco de insolvência.

4.3 -MOTIVOS PARA MANTER CAIXA (KEYNES):

a) MOTIVO TRANSACIONAL: disponibilidade de caixa para as operações financeiras normais da empresa, ou seja , atender aos pagamentos programados para o curso normal das atividades ; b) MOTIVO PRECAUÇÃO : disponibilidade de caixa para ter quando precisar e fazer face aos

imprevistos; ou seja, é uma reserva de segurança para enfrentar eventos imprevistos;

c) MOTIVO ESPECULATIVO: disponibilidade de caixa para eventuais oportunidades econômico-financeiras tais como, compra de oportunidade ( bens, estoques etc) aplicações no mercado de capitais (quando se espera que as taxas de juros de curto prazo subam e conseqüentemente decresçam as cotações de ações no mercado) etc.

4.4 - DETERMINAÇÃO DE SALDOS DE CAIXA (*665 a 667)

No Brasil e comum encontrar-se empresas desenvolvendo metodologias próprias e estabelecendo parâmetros subjetivos para a determinação de saldos de caixa.

A administração financeira elabora anualmente o seu orçamento empresarial planejando suas atividades de curto, médio e longo prazos, do qual faz parte integrante o fluxo de caixa (“cash flow". Este fluxo de caixa é revisto periodicamente (mensal, trimestral e semestralmente)

A elaboração de orçamentos e do fluxo de caixa têm entre os seus objetivos traduzir em quantidades e valores os investimentos e as atividades para os períodos seguintes, antecipando informações sobre necessidades ou excessos de numerários . Tal procedimento facilita a tomada de decisões em tempo hábil minimizando transtornos de ultima hora.

(20)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 20 Para o dia a dia , o administrador financeiro elabora o fluxo de caixa diário demonstrando:

a) as variações ocorridas no dia anterior entre o realizado (incorrido) e as previsões ; b) ajustes no fluxo de caixa do dia e de curtíssimo prazo;

c) correções para os períodos seguintes.

4.4 - ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE DE CAIXA ( * 669 a 673 )

“Se a empresa tem um ciclo de caixa positivo, isto é, a empresa financia seus estoques e clientes, a

empresa deve buscar estratégias que visem minimizar o ciclo de caixa”

Como ciclo de caixa entendemos o período de tempo que vai do ponto que a empresa faz u m desembolso para adquirir matérias primas até o ponto em que é recebido o pagamento pela venda do produto acabado resultante desta matéria prima.

Estratégias que visam minimizar o ciclo de caixa:

1) – Girar os estoques tão rápido quanto possível, evitando a falta de estoque que ocasione perda de vendas ( * 671 =administração eficiente do estoque-produção);

2) – cobrar e disponibilizar valores o mais cedo possível, sem perder clientes e vendas ( * 672= aceleração do processo de cobrança de duplicatas) ;

3) – retardar pagamentos sem prejudicar o crédito ( (* 672 = ampliação do período de pagamento das duplicatas) .

CICLO OPERACIONAL (CO) = corresponde ao intervalo de tempo compreendido desde a

COMPRA da mercadoria ( matéria prima ou materiais de produção ou aplicação de mão de obra ) até o RECEBIMENTO DA VENDA . É o período entre a disponibilidade e aplicação do recurso nas operações produtivas até as entradas de caixa correspondentes a venda. Parte deste capital de giro é financiada pelos fornecedores que concedem prazos para pagamento.

O CICLO OPERACIONAL é composto da soma entre a idade média dos estoques (IME) e o período médio de cobrança das vendas (PMC).

CICLO DE CAIXA (CC) ( ou CICLO FINANCEIRO) = é o intervalo de tempo que se inicia a

partir dos PAGAMENTOS aos fornecedores (desembolsos) até o RECEBIMENTO DAS VENDAS . É o período em que a empresa financia suas operações sem a participação de financiamento de seus fornecedores. É o período entre o pagamento ao fornecedor e o recebimento da venda.

O CICLO DE CAIXA é composto da diferença entre o CICLO OPERACIONAL (CO) e o PERIODO MÉDIO DE PAGAMENTOS ( PMP)

IME – empresas comerciais: corresponde ao período compreendido desde a compra das mercadorias até o momento saida de estoque pela venda ( a vista ou a prazo);

IME – empresas industriais : envolve o período de compra das matérias primas e outros materiais de produção , como também os produtos em elaboração e acabados, inclusive a mão de obra direta e os custos indiretos, até o momento de saida pela venda

PMC – corresponde ao período de tempo entre a venda a prazo das mercadorias (ou produtos) e a entrada em caixa proveniente de cobrança da duplicata.

PMP - reflete o período em que a empresa tem à sua disposição para uso a matéria prima, outros materiais de produção ou mercadorias até o desembolso dos valores correspondentes

(21)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 21 A partir destes cálculos podemos identificar dois indicadores importantes para a eficiência do controle da gestão do capital de giro

CICLO OPERACIONAL = CO =IME + PMC

CICLO DE CAIXA = CC = CO - PMP = IME + PMC - PMP.

Quanto maior for o CICLO DE CAIXA , mais recursos próprios e de terceiros (excluso fornecedores) estarão temporariamente aplicados nas operações , causando custos financeiros e reduzindo a rentabilidade.

4.6 – TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA

RESUMO DOS ITENS DO GITMAN: (* 673 a 680)

As técnicas de administração de caixa , visam reduzir o ciclo de caixa, acelerando processos internos de estocagem e manuseio ( juntamente com a administração de estoques) , reduzindo prazos de recebimentos e postergando pagamentos

Um forte relacionamento com bancos é uma estratégia bastante saudável à administração financeira Os bancos vêm desenvolvendo uma ampla gama de serviços e pacotes a fim de atrair novos negócios .O controle centralizado de administração de caixa junto aos bancos é um dos pontos altos no sentido de reduzir o período de cobrança e disponibilizar caixa. Estes serviços são prestados mediante a cobrança de taxas estipuladas ou isentos em função da reciprocidade praticada pela empresa.

FLOAT (FLUTUAÇÕES): é

a) - período de tempo entre a colocação do recurso em disponibilidade e a utilização efetiva; b) – fundos enviados por um devedor mas ainda não utilizados pelo credor

FLOAT DE COBRANÇAS ( recebimentos): tempo decorrido entre o pagamento em cheque de um cliente e o efetivo recebimento dos fundos pelo fornecedor. Devem ser MINIMIZADOS

FLOAT DE PAGAMENTOS( desembolsos): tempo decorrido entre a emissão do cheque para pagamento de contas e o momento em que os fundos são efetivamente retirados da conta corrente. Devem se MAXIMIZADOS

CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA:

a) a empresa deve trabalhar com o menor número de bancos economicamente possível; b) esquematizar para que os clientes se possivel trabalhem com os mesmos bancos; c) depósitos e transferências eletrônicas

CHEQUES PRÉ-DATADOS: recebimentos antecipados através de cheques a serem sacados em vencimentos futuros em datas combinadas com o sacador

ORDEM DE CRÉDITO: emitida por uma empresa contra a sua conta corrente num determinado banco e crédito em outro banco centralizador, acelerando a transferência de fundos.

(22)

IDECC-INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO,EDUCAÇÃO E CULTURA DO CEARÁ **Professor: Jose Claudeci Correia Página 22 DÉBITOS AUTOMÁTICOS EM CONTA (muito utilizado atualmente): retiradas ou transferências eletrônicas num determinado banco. Tais procedimentos exigem acordo prévio dos bancos envolvidos e possibilitam a compensações de cheques no mesmo dia, reduzindo o float de cobrança.

A eficiente administração de caixa deve reduzir o ciclo de caixa, observando:

a) aumentar os prazos de pagamentos aos credores (com atenção para custos diferenciais) e diminuir os prazos de recebimentos

b) concentrar bancos, acelerando-se o fluxo de fundos, estabelecendo-se centros estratégicos de cobrança e reduzindo-se o tempo de dinheiro em trânsito.

c) Administrar o dinheiro flutuante: sincronizando as transferências de fundos com as compensações de cheques

Análise de liquidez

_

Capital de giro ou capital circulante líquido

_

Uma medida de liquidez calculada subtraindo-se o

passivo circulante do ativo

circulante.

PC =AC- CCL

_

CCL= Capital Circulante Líquido

_

AC= Ativo Circulante

_PC= Passivo Circulante

_

Quanto maior, melhor (maior liquidez da firma).

_ É mais útil no controle interno do que comparado aodesempenho de empresas diferentes.

_ Uma boa liquidez operacional ajuda a proteger os credores.

Análise de liquidez

_

Índice de liquidez corrente

_

Uma medida de liquidez calculada dividindo-se o

ativo circulante pelo passivo da

empresa.

LC=AC/PC

_

LC= Índice de Liquidez Corrente

_

AC= Ativo Circulante

_

PC= Passivo Circulante

_

Quanto maior, melhor (maior liquidez corrente da firma).

_ É um dos índices financeiros mais utilizados.

_ Mede a capacidade da empresa para satisfazer suasobrigações de curto prazo.

(23)

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_

Índice de liquidez seco

_ Uma medida de liquidez calculada dividindo-se ativocirculante menos os estoques pelo passivo

circulante.

LS=AC-EST/PC

_

LS= Índice de Liquidez Seco

_

AC= Ativo Circulante

_

Est= Estoque

_

PC= Passivo Circulante

_ Quanto maior, melhor (maior liquidez seca da firma).

_ É semelhante ao índice de liquidez corrente.

_ A diferença é a exclusão do estoque do ativo circulante da empresapor ser geralmente o ativo de menor liquidez.

Análise de atividade

_ Giro dos estoques

_ Medida de atividade, ou de liquidez, dos estoques da empresa.

_ Idade média dos estoques

_ Período médio de tempo em que os estoques são mantidos pelaempresa. _

GE=CMV / EST IME=360 / GE

GE= Giro do Estoque

_

CMV= Custo das Mercadorias Vendidas

_

Est= Estoque

_

IME= Idade Média do Estoque

_ O giro dos estoques é relativo à atividade da firma, porém, quanto maior, melhor. Já a idade média do estoque,

quanto menor, melhor.

_ É significativo somente quando comparado ao de outras empresas de mesma atividade.

Análise de atividade

_

Período médio de cobrança

_

O prazo médio necessário para cobrar as duplicatas

a receber.

PMC=DR/(VAN/360) =DR / VMD

_

PMC= Perodo Médio de Cobrança

_

DR= Duplicatas à Receber

_

VAN= Vendas Anuais

_

VMD= Vendas Média Diária

_

Também chamado de idade média das duplicatas à

receber.

Apesar de ser relativo à atividade da firma,

quanto menor, melhor.

(24)

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Referências

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