Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO NA INIBIÇÃO DE MICROORGANISMOS DA CAVIDADE ORAL
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
ÁREA:
SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU
INSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): DINAH PAGLACCI MARMOL, DESIREE SOARES CARPELOTI
AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): LUCAS JUSTINIANO BERMEJO
FACULDADE ANHANGUERA
“ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO NA INIBIÇÃO DE MICROORGANISMOS DA CAVIDADE ORAL”
Orientador: Prof.Me. Lucas Justiniano Bermejo Co-orientador: Profa. Esp.Giovana Paiva
Alunas: Dinah Desireé
BAURU 2012
ÍNDICE 1. Resumo 03 2. Introdução 04 3. Objetivos 06 4. Justificativa 07 5. Metodologia 08 6. Analise Estatística 09 7. Cronograma 10 8. Orçamento 11 9. Resultados Esperados 13 10. Referências Bibliográficas 14
3 1. RESUMO DO PROJETO
A atividade antimicrobiana de alguns extratos vegetais vêm sido descritas com grande sucesso na literatura em inibir o crescimento microbiano. O cerrado possui diversas especies vegetais capazes de combater micro-organismos. Antigamente as plantas eram utilizadas para curar ou tratar algum tipo de patógeno. Até então, há vários relatos sobre este assunto, porém os estudos precisam ser mais amplos e eficazes nos resultados. No presente trabalho processaremos os extratos vegetais Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) e Pequi (Caryocar brasiliense Camb.) na tentativa de inibição dos micro-organismos Streptococcus mutans e Candida albicans que colonizam a cavidade oral e são patogênicos. Tal método utilizará os meios de cultura BHI e Sabouraud Dextrose Agar acrescido de 1% de cloranfenicol respectivamente para crescimento de bactérias e fungos onde discos de infusão estéreis previamente emergidos nos extratos extraídos diluídos em água serão inseridos nos meios de cultura semeados com os micro-organismos descritos acima para verificar a formação de halo inibitório.
2. INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, nossos antepassados já utilizavam as plantas como uma forma de “fármacos naturais”, dia após dia essa técnica vem se tornando mais utilizada, e mais estudada pelos pesquisadores, que vem percebendo que nossa natureza é muito mais sábia do que pode parecer. Pois com o uso contínuo de antibióticos, os patógenos vêm se mostrando cada vez mais resistentes, causando um sério problema de saúde pública, o que fez os estudos a partir de fontes naturais ganharem ainda mais importância.
Porém os estudos precisam atingir uma maior plenitude, pois ainda temos poucos relatos, ou estudos ainda não concluídos, mas que estão ganhando grande proporção já que os fármacos naturais deixaram de estar presentes somente nas áreas rurais e de baixa classe social e tomou uma grande proporção até mesmo nos países europeus. A candidíase oral, causada pelo fungo Cândida albicans, promove uma infecção frequente em nosso corpo, principalmente na via oral. Pacientes com diabetes mellitus, tendem a ter um crescimento de cândida na saliva devido as elevadas concentrações de glicose, este é um dos exemplos para se explicar o porque da presença da cândidíase oral em pacientes neste estado. Também ocorre por fatores relacionados a estímulos térmicos, mecânicos e químicos ocorridos em nossas vias orais decorrentes de processos fisiológicos. Podem tornar-se patógenos devido as condições locais desfavoráveis que associam-se a fatores como: xerostomia, discrasias sanguíneas, alterações endócrinas, imunossupressão, aparelho ortodôntico, entre outros casos. (COSTA e CANDIDO, 2012).
O cerrado da região de Bauru possui uma vegetação ampla em toda sua extensão ,a fisionomia dessa região é conhecida como cerradão ou savana florestada. Em Bauru existe uma área preservada com 132 hectares oficialmente averbada como Reserva Legal do Campus de Bauru da UNESP, ou popularmente conhecido como Jardim
5 Botânico. Lá encontramos o mata brejo, onde ocorre a nascente do córrego vargem limpa.
O cerrado em si possui uma grande variedade da flora incluindo plantas para uso medicinal, como por exemplo o Pequi (Caryocar brasiliense) suas folhas regulam a menstruação, seus coroços são tônicos, a semente é expectorante.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Avaliar in vitro a atividade antimicrobiana do extrato de plantas do Cerrado brasileiro: Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) e Pequi (Caryocar brasiliense Camb.) sobre as cepas de Streptococcus mutans e Candida albicans, microorganismos da microbiota oral que colonizam e causam determinadas doenças na cavidade oral.
3.2 ESPECÍFICO
Determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos extratos vegetais com atividade antimicrobiana e estabelecer o melhor extrato vegetal para diminuir a população microbiana da cavidade oral.
7 4. JUSTIFICATIVAS
Devido ao grande uso de antibióticos que acomete a saúde pública e têm criado resistência a vários patógenos e aos efeitos indesejáveis que causam os enxagüantes bucais, este trabalho busca pesquisar o uso de plantas com valores antimicrobianos a fim de contribuir com a saúde oral, já que, as plantas, por serem obtidas de fontes naturais, tendem a causar menos danos ao organismo.
5. METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Será utilizada a metodologia descrita por Afonso (2011), com algumas modificações.Os extratos da Aroeira e Pequi, serão mantidos em estufa à 35ºC por um mês, até o peso de cada uma estabilizar, estabelecendo-se o peso seco da massa vegetal.
Após esse processo as plantas serão maceradas e 10 gramas de extrato vegetal serão adicionados em um Becker contendo 100 ml de água destilada.
Esse extrato será mantido em banho-maria à 60ºC durante 30 minutos e filtrado em algodão ou papel filtro.
Nesse filtrado obtido, serão mergulhados discos de infusão virgens e estéreis e mantidos por 1 hora para absorver o extrato vegetal.
A semeadura será feita com os micro-organismos Streptococcus mutans e Candida albicans em meios de cultura BHI e SDA a 1% de cloranfenicol respectivamente para bactérias e fungos. Serão colocados de cada extrato vegetal em uma placa com S. mutans e outro em uma placa com C. albicans.
As serão foram mantidas em estufa à 35ºC durante 24 horas e depois analisado os resultados.
9 6. ANALISE ESTATISTICA
Após coletas dos dados, os mesmos serão analisados estatisticamente para encontrar significância nos resultados.
7. CRONOGRAMA
1ª. Etapa – Projeto de Pesquisa 2ª. Etapa - Revisão Bibliográfica 3ª. Etapa - Coleta de Dados
4ª. Etapa – Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados 5ª. Etapa - Discussão e Conclusão
6ª. Etapa – Entrega
A tabela a seguir resume as atividades programadas para serem realizadas durante o programa de pesquisa apresentado.
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1ª. Etapa X x X 2ª. Etapa X x X 3ª. Etapa X X X 4ª. Etapa X X 5ª. Etapa X x 6ª. Etapa x
11 8. ORÇAMENTO
Quantidade Descrição e qual sua utilização na pesquisa Disponível Custo do item Não disponível Custo do item Papel sulfite 100 folhas Utilizado no período da pesquisa para a elaboração e conclusão da pesquisa
R$ 9,00
Tubo de rosca Utilizado no período da
pesquisa para fazer anotações
R$1,00 unidade
Erlenmeyer Utilizado na preparação do
meio de cultura
R$7,50 unidade
Autoclave Utilizado na preparação do
meio de cultura
R$6.150,00
Estufa Utilizado na preparação do
meio de cultura e
esterilização do material
necessário para pesquisa.
Placas de Petri
Utilizado para emplacar os meios de cultura. R$6,00 unidade Meio de cultura BHI Agar Utilizado no cultivo de bactérias. R$125,00 Meio de cultura Sabouraud Dxtrose Agar Utilizado no cultivo de fungos. R$185,00 Discos de infusão Utilizado na inibição de micro-organismos. R$30,00 Balança de alta precisão Utilizado na preparação do meio de cultura. R$2.491,00
Papel Kraft Utilizado na preparação do
meio de cultura.
13 9. RESULTADOS ESPERADOS
A análise da atividade antimicrobiana dos extratos vegetais pode conferir às pessoas uma proteção contra o aumento da microbiota oral em uma situação normal, onde poderia ser sugerido, caso a comprovação dos resultados, a ingestão deste extrato (na forma de chá) para que de uma maneira natural diminua a colonização por estes patógenos naturais da cavidade oral.
10. REFERÊNCIAS
Site: Universia: UFSC estuda propriedades farmacológicas de plantas – novembro 2006 / Acesso 25 nov 2012.
Giombeli, G. – Humaniversidade: As Plantas Medicinais e o Homem – Acesso 25 nov 2012.
Costa, K.R. – Candido, R.C. – NewsLab edição 83 de 2007 : Diagnóstico Laboratorial da Candidíase Oral. Acesso 18 nov 2012.
Nabuco de; CALUZI, João José; CALDEIRA, Ana Maria de Andrade. (Orgs.). Divulgação Científica e Ensino de Ciências: Estudos e Experiências. São Paulo - SP, 2006.