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Inclusão e seus desafios

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

CRISTINA CAVALHEIRO ARONES

INCLUSÃO E SEUS DESAFIOS

Ijuí, RS 2016

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INCLUSÃO E SEUS DESAFIOS

Trabalho de conclusão submetido ao Curso

de Graduação em Pedagogia do

Departamento de Humanidades e Educação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.

Orientadora: Profa. Dra. Marta Estela Borgmann

Ijuí 2016

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CRISTINA CAVALHEIRO ARONES

INCLUSÃO E SEUS DESAFIOS

Trabalho de conclusão submetido ao Curso

de Graduação em Pedagogia do

Departamento de Humanidades e Educação da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do título Licenciatura em Pedagogia.

Aprovada em: Ijuí, _____de dezembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA:

Profa. Dra. Marta Estela Borgmann – Orientadora UNIJUI

Profa. Dra. UNIJUÌ

Prof. Me. UNIJUÍ

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Dedico este trabalho a cada professor que trabalha com os alunos que tem algum tipo de deficiência, pois é gratificante, muito se aprende em ambos os lados a uma troca de saberes, as relações de afetividade se mostram muito ricas, e há uma reciprocidade.

As pessoas com deficiência e suas famílias pela sua determinação em conquistar seu lugar na sociedade, onde tem o direito de ir na escola, de poder trabalhar, de constituir uma família, de ser respeitado

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida, por eu ter conseguido a oportunidade de estar e vencer este desafio.

Agradeço a minha mãe Ivane, que sempre me dizia, “não tenho nada pra deixar para vocês, a não ser a educação, e isso só depende de cada um”.

Ao meu marido, as minhas filhas Rafaelle e Nathalia, que sempre estiveram ao meu lado, e a cada familiar e amigo que teve uma palavra de incentivo, quando a vontade era de desistir.

Aos mestres, por cada ensinamento, sempre estavam dispostos ajudar, tirar dúvidas, orientar. Peço desculpas por muitas vezes poderia me esforçar mais em determinadas atividades, ser mais interessada.

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O presente trabalho retoma fatos históricos que mudaram a vida de pessoas com necessidades especiais no mundo, trazendo reflexos também no Brasil. No Brasil, a legislação é explícita quanto à inclusão das pessoas com necessidades especiais nas escolas de ensino regular, o que implica acolher e matricular a todos, independentemente de suas necessidades ou diferenças, proporcionando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) como complemento e/ou suplemento ao ensino regular, oportunizando a esses sujeitos o seu desenvolvimento integral e pleno. Nesse sentido, o presente estudo buscou primeiramente apresentar um enfoque histórico da educação especial quanto às políticas publicas; em seguida uma reflexão à respeito das salas de recursos multifuncionais, ou o Atendimento Educacional Especializado, e algumas observações quanto ao seu funcionamento e, por fim, buscou-se refletir sobre o papel da educação especial na inclusão. Assim, questões que orientaram este estudo foram: de que maneira a educação especial auxilia os alunos com necessidades especiais? Quem pode trabalhar no AEE e qual a formação exigida? Qual é público alvo? Ao responder a essas questões, fomos a campo entrevistar os professores que estão trabalhando em espaços voltados à educação especial para analisar, a partir da legislação, o que esta sendo colocado em prática.

Palavras-chave: Ensino Regular. Inclusão Escolar. Atendimento Educacional

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ABSTRACT

The present study takes up historical facts that changed the lives of disabled people in the world, bringing reflexes also in Brazil. In Brazil, legislation is explicit regarding to the inclusion of disable people in regular schools, which means schools should receive and enrol everyone, regardless their disabilities or differences, providing Specialized Educational Assistance (SEA) as a complement and / or as supplement to the regular education. In this sense, this study presents a historical approach to special education regarding to public policies; then, it presents a reflection on the multifunctional resource rooms or Specialized Educational Attendance, as well as some observations on how they works. Finally, it aims to reflect on the role of special education in inclusion. Thus, questions that guided this study were: in what extension special education is helpful to disabled students? Who can work in ESA and what training is required? What is the target audience? In answering these questions, we carried out field interviews with teachers who are working in special education spaces to analyze, from the legislation, what is being put into practice.

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AEE – Atendimento Educacional Especializado

APADEVI – Associação Pais e Amigos dos Deficientes Visuais de Ijuí APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

CAPS – Centro de Atenção Psicossocial

CEB – Resoluções da Câmara de Educação Básica (CEB) CNE – Conselho Nacional de Educação

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA

FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MEC – Ministério da Educação

ONU – Organização das Nações Unidas PNE – Plano Nacional de Educação

RS – Rio Grande do Sul

SMED – Secretaria Municipal de Educação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

1.1 ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ... 16

2 IMPLANTAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ... 25

3 A PRÁTICA E AS VIVÊNCIAS ... 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

REFERÊNCIAS ... 40

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1 INTRODUÇÃO

Desde o seu nascimento, a criança começa adquirir conhecimentos, vivencias, vai se apropriando de tudo que acontece a sua volta, se desenvolve, se transforma em interação com o meio, com as suas vivencias consegue dar significados e ressignificar suas experiências, desta forma vai se constituindo um cidadão, pois desde muito cedo esta inserido na sociedade.

Com o passar do tempo, os sujeitos com necessidades especiais conquistaram seu lugar na sociedade, depois de muito sofrimento, exclusão, discriminação, viviam a mercê da própria sorte, sem direitos, sendo marginalizados. A escola faz parte desta sociedade, é uma instituição social que possibilita a convivência entre os seres humanos desde a mais tenra idade, assume responsabilidade não só com a aprendizagem, mas também com a formação integral do sujeito. A partir disso, evidencia-se a necessidade de oportunizar a todos uma educação inclusiva que defende o direito de todos os alunos em conviver, aprender e participar sem nenhuma discriminação e/ou exclusão.

Para que realmente possamos ter nas escolas uma educação inclusiva, precisamos quebrar paradigmas, liberar-se de tabus, mudar nossos conceitos, isto quer dizer que a educação inclusiva embasa-se em uma nova concepção de educação centrada na mudança das praticas educacionais e sociais para a garantia do direito de pleno acesso e participação das pessoas com deficiência – mental, física, intelectual, sensorial, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação – nos espaços comuns de aprendizagem, ou seja, escolas regulares.

Portanto, como assegurado na legislação, a educação/aprendizagem é um direito que precisa chegar a todos os indivíduos, sem qualquer discriminação ou diferenciação. Quando se torna presente crianças e/ou adolescentes com algum tipo de deficiência temos a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

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16 Neste sentido as escolas devem oferecer o Atendimento Especializado Educacional (AEE), para alunos com deficiências, transtornos ou altas habilidades. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.

O presente trabalho pretende conhecer, mas a fundo a perspectiva de inclusão nas escolas de ensino regular, o Atendimento Educacional Especializada (AEE), de que forma as escolas estão se organizando para este atendimento, ou seja se adequando a legislação.No primeiro capitulo veremos o que o Ministério da Educação (MEC) juntamente com políticas públicas tem proporcionado as pessoas com necessidades especiais, com o objetivo de avançar na construção do Sistema Educacional Inclusivo no país.No segundo capitulo trata especificamente do Atendimento Educacional Especializado, sua implantação nas escolas.No terceiro e ultimo capitulo é uma analise de entrevistas feitas com professores sobre a escolas inclusiva e suas vivencias, buscando promover o acesso, a participação e aprendizagem dos alunos com deficiência.

Justifica-se o presente estudo por entender que a educação especial assume, a cada ano, importância maior, dentro da perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e da busca incessante da democracia, que só será alcançada quando todas as pessoas, indiscriminadamente, tiverem acesso à informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania. Contudo não se justifica somente por estar na legislação, e eu defender que ela seja colocada em pratica, mas também por eu estar dentro do espaço escolar e ter passado por algumas vivencias no âmbito da inclusão.

1.1 ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Pelos relatos históricos os primeiros movimentos pela inclusão de pessoas com necessidades especiais surgiram nos Estados Unidos , na década de 1980, que tinha como principal objetivo desenvolver uma escola onde todos pudessem frequentar, tendo ou não deficiência, em um sistema único e de qualidade para todos.

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No Brasil, nas últimas décadas, varias foram as políticas públicas que surgiram para que as pessoas com deficiência tivessem seus direitos garantidos, começando pela Constituição Brasileira de 1988 que garante o acesso ao ensino fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção, e deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento especializado complementar,de preferência dentro da escola.

Outro marco histórico da inclusão foi em junho de 1994, com a Declaração de Salamanca - Espanha, realizado pela UNESCO na Conferência Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, assinado por 92 países, tendo como princípio fundamental: “todos os alunos devem aprender juntos, sempre que possível independente das dificuldades e diferenças que apresentem”.

A inclusão de pessoas com deficiência não é mais uma escolha, mas uma obrigação das escolas regulares, pois a legislação é clara sobre os direitos que ate pouco tempo atrás lhes eram negados, as pessoas com deficiência eram tratadas como se tivessem doenças contagiosas, ninguém queria ficar perto, não sabiam como lidar com elas e assim foram sendo excluídas dos espaços sociais, sendo marginalizados pela própria sociedade.

Não foi só na educação, mas também outros direitos foram adquiridos pelas pessoas com deficiência como: a igualdade de direitos no trabalho, assistência social especial, adaptações materiais, físicas e sociais, visando proporcionar-lhes condições adequadas de acesso aos bens sociais de locomoção tornando-os o mais independente possível, alem do direito ao ensino especializado, sempre que necessário, ou seja, na Educação Especial.

Mas como é entendida a educação especial atualmente?

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 o conceito de EDUCAÇÃO ESPECIAL, para os efeitos desta lei, é uma modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos com necessidades especiais e complementa no Cap. V, art.58.

1º - Haverá, quando necessários serviços de apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

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18 2º- O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que em função das condições especificas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

3º - A oferta de educação especial, dever constitucional do estado, tem como inicio na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Além de ressaltar o atendimento escolar sempre que possível, integrado as classes comuns de ensino regular desde a educação infantil, também situa a educação especial como integrante do sistema educacional, não sendo tratada em oposição à educação comum. Para garantir a frequência dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais em todo o fluxo de escolarização, a LDB estabelece a oferta de educação especial desde a faixa etária de zero a seis anos, definindo claramente no processo de regulamentação dessa diretriz, a instância do poder público sobre sua responsabilidade e o ônus.

O artigo 59 da referida lei dispõe sobre condições que devem ser asseguradas para que se efetive o ‘‘especial” da educação: Os sistemas de ensino asseguram aos educandos com necessidades especiais,

I - Currículo, métodos, técnicas, recursos educativos e organização especificam para atender as suas necessidades.

II - Terminalidade especifica para aquele que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados.

III – Educação especial para o trabalho visando sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo mediante articulação com órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentem uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectuais ou psicomotora.

V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.( art.59 LDB)

Segundo este artigo é apontado algumas condições básicas que precisam estar presentes na organização escolar para que de fato seja caracterizado o atendimento especializado aos alunos com necessidades educacionais. Desta maneira é importante se ter claro que os direitos e deveres acerca da educação em geral, contidos na legislação contemplam a todos os cidadãos. A LDB que trata da educação especial ainda estabelece que:

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Os órgãos normativos do sistema de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio pedagógico e financeiro pelo poder publico. Parágrafo único - O poder público adotara com alternativa preferencial a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede publica regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (art. 60)

Assim o parágrafo único deste artigo é repensável pela previsão de que, independente do apoio às instituições o Poder Publico devera adotar como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos.

Acompanhando o processo de mudança, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que “os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos” (MEC/SEESP, 2001).

Por muito tempo durou o pensamento de que a melhor forma de escolarização para as pessoas com deficiência seriam as classes especiais, seriadas, selecionadas, classificadas, tanto para os alunos como para os professores, isto tudo em nome de facilitar a aprendizagem dos alunos.

As políticas públicas foram tomando outros rumos quanto à inclusão de alunos com deficiência no ensino regular ao perceber que as pessoas com deficiência têm capacidades de se desenvolver de acordo com suas possibilidades e limitações, que só o deficiente sabe ate onde consegue ir, quais são seus objetivos, e mesmo assim ainda pode se superar dependendo de que maneira é estimulado, desafiado. Portanto as diretrizes vieram para reafirmar o que já havia sido afirmado nas leis anteriores, que todos, sem distinção têm os mesmos direitos, independente da cor, raça e gênero.

Atualmente tem-se falado tanto em inclusão, mas o que mesmo quer dizer esta palavra que muitos falam, mas poucos a colocam em pratica?

A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas. (BRASIL, 2011, p. 6)

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20 Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), ratificada pelo Brasil como Emenda Constitucional, por meio dos Decretos n° 186/2008 e n° 6.949/2009,

[...] pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. (ONU, 2006, art. 1º).

Ao falarmos em inclusão educacional chegamos a outro ponto que muitas vezes as pessoas se perguntam: porque todas as pessoas com deficiência tem que ir para a escola regular? Qual a função da escola nas suas vidas? Acerca disso Giroux e Simon (1995, p. 95) contribuem nessa discussão e procuram definir o que é a educação escolar e sua importância para a vida das pessoas.

A escola é um território de luta [...], as escolas são formas sociais que ampliam as capacidades humanas, a fim de habilitar as pessoas a intervir na formação de suas próprias subjetividades ao serem capazes de exercer poder com vistas a transformar as condições ideológicas e materiais de dominação em praticas que promovam o fortalecimento do poder social e demonstrem as possibilidades de democracia.

Os autores defendem que é preciso compreender a educação escolar como formação humana, em direção à emancipação e que o que esta no horizonte das escolas é a formação de consciências, sua disputa, como possibilidade de transformação social.

Neste sentido, a escola é um espaço social e político, é um lugar de grandes desafios, e vem sendo o espaço da infância em nossa sociedade, é ali que as crianças têm suas vivencias, onde trocam experiências e vão se constituindo cidadãos, neste mesmo espaço que devem conviver com as diferenças e aprender que cada pessoa é única e deve ser respeitada, aceita, com os mesmos direitos. Ao admitirmos que a educação e a escolarização se constituem como praticas sociais, temos o dever de compreender e promover que a legislação seja cumprida, em todos os sentidos, tanto de acesso como também de permanência das pessoas com deficiência nas escolas regulares.

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Para tanto necessitamos de mudanças que proporcionam a eliminação de obstáculos que acentuam e ou geram limitações. Assim a garantia do principio de igualdade, tão conclamado em nossas leis se da também pela oferta de iguais condições e oportunidades para que todos possam desenvolver suas competências e participar ativamente na sociedade.

Outro documento importante que assegura à educação as pessoas com deficiência é o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, onde em uns dos seus artigos ressalva que é dever do estado assegurar a criança e ao adolescente (art. 53) “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.

Como podemos observar, a muito se fala nos direitos das pessoas com deficiência, pois todos esses artigos revistos anteriormente tem como base a inclusão, porem a realidade não é tão fácil de ser coloca em pratica, é muito difícil que as pessoas mudem a maneira de pensar. Neste sentido o processo de inclusão se torna muito difícil e complicado, se as pessoas envolvidas não tenham outra visão, mudando seus conceitos e aceitando que cada pessoa é única e importante na sociedade, tem direitos, mesmo sendo diferente, é necessário acabar com o preconceito.

Para que a inclusão saia do papel e se torne algo concreto primeiramente é preciso que se pense que a diversidade é parte da natureza, e que a diferença não é um problema, mas uma riqueza. E que uma sociedade democrática busca um caminho sem distinção, e que uma escola democrática é com certeza uma escola para todos sem exceção. A inclusão é uma possibilidade de aperfeiçoamento da educação para o benefício de todos os alunos com necessidades educativas especiais e depende da disponibilidade das pessoas envolvidas para enfrentarem as inovações e as dificuldades advindas das necessidades desses alunos. Fato não comum ao sistema educacional e aos professores de modo geral.

Ensinar é marcar um encontro com o outro e inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e/ou com o qual convivemos um certo tempo de nossas vidas. Mas alguém que é essencial para nossa constituição como pessoa e como profissional e que nos mostra os nossos limites e nos faz ir além (FREIRE, 1999, p. 69).

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22 Neste sentido a educação inclusiva também passa a fazer parte do Plano Nacional de Educação (2005-2014), com metas voltadas as pessoas com deficiência, para que num período de 10 anos o Brasil se comprometesse com a política da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) que orientava os sistemas de ensino a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes, em classes comuns, bem como os serviços da educação especial, nas escolas regulares, de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades. Apresento aqui algumas metas que estão no PNE voltadas para:

Assegurar a implantação, ao longo deste período, de salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas (Estratégia 4.3); e promover a articulação intersetorial entre os órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, a fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar na educação de jovens e adultos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, para assegurar a atenção integral ao longo da vida (Estratégia 4.12). (BRASIL, 2001)

De acordo com as metas estabelecidas, o poder público se compromete e assegura a implantação das salas de recursos multifuncionais, ou seja as salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado),onde o aluno que frequenta o ensino regular tem atendimento no turno inverso, com um profissional especializado em conjunto com a professora da turma, trabalha de forma suplementar ou complementar com os alunos possibilitando o seu desenvolvimento pleno. Na perspectiva da educação inclusiva, a Educação Comum e a Educação Especial fundamentam-se e dela fazem parte, tanto o aluno sem deficiência como aqueles com deficiências. Sendo assim, para Carvalho (1998, p. 35):

Uma escola inclusiva não prepara para a vida. Ela é a própria vida que flui devendo possibilitar, do ponto de vista político, ético e estético, o desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade crítica e construtiva dos alunos - cidadãos que nela estão, em qualquer das etapas do fluxo escolar ou modalidade de atendimento educacional oferecidas. Para tanto, precisa ser prazerosa, adaptando-se as necessidades de cada aluno, promovendo a integração dos aprendizes entre si com a cultura e demais objetos do conhecimento, oferecendo ensino aprendizagem de boa qualidade para todos, com todos para a vida.

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Mais recente em 2014, o poder publico definiu as metas do PNE para a próxima década (2014-2024), sendo que a quarta meta destinada para as pessoas com deficiência

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Neste mesmo período que se discute o PNE/2014, em 2015 o poder publico também institui a Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Neste documento o poder publico fez um apanhado de todos os documento que se referem as pessoas com deficiência, e que agora são asseguradas no art1° da lei a seguir:

É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Como podemos observar o artigo não quer só garantir a inclusão escolar, mas principalmente a inclusão social, onde é garantido a pessoa com deficiência ser cidadão, com direitos e deveres, dentro de suas especificidades, mas com direito de ser diferente e ser aceito como membro da sociedade.

Esta lei contempla diferentes setores sociais: igualdade, atendimento prioritário, direitos fundamentais, direito à vida,  direito à habilitação e à reabilitação, à saúde, à moradia, ao trabalho, à habilitação profissional e reabilitação profissional, à inclusão da pessoa com deficiência no trabalho,  à assistência social, à previdência social, à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer,  direito ao transporte e à mobilidade, à acessibilidade,  acesso à informação e à comunicação, à tecnologia assistiva, direito à participação na vida pública e política, à ciência e tecnologia,  acesso à justiça, reconhecimento igual perante a lei.

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24 De acordo com a Lei da Inclusão de 2015 contem um capitulo que se refere à educação, de forma bem especifica e objetiva que é o artigo 27, o parágrafo único e o art.28 nos explicam muito bem:

Art. 27.  A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

Parágrafo único.  É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação. Art. 28.  Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar.

Esta lei vem para consolidar cada vez mais a inclusão das pessoas com deficiência e também garantir de forma incisiva o direito de estar e pertencer em todos os espaços da sociedade.

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2 IMPLANTAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Este capítulo tem como objetivo demonstrar o que vem a ser o AEE, qual sua função, juntamente com a escola regular, quem vai trabalhar, de que forma, pois tem toda uma proposta a ser desenvolvida nas escolas para efetivar a inclusão. Também pretende desenvolver esse tema na perspectiva de demonstrar que as políticas voltadas para a efetivação da inclusão escolar estão direcionadas a implementação das salas de recursos, através do atendimento educacional especializado.

A inclusão educacional é um direito do estudante e requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de aula e de formação de professores, para a efetivação do direito de todos à escolarização.

Em 2008, o Decreto nº 6.571 instituiu no, âmbito do FUNDEB, a dupla matrícula dos estudantes público alvo da educação especial, uma em classe comum da rede pública de ensino e outra no atendimento educacional especializado (AEE). De acordo com este decreto os alunos com necessidades especais, tem que estar matriculados na rede de ensino regular e também no atendimento educacional especializado, sendo assim duas matriculas.

Conforme definição do Decreto n° 7611/2011, que incorporou o Decreto acima referido, as salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado. O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB nº 4/2009, estabelece as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, definindo que:

Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, em centro de atendimento educacional especializado de instituição especializada da rede pública ou de instituição especializada comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a secretaria de educação ou órgão equivalente dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios.

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26 Deste modo, assegura que as pessoas com deficiência tenham um Atendimento Educacional Especializado. A educação especial elege um público alvo através de sua política:

- Alunos com deficiência: aqueles [...] que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).

- Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesIncluem-se grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. (MEC/SEESP, 2008)

- Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (MEC/SEESP, 2008)

Esta definição de publico alvo não quer dizer que se esgotam na mera classificação e especificações atribuídas ao quadro de deficiência, pois o ser humano esta em constante mudança, fazendo assim com que o contexto em qual esta inserido também se modifique.

Desta forma, o Estado busca que realmente o aluno com deficiência tenha oportunidade de desenvolver suas habilidades, dentro de suas especificidades, mas sem ser excluído dos ambientes escolares e sociais.

A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) traz algumas definições sobre o AEE:

O Atendimento Educacional Especializado – AEE é um serviço da educação especial que [...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. (SEESP/MEC, 2008). O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncional. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola.

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A matricula no AEE fica condicionada a matricula na rede regular de ensino, este atendimento é feito no turno inverso ao de aula, na própria escola ou em escolas próximas e ou ainda em centros de atendimento especializado.

Com base nas Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva fica claro que a educação especial perpassa todas as etapas da educação básica,ou seja desde educação infantil,ensino fundamental, ensino médio,e passando por todas as imodalidades que são educação indígena, educação especial,educação de jovens e adultos,educação do campo e educação profissional, para que todos tenham acesso e permaneçam na escola, onde esta lhe ofereça educação de qualidade. Esta também orienta alunos e professores quanto o trabalho a ser realizado no atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios para este atendimento e quanto a sua utilização nas turmas regulares de ensino.

As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado se diferem das trabalhadas em sala de aula regular, mas não são substitutivas a escolarização e sim complementam e/ou suplementam a formação dos alunos possibilitando maior autonomia e independência tanto na escola como fora dela. Nesta linha de pensamento as diretrizes também afirmam:

O atendimento educacional especializado disponibiliza programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva, dentre outros. Ao longo de todo processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum.

Considerando as diretrizes, observamos uma necessidade dos professores do ensino regular e do atendimento especializado trabalharem em conjunto, proporcionando ao aluno uma sequência no trabalho desenvolvido em sala do ensino regular para que realmente o atendimento especializado possa fazer sua parte de complementar e/ou suplementar.

É importante ressaltar que a sala de AEE não pode ser confundida com uma sala de reforço, atividades de reforço escolar, portanto deve-se ter o cuidado para não retirar os alunos da sala comum com o objetivo de fazer atividades de reforço. De acordo com

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28 o documento orientador da política estadual/RS 2014 “o reforço escolar deve ser oferecido a todos os estudantes que dele se beneficiem, sem prejuízo das atividades em sala de aula comum e do AEE (caso o estudante seja público-alvo da Educação Especial)”.

Conforme dispõe a Resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 10º, o Projeto Político Pedagógico - PPP da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua organização.

I - Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;

II - Matrícula no AEE de estudantes matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola;

III - Cronograma de atendimento aos estudantes;

IV - Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos estudantes, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;

V - Professores para o exercício do AEE;

VI - Outros profissionais da educação: tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente nas atividades de alimentação, higiene e locomoção;

VII - Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.

Para fins de planejamento, acompanhamento e avaliação dos recursos e estratégias pedagógicas e de acessibilidade, utilizadas no processo de escolarização, a escola institui a oferta do atendimento educacional especializado, contemplando na elaboração do PPP, aspectos do seu funcionamento, tais como:

• Carga horária para os estudantes do AEE, individual ou em pequenos grupos, de acordo com as necessidades educacionais específicas;

• Espaço físico com condições de acessibilidade e materiais pedagógicos para as atividades do AEE;

• Professores com formação para atuação nas salas de recursos multifuncionais;

• Profissionais de apoio às atividades da vida diária e para a acessibilidade nas comunicações e informações, quando necessário;

• Articulação entre os professores da educação especial e do ensino regular e a formação continuada de toda a equipe escolar;

• Participação das famílias e interface com os demais serviços públicos de saúde, assistência, entre outros necessários;

• Oferta de vagas no AEE para estudantes matriculados no ensino regular da própria escola e de outras escolas da rede pública, conforme demanda;

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O professor que vão atuar junto à sala multifuncional, que também é chamada de sala do AEE, ou ainda sala de atendimento educacional especializado tem como requisito para esta função, a seguinte formação:

Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação continuada na educação especial. (p. 08)

O professor do AEE tem como função realizar esse atendimento de forma complementar ou suplementar à escolarização, considerando as habilidades e as necessidades educacionais específicas dos estudantes público alvo da educação especial. As atribuições do professor de AEE contemplam:

• Elaboração, execução e avaliação do plano de AEE do estudante; • Definição do cronograma e das atividades do atendimento do estudante; • Organização de estratégias pedagógicas e identificação e produção de recursos acessíveis;

• Ensino e desenvolvimento das atividades próprias do AEE, tais como: Libras, Braille, orientação e mobilidade, Língua Portuguesa para alunos surdos; informática acessível; Comunicação Alternativa e Aumentativa - CAA, atividades de desenvolvimento das habilidades mentais superiores e atividades de enriquecimento curricular;

• Acompanhamento da funcionalidade e usabilidade dos recursos de tecnologia assistiva na sala de aula comum e demais ambientes escolares;

• Articulação com os professores das classes comuns, nas diferentes etapas e modalidades de ensino;

• Orientação aos professores do ensino regular e às famílias sobre a aplicabilidade e funcionalidade dos recursos utilizados pelo estudante;

• Interface com as áreas da saúde, assistência, trabalho e outras.

Neste processo de implantação da educação especial de maneira inclusiva nas escolas regulares, conseguimos perceber o quanto o professor do AEE, precisa estar consciente de sua função e suas atribuições, pois estas perpassam os limites da escola, assim como consta caderno da EE do Estado do RS 2014:

Também se trata de atribuição do AEE envolver as famílias, buscando compartilhar do processo de escolarização do estudante, orientando sobre o acesso, a participação e o sucesso em todas as atividades escolares para seu pleno desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional, com autonomia e independência.

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Embasado neste pressuposto entende-se a participação da família na escola é de suma importância, não por ser aluno com deficiência, mas todas as famílias deveriam ser convocadas a participar da vida escolar de seus filhos, dando a estes o suporte familiar, e também o apoio aos professores que muitas vezes acabam por não ter com que compartilhar suas angustias suas preocupações, mas principalmente suas conquistas com cada aluno que consegue ultrapassar seus próprios limites, e vencer alguns obstáculos em razão de sua deficiência.

O que se pretende com este estudo é ter claro que são direito de todos ter o acesso e permanência das pessoas com necessidades especiais as escolas de ensino regular, estas por sua vez devem ofertar atendimento educacional especializado, em salas multifuncionais, de forma complementar e/ou suplementar a escolarização, neste sentido o próximo capitulo traz uma pesquisa, na qual podemos observar o que realmente esta acontecendo na educação especial e de que forma a legislação esta sendo colocada em pratica.

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3 A PRÁTICA E AS VIVÊNCIAS

Quando nos colocamos a formular questões sobre a realidade que vivenciamos nas escolas a partir do momento em que seus projetos tornam-se projetos que assimilam uma concepção inclusiva, pensando na inclusão das pessoas com deficiência estamos buscando uma pesquisa de cunho qualitativa, pois ela nos dá a possibilidade de compreender esse processo a partir das falas das pessoas que foram entrevistadas e que atuam na escola para melhor desenvolver as orientações pedagógicas a esse tipo de atendimento.

A pesquisa foi desenvolvida com professores da rede municipal de ensino, foram entrevistas sete professoras que trabalham na sala de recursos multifuncionais, que atuam no Atendimento Educacional Especializado – AEE na rede publica da cidade de Ijuí, pois o objetivo da pesquisa é saber como esta sendo o processo da inclusão nas escolas do município, este que esta localizada no Noroeste do Rio Grande do Sul, que tem no momento uma população em torno de 80.000 habitantes, dos quais 6,4 mil alunos estão matriculados na rede de ensino. Para este ano de 2016 o município tem como meta “Inclusão é realidade”.

Segundo informações da Secretaria de Educação do Município de Ijuí, a rede municipal de ensino da cidade de Ijuí conta com 25 escolas, sendo 10 escolas de educação infantil e 15 no ensino fundamental. Deste total, 18 escolas possuem sala de AEE. No total, a rede municipal atende 6,5 mil alunos, conforme dados de novembro de 2016. Em media 126 alunos estão incluídos na rede regular de ensino, com algum tipo deficiência, sendo que oito estão na pré escola.

Algumas escolas estão mais estruturadas em relação ao atendimento a determinada deficiência, este é o caso da Escola Municipal Soares de Barros está estruturada para receber estudantes surdos e o Imeab atende alunos cegos. Além disso, o Imeab mantém uma sala de recursos, onde atende 28 pessoas, sendo que estas não são matriculadas na rede.

O Município de Ijuí, prima por uma educação de qualidade. Ao aderir ao Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação”, a rede assumiu o compromisso de melhorar os indicadores educacionais.

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32 Para melhor obter informações a respeito do processo de inclusão nas escolas de Ijui elaborei um questionário com questões pertinentes ao estudo. Primeiramente fui a Secretaria de Educação do município para recolher dados gerais da educação no município e também entrar em contato com a coordenadora pedagógica da educação especial. Tive a informação de que das 25 escolas de ensino fundamental e creches, 18 escolas possuem sala de recurso multifuncional. Atendem em media 126 alunos e que somente alunos com laudo são atendidos na sala de AEE, desde a pré-escola. O documento que trata das orientações para a operacionalização do AEE no estado do Rio Grande do Sul, destaca nesse sentido que;

Não é necessário o laudo médico (diagnóstico clínico) para informar um estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades. O Censo Escolar exige que os dados informados possam ser comprovados. Assim, para cadastro de estudantes público alvo da educação especial, é necessário que o professor do Atendimento Educacional Especializado – AEE elabore o plano de AEE para, a partir disso, organizar e ofertar o devido atendimento ao estudante público alvo da educação especial. A elaboração do plano do AEE deve contar com a participação do professor da sala de aula comum e da família do estudante. É importante notar que o Censo Escolar é base de dados da educação, cujas ações não necessitam de laudo médico para serem efetivadas. (Caderno da EE do Estado do RS, 2014, p. 44).

A coordenadora salienta que de acordo com a legislação todos os professores que estão trabalhando nesta sala AEE, tem que ter especialização e mais a formação que o MEC disponibiliza para este atendimento. E que no município proporciona formação continuada mensal na mantenedora (SMED) para os professores, quanto o monitor para as pessoas com necessidades especiais,informou que depende muito da deficiência e a necessidade para ter o acompanhamento de um monitor e este também tem formação conforme a deficiência da criança que ele acompanha.

Dentre os serviços da Educação Especial que os sistemas de ensino devem prover estão os profissionais de apoio, tais como aqueles necessários para promoção da acessibilidade e para atendimento às necessidades específicas dos estudantes no âmbito da acessibilidade às comunicações e da atenção aos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção.

Considerando o exposto, pode-se dizer que a atuação do monitor deverá corroborar primordialmente para o desenvolvimento da autonomia de cada estudante público-alvo da Educação Especial, com o olhar do profissional do AEE e do professor do ensino comum que deverá orientar o monitor em algumas condutas, de modo que o conceito de autonomia seja inscrito a partir de cada individualidade ou percurso de escolarização, ou seja, na relação com

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o indivíduo, na leitura global de suas possibilidades e limitações. (Caderno da EE do Estado do RS, 2014, p. 44).

Nesse sentido, a autonomia constitui um processo de aprendizagem a ser adquirido e gradativamente ampliado, por meio da avaliação das estratégias utilizadas. Planejar o desenvolvimento dessa competência deve ser tratado como parte integrante do projeto educativo para esse estudante. Logo, embora as atribuições do profissional de apoio não tenham uma abrangência com a escolarização formal, sua finalidade é essencialmente educativa, requerendo que seja acompanhado pelos profissionais da educação (professor especializado e do ensino comum). De modo geral, elenca-se como atribuições desse profissional Caderno do EE do Estado do RS:

- Prestam auxílio individualizado aos estudantes que não realizam as atividades de locomoção, higiene e alimentação com independência. Esse apoio ocorre conforme as especificidades apresentadas pelo estudante, relacionadas à sua condição de funcionalidade e não à condição de deficiência.

- Atuar de forma articulada com os professores do estudante público-alvo da Educação Especial, da sala de aula comum, da sala de recursos multifuncionais, entre outros profissionais no contexto da escola, não deixando de estimular e promover a autonomia e independência dos estudantes que estejam sob seus cuidados nas áreas de higiene, alimentação e locomoção. Essas atribuições estão sintetizadas na Lei Estadual do RS nº 14.448/2014, que cria o cargo Agente Educacional II – Interação com o Educando. (Caderno da EE do Estado do RS, 2014, p. 45).

Assim entende-se que demanda de um profissional de apoio se justifica quando a necessidade específica do estudante público-alvo da Educação Especial não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais estudantes; logo, não é atribuição do profissional de apoio desenvolver atividades educacionais diferenciadas ao estudante público-alvo da Educação Especial e nem assumir a responsabilidade exclusiva pelo processo de aprendizagem deste estudante.

Outra informação que a coordenadora nos passou é de que neste total nem todos os alunos com deficiência são atendidos na sala de AEE, alguns tem atendimento na APAE e também no CAPS Infantil, com que o município trabalha em parceria.

Após ter as informações da coordenadora da educação especial, da secretaria de educação de Ijuí, entrei em contato com as professoras das escolas do município, por meio de telefone para ver a possibilidade de marcar um horário que fosse mais

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34 apropriado para fazer entrevista, em duas das sete escolas não consegui conversar pessoalmente com as professoras, mas deixei as entrevistas com a coordenação pedagógica onde voltei para busca-las.

Com as professoras do AEE, que fiz a entrevista pessoalmente, pude perceber, o entusiasmo com que trabalham, pois a forma de ver cada criança, e principalmente a aceitação, de que cada criança é única, singular vai muito além do seu trabalho, tem atitudes que ajudam a pessoa com deficiência, fora da escola também, realmente senti o envolvimento, o quanto se constrói relações durante esse processo.

Considerando as entrevistas, pode-se dizer que duas escolas são de porte grande, que atendem mais de 15 alunos, as demais de porte médio, atendem entre 3 a 9 alunos, tem professoras que atendem mais de uma escola, dependendo da carga horária que possuem. Em uma das escolas que atendem alunos com baixa visão e cegueira, tem um grupo de convivência chamado APADEVI (Associação Pais e Amigos dos Deficientes Visuais de Ijuí), são pessoas com deficiência visual que se encontram uma vez por semana, em um espaço cedido pela escola, onde conversam, fazem aula de artes e de educação física com professoras também da escola, muito interessante, não conhecia e tive a oportunidade de conversar e permanecer por certo período com eles.

Destaco que, todas as professoras entrevistadas têm graduação e pós-graduação em Educação Especial, especialização em AEE. Assim como define a Política de Educação Especial (2008):

Para atuar no AEE, os professores devem ter formação específica para este exercício, que atenda aos objetivos da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Nos cursos de formação continuada, de aperfeiçoamento ou de especialização, indicados para essa formação, os professores atualizarão e ampliarão seus conhecimentos em conteúdos específicos do AEE, para melhor atender a seus alunos.

Ainda a respeito formação é importante salientar o que as professoras entrevistadas falam a respeito da formação continuada. Todas sem exceção falaram que a mantenedora oportuniza a elas formação mensal e cursos de atualização, a professora Lucia, (nome fictício,para manter o anonimato), como achei melhor

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identifica-las,comentou: “[...] frequento reuniões mensais organizadas pela SMED, onde são abordados temas de interesse do grupo, bem como as leis referentes a inclusão”.

Em outra fala, a professora Marieta, ressalta a formação em que teve a participação das professoras do ensino regular, ela achou muito importante em relação a formação continuada,pois muitas vezes essa troca ajuda os professores em sala de aula,a fala foi a seguinte: “[...] professoras do ensino regular da sala normal, participarão da formação junto com as professoras do AEE”.

Da mesma forma a professora Carla diz que [...] são momentos necessários para organizarmos a nossa reflexão sobre o nosso trabalho diário, nos possibilita refletir sobre o que fazer, já que esta promove momentos em que todos participam falando de suas angústias, frustrações, avanços e alegrias melhorando cada vez nossa pratica. Nós buscamos novos conhecimentos através de leituras e relatos nos aprofundamos continuamente.

Achei muito importante e significativo, pois é nestes momentos de interação, que se compartilham vivencias, a troca de experiências, pois cada professor tem o seu modo de ser, de trabalhar mas ao mesmo tempo pode ver que tem outras maneiras de trabalhar com determinado aluno. “O professor especializado deve ter como meta inacabada aprimorar sua formação inicial e continuada, buscando uma apropriação reflexiva das especificidades que envolvem o seu trabalho pedagógico”. (Caderno da EE do Estado do RS, 2014, p. 24).

Ao fazer a entrevista a nossa mente vai se abrindo, vamos buscando cada vez mais estar consciente de como eram tratadas as pessoas com deficiência e de como é vista atualmente a inclusão pelos professores que atuam na área, neste sentido não poderia faltar na entrevista uma questão sobre a lei da inclusão de 2015 para conhecer seus posicionamentos sobre. A professora Tamires entende que o processo é lento, que as leis estão ai, mas não são colocadas em prática, é muito burocrático. Dificuldade á acessibilidade.

Ainda é realmente uma grande dificuldade em colocar em pratica as leis, não sei dizer onde a essa fragmentação, se é nas escolas que ainda acabam escolhendo quem vai poder ter acesso à escola ou se é falta de informação das famílias que as leis não estão acontecendo. Em relação a questão de acessibilidade, o documento sobre as

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36 políticas publicas, traz a definição de que um dos responsáveis por organizar e promover a acessibilidade é o professor do AEE, veja a definição:

[...] o professor da Educação Especial não é mais um especialista em uma área específica, suas atividades desenvolvem-se, preferencialmente, nas escolas comuns, cabendo-lhes, no atendimento educacional especializado aos alunos, público alvo da educação especial, as seguintes atribuições: identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade [...] (MEC/SEESP, 2008).

A professora Carla faz a seguinte afirmação:

Um verdadeiro avanço na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade trata-se de mais uma ferramenta para garantir que todos os direitos do cidadão com deficiência sejam respeitados e permitem finalmente que a pessoa com deficiência se defenda de forma concreta da exclusão, da discriminação e do preconceito.

A professora Léia, complementou:

A lei da inclusão veio consolidar direitos importantes das pessoas com deficiência (PCD). Infelizmente demorou muitos anos para transformar-se em lei e ainda assim muitas conquistas ainda precisam realmente ”sair do papel”. Precisamos continuar fomentando principalmente com as famílias dos PCD a importância desta lei e de perceber como qualquer outro cidadão vai ter alguns direitos garantidos. Mas precisa conhecer a lei e sempre pelo bem das necessidades e individualidades de cada PCD”.

Como forma de abordar o direito que as pessoas com deficiência têm garantido pela legislação, este por sua vez fazendo um chamado para a participação das famílias no processo de ensino aprendizagem. (Caderno da EE do Estado do RS, 2014, p. 22).

O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos. Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.

A professora Mara traz em sua fala a importância que a escola tem na vida dos alunos com deficiência, no sentido de oportunizar a este um ambiente socializador, no qual o aluno pode adquirir autonomia e independência, com o envolvimento dos

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professores, da escola e principalmente da família, quando há uma unidade entre estes pilares da educação.

Boa, acho que a criança tem a oportunidade de crescer, socialmente, é válido para sua socialização e autonomia. Os professores do ensino regular são engajados e comprometidos em buscar ajuda no dia a dia com as crianças em sala de aula. Envolvimento na escola.

Neste sentido, Miranda (2005, p. 642) salienta:

Isso implica mudar o conceito de escola ou, o que dá no mesmo, a noção de socialização mediada pela escola, que deixa de ser orientada por um critério, digamos iluminista, de que a emancipação dos indivíduos deva ocorrer mediante a aquisição de conhecimentos, saberes, técnicas e valores que lhes permitam viver em sociedade mediada por esses conhecimentos, saberes, técnicas e valores, passando a orientarem-se por uma noção de socialidade que prescinde da mediação do conhecimento como sua dimensão fundamental, sendo na socialidade per si o seu critério. O importante é que os alunos permaneçam na escola, disponham de tempo e de espaço para que possam desfrutar o que ela possa lhes oferecer, mas não apenas isso ou não fundamentalmente isso: que eles possam viver ali e agora uma experiência de cidadania, de convivência, de formação de valores sociais.

Ao conversar com a professora Marieta, algo me chamou atenção, no seu relato que muitas vezes os alunos com deficiência que estão frequentando o ensino regular são retirados da escola pela própria família, assim como enfatizou em sua entrevista “a lei ta aí, mas ainda não é cumprida, vão até determinada altura, e voltam para a APAE”. Ao fazer esta fala percebe-se uma contradição no que diz respeito ao direito de acesso e permanência na escola regular, e a falta de informação das famílias, pois a professora me falou que é uma opção da própria família tirar os alunos da escola regular e leva-los para a APAE, fazendo o caminho inverso da inclusão.

Portanto, para que a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino se efetive, possibilitando o resgate de sua cidadania e ampliando suas perspectivas existenciais, não basta a promulgação de leis que determinem a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem a obrigatoriedade de matrícula nas escolas da rede pública. Estas são, sem dúvida, medidas essenciais, porém não suficientes. Contudo, para que as mudanças ocorram significativamente, se faz necessário provocar reações diferentes no pensamento e no sentimento das

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38 pessoas, ou seja, trata-se de uma verdadeira tomada de consciência desta “aparentemente nova” realidade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa proposta, conseguimos fazer algumas relações a respeito da educação inclusiva, a primeira que precisamos mudar nossos conceitos em relação as pessoas com deficiência, as mesmas que foram excluídas da sociedade,das escolas, das salas de aula regular, é necessário que nossa concepção de deficiência possa mudar, e nos tornar mais humanos.

Assim ao mudar a maneira de pensar, conseguiremos mudar a forma de tratar as pessoas com deficiência, como pessoas com algumas dificuldades, diferenças,mas não pessoas incapazes, que não conseguem sobrepor suas limitações, e sim lutadores que lutam por seus direitos, por sua inclusão na sociedade,em todos os espaços, de maneira digna e com respeito a suas diferenças.

No âmbito da educação especial, foi uma vitoria, a legislação que ampara o acesso e a permanência das pessoas com necessidades especiais nas escolas regulares e ainda o atendimento educacional especializado, AEE, nas escolas, em que este atendimento vem complementar e/ou suplementar a formação do aluno,com vistas a sua autonomia e independência destro da escola e fora dela.

Neste sentido a escola precisa estar preparada para receber estes alunos, não no sentido de apenas estar na escola, mas de se sentir pertencente a este espaço, valorizando o que cada aluno tem, suas vivencias, suas opiniões, suas ideias, pois é precisa entender que as pessoas tem diversas maneiras de aprender,e diferentes ritmos,respeitando assim a individualidade de cada sujeito. Portanto não é a aluno que deve se moldar de acordo com a escola e sim deve haver uma mudança da escola que venha de encontro com s necessidades dos alunos.

A legislação esta avançando, depende de cada um lutar para que sejam respeitadas, e colocadas em pratica, isso é um ato de humanização, para que nos tornemos humanos precisamos conhecer e respeitar as diferenças,transformando a sociedade em que vivemos em um ambiente harmonioso.

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REFERÊNCIAS

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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Convenção sobre os Direitos das

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APÊNDICE A – ENTREVISTA COM PROFESSORES

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DHE- Departamento de Humanidades e Educação

Curso de Pedagogia

ENTREVISTA NOME DO PROFESSOR DO AEE:

ESCOLA:

1- Número de crianças atendidas? 2- Qual sua formação?

3- Tem formação continuada? Como é trabalhada? 4- De que forma vê a lei da inclusão de 2016?

Referências

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