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PSICOM- (2015)- Texto 04- A PSICOLOGIA SOCIAL- novos enfoques

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PSICOLOGIA SOCIAL

Texto 04

A PSICOLOGIA SOCIAL: NOVOS ENFOQUES

Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo encontrava-se em situação totalmente caótica: as pessoas tentando reestruturar-se psíquica e socialmente; as sociedades tentando se reerguer como podiam; e os traumas ainda vivos na lembrança de cada ser humano.

Embora o grande embate tenha ocorrido de forma mais drástica no continente europeu e entre Estados Unidos e Japão, o mundo todo viu-se esfacelado com suas conseqüências. E é nesse contexto que as ciências buscavam novas alternativas de ajuda e compreensão à humanidade. E é nesse contexto que a Psicologia, principalmente a Psicologia Social, desenvolveu-se mais rapidamente, com novas propostas e ampliação do seu campo de ação a cada dia.

Durante toda a década de 1950 a Psicologia reinante na Europa foi, sem dúvida, a Psicanálise, e só por volta de 1960 surge na Argentina o que aqui denominamos de “Novos enfoques na Psicologia Social”: a aplicação dos pressupostos da teoria psicanalítica às questões individuais relacionadas ao social, ou melhor, a aplicação da psicanálise na análise das questões sociais. A este novo enfoque denominamos de “Psicanálise Social”.

A Psicanálise Social é de fundamental importância à Psicologia Social devido tratar-se do uso do instrumental teórico psicanalítico na compreensão das relações sociais. Compreende-se como a Psicanálise dentro da Psicologia Social, ou melhor, a Psicanálise voltada à análise não apenas dos processos internos do indivíduo, mas também preocupada com as relações que o indivíduo estabelece ao longo de sua existência.

Enrique Pichon-Rivière e José Bleger foram os introdutores deste novo enfoque na Psicologia Social, postulando a utilização dos preceitos psicanalíticos na análise não apenas dos processos internos do indivíduo, mas também, de todas as relações que ele estabelece ao longo de sua vida.

1.

Enrique Pichon-Rivière

Nasceu em 1907, em Genébra (Suiça) e faleceu em 1977, na Argentina, onde viveu desde os três anos de idade. Médico, Psiquiatra e psicanalista, Pichon-Rivière é o criador da “Teoria do Vínculo” e da “Teoria dos Grupos Operativos”, e ainda: da Sociedade Psicanalítica Argentina; do Instituto Argentino de Estudos Sociais e da Primeira Escola Privada de Psicologia Social na Argentina.

1.1. TEORIA DO VÍNCULO

O vínculo se constitui durante o desenvolvimento infantil e é definido por Pichon-Rivière como “a estrutura complexa que inclui o sujeito e o objeto, sua interação,

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momentos de comunicação e aprendizagem, num processo interno onde as imagens internas e a realidade externa deveriam ser coincidentes”.

No entanto, segundo Pichon-Rivière isso nem sempre ocorre, visto que o objeto atua em duas direções: para a gratificação... constituindo o vínculo bom, e para a frustração... constituindo o vínculo mau. O vínculo mau se relaciona com as experiências ruins, de frustração, enquanto que o vínculo bom está relacionado com as experiências boas, agradáveis, prazerosas, de satisfação. Assim, a “estrutura vincular” seria o produto de experiências precoces de gratificação e frustração (que Freud denominou de “instinto de vida e instinto de morte”).

Segundo Pichon-Rivière, com o desenvolvimento do indivíduo seus vínculos vão se formando num processo espiralar, e qualquer perturbação, qualquer “nó” nesse desenvolvimento ou no estabelecimento de um vínculo, acarretará no mal desenvolvimento dos demais vínculos.

De acordo com Pichon-Rivière, o mundo interno de um indivíduo é constituído por um processo de progressiva internalização dos objetos e dos vínculos. Este mundo encontra-se em permanente interação do mundo interno com o mundo externo, e é através da diferenciação entre estes dois mundos que o indivíduo adquire identidade e autonomia.

Para Melainie Klein, como os primeiros vínculos são formados dentro do grupo familiar, os conflitos, as redes de comunicação e os vínculos perturbados pela doença estão relacionados mais com os objetos internos do que com os externos (preceito psicanalítico da estrutura interna), permitindo vizualizar que a imagem interna que o doente tem do seu grupo familiar está distorcida por determinadas situações ocorridas em algum momento da sua história por má formação do vínculo. O doente tem uma imagem distorcida dos membros da família com os quais não pode (não consegue) se comunicar, devido a esta perturbação no vínculo. Ele tem imagens (criadas na infância), as quais não coincidem com a realidade porque se configuram sobre base dos vínculos bons e maus.

Desse modo, a patologia gerada pelo vínculo vem dos medos básicos, da ansiedade, das perdas e ataques que leva o Ego à necessidade de se proteger.

Segundo Pichon-Rivière já que o primeiro grupo do qual o indivíduo faz parte é a família, o “doente” é, então, o depositário das tensões e dos conflitos do grupo familiar, isto é, o porta-voz das ansiedades dos demais membros da família, sendo algumas famílias características de grupos com tendência a produzirem patologias:

Famílias epileptóides (simbióticas” ou “aglutinadas”):

São grupos cuja estrutura familiar é extremamente fechada, rígida, com muita dificuldade em aceitar muita (quando aceitam) o ingresso de um novo integrante; que evitam deslocamentos ou mudanças e dificultam a autonomia de qualquer um de seus membros. Nestas famílias o luto é mais sentido, os papeis são sempre fixos, as cerimônias e rituais são mais prolongados etc.... ex: o epiléptico.

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Famílias esquizóides (“dispersas”):

São grupos familiares cujos membros quase sempre emigram (vão embora), não têm raízes, rompem os vínculos com freqüência (quando existem), têm unidade familiar escassa, desconhecem a nostalgia, e nutrem sentimentos de pioneirismo.

Segundo Pichon-Rivière:

“... o contato com os pacientes, a tentativa de estabelecer com eles um vínculo-terapêutico, confirmou o que, de uma certa maneira, havia sido intuído: que por trás de toda conduta “desviada” subjaz uma situação de conflito, sendo a enfermidade a expressão de uma tentativa falida de adaptação ao meio. Enfim, que a enfermidade é um processo compreensível”.

1.2. TEORIA DOS GRUPOS OPERATIVOS

O grupo operativo é a primeira instância de ancoragem do cotidiano, por isso as relações cotidianas e os vínculos que põem em jogo modelos internos tendem a reproduzir-se neles.

O grupo operativo é um grupo centrado na tarefa que tem por finalidade aprender a pensar em termos de resoluções das dificuldades criadas e manifestadas pelo campo grupal, e não no campo de cada um de seus integrantes (não é uma psicanálise individual em grupo, mas uma psicanálise individual no grupo). Está centrado no aqui-agora, começando pelo porta-voz, como porta-voz de si mesmo e das fantasias inconscientes do próprio grupo. Suas técnicas de investigação partem do plano individual (porta-voz) para o plano grupal (fantasias inconscientes do grupo)... pelo conhecimento e interpretação do indivíduo chega-se ao conhecimento e interpretativo do grupo.

Segundo Pichon-Rivière

“... a Psicologia Social inscreve-se em uma crítica da vida cotidiana. Abordamos o sujeito imerso em suas relações cotidianas. Nossa consciência dessas relações perde sua trivialidade na medida em que o instrumento teórico e sua metodologia nos permitem investigar a gênese dos fatos sociais. Se a relação entre os homens é o objeto da Psicologia Social, então seu campo operacional privilegiado é o grupo: que permite a investigação do interjogo entre o psicossocial (grupo interno) e o sócio-dinâmico (grupo externo... a Psicologia Social que estuda a interação entre estes dois aspectos --- intersubjetivo e intrasubjetivo --- é significativa, direcional e operativa”.

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O grupo operativo centra-se na ruptura dos estereótipos da comunicação e dos mecanismos utilizados para o desempenho de papéis, permitindo às pessoas modificação dos seus vínculos internos e externos.

A técnica operativa caracteriza-se por estar entrada na tarefa, ou seja, privilegia a tarefa grupal, o caminho para a obtenção de seus objetivos. Neste grupo o esclarecimento, a comunicação, a aprendizagem e a resolução de tarefas coincidem com A cura.

Pichon-Rivière define o grupo como:

“o conjunto restrito de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe, de forma explícita ou implícita, uma tarefa que constitui sua finalidade”.

2.

José Bleger

:

Poucos são os dados pessoais que se tem a respeito de Bleger: sabe-se que nasceu na região de Rosário, na Argentina, e faleceu em 1972 (não se sabe ao certo) aos 49 anos de idade no mesmo onde nasceu. Seus pais eram judeus extremamente ortodoxos e muito ricos. Tendo recebido uma educação judaica tradicional Bleger era, ao contrário de seu grande mestre Pichon-Rivière, muito estruturado, organizado e sem nehuma paixão pela boemia.

Médico psiquiatra e psicanalista, militante político e aluno de Pichon-Rivière, o ser analisado pelo mestre Bleger aproximou-se da Psicanálise e chegou à Associação Psicanalítica Argentina, onde começou a ter uma postura ideológica crítica, sendo por isso perseguido tanto pelos militares quanto pelos próprios psicanalistas argentinos. Foi, também, professor universitário, psicanalista clínico e escritor.

Bleger foi, possivelmente, o mais fiel discípulo de Pichon-Rivière, embora muitas vezes o criticasse por acreditar que o mesmo o invejava, o que parecia uma repetição do velho conflito sempre que o discípulo começa a ir além dos limites do mestre (embate entre Freud e Jung). Dizem, muitos, que Bleger era mesmo uma inteligência privilegiada, que fazia companhia Pichon-Rivière em suas crises nas madrugadas, e que ia de olhos vendados, psicanalisar guerrilheiros em seus esconderijos em plena ditadura militar argentina. Bleger e Picho-Rivière estiveram diversas vezes no Brasil ministrando palestras e cursos, e em certa época Bleger ia mensalmente à Porto Alegre ministrar aulas.

Embora sejam escassas as informações a respeito da vida pessoal de Bleger, dizem que ele fazia com que todo tipo de problema recaísse sobre si mesmo, somatizando tudo e morrendo de ataque cardíaco com apenas 49 anos de idade. Há um certo mistério sobre toda a vida pessoal de Bleger, e quando ele faleceu a Revista da

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Associação Psicanalítica Argentina deu grande ênfase à sua obra, sem no entanto fazer qualquer referência à sua vida pessoal.

Na década de 1960 Bleger tornou-se conhecido por seus trabalhos sobre Psicanálise, Psicologia, Grupos e Instituições e também por suas concepções a respeito do papel social do psicólogo e da aplicação da teoria psicanalítica para além do consultório, mais exatamente na comunidade e nas instituições, o que, sem dúvida, é sua grande contribuição à Psicologia Social.

CONCEPÇÕES DE BLEGER

2.1. Sobre a Psicologia

Para Bleger a Psicologia, de um modo geral, tem que se inserir (penetrar) cada vez mais na realidade social e em círculos mais amplos, incluindo o estudo dos grupos, das instituições e da comunidade, tanto quanto os problemas sociais nacionais e internacionais de todo tipo, já que a dimensão psicológica em tudo se faz presente, posto que em tudo o ser humano intervém.

2.2. Sobre a Psicanálise

Bleger via a Psicologia Social como uma Psicologia Operativa, constituindo-se num dos três ramos da Psicanálise, já que para ele a Psicanálise divide-se em três áreas distintas:

Psicanálise Clínica... aquela que se pratica dentro de um consultório, com um ciente... a psicoterapia individual

Psicanálise Aplicada... aquela que aplica os conceitos psicanalíticos na análise de um fenômeno, de uma obra de arte

Psicanálise Operativa... aquela que busca a transposição de conceitos psicanalíticos para a ida cotidiana

Defendendo o pressuposto de que a função social do psicólogo e a transcendência da psicologia deve ser, então, uma preocupação constante, Bleger propõe a ampliação, gradualmente, do campo de investigação e de aplicação da ciência psicológica.

Numa visão de totalidade, para Bleger, o orgânico, o psíquico, o emocional, o individual e o social são inseparáveis do que pertence ao homem e ao ambiente em que ele nasce, cresce, se desenvolve e vive. O homem é uma totalidade e por isso falar em relações humanas transcende uma ação que se passa na intimidade de um consultório, tendo que voltar-se a uma atividade de marcado caráter preventivo no seio mesmo da família, dos grupos humanos e de suas instituições; tendo que voltar-se ao trabalho em equipes multidisciplinares pensando não só em cura, mas e principalmente na prevenção das doenças e na promoção de saúde.

O psicólogo deve encontrar sua maior fonte de trabalho e preocupação no âmbito da prevenção, da promoção de saúde, da “psico-higiene”, para poder ser útil à comunidade. A tarefa do psicólogo se constitui, basicamente, não no estudo exclusivo

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dos indivíduos, mas e sobretudo, no estudo dos papéis sociais desenvolvidos pelos indivíduos e das ações praticadas pelos mesmos.

Bleger propõe

2.3. Sobre Ciência e investigação psicológica

.... não se pode jamais desvincular a investigação científica do cotidiano

.... só se obtém o máximo de objetividade se se supor o sujeito que observa como um dos elementos do campo de observação

.... o conhecimento objetivo deve ser negado, sem no entanto, negar a existência de uma realidade concreta

.... o conhecimento psicológico é o conhecimento que advém da relação pesquisador/ pesquisado

.... a condição da pesquisa envolve fantasias, ansiedades, desejos e mecanismos de defesa, tanto do investigador quanto do investigado (intersubjetividade), o que na a ambos sujeitos da pesquisa

.... a investigação psicológica só é possível pela transferência e contra-transferência .... a investigação psicológica deve ser sempre uma intervenção investigadora do psicólogo e, portanto, deve ir além do consultório

2.4. Sobre a psico-higiene

Inspirando-se na higiene-mental, Bleger propõe que dentro de uma visão de prevenção há um campo que é de interesse específico do psicólogo--- a psioco-higiene — porque o psicólogo age fundamentalmente sobre o nível psicológico dos fenômenos humanos, com métodos e técnicas procedentes dos campos da Psicologia e da Psicologia Social.

A psico-higiene tem suas bases fincadas na higiene mental, cujo objetivo é a integração das técnicas curativa, preventiva e social, utilizando métodos e técnicas provenientes da medicina psiquiátrica, que promovem e mantém a saúde mental da população. Cabe ao psicólogo, com a mesma finalidade, a utilização de métodos e técnicas provenientes da Psicologia Social.

A psico-higiene é uma atividade que ultrapassa os limites da medicina, e por isso é restrita ao psicólogo porque este opera, na realidade, com esquemas conceituais e com técnicas que correspondem mais ao campo da aprendizagem do que ao campo da clínica.

Para Bleger não se pode esperar que apenas o poder público tome providências em relação à saúde mental da população, pois o psicólogo é, também, “um poder público” e muitos projetos e ações devem partir destes profissionais. Não se deve esperar pelo paciente, e sim, ir ao seu encontro. O psicólogo deve mostrar à

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população o seu trabalho e não esperar que a população venha procurá-lo só “quando está doente”.

Desse modo a psico-higiene compreende o conjunto de métodos, técnicas e conhecimentos utilizados para conservar e promover a saúde mental da população. Por isso não só é parte da Saúde Pública mas ultrapassa os limites da medicina, os limites da higiene mental: enquanto a higiene mental é de âmbito de médicos e psiquiatras, a psico-higiene é exclusiva dos psicólogos, e quando alguém situa o psicólogo como mero auxiliar do médico ou do psiquiatra, é porque não entendeu verdadeiramente a psico-higiene, reduzindo-a à terapia de neuroses e psicoses. Embora tanto a higiene mental quanto a psico-higiene estejam voltadas à Saúde Pública e têm suas próprias especificidades, devem caminhar juntas no sentido de cooperação, de complementaridade.

De acordo com Bleger, trabalhar com psico-higiene significa, inevitavelmente, atuar nos problemas e nas condições de vida dos seres humanos. O profissional que atua em psico-higiene deve agir em condição inseparável de sua condição de ser humano: um não deve absorver outro, nem tampouco anulá-lo.

Segundo Bleger, uma visão de psicologia deve incluir não apenas a esfera psicológica, mas também as esferas econômica, política, religiosa, social, cultural, de moradia, de saneamento básico, de trabalho, de alimentação etc.. A satisfação dessas necessidades, ao nível da psico-higiene, corresponde ao atendimento psicológico em relação às estas mesmas satisfações.

Exemplo: ... se o problema é de alimentação, cabe à Saúde Pública tratar de regular o tipo de alimentação, provisão, qualidade de alimentos etc., e cabe ao cólogo atuar no problema de hábitos alimentares, preconceitos, mudanças dos mesmos, atitudes frente à negação ou ignorância dos problemas etc.

2.5. Sobre os pressupostos básicos da psico-higiene

.... é uma ciência que deve ser desenvolvida e aplicada dentro dos Serviços de Saúde Pública e Saúde Mental

.... é uma ciência que busca ajudar na melhoria das condições de vida e saúde dos pos básicos de interações com a família, escola, hospital, trabalho, atividades nitárias etc.

.... é uma ciência que procura distinguir os trabalhos do psiquiatra e dos trabalhos do psicólogo, propondo que ao psiquiatra cabe as atividades curativas e terapêuticas, e ao psicólogo, o trabalho com “a saúde e a vida”

.... é uma ciência que procura distinguir o trabalho do psicanalista do trabalho do logo, cabendo ao psicanalista compreender e analisar, enquanto ao psicólogo be intervir, isto é, o psicanalista deve incumbir-se de “ler” o inconsciente na relação do indivíduo com o outro (sujeito/meio), e o psicólogo deve incumbir-se

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de intervir, ou seja, de atuar psicoterapeuticamente (isso parece próximo dos cessos de análise e psicoterapia próprios da psicanálise)

2.6. Sobre a atuação do psicólogo em psico-higiene

O psicólogo com conhecimento em psico-higiene, pode atuar em inúmeras e diferentes áreas em sua sociedade:

.... na comunidade assessorando os poderes públicos, organismos diretivos, chave...

.... em distintas instituições da comunidade como famílias, escolas, fábricas, clubes,

prisões...

.... nas distintas etapas do desenvolvimento das pessoas: infância, juventude, vida ta, maturidade ou velhice

.... nos importantes períodos de mudanças da vida humana: desmame, puberdade, cimento...

.... nos acontecimentos humanos significativos enquanto experiências de mudanças: casamento, separação, gravidez, adoção, luto, escolha da profissão...

.... em períodos críticos da vida humana: mudanças, imigração, desastre econômico, doença, acidente, desemprego...

... em qualquer etapa da vida quotidiana que necessite de atenção especial.

A psico-higiene pode servir a toda e qualquer área da comunidade, sempre no sentido de prevenção e promoção de saúde, utilizando para cada intervenção técnicas adequadas, como por exemplo técnicas operativas de tarefa, discussões, terapêuticas...

COMPREENDENDO A HIGIENE MENTAL

A higiene mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1952), é o ramo da saúde mental pertinente à medicina e à psiquiatria que deve ser desenvolvida e aplicada dentro dos Serviços de Higiene Pública e Saúde Mental, pautando-se pelos seguintes pressupostos:

.... utilização de atividades e técnicas que promovam a saúde mental e ofereçam ções mais humanas de tratamentos possibilitando maior número de curas

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internações e em decorrência diminuir os sofrimentos

.... realização de trabalhos profiláticos e preventivos das doenças mentais como meio de evitá-las

.... promoção de saúde mental à população com objetivo não apenas de prevenção, mas para propiciar um maior equilíbrio para um melhor nível de saúde à população

No limiar dos anos 1960, enquanto na América do Sul Pichon-Rivière e Bleger, tinham como proposta a Psicanálise Social como um meio de melhorar a saúde mental das pessoas, na Europa os métodos diagnósticos e psicoterapêuticos psicanalíticos começaram a ser veementemente criticados por psiquiatras que até então os utilizavam em seus trabalhos nas instituições psiquiátricas em que atuavam em diversos países daquele continente. Mais conhecida como corrente antipsiquiátrica estas contestações deram origem a um movimento denominado de Antipsiquiatria, que muito contribuiu com os novos enfoques da Psicologia Social e que veremos mais adiante.

Referências

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