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Larvicultura do camarão gigante da malásia, Macrobrachiunt rosenbergii de Man, 1900 : relatório de estágio supervisionado

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

LARVICULTURA DO CAMARA- 0 GIGANTE DA MALÁSIA, Macrobrachiunt rosenbergii DE

MAN, 1900 - RELATORIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO

AMBROSIO PAULA BESSA JUNIOR

Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para a obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.

15 S

Fortaleza - Ceara Agosto - 1996

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) B465l Bessa Junior, Ambrosio Paula.

Larvicultura do camarão gigante da malásia, Macrobrachiunt rosenbergii de Man, 1900 : relatório de estágio supervisionado / Ambrosio Paula Bessa Junior. – 1996.

33 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1996.

Orientação: Prof. Dr. José William Bezerra e Silva. 1. Camarões. I. Título.

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Prof. Adj. José William Bezerra e Silva - Professor Orientador -

Dra. Vera Lúcia Bezerra de Abreu - Orientador Técnico -

COMPSSÂO EXAMINADORA:

Prof. Assistente Patricia Rodriguez de C. Pinheiro

Prof. Adj. Marco Antonio Igarashi

Prof. Adj. José William Bezerra e Silva ISTO

Prof. Adj. Pedro de Alcântara Filho Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Assistente José Wilson Caliope de Freitas Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

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AGRADECIMENTOS:

Ao meu orientador na Universidade Federal do Ceará, Prof. Jose William Bezerra e Silva, pessoa que tenho muita admiração e respeito, que muito me ajudou na realização teórica deste relatório de estágio supervisionado.

A minha orientadora no DNOCS, Dra. Vera Lúcia Bezerra de Abreu, que me auxiliou coin muita dedicação e sem medir esforços para realização prática deste relatório de estágio supervisionado.

A todos os professores que me trataram com muito respeito.

A todos os meus familiares, que sempre torceram pelo meu sucesso.

Aos meus colegas e amigos, que juntos conseguimos vencer os obstáculo; que porventura surgiram no caminho.

A todos os funcionários do Departamento de Engenharia de Pesca, bem corno, ao Dr. Henrique José Mascarenha dos Santos Costa, gerente da Estação de Piscicultura da Universidade Federal do Ceará.

A todos os funcionários da Serval, locados na larvicultura do DNOCS.

E a todos que de uma forma direta ou indireta contribuiram para a produ0o desta obra.

(5)

Dedico este trabalho ao meu pai, Ambrosio Paula Bessa, que muito incentivou-me a optar por esse curso, à minha mãe, Maria Cirene de Si

Pereira Bessa, que muito contribui para meu sucesso, meus irmãos e em especial f minha noiva, que durante minha vida universitária sempre esteve presente na alegria c na dor encorajando-me na longa caminhada em busca da vitória.

(6)

ÍNDICE GERAL.

paginas

1- INTRODUÇÃO 1

2 - MATERIAL E MÉTODO 4

2.1 - Fluxograma 4

2.2 - Alimentação das larvas e pós-larvas 6

2.3 - Analises físico-química 8

2.4 - Fórmula do calculo da taxa de sobrevivência das pós-larvas 9

3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 10

4- COMENTÁRIOS E SUGESTÕES 14

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

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ÍNDICE DE TABELAS.

TABELA 01 : Dados de temperatura, salinidade, pH e cloro da agua dos tanques durante o cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de Agua doce, Maerobrachium rosenbergii, na larvicultura

do DNOCS 16

TABELA 02 : Dados de nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato da água dos lanques durante o cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de água doce, iliverobrachium rosenbergii, na larvicultura do

DNOCS 17

TABELA 93 : Quantidade de alimento fornecido durante o cultivo das larvas e Pós-larvas do camarão de água doce,

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ÍNDICE DE FIGURAS.

FIGURA 01: Variação da temperatura, salinidade e pH em função do tempo de cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de agua

doce. Macrobrachium rosenbergii 19

FIGURA 02 Variação na quantidade de nitrogenio amoniacal e nitrito em função do tempo de cultivo das larvas e pós-larvas

do camarão de Agua doce, Maerobrachium rosenbergii 20

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LARVICULTURA DO CAMARÃO GIGANTE DA MALÁSIA,

Macrobrachium

rosenbergii

DE MAN, 1900, DESDE LARVAS ATE PÓS-LARVAS:

RELATÓRIO DE EST/kG10 SUPERVISIONADO.

- INTRODKAO.

A aquicultura, em seu crescente desenvolvimento nos últimos anos, vein utilizando várias espécies de animais aquáticos, na tentativa de atender uma demanda global de alimentos, que a cada dia se acentua.

Os crustáceos se destacam na categoria dos produtos aquáticos nobres, dentre eles os camarões, que não suportam mais qualquer aumento da atividade extrativa em seus estoques naturais.

' Uma das espécies que mais tem sido cultivada nos últimos anos, é o camarão de água doce conhecido como gigante da Malásia ou pitu havaiano,

Macrobraeltitun rosenbergii de Man, 1900, possuidor de alto potencial para

aquicultura.

Segundo VALENTI (1987) o

"Macrobrachium rosenbergii é

natural do

sul e sudeste asiático, oconendo ainda na Oceania e em algumas ilhas do Pacifico Oeste. Foi introduzido em vários países, constituindo-se na espécie mais utilizada para o cultivo em todo o mundo".

(10)

2

Sua introdução no Brasil ocorreu em 1978, através do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, que desde 1975 vinha estudado a viabilidade do cultivo de espécies nativas (CAVALCANT1 et alii, 1986).

VINATEA (1982), referindo-se ao

M.

rosenbergii,

apresenta-o corno

onívoro e voraz, podendo práticar canibalismo, quando não bem alimentado. Salienta, ainda, que para crescer o camarão reliza mudas e a frequência destas depende da qualidade e quantidade de alimentos ingeridos.

Diversos experimentos, sobre reprodução, larvicultura e cultivo de Os-larvas desse camarilo, vêm sendo realizado, desde 1959, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Aquicultura (FAO), em convênio corn o Instituto de Pesquisas Pesqueiras da Malásia (MENDES, 1986).

Atualmente, a Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária - IPA e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - DNOCS, através de seus laboratórios de larvicultura, tem sido os maiores fornecedores de pós-larvas • a carcinicultores brasileiros, notadamente da região Nordeste. Só no Estado do Ceara existem 16 projetos em andamento, com 125 ha de Area de viveiros para o cultivo da espécie.

Neste relatório, descreve-se todo o processo de produção de pós-larvas do gigante da Malásia, na larvicultura pertencente ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - DNOCS, localizado na rua dos Tabajaras, número 11, praia de Iracema, Fortaleza - Ceará. Ele faz parte do estágio realizado no período de 25/03/1996 a 09/05/1996 perfazendo um total de 46 dias, em cumprimento

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4

2 - MATERIAL E MÉTODOS.

2.1 - Fliumgramns

Resumidamente, o fluxograma de produção de pós-larvas, na larvicultura do DNOCS, pode ser observado na figura abaixo:

FLUXOGRAMA

FCAPTURA DE FEMEAS OVAIJA

TRANSPORTE DE F P.MEAS OV ADA:3 I

LIMATACAO DE FÊMEAS OV ADAS 1

40

EC LO SAO DE LART,.7 AS

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As fêmeas ovadas do camarão gigante da Malásia são capturadas nos viveiros de reprodutores, localizados no Centro de Pesquisa Ictiológicas "

Rodolibo Von Ihering", do DNOCS, Pentecoste - CE , por meio de rede de arrasto.

Na seleção das fêmeas ovadas, observa-se a coloração dos ovos, dando-se prioridade Aquelas que apresentam ovos de cor marrom escuro, o que garante a conclusão do desenvolvimento embrionário e a eclosão dos ovos num prazo máximo (le 2 - 3 dias. Também o peso das fêmeas é considerado, escolhendo-se as mais pesadas, que têm o maior número de ovos nos pleópodos.

Para o acondicionamento das fêmeas ovadas, no transporte ate o laboratório de larvicultura, é utilizada caixa de fibra de vidro, com constante aeração.

Ao chegarem no laboratório, as fêmeas ovadas são desinfectadas, mediante inclusão numa solução de tiomersal a 0,02 ppm, por 10 minutos, após o que são transferidas para os tanques maternidades.

Um tanque maternidade ou de eclosão possui forma retangular, área de 1,5 1112, profundidade de 1 in com lamina d'água de 0,80 in , feito em alvenaria e dividido em dois compartimentos, através de uma grade tel.ada ( abertura da malha 1 cm). A parte que as fêmeas ficam é pintada com tinta epóxi preta, sendo branca a que abriga as larvas, pois estas são atraidas pela luminosidade. As fêmeas são separadas para evitar possivel predação das larvas. Cada m2 do tanque pode abrigar até .100 fêmeas ovadas. A larvicultura possui dois tanques de eclosão, os quais são abastecidos com agua contendo salinidade variando de 12 a 16 %o , proveniente da caixa de mistura.

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6

A caixa de mistura possui Volume superior a duas vezes à necessidade de ilgua dos tanques de cultivo, acumulando 40.000 litros. A égua é ricamente oxigenada, sendo controlodas, ainda, a salinidade (960), a temperatura (°C) e o pH,

antes de ser transferida para os tanques de criação de larvas.

A água que chega à caixa de mistura 6 proveniente de duas caixas auxiliares, uma com água doce e outra com água salgada, sendo que ambas têm o mesmo volume da caixa de mistura.

As larvas, ao nascerem, -são transferidas, mediante sifonagem, para baldes plásticos de 10 litros, onde são contadas, desinfetadas e colocadas no tanque de pré-cultivo.

0 tanque d.e pré-cultivo é de alvenaria, DOM forma circular e pintado internamente com tinta epóxi. preta. A forma e a cor evita que as larvas se acumulem nos cantos, como acontece nos tanques retangulares, e se depositem no fundo, nadando sempre na superficie devido a claridade, pois elas têm

-

fototropismo positivo.

2.2 - Aiitnentaçfko alas larvas.

No tocante a alimentação, os cistos de

Artemia

sp. são pesados, descapsulados e colocados em incubadoras de 60 litros, com a.eração constante, para hidratação e eclosão.

No processo de retirada das cápsulas, os cistos de Artenda sp. são colocados em bacia plástica através de puçás (abertura da malha 76 11,m), na qual é colocada 500 ml de solução descapsuladora (250 ml de hipoclorito de sódio, 250

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7

ml de água doce e 12,5 g de carbonato de sódio ou cálcio) e após mudarem de coloração os cistos são lavados com solução de tiossulfato de sódio (1 litro de água doce mais 0,5 g de tiossulfato de sódio P.A.), colocando-os em seguida nas incubadoras contendo agua salgada (36 %0).

Ao atingirem o terceiro estagio, as larvas do Macrobrachhun rosenbergii

são transferidas para os tanques de cultivo. Esses são retangulares, com 6 1112 de

area, pintado internamente corn tinta epoxi preta, abastecidos corn agua da caixa da mistura ( salinidade 12 - 16 %o ), mantendo-se sempre uma lamina d'água de 0,60m.

O coma, (este nome não tem nenhuma especificação, podendo variar de uma larvicultura para. outra) utilizado como alimento inerte para larvas do camarão gigante da Malásia, possui ingredientes que variam de um laboratório para outro. O preparado no laboratório do Departamentio Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS tem os seguintes ingredientes: 8 ovos, 2 colheres ( tipo sopa) de leite em pó, 200 g de peixe, 1 colher de emulssão de Scott, 7 g de vionate-L, 0,04 g de acido ascorbic°, 1 comprimido de lecitina de soja e 1 comprimido de omega-3. 0 vionate-L é um concentrado vitaminico, usado também para equinos, sumos etc. A lecitina de soja e omega-3 são suplementos alimentares ricos em ácidos graxos insaturados. Os ingredientes são misturados e cozinhados em banho-maria por 20 minutos, obtendo-se, então, uni concentrado cremoso que é conservado em refrigerador por um período máximo de 2 dias.

O coma, quando administrado, é triturado em peneiras, usando-se jatos d'água, cuja abertura da malha varia de 0,50 a 0,84 min.

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As pós - larvas são transportadas em sacos plásticos, no qual 1/3 do seu volume é composto de água, ficando o restante ocupado com oxigênio.

2.3 - Anfilises Fisico-Quinka.

As análises química da Agua dos tanques de cultivo são feitas diariamente, seguindo-se a metodologia decrita a seguir:

NITRITO

Foi analizado corn solução de alfa-naftilamina (1 litro de ácido acético com 5 g de alfa-naftilamina P.A.. Laboratório MERCK) e solução de ácido sulfúrico (RA. 96 %). Para cada 100 ml da amostra, colocada no tubo de Nessler, foi adicionado 2 ml de cada reagente. A leitura foi feita em aproximadamente 2 minutos, logo após faz-se a comparação das cores utilizando um padrão de cores que indica as concentrações de 0,0 (incolor) a > 3,0 (vermelho escuro).

NITRATO

As análises foram feitas coin solução sulfúrica de difenilamina (200 ml de ácido sulfúrico com I g de difenilamina. Laboratório REAGEN). Para cada 5 ml da amostra, colocadas em cápsulas de Nessler, adicionamos 15 gotas do reagente. A leitura foi feita em aproximadamente 2 minutos, logo após faz-se a comparação com um padrão de cores que desde incolor (ausente) até azul escuro (presença acentuada. ).

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NITOGENIO AMON1ACAL

Foi analizado com reagente de Nessler (160 g de NaOH + 100 g de Hgl + 70 g de KI para 1 Into de soluço). Para cada 5 ml da amostra, colocada no tubo de Nessler, adicionamos 3 gotas do reagente. A leitura foi feita em aproximadamente 2 minutos, logo após faz-se a comparação corn um padrão de cores que indica as concentrações de 0,0 (incolor) a > 0,5 (marrom avermelhado).

SALINiDADE

Salinômetro (Bio Marine, escala de O a 16096o).

pH

potenciõmetTo (Micronal - B 375).

2. o FirPO mula do Olculo da taxa de sobrevivência das pós-larvas.

Para o cálculo da taxa de sobrevivência das larvas e pós - larvas, segundo metodologia de SANTOS (1978), utilizou-se a seguinte fórmula:

TS % = Nf. . 100/Ni

TS % = Taxa de sobrevivência. Nf = Número de pós - larvas. Ni = Número inicial de larvas.

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3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

O peso das fêmeas ovadas 6, em média, de 25g, tendo sido utilizado 178 no período do estágio. A quantidade media de ovos por fêmea é de 500/g de peso da reprodutriz.

As fêmeas ovadas trazidas para a larvicultura do DNOCS, têm 5 meses de vida e são resultantes de pós-larvas produzidas nesta mesma larviCultura.

A eclosão das larvas se dá a partir do segundo dia em que as reproduirizes são estocadas nos tanques maternidades. Ao nascerem elas são atraidas para a parte clara do tanque e sifonadas para baldes plásticos, dotados, internamente, de um anel de tela ( abertura da malha 110 pm ) que permite a apreensão das larvas e drenagem da água.

As larvas são colocadas em baldes plástico de 10 litros onde, após desinfecção, tira-se uma amostra de 250 ml bem homogênea, a qual é colocada em um recipiente plástico de 1 litro, completando-se o volume com água para facilitar a contagem. Através desta contagem, pode-se estimar a quantidade de larvas contidas no balde, transferindo-as em seguida para o tanque de pré-cultivo.

O tanque de pré-cultivo recebe 300 - 700 larvas por litro. A alta densidade de estocagem é necessária para diminuir as perdas corn o alimento.

No primeiro estágio, as larvas não se alimentam, consumindo apenas suas reservas nutritivas. A partir do segundo estágio começam a receber como alimento nduplios de

Artemia

sp. . A quantidade inicial é de 4g, o que equivale a 3 - 7

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11

Na retirada das cápsulas dos cistos de Artemia sp., coloca-se duas pedras

d.e gelo junto com a solução descapsuladora. Aquelas evitam o aumento de temperatura causado pela reação térmica da solução.

No quarto dia de cultivo, após sifonamento, observa-se que não há sobra de

Arremia sp., sendo necessário o aumento para 5g.

Coleta-se, com um bequer de 100 ml, seis larvas para serem observado seus estágios. Através do microscópio, quando se observa que mais de 50% das larvas estão no segundo estágio, é necessária a transferência para os tanques de cultivo. As larvas deveriam ser transferidas para os tanques de cultivo no terceiro ou quarto estágios, porém, devido ao grande número de larvas que nascem e ao pequeno número de tanques, a transferência delas está sendo feita ainda no segundo estágio.

Somente a partir do sexto dia de cultivo as larvas são alimentadas com o coma. Neste momento, elas se encontram no terceiro estágio. 0 coma, começa a ser administrado pa quantidade de 100g por dia, sendo colocado às 7:30, 9:30, 11:30 e 13:30 horas. A Artemia sp. passa a ser o último alimento do dia, As 16:30 horas.

Até o sexto estágio, o coma é triturado em peneiras com abertura da malha de 0,5 mm. A partir do sexto até pós-larvas, a abertura da malha é de 0,84 mm. As quantidades de Anemia sp. e coma variaram conforme o desenvolvimento das larvas.

Quando mais de 50% das larvas se apresentam no décimo primeiro estágios e muitas já têm passado a pós - larvas, é necessária a introdução de outros

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substratos, como tela de plástico e resto de coma com partículas de 1 mm. Estes aumentam a superficic de fixação, reduzindo o canibalismo. Quando quase 100% das larvas sofrem metamorfose, baixa-se gradativamente a salinidade do tanque, adicionando-se agua doce. A salinidade final fica em tomo de 2 - 3%o.

As caracteristicas peculiares das larvas e das pós - larvas, nos seus estágios larvais, são mostradas em anexo.

As características ffisico-químicas ( temperatura, salinidade, pH, NH4, NO3 e NO2), cm função do tempo de cultivo, nos tanques da larvicultura do DNOCS são vistas nas tabelas 01 e 02. Na tabela 03 pode-se observar as quantidades de alimento vivo e inerte ministrados As larvas e pós-larvas durante o cultivo.

Pode-se observar na tabela 02 que, no vigésimo terceiro e no bigésimo oitavo dia de cultivo, houve um aumento bastante acentuado na quantidade de nitrito Ina Agua. A causa. pode ter sido o mau funcionamento do soprador e problemas na égua doce. As análises de nitrato foram apenas qualitativas.

Nos cultivos por nos acompanhado, a taxa de sobrevivência das larvas foi de 25%, o que equivale a 67.250 Os larvas. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS já registrou em sua larvicultura taxas de sobrevivência que variaram de 8 a 90%.

Problemas causado durante o cultivo, tais como defeito no aerador, ficando as larvas, no quarto estagio, durante 24 hs sem aeração; defeito na bomba d'água do poço profundo, sendo preciso bombear Agua de um outro poço, cujas primeiras Aguas estavam coin problemas, que não puderam ser analisadas, pois a troca d'água foi feita no domingo, dia em que não se realizam análises químicas, foram as

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causas da queda da taxa de sobrevivência. Porém, com todos estes couiratempos, no vigésimo sétimo dia de cultivo foi observada a primeira pós-larva.

Outro problema que pode ter causado a mortalidade de muitas larvas, foi a renovação de água. Esta deveria ser feita diariamente, porém foi feita de dois em dois dias, trocando-se 70% do volume.

No quadragésimo sexto dia de cultivo, as larvas e pós-larvas foram vendidas. Devido às condições precárias da água, bem como dos motores de aeração e bomba d'água, não se esperou que 100% das larvas sofressem metamorfose. A espera poderia prejudicar as pós - larvas.

0 Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS produz, atualmente por ciclo, cerca de 1.000.000 de pós - larvas, produção esta que mesmo antes de completada já está toda vendida para pequenos carcinicultores. Havendo desta forma, necessidade de maiores investidores na larvicultura do camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii, urna vez que este vem tendo grande

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4 - COM ENTÁMOS E SUGESTÕES

As larvas, até o sexto estágio, se apresentaram muito vulnerdveis as mudanças físico-química da. égua, principalmente A. salinidade, temperatura e oxigênio dissolvido no tanque (aeração).

Ao as larvas, mesmo nos primeiros estágios, vão em busca do alimento através de pequenos impulsos, não esperando que estes batam nelas para só assim poder pegá-los.

As larvas, após eclosão, podem passar direto para os tanques de cultivo, evitando possiveis perdas no pré - cultivo, porém haverá maiores gastos corn alimento, pois o tanque de cultivo apresenta maiores dimensões, sendo menor a densidade de estocagem, diminuindo a capacidade das larvas capturarem o alimento vivo.

O período larval ate pós-larvas pode ser atingido em 20 a 45 dias. Este tempo depende das condições físico-química da Agua, aeração constante e alimentação.

Para que se mantenha a água de cultivo dentro dos níveis adequados, é recomendavel que se ministre quantidades de alimento compativeis corn o

COMM() das larvas, que se aere corretamente os tanques de cultivo e que se

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5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

CAVALCANTI, Lourinaldo Barreto et alii. Camarão; manual de cultivo do

Macrobrachhui? rosenbergii (pitu havaiano - gigante da Malásia) Recife

Aquaconsult, 1986, 143 p.

MENDES, George Nilson. Manual básico sobre biologia e cviltivo do camarão g,igante da Malásia, Macrobrachinm rosenhergii, Recife, Fundação das Casas das Crianças, 1986. 46 p. il.

SANTOS. Edilson dos. Dinâmica de populações aplicada à nescae a piscicultura. São Paulo, Flucitec, 1978. 129 p.

VALENTI, Wagner Cotroni. Cultivo de camarão de água doce. São Paulo, Nobel, 1987.82 p.

VINATEA, Juan Enrique. Acuicultura continental. Lima, Libreria

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1_6

TABELA 91. Dados de temperatura, salinidade, p11 e cloro da Agua dos tanques durante o cutivo das larvas e pós-larvas do camartio de kuta doce,

Macrobrachhtm resenbergiima larvicultura do DNOCS, period° de 23/03/1996 a

09/05/1996.

DIAS TEMPERATURA (°C) SALINIDADE roc) pH CLORO

28,2 14 8,4 AUSENTE 28,4 14 8,4 AUSENTE 30,5 14 8,4 AUSENTE 29 14 8,4 AUSENTE 27,4 14 8,4 AUSENTE 6 27,8 12,6 8,4 AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

8 28,6 13 8,4 AUSENTE 9 28,2 12 8,4 AUSENTE 10 28,9 12 8,2 AUSENTE 11 28,5 12,4 8,2 AUSENTE 12 28,4 12,4 8,2 AUSENTE 13 28,5 12,4 8,2 AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

15 28,6 13 8,4 AUSENTE 16 28,2 13 8,2 AUSENTE 17 28,6 13 8,2 AUSENTE 18 27,8 13 8,4 AUSENTE 19 28,5 13,5 8 AUSENTE 20 28,6 13,5 8,5 AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

22 28 12,5 8,5 AUSENTE 23 28,7 12,3 8,6 AUSENTE 24 28,5 12,3 8,4 AUSENTE 25 28,7 12,3 8,4 AUSENTE AUSENTE AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

29 AUSENTE 30 28 12,3 8 AUSENTE 31 26,6 12,3 8 AUSENTE 32 27,5 12,3 8 AUSENTE 33 28 12,3 8 AUSENTE 34 28 12,3 8 AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

36 AUSENTE 37 28,6 12 8,4 AUSENTE 38 29,4 12 8,4 AUSENTE 39 28,6 12,4 8 AUSENTE 40 28,6 12,4 8 AUSENTE 41 AUSENTE

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

43 28 10 8,4 AUSENTE

44 28,4 8,4 8,4 AUSENTE

45 28,5 6,3 8,4 AUSENTE

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TABELA 02. Dados de nitrogênio amoniacal, nitTito e nitrato da agua dos tanques durante o cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de agua doce, illacrobrachium FosenbeFgii,, na larvicultura. do DNOCS, periodo de 25/03/1996 a 09/05/1996.

DIAS ITROGENIO AMONIACAL (ppm NITRITO (ppm) NITRATO

0,01 0 TRAÇOS LEVES 2 0,01 0 PRESENÇA REGULAR 3 0,01 0 PRESENÇA REGULAR 0,01 0 TRAÇOS LEVES 5 0,01 0,01 TRAÇOS LEVES 6 0,02 0,01 TRAÇOS INSIGUINIFICANTES

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

8 0,02 0,03 AUSENTE 9 0,02 0 TRAÇOS LEVES 10 0,02 0,02 TRAÇOS LEVES 11 0,02 0,02 TRAÇOS INSIGUINIFICANTES 12 0,02 0,02 TRAÇOS LEVES 13 0,02 0,02 TRAÇOS LEVES

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

15 0,04 0,04 AUSENTE 16 0,05 0,05 AUSENTE 17 0,04 0,05 TRAÇOS INSIGUINIFICANTES 18 0,03 0,06 TRAÇOS LEVES 19 0,03 0,06 TRAÇOS LEVES 20 0,Õ2 0,06 TRAÇOS LEVES

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

22 0,02 0,2 PRESENÇA ACENTUADA 23 0,05 0,25 PRESENÇA ACENTUADA 24 0,03 0,15 PRESENÇA REGULAR 25 0,02 0,1 TRAÇOS LEVES 26 0,04 0,08 TRAÇOS LEVES 27 0,03 0,08 TRAÇOS LEVES

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

29 0,02 0,15 PRESENÇA REGULAR 30 0,02 0,15 TRAÇOS LEVES 31 0,03 0,15 PRESENÇA REGULAR 32 0,03 0,15 PRESENÇA REGULAR 33 0,02 0,15 TRAÇOS INSIGUINIFICANTES 34 0,02 0,15 TRAÇOS INSIGUINIFICANTES

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

36 0,02 0,25 PRESENÇA REGULAR 37 0,02 0,2 PRESENÇA REGULAR 38 0,02 0,3 TRAÇOS LEVES 39 0,03 0,08 PRESENÇA REGULAR 40 0,02 0,15 PRESENÇA REGULAR 41 0,02 0,1 PRESENÇA REGULAR

DOMINGO DOMINGO DOMINGO DOMINGO

43 0,03 0,08 TRAÇOS LEVES

44 0,03 0,08 TRAÇOS LEVES

45 0,03 i 0,1 PRESENÇA REGULAR

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TABELA 03. Quantidade de alimento fornecido durante o cutivo das larvas e Pós-larvas do camar5o de Agua doce, Macrobrachium rosenbergii.

DIAS ALIMENTO ESTÁGIOS

Artemia salina ( g ) coma ( g )

4 1 4 II 5 100 7 8 100 100 III 8 100 10 8 100 IV 11 8 100 12 8 120 13 10 120 14 10 120 15 10 120 16 i c7 120 17 10 150 18 10 150 19 10 150 20 10 150 21 10 180 VIII 2'2 11 180 ---'23 11 180 24 11 180 25 12 180 IX 26 13 180 27 13 180 28 14 200 2.9 14 200 XI 0 14 200 • 31 15 220 32 15 220 33 15 220 34 J 15 220 36 _L_ L1,7____22.2____: 17 220 37 17 220 38 17 220 39 17 220 40 17 220 PL 41 17 220 • 42 17 r 220 43 17 220 44 17 220

(26)

—0— Temperatura (°C) o-- Salinidade (%0) --X— pH 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 000 0 0 0-0 0 0-0 0 0-0,0a00 X X-X 19

ERCURA 01: Variniio da temperatura (°C), salinidade (%0) e pH em função do tempo de cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de água doces,

acrobr ach iun, r senbergii

35 30 25 20 -0 Ui :u E 15 10 5 o 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Dias de cultivo

(27)

CAN oc, -1- 1-- C re) (-4 e',1 en en 71- 0,30 - 0.25 0,20 0.15 - 0,05 0.10

1&'

\I

0,00 ' 1 1 1 1 -1-1-1 ; -4/0-- NITROGÉNIO AMONIACAL NITRIT 0 20

FIGURA 02 Variação na quantidade de nitrogenio amoniacal e nitTito em função do tempo de cultivo das larvas e pós-larvas do camarão de Agua doce,

(28)

21.

FIGURA 03. Taxa de sobrevivência de pós-larvas do eainarao de água doce, Macrobrachium rosenbergii, na larvicultura do DNOCS, period.° de 25/03/1996 a.

09/05/1996.

75,01'Yin

(29)

73

SINOPSE DO DESENVOLVIMENTO LARVAL.

Estágios Zoea Comp. médio (mm) — Características Duração (dias) I 1,92 Olhos grandes e sésseis, telso triangular, contendo sete pares de espinhos. 1 - / II 1,99 Olhos pedunculados, telso triangular, contendo oito pares de espinhos. 7 _ 3

III 2,14 Urópodos presentes exopodito com seis espinhos, endopodito exposto 3 - 5 IV -, / 50 Dois espinhos epigésticos atrás da base do rostro, ambos com 2 - 3 dentes na

margem frontal, telso ablongo e quase retangular, contendo seis pares de espinhos. Urópodos com espinhos.

5 - 9

V 2,84 Telso com margem posterior mais estreita que a base, número maior de espinhos nos urópodos.

9 - 12 VI 3,75 Telso mais estreito na parte terminal. Pleópodos começam a brotar. 12 - 18

VII 4,06 Pleópodos birramosos e nus. 15 - 20

VIII 4,68 Pleópodos mais desenvolvidos, com cerdas no expodito. Desaparece o par de espinhos menores do telso.

18 - 22

IX 6,07 Pleópodos com cerdas no endopodito. 21 - 25

X 7,05 Rostro com 3 - 4 dentes dorsais. 25 - 34

XI 7,73 Rostro com dentes em toda sua margem dorsal. Urópodos mais desenvolvidos que o telso.

28 - 37

PL 7,69 Pós-larvas. Rostro com dentes na margem dorsal e ventral 33 - 43 Fonte: Anuenue Fisheries Research Center (HI).

(30)

ESTAGIO I (A)

(31)

ESTAGIO III ( O )

(32)

• • 5. ' - • -fa) fr , ESTAGIO Y (E) ESTAGIO VI (F)

(33)

ESTÁGIO YII (6)

(34)

ESTAGIO IX (I)

(35)

• "••••••••• ESTAGIO XI (L )

Referências

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