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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

OBSERVATÓRIOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO:

UMA ANÁLISE TIPOLÓGICA E OPERACIONAL

ISMAEL RODRIGUES DOS SANTOS

RECIFE

2015

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ISMAEL RODRIGUES DOS SANTOS

OBSERVATÓRIOS EM CIÊNCIA TECNOLOGIA & INOVAÇÃO:

UMA ANÁLISE TIPOLÓGICA E OPERACIONAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Gestão da Informação.

Orientador: Prof. Dr. Fábio Mascarenhas e Silva

RECIFE

2015

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Catalogação na fonte

Bibliotecária Delane Mendonça de Oliveira Diu CRB4-849/86

S237o Santos, Ismael Rodrigues dos

Observatórios de ciência, tecnologia e inovação: uma análise tipológica e operacional / Ismael Rodrigues dos Santos. – Recife: O Autor, 2015.

50 f.: il.

Orientador: Fábio Mascarenhas e Silva.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Ciência da Informação, 2015.

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Dedico aos meus pais, que sempre se esforçaram para que eu fosse “alguém”; que sempre se esforçaram para me proporcionar o que seus pais não puderam lhes proporcionar. Esse é um dos frutos da sua oração, mainha. O primeiro de muitos que virão!

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por seu amor e cuidado. Pelo sopro de vida que se renova a cada manhã quando eu acordo. Pela família que amo tanto. Por estar me proporcionando esse momento ímpar. Por todos os professores que fizeram chegar até esse momento. Pelas vitórias e fracassos. Pelos amigos de perto e de longe. Por sentir. Por enxergar. Por andar. Como diz o trecho de uma música que eu gosto muito:” Como agradecer por tudo o que fizestes a mim?”.

A meus pais, Simone e Antônio, que se esforçaram todos esses anos para me dá uma vida digna, para me dá tudo o que não tiveram de seus pais, obrigado pro nunca deixar me faltar o iogurte, o achocolatado e o biscoito dos “bebezinhos”, obrigado por nunca me deixar faltar o amor. A meu irmão mais novo, Tiago, que parece ser o mais velho, e que é mais feio, agente brigou muito mas, sem você não seria igual, todavia, foi bom você ter casado, não aguentava mais mainha mandando ligar todo dia pra você sair da casa da namorada e ir pra casa dormir. À minha cunhada, Talita, pelo carinho e por ter me dado um sobinha linda que ainda é tão pequenininha e já me chama de vôvô. À toda minha família pelo orgulho que demostram sentir de mim e o mais importante, pelo amor que me dedicaram.

Ao meu orientador, Fábio Mascarenhas, pela orientação do TCC, pela oportunidade de monitoria e pela oportunidade de colaborar no projeto de indicadores, que foi o que despertou meu desejo pela pesquisa, o senhor é um espelho como docente e pesquisador, e apenas observando o cuidado com sua filha, posso dizer que como ser humano também é excepcional.

A professora, Sandra Siebra, que me cativou desde o primeiro momento que a vi, sou grato pela confiança na monitoria, pra mim foi um prazer. Fazer monitoria com os professores que mais admiro, foi mesmo que zerar o curso. Já valeu.

Ao professor Raimundo Nonato, que um dia me perguntou se, além de gerar indicadores, eu queria saber o que eram, os conceitos. Isso contribuiu e tem contribuído para a definição do profissional da informação que eu quero ser. Ao Professor Piotr Trzesniak pela ajuda e por cada pergunta que me faz refletir.

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A Bruno e Mitsuo, que foram uma espécie de orientadores durante a preparação do projeto para mestrado, muito do que aprendi lá com vocês eu coloquei em prática aqui também, e como disse uma vez: “fui o primeiro orientando de vocês”, isso pra mim foi uma honra.

A professora Edilene que aceitou compor a banca, admiro bastante seu trabalho, mesmo tendo apenas uma disciplina com a senhora.

Aos meus colegas e amigos da turma 2012.1, obrigado a todos, sentirei saudades. Aos companheiros do DAGI, obrigado pela confiança. À Adriana, Caio, Taty e Bruno Zamboni que estiveram nessa batalha também, que mesmo tendo seus dramas pessoais ajudavam com palavras de ânimo e orações, a vitória é nossa moçada.

Aos meus amigos da igreja, mesmo aqueles que estão fora do estado, que me fazem sentir especial, acolhido, que me deram palavras de forças nesses últimos meses de dedicação total, que oraram por mim e que não vivem sem mim, obrigado por darem sentido a palavra “amizade”.

Aos meus amigos do Rio grande do Norte, espalhados em várias cidades, obrigado pela amizade e pelo prazer de tê-los conhecido, pense num estado que mora no meu coração. Em especial aos amigos de Assú- RN, que viveram comigo os dramas de uma vida longe dos pais por um sonho que era estudar, pois bem, aqui estou eu colhendo os frutos que vocês me ajudaram a plantar, aqui se encerra um ciclo que começou aí a 7 anos atrás, a saudade de vocês é grande.

Aos amigos fitness da academia, que mesmo nos encontrando uma hora por dia, me deram bastante força nesse período.

A Todos que direta ou indiretamente cooperaram pra que eu pudesse viver esse momento. Meu muito obrigado a todos.

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“Graças a todo Seu amor eu fui semeado Graças a todo Seu amor a cada T foi atravessado Todo céu, toda terra, todos reconhecem Você é o autor da história da glória de Deus”

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RESUMO

O presente trabalho possui a proposta de realizar uma análise tipológica e operacional em observatórios de Ciência, Tecnologia e Inovação sediados em 7 países: Alemanha Brasil, Canadá, Colômbia, França, Guiné Equatorial e Venezuela. A análise será referente a vários aspectos tipológicos e operacionais: especificidades particulares, formas e âmbito de atuação, fontes de financiamento, atividade técnicas e localização. Uma análise mais detalhada será realizada nas páginas web dos observatórios escolhidos para esse estudo, serão observados os aspectos relacionados ao acesso à informação e relacionamento com o usuário. No que diz respeito a análise de relacionamento cliente/observatório, foi observado apenas se o observatório apresenta meios para que o usuário entre em contato, não foi verificado a fidelidade dos mesmos. Será possível ver conceitos relacionados aos observatórios de modo geral e mais especificamente sobre os Observatórios de C&T, onde os observatórios do estudo se enquadram. Tais conceitos servirão como base para dá sentindo a todo processo da análise, tendo em vista que os conceitos estarão fortemente ligados ás informações técnicas que os observatórios apresentam.

A pesquisa de caráter descritivo, se desenvolve a partir de informações apresentadas pelos observatórios em seus respectivos sites web. Os resultados revelam que todos os observatórios possuem eficiências e ineficiências em algum dos aspectos analisados, no que diz respeito a informações expostas sobre o observatório e sobre as atividades desenvolvidas, os resultados variam muito, alguns possuem informações bem completas e outros não, sobre o relacionamento com o cliente, os resultados foram na maioria bons, os observatórios se preocupam mais com esses aspectos, segundo a análise.

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ABSTRACT

This work has the proposal to hold a typological and operational analysis in Science observatories, Technology and Innovation based in 7 countries: Brazil, Canada, Colombia, France, Equatorial Guinea and Venezuela. The analysis shall be applied to various typological and operational aspects: individual characteristics, forms and scope of operation, sources of funding, technical activity and location. A more detailed analysis will be performed on the websites of the observatories chosen for this study, will be observed the aspects related to access to information and relationship with the user.

With regard to analysis of customer relationship / Observatory, was observed only if the observatory has means for the user contact, was not verified the accuracy thereof. You can see concepts related to general observatories and more specifically on the S & T Observatory, where the study observatories fall. These concepts will serve as basis for giving feeling the whole analysis process, considering that the concepts are strongly related technical information that have observatories.

The descriptive research, is developed from information submitted by observatories in their respective web sites. The results show that all observatories efficiency and inefficiencies at some of the aspects analyzed, with regard to exposed information about the observatory and on the activities, the results vary widely, some have very complete information and others do not, on the relationship with the client, the results in the majority good, observatories care more about these aspects, according to the analysis.

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LISTA DE GRÁFICOS E FIGURAS

Gráfico 1 – áreas de atuação dos observatórios ... 34

Gráfico 2 - Resultado da avaliação do aspecto: Informações Gerais...45

Gráfico 3 - Resultado da avaliação do aspecto: Relacionamento com o cliente...45

Figura 1 – Países da américa latina onde os observatórios estão sediados ... 30

Figura 2 –Interface da página web - ONCTI ... 35

Figura 3 – Interface da página web - OCyT ... 36

Figura 4 – Interface da página web - OT ... 37

Figura 5 – Interface da página web - AOSTI ... 38

Figura 6 – Interface da página web - OIC ... 39

Figura 7 – Interface da página web - Sesi/Senai/IEL... 40

Figura 8 – Interface da página web - EITO... 41

Figura 9 – Interface da página web - OST ... 42

Figura 10 –Interface da página web – OST ... 43

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Critérios para análise dos observatórios... 27

Quadro 2 – Caracterização dos Observatórios ... 29

Quadro 3– Análise da página web do ONCTI ... 35

Quadro 4 – Análise da página web do OCyT ... 36

Quadro 5 – Análise da página web do OT ... 37

Quadro 6 – Análise da página web do AOSTI ... 38

Quadro 7 – Análise da página web do OIC ... 39

Quadro 8 – Análise da página web do Sesi/Senai/IEL ... 40

Quadro 9 – Análise da página web do EITO ... 41

Quadro 10 – Análise da página web do OST ... 42

Quadro 11 – Análise da página web do OST ... 43

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LISTA DE SIGLAS

AOSTI Observatório Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação

C & T Ciência e Tecnologia

CT&I Ciência, Tecnologia e Inovação

CINDOC/CSIC Centro de Información y Documentación Cinetífica EITO Observatório Europeu de Tecnologia

ERAWATCH European Research Area Watch

GOSPIN SPIN/Global: Global Observatory in Science, Technology and

Innovation Policy Instruments ICT Instituições Científicas e Tecnológicas

IEA Instituto de Estudos Avançados IEL Instituto Euvaldo Lodi

IES Instituições de Ensino Superior

ISI Institute Systems and Innovation Research

OCyT Observatório Colombiano de Ciência e Tecnologia OIC Observatório de inovação e competitividade

ONCTI Observatório Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação OST Observatório de Ciência e Tecnologia

OT Observatório Tecnológico

OtletCI Observatório Temático e Laboratório de Ensino

PPGCI Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação P&D Pesquisa e desenvolvimento

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SESI Serviço Social da Industria

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UFC Universidade Federal do Ceará UFPE Universidade Federal de Pernambuco USP Universidade de São Paulo

VTT Technical Research Centre of Finland Ltd WWW World Wide Web

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... Erro! Indicador não definido. 2.1 Observatórios: Conceitos fundamentais ... 19

2.2 Observatórios de Ciência Tecnologia e Inovação (CT&I) ... 20

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 28

4.1 Caracterizações dos Observatórios ... 28

4.2 Localização ... 30

4.3 Tipologia dos observatórios... 31

4.4 Formas de atuação operacional... 32

4.4 Atividades técnicas ... 33

4.6 Âmbitos de atuação ... 34

4.7 Avaliações das páginas web ... 35

4.8 Fontes de financiamento ... 46

4.9 Público alvo ... 46

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47

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1 INTRODUÇÃO

Devido à complexidade que o tratamento de informação tem exigido, os processos de atividade de produção do conhecimento em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em âmbitos como Instituições de Ensino Superior (IESs), agências de financiamento, centros/Instituições de Pesquisa, vem se renovando no que que diz respeito a novos procedimentos para tratamento e análise de suas informação, o que resulta em novos modelos de tomada de decisão e novas formas apropriadas e específicas para formular, julgar e implementar resultados.

Na última década, o mundo da pesquisa científica e tecnológica tem passado por transformações profundas, que tem exigido a adoção de novos instrumentos de intervenção e em decorrência, o tratamento mais criterioso e coordenado da informação. Atualmente, a compreensão e análise desta nova realidade, de sua dinâmica e complexidade, demanda a produção de indicadores quantitativos mais “robustos”. Indicadores que permitam, de um lado, a apreensão e interpretação das novas formas de produção, difusão e transferência de conhecimentos científicos e, de outro, a caracterização, de maneira detalhada, das capacidades nacionais em C&T no atual cenário mundial de desenvolvimento científico e tecnológico (GUSMÃO, 2005, p. 1030)

Utilizando como exemplo uma das instituições produtoras de conhecimento mencionadas no primeiro parágrafo, podemos analisar as dificuldades enfrentadas pelas IES, particularmente as brasileiras, que tem vivenciado um período de transformações. O quadro atual difere bastante do de tempos atrás, a cada dia tem aumentado os desafios relacionados ao aumento de alunos em universidades sem estrutura para recebê-los, (SANTOS, 2015). Outro grande desafio tem sido a profissionalização do processo de gestão, a ampliação de abertura de cursos somada à necessidade de criação de cursos de alta especialização, a internacionalização da pesquisa, a velocidade como as tecnologias evoluem e a restrições orçamentárias tem sido fatores cruciais para forçarem as IESs a redefinirem suas estratégias e o seu funcionamento no que diz respeito à produção de conhecimento. As dificuldades enfrentadas pelas IES aqui expostas, são apenas problemas de um tipo de instituição científica e tecnológica (ICT), é importante salientar que outros tipos de ICTs enfrentam suas dificuldades particulares, dentro do seu contexto.

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Segundo Santos (2015) as dificuldades enfrentadas pelas ICTs mostram a necessidade da atenção aos mecanismos e instrumentos de apoio como os observatórios de ciência, tecnologia e inovação, habilitado para capacitar profissionais com competência para a prospecção, mediação, e prover infraestrutura informacional de alto desempenho para atuem como facilitadores do processo de concepção de desenho, implementação e operação dos sistemas de funcionamentos dessas Instâncias.Os Observatórios de CT&I, são dispositivos de apoio à tomada de decisões em instâncias de formulação de políticas e de gestão em instituições científicas e tecnológicas.

Analisando os problemas que as IES enfrentam, na falta de ações no formato de "Observatório de C&T", é permitido verificar como os mesmos podem trabalhar solucionando tais dificuldades. Nesse caso, os observatórios podem operar em busca de soluções que proporcionem o desenvolvimento de competências, de métodos e técnicas para a realização de monitoramento e elaboração de diagnósticos.

Destacam-se, como finalidades desses observatórios, operar como um agente catalisador que oriente, estimule e promova o debate público de ideias em torno do objetivo maior e das atividades fins das IES, atento às especificidades e inclinações (talentos) locais e regionais, segundo uma perspectiva, ao mesmo tempo, interdisciplinar, comparativa, prospectiva e ética; capacitar profissionais aptos a produzir conhecimentos novos; e, por fim, poder propor e submeter aos atores-chave acadêmicos, políticos, econômicos e sociais análises consubstanciadas sobre problemas de longo alcance, relativos à formação de competências e à pesquisa, problemas que necessitem, de fato, de soluções operacionais, de concentração de inteligência e, consequentemente, de reflexões de longo prazo (SANTOS, 2013).

No início, os observatórios de CT&I, foram adotados por países desenvolvidos, como Canadá, França, Holanda entre outros, hoje existem observatórios operando em países nos mais variados estágios de desenvolvimento, tais como, Alemanha, Suíça, Portugal, Espanha, Finlândia, Irlanda, Japão, Coréia do Sul, Colômbia, Cuba, Peru, Costa Rica, Malásia, Singapura, Tailândia, Líbano, Síria, Tunísia, África do Sul, na maioria dos casos com financiamento governamental.

A produção de indicadores de CT&I – é entendida como a missão principal dos observatórios de CT&I, esses indicadores permitem um melhor conhecimento dos sistemas nacionais de pesquisa e inovação e de seu posicionamento no panorama internacional. Busca- se, como isso, identificar as principais forças e debilidades dos esforços nacionais (ou de uma

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região, de uma instituição, ou menos de um setor) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), e oferecer elementos para a produção de prognósticos – em nível nacional e internacional; por outro lado, de prover informações para o monitoramento de novas oportunidades e empreendimentos nos setores público e empresarial da P&D, incluindo programas internacionais de cooperação técnico-científica (GUSMÃO, 2006).

O problema tratado nessa pesquisa é a falta de informação a respeito da importância que os observatórios representam para a CT&I. Os poucos pesquisadores engajados em estudar o assunto “Observatório” compartilham a mesma ideia quando se trata da escassez de estudos sobre os observatórios, a literatura limitada e a falta de resultados divulgados tem não só dificultado o embasamento para novos estudos como também tem inibido a demonstração do potencial dos observatórios, que representam um importante papel na geração, tratamento e disseminação de informações estratégica e no auxílio à tomada de decisão. Trzeciak (2009) alerta para a lacuna que precisa ser preenchida, principalmente pela área de Ciência da Informação, que possui ligação direta com a gestão da informação, com a elaboração e disseminação de produtos e serviços de informação.

O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem realizado grandes esforços na implementação de seu próprio observatório de CT&I, o Observatório Temático e Laboratório de Ensino (OtletCI), com a finalidade de colaborar com a geração e análise de indicadores de CT&I Objetivando alinha- se com essa iniciativa, o presente estudo irá se propor a estudar o perfil de observatórios em CT&I, através das páginas web de cada um deles. Os resultados desse estudo também serão válidos para os pesquisadores do tema que contarão com informações úteis que irão subsidiar novas pesquisas, e servirão também para promover a CT&I.

Nesse cenário, o presente estudo tem como objetivo geral identificar as fontes de atuação de observatórios em CT&I em diversos países, para tal, foram objetivos específicos desta pesquisa: conceituar, criticamente os observatórios em CT&I; estabelecer critérios de análise dos observatórios; e analisar as especificidades de cada um deles.

É um estudo exploratório, analítico, que constrói o referencial teórico a partir de uma revisão bibliográfica que reúne vários estudiosos do tema desde o surgimento dos observatórios até os dias atuais.

A Divisão do trabalho foi organizada da seguinte forma: a seção 2 apresenta o referencial teórico; a subseção 2.1 aborda os conceitos fundamentais de observatórios; a 2.2

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trata mais especificamente dos observatórios de CT&I, explorando aspectos como: surgimento, primeiros estudos e outros. Na seção 3 pode-se observar os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa; nessa seção são apresentados os critérios utilizados na análise A seção 4 analisa os resultados da pesquisa; a sub-seção 4.1 mostra uma breve caracterização dos observatórios; a 4.2 aborda a localização dos observatórios; a 4.3 mostra as Tipologias em que os observatórios se enquadram; a 4.4 as formas de atuação operacional de cada observatório; a 4.5 as atividades técnicas; a 4.6 mostra os âmbitos de atuação; a 4.7 avalia as páginas web de cada observatório; a 4.8 discute as formas de financiamento; e a 4.9 o público alvo. A seção 5 apresenta as considerações finais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta parte do trabalho apresenta uma revisão teórica sobre Observatórios e sobre observatórios de Ciência e Tecnologia mais especificamente, assim também como seus modelos e características.

2.1 Observatórios: Conceitos fundamentais

Embora tenha sido conhecida a existência de observatórios criados entre os anos 1970 e 1980, foi somente a partir do início dos anos 90, com o popularização da Internet e da World Wide Web (WWW), que o a prática de observar teve um maior desenvolvimento, são referenciados mais de uma dezena de observatórios; esses trabalhando em áreas bem diversificadas como a luta contra a pobreza, as pequenas e médias empresas, a droga e a toxico dependência, o emprego e a formação profissional, a imprensa ou a justiça.

Muitos pesquisadores tem entrado em consenso quando o assunto é a falta de estudos sobre Observatórios, fato comprovado pela escassez de publicações que abordam esta temática (SILVA, et al. 2013; TRZECIAK, 2009), já quando se trata do conceito, não existe um consensual, embora Marcial (2009) afirme que vários autores concordem que os observatórios são instrumentos de controle, avaliação e divulgação de informação sobre uma determinada temática, visando combinar estratégias distintas que promovam a colaboração entre diferentes setores e agentes, muitos Autores diferem em relação a suas visões quanto ao tema. Patiño (2007, p.5) define “Observatório” como:

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Local ou instância que serve para fazer observações por meio do estudo e aplicação de indicadores de medição de situações e contextos específicos; é um mecanismo que serve para estudar – a partir de observações sistemáticas – o comportamento e a evolução de fatos ou atos, com vista a influenciá-los de alguma maneira no futuro. Também é concebido como uma instância que examina e avalia o desenvolvimento de determinadas ações, visando a sua comparação com expectativas, finalidades ou padrões definidos para tal questão.

Testa (2002) define um observatório como um sistema organizado e estruturado de coleta, descoberta e análise de informações sobre o ambiente de um determinado setor de atuação. Vessuri (2002, p. 4) corrobora com esse pensamento quando afirma que:

Os observatórios se estruturam como pequenas equipes que trabalham articuladas com uma ampla e variada rede de colaboradores externos, produzindo dados específicos para desenvolvimento de projetos setoriais, utilizando metodologias avançadas para coleta, processamento e disseminação de dados. Além disso, possibilitam maior criação e estabelecimento de alianças e vínculos de colaboração com outras instituições produtoras de dados no país e organizações internacionais.

É interessante observar os “múltiplos objetivos dos Observatórios” de Silva et al (2013, p. 10) onde mostra as características de um observatório: olhar, retratar, identificar, contemplar; filmar, seguir, monitorar; mostrar, guardar, inventariar, juntar; selecionar, contrastar, organizar, sistematizar; analisar, examinar, estudar; ser uma referência, um lugar de debate e participação; valorizar, concluir, sugerir, recomendar; distribuir, difundir, derivar, transferir.

São muitos os benefícios que os observatórios podem apresentar aos interessados: gestão e organização de informações relevantes para instituições, produção de diversos indicadores, gestão do conhecimento, capacitação, investigação, e muitos outros, cada um dentro do nicho em que atuam, basta que esses benefícios sejam divulgados.

Silva et al. (2013, p. 16), com a intenção de abordar o campo de atuação de alguns dos muitos observatórios, onde os objetivos acima podem ser inseridos, afirma que:

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Dentre o variado “leque” de atividades que podem ser desenvolvidas e de possíveis produtos ofertados pelos observatórios, é possível enumerar: (a) gestão e resultados em termos de conhecimento, informação e documentação; (b) construção, monitoramento e armazenamento de sistemas de indicadores; (c) condução e publicação de pesquisas e estudos especializados, na forma de análises setoriais e de tendências, diagnósticos, dossiês temáticos, pesquisas de opinião, informes, guias, memoriais descritivos e estatísticos (tais como “anuários”), entre outros; (d) manutenção e disponibilização de um banco ou base de dados; (e) biblioteca temática/setorial especializada; (f) educação formal e não formal, na forma de cursos ou outras atividades de formação, capacitação, atualização e treinamento, presenciais ou a distância; (g) produção de materiais didático-pedagógicos para cursos próprios ou de terceiros; (h) edição e publicação de periódicos científicos próprios ou em coprodução com outras instituições; (i) promoção e organização de eventos científicos e edição de suas memórias; (j) divulgação de agenda de eventos e atividades técnicas, próprias ou de parceiros; (k) edição de boletim informativo próprio (newsletter); (l) produção de notícias (atualidades) ou reprodução a partir de outras fontes; (m) prestação de serviços na forma de consultoria ou assessoria; (n) produção e/ou divulgação de filmes e outras mídias visuais; (o) edição de mapas temáticos e atlas informativos; (p) disponibilização de sistemas

interativos para

participação e comunicação on line entre usuários e destes com o observatório; (q) ações de promoção social e atividades comunitárias; (r) classificados.

Nas palavras de albornoz e Herschmann (2006) os atuais observatórios tiveram origem na época da organização dos primeiros observatórios astronômicos (durante os séculos XVIII e XIX em Greenwich, Paris, Cape Town e Washington D.C.), mas, foi a partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, na Europa que eles começaram a serem dirigidos a temas socioeconômicos, Barbosa (2005), isso por que como afirma o autor, nesse tempo a união europeia contribuiu bastante, financeiramente falando, com os projetos de seus países membros e então a partir daí ela passou a verificar a correta aplicação dos recursos e também com o atendimento aos acordos e compromissos políticos, econômicos e sociais envolvidos. Observando todo esse processo de renovação Trzeciak (2009, p.31) define “Observatório” num contexto bem atual quando afirma que é um “Mecanismo que fornece informações

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estratégicas para auxiliar na identificação de ameaças, oportunidades e tendências, além de oferecer subsídios à tomada de decisão de um determinado setor, seja em nível regional, nacional ou internacional, visando com isso incrementar o seu desenvolvimento e a sua competitividade”. Gusmão (2006) complementa a ideia de Trzeciak quando diz que nos últimos tempos o conceito de observatório deixa de ser exclusivo para fatores ligados à natureza, passando a abranger também os fenômenos sociais. Dessa forma utilizando como base do presente estudo, a definição de Trzeciak, conclui- se que os Observatórios devem agir fornecendo informações relevantes que possam ser utilizadas no diagnóstico e resolução de problemas bem como cooperando para a tomada de decisão e formulação de políticas para o setor a que se destina.

2.2 Observatórios de Ciência Tecnologia e Inovação (CT&I)

É necessário salientar que todas as definições expostas acima contemplam se não todos, a maioria dos Observatórios. Enjunto (2008), diz que são diversos os tipos de observatórios existentes, como por exemplo os voltados à temática natureza, os promovidos por organizações sociais e os com foco nacional, regional e local, porém, esse estudo trata particularmente dos observatórios relacionados à Ciência e Tecnologia e inovação.

Atualmente não há mais especulações a respeito da importância da implantação dos observatórios de CT&I, uma vez que sua relevância foi provada e temos em todo o mundo, e em especial na Europa, casos de sucesso na sua implantação. Até o ano de 2014 existiam “cerca de trinta observatórios nacionais, operando em países nos mais variados estágios de desenvolvimento, como França, Canadá, Alemanha, Suíça, Portugal, Espanha, Finlândia, Irlanda, Japão, Coréia do Sul, Colômbia, Cuba, Peru, Costa Rica, Malásia, Singapura, Tailândia, Líbano, Síria, Tunísia, África do Sul” (TRZESNIAK E SANTOS, 2014, p. 9). Ainda segundo estes autores, a maioria desses observatórios são financiados pelos governos, com outros sendo mantidos por consórcios multinacionais, como é exemplo do Observatório Mundial sobre Ciência, Tecnologia e Inovação Instrumentos de política, o GOSPIN1 que se trata de um conjunto revolucionário de bases de dados que possui a plataforma-piloto já em

1

GO SPIN/Global: Global Observatory in Science, Technology and Innovation Policy Instruments (UNESCO) http://www.unesco.org/new/en/natural-sciences/science-technology/sti-policy/global-observatory-of-policy-instruments/

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funcionamento, criada para atender especialistas em CT&I, equipado com gráfico poderoso e ferramentas analíticas sob a responsabilidade das Nações Unidas, operando ainda em parceria com o ERAWATCH2, Observatório que por sua vez opera sob a responsabilidade da Comunidade Europeia.

Conforme afirma Gusmão (2005), existem os casos de estruturas semelhantes e bem consolidadas, mas que não operam sob a denominação de observatórios, preservando sua denominação original: centros, núcleos ou institutos de informação, essas estruturas integram a “rede de observatórios de C&T” devido ao conteúdo do trabalho que desenvolvem ser equivalentes aos denominados “observatórios de C&T”, sendo assim, alguns deles serão analisados da mesma forma, são os seguintes: Centro de Información y Documentación Cinetífica (CINDOC/CSIC) – Espanha; VTT Information Service (VTT) – Finlândia; Institute Systems and Innovation Research (ISI- Fraunhofer) – Alemanha.

Todo os observatórios nos países citados tem seu foco na pesquisa, no desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas, isso não significa que todos eles sejam iguais e trabalhem da mesma forma, cada um vivencia situações distintas, considerando- se aí o estado da arte do sistema nacional e os aspectos socioeconômicos e culturais de uma dada região ou país, explicando assim o fato de as formas e funções dos observatórios com essa temática serem tão diversificadas, Yu Abraham (2006) conclui que não um modelo único de observatório. Todos eles diferem, por exemplo, em termos de suas missões, serviços e produtos, estrutura organizacional e fontes de apoio financeiro. A definição do foco operacional de um observatório depende, claramente, das necessidades dos seus clientes e promotores. Em termos operacionais, a dependência é fortemente vinculada à disponibilidade de recursos (financeiros, materiais e humanos)”.

Conforme confirmado por Gusmão (2005), os observatórios de C&T que foram se constituindo ao longo da última década, foram assumindo diversos formatos, segundo esquemas institucionais variados, de acordo com condições mais ou menos favoráveis e, sobretudo, com as especificidades e condicionantes dos sistemas nacionais de C&T e de inovação nos quais estão inseridos. A autora apresenta ainda uma breve e sintética tipologia que permite entender essa diversidade existente entre eles:

2 ERAWATCH/ Comunidade Européia: -European Research Area Watch

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modelo tipo “ consórcio”: são estruturas relativamente “autônomas”, de caráter

essencialmente público, que congregam agências, ministérios, instituições de pesquisa e/ ou representantes do setor produtivo. Dispõem, assim, de um maior grau de flexibilidade e de articulação com os diferentes atores do sistema nacional de C&T, e de uma maior autonomia na adoção de um programa de trabalho próprio.

sob tutela absoluta do Ministério de C&T: estruturas que têm um caráter marcadamente governamental, diretamente ligados às decisões políticas e à formulação de estratégias nacionais para o setor, dispondo, dessa forma, de um menor grau de autonomia operacional e financeira, e maior vulnerabilidade frente a eventuais entraves burocráticos.

de natureza fundamentalmente acadêmica: trata-se de núcleos nascidos no interior da infra- estrutura universitária, a partir de trabalhos de cunho marcadamente teórico- metodológico, desenvolvidos em parceria com grupos de pesquisa das universidades de tutela; por experimentarem um maior distanciamento da esfera governamental, possuem uma maior liberdade programática.

núcleos de informação e documentação de agências governamentais do setor: trata-se, em geral, de estruturas pequenas, bastante especializadas, que operam no interior de organismos já consolidados em atividades de gestão da informação científica como conselhos nacionais de C&T, institutos nacionais de informação e de documentação científica, institutos de pesquisa tecnológica, etc.; mesmo não adotando a denominação de “observatórios de C&T, tais unidades têm tido uma participação ativa nas colaborações promovidas pelas redes de integração dos observatórios existentes.

“redes” ou estruturas de cooperação multilateral: congrega agências, conselhos de

C&T e/ ou institutos de estatísticas de diferentes países com vistas à concepção, definição e uso de indicadores regionais de C&T (GUSMÃO, 2005).

Independente do modelo de operação e do formato institucional que assumem, os observatórios existentes executam, de forma direta ou indireta e com diferentes

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graus de intensidade, atividades comuns, Gusmão (2005), podemos analisar a seguir as atividades que mais se destacam:

 Concepção, montagem e atualização permanente de banco de dados especializado em C&T, complexo e de grande porte, composto de diferentes bases inter-relacionadas, fontes para a realização dos estudos e diagnósticos. Concebidos sob a ótica de recurso científico, de natureza pública e compartilhado, esse banco de dados pode ser disponibilizado e acessível a pesquisadores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento.

 Produção e difusão periódica de estudos e diagnósticos em C&T. Para sua elaboração são utilizadas contribuições no campo do planejamento estratégico e da avaliação de programas e ações governamentais, bem como realização de projetos temáticos e enquetes de maior amplitude e alcance produzidos, em geral, em parcerias com outras instituições. Entre esses tipos de projetos, incluem-se: insumos de estudos prospectivos, aportes para medição do potencial de C&T em setores transversais.

 Atividades de pesquisa e de desenvolvimento e promoção de estudos setoriais voltados, por um lado, ao tratamento avançado da informação, das estatísticas e metodologias modernas de prospecção tecnológica, e, por outro lado, a aportes de tipo analítico e metodológico para o aperfeiçoamento de um conjunto de indicadores essenciais para a tomada de decisões estratégicas, destacando-se: estudos voltados à reorientação de programas de ação e diretrizes, a atribuições de recursos, a novas alternativas de empreendimentos em infraestrutura e de recursos humanos.

 Ações de treinamento e de capacitação de pessoal especializado para a gestão da informação e operação de sistemas de produção de estudos prospectivos e de diagnósticos vinculados às atividades de C&T.

 Constituição de fórum de debates sobre a condução da política científica nacional e de seus instrumentos sobre questões relativas à C&T. Mediante a mobilização de grupos de trabalho, pode-se viabilizar a montagem de infraestrutura de apoio à operação de redes de especialistas em temas específicos.

 Atividades de divulgação e cultura científica, promovendo o estímulo a interfaces com o meio externo, assim como a participação em comitês, comissões, organismos nacionais e internacionais e em rede de organismos congêneres.

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Silva (2003) aborda as seis principais linhas de atuação apresentadas pelos observatórios que traduzem suas finalidades fundamentais:

Fonte, acervo e meio de difusão de informação e conhecimento especializado. Observatórios são concebidos como centros de referência em termos de dados, informações e conhecimentos (DIC) sobre uma temática, e, como tal, realizam atividades de identificação, coleta, produção, avaliação, seleção, sistematização, compartilhamento, difusão, atualização, armazenamento e descarte de DIC (GUDIÑO; D’INCA, 2007; NASCIMENTO, 2007; BLUMENSCHEIN; TOMÉ, 2011 Apud Silva, 2013).

Produção de sistemas de indicadores. Grande parte dos dados e informações que circulam em observatórios não é disseminada em estado bruto (original), mas somente após sua devida catalogação, seleção e sintetização na forma de indicadores, o que vem conferir maior significado e relevância ao seu conteúdo. A elaboração de um

conjunto de indicadores é

considerada o “coração do observatório” (PLAN BLEU, 1999, p.4; GUDIÑO; D’INCA,2007, p.48 Apud Silva, 2013).

Monitoramento de setor ou temática. Observatórios são centros de monitoramento por excelência, tanto o realizado sobre indicadores3, próprio de quem se utiliza destas ferramentas, como também o monitoramento sistematizado de um setor ou temática específica (ALBORNOZ; HERSCHMANN, 2006 Apud Silva, 2013).

Ponto de convergência e articulação do conhecimento. O observatório atua como centro articulador de atores sociais em torno de um tema ou política (BEUTTENMULLER, 2007 Apud Silva, 2013), propiciando a reunião e ação sinérgica das várias expertises na área em questão.

Educação, capacitação e formação de competências. Os observatórios devem propiciar não apenas informação, mas também formação. Ressaltada esta condição, só operarão adequadamente mediante uma estratégia permanente de construção de capacidades, tornando natural a sua relação com instituições educativas, a qual permitirá elevar o potencial de formação e atualização do capital humano (IRACHETA CENECORTA, 2004 Apud Silva, 2013).

Suporte à participação pública e ao diálogo social. Os observatórios representam um valioso instrumento de incentivo e apoio à participação e intervenção da sociedade

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27

civil na análise e discussão de propostas, programas e ações, notadamente as de origem governamental. Segundo Rodríguez Rosell e Correyero Ruíz (2008, p.20) Apud Silva, 2013, “o observatório se constitui em um meio alternativo, autônomo e plural para o exercício, individual e coletivo, do direito fundamental de participação”.

Podemos encontrar na literatura, várias abordagens sobre os vários aspectos que os observatórios de CT&I podem apresentar, como forma de atuação, tipo e outros, muitas vezes até existem similaridades entre abordagens de diferentes estudiosos, por sua vez, YU et al. (2006), aborda as atividades técnicas em que os observatórios podem operar: desenvolvimento e produção de indicadores de CT&I; e Estudos relacionados à CT&I, tais como prospecção tecnológica, análises de cadeias produtivas e outros estudos, para assistir ao processo de tomada de decisão estratégica, tanto pública quanto privada. Com uma linha de raciocínio similar, todavia mais detalhada, Trzesniak e Santos (2014) apresentam quatro formas de atuação operacional dos observatórios, três típicas e uma eventual: observatório básico ou de primeira ordem; observatório integrador ou de segunda ordem; observatório de ordem zero; e observatório eventual, que realiza estudos e prospecção.

Através de todo conteúdo abordado até o presente momento, pode-se verificar a quantidade de funções que os observatórios de CT&I possuem e, muitos autores cientes dessa realidade, concordam, buscando entender e relacionar essas funções, Vessuri (2002),por exemplo, explica que entre as funções que eles apresentam, destaca-se o monitoramento do tamanho, crescimento ou diminuição da comunidade científica e tecnológica do país e o desenvolvimento de indicadores, que servem para auxiliar nos processos de tomada de decisão e nas análises estratégicas. Testa (2002) traz com outras palavras a mesma linha de raciocínio quando afirma que as funções dos observatórios devem ser: estabelecer bases de informação para permitir o surgimento de atividades em C,T&I em níveis local, regional, nacional e internacional, produzir informações para contribuir com a difusão do conhecimento e das atividades do sistema de inovação, gerar indicadores qualiquantitativos do sistema de inovação, produzir notícias com base nos indicadores, propiciar o fortalecimento da capacidade dos atores do sistema de inovação para estabelecer redes e alianças.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

É uma pesquisa de caráter exploratório, que busca familiariza-se com o problema estabelecendo as bases relevantes para a pesquisa (GIL, 2002). Nessa fase da pesquisa, foi

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28

realizada uma investigação em busca de documentos científicos como, relatórios, livros e artigos que corroboraram para o melhor entendimento das formas de atuação que os Observatórios de CT&I podem assumir.

A segunda etapa constou do processo de identificação dos observatórios para a análise que foi feito através de buscas por observatórios de C&T citados nos trabalhos de autores como Gusmão (2005), Trzeciak (2009) e outros pesquisadores do assunto, outra forma para encontra- lós foi utilizando os mecanismos de busca do Google, para tal, foram utilizados os descritores: “Observatório de Ciência e Tecnologia” para observatórios brasileiros e portugueses, e os termos: Observatory of Science and Technology, Observatorio de Ciencia y

Tecnologia, Observatoire des Sciences et des Technologies e Science and Technology Observatory, a fim de encontrar informações sobre estruturas desse tipo em outros países.

Após as buscas, partiu-se para a segunda fase da seleção dos observatórios. Nessa etapa verificou-se se os observatórios atendiam os seguintes critérios: ser efetivamente componente do segmento da CT & I; possuir a nomenclatura “Observatório” em sua descrição; e possuir site ativo na rede mundial de computadores (Internet). Foi decidido trabalhar com o número de 10 observatórios, assim, os primeiros 10 que atenderam aos critérios foram selecionados. A tarefa de selecionar os observatórios não foi simples, pois alguns observatórios que possuem informações na web, ou que foram mencionados por GUSMÃO (2005) e TRZECIAK (2009) estão com seus sites parcialmente ou totalmente desativados. Não houve limitações quanto a localização geográfica, bastava atenderem aos critérios estabelecidos. Feito isso, foram então selecionados os seguintes observatórios:

ONCTI (Venezuela) - (http://www.oncti.gob.ve/) OCyT (Colômbia) - (http://ocyt.org.co/es-es/) OT (Brasil) - (http://www.ot.ufc.br/)

AOSTI (Guiné Equatorial) - ( http://aosti.org) OIC - (Brasil) (http://oic.nap.usp.br/)

Observatórios Sesi/Senai/IEL (Brasil) - (http://www.fiepr.org.br/observatorios/) EITO (Alemanha) - (http://www.eito.com/)

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OST (Canadá) – (http://www.ost.uqam.ca/)

IO (Inglaterra) - (http://innovationobservatory.com/aboutus)

Em seguida, o estudo assume um caráter descritivo. Conforme Gil (2002) o estudo descritivo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Nessa segunda fase foram levantadas informações baseadas na autodescrição apresentada por eles em seus sítios web (através de itens como “quem somos”, histórico, missão, objetivos, linhas de atuação, atividades, entre outros). Essa análise será realizada de acordo com os critérios da tabela que segue:

Quadro 1. Critérios para análise dos observatórios

CRITÉRIO ASPECTOS OBSERVADOS

TIPOLOGIA SEGUNDO GUSMÃO (2005) Tipos: consócio; sob tutela absoluta do Ministério de C, T&I; de natureza fundamentalmente acadêmica; e núcleos de informação e documentação de agências governamentais do setor ou “Redes” ou estruturas de cooperação multilateral.

FORMAS DE ATUAÇÃO OPERACIONAL SEGUNDO TRZESNIAK E SANTOS (2014)

observatório básico ou de primeira ordem; observatório integrador ou de segunda ordem; observatório de ordem zero; e observatório eventual, que realiza estudos e prospecção

ATIVIDADES TÉCNICAS SEGUNDO YU et al. (2006)

desenvolvimento e produção de indicadores de C, T&I; e estudos relacionados à C, T&I, tais como prospecção tecnológica, análises de cadeias produtivas e outros estudos, para assistir ao processo de tomada de decisão estratégica, tanto pública quanto privada.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Onde estão alocados os observatórios

pesquisados.

ÂMBITO DE ATUAÇÃO local/regional, nacional e internacional.

AVALIAÇÃO DAS PÁGINAS WEB Levantamento do conteúdo dos sites

FONTES DE FINANCIAMENTO Por quem são financiados.

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30

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nessa parte do trabalho são apresentados os resultados da pesquisa realizada de acordo com os critérios estabelecidos na metodologia do trabalho. A sub-seção 4.1 mostra uma breve caracterização dos observatórios; a 4.2 aborda a localização dos observatórios; a 4.3 mostra as Tipologias em que os observatórios se enquadram; a 4.4 as formas de atuação operacional de cada observatório; a 4.5 as atividades técnicas; a 4.6 mostra os âmbitos de atuação; a 4.7 avalia as páginas web de cada observatório; a 4.8 discute as formas de financiamento; e a 4.9 o público alvo. A seção 5 apresenta as considerações finais.

4.1 Caracterizações dos Observatórios

Uma breve caracterização dos observatórios analisados é apresentada no Quadro a seguir. É possível observar que os selecionados para análise não são muito antigos e alguns deles bem mais recentes que outros, o mais antigo surgiu em 1990, entretanto a maioria teve sua criação entre 2004 e 2011, configurando a recente expansão dos observatórios de C T & I no mundo. Embora observatórios de um mesmo segmento, essas estruturas de pesquisas diferem no que diz respeito a missão, objetivos, forma e âmbito de atuação, alguns realizam seus trabalhos se detendo a uma problemática local/regional e outros concentram esforços na resolução de problemas de âmbito nacional, por exemplo.

Quadro 2. Caracterização dos Observatórios

NOME SIGLA ANO/CRIAÇÃO PAÍS DESCRIÇÃO OBSER0VATÓRIO

Observatório Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

ONCTI 2011 Venezuela

Trabalha buscando promover e reforçar o desenvolvimento científico e tecnologia, com impacto na política, produtiva, ambiental e social.

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31

Observatório Colombiano de Ciência e Tecnologia

OCyT 1999 Colômbia É uma associação civil de participação conjunta e privada, sem fins lucrativos, com seus próprios ativos organizada sob a lei colombiana no âmbito da Constituição e as regras da C&T Observatório Tecnológico OT 2006 Brasil O Observatório Tecnológico (OT)

realiza estudos das cadeias produtivas existentes no estado do Ceará.

Observatório africano de

ciência, tecnologia e inovação AOSTI 2005 Guiné

Equatorial Age como repositório continental da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI)

elaborando políticas baseadas em evidências na África.

Observatório de inovação e competitividade

OIC 2007 Brasil Desenvolve análises sobre o processo de inovação na economia brasileira, de forma integrada que possibilitasse a interlocução qualificada no Brasil e com parceiros internacionais e para debater prepositivamente sobre as medidas de política para a transformação da estrutura produtiva brasileira rumo à inovação e diferenciação de produto, rumo à economia do conhecimento.

Observatórios Sesi/Senai/IEL ----

2004 Brasil Fazem parte do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná e trabalhando no desenvolvimento de projetos de pesquisa, prospecção, difusão de novas tecnologias e articulação que visam o desenvolvimento industrial sustentável.

Observatório Europeu EITO 1993 Alemanha O EITO oferece serviços de pesquisa de mercado customizada e oferece suporte aos clientes com Concepção de inquéritos aos consumidores e negócios, elaboração de análises de mercado e estatísticas, execução de estudos de pesquisa de mercado complexo e consultoria, apresentações e workshops. Observatório de Ciência e

Tecnologia

OST 1990 França Trabalha na concepção de análise para o

desenvolvimento de estratégia sobre o ensino superior, investigação e inovação.

Observatório de Ciência e Tecnologia

OST 1997 Canadá Organização dedicada à medição da ciência, tecnologia e inovação (CTI). Parte do trabalho do Observatório consiste no desenvol vi men to e manuten ção de dados.

Observatório de Inovação IO

---

Inglaterra Observatório de Inovação é especializada em ajudar clientes a encontrar, caracterizar, capitalizar novas oportunidades de negócios

4.2 Localização

A maioria dos observatórios escolhidos para esse estudo possui sede em países da américa latina, houve a preocupação de ter nesse trabalho representantes da américa latina

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32

devido a necessidade de divulgar suas competências e os benefícios que podem proporcionar nessa região do continente americano. O levantamento bibliográfico realizado para subsidiar as reflexões sobre os observatórios de C T & I, objeto deste projeto, sinalizam que muitas das experiências bem-sucedidas de observatórios estão localizadas no continente europeu (SANTOS 2014, P. 11). As palavras do autor são a justificativa para o foco nos observatórios latinos americano.

Os países latinos americanos com observatórios nesse estudo são: Brasil com 3três observatórios e, Colômbia e Venezuela com um observatório cada, conforme mostra a imagem 1.

Figura 1. Países da américa latina onde os observatórios estão sediados.

Fonte: Metamorfose Digital (2012)

Os demais observatórios analisados estão sediados na Alemanha, Canadá, França, Inglaterra e guiné Equatorial, os sediados na Europa juntamente com o observatório canadense parte do grupo dos mais importantes e mais ativos, com maior visibilidade internacional, (GUSMÃO 2005). Um fato muito importante merece destaque a respeito do AOSTI, localizado no Guiné, pois se trata de um observatório que trabalha na intenção de mudar a realidade do continente africano com projetos que buscam amenizar problemas sociais bastante frequentes na região.

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33

4.3 Tipologias dos observatórios

Observatórios são reconhecidos pela diversidade tipológica e operacional (ALBORNOZ E HERSCHMANN, 2006), no que tange ao tipo, foram considerados os definidos por Gusmão (2005), que classifica os observatórios de C, T&I como sendo de uma dessas tipologias: consócio; sob tutela absoluta do Ministério de C, T&I; de natureza fundamentalmente acadêmica; e núcleos de informação e documentação de agências governamentais do setor ou “Redes” ou estruturas de cooperação multilateral. Os observatórios apresentados no Quadro I, foram estudados nessa perspectiva permitindo saber em qual tipologia se enquadram, se isso ocorre.

Encaixam-se no conceito de observatório tipo “consócio”, o francês (OST); o colombiano (OCYT); os observatórios Sesi/Senai/IEL do Brasil; o alemão (EITO) e o observatório de inovação da Inglaterra (IO). Trata de um tipo bem comum de observatório, pois são estruturas autônomas, que reúnem agências, ministérios, instituições de pesquisas entre outros, e prestam serviços tanto para instituições privadas quanto públicas, podendo se articular com os diferentes atores do sistema nacional de CT&I.

O observatório africano de ciência, tecnologia (AOSTI) e o venezuelano (OCTI) se encaixam nesse contexto como observatórios “sob tutela absoluta do Ministério de C&T”. As ações que eles desempenham estão exclusivamente ligadas ao governo; ligados diretamente as decisões políticas nacionais para o setor, os observatórios desse tipo ao contrário dos de tipo

“consócio”, possuem pouquíssima autonomia operacional e financeira.

Existem observatórios criados dentro de universidade, desenvolvidos em parceria com grupos de pesquisa das universidades de tutela, são os conhecidos como “de natureza

fundamentalmente acadêmica”. Dentre os observatórios dessa análise se enquadram nesse

conceito o canadense (OST), criado na universidade do Quebec por pesquisadores especialistas no desenvolvimento de análises e conclusões sobre indicadores cientométricos; o Observatório Tecnológico, criado por professores da Universidade Federal do Ceará (UFC); e o (OIC) que surgiu incialmente como um grupo de pesquisa interdisciplinar do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) para articular e desenvolver análises inéditas sobre o processo de inovação na economia brasileira. Os observatórios que

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34

se enquadram nesse tipo, por possuírem um maior distanciamento da esfera governamental, possuem uma certa liberdade no desenvolvimento de suas atividades.

Duas tipologias de Gusmão (2005), não representam nenhum dos observatórios estudados, as “redes” ou estruturas de cooperação multilateral, e os “núcleos de informação

e documentação de agências governamentais do setor”, devido um dos critérios de análise

ser, possuir a palavra “observatório” na nomenclatura, e esse tipo de observatório ter justamente ter a falta dessa palavra como característica principal.

4.4 Formas de atuação operacional

As formas de atuação foram analisadas tomando como base Trzesniak e Santos (2014) que apresentam quatro formas de atuação operacional dos observatórios, três típicas e uma eventual. Os classificados como “observatório básico ou de primeira ordem” são os que selecionam dados já coletados que sejam relevantes para o seu foco; o chamado “observatório

integrador ou de segunda ordem”, trabalha em cima de informações colhidas de observatórios

básicos, de modo a ampliar essencialmente a região (geográfica) abrangida; o “observatório de

ordem zero” é o que trabalha como provedor de dados primários, indo busca-los diretamente

em campo; e o “observatório eventual”, que realiza “estudos e prospecção”, esse tipo focaliza uma espécie de problema e trata de descobrir tudo sobre ele num determinado prazo.

Os observatórios em análise apresentam apenas duas formas de atuação das citadas pelos autores: básico ou de primeira ordem e de ordem zero. Nenhum deles atuam como observatório integrador ou de segunda ordem ou que realize estudos e prospecção, ou seja, nenhum deles obtém informações provenientes de outros observatórios e nem trabalham focando apenas um tipo específico de problema por vez, todos eles desenvolvem atividades paralelas e ou desenvolvem pesquisa sobre um mesmo assunto mas, o estudo é contínuo, o que muda são os aspectos do assunto, o que não caracteriza o observatório como realizador de estudos e prospecção.

Cinco dos observatórios foram classificados como básico ou de primeira ordem: OCyT, OT, AOSTI, OIC e OST (França). Todos eles buscam dados já coletados para desenvolverem seus estudos, tratam a informação e posteriormente oferecem aos tomadores de decisão em geral. Os outros cinco observatórios atuam buscando dados primários para suas análises: ONCTI, Observatórios Sesi/Senai/IEL, EITO, OST (Canadá) e o IO, esses são os

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35

que precisam buscar os dados que utilizam diretamente em campo, são os observatórios de ordem zero. Independente da forma como todos esses observatórios obtém os dados, todos tem desempenhado com maestria suas atividades, colaborando de forma efetiva para as pessoas, instituições e outros, em quem mantêm seus focos.

4.5 Atividades técnicas

As atividades técnicas dos observatórios podem ser classificadas segundo YU et al. (2006) em dois domínios: (1) desenvolvimento e produção de indicadores de CT&I; e (2) estudos relacionados à CT&I, tais como prospecção tecnológica, análises de cadeias produtivas e outros estudos, para assistir ao processo de tomada de decisão estratégica, tanto pública quanto privada.

De todos os observatórios, cinco se encaixam no domínio 1, ou seja, trabalham no desenvolvimento e produção de indicadores de C, T&I, o OCyT, o AOSTI, o OIC, o OST francês e o OST canadense. Podemos conhecer a respeito dos indicadores produzidos pelos respectivos indicadores:

OCyT- Produz indicadores em torno de seis áreas temáticas de pesquisa (investimento, recursos humanos, bibliometria, inovação e apropriação do conhecimento).

AOSTI- Trabalha na produção de indicadores sobre despesas em I & D; recursos humanos dedicados à I & D e normas para conduzir pesquisas sobre P & D e inovação.

OIC- O observatório desenvolveu um sistema de métricas de competitividade, que conta com 8 dimensões – contendo diversos indicadores cada, com o objetivo de estabelecer métricas de análise de competitividade entre países.

OST (França)- Produz indicadores de dois tipos:

 Indicadores de produção científica (medido por publicação)

 Indicadores sobre a participação na construção do Espaço Europeu da Investigação (medido pela participação em projetos de programa da Comissão Europeia da Investigação e desenvolvimento de enquadramento – FP)

OST (Canadá) – Se esforça na criação ou melhoria dos indicadores cienciométricos, através do desenvolvimento de novas análises e conclusões sobre esses indicadores, e por formação de novos especialistas.

(36)

36

Os outros cinco observatórios se classificam como de domínio 2, estudos relacionados à CT&I tais como prospecção tecnológica, análises de cadeias produtivas e outros estudos, a função do ONCTI é coletar, organizar, classificar, analisar e interpretar informações, a fim de contribuir para a definição de políticas públicas que promovam e fortalecem o desenvolvimento científico e tecnológico; o OT realiza estudos das cadeias produtivas existentes no estado do Ceará; os Observatórios Sesi/Senai/IEL desenvolvem projetos de pesquisa, prospecção, difusão de novas tecnologias e articulação que visem o desenvolvimento industrial sustentável; o EITO oferece informações sobre os mercados europeus e mundiais de tecnologia de informação, telecomunicações e produtos eletrônicos de consumo; e o IO é um observatório especializada em ajudar clientes a encontrar, caracterizar, capitalizar novas oportunidades de negócios.

4.6 Âmbitos de atuação

Na avaliação das áreas de atuação dos observatórios pesquisados: local/regional,OT nacional oncit ocyt e internacional aosti- constatou-se que a maioria, seis dos dez, atuam em âmbito internacional, dos outros quatro, dois desenvolvem suas atividades apenas em âmbito local/regional e outros dois atuam apenas nos países em que estão sediados.

Gráfico 1. Áreas de atuação dos observatórios

Fonte: dados da pesquisa (2015)

4.7 Avaliações das páginas web

Face à expansão mundial da internet, os sítios Web constituem uma das mais relevantes plataformas de comunicação, difusão e relacionamento dos observatórios (SILVA

(37)

37

et. al 2013, p, 9). O primeiro - e muitas das vezes único - contato de visitantes com os muitos observatórios se dá através da internet, assim pensando, essa parte da análise busca identificar as fortalezas e fraquezas dos observatórios em relação ao acesso à informações e relacionamento com o cliente. A análise privilegiou dois aspectos do site: informações gerais e relacionamento com o usuário, e foram classificados como: insatisfatório, pouco satisfatório, satisfatório e plenamente satisfatório.

Figura 2. Interface da página web- ONCTI

Quadro 3. Análise da página web do ONCTI

01 ONCTI

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Pouco satisfatório

Objetivos do observatório Satisfatório

Relatório e documentos técnicos Plenamente satisfatório Divulgação de notícias atualizadas Plenamente satisfatório

Agenda de atividades futuras Insatisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Insatisfatório

Telefone de contato Insatisfatório

Endereço eletrônico Insatisfatório

Equipe do observatório Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

(38)

38

Quadro 4. Análise da página web do OCyT

02 OCyT

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Plenamente Satisfatório Objetivos do observatório Plenamente Satisfatório Relatório e documentos técnicos Satisfatório

Divulgação de notícias atualizadas

Plenamente Satisfatório Agenda de atividades futuras Insatisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Plenamente Satisfatório Telefone de contato Plenamente Satisfatório

Endereço eletrônico Plenamente Satisfatório

Equipe do observatório Plenamente Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

(39)

39

Quadro 5. Análise da página web do OT

03 OT

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Satisfatório

Objetivos do observatório Satisfatório

Relatório e documentos técnicos Insatisfatório Divulgação de notícias atualizadas Pouco satisfatório

Agenda de atividades futuras Insatisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Insatisfatório

Telefone de contato Insatisfatório

Endereço eletrônico Pouco satisfatório

Equipe do observatório Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

(40)

40

Quadro 6. Análise da página web do AOSTI

04 AOSTI

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Satisfatório

Objetivos do observatório Satisfatório

Relatório e documentos técnicos Pouco satisfatório Divulgação de notícias atualizadas Pouco satisfatório

Agenda de atividades futuras Insatisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Plenamente satisfatório

Telefone de contato Insatisfatório

Endereço eletrônico Plenamente satisfatório

Equipe do observatório Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

(41)

41

Quadro 7. Análise da página web do OIC

05 OIC

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Plenamente Satisfatório Objetivos do observatório Plenamente Satisfatório Relatório e documentos técnicos Pouco satisfatório Divulgação de notícias atualizadas Insatisfatório

Agenda de atividades futuras Satisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Plenamente Satisfatório Telefone de contato Plenamente Satisfatório Endereço eletrônico Plenamente Satisfatório Equipe do observatório Plenamente Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

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42

Quadro 8. Análise da página web do Sesi/Senai/IEL

06

Sesi/Senai/IEL

Informações Gerais

Item Avaliação

Descrição do observatório Satisfatório

Objetivos do observatório Satisfatório

Relatório e documentos técnicos Satisfatório

Divulgação de notícias atualizadas Satisfatório

Agenda de atividades futuras Satisfatório

Relacionamento com o usuário

Item Avaliação

Formulário para contato direto Plenamente Satisfatório

Telefone de contato Plenamente Satisfatório

Endereço eletrônico Plenamente Satisfatório

Equipe do observatório Plenamente Satisfatório

Pesquisa de opinião Insatisfatório

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