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Antigo receituário, ou o caminho do meio?

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Academic year: 2021

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Antigo receituário, ou o caminho do meio?

Fonte: www.shutterstock.com

Índice

1. Ambiente Global...2

2. Brasil: Antigo receituário, ou o caminho do meio?...2

3. Fundo Mirae Asset MM Macro Strategy FI – Comentário do Gestor…...6

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O ano começou com um tom negativo nos mercados globais que renovaram as preocupações com o ritmo de desaceleração da economia chinesa, em um ambiente de novas tensões geopolíticas e perspectiva de mais elevações de juros na economia norte-americana.

Os dados mais recentes da China revelaram que a demanda externa do país está mais fraca e sugere quedas adicionais dos preços das commodities neste ano. O governo local continua empenhado em fazer uma transição gradual de modelo econômico, mas os desafios são grandes e não está descartada alguma volatilidade no meio do caminho. Esperamos que o crescimento do PIB desacelere de 6,8% em 2015 para 6,4% em 2016.

China: PMI Industrial (Índice)

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Mirae Asset (Brazil)

O crescimento da economia norte-americana seguirá em trajetória de aceleração neste ano. A robusta criação de vagas no mercado de trabalho deverá colocar a taxa de desemprego abaixo da natural nos próximos dois meses e gerará alguma pressão nos

deverá administrar com os próximos passos da política monetária.

Estados Unidos: Mercado de Trabalho

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Mirae Asset (Brazil)

Na Zona do Euro, os dados continuam positivos e corroboram o cenário de crescimento moderado da região. A inflação reage gradualmente, mas não justifica por ora, um aumento dos estímulos monetários do BCE.

Brasil: Antigo receituário, ou o caminho do meio? A substituição do Ministro da Fazenda Joaquim Levy por Nelson Barbosa e as notícias recentes que sinalizam a vontade do governo buscar um atalho para estimular a economia, inspiram cautela e dúvidas sobre como será conduzida a política econômica ao longo deste ano.

Na nossa visão, uma guinada à esquerda nos moldes do primeiro governo da presidente Dilma Rousseff é

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político. Ações neste sentido agravariam ainda mais o quadro econômico, portanto, parece mais razoável que o governo siga o caminho do meio, ainda que essa via seja insuficiente para reverter a recessão contratada para este ano.

Os poucos instrumentos disponíveis devem se concentrar no parafiscal, via crédito dos bancos públicos para setores específicos, também deveremos

observar algumas despesas discricionárias

aumentarem.

Dificilmente a meta de superávit primário deste ano será alcançada. A arrecadação deverá desacelerar ainda mais por conta da contração da atividade e as medidas que passaram por votação em 2015 são insuficientes para gerar o resultado esperado para este ano.

Superávit primário do governo consolidado (% do PIB)

Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: Mirae Asset (Brazil)

O retorno das atividades parlamentares terá a agenda ocupada pelo processo de impeachment da presidente

do segundo trimestre. A despeito da probabilidade de impedimento da presidente hoje ser residual, o espaço para implementar novas medidas fiscais será menor.

Ainda trabalhamos com um ajuste adicional da política monetária a ser iniciado na reunião deste mês. Não compramos um posicionamento mais dovish do Banco Central, tendo em vista a necessidade de manter o canal de expectativas ancorado para buscar o centro da meta em 2017.

A atividade continuará em desaceleração até o fim do primeiro semestre. Esperamos contração de 2,8% do PIB neste ano. Ainda não conhecemos todos os dados do último trimestre de 2015, mas os sinais são de potencial frustração após a surpresa negativa com a produção industrial de novembro. Vemos alguma estabilização da contração da atividade apenas na segunda metade do ano, com ajuda das exportações líquidas e recuperação moderada do consumo das famílias.

PIB (%)

Fonte: IBGE.

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ficar próxima do teto da meta. Os preços

administrados apresentarão importante

desaceleração, por conta das tarifas de energia elétrica e o risco de alta parece mais concentrado nos preços livres, seja pela inércia elevada de 2015, ou por uma nova rodada de depreciação cambial.

IPCA (%)

Fonte: IBGE.

Elaboração: Mirae Asset (Brazil)

Esperamos que o Banco Central promova mais três elevações de 0,50 p.p. da taxa Selic, levando para um patamar de 15,75% que julgamos necessário para assegurar o teto da meta em 2016 e centro da meta em 2017. Neste sentido, o BC terá espaço para voltar a cortar os juros na última reunião deste ano.

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2011 2012 2013 2014 2015 (p) 2016 (p) 2017 (p)

Atividade Econômica

Crescimento real do PIB (%) 2,7 1,0 2,3 0,1 -3,9 -2,8 0,5

Taxa de desemprego (% - média) 6,0 5,5 5,4 4,8 7,0 10,6 11,3

Taxa de desemprego (% - fim período) 4,7 4,6 4,3 4,3 9,0 12,5 10,0

Inflação IPCA (%) 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,5 4,6 IGP-M (%) 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 6,5 6,0 Taxa de Juros Selic (%) 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 15,25 12,00 CDI (%) 11,59 8,41 8,06 10,83 13,3 15,47 13,14 Setor Externo Câmbio (R$/ USD) 1,88 2,04 2,34 2,66 3,96 3,90 3,80

Balança Comercial (USD bilhões) 29,8 19,4 2,4 -3,9 19,6 35,0 45,0

Transações Corrente (USD bilhões) -52,5 -54,2 -81,1 -90,9 -65,0 -45,0 -35,0

Investimentos Diretos no país (USD bilhões) 66,7 65,3 64,0 62,5 65,0 60,0 55,0

Fiscal

Resultado primário (%/ PIB) 2,1% 1,9% 1,5% -0,3% -2,0% -0,8% 0,5%

(p): projeção

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Comentário do Gestor

O grande destaque do mês de dezembro foi a decisão do Comitê de Política Monetária (FOMC) do Banco Central Norte-Americano, o FED. O Comitê ratificou a expectativa do mercado e elevou a taxa básica de juros em 0,25%, em decisão unânime. Apesar da elevação e do fim da política de juros zero, o mercado recebeu bem a decisão e sem grandes solavancos que muitos analistas temiam. Mesmo com essa decisão, os comentários dos membros do FED seguiram com um tom bastante suave em relação ao ritmo de novas elevações. O mês ainda foi marcado pela preocupação relacionada à saúde da economia chinesa, pesando mais uma vez sobre as commodities, particularmente o preço do petróleo, que cederam para níveis próximos da crise de 2008.

No Brasil, a grande notícia foi a substituição do Ministro da Fazenda. Com a saída de Levy, o governo optou por uma solução caseira e transferiu o Ministro Nelson Barbosa da pasta do Planejamento para a Fazenda. Logo após sua posse, o novo Ministro convocou uma reunião com investidores para expor suas ideias e passar a mensagem que seguirá com o ajuste fiscal. O mercado não parece ter acreditado muito, uma vez que no passado Nelson Barbosa foi um dos responsáveis pelas políticas de expansão fiscal e creditícia. Além do novo Ministro, em dezembro vimos o Banco Central se mostrando mais preocupado com a inflação, levando o mercado a apostar em mais um ciclo de alta de juros.

Relativo à performance do fundo em dezembro, vale mencionar que conforme esperado no final do mês passado, as operações de arbitragem na curva de juros recuperaram grande parte das distorções, o que proporcionou ganhos significativos acima do CDI. Nossa posição direcional aplicada em juros também apresentou um pequeno ganho. Acreditamos em um moderado ciclo de alta de juros em 2016 e a parte intermediária da curva de juros apresenta um prêmio, o que justifica a nossa convicção para uma posição aplicada nesse segmento.

No livro de ações seguimos com nossas apostas no setor de bancos contra serviços financeiros, Long/Short no setor de celulose, Long/Short de Petrobras e Long no setor de Metalurgia. Também adicionamos uma posição de bancos contra seguradoras, acreditando que o atual valor das empresas de seguro não condiz com o retorno sobre seu patrimônio líquido. Montamos também uma carteira de concessionárias contra shoppings, dado que o cenário de consumo deve continuar fraco, atrapalhando o setor. O destaque negativo foi a operação de Petrobras e o positivo ficou por conta do Long/Short com as empresas produtoras de celulose. Esperamos que o resultado negativo de Petrobras seja revertido no início de janeiro, uma vez que houve uma escassez pontual no aluguel de PETR3 forçando muitos investidores a desmontar suas posições, o que distorceu ainda mais a relação com a PETR4.

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-5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

nov-13 abr-14 set-14 fev-15 jul-15 dez-15

Mirae Asset MM Macro Strategy FI CDI

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano 12 meses Acum. Fdo. 2015 1,16 0,88 1,12 1,51 1,59 -0,56 0,67 1,42 -2,89 2,80 1,18 2,34 11,69 11,69 31,88 %CDI 125 107 108 160 161 - 57 129 - 253 112 202 88 88 121 2014 1,04 1,49 1,15 1,34 1,33 0,93 0,82 1,48 1,70 1,54 0,76 1,03 15,64 15,64 18,08 %CDI 125 191 151 165 155 114 87 172 189 163 91 108 145 145 155 2013 - - - 2,11 2,11 - 2,11 %CDI - - - 270 270 - 270

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Dezembro - 2015 1,16% 1,24% 0,50% 0,23% 0,00% 0,00% -0,02% -0,16% -0,61% 2,34% -0,1% 0,4% 0,9% 1,4% 1,9% 2,4% 2,9% 3,4% CD I Tr av a Ju ro s Tr av a de In fla çã o D ir ec io na l J ur os D I M oe da s O ut ro s D ir ec io na l B VS P Lo ng & Sh or t Cu st os TO TA L YTD - 2015 13,23% 4,47% 1,89% 0,25% -0,02% -0,09% -0,13% -1,26% -1,59% -5,05% 11,69% 0% 5% 10% 15% 20% 25% C D I Tr av a Ju ro s Tr av a de In fl aç ão D ir ec io na l B VS P O ut ro s M oe da s Lo ng & Sh or t D ir ec io na l J ur os D I In fl aç ão Im pl íc it a C us to s TO TA L Atribuição de Performance

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Desde o início (29/11/2013) 26,44% 14,02% 2,22% 1,89% 0,94% 0,94% -0,13% -1,17% -1,83% -11,44% 31,88% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% C D I Tr av a Ju ro s D ir ec io na l J ur os D I Tr av a de In fl aç ão D ir ec io na l B V SP O ut ro s Lo ng & Sh or t In fl aç ão Im pl íc it a M oed as C us to s TO TA L

Mirae Asset Global Investments (Brazil)

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As informações contidas neste relatório foram produzidas pela Mirae Asset Global Investments (Brazil) com o objetivo exclusivo de fornecer informações e projeções macroeconômicas. Este relatório não deve ser entendido como instrumento de comercialização, reprodução, participa ção em estratégia de negócios ou compra/venda de ativos financeiros. As fontes são consideradas confiáveis e de boa fé, mas nenhuma representação ou garantia é dada acerca de sua exatidão, integralidade ou precisão.A Mirae Asset (Brazil) não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Este documento não deve ser utilizado em substituição ao exercício de julgamento próprio do leitor. Todas as opiniões e estimativas contidas constituem nosso julgamento relevante nesta data e estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. . Fundos de investimento não contam com a garantia da instituição administradora, do gestor da carteira ou do FGC - Fundo Garantidor de Créditos. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. Ao aplicar seus recursos é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do Fundo. Este fundo poderá apresentar perdas de capital investido em decorrência da sua política de investimento. Este fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos de renda variável d e poucos emissores, com os riscos daí recorrentes. Este fundo utiliza estratégias que podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. Não há garantia de que este fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo. Conforme o regulamento o fundo apresenta taxa de administração mínima de 1,50% a.a. e máxima de 1,75% a.a.

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