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História da Qualidade

Prof. José Jorge Dias

Departamento de Ciências Exatas

Universidade Federal da Paraíba

(2)

História da Qualidade

• Qualidade não é de hoje

• No início para sobreviver

– Preparava com a qualidade dos alimentos que extraia da natureza

– Na agricultura, se preocupava com a qualidade do que plantava e colhia

– Se preocupava com a qualidade das pedras que serviam para cortar carne e plantas

(3)

História da Qualidade

• A qualidade dos produtos oferecidos aos

clientes não é recente

(4)

História da Qualidade

• Há mais de 4 mil anos

atrás

– não existiam

instrumentos de

precisão nem técnicas sofisticadas

– egípcios criaram um padrão de medida: o

(5)

História da Qualidade

• Os bastões produzidos

deveriam ter a mesma

medida do cúbito

– Verificado pelo responsável da construção

(6)

História da Qualidade

• O rigor e

preocupação com a qualidade

fez

com que as pirâmides, por exemplo,

apresentassem uma

precisão

na ordem de

0,05%.

(7)
(8)

História da Qualidade

• China, séc. 11 a.C. – séc. 8 a.C.,

– leis e decretos assim estipulados:

"É proibido colocar à venda utensílios, carros,

tecidos de algodão e de seda cujas as dimensões ou requisitos da qualidade não atendam às

(9)

História da Qualidade – Era da

Inspeção

• Até o século XVII - Artesanato

– O homem controlava todo o processo de produção: concepção, projeto, matéria-prima, fabricação e

controle da qualidade

– O foco era a qualidade do produto e não do processo produtivo

– Surgimento do mercado

• Comercialização do produto diretamente para o consumidor • Proximidade entre produtor e consumidor permitia o

feedback sobre a qualidade do produto

• Produto verificado (inspecionado) pelo produtor e cliente • O consumidor sabia o que esperar (não havia quebra de

(10)

História da Qualidade – Era da

Inspeção

• Com o crescimento do mercado, os artesãos não

davam mais conta da produção

– Contratação de aprendizes

– Artesãos mestres forneciam ferramentas, matéria-prima e conhecimento

• Inspeção era realizada

informalmente

pelo

mestre ao final da produção

– Alta qualidade no produto e alta satisfação dos clientes

– Alta variabilidade nos produtos – Baixa produtividade

(11)

História da Qualidade – Era da

Inspeção

• Meados do século XVII - Surgimento do

ambiente industrial

– Crescimento do comércio europeu – Surgimento das manufaturas

• Comerciante dava emprego a um conjunto de artesãos

– Divisão do trabalho

– Produção em massa pelos artesãos

• Diminuição do valor do produto e ampliação do mercado para classes mais baixas

(12)

História da Qualidade – Era da

Inspeção

• 1763 – James Watt torna viável a máquina de

vapor

• Alavancou a Revolução Industrial • Nascimento das fábricas

(13)

Revolução Industrial

• Início no século XVIII

• Mecanização do

sistema de produção

• Busca por maiores

lucros, menores

custos e produção

acelerada

• Maior demanda

(14)

Revolução Industrial

• Distanciamento entre produtor e consumidor

– Primeiros problemas com a qualidade dos produtos – Diminuição na variabilidade dos produtos

• O trabalho é rotineiro e padronizado

• O trabalhador perde o contato com o cliente e

com a visão global dos objetivos da empresa

• Surgem supervisores para controlar as atividades

de produção, escolha da matéria-prima e seleção

dos produtos

(15)

Revolução Industrial

• Os artesãos deram lugar aos operários não

especializados

– Realizam as tarefas determinadas pelo supervisor

• O conhecimento passou a ser propriedade da empresa • Diversas indústrias criadas

– Concorrência entre elas

– Busca por processo de melhoria contínua – Diferencial competitivo (sobrevivência)

• A quantidade de falhas, de desperdício e de acidentes de trabalho era elevada

– Não havia preocupação com este custo e por isso não era medido

(16)

Primeira Guerra Mundial

• Aumento da demanda de

material bélico

– Falta de qualidade significava falta de segurança – Criação da inspeção – Inspetores examinavam 100% dos produtos

liberados pela produção

(17)

Indústria automobilística

• Início do século XX

– Produção em massa

(18)

Indústria automobilística

• 1913: Henry Ford

– Divisão de tarefas especializadas

• Recrutar mão de obra não qualificada da região rural

• Treinamento da mão de obra

– Redução dos preços dos carros devido a produção em massa

– Requer uma contínua supervisão e rigorosa

(19)

Indústria automobilística

• A empresa Ford, passou

de 1908 até 1927

produzindo um único

modelo de automóvel:

Ford T

– Única cor: preta

– 15 milhões de unidades vendidas

– Quebrou o mito de que carro era apenas para a alta sociedade

– Padronizou as medidas de todas as peças

(20)

Indústria automobilística

• Na produção artesanal de um automóvel, o

artesão recolhia todas as peças e ferramentas

que precisava, executava o ajuste a montagem de

todo o veículo, verificando no final o resultado.

– Não havia necessidade de outra pessoa para inspecionar

• Na produção em massa, o operário da linha de

produção tem apenas uma tarefa

(21)

Era do controle estatístico

• Com a produção em massa, tornou-se

impraticável inspecionar a totalidade de

produtos

– Introdução da estatística como ferramenta da indústria

– Controle Estatístico da Qualidade (CEQ)

• Técnicas de amostragem • Utilização dos lotes

(22)

Era do controle estatístico

• 1931: Walter A. Shewhart deu pela primeira vez o

caráter científico à pesquisa (Economic Control of Manufactured Product)

• Processo como combinação de fatores (equipamentos, recursos humanos, metodologia, ferramentas e matéria-prima)

• Para mudar as características do produto deve-se alterar alguns desses fatores, caracterizando um novo processo

• Esta análise ficou conhecida como CEP (Controle Estatístico de Processo) originando as cartas de controle

– Problemas de produção podiam ser identificados com o uso dessas cartas de controle

(23)

Era do controle estatístico

• Gráfico de Shewhart

(24)

Era do controle estatístico

• Durante os anos 30 e 40, muitas empresas

implementaram métodos de controle

estatístico da qualidade

– Renomearam seus tradicionais “departamentos de inspeção” como “departamentos de controle de qualidade”

• Shewhart também introduziu o conceito de

ciclo de melhoria contínua

– Execução cíclica e sistemática de quatro etapas na análise de um problema

(25)
(26)

Era do controle estatístico

• PDCA

– Plan

• Planeja a abordagem a ser dada, define-se as variáveis a serem acompanhadas e treinam-se os profissionais

envolvidos

– Do

• O processo é acompanhado e medidas são coletadas

– Check

• Verificação dos dados coletados e análise dos problemas identificados

– Act

(27)

Surgimento dos departamentos de

qualidade

• À medida que as indústrias aumentavam de

tamanho e de sofisticação, a responsabilidade

pela qualidade diluía-se nos diversos órgãos

especializados

– O departamento de engenharia era responsável pelas especificações dos produtos e pelos critérios de aceitação

– A produção se encarregava da fabricação e a inspeção

(28)

Surgimento dos departamentos de

qualidade

• Apesar do envolvimento dos diversos setores das empresas na busca de qualidade em seus produtos,

faltava uma coordenação central

• “a qualidade, que era um trabalho de todo mundo,

acabava sendo um trabalho de ninguém” (Armand V.

Feigenbaum, livro Quality Control)

– Criação de um departamento exclusivo de qualidade – Ajudar e incentivar os demais setores no controle da

qualidade (foco)

– Mudar a ênfase da correção para prevenção de defeitos (fazer certo da primeira vez)

– Em 1961 apresentou Controle da Qualidade Total (TQC –

(29)

Era da garantia da qualidade

• Guerra Fria

– Qualidade ganha uma nova dimensão

• Estudos mostravam que os problemas da falta de qualidade eram causados em 80% dos casos por

falhas gerenciais e não por falhas técnicas

– As empresas sempre se preocuparam com a qualidade no "chão de fábrica“

– Os grandes problemas surgiam das falhas de comunicação

entre os diversos órgãos da empresa e entre diversos níveis hierárquicos

(30)

Era da garantia da qualidade

• A garantia da qualidade

assegura ao cliente

que o

fornecedor tem a

capacidade de atender

a todos

os requisitos técnicos e organizacionais

– exigidos nas normas e nos contratos de fornecimento

• Para se conseguir a verdadeira garantia de

qualidade de um produto, o controle deve

começar pelo seu projeto, estender-se à sua

entrega e terminar quando o usuário demonstrar

satisfação

com o uso do produto

• A garantia da qualidade está ligada, portanto, a

uma

transação comercial

entre duas partes.

(31)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Começou a ser consolidada na década de 60,

expandindo o controle de qualidade para toda

a fábrica

• Envolve de maneira sistêmica todos os órgãos

da empresa,

– passando pelo marketing, projeto,

desenvolvimento, aquisição, fabricação, inspeção e testes, expedição, instalação e assistência

(32)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Ênfase no cliente

– centro das atenções das organizações que dirigem seus esforços para satisfazer às suas necessidades e expectativas

• Toda a empresa é responsável pela qualidade

– Todos os setores e todos os funcionários

– É necessário definir de forma clara e objetiva como será a participação de cada setor/funcionário

• Melhorar a qualidade do produto ou serviço,

qualidade do processo e qualidade de vida na

organização

(33)

Era da Qualidade Total (TQC)

• A qualidade, então, passou a ser encarada não é

apenas com estar em conformidade com as

especificações

– o que era uma visão tradicional, na qual predominava a atividade de inspeção

• A qualidade teria de ser embutida no produto ou

serviço desde o começo, a partir dos desejos e

interesse do cliente

– Capacidade do produto desempenhar bem suas funções

(34)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Quatro movimentos distintos surgiram em

relação a qualidade

– Custos da qualidade

– Engenharia da confiabilidade – Programas motivacionais

• Zero defeito

(35)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Custos da qualidade

– Custos relacionados a garantia da qualidade – Falta de quantificação para tomada de decisão – Custos evitáveis: defeitos e falhas no produto

(36)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Engenharia da Confiabilidade

– Origem na indústria aeronáutica

– Construção de sistemas complexos na era espacial e nuclear

– Técnicas:

• Análise de efeito e modo de falha

– Revisão lógica de quais componentes pode vir a falhar

• Análise individual

– Análise de cada componente do sistema

• Redundância

– Utilização de componentes em paralelo no sistema, caso um falhe o outro resolve

(37)

Era da Qualidade Total (TQC)

• Programas motivacionais

– Zero defeito

• Programa de motivação

• A motivação dos trabalhadores está ligada a eliminação dos defeitos

– Círculos de controle de qualidade

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Era da Gestão Estratégica da Qualidade

• A qualidade não está relacionada apenas ao produto ou serviço

• A qualidade não é responsabilidade apenas do departamento de qualidade

– Todos devem ter responsabilidade para garantir a qualidade dos produtos e serviços

– A qualidade é encarada de forma sistêmica, integrada as máquinas, ações de pessoas, informações...

• O objetivo maior é a satisfação do cliente e ao mesmo tempo garantir os interesses econômicos da empresa] • “produto ou serviço é realizado por um par de mãos

humanas”

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Era da Gestão Estratégica da Qualidade

• O surgimento das Normas ISO

– Criada em 1947, é uma organização internacional, sem fins lucrativos

– Participam 132 países

– Organizado em comitês técnicos que normalizam cada setor da economia

– A ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) é o comitê brasileiro de qualidade

• Representante do Brasil na ISO

• Responsável pela tradução das normas ISO para português

(40)

Histórico do conceito da qualidade -

Resumo

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Referências

• Aildefonso, E. C. Gestão da Qualidade. Centro

Federal de Educação Tecnológica do Espírito

Santo, 2006.

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