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Sociedade em Conta. de Participação

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Academic year: 2021

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arlindo luiz rocha Júnior

Contabilista, Bacharel em Ciências Contábeis, Consultor, palestrante Tributário e instrutor da IOB Educação, com especializações nos seguintes temas e tribu-tos: Comércio exterior de serviços e intangíveis, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Física, CSLL, Cide Royalties, PIS/Pasep e Cofins, Incentivos fiscais, Contabilidade internacional e Legislação Societária. Autor da 1ª e 2ª edições do livro Siscoserv, Coautor do Livro Retenção de Tributos Federais no eSocial (IRRF, PIS/Pasep, Cofins, CSLL) e Coautor da 1ª e 2 ª edição do Livro Holding - Aspec-tos Contábeis, Societários e Tributários.

elaine criStina de arauJo

Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco. Consultora de Imposto de Renda, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, Contabilidade e Legislação Societária da Con-sultoria IOB Sage. Coautora do livro Holding – Aspectos Contábeis, Societários e Tributários. Coautora do Manual Prático das Obrigações Acessórias junto ao Fisco Federal.Coautora de Créditos do PIS/Pasep e da Cofins. Coautora do Guia do PIS/Pasep e da Cofins- 1ª e 2ª edições. Autora de artigos e estudos sobre temas tributários.

Katia luiza nobrede Souza

Advogada. Contabilista. Especialista em Direito Tributário pelo IBET/SP. Consul-tora de Imposto de Renda, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, PIS, Co-fins, Contabilidade e Legislação Societária. Coautora de Créditos do PIS/Pasep e da Cofins - 1ª edição. Coautora da 1ª e 2 ª edição do Livro Holding - Aspectos Contábeis, Societários e Tributários.

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APRESENTAÇÃO

A Sociedade em Conta de Participação tem um aspecto muito interessante, pois advém da união de pessoas físicas e/ou pessoas ju-rídicas com interesse em comum, mas sem as formalidades de cons-tituição a que estão sujeitas as demais sociedades.

Contudo, nem todos os sócios aparecem perante terceiros, sendo nomeado um sócio ostensivo ou mais, para realizar os negócios desta sociedade e representá-la legalmente perante os órgãos competentes.

O fato desta sociedade não adquirir personalidade jurídica não a dispensa das obrigações principais e acessórias previstas no Código Tributário Nacional.

Analisando tais dados e em decorrência da grande quantidade existente desse tipo de sociedade, desenvolvemos este trabalho para trazer ao conhecimento das pessoas interessadas uma fonte sucinta de informações.

A abrangência desta obra está voltada para os aspectos societá-rios, contábeis e tributários.

Abordamos a constituição da SCP, como é conhecida, demons-trando o modelo do contrato social, que apenas produz efeitos entre os sócios, e os trâmites para sua inscrição na Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Avaliamos a polêmica que envolve a inscrição da SCP no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), desde a sua obrigatoriedade.

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No que tange ao aspecto contábil, a SCP se sujeita à avaliação de investimento pelo custo de aquisição ou pelo método de equiva-lência, assim como a Holding, já abordada em oportunidade anterior. Indicamos as demonstrações contábeis a que a sociedade está sujeita, para nortear os leitores.

Em relação à tributação, nos pautamos na Instrução Normativa SRF nº 179/1987 que, apesar de muito antiga, continua vigente, em convergência com a legislação que trata do IRPJ, da CSLL, do PIS/ Pasep e da Cofins.

Afinal, pode a Sociedade em Conta de Participação optar pelo Simples Nacional?

Uma dúvida que assombra os interessados, mas que possui uma solução.

Destacamos as obrigações acessórias a que a SCP está sujeita, tais como a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e a EFD-Contribuições.

Portanto, o objetivo desta obra é detalhar e simplificar a Socie-dade em Conta de Participação.

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SUMÁRIO

ApresentAção ... 5 CApítulo 1 - Introdução ... 13 1.1. Aspectos gerais ... 13 1.2. Características ... 14 1.3. Aspectos contábeis ... 15 1.4. Aspectos tributários ... 16

CApítulo 2 - AspeCtos soCIetárIos ... 17

2.1. Classificação da Sociedade em Conta de Participação ... 17

2.2. Personalidade ... 20

2.3. Personalidade Jurídica ... 22

2.4. Sociedade em Conta de Participação - Sociedade desperso-nalizada ... 25

2.5. Elementos essenciais de um negócio jurídico ... 27

2.5.1 Defeitos do negócio jurídico ... 30

2.6. Natureza jurídica ... 30

2.7. Conceito da Sociedade em Conta de Participação ... 32

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2.8.1. Admissão de sócios ... 36

2.8.2. Sócios estrangeiros ... 36

2.8.3. Saída de sócio ... 40

2.8.4. Responsabilidade perante terceiros ... 42

2.9. Objeto social ... 43

2.10. Razão social ou firma ... 45

2.11. Patrimônio especial ... 45

2.12. Participação nos lucros ou prejuízos ... 47

2.13. Administração da SCP ... 47

2.14. Prazo de duração da SCP ... 50

2.15. Término da SCP ... 50

2.16. Obrigação acessória: Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ... 50

2.16. Modelo de contrato social ... 56

CApítulo 3 - ContAbIlIdAde - soCIedAdesem ContAde pArtICIpAção (sCp) ... 61

3.1. Introdução ... 61

3.2. Integralização de capital ... 62

3.2.1. Contabilização do aporte de capital na SCP (sócio ostensivo e sócio oculto) ... 62

3.2.2. Contabilização do recebimento do aporte de capital pelas SCP ... 63

3.3. Tratamento contábil das operações realizadas pela SCP ... 63

3.3.1. Introdução ... 63

3.3.2. Negócios em conjunto ... 63

3.3.2.1. Introdução ... 63

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3.3.2.2.1. Contabilização de operações

em conjunto... 65

3.3.2.2.2. Exemplo ... 66

3.3.2.3. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ... 77

3.3.2.3.1 Exemplo ... 79

3.3.2.3.2 Glossário para identificação do tipo de negócio realizado ... 82

3.3.3. Escrituração da SCP dentro dos livros do sócio os-tensivo ... 83

3.4. Notas explicativas sobre os investimentos realizados em SCP ... 84

3.4.1 Exemplos ... 86

3.5. Conjunto das demonstrações contábeis ... 87

CApítulo 4 - dIstrIbuIçãode luCros - sCp ... 89

4.1. Introdução ... 89

4.2. Lucros distribuídos com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013 ... 90

4.3. Lucros apurados no ano-calendário de 2014 ... 91

4.3.1. Optante pela Lei nº 12.973/2014 ... 91

4.3.2. Não optante pela Lei nº 12.973/2014 ... 92

4.4. Lucros distribuídos pelas SCP com base nos resultados apu-rados a partir de 1º de janeiro de 2015 ... 92

4.5. Cálculo dos lucros das SCP tributadas pelo lucro presu- mido ... 92

4.5.1. Distribuição com base na presunção ... 93

4.5.2. Distribuição com base no lucro apurado pela conta-bilidade ... 93

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4.7. Tratamento contábil dos lucros apurados pelas SCP ... 99

4.8. Aspectos legais e normativos ... 100

CApítulo 5 - trIbutAção - soCIedAde em ContA de pArtICIpAção (sCp) ... 107

5.1. Introdução ... 107

5.2. Disposições do Decreto nº 3.000/1999 (Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999) ... 107

5.3. Normas de tributação conforme a Instrução Normativa SRF nº 179/1987 ... 108

5.4. Nota à utilização das soluções de consulta ... 111

5.5. Da tributação ... 111

5.5.1. Lucro real ... 112

5.5.1.1. Prejuízo fiscal apurado pela SCP ... 116

5.5.1.2. Saldo negativo ... 116

5.5.2. Lucro presumido ... 116

5.5.3. A SCP e a opção pelo lucro presumido ... 121

5.5.4. Ato Declaratório Normativo CST nº 01/1980 - Retenção ... 122

5.6. PIS/Pasep e Cofins ... 122

5.6.1 Receitas financeiras - Decreto nº 8.426/2015 ... 123

5.7. Responsabilidade do sócio ostensivo ... 125

5.8. Recolhimento dos tributos ... 125

5.9. Opção pelo Simples Nacional ... 126

5.9.1. Sociedade de Propósito Específico (SPE) - Vedação à participação no capital de outra pessoa jurídica - Sociedade em Conta de Participação (SCP) ... 128

5.10. Lucros advindos da SCP - Avaliação pelo custo de aquisição ou pelo Método de Equivalência Patrimonial ... 128

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5.10.1. Custo de aquisição ... 129

5.10.2. Método de Equivalência Patrimonial ... 129

5.11. Rendimentos pagos pela SCP - Distribuição de lucros ... 130

5.12. Ganho ou perda de capital - Alienação do investimento em SCP ... 130

5.13. Mais de um sócio ostensivo ... 131

5.14. Escrituração das operações... 132

5.15. O pool hoteleiro ... 132

5.16. Sociedade em Conta de Participação e incentivo fiscal de dedução do IR ... 134

5.17. Pessoa jurídica participante de Sociedade em Conta de Participação e o Padis ... 135

5.18. Cisão ou incorporação... 135

5.19. Investimento no capital da SCP - Tratamento ... 136

5.20. Planejamento tributário ... 136

5.20.1 Planejamento ilícito das Sociedades em Conta de Participação ... 137

CApítulo 6 - obrIgAções ACessórIAs - soCIedAde em ContA de pArtICIpAção (sCp) ... 139

6.1. Obrigações acessórias ... 139

6.2. EFD-Contribuições ... 139

6.2.1. Orientações sobre a EFD-Contribuições ... 140

6.3. Escrituração Contábil Fiscal (ECF) ... 142

6.3.1. Orientações sobre a ECF ... 142

6.4. Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) ... 144

6.5. Escrituração Contábil Digital (ECD) ... 144

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6.6. Dirf ... 149

6.7. Dimob ... 149

6.8. PER/DComp ... 150

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Capítulo 1

INTRODUÇÃO

1.1. Aspectos gerais

A Sociedade em Conta de Participação (SCP) é um tipo societá-rio previsto no Código Civil (Lei nº 10.406/0002), artigos 991 a 996. A sua principal característica é de ser uma sociedade não perso-nificada, na qual a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos re-sultados correspondentes.

Assim, somente o sócio ostensivo obriga-se perante terceiros, e o sócio participante (sócio oculto) responderá tão somente nos ter-mos, nos limites e nas condições firmados no contrato social perante o sócio ostensivo.

A Sociedade em Conta de Participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.

Em relação ao contrato social, este produz efeito somente en-tre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento no Registro Público de Títulos e Documentos não confere personalidade jurídica à sociedade, posto que prevalece a sua natureza de sociedade desper-sonificada, ou seja, não tem personalidade jurídica.

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A contribuição financeira do sócio participante constitui, jun-tamente com a do sócio ostensivo, o patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais, o qual produz efeitos somente em relação aos sócios da SCP.

Ressalvada estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.

Aplica-se à SCP, subsidiariamente e no que com ela for compatí-vel, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pe-las normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. Considerada como sociedade secreta, despersonalizada e provi-sória, o artigo 1.162 do Código Civil determina expressamente que “a sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denomi-nação”, ou seja, não pode adotar nome empresarial.

1.2. Características

A SCP possui características específicas, as quais destacamos a seguir:

a) não possui personalidade jurídica própria, nem autonomia patrimonial;

b) é uma sociedade oculta, pois atua por intermédio de seu sócio ostensivo em nome individual ou como sociedade mercantil; c) não se obriga como pessoa jurídica individualizada, mas,

sim, na pessoa de seu sócio ostensivo, que se responsabiliza perante terceiros, e perante o qual, por sua vez, se obrigam os participantes (sócios ocultos);

d) não possui firma, denominação social ou sinal aparente que a distinga;

e) não possui capital nem patrimônio social definidos, o que não impede os sócios (ostensivos e participantes - ocultos) de constituírem fundos sociais;

f) não possui sede ou domicílio especial, podendo, a critério dos sócios, ser convencionado um local para servir de sede, bem como foro de eleição para efeitos judiciais;

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g) não se acha sujeita às formalidades previstas em lei (con-trato por escritura pública ou particular e registro na Junta Comercial), mas sua existência pode ser comprovada por todos meios de provas admitidas nos contratos comerciais; h) não possui legitimação ad causam ou ad processum para

es-tar em juízo (ativa ou passivamente);

i) não pode ser declarada falida, já que esse instituto se aplica somente ao sócio ostensivo;

j) a liquidação limita-se a uma simples prestação de contas (amigável ou judicial).

A propósito do capital e do patrimônio social, vale ressaltar que os mesmos deverão se apresentar de forma destacada no balan-ço patrimonial do sócio ostensivo, já que a SCP se opera por meio deste.

Frise-se que o contrato não é passível de registro em Junta Co-mercial e não conferirá personalidade jurídica à sociedade, mas po-derá ser registrado no Registro Público de Títulos e Documentos para salvaguardar os direitos dos contratantes.

1.3. Aspectos contábeis

Em relação ao tratamento contábil das operações da SCP, ob-jetivamos abordar de forma clara a aplicação das técnicas contábeis para estas sociedades, com a exposição de exemplos práticos de lan-çamentos contábeis, estrutura das demonstrações financeiras e ava-liação das formas de apuração e reconhecimento dos resultado.

A contabilidade fornece informações que servem para tomadas de decisões e suporte para operações societárias, tributárias, cíveis, gerenciais e até mesmo para atender os stakeholders, que são as partes interessadas do negócio, como: instituições financeiras, fornecedo-res, sócios, entre outros.

A sociedade em conta de participação é uma sociedade com procedimentos peculiares como a sua forma de constituição. Dian-te destas particularidades, surge a dúvida sobre a aplicação da

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contabilidade na SCP. A contabilidade tem como objetivo identificar, mensurar e comunicar os eventos econômicos de uma entidade e sua aplicação independe do regime societário e as Sociedades em Conta de Participação (SCP) devem ter contabilidade.

1.4. Aspectos tributários

Para fins tributários, a Sociedade em Conta de Participação está sujeita à mesma tributação das pessoas jurídicas, ou seja, ela fica equiparada e deve observar um dos regimes de tributação existentes na legislação brasileira.

Assim, pode optar pelo Lucro Presumido, caso não seja obri-gada a tributar com base no lucro real, conforme as disposições do artigo 14 da Lei nº 9.718/1998.

A SCP não pode optar pelo Simples Nacional, desde que parti-cipe do seu capital outra pessoa jurídica.

Algumas restrições também são abordadas no Capítulo de tri-butação sobre o Simples Nacional.

Outro ponto importante é em relação às obrigações acessórias a que a Sociedade em Conta de Participação está sujeita, que foram abordadas em capítulo específico.

Assim, neste capítulo mapeamos os aspectos que serão aborda-dos ao longo deste livro sobre a Sociedade em Conta de Participação.

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Capítulo 2

ASPECTOS

SOCIETÁRIOS

2.1. Classificação da Sociedade em Conta de Participação

O Código Civil - Lei nº 10.406/2002 - prevê tais tipos jurídicos de sociedades: Sociedade em Comum (artigos 986/990); Sociedade em Conta de Participação (artigos 991/996); Sociedade Simples (arti-gos 997/1.038); Sociedade em Nome Coletivo (arti(arti-gos 1.039/1.044); Sociedade em Comandita Simples (artigos 1.045/1.051); Sociedade Limitada (artigos 1.052/1.087); Sociedade em Comandita por Ações (artigos 1.090/1.092, além dos dispositivos da Lei nº 6.404/1976); Sociedade Cooperativa (artigos 1.093/1.096, além dos dispositivos da Lei nº 5.764/1971); Sociedade Anônima (artigos 1.088 e 1.089, além dos dispositivos da Lei nº 6.404/1976). De todas as sociedades reguladas no atual Código Civil, sete são tipos jurídicos que normal-mente dão forma às sociedades empresárias; e duas, às sociedades de natureza simples (não empresárias, tais como as sociedades simples e as sociedades cooperativas. Vale notar que o registro dos atos consti-tutivos das sociedades cooperativas deve ser feito na Junta Comercial dos Estados em que elas estiverem sediadas. Embora, de acordo com a regra, o arquivamento de atos constitutivos de sociedades simples deva ser realizado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o disposto não se aplica no caso específico de Sociedade Cooperativa, mesmo

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sendo ela uma Sociedade Simples - Lei nº 5.764/1971, artigo 18 ; Lei nº 10.406/2002 - Código Civil, artigo 1093 e 1096).”

Diante das modalidades apresentadas, as sociedades podem ter personalidade jurídica e se constituírem na forma de:

• sociedades empresárias (inscritas no Registro Público de

Empresas Mercantis ou Junta Comercial) - cuja finalidade é a obtenção de lucros e possuindo capacidade para deter o patrimônio próprio; ou

• sociedades simples (registrada no Registro Civil das Pessoas

Jurídicas ou Cartório de Títulos e Documentos) - cuja fi-nalidade também é a persecução de lucros - inexiste pes-soa jurídica dessa categoria com fins filantrópicos ou pios -, este é um critério insuficiente para destacá-la da Sociedade Simples.

São sociedades formadas por pessoas que exercem profissão in-telectual (gênero) de natureza científica, literária ou artística (espé-cies), mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa - artigo 996 do Código Civil.

O que, de fato, irá caracterizar a pessoa jurídica como sociedade simples ou sociedade empresária será o modo de explorar seu objeto. Assim, o objeto social explorado sem o requisito da empresarialidade (isto é, sem, profissionalmente, organizar os fatores de produção ou circulação de bens ou de serviços) confere à sociedade o caráter de simples, enquanto a exploração empresarial do objeto social caracte-rizará a sociedade como empresária.

Outro aspecto importante está na sociedade de pessoas, intuitu

personae, vinculam-se em razão do caráter pessoal dos sócios que as

compõem, possuindo o affectio societatis relacionada intrinsecamente ao interesse associativo em função dos mesmos. De fato, a intenção pela formação da sociedade pode decorrer do interesse associativo segundo a qualidade e a característica do sócio intuitu personae com-preendida como dita acima, a affectio societatis.

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Perante a diversidade de tipos jurídicos, torna-se absolutamen-te necessária a adoção de deabsolutamen-terminadas formas de classificação e de agrupamento das sociedades, visto que cada um dos tipos jurídicos societários possui características específicas que, dependendo dos in-teresses a serem protegidos no caso concreto, podem ser úteis ou não ao desenvolvimento das estratégias empresariais. Assim, a partir da consideração de suas principais características teóricas e práticas, para a facilitação da escolha do melhor modelo jurídico aplicável aos casos concretos e, também, para a perfeita compreensão e definição da melhor interpretação das normas jurídicas que lhes são aplicáveis.

Um determinado conjunto de tipos societários tem a sua cons-tituição e dissolução disciplinadas pelo Código Civil de 2002; outro grupo de tipos societários rege-se, neste assunto, pelas normas da Lei n. 6.404/1976 (LSA). Cada um desses grupos, assim, está relacionado com um regime constitutivo e dissolutório específico. Segundo esse critério, têm-se:

a) sociedades contratuais - cujo ato constitutivo e regulamen-tar é o contrato social. São sociedades contratuais: em Nome Coletivo (N/C), em Comandita Simples (C/S) e Limitada (Ltda.);

b) sociedades institucionais - cujo ato regulamentar é o estatu-to social. São institucionais a sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações (C/A). A sociedade con-tratual, pois, tem sua constituição e dissolução regidas pelo Código Civil de 2002, ao passo que a sociedade institucio-nal rege-se, neste ponto, pelas normas específicas da Lei n. 6.404/1976.

As sociedades institucionais são sempre “de capital”, enquan-to as contratuais podem ser “de pessoas” ou “de capital”. Assim, na sociedade anônima (S/A) e em comandita por ações (C/A), os acio-nistas não têm o direito de impedir o ingresso de terceiro não sócio na sociedade, assegurado o princípio da livre circulação das ações (LSA, artigo 36). Além dos tipos societários dos quais permitem a personalidade jurídica, há tipos em que tal qualidade não possui, mas nem por isso deixam de ser caracterizadas como sociedades, sendo

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