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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES

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Prezados Alunos!

Nesta 7a Aula de Direito Eleitoral trataremos da Lei Eleitoral (Lei n° 9.504/97).

Bons estudos a todos!

AVISOS:

• Lançamos o Curso de REGIMENTO INTERNO DO TSE - TODOS OS CARGOS (TEORIA E EXERCÍCIOS).

• Ademais, disponibilizamos Cursos para o TRE/SP, TRE/RJ e TRE/CE e serão lançados em breve Cursos para o TRE/PE, TRE/SC e TJDFT!

• Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL - EXERCÍCIOS CESPE, com quase todas as questões de Direito Eleitoral do CESPE!!

• Lançaremos em breve Cursos do Regimento, Lei de Organização e Provimentos do TJDFT! Aguardem!

Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus conhecimentos!

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QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

Lei n.° 9.504/1997:

1. Disposições Gerais;

2. Sistema Eleitoral e Coligações;

3. Convenções para escolha de

candidatos;

4. Registro de candidatos;

Lei n° 9.504/1997.

1. Disposições Gerais.

Data e simultaneidade das eleições.

A Lei Eleitoral preleciona que as Eleições para todos os cargos eletivos - Chefes do Poder Executivo e Membros das Casas Legislativas (Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador) ocorrerão no 1° DOMINGO DE OUTUBRO do ano respectivo.

Lei n° 9.504/97

Art. 1° As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País,

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no primeiro domingo de outubro do ano respectivo.

A CF-88, em dispositivos diversos, também dispõe sobre as respectivas datas das eleições para cada Chefe do Poder Executivo. Decorem estes normativos constitucionais, pois caem com a mesma freqüência que os da Lei n° 9.504/97, ou até mais vezes:

CF-88

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da

República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do

término do mandato presidencial vigente.

§ 1° - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2° - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3° - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4° - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5° - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de

Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro

domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo

de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao

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ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,

para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e

simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no

primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do

mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES;

DICA:

As Eleições ocorrem em períodos diferentes apenas para os CARGOS MUNICIPAIS: Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores.

As eleições são simultâneas para os seguintes cargos:

CARGOS FEDERAIS E ESTADUAIS CARGOS MUNICIPAIS

Presidente e Vice-Presidente da República,

Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal,

Senador,

Deputado Federal, Deputado Estadual e Distrital

Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador Presidente e Vice-Presidente da

República,

Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal,

Senador,

Deputado Federal, Deputado Estadual e Distrital

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Art. 1

Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições: I - para Presidente e Vice-Presidente da República,

Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;

II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

Votação para o candidato considerar-se eleito.

O art. 2° da Lei Eleitoral também repete alguns dispositivos constitucionais.

Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitos Municipais, considerar-se-á eleito o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA DE VOTOS, não computados os em branco e os nulos.

O que é mesmo Maioria Absoluta de votos? É o primeiro n° inteiro acima da metade dos votos.

Se nenhum candidato alcançar esta maioria absoluta, deverá ser realizada nova eleição (2° TURNO) no último domingo de outubro, salvo nos Municípios com menos de 200 Mil ELEITORES, que não têm 2° turno. Cuidado que o art. 29, II, da CF-88, e o art. 3°, §2°, da Lei Eleitoral prevê que são 200 Mil ELEITORES e não habitantes! Nas questões trocam os termos para "pegar" os candidatos!

Nos Municípios com 200 Mil eleitores, o Prefeito com a maioria simples de votos será considerado eleito, não sendo realizado 2° turno.

O 2° TURNO, realizado para os cargos de Presidente, Governador e Prefeitos nos Municípios com + 200 Mil Eleitores, será entre os 2 candidatos mais votados.

Obs: Não existe 2° turno com 3 ou mais candidatos! E não existe previsão de 2° turno para a eleição de SENADOR e para todas as eleições proporcionais (Deputados Federais/Estaduais e Vereador). O 2° turno é

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previsto somente para as eleições majoritárias dos Chefes do Poder Executivo. A eleição do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeitos) importa na do VICE. Óbvio, não é verdade! Mas, às vezes, na hora da prova não é que confundimos as coisas! Rsrs.

Caso ocorra morte, desistência ou impedimento legal de algum candidato antes do 2° turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Ex: se o 1° ou o 2° colocado desista, o 3° colocado será convocado.

Se no 2° lugar empatarem mais de 1 candidato (votação idêntica), o MAIS IDOSO prevalece, será o qualificado!

Lei n° 9.504/97

Art. 2° Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 1° Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição (2° TURNO) no último domingo

de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e

considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. § 2° Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 3° Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação,

qualificar-se-á o mais idoso.

§ 4° A eleição do Presidente importará a do candidato a

Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à

eleição de Governador.

Art. 3° Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a

maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 1° A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-Prefeito com ele registrado.

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§ 2° Nos Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1° a 3° do artigo anterior.

Partidos Políticos e requisitos para participarem das eleições.

O art. 4° da Lei Eleitoral elenca 2 requisitos essenciais para que os Partidos Políticos possam participar regularmente das eleições. Segundo a Lei Eleitoral, somente poderão participar das eleições os Partidos Políticos que:

1. tenham registrado seus ESTATUTOS no TSE até 1 ANO antes do pleito/das eleições:

2. tenham constituído ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição eleitoral até a data da CONVENÇÃO, conforme seu estatuto.

Cuidado!

O REGISTRO dos Estatutos é até 1 ANO do Pleito/Eleições!

A Constituição de ÓRGÃO DE DIREÇÃO na circunscrição é até a data da CONVENÇÃO!

Estudaremos maiores aprofundamentos no estudo da Lei dos Partidos Políticos.

Lei n° 9.504/97

Art. 4° Poderá participar das eleições o partido que, até

1(um) ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha,

até a data da convenção, órgão de direção constituído na

circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.

CF-88 Art. 17

§ 2° - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal

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Superior Eleitoral.

Votos Válidos.

Nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, são contados como VOTOS VÁLIDOS apenas os votos conferidos aos candidatos regulamente inscritos e às legendas partidárias (votos destinados aos Partidos e Coligações e não a um candidato específico), não computados os em branco e os nulos.

Por isso, os votos em branco não interferem mais no quociente eleitoral e partidário.

Lei n° 9.504/97

Art. 5° Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.

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2. Sistema Eleitoral e Coligações.

As Coligações fazem às vezes de Partidos Políticos temporários que surgem da união de mais de 2 ou mais Partidos para atuação conjunta na campanha eleitoral, numa mesma circunscrição eleitoral.

Conforme a Lei Eleitoral, a Coligação funciona como um só partido (unidade partidária) no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.

A Coligação poderá ser constituída nas eleições Presidenciais (Coligação Nacional); nas eleições para Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual (Coligação Estadual) e nas eleições para Prefeito e Vereador (Coligação Municipal).

Ademais, as Coligações podem ser formadas para ambos os sistemas eleitorais: eleições MAJORITÁRIAS e PROPORCIONAIS (Deputados Federais e Estaduais e Vereadores).

Para compreender as Coligações, é preciso conhecer os Sistemas Eleitorais (Princípio/Sistema Majoritário e Proporcional).

São 2 (dois) os Sistemas Eleitorais no Brasil para distribuição das representações (majoritárias e proporcionais), que estabelecem os procedimentos necessários para realização das eleições:

1. SISTEMA MAJORITÁRIO - por este sistema, para ser eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma circunscrição eleitoral.

Segundo a CF-88, são os seguintes os cargos eleitos pelo Sistema Majoritário:

a. Presidente e Vice da República; b. Governador e Vice;

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d. Senadores;

Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário: 1. Chefes do Poder Executivo;

2. SENADORES.

Esta maioria de votos pode ser absoluta ou relativa.

• ABSOLUTA - a maioria significa 1° número inteiro acima dos 50% dos votos, computados os recebidos por todos os candidatos.

Para os cargos de Presidente, Governador e Prefeito (Município com + 200 Mil eleitores), poderão ser realizados 2 turnos, no 1° a maioria será entre todos os candidatos, e no 2° será apenas entre os 2 candidatos mais votados.

Obs: Nos Municípios com menos de 200 Mil eleitores, as eleições são em apenas 1 único turno.

Cuidado! Quanto aos Municípios, as questões costumam colocar mais ou menos de 200 mil habitantes! O que é errado! São 200 mil eleitores!

• RELATIVA - é a maioria simples dos votos dos presentes na votação. Será eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos, independentemente se alcançou ou não + de 50% dos votos totais. Ex: votos por candidato: candidato A - 35%: candidato B - 25%, candidato C - 40%. É eleito neste caso o candidato C, por ter obtido a maioria relativa dos votos.

Para cargo de SENADOR adota-se o sistema majoritário, mas é utilizada a maioria simples.

CF-88

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro,

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em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.

§ 1° - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2° - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de

votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3° - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais

votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio

majoritário.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, (...) e os seguintes preceitos:

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de

Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

3. SISTEMA PROPORCIONAL - pelo sistema proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder LEGISLATIVO (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida.

Por este sistema proporcional são definidas as quantidades de vagas de cada partido político e quais são os candidatos eleitos de cada agremiação política.

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Segundo Jairo Gomes, tal sistema "visa distribuir entre as múltiplas entidades políticas as vagas existentes nas Casas Legislativas, tornando equânime a disputa pelo poder e, principalmente, ensejando a representação de grupos minoritários".

Nesse caso, o voto tem caráter duplo: votar no candidato significa votar também no Partido (voto de legenda), que terá representação na Casa Legislativa. Por este mecanismo, é assegurada a representação pelo maior número possível de grupos e correntes ideológicas de eleitores/partidos.

O número de vagas obtidas pelo partido ou coligação de partidos dependerá diretamente do número de votos obtidos pelo partido ou coligação!

CF-88

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

Aplicam-se as mesmas regras da proporcionalidade aos cargos de Deputado Estadual e Vereador.

Veremos logo à frente como se dá a distribuição dos votos e dos cargos por cada partido ou coligação pelo sistema proporcional.

Voltando à Coligação.

Poderão ser, inclusive, formadas mais de uma Coligação para eleições proporcionais dentre os partidos que integram a coligação para as eleições majoritárias. Ex: concorrem numa determinada circunscrição os Partidos K, L, X, Y, Z e W; neste caso X, Y, Z e W poderão formar uma coligação para eleições majoritárias e mais de uma coligação para as eleições proporcionais. Nestas proporcionais poderão, unir os Partidos X e Y em uma coligação e Z e W em outra, a despeito de estarem totalmente unidos nas eleições majoritárias. Observo que na majoritária somente poderá fazer 1

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única coligação entre os partidos participantes.

Com a coligação nas eleições majoritárias, não poderão os partidos nela agrupados celebrarem novas coligações nas eleições proporcionais com partidos estranhos ao grupo das majoritárias. No exemplo dado, os partidos X e Y não poderão coligar-se com os partidos K e L nas eleições proporcionais.

Obs: Daqui para frente indicarei em AMARELO os dispositivos incluídos ou alterados pela recente reforma eleitoral da Lei n° 12.034/09, fortes candidatos a serem cobrados em provas!

Denominação e Responsabilidades das Coligações.

As coligações poderão ter denominações variadas. A denominação da coligação poderá ser formada pela junção de todas as siglas dos partidos políticos que a integram ou por nome próprio, facultativamente escolhido.

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): A denominação da coligação poderá coincidir, incluir ou fazer referência a NOME ou NÚMERO DE NÃO

CANDIDATO, nem conter PEDIDO DE VOTO PARA PARTIDO.

Na propaganda eleitoral deverá ser identificada a coligação, pois as Coligações são equiparadas aos Partidos Políticos, seguindo as seguintes regras:

1. na propaganda para ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, a coligação usará, obrigatoriamente, além de eventual nome próprio, as legendas de todos os partidos que a integram (deverá indicar todos os partidos políticos que a formam); 2. na propaganda para ELEIÇÃO PROPORCIONAL, cada

partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação (cada partido usará apenas sua sigla abaixo do nome da coligação).

Friso que cada Coligação funcionará como Partido único, sendo atribuídos a ela todos os direitos e deveres dos partidos políticos.

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Lei n° 9.504/97

Art. 6° É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição maioritária,

proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso,

formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.

§ 1° A coligação terá denominação própria, que poderá ser a

junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo

a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como

um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.

§ 1o-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 2° Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação.

Regras básicas para a Formação e Representação das Coligações.

Deste ponto, destaco os seguintes aspectos:

1. Não existe vinculação para inscrição de candidatura a candidatos de determinados partidos (é livre a inscrição de candidatos dentro dos partidos coligados) - na chapa das coligações, poderão inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante;

2. Para que seja demonstrada a decisão de toda a Coligação, o Pedido de Registro dos Candidatos deve ser

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subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgão executivos ou por representante da coligação.

3. Deve ser designado um REPRESENTANTE da Coligação, que terá as mesmas atribuições de presidente de partido, ou devem ser designados DELEGADOS indicados pelos partidos que a compõem, nos seguintes números:

a. 3 Delegados perante o Juiz Eleitoral; b. 4 Delegados perante o TRE;

c. 5 Delegados perante o TSE.

4. DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Atuação isolada de partido Coligado - Condições: somente poderá atuar partido isolado quando ele fizer um questionamento da validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a DATA DA CONVENÇÃO de candidatura e o TERMO FINAL DO PRAZO para impugnação do registro de candidatos.

Lei n° 9.504/97 Art. 6

§ 3° Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as seguintes normas:

I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos

filiados a qualquer partido político dela integrante;

II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou por representante da coligação, na forma do inciso III;

III - os partidos integrantes da coligação devem designar um

representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente

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da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;

IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pela pessoa designada na forma do inciso III (Representante) ou por

delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo

nomear até:

a) três delegados perante o Juízo Eleitoral;

b) quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral; c) cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.

§ 4o O partido político coligado somente possui legitimidade para

atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a

validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a

impugnação do registro de candidatos. (Incluído pela Lei n° 12.034,

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3. Convenções para escolha de candidatos.

Como decorrência da autonomia partidária prevista no art. 17, §1°, da CF-88, o art. 7, §1°, da Lei Eleitoral prevê que as normas para escolha e substituição dos candidatos e para formação das coligações serão estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS, em consonância às regras previstas na própria Lei Eleitoral.

CF-88 Art. 17

§ 1° É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar

os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as

candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional

n° 52, de 2006)

A Lei dispõe que, caso o estatuto não preveja tais normas, caberá ao ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições!

Resumindo:

As regras para escolha e substituição dos candidatos e para formação das coligações deverão ser estabelecidas pelos ESTATUTOS dos PARTIDOS políticos;

caso sejam omissos os Estatutos, o ÓRGÃO DE DIREÇÃO NACIONAL do partido deverá estabelecê-las, publicando-se até 180 DIAS antes das Eleições.

Lei n° 9.504/97

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e para a formação de coligações serão estabelecidas no

estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.

§ 1° Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de

direção nacional do partido estabelecer as normas a que se

refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oitenta dias antes das eleições.

Prevalência hierárquica dos órgãos de direção nacional.

Como manifestação da prevalência hierárquica das decisões dos órgãos de direção nacional dos Partidos Políticos, o art. 7°, §2°, da Lei Eleitoral dispõe o seguinte: as deliberações das convenções partidárias inferiores e os atos delas decorrentes sobre coligações, dissonantes das diretrizes estabelecidas pelos órgãos nacionais, poderão ser ANULADOS por estes órgãos superiores (nacionais)!

Estas anulações deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 DIAS após a data limite para o REGISTRO DE CANDIDATOS.

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): No entanto, caso da anulação decorra a necessidade de escolha de novos candidatos (pela urgência da situação), o pedido de registro dos novos candidatos deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS seguintes à deliberação de anulação.

Lei n° 9.504/97 Art. 7

§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior (Estaduais e

Municipais) se opuser, na deliberação sobre coligações, às

diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão

ANULAR a deliberação e os atos dela decorrentes. (Redação dada

pela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser

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após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de

novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à

Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, observado o disposto no art. 13. (Incluídopela Lei n° 12.034, de 2009)

Prazo de escolha dos candidatos e de deliberação das coligações.

A escolha dos candidatos e a deliberação sobre as coligações devem ser realizadas pelos partidos no período de 10 a 30 JUNHO do ano em que serão realizadas as eleições. Esta escolha é feita em CONVENÇÃO dos Partidos.

Então, são somente 21 DIAS para os partidos escolherem seus candidatos e decidirem sobre as coligações!

Lei n° 9.504/97

Art. 8° A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação

sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de iunho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a

respectiva ATA em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. Atenção! O art. 8, §1°, da Lei n° 9.504/97 teve sua eficácia suspensa por decisão do STF na ADIN 2.530-9. Este dispositivo tratava da candidatura nata, ao garantir a todos os que estivessem no exercício de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, ou mesmo que tivesse exercido, por qualquer período, esses mandatos na legislatura em curso, as vagas para candidatura, no mesmo cargo, pelo partido a que tivessem coligação. Hoje, enquanto suspensa a eficácia do dispositivo, qualquer destes, para candidatarem-se, devem submeter suas candidaturas à Convenção Partidária, isto é, devem ter aprovadas pelos Partidos as respectivas candidaturas (não são automáticas as candidaturas).

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Lei n° 9.504/97 Art. 8

§ 1° Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.

A Lei n° 9.504/97 assegura a possibilidade dos partidos políticos utilizarem prédios públicos para realização de suas Convenções, responsabilizando-se por eventuais prejuízos causados. Desse modo, a lei faculta a requisição de prédios públicos, de forma gratuita, para que os Partidos façam suas convenções.

Lei n° 9.504/97 Art. 8

§ 2° Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.

Condições para candidato concorrer à eleição da Lei Eleitoral.

Conforme estudamos, o art. 14, §3°, da CF-88 prevê que, entre as condições de elegibilidade destaca-se o domicílio eleitoral do candidato.

Por seu turno, a Lei n° 9.504/97, regulamentando tal preceito constitucional, dispõe sobre 2 requisitos para que o candidato possa concorrer às eleições, 1 deles sobre o prazo mínimo de domicílio eleitoral:

1. possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo mínimo de 1 ANO antes do pleito;

2. estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo de 1 ANO antes das eleições.

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Ex: se um eleitor do Estado do Ceará for concorrer ao cargo de Governador do Estado de São Paulo, deverá possuir domicílio eleitoral no Estado que quer candidatar-se pelo menos 1 ano antes das eleições. Este foi o caso do Ciro Gomes, que pensava anteriormente, entre outras alternativas, ser Presidente da República ou Governador de São Paulo, apesar de ter domicílio regular no Ceará. No caso de Ciro, ele teve que transferir seu domicílio eleitoral do Ceará para o de São Paulo 1 ano antes das eleições para que pudesse concorrer ao cargo de Governador de São Paulo. Ele não chegou a candidatar-se, mas preencheu os requisitos legais para tanto.

O deferimento da filiação partidária se dá, conforme o art. 17 da Lei dos Partidos Políticos (Lei n° 9.096/95), com o atendimento das regras estatutárias do partido. Importa saber que este deferimento tem que ser realizado também em até 1 ANO antes das eleições.

Permite-se o aproveitamento do tempo de filiação do candidato nos casos de fusão ou incorporação de partidos políticos dentro do prazo de até 1 ano antes das eleições. Assim, em caso de fusão ou incorporação de partidos não terá o candidato que filiar-se novamente. Se já estiver filiado anteriormente em qualquer partido fundido ou incorporado não precisará fazê-lo novamente, pois a lei considera a data de filiação ao partido de origem.

Deve-se ressaltar que a lei só ressalva a hipótese de fusão ou incorporação de partido, não abrangendo a possiblidade de simples alteração de partido. Ex: candidato que saiu do Partido A para o Partido B por simples escolha. Nesse caso, a data da alteração para o Partido B é que será considerada para fins de condições para concorrer nas eleições.

Lei n° 9.504/97

Art. 9° Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir

domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

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4. Registro de Candidatos.

Número de candidatos a serem registrados nas ELEIÇÕES PROPORCIONAIS.

Nas Eleições Proporcionais (cargos da Câmara dos Deputados, Assembléias/Câmaras Legislativas e Câmaras Municipais - Deputados

Federais, Estaduais e Vereadores), cada Partido Político poderá registrar até 150% dos lugares a serem preenchidos na eleição. Ex: se são 30 lugares vagos para Deputado Federal no respectivo Estado, cada partido poderá registrar até 45 candidatos (150% de 30 lugares).

Se houver COLIGAÇÃO de Partidos, independentemente da quantidade de partidos que a integrem, poderão ser registrados até o DOBRO (2 vezes) da quantidade de lugares a preencher. Assim, se houverem 4 partidos na Coligação, a quantidade de candidatos a serem registrados não será 4 X 150%, mas apenas o DOBRO do número de vagas a ocupar.

Cuidado! Nas Coligações não é o dobro de 150%; é o DOBRO dos lugares vagos (200% dos lugares)!

RESSALVA: Nos Estados em que o número de lugares a preencher na Câmara dos Deputados não exceder a 20 LUGARES, cada PARTIDO poderá registrar candidatos a Deputado Federal e Estadual/Distrital até o DOBRO das vagas existentes, e não apenas 150%! Se houver COLIGAÇÃO, será acrescido em mais 50% do DOBRO (300% das vagas)! Exemplo: Estado com 18 Deputados Federais e com novas 18 vagas a serem preenchidas na Câmara dos Deputados; cada PARTIDO poderá registrar até o DOBRO do n° de vagas: 2X18=36 registros de candidatos; se for COLIGAÇÃO, poderão ser registrados o DOBRO (2X) + 50% = 300% ^ 54 candidatos.

Obs: segundo o TSE, e por não prevê a Lei, esta regra NÃO se aplica aos MUNICÍPIOS, mas apenas aos Estados.

(23)

Eleições Proporcionais:

1. REGRA: Cada Partido - registro de até 150% do n° de vagas;

2. Caso seja COLIGAÇÃO: não importa o n° de partidos, será sempre o DOBRO do n° de vagas (200% dos lugares). 3. Estados com até 20 VAGAS para Deputado Federal: neste

caso, cada PARTIDO poderá registrar candidatos para Deputados Federal e Estadual até o DOBRO do n° de vagas (200%) e não apenas 150%. Se houver COLIGAÇÃO, poderá registrar até 50% a mais (isto é, o DOBRO + 50% do dobro = 300% das vagas).

No cálculo de lugares a serem preenchidos, deverá ser despreza a fração, se inferior a meio (0,5) e igualada a um (1,0), nos demais casos.

Caso a Convenção dos partidos não consiga indicar o n° máximo de candidatos permitido pela Lei n° 9.504/97, poderão os órgãos de direção dos partidos respectivos preencer as vagas que faltaram em até 60 DIAS antes das eleições!

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Com a reforma eleitoral operada no ano de 2009, foi determinado o seguinte:

Deve ser reservado um percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para candidatos de CADA SEXO (Masculino e Feminino)! entre 30-70%!

Lei n° 9.504/97

Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara

dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais (ELEIÇÕES

PROPORCIONAIS), até 150% (cento e cinqüenta por cento) do

número de lugares a preencher.

§ 1° No caso de COLIGAÇÃO para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, poderão ser registrados candidatos até o DOBRO número de

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§ 2° Nas unidades da Federação (leia-se ESTADOS) em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados

não exceder de 20 (vinte), cada partido poderá registrar

candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital

até o DOBRO das respectivas vagas; havendo COLIGAÇÃO,

estes números poderão ser acrescidos de até mais 50%

cinqüenta por cento.

§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste

artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30%

(trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada SEXO. (Redação dada pela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 4° Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior.

§ 5° No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos §§ 1° e 2° deste artigo, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até 60

sessenta dias antes do pleito.

Prazo para registro.

O prazo para registro de candidatos de Partidos e Coligações é até às 19 HORAS (7hs da noite) do dia 5 de JULHO do ano em que se realizarem as eleições.

Vejam que este prazo tem HORAS! 19 Horas do dia 5 JULHO! DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!): Caso o partido ou coligação não faça o registro de seus candidatos, os próprios candidatos poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral no prazo de 48 HORAS seguintes à publicação, pela Justiça Eleitoral, da lista de candidatos registrados.

Lei n° 9.504/97

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registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições.

§ 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o

registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e

oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral. (Redação dada pela Lei n° 12.034, de 2009)

Documentos para registro de candidatos.

O Partido, quando solicitar à Justiça Eleitoral o pedido de registro de cada candidato, deverá instruir o pedido com os seguintes documentos:

1. cópia da ATA a que se refere o art. 8° (Ata da Conveção Partidária para escolha dos candidatos e deliberação

sobre coligações):

2. autorização do candidato, por escrito; 3. prova de filiação partidária;

4. declaração de bens, assinada pelo candidato;

5. cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9°;

6. certidão de quitação eleitoral;

7. certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual;

8. fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1° do art. 59.

9. propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República (INCLUSÃO RECENTE).

(26)

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!):

A certidão de quitação eleitoral, item 6 anterior, deverá conter as seguintes informações:

a) a plenitude do gozo dos direitos políticos, b) o regular exercício do voto,

c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito,

d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e

e) a apresentação de contas de campanha eleitoral.

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!):

Para fins de expedição desta certidão de quitação eleitoral, somente serão considerados QUITES com a Justiça Eleitoral, entre os candidatos condenados ao pagamento de multa eleitoral, aqueles que:

a) apesar de condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido;

b) pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo fato.

Até o dia 5 de JUNHO do ano da eleição, a Justiça Eleitoral deverá enviar aos Partidos Políticos a relação de todos os devedores de multa eleitoral para subsidiar a expedição das certidões de quitação eleitoral.

No interesse de identificação de candidatos inelegíveis, a Lei n° 9.504/97 prevê que até o dia 5 de JULHO do ano das eleições os

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Tribunais e Conselhos de Contas (TCU e TC Estaduais) devem disponibilizar à Justiça Eleitoral relação dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, ressalvados os casos em que a questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável ao interessado.

Momento para aferição das condições de elegibilidades e das causas de inelegibilidades.

As condições de elegibilidade previstas no art. 14, §3°, da CF-88, bem como as causas de inelegibilidades previstas na CF-88 e na legislação infraconstitucional devem ser aferidas no momento da formalização do PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA e não na data da posse!

Por lógico, ressalvam-se as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que venham a afastar a inelegibilidade.

Contudo, a Lei Eleitoral traz uma exceção ao prelecionar especificamente que, com relação à IDADE MÍNIMA, também condição de elegibilidade, deve ser aferida somente na DATA DA POSSE!

Cuidado!

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E CAUSAS DE INELEGIBILIDADES

IDADE MÍNIMA COMO CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE

Como regra, deve ser aferida no momento de formalização do

PEDIDO DE REGISTRO DA CANDIDATURA.

Verificada somente na DATA DA POSSE!

Lei n° 9.504/97 Art. 11

§ 2° A IDADE MÍNIMA constitucionalmente estabelecida como

(28)

DATA DA POSSE.

§10. As condições de elegibilidade e as causas de

inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura.

ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.

CF-88 Art. 14

3° - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira:

II - o pleno exercício dos direitos políticos: III - o alistamento eleitoral:

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição: V - a filiação partidária:

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da

República e Senador*:

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado

e do Distrito Federal:

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado

Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e iuiz de paz:

d) dezoito anos para Vereador.

Identificação do candidato.

Quanto às Eleições Proporcionais, a Lei Eleitoral assegura o direito do eleitor de ter plena identificação do candidato, ao exigir deste a indicação de seu NOME COMPLETO e das variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 opções, que poderá ser o prenome (é o nome individual da pessoa. ex: João, Maria, José), sobrenome (é o nome de

(29)

família: Silva, Santos, Cavalcanti, etc) e cognome (o apelido. Ex: Zé do PT, Capitão Nascimmento, ACM Neto, etc).

A escolha desses nomes tem que respeitar os seguintes parâmetros:

a) não pode estabelecer dúvida quanto à identidade do candidato;

b) não pode atentar contra o pudor; c) não pode ser ridículo ou irreverente;

No pedido de registro, o candidato deve indicar os nomes e variações com que deseja ser identificado, mencionando a ordem de

preferência do registro.

Em caso de homonímia (mesmo nome), quando 2 ou mais candidatos pedirem o registro com variações nominais idênticas, a Lei Eleitoral fixa as regras a seguir para solucionar o problema:

a) poderá ser pedida ao candidato prova de que é conhecido pela variação do nome indicada no pedido de registro;

b) caso comprovado que os eleitores realmente possam conhecer os candidatos empatados pelos respectivos nomes, o desempate dar-se-á da seguinte forma:

a. prevalece a indicação para o candidato que, na data máxima para o registro de candidaturas, estiver exercendo mandato eletivo ou tenha exercido nos últimos 4 ANOS ou que tenha nestes 4 ANOS candidatadose com um dos nomes que indicou -ficam os outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse nome;

b. prevalece também a indicação para o candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte final do inciso anterior (ex: Dr.

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Antônio - Médico da cidade);

c. caso não se resolva o problema, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em 2 DIAS, cheguem a ACORDO sobre os respectivos nomes a serem usados; d. não havendo acordo, cada candidato será registrado

com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem de preferência indicada, evitando-se variações nominais idênticas.

Atenção!

Se o nome indicado coincidir com o do candidato à ELEIÇÃO MAJORITÁRIA, o pedido será INDEFERIDO, salvo se o candidato estiver no exercício de mandato eletivo ou tenha exercido mandato eletivo nos últimos 4 ANOS, ou durante estes 4 ANOS tenha se candidatado à eleição com o mesmo nome. Ex: uma candidata a Deputada Federal indicando como seu nome para registro o de DILMA; esse pedido será indeferido porque coincide exatamente com o nome da candidata à eleição majoritária (a então candidata à Presidência da República - Dilma Roussef).

Lei n° 9.504/97

Art. 12. O candidato às ELEIÇÕES PROPORCIONAIS indicará, no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações

nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de 3 (três) opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à

sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.

§ 1° Verificada a ocorrência de HOMONÍMIA, a Justiça Eleitoral procederá atendendo ao seguinte:

I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção de nome, indicada no pedido de registro:

(31)

II - ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;

III - ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o disposto na parte final do inciso anterior;

IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois incisos anteriores, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respectivos nomes a serem usados;

V - não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem de preferência ali definida.

§ 2° A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por determinada opção de nome por ele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor.

§ 3° A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com nome de candidato a eleição maioritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.

Substituição de candidatos.

Faculta-se ao Partido Político ou Coligação a substituição de candidatos após o pedido de registro de candidatura nos seguintes casos:

(32)

b) renúncia à candidatura; c) falecimento do candidato;

d) registro indeferido ou cancelado.

Como regra, a escolha do substituto deve ser feita de acordo com o estabelecido no estatuto dos partido político a que pertencer o candidato substituído.

ALTERAÇÃO RECENTE: Segundo a Lei n° 9.504/97, para as Eleições Majoritárias e Proporcionais, o registro do substituto deve ser requerido em até 10 DIAS contados do fato que gerou a substituição ou da notificação ao Partido da decisão judicial que deu causa à substituição.

Para as ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS, o TSE tem o entendimento de que a substituição poderá ser pleiteada, inclusive, até 24 HORAS antes da Eleição! Respeitado o prazo de 10 DIAS contados do fato ou da decisão judicial que deu origem à substituição (Resolução TSE n° 22. 156/2006).

Por outro lado, para as ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, a Lei prevê que a substituição somente se efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 DIAS antes das eleições! Isto porque, nas eleições proporcionais as dificuldades encontradas pelos partidos para substituição não são as mesmas das eleições majoritárias, visto que possuem vários candidatos à disposição.

Resumindo os prazos na substituição:

ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS

a) até 10 DIAS após a ocorrência do fato ou da notificação da decisão judicial;

b) até 24 HORAS antes das

a) até 10 DIAS após a ocorrência do fato ou da notificação da decisão judicial;

a) até 60 DIAS antes do início da

eleições. votação.

Quando se tratar de COLIGAÇÃO, a substituição do candidato que a integra deverá ser realizada nos seguintes termos:

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a) o Partido ao qual pertencia o substituído tem direito de preferência à substituição;

b) caso não o faça, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante.

Lei n° 9.504/97

Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.

§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 2° Nas eleições maioritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta

dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados,

podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

§ 3° Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 60 (sessenta) dias antes do

pleito.

Cancelamento de registro.

O registro do candidato pode ser CANCELADO até a data da eleição caso seja ele EXPULSO do Partido, após regular procedimento, segundo a previsão do estatuto do Partido, devendo ser garantida ao candidato a ampla defesa.

(34)

Justiça Eleitoral e não pelo Partido, que não tem competência para tanto. Primeiro precisa ser expulso do partido. Após isso, a Justiça Eleitoral fará o cancelamento do registro mediante solicitação do partido.

Lei n° 9.504/97

Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do

partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e

sejam observadas as normas estatutárias.

Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será

decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido.

Identificação numérica dos candidatos.

A Lei eleitoral estabelece critérios para a definição dos números que os candidatos utilizarão na eleição para concorrer ao mandato eletivo. São os seguintes os critérios para identificação numérica dos candidatos:

Nas Eleições Majoritárias:

a) Presidente, Governador e Prefeito - o n° identificador do Partido/Legenda. Ex: Lula - 40 - mesmo n° do Partido.

b) SENADOR - para o TSE deve ser acrescido 1 algarismo à direita (Resolução 20.993/02). Exemplificando: Senador Tião Viana do Acre, que é do PT, o número dele deve ser 40X (401; 402; 403, etc)

Obs: pela letra da Lei Eleitoral, nas eleições majoritárias dever-se-ia usar o n° identificador do partido. Mas o TSE regulamentando o dispositivo, deu a devida especificação para o caso dos Senadores, que tinham que se diferenciar dos Governadores de Estado.

Nas Eleições Proporcionais:

a) Deputado Federal - n° do partido acrescido de 2 algarismos à direita; Ex: 40XX

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b) Deputado Estadual - n° do partido acrescido de 3 algarismos à direita; Ex: 40XXX

c) Vereador - n° do partido acrescido de 3 algarismos à direita; Ex: 40XXX

Considerações finais sobre numeração de candidatos:

1. os partidos e os candidatos têm direito a manter os números anteriormente utilizados em eleições pretéritas; 2. os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias,

serão registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes couber, observado o disposto no parágrafo anterior.

Lei n° 9.504/97

Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se dará mediante a observação dos seguintes critérios:

I - os candidatos aos cargos maioritários concorrerão com o número identificador do partido ao qual estiverem filiados;

II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de dois

algarismos à direita;

III - os candidatos às Assembléias Legislativas e à Câmara

Distrital concorrerão com o número do partido ao qual estiverem

filiados acrescido de três algarismos à direita;

IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a numeração dos candidatos concorrentes às eleições municipais. § l° Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua legenda na eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.

(36)

§ 2° Aos candidatos a que se refere o § 1° do art. 8°, é permitido requerer novo número ao órgão de direção de seu partido, independentemente do sorteio a que se refere o § 2° do art. 100 da Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. NÃO APLICÁVEL

§ 3° Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão registrados com o número de legenda do respectivo partido e, nas eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo partido acrescido do número que lhes couber, observado o disposto no parágrafo anterior.

Centralização e divulgação da relação dos candidatos registrados.

Em até 45 DIAS antes das eleições os TREs devem enviar ao TSE, para fins de centralização e divulgação de dados a relação dos candidatos a todas as eleições, devendo constar a referência ao sexo e ao cargo. (alguns de vocês irão fazer isso, não é verdade? - "Deus te ouça Professor!" - se for pela minha intenção, Deus vai ouvir!)

Este é um prazo final para fins de centralização e divulgação de dados e também de controle de segurança desses registros e do cumprimento da exigência mínima e máxima relativa ao sexo dos candidatos (30-70%).

DICA (ALTERAÇÃO RECENTE!):

Com a reforma eleitoral, foram acrescentados alguns pontos relevantes sobre o registro dos candidatos. Vamos resumir:

1. até 45 DIAS antes das eleições todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados, e os respectivos recursos, devem estar JULGADOS em todas as instâncias, e publicadas as decisões a eles relativas; (Não se sabe se a Justiça Eleitoral conseguirá sempre cumprir este prazo na forma como a Lei está determinando); 2. os processos de registro de candidaturas terão prioridade

sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as providências necessárias para o cumprimento deste

(37)

prazo de até 45 DIAS antes das eleições, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais;

3. o candidato cujo registro esteja sub judice (discutido em processo judicial) PODERÁ efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa

condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos

condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.

4. o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato.

Lei n° 9.504/97

Art. 16. Até quarenta e cinco dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.

§ 1o Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados, e os respectivos recursos, devem estar julgados em todas as instâncias, e publicadas as decisões a eles relativas. (Incluídopela Lei n° 12.034, de 2009)

§ 2o Os processos de registro de candidaturas terão prioridade sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as providências necessárias para o cumprimento do prazo previsto no § 1o, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais, sem prejuízo da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de representação ao

(38)

Conselho Nacional de Justiça. (Incluídopela Lei n° 12.034, de 2009)

Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. (Incluídopela Lei n° 12.034, de 2009)

Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato. (Incluídopela Lei n° 12.034, de 2009)

(39)

Candidatura (AIRC).

A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é prevista na Lei Complementar n° 64/90 (Lei das Inelegibilidades), em seus arts. 3° e seguintes.

Objeto da AIRC.

A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de

elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para

IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado.

As Condições de Elegibilidades nós já conhecemos, estão lembrados?

São aquelas previstas no art. 14, §3°, da CF-88: CF-88

Art. 14

3° - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da

República e Senador*;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado

e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado

Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

(40)

Já as Causas de Inelegibilidade estudamos em aula específica, são previstas no art. 14, §§ 4°-8°, da CF-88 e na Lei Complementar n° 64/90 (Causas de Inelegibilidade Legais).

Com isso, caso algum candidato que pleiteie registro de candidatura não preencha alguma das condições de elegibilidade ou incorra em alguma dessas causas de inelegibilidade, tanto Constitucionais quanto Legais, poderá ter seu registro de candidatura impugnado!

Exemplos de fundamentos para a AIRC:

1. candidato a Deputado Federal com apenas 19 anos de idade (não preencheu requisito básico de elegibilidade para o cargo almejado: idade mínima de 21 ANOS);

2. candidato a Prefeito Municipal analfabeto;

3. servidor público que não se desincompatibilizou de suas funções no prazo legal.

Causas de Inelegibilidade Constitucionais

Art. 14

§ 4° - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

§ 5° O Presidente da República, os Governadores de Estado e

do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97)

§ 6° - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da

República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7° - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o

cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de

Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses

(41)

anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8° - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se

da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela

autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no

ato da diplomação, para a inatividade.

Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato, obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de registro do candidato.

Preclusão das inelegibilidades.

Ensina o Professor José Gomes que se a inelegibilidade infraconstitucional (LC n° 64) não for argüida via AIRC e nem pronunciada de ofício pelo Juiz, haverá preclusão (perda do direito de alegá-la por meio da AIRC). Todavia, se a inelegibilidade for de ordem constitucional nunca precluirá, podendo ser alegada via Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED).

Legitimidade Ativa.

Quem é legítimo para impugnar o registro de candidatos? São legitimados para manejar a AIRC:

1. qualquer candidato (os adversários); 2. Partidos Políticos

3. Coligações

4. Ministério Público Eleitoral

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competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no mesmo sentido.

O Membro do MPE (Promotor Eleitoral) que nos últimos 4 ANOS tiver sido candidato a cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidiária está vedado por lei de propor AIRC!

Lei Complementar n° 64/90

Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político,

coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada.

§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo

sentido.

§ 2° Não poderá impugnar (vedação legal) o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.

Devo observar que para a doutrina majoritária e para jurisprudência do TSE, a falta das condições de elegibilidade e a presença de

causa de inelegibilidade poderão ser também reconhecidas ex officio pelo JUIZ, isto é, poderá reconhecer sem a provocação dos legitimados ativos.

Por isso, qualquer cidadão poderá dar notícia ao Magistrado Eleitoral de alguma causa de inelegibilidade ou do não preenchimento das condições de elegibilidade de algum candidato. Com base nela poderá o magistrado cassar o registro do candidato se for confirmada. Friso, contudo, que tal notícia não constitui a AIRC, pois o cidadão não tem legitimidade para impugnar registro de candidatura.

Referências

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